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NOÇÕES DE

FARMACOLOGIA
INSTRUTORA: PRISCILA DIAMANTINO
Introdução

 A farmacologia é a ciência que estuda como as substâncias


químicas interagem com os sistemas biológicos.

 Abrange a composição de medicamentos, propriedades,


interações, toxicologia e efeitos desejáveis que podem ser
usados no tratamento de doenças.
História

 O primeiro registro histórico que menciona os fármacos foi o


Papiro de Smith egípcio, datado de 1600 a.C.

 Existe também o Papiro de Ebers de 1550 a.C que relata a


forma de preparo e uso cerca de 700 remédios.

 Como ciência nasceu em meados do século XIX. Se essas


substâncias tem propriedades medicinais, elas são referidas
como "substâncias farmacêuticas".
História
Conceitos básicos

 Estudo dos fármacos: fonte, solubilidade, absorção, destino


do organismo, mecanismo de ação, efeito, reação adversa
(RAM).
Conceitos básicos

 Fármaco: estrutura química conhecida; propriedade de


modificar uma função fisiológica já existente. Não cria
função.
 Medicamento: fármaco com propriedades benéficas;
comprovadas cientificamente.
Conceitos básicos

 Droga: substância que modifica a função fisiológica com ou


sem intenção benéfica
 Remédio: substância animal, vegetal, mineral ou sintética,
procedimentos, usados com intenção benéfica
Conceitos básicos
 Placebo: Um placebo é um fármaco, terapia ou procedimento inerte,
que apresenta, no entanto, efeitos terapêuticos devido aos efeitos
psicológicos da crença do paciente de que ele está a ser tratado.
 Nocebo: substância inócua, cuja ação teoricamente não deveria
produzir qualquer reação mas, quando associada a fatores
psicológicos, acaba produzindo efeito danoso em alguns indivíduos.
Conceitos básicos
 Veneno: Todo medicamento ou substancia química pode ser um
veneno, dependendo da pessoa que ingere e a quantidade ingerida.
Porém, podemos dizer que um veneno é uma substância que
mesmo em pequenas quantidades pode levar á morte.
Conceitos básicos
 Reação Adversa;
 Efeito Colateral;
 Resistência;
 Princípio Ativo;
 Excipiente;
 Veículos;
 Ação terapêutica;
 Ação Profilática;
 Ação auxiliar de diagnóstico;
REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTO (RAM): é qualquer resposta prejudicial ou indesejável,
não intencional, a um medicamento, que ocorre nas doses usualmente empregadas no
homem para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou para a modificação de funções
fisiológicas.

Efeito Colateral: é um efeito diferente daquele considerado como principal por um fármaco.
Esse termo deve ser distinguido de efeito adverso, que se refere a um efeito colateral
indesejado, pois um fármaco pode causar outros efeitos potencialmente benéficos além do
principal.
Excipiente: Substâncias que são acrescidas aos princípios
ativos, com a finalidade de dar forma ao medicamento na
forma sólida ou pastosa.

Veículos: Substâncias que são acrescidas aos princípios ativos


com a finalidade de dar forma o medicamento na forma
líquida.
Resistência: Perda da eficácia das drogas antimicrobrianas.

Principio Ativo: Parte do medicamento que responde pela


ação farmacológica deste, ou seja, substancia que causa ação
esperada.
Divisões da farmacologia
 Farmacologia Geral; estuda os conceitos básicos e comuns a
todos os grupos de drogas.
 Farmacologia Especial; estuda as drogas em grupos que
apresentam ações farmacológicas semelhantes. Ex.:
farmacologia das drogas autonômicas (que atuam no SNC).
 Farmacognosia; estuda a droga no seu estado natural de
matéria-prima.
 Farmacotécnica; estuda o modo de preparo dos medicamentos.
Divisões da farmacologia
 Farmacodinâmica; estuda o mecanismo de ação das drogas e
efeitos bioquímicos e fisiológicos por elas produzidos no
organismo.
 Farmacocinética; estuda o movimento da droga no organismo.
 Química farmacêutica; é uma parte da química medicinal, que
comporta a invenção, descoberta, o planejamento, a
interpretação de seu modo de ação a nível molecular, estudo de
seu metabolismo, o estabelecimento das relações estrutura-
atividade.
Divisões da farmacologia
 Toxicologia; é uma ciência multidisciplinar que tem como
objeto de estudo os efeitos adversos das substâncias químicas
sobre os organismos.
Divisões da farmacologia
Farmacocinética
É o caminho que o medicamento faz no organismo. São as
etapas que a droga sofre desde a administração até a excreção.
Farmacocinética
 As fases da farmacocinética são:
• Liberação; Método de dispersão do princípio ativo a partir de sua
formulação. Aplica-se fundamentalmente a compostos
administrados por via oral. Exemplo: liberação da droga a partir
de uma pílula, cápsula, tablete, dissolução de drogas ativas no
tratogastrointestinal.
Farmacocinética
• Absorção - É a etapa que vai desde a escolha da via de
administração até a chegada da droga à corrente sanguínea. Vias de
administração como intravenosa e intra-arterial pulam essa etapa,
já que caem direto na circulação. Alguns fatores interferem nessa
etapa como pH do meio, forma farmacêutica e patologias (úlceras
por exemplo).

• Atravessa diversas barreiras biológicas


Farmacocinética
• Distribuição - Etapa em que a droga é distribuída no corpo através
da circulação. Ela chega primeiro nos órgãos mais vascularizados
(como sistema nervoso central, pulmão, coração) e depois sofre
redistribuição aos tecidos menos irrigados (tecido adiposo por
exemplo). É nessa etapa que a droga vai chegar ao local onde vai
atuar.
• Como o fármaco vai ser distribuído no organismo
Farmacocinética

• Biotransformação - Fase onde a droga é transformada em um


composto mais hidrossolúvel para a posterior excreção.
Corresponde ao processo de transformação do medicamento, com objetivo de
favorecer a eliminação do mesmo pelo organismo, sendo o fígado o órgão mais
atuante nesta função.
Efeito de 1ª passagem: a concentração do fármaco é reduzida antes de atingir a
circulação sistêmica
Intravenosa
Intramuscular
Sublingual
Transdérmica
Reações de Fase I : alteração da atividade farmacológica (redução, oxidação ou
hidrólise)
Reações de Fase II: Conjugação (glutationa, ácido glicurônico)
Farmacocinética
Excreção - Os compostos são removidos do organismo para o meio
externo. Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são
filtrados nos glomérulos ou secretados nos túbulos renais, não
sofrendo reabsorção tubular, pois têm dificuldade em atravessar
membranas. Excretam-se, portanto, na forma ativa. O principal
órgão responsável pela excreção é o rim, mas há também:

• Pulmões
• Fezes
• Secreção biliar
• Suor
• Lágrimas
• Saliva
• Leite materno
Farmacodinâmica

 A Farmacodinâmica é o campo da farmacologia que estuda os


efeitos fisiológicos dos fármacos nos organismos, seus
mecanismos de ação e a relação entre concentração do
fármaco e efeito. De forma simplificada, podemos considerar
farmacodinâmica como o estudo do efeito da droga nos
tecidos.
Farmacodinâmica

 Receptores
• A maioria das células possui muitos receptores de
superfície, o que permite que a atividade celular seja
influenciada por substâncias químicas como os
medicamentos ou hormônios localizados fora da célula.

• O receptor tem uma configuração específica, permitindo


que somente uma droga que se encaixe perfeitamente
possa ligar-se a ele – como uma chave que se encaixa em
uma fechadura.
 Receptores Farmacodinâmica
• O efeito de um fármaco é proporcional a quantidade de
receptores ocupados por ele.
• O efeito máximo ocorre quando todos os receptores estão
ocupados.
• As drogas exercem uma ação “tudo ou nada”sobre o receptor,
ou seja, o receptor é totalmente ativado ou não é ativado, não
existe ativação parcial.
• Uma droga e o seu receptor possuem características
estruturalmente complementares, mantendo uma relação de
“chave-fechadura”..
Farmacodinâmica
 Enzimas
• As enzimas auxiliam o transporte de substâncias
químicas vitais, regulam a velocidade das reações
químicas ou se prestam a outras funções de transporte,
reguladoras ou estruturais.

• As drogas direcionadas para as enzimas são classificadas


como inibidoras ou ativadoras (indutoras).

• Quase todas as interações entre drogas e receptores ou


entre drogas e enzimas são reversíveis. Numa interação
irreversível, o efeito da droga persiste até que o corpo
produza mais enzimas.
Farmacodinâmica

 Potência e Eficácia
• A potência refere-se à quantidade de medicamento
(comumente expressa em miligramas) necessária para
produzir um efeito, como o alívio da dor ou a redução da
pressão sanguínea.

• A eficácia refere-se à resposta terapêutica máxima


potencial que um medicamento pode produzir.
Eficácia
• –Grau de capacidade da droga produzir a resposta
desejada (ativar receptor).
• –Refere-se à força de ligação entre a droga e o receptor.
• –Numero de receptores ocupados está relacionado com
o balanço entre a droga livre e ligada.
Potência
• –Quantidade da droga necessária para produzir 50% da
resposta máxima que a droga é capaz de induzir.
• –Usado para comparar compostos dentro das mesmas
classes de drogas.
Farmacodinâmica

 Tolerância
• Tolerância ocorre quando o corpo adapta-se à contínua
presença da droga, devido a administração repetida ou
prolongada de medicamentos.

• Comumente, são dois os mecanismos responsáveis pela


tolerância:
1 - o metabolismo da droga é acelerado; e
2 - diminui o número de receptores ou sua afinidade pelo
medicamento.
Dose máxima, mínima,
terapêutica e fatal
 Dose é a quantidade de medicação que produz resposta
terapêutica.
• Dose máxima;
• Dose mínima;
• Dose terapêutica;
• Dose letal;
• Ação Local;
• Ação Sistêmica;
• Nome Genérico;
• Nome Comercial;
• Uso externo;
• Uso interno;
• Chás medicinais.
• Dose máxima; Máximo que um organismo
pode suportar sem apresentar grandes efeitos
colaterais. Não deve ser ultrapassada, a não ser
com ordem expressa do médico.

• Dose mínima - Quantidade mínima de um


determinado medicamento, que produz uma
determinada ação farmacológica.

• Dose terapêutica; Fica entre a dose mínima e


máxima. É a ideal.

• Dose letal - Dose que se administrada leva à


morte.
• Ação Local - O medicamento age no local onde foi colocado.
• Ação Sistêmica - O medicamento precisa chegar até a corrente
sanguínea e depois atingir o local de ação.
• Nome Genérico - Através desse nome, podemos comparar os
diversos medicamentos existentes no mercado, sabendo quais
têm a mesma composição ou quais são as diferenças. Por
exemplo, cimetidina: pode ter vários nomes comerciais como
Tagamet, Ulcimet e Ulcedine. A DCB é uma normatização relativa
aos nomes dados aos medicamentos, feita de acordo com a
Denominação Comum Internacional - DCI, que é feita pela
Organização Mundial de Saúde - OMS.
• Nome Comercial - Nome dado pelo fabricante de acordo com
critérios próprios.

• Uso externo - Indica que o medicamento


deve ser usado na superfície do
organismo, apresentando normalmente
ação local.
• Uso interno - Indica que o medicamento
deve ser usado no interior do organismo,
apresentando normalmente ação
sistêmica.

•• Chás medicinais - São feitos à base de plantas medicinais, de
acordo com a técnica correta ( por exemplo, algumas plantas
devem ser fervidas, outras não devem ferver etc.). Se esses chás
fazem algum efeito, então têm princípios ativos, não podendo,
portanto, serem usados em qualquer quantidade. Devemos ter
uma quantidade definida, por exemplo, três xícaras ao dia. A
frase popular "se é natural, não faz mal" não é verdadeira.
Existem, inclusive, plantas tóxicas que não devem ser utilizadas,
podendo levar à morte.
• Aplicabilidade Clínica CASO 01

• Paciente de 62 anos de idade, deu entrada no hospital para


realização de procedimento no bloco cirúrgico. Paciente é
hipertenso e obeso. Durante realização do procedimento
apresentou pico hipertensivo. Paciente estava sedado e não
poderia fazer administração de medicamentos via oral, médico
liga para farmácia e pergunta qual o betabloqueador
intravenoso que a instituição teria.

• Pergunta: Porque o médico queria outra forma farmacêutica do


medicamento?
• Aplicabilidade Clínica

• Em uma receita o médico prescreve 10 gotas 2 vezes ao dia por


10 dias. Quantas ml do medicamento o técnico deve preparar?
Cálculos, administração de medicamentos
e fracionamento das doses
 Solução - Mistura homogênea composta de soluto e solvente.
• Solvente: é a porção líquida da solução.
• Soluto: é a porção sólida da solução.
• Exemplo: No soro glicosado a água é o solvente e a
glicose é o soluto.
 Concentração - A relação entre a quantidade de soluto e
solvente.
Exemplo: g/ml a quantidade em gramas de soluto pela
quantidade em mililitros de solvente.
Cálculos, administração de medicamentos
e fracionamento das doses
 Proporção - Forma de expressar uma concentração e consiste
na relação entre soluto e solvente expressa em “partes”.
Exemplo: 1:500, significa que há 1g de soluto para 500ml de
solvente.

 Porcentagem - É uma outra forma de expressar uma


concentração. O termo por cento (%) significa que a
quantidade de solvente é sempre 100ml.
Exemplo: 7%, significa que há 7g de soluto em 100ml de
solvente.
Cálculos, administração de medicamentos
e fracionamento das doses
 Regra de três - Relação entre grandezas proporcionais. A
regra de três permite de forma simples, estruturar o
problema obtendo sua solução, que neste caso, é a
prescrição determinada. Importante observar que a regra de
três só se faz necessária, quando não conseguimos resolver o
problema de maneira direta.
 Como estruturar uma regra de três - Verificar se a regra é
direta ou inversa: Neste caso é uma regra de três direta, pois
ao aumentarmos a quantidade de ampolas a quantidade
relativa ao volume também aumentará. Em outro exemplo
veremos como proceder em uma regra de três inversa.
Cálculos, administração de medicamentos
e fracionamento das doses
 Como estruturar uma regra de três
• Deve-se colocar na mesma fila as grandezas iguais, no
caso acima, optamos em escrever na mesma coluna as
grandezas iguais.
• Pela propriedade fundamental das proporções: 1x = 2.3,
equivalente a x = 6ml.

Logo:
 1ml contém 20 gotas
 1 gota equivale a 3 microgotas
 1ml contém 60 microgotas
Cálculos, administração de medicamentos
e fracionamento das doses
 Cálculo de gotejamento
Normalmente, os soros são prescritos em tempos que variam de
poucos minutos até 24 h. A infusão é contínua e controlada através
do gotejamento. Para o cálculo do gotejamento é necessário
conhecer o volume e o tempo. Na prática, o controle de
gotejamento será feito em gotas/min ou microgotas/min.

Fórmula: n= Volume (mL)/ T (horas) x 3


Cálculos, administração de medicamentos
e fracionamento das doses
 Cálculo de gotejamento

Cálculo de insulina
 

P= Prescrição
Utilizar a fórmula:
PxS S= Seringa
F F = Frasco

Primeiro devemos multiplicar, e em seguida dividir.


Cálculos, administração de medicamentos
e fracionamento das doses
 Transformação de soluções
Para as transformações será usado como padrão o frasco de 500
ml de soro. Temos 500 ml de soro glicosado 5 % e a prescrição foi
de 500 ml a 10%.

• Primeiro passo
Verifica-se quanto de glicose há no frasco a 5 %.

100 ml – 5 g
500 ml – x
x = 500 x 5 / 100 = 25g

500 ml de soro glicosado a 5% contém 25g de glicose


Cálculos, administração de medicamentos
e fracionamento das doses
• Segundo passo
Verifica-se quanto foi prescrito, isto é, quanto contém um
frasco a 10%.

100ml – 10g
500 ml – x
X = 500 x 10 / 100 = 50g

500 ml de soro glicosado a 10% contém 50g de glicose.


Temos 25g e a prescrição foi de 50g; portanto, faltam 25g
Cálculos, administração de medicamentos
e fracionamento das doses
• Terceiro passo
Encontra-se a diferença procurando supri-la usando
ampolas de glicose hipertônica. Temos ampola de glicose de
20 ml a 50%.

100 ml – 50g
20 ml – x
X = 20 x 50 / 100 = 10g

Cada ampola de 20 ml a 50 % contém 10g de glicose


20 ml – 10g
X – 25g
X = 20 x 25 / 10 = 50 ml > 2, 5 ampolas.
Grupos Farmacológicos
(Classificação dos fármacos)

 Antibióticos : São substâncias produzidas por


células vivas que inibem ou matam os micro-
organismos, podem ser feitas a partir de: fungos,
bactérias, e leveduras e de forma sintética. Os
antibióticos podem ser de amplo espectro ou de
espectro (eficaz contra muitos micro-organismos),
ou podem ser de espectro limitado (eficaz contra
alguns microrganismos).
Podem ser ainda:
• Bactericidas, provocando a destruição das
bactérias.
• Bacteriostáticos bloqueando sua multiplicação.
Grupos Farmacológicos
(Classificação dos fármacos)
 Penicilinas

Primeiro antibiótico descoberto, e é utilizado até os dias atuais.


Originado do fungo: Penicilium.

Tipos:
Penicilina G Benzatina; Penicilina semi-sintética: Amoxacilina
ácido clavulânico; Amoxicilina; Ampicilina Sódica; Oxacilina
sódica e clavulanato de potássio.
Grupos Farmacológicos
(Classificação dos fármacos)
 Cefalosporina

Derivadas de fungo, são ativas nos microrganismos das vias


urinárias, estafilococos e estreptococos (algumas cepas);
haemophilus influenzae, invasor comum do ouvido médio e das
vias respiratórias; estreptococos e pneumococos; e gram
negativos do trato gastrointestinal.

Tipos:
Cefadroxil; Cefalexina; Cefazolina sódica; Cefradina.
Grupos Farmacológicos
(Classificação dos fármacos)
 Tetraciclina

Originária de fungos, de amplo espectro e eficazes contra


muitos microrganismos, em especial os que invadem o sistema
respiratório, e os tecidos moles.

Tipo:
Cloridrato de tetraciclina
Grupos Farmacológicos
(Classificação dos fármacos)
 Eritromicina

Droga antibacteriana, a eritromicina é utilizada


frequentemente em infecções por estafilococo, haemophilus
influenzae, mycoplasma pneumoniae, usados em uretrites não
gonocócicas e no acne vulgaris.
Tipos:
Eritromicina; Azitromicina; Claritromicina; Diritromicina.
Grupos Farmacológicos
(Classificação dos fármacos)
 Quinolonas

Droga antibacteriana de largo espectro, utilizados em


microrganismos que invadem as vias respiratórias,
gastrointestinais e urinárias.

Tipos:
Cloridrato de ciprofloxacino; Levofloxacino; Norfloxacino;
Ofloxacina.
 Antimicóticos: É um grupo de medicamentos
que combatem as infecções causadas por
fungos.

Anfotericina B - Eficaz para infecção por fungos


sistêmica.
Cetoconazol - Eficaz em infecções severas por
fungos.
Cloridrato de Terbinafina - Indicado v. o para
micoses de unhas e pés.
Fluconazol - Eficaz em Candidíase intestinal.
Itraconazol - Indicado em infecção sistêmica
para paciente imunodeprimido.
Nistatina - Indicado para paciente com
infecção vaginal e tópico para infecção por
leveduras; sistêmico para grandes infecções.
Miconazol - Indicado para monilíase cutânea-
v. O
 Antivirais
Aciclovir sódico - Indicado para Herpes simples,
varicela zoster oral ou genital, varicela e em pacientes
imunodeprimidos.
Cloridrato de ranitidina - Indicado na profilaxia de
Influenzae.
Didanosina - Indicado para HIV avançado.
Ganciclovir sódica - Indicado em citomegalovírus.
Ribavirina - Indicado para infecções de vírus
respiratórios, pneumonia por adenovírus, hepatite
crônica.
Vidarabina - Intravenoso é indicado para Herpes
simples, encefalite, herpes neonatal, varicela em
pacientes imunodeprimidos, herpes neonatal, herpes
zoster e tópico em ceratite por herpes simples.
Zidovudina - É indicado no tratamento de AIDS e CRA
(complexo relacionado a AIDS).
 Antiparasitários

Albendazol - Indicado para lesões ativas do SNC,


causado por Taenia Solium, e por doença hidática
císticas, que envolve pulmão, fígado, peritônio
causados por formar larvária da taenia do cão.
Mebendazol - Indicado para ascaris, ancilóstomo,
triquinas, oxiúrides e muitos parasitas tropicais.
Tiabendazol - Indicado no tratamento da larva migrans
cutânea e das infestações por triquina.
Lindano - Indicado para piolhos.
Permetrina - Indicado para piolhos (creme rinse) e
para escabiose.
Sulfonamidas -É grupo de medicamentos também
chamados de Sulfas age em doenças infecciosas,
impedindo o crescimento de bactérias e de outros
microrganismos, são drogas sintéticas.
 Antitussígeno e expectorantes

São medicamentos utilizados para o alívio


da tosse, podem estar associados a
expectorantes que liquefazem o muco nos
brônquios e facilitam a expulsão de secreção
do sistema respiratório.

Tipos: Codeína, dextrometadona,


levodropropizina, levopropoxifeno.
 Cardiotônicos ou inalatrópicos
Aumentam a contratibilidade do músculo cardíaco.

 Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA)


São substância que inibem a ECA (enzima conversora da
angiotensina), utilizadas em Insuficiência cardíaca
Congestiva (ICC), também tem ação hipertensiva
(evitando a conversão da ECA I e ECAII substância
vasoconstritora). Seus efeitos estão em estudos ainda,
porém parece minimizarem ou evitarem a vaso dilatação
ou disfunção ventricular esquerdo após o Infarto agudo
do Miocárdio(IAM).

Tipos
Captopril; Enalapril.
Anti-histamínico
A histamina é um aminoácido em muitos tecidos,
quando entra em contato com uma substância tóxica,
ocorre uma resposta tecidual, acredita-se que a resposta
tecidual libera a Histamina que provoca: sinais e
sintomas de reação alérgica (urticária, erupções
cutâneas, espirros, coriza lacrimejamento ocular com
vermelhidão da esclera, constrição dos brônquios,
podendo levar a anafilaxia ou choque anafilático,
levando o paciente ao risco iminente de morte. Os anti-
histamínicos inibem essa reação.

 Tipos
Maleato de Clorfeniramina; Cloridrato de Prometazina.
Broncodilatadores
Promovem a dilatação brônquica, promovendo melhor oxigenação.
 Tipos
Brometo de ipratrópio; Fenoterol; Salbutamol; Terbutalina;
Aminofilina
Grupos Farmacológicos
(Classificação dos fármacos)
 Inibidores da angiotensina II

É uma substância de efeito parecido com os inibidores da ECA,


utilizada em pacientes que apresentem sensibilidade ou que não
o toleram.

Tipos:
Losartana; Candesartana; Irbesartana
Grupos Farmacológicos
(Classificação dos fármacos)
 Beta-bloqueadores

São substâncias que bloqueiam os receptores beta-


adrenérgicos.

Tipos:
Carvedilol; Pindolol, Propranolol, Timolol.
 Vasoconstritores

São medicamentos que são responsáveis pela constrição


dos vasos sanguíneos, muitos utilizados para diminuir
hemorragia, elevam a pressão arterial e aumentam a
contratilidade do miocárdio.

Tipos:
Adrenalina, Noradrenalina, Levonordefrina
 Vasodilatadores

São medicamentos que atuam na


amplitude do vaso sanguíneo, são
auxiliares no tratamento de doenças
vasculares periféricas, patologias
cardíacas e hipertensão.

 Coagulantes

São medicamentos que aceleram o


processo de coagulação.

Tipos:
Sais de cálcio; Vitamina K;
Fitonadiona.
Grupos Farmacológicos
(Classificação dos fármacos)
 Anticoagulantes

São medicamentos que aumentam o tempo de coagulação.


Dois tipos de anticoagulantes são mais utilizados: as heparinas
e os anticoagulantes orais. As heparinas têm ação imediata
após a administração, enquanto que os anticoagulantes orais
têm sua ação mais lenta, inibindo a síntese dos fatores vitamina
K dependentes.
 Anestésicos

• Locais
São um grupo de medicamentos
utilizados para a indução da anestesia a
nível local sem produzir inconsciência.

• Gerais
Produzem a inconsciência. São drogas
depressoras do SNC.

Tipos:
Cloridrato de midazolam; Diazepam;
Tiopental sódico; Enflurano; Óxido
nitroso halotano.
 Antitérmicos

São medicamentos utilizados para


aliviar os estados febris, que podem ser
causados por inflamações,
desidratações e moléstias infecciosas.

Tipos:
Paracetamol, Dipirona e AAS
 Hipnóticos e sedativos

Utilizados para promover a sedação.

Tipos:
Fenobarbital; Hidrato de cloral; Cloridrato
de Flurazepan.
 Analgésicos opioides

São substâncias com grande potência


para diminuir a dor, que agem no nível
de sistema nervoso central. Podem
causar dependência, devendo ser
utilizadas com cautela. São derivados
do ópio. Os alcaloides derivados, mais
utilizados: Morfina, Codeína, e
papaverina.

Tipos:
Sulfato de Morfina; Fosfato de
Codeína; Cloridrato de Tramadol;
 Analgésicos não narcóticos
e não opioides

São substâncias utilizadas


para diminuir a dor, que
agem a nível periférico.
Tipos:
Acetaminofeno; Cloridrato
de Propoxifeno;
 Anticonvulsivantes

As drogas anticonvulsivantes também


são chamados de anticonvulsivas, é a
classe de fármacos utilizada para a
prevenção e tratamento das crises
convulsivas.

Tipos:
Fenitoína; Carbamazepina; Clonazepam;
Ácido Valpróico; Fenobarbital.
 Antiparkisonianos

São utilizados no controle de


doença de Parkinson (ou Mal de
Parkinson), é uma doença
degenerativa, crônica e
progressiva, que acomete em
geral pessoas idosas.

Tipos:
Levodopa; Carbidopa;
Combinação de Levodopa e
Carbidopa.
 Tranquilizantes

São medicamentos utilizados para


tranquilizar, acalmar, trata-se de
psicótico, controlado e pode causar
dependência.

Tipos:
Diazepan; Haloperidol; Cloridrato
de Clorpromazina; Carbonato de
lítio.
 Antidepressivos

São medicamentos usados para a


melhora de quadros de Depressão
tais como: tristeza; desânimo;
fadiga; insônia; perda ou ganho de
peso; lentidão ou agitação entre
outros.

Tipos:
Fluoxetina; Paroxetina; Cloridrato de
Amitriptilina;
 Ansiolíticos

São medicamentos que reduzem a


ansiedade.

Tipos:
Cloridrato de Buspirona.
 Antiflamatórios

São medicamentos capazes de


reduzir ou curar uma inflamação.

Tipos:
Ácido acetilsalicílico; Cetoprofeno;
Hidrocortisona; Prednisolona;
Prednisona; Dexametasona
 Anti-secretores gástricos

São medicamentos utilizados para inibir a


secreção indiretamente.

Tipos:
Cimetidina; Ranitidina; Omeprazol.
 Antiácidos

Atuam diretamente no estômago,


neutralizando o ácido gástrico.

Tipos:
Hidróxido de Alumínio; Hidróxido de
Magnésio.
 Antieméticos

São medicamentos que auxiliam na


prevenção do vômito.

Tipos:
Cloridrato de Metoclopramida;
Dimenidrinato.
 Hormônios

São medicamentos utilizados na


terapia de reposição hormonal.

Tipos:
Corticosteroides - Suprimem as
respostas imune e reduzem a
inflamação.
Glicocorticoides - Têm efeito anti-
inflamatório, metabólico e
imunossupressor.
Cortisona; Hidrocortisona;
Prednisona.
Agente antidiabético: Insulina.
Hiperglicemiantes - Eleva os níveis de
glicemia: Glucagon.
 Hipoglicemiantes - via oral

São medicamentos utilizados no


controle e regulação da glicemia, é
considerado antidiabético.

Tipos:
Clorpropamida; Tolbutamida;
Biguanida
 Diuréticos

São medicamentos utilizados para o aumento


da excreção da água e de eletrólito a nível
renal. No geral, são utilizados na terapia da
Hipertensão Arterial, os principais utilizados
são usados como medicamentos
cardiovasculares.
 Diuréticos Tiazídicos

Atuam impedindo a reabsorção de sódio nos


rins.

Tipos:
Hidroclorotiazida; Furosemida;
Espironolactona.
 Quimioterápicos

São utilizados para tratamento de


neoplasias, que tem por objetivo tratar
uma patologia tumoral ou não.
Os fármacos usados para o tratamento
de neoplasias quando a cirurgia ou
radioterapia não é possível ou é ineficaz,
e como adjuvantes para cirurgia.
Elas têm como finalidade: curar,
melhorar a sobrevida e/ou promover
efeito paliativo.
 Quimioterápicos

A grande maioria dos agentes


quimioterápicos/antineoplásicos é
de natureza tóxica e sua
administração exige grande cuidado
e habilidade.

Cometer um erro durante o


manuseio ou na administração de
um desses medicamentos pode
levar a efeitos tóxicos graves, não
apenas para o cliente, mas também
para o profissional que prepara e
administra estes medicamentos.
 Quimioterápicos

A utilização e manuseio dos


quimioterápicos acontece de acordo
com a Norma Regulamentadora 32
(NR32) que tem por finalidade
estabelecer as diretrizes básicas para a
implementação de medidas de
proteção e segurança à saúde dos
trabalhadores dos serviços de saúde.

Aos profissionais deve-se assegurar


capacitação em biossegurança, bem
como fornecimento dos equipamentos
de proteção individual específicos.
Conceito e diferenças entre
 Os dois agem como imunizadores, mas são usadossoro e vacina
em diferentes situações. O soro é curativo, enquanto
a vacina é, essencialmente, preventiva.

 Ambos são produtos de origem biológica (chamados


imunobiológicos) usados na prevenção e tratamento
de doenças.

 O soro contém os anticorpos necessários para


combater uma determinada doença ou intoxicação.
Já as vacinas contêm agentes infecciosos incapazes de
provocar a doença (a vacina é inócua), mas que
induzem o sistema imunológico da pessoa a produzir
anticorpos, evitando a contração da doença.
soro e vacina
 Vacina

As vacinas contêm agentes infecciosos inativados ou


seus produtos, que induzem a produção de anticorpos
pelo próprio organismo da pessoa vacinada, evitando
a contração de uma doença. Isso se dá através de um
mecanismo orgânico chamado "memória celular". As
vacinas diferem dos soros também no processo de
produção, sendo feitas a partir de microrganismos
inativados ou de suas toxinas, em um processo que,
de maneira geral, envolve a fermentação, a
detoxificação e a cromatografia.
 Algumas vacinas:

Vacina BCG; Preparada com bacilos vivos


provenientes de cepas atenuadas de
Mycobacteriumbovis. Deve ser administrada
com seringas e agulhas apropriadas, em
região intradérmica,na porção da inserção
inferior do músculo deltóide,
preferencialmente, no braço direito, o mais
precocemente possível, a partir do
nascimento, embora pessoas de qualquer
idade possam ser vacinadas.
 Algumas vacinas:

Vacina contra hepatite B:


Vacina produzida por engenharia
genética com técnica de DNA
recombinante, contendo antígeno de
superfície do vírus da hepatite C
(HbsAg).
 Algumas vacinas:

Vacina contra o sarampo, caxumba e rubéola:


Vacina combinada de vírus atenuados contra as três moléstias.
Pode ser utilizada a partir de 12 meses de idade, em dose única,
embora, indiquemos uma segunda dose, apartir da adolescência.
 Algumas vacinas:

Vacina contra a febre amarela:

Produzida com vírus vivos atenuados.


Pode ser administrada (subcutânea)
a partir dos seis meses de idade em
habitantes de áreas endêmicas da
doença, ou também, aos viajantes
que se dirigirem a essas regiões
(imunidade adquirida após o décimo
dia do ato vacinal).
 Algumas vacinas:

Vacina contra gripe:


Produzida anualmente utilizando-
se as cepas virais relacionadas às
epidemias da doença do período
imediatamente anterior à sua
fabricação, através da separação
dos vírus coletados em vários
laboratórios dispersos no mundo,
muitos aqui no Brasil.
 Soro

• Os mais conhecidos soros são os antiofídicos.

• Existem soros para o tratamento de diversos doenças.

• A produção do soro é feita geralmente através da hiperimunização


de cavalos.

• O Instituto Butantan é responsável por cerca de 80% dos soros e


vacinas utilizados hoje no Brasil.

• Veja abaixo alguns soros produzidos pelo Instituto e distribuídos pelo


Ministério da Saúde a todo o país.
 Alguns soros produzidos pelo Instituto e distribuídos pelo
Ministério da Saúde a todo o país:

• Anticrotálico - para acidentes com cascavel.


• Antilaquético - para acidentes com surucucu.
• Anilonomia - para acidentes com taturanas do gênero Lonomia.
• Antitetânico - para o tratamento do tétano.
• Anfirrábico - para o tratamento da raiva.
• Antifidiftérico - para tratamento da difteria.

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