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INTRODUÇÃO A

FARMACOLOGIA
PROFª: ELISEU STEINKE
FARMACOLOGIA

• A FARMACOLOGIA é a ciência que se ocupa do estudo das interações que


acontecem entre um organismo vivo e substancias que afetam seu
funcionamento, normal ou anormal.

• Podendo ter efeito medicamentoso ou toxico


FARMACOLOGIA

Compreende o conhecimento da história, origem, propriedades físicas


e químicas, composição, efeitos bioquímicos e fisiológicos,
mecanismo de ação, absorção e distribuição, biotransformação e
eliminação dos fármacos. (Goodman e Gilman, 2003). Além das
propriedades terapêuticas e empregos dos medicamentos.
ORIGEM DOS MEDICAMENTOS

•  Origem dos medicamentos vem do passado e tiveram origem nas ervas e


plantas.
• Outros são de origem animal : proteínas, hormônios (insulina, calcitonina,
PTH, enzimas (pancreatina, pepsina); óleos e gorduras (óleo de fígado de
bacalhau, ômega 3).
• Drogas de origem Mineral : Produtos inorgânicos (ferro, Iodo, Cloreto de
sódio, cálcio)
• Atualmente, grande parte dos medicamentos é feita de forma sintética, sendo
outros elaborados pela engenharia genética.
FARMACOLOGIA

• Terapêutica: Entendesse como tratamento do doente


(paciente), gerando conforto, alivio ou cura quando
possível.
• Farmacoterapia: É o uso da terapêutica associado a
medicamentos.
FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA

• Farmacocinética: São definidos como aquilo que o organismo faz


com a droga (movimento da droga no organismo). Aborda a
absorção, a distribuição e a excreção dos fármacos
• Farmacodinâmica: O que a droga faz ao organismo (mecanismo
de ação). Estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos
fármacos e seu mecanismo de ação
FARMACOLOGIA

• BIODISPONIBILIDADE: é a fração de um fármaco administrado que é levado à


circulação sistêmica;
• BIOEQUIVALÊNCIA: quando um fármaco pode ser substituído por outro sem
consequências clínicas adversas
• TEMPO ¹/² VIDA: é o tempo necessário para que a concentração plasmática do fármaco
chegue em 50%.
• ESTADO DE EQUILIBRIO ESTÁVEL: indica quando o fármaco atinge a concentração
terapêutica
• DOSE: Quantidade a ser administrada de uma vez afim de
produzir efeitos terapêuticos

• DOSE LETAL: Leva o organismo a falência generalizada

• DOSE MÁXIMA: Maior quantidade de uma droga capaz de


produzir efeitos terapêuticos
TOXICOLOGIA

• Parte da farmacologia que aborda os efeitos nocivos dos fármacos,


os quais podem ser responsáveis pela intoxicação aos organismos
REMÉDIO OU VENENO ?

“...todas as substâncias são venenos, não existe nenhuma que não


seja. A dose correta diferencia um remédio de um veneno”.
Paracelso 1443-1541
MEDICAÇÃO E ALIMENTOS

• Alimento é um fator essencial e indispensável à manutenção e à ordem da


saúde.

• O fenômeno de interação fármaco-nutriente pode surgir antes ou durante a


absorção gastrintestinal, durante a distribuição e armazenamento nos
tecidos, no processo de biotransformação ou mesmo durante a excreção.
MEDICAÇÃO E ALIMENTOS

• A presença de nutrientes pode constituir uma competição pelos


sítios de absorção,.
• A levodopa (L-dopa), usada no tratamento da doença de
Parkinson, tem ação terapêutica inibida por dieta hiperprotéica;
entretanto, uma dieta hipoprotéica potencializa e estabiliza este
efeito.
MEDICAÇÃO E ALIMENTOS

• Alimentos atrasam o esvaziamento gástrico e reduzem a taxa de


absorção de muitos fármacos.
• A quantidade total absorvida de fármaco pode ser ou não
reduzida.
• Alguns fármacos são preferencialmente administrados com
alimento.
POR QUE TOMAMOS MEDICAMENTOS ?

• REPOSIÇÃO: Fornecimento de elementos carentes ao organismo. Ex.


Vitaminas, Sais Minerais, Proteínas, Hormônios.
• PROFILAXIA: prevenção de doença ou infecção. Ex. Soros e Vacinas.
• TRATAMENTO DE INFECÇÕES: antibióticos
• TRATAMENTO CÂNCER: quimioterápicos
POR QUE TOMAMOS MEDICAMENTOS ?

• BLOQUEIO TEMPORÁRIO DE UMA FUNÇÃO NORMAL Ex.


Anestésicos gerais e locais, Anticoncepcionais
• CORREÇÃO DE UMA FUNÇÃO ORGÂNICA DESREGULADA
Ex.: Cardiotônicos na insuficiência cardíaca congestiva,
Hidrocortisona na insuficiência de supra-renal Insulina no diabetes
• AGENTES AUXILIARES EM DIAGNÓSTICO: radiofármacos
DEFINIÇÃO BÁSICA

Medicamento é qualquer agente químico que, administrado no organismo, produz efeitos


benéficos e que são utilizados de acordo com suas propriedades e indicações
PODE SER:
• MAGISTRAL (é preparado em farmácias de manipulação a partir de uma fórmula
prescrita por um médico)
• OFICINAL (SUBSTÂNCIA OU FORMULAÇÃO IDENTIFICADA COMO
PADRÃO EM UMA FARMACOPÉIA)
• FARMACOPÉIA: LIVRO QUE OFICIALIZA AS DROGAS DE USO CORRENTE E
CONSAGRADAS COMO EFICAZES E ÚTEIS
FORMAS FARMACÊUTICAS

Estado físico no qual se apresenta um medicamento.


Tem por objetivo as diferentes formas facilitar a:
• Administração;
• Absorção;
• Fracionamento;
• Posologia;
• Conservação
FORMAS

Quanto ao Estado Físico:


• SÓLIDOS: pós, comprimidos, drágeas, pastilhas, pílulas,
granulados, pellets, óvulos, supositórios;
• PASTOSOS: Cremes, pomadas, unguentos, cataplasma;
• FLUIDOS: Aquosas, oleosas, suspensão, xarope
• GASOSOS E VOLÁTEIS
FORMA E VIA DE ADMINISTRAÇÃO

•  BOCA E FARINGE: tinturas, pastilhas, colutório;

• OLHOS- ORELHAS- NARIZ: gotas, pomadas, soluções spray;


• ORAL: comprimidos, cápsulas, drágeas, soluções, emulsões, suspensões, oleósas,
grânulos;
• BRÔNQUIOS E PULMÕES: - soluções ( inalações, aerossóis, spray) pós finos
(cromoglicato);
• URETRA: geléias, soluções;
• VAGINA: comprimidos, geléias, óvulos, cremes, pós;
• CANAL ANAL: pomadas, supositórios
QUANTIDADE A SER ADMINISTRADA

• Dose: representa a quantidade de medicamento no local de ação


(biofase) , necessária para produzir o efeito desejado;
• Posologia: Descreve a quantidade de um medicamento, que deve ser
administrado de uma só vez ou de modo fracionado num intervalo de
tempo determinado (em geral por dia) para que a dose seja alcançada.
NOMENCLATURAS

• NOME QUÍMICO: é um nome cientifico que descreve sua


estrutura atômica e molecular (não é empregado no dia a dia da
clínica)
• MEDICAMENTO GENÉRICO: uma forma simples de
identificar o medicamento
• NOME COMERCIAL: Nome de Marca ou Fantasia
GRUPOS FARMACOLÓGICOS

• Anestésicos;
• Diuréticos;
• Analgésicos;
• Antibióticos (anti-infectantes);
• Antidepressivos;
• Antiparasitários;
• Anticoagulantes;
• Antissépticos;
• Antitérmicos;
• Anti-arrítmicos;
• Anti-hipertensivos;
• Hipolipemiantes;
• Anticonvulsivantes;
• Vitaminas;
• Antifúngico;
• Antiácidos
CLASSIFICAÇÃO DE FÁRMACOS POR GRUPOS
ANATÔMICOS
CÓDIGO TIPO EXEMPLO
A TRATO ALIMENTAR E METABOLISMO ANTICOLINÉRGICOS, ANTIDIARREICOS,
ANTIEMÉTICOS
B SANGUE E ÓRGÃOS PRODUTORES DE ANTICOAGULANTES, TROMBOLÍTICOS
SANGUE
C SISTEMA CARDIOVASCULAR FÁRMACOS CARDIOVASCULARES
D DERMATOLÓGICO ANTIFÚNGICOS, ANTIBIÓTICOS,
CORTICOSTERÓIDES
G SISTEMA GENITO-URINÁRIO E ANTIBACTERIANOS, CORTICOSTERÓIDES,
HORMONAS SEXUAIS HORMONAS SEXUAIS
H OUTRAS HORMONAS SISTÊMICAS GLUCOCORTICÓIDES, TERAPIA DA
TIRÓIDE
J ANTI-INFECCIOSOS SISTÊMICOS GERAIS ANTIBIÓTICOS, ANTIVIRAIS,
ANTIFÚNGICOS
CÓDIGO TIPO EXEMPLOS
L ANTINEOPLÁSICOS E IMUNOSUPRESSORES ANTINEOPLÁSICOS
M SISTEMA MUSCULO-ESQUELETAL CORTICOSTERÓIDES, AGENTES
ANTIGOTA, RELAXANTES MUSCULARES
N SISTEMA NERVOSO CENTRAL PSICOTRÓPICOS, ANALGÉSICOS,
ANTIDEPRESSIVOS
P ANTIPARASITICOS DROGAS PARA DOENÇAS TROPICAIS
R SISTEMA RESPIRATÓRIO ANTI-HISTAMINICOS, ANTIASMÁTICOS,
ANTITÚSSICOS
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

• Evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença


de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental.
Constitui causa comum de efeitos adversos;
• Quando dois medicamentos são administrados, concomitantemente, a um
paciente, eles podem agir de forma independente ou interagirem entre si, com
aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro.
PROPRIEDADES DA DROGA IDEAL

• EFETIVIDADE;
• SEGURANÇA;
• SELETIVIDADE;
• REVERSIBILIDADE;
• FÁCIL ADMINISTRAÇÃO;
• MÍNIMAS INTERAÇÕES;
• ISENTA DE REAÇÕES ADVERSAS
ABSORÇÃO

Antes que possa atuar sobre o corpo, um medicamento deve ser absorvido pela
corrente sanguínea. Uma boa absorção do medicamento pelo corpo do paciente
depende de inúmeros fatores:

• Propriedades físico-químicas;
• Sua formulação;
• Via de administração;
• Diversas características do paciente
DISTRIBUIÇÃO

• Na corrente sanguínea o medicamento é distribuído para os tecidos e líquidos


corporais através do sistema circulatório
• Muitos medicamentos são metabolizados no fígado e excretados pelos rins
• A velocidade à qual um medicamento é metabolizado varia de individuo para
indivíduo;
• O metabolismo do medicamento pode ser mais rápido em fumantes do que em
pacientes não-fumantes, porque a fumaça do cigarro contém substâncias que
induzem a produção de enzimas hepáticas
FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR OS
PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS

RELACIONADO AO PACIENTE:

• Idade;
• Sexo;
• Tabagismo;
• Consumo de álcool;
• Uso de outros medicamentos.
ESTADOS FISIOPATOLÓGICOS:

• Anemias;
• Disfunção hepática;
• Doenças renais;
• Insuficiência cardíaca;
• Infecção;
• Queimaduras;
• Febre
CONSIDERAÇÕES SOBRE DOSAGEM

• Plano de dosagem do paciente;


• Meia-vida do fármaco;
• Idade do paciente;
• Altura do paciente;
• Peso do paciente.
TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA

• TOLERÂNCIA: refere-se a uma resposta diminuída do paciente


e dose repetida do paciente;
• DEPENDÊNCIA: está relacionado com a necessidade física ou
psicológica de um medicamento pelo paciente;

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