Farmacognosia
Aula 1
Sobre a disciplina:
Estuda a importância de produtos naturais na
obtenção de medicamentos..
Sejam como fontes específicas ou como
modelos de novos fármacos, além de controle
de qualidade na sua obtenção.
0 que é farmacognosia
É a ciência que trata da história, do tratamento,
da conservação, da identificação, da avaliação e
do emprego das drogas de origem vegetal.
Interdisciplinaridade da farmacognosia:
Botânica, zoologia, genética, física, química,
farmacologia, química farmacêutica,
farmacotécnica e controle de qualidade.
Farmacognosia = Pharmacognostica
Pharmacon:
• Droga
• Medicamento
• Veneno
Gnosis:
• Conhecimento
Plata medicinal X Produto natural
Planta medicinal: Espécie vegetal utilizada devido
às suas potencialidades terapêuticas.
Produto natural: Qualquer substância ou produto
de origem natural utilizado ou não como
medicamento.
Importância de se estudar as substâncias de
origem natural.
Fornecem substancias de difícil síntese que não
utilizadas como medicamentos.
Fonte de substância que não consideradas
protótipos de novos medicamentos: menos
tóxicos e ou mais eficazes.
Conceitos importantes
A RDC n26, 13 de maio de 2014 dispõe sobre o
registro de medicamentos fitoterápicos e o
registro e a notificação de produtos tradicionais
fitoterápicos.
Fitoterapia: é a terapia caracterizada pelo uso
de plantas medicinais em suas diferentes formas
farmacêuticas, sem a utilização de substância
ativas isoladas ainda que de origem vegetal.
Plata medicinal: espécie vegetal, cultiva ou não,
utilizada com propósitos terapêuticos.
Plata medicinal fresca: a planta medicinal usada
logo após a colheita/coleta sem passar por
qualquer processo de secagem.
Droga vegetal: planta medicinal, ou suas partes,
que contenham as substancias responsáveis
pela ação terapêutico, após processos de
coleta/colheita, estabilização quando aplicável, e
secagem, podendo estar na forma íntegra,
rasurada, triturada ou pulverizada.
Matéria-prima vegetal: compreende a planta
medicinal, a droga vegetal ou o derivado.
Fitocomplexo: conjunto de todas as substancias,
originadas do metabolismo primário ou
secundário, responsáveis, em conjunto, pelos
efeitos biológicos de uma planta medicinal ou de
seus derivados.
Uso tradicional: aquele alicerçado ao longo da
história de utilização no ser humano,
demonstrado em documentação técnico-
científica, sem evidências conhecidas ou
informadas de risco à saúde do usuário.
Marcador: substância ou classe de substâncias
(ex.: alcaloides, flavonoides, ácidos graxos, etc.)
utilizada como referência no controle da
qualidade da matéria-prima vegetal e do
fitoterápico, preferencialmente tendo
correlação com o efeito terapêutico. ativo,
quando relacionado com a atividade terapêutica
do fitocomplexo, ou analítico, quando não
demonstrada, até o momento, sua relação com
a atividade terapêutica do fitocomplexo.
Fitoterápico: produto obtido de matéria-prima
ativa vegetal, exceto substâncias isoladas, com
finalidade profilática, curativa ou paliativa,
incluindo medicamento fitoterápico e produto
tradicional fitoterápico, podendo ser simples,
quando o ativo é proveniente de uma única
espécie vegetal medicinal, ou quando ativo é
proveniente de mais de uma espécie vegetal.
• São utilizados da droga vegetal (extrato,
tintura, óleo, cera, suco, exsudato e
outros) para a produção de fitoterápicos.
• Devem oferecer garantia de qualidade,
ter efeitos terapêuticos comprovados,
composição padronizada e segurança de
uso para a população.
Não é objeto de registro como medicamentos
fitoterápico: a planta medicinal ou suas partes,
após processos de coleta, estabilização e
secagem, podendo ser integra, rasurada,
triturada ou pulverizada.
1978: OMS reconheceu oficialmente o uso dos
fitoterápicos.
1981: Define o estudo das plantas medicinais
como uma das prioridades de investigação
clínica.
1982: O ministério da saúde lançou o programa
de pesquisa de plantas medicinais na central de
medicamentos para obter o desenvolvimento
de uma terapêutica alternativa e complementar,
com embasamento cientifico, pelo
estabelecimento de medicamentos fitoterápicos,
com base no real valor farmacológico de
preparações de uso popular, á base de plantas
medicinais.
• Decreto junho instituição Políticas
Nacional de Plantas Medicinais, que insere
as práticas integrativas e
complementares Sistema Único de
Saúde (SUS).
As plantas medicinais são aquelas capazes ou
curar enfermidades e têm tradição de uso
como remédio em uma população ou
comunidade. Para usá-las, e preciso conhecer a
planta e saber onde colhê-la e como prepara-la.
Quando a planta medicinal e industrializada para
se obter um medicamento, tem- se como
resultado o fitoterápico. O processo de
industrialização evita contaminações por micro-
organismos, agrotóxicos e substâncias além de
padronizar a quantidade e a forma certa que
deve usada, permitindo uma medicamentos
fitoterápicos industrializados devem ser
registrados no ANVISA/Ministério da Saúde
comercializado.
• A dispensação de plantas medicinais
privativa farmácias e ervanarias,
observados o acondicionamento
adequado e classificação botânica.
 • As embalagens não podem ter
alegações terapêuticas.
• Plantas medicinais não precisam ser
registradas na Anvisa.
Farmacopeia: A Farmacopeia Brasileira é o
Código Oficial Farmacêutico do país, onde estão
estabelecidos os critérios de qualidade dos
medicamentos em uso, tanto manipulados
quanto industrializados, compondo o conjunto
de normas e monografias de farmoquímicos,
estabelecido para o país.
O Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia
Brasileira, 1° edição complementa essas normas
de manipulação, oficializando as formulações
que serão manipuladas padronizada. Dá suporte
às práticas de manipulação dispensação de
fitoterápicos nos Programas de Fitoterapia no
SUS. Permite um estoque mínimo em farmácia
de manipulação e em farmácias vivas.
Farmácias vivas: estabelecimentos instituídos
pela Portaria 886 de 20 de manipular abril de
2010 para exclusivamente plantas medicinais e
fitoterápicos.
O Formulário Fitoterápicos da Farmacopeia
Brasileira contempla relação de espécies
vegetais interesse do SUS (RENISUS).
Preparação magistral: é aquela preparada na
farmácia para ser dispensada atendendo a uma
prescrição médica, que estabelece sua
composição, forma farmacêutica, posologia e
modo de usar.
Preparação oficinal: aquela preparada na
farmácia, cuja fórmula esteja inscrita nas
Farmacopeias, Compêndios ou Formulários
reconhecidos pelo Ministério da Saúde.
Medicamentos alopáticos: são produtos
farmacêuticos tecnicamente obtidos ou
elaborados com finalidade profilática, curativa,
paliativa ou para fins de diagnóstico, utilizando
exclusivamente substâncias químicas puras
como componentes da sua formulação química,
compreendendo os princípios ativos e
excipientes. Princípio da alopatia é produzir
efeitos contrários aos sintomas produzidos pela
doença, são os “anti".
Medicamentos fitoterápicos: são medicamentos
obtidos, exclusivamente, de matéria-prima
vegetal. Princípio dos “anti".
Medicamento homeopáticos: ministrada
segundo o princípio da similitude, com finalidade
terapêutica ou preventiva, obtida pelo método
de diluições seguidas de sucções e/ou
triturações sucessivas. Os medicamentos
homeopáticos têm substâncias que causam os
mesmos sintomas produzidos pela doença, mas
reduzidas. A ideia é estimular o corpo a buscar
o equilíbrio. Baseia-se na cura pelo semelhante.
Medicamento fitoterápico não faz mal porque é
natural?
O consumo de fitoterápicos e de plantas
medicinais tem sido estimulado com base no
mito “se é natural não faz mal”. Porém, ao
contrário da crença popular, eles podem causar
diversas reações como intoxicações, enjoos,
irritações, edemas (inchaços) e até a morte,
como qualquer outro medicamento
Importância da fitoterapia
• Megabiodiversidade do Brasil: cerca de
22% das espécies de plantas.
• Possibilidade para a descoberta de novos
fármacos para o tratamento de diversas
doenças.
• Possibilidade para tratamento mais barato
para a população que não tem acesso
ao medicamento alopático.
• Aumentar a eficácia e a segurança dos
fitoterápicos.
• Evitar a biopirataria.
 • Movimenta mundialmente cerca de 20
bilhões de dólares/ano.
• Crescimento de vendas 15%. enquanto
que os sintéticos 4%.