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Disciplina: Farmácia Homeopática

Tema: Farmacologia Homeopática

Profa. Maria Matilde Z. Baracat


maria.baracat@unicesumar.edu.br
Alopática Enantiopática

Homeopática Isopática

Profa. MSc Maria Matilde Zraik Baracat 2


Doente
indisposto, Droga “efeito
sonolento, estimulante”
cansado

Suspensão ou
Melhora inicial eliminação da
dos sintomas droga com “efeito
estimulante”

Reação do
organismo: “efeito Piora dos
secundário sintomas
depressor/rebote”
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• Meia- vida
plasmática
• Doses
repetidas
Farmacologia clássica

Farmacodinâmica

Estuda os mecanismos de ação dos


fármacos e seus efeitos no organismo
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Altera funções
• Resulta da interação orgânicas
droga/componentes
celulares • Estimula (agonista)
• Célula- • Inibe (antagonista)
alvo/receptores

Efeito primário

Por meio do efeito primário as drogas são capazes


de despertar ou modificar as funções orgânicas.
Todavia, são totalmente incapazes de cria-las.
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➢ Receptores não-ocupados não
modificam processos
intracelulares

➢ Os fármacos atuam como sinais e


seus receptores como detectores
de sinais.
➢ A ligação de um receptor com o
fármaco modifica propriedades
físico-químicas e levam à
resposta biológica

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Agonista se
liga ao receptor
e produz uma
resposta
biológica

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Esse tipo de
substancia que
apresenta
afinidade e não
eficácia é
chamado de
Antagonista
Ligando-se ao receptor, ou a
parte do receptor, não
desencadeia resposta
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Efeito secundário Representa a
• Efeito rebote hiperatividade
• Reação • Supersensibilidade
paradoxal

O efeito secundário é responsável


pela dessensibilização dos
receptores
• Tolerância
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Dessensibilização dos
receptores
• A administração
repetida ou continua
pode levar a alterações
na responsividade do
receptor.

• O receptor se torna
dessensibilizado à ação
do fármaco.
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Toxicologia-
Usuário de ópio
• Fase primária de excitação:
diminuição da
excitabilidade nervosa,
abolição da dor, sonolência
e estado particular de
sonho.
• Fase secundaria de reação
orgânica: irritabilidade
excessiva, dores
espasmódicas, insônia,
superexcitação mental.
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Hahnemann constatou que drogas
administradas a indivíduos sadios
provocavam duas fases distintas e
sucessivas de sintomas, as quais
ele denominou de efeitos
primário e secundário

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A partir da
absorção da Substância altera
droga o efeito o meio interno
primário é
Efeito imediatamente
sentido Consequência
primário ou
direta (química)
ação da droga
primária
Sintomas
primários
(patogenéticos)

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Na tentativa de
restabelecer o
equilíbrio perdido, o
organismo lança mão
do efeito secundário

Consequência
da reação
homeostática
do organismo

Capaz de
proporcionar
efeitos
secundários
Profa. MSc Maria Matilde Zraik Baracat (reacionais) 16
Resposta ao
estímulo
que o altera
Reação do
Manter a
próprio
homeostase
organismo
Efeito
secundário
ou ação
secundária
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Doente
indisposto, Droga “efeito
sonolento, depressor”
cansado

Suspensão ou
Piora inicial dos eliminação da
sintomas droga com “efeito
depressor”

Reação do
organismo: “efeito Melhora dos
secundário sintomas
estimulante/rebote”
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Digitalis purpurea ou “dedaleira”:
antiarrítmico

• Ação primária direta (patogenética)


da droga: deprime a circulação,
diminui a frequência dos batimentos
cardíacos pela metade produzindo
pulso lento; visões obscurecidas,
parecendo que os objetos têm várias
cores.
• Ação secundária indireta (curativa)
do organismo: melhora da circulação
com aumento da frequência cardíaca
e pulso rápido; remove afecções
Profa. MSc Maria Matilde Zraik Baracat semelhantes na retina. 19
• O tratamento homeopático emprega esta ação
secundária (reação vital) do organismo como
resposta terapêutica, administrando aos indivíduos
doentes as drogas que causam sintomas
semelhantes nos indivíduos sadios (similia
similibus curentur), com o intuito de despertar
uma reação vital curativa do organismo contra
seus próprios distúrbios, restabelecendo o “estado
normal de saúde”.

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• Atualmente a cura por meio da terapêutica
dos semelhantes pode ser explicada pelo
conceito da homeostase- tendência que os
organismos vivos apresentam de manter um
estado de equilíbrio interno, apesar das
variações do meio ambiente externo.

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• Aumento da PA
vasoconstrição
taquicardia

Produção de Ach pela


suprarrenal- manter a
homeostase orgânica

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Segundo a racionalidade científica e os conceitos
farmacológicos modernos, a ação primária descrita por
Hahnemann corresponde aos efeitos terapêuticos,
adversos e colaterais das drogas convencionais.

Por outro lado, a ação secundária ou reação vital do


modelo homeopático corresponde ao efeito rebote ou
reação paradoxal do organismo, observada após a
descontinuação de inúmeras classes de fármacos que
atuam de forma contrária aos sintomas das doenças.
SIMILITUDE NA FARMACOLOGIA MODERNA

• De forma generalizada, podemos entender o


efeito rebote como uma manifestação
automática e instintiva dos mecanismos
homeostáticos do organismo no sentido de
restabelecer o estado inicial alterado pela
ação primária da droga, promovendo um
efeito oposto e contrário ao esperado.

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Usando o tratamento da insônia como
exemplo
• Medicina Convencional
o Efeito primário: sono (ex.: benzodiazepínico).
o Efeito secundário: insônia.
o Resultado a longo prazo: tolerância (doses cada vez
maiores são necessárias para manter o sono).

• Medicina Homeopática
o Efeito primário: insônia
o Efeito secundário: sono
o Resultado a longo prazo: homeostase (doses cada vez
menores são necessárias para manter o sono).

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Vias de
introdução

• O medicamento
homeopático pode ser
administrado pelas
mucosas, pela epiderme e
pelas vias aéreas superiores
e inferiores.

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Absorção dos
medicamentos

Mucosa bucal: boa absorção e evita


influência de nível gástrico e hepático
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Vias de eliminação

• O medicamento homeopático não


se acumula no organismo, pois age
por meio da informação que
veicula.
• Portanto, não são eliminados pelo
organismo como os medicamentos
alopáticos.

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Prescrição homeopática

Levantamento dos sinais e


sintomas

Escolha do simillimum

Seleção da potência, escala, dose


e frequência de administração
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Escalas
homeopáticas

Decimal DH Centesimal CH Cinquenta


1/10 1/100 milesimal LM
1/50.000

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Escolha da Potência
Baixas •6CH
Médias •12CH
Altas •30CH
Altíssimas •>30CH

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Baixas diluições Altas Diluições
Doenças agudas benignas, Doenças crônicas, mal-
mal-estares recentes, mal- estares habituais e
estares passageiros repetidos
Doenças graves, lesões Doenças curáveis, distúrbios
irreversíveis, sujeitos reversíveis, bom estado
enfraquecidos geral
Indicação localizada Síndromes gerais
Prescrição sobre sinais Prescrição sobre sinais
físicos, materiais comportamentais, psíquicos
Etiologia ou causalidade Etiologia ou causalidade
recente antiga
Fonte: CORNILLOT, P. (Org.) Tratado de homeopatia. Porto
Alegre: Artmed, 2005.
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Referencias bibliográficas

• Cornillot, P. Tratado de Homeopatia. Porto


Alegre: Artmed., 2005.
• Fontes, O. L. et al. Farmácia Homeopática:
teoria e prática. Barueri, SP: Manole, 2012, 4ª
ed.
• Teixeira, M. Z. Similia similibus curentur: o
princípio de cura homeopático
fundamentado na farmacologia moderna.
Rev Med (São Paulo). 2013 jul.-set.,92(3):183-
203. Disponível em:
Arquivos%20do%20Usuario/Desktop/79999-
Texto%20do%20artigo-110446-2-10-
20141022.pdf.

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