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Farmacotécnica Homeopática

Consulta, Farmacologia
e Medicamento Homeopático
Calendário de Provas
22.11.12 PROVA 1 (10 pts)
20.12.12 PROVA 2 (10 pts)
21.02.13 PROVA 3 (PRÁTICA) (5 pts) + TRABALHO (5 pts)
28.02.13 2ª CHAMADA
07.03.13 PROVA FINAL
Consulta Médica Homeopática
# Diagnóstico nosológico:

o Diagnóstico positivo
o Diagnóstico impreciso: caso impreciso por si só
ou participação em diversos distúrbios

# Diagnóstico do medicamento: busca de peculiaridades


do paciente
Semiologia homeopática

Na Homeopatia, o sintoma clássico não passa de um


fato patológico que precisa ser qualificado por:

_ uma localização
_ uma ou algumas sensações
_ modalidades de agravação ou de melhora

Conhecimento da matéria médica


Regras e etapas da observação
próprias à Homeopatia

Objetivo da observação homeopática: Encontrar o


medicamento que apresente em sua patogenesia os
sintomas mais semelhantes aos da doença a ser
curada.
Os cinco tempos de
observação homeopática:

Escutar
Escrever
Interrogar
Observar
Coordenar
Escutar
O médico deve falar o menos possível, e
fazer com o que o doente fale, ajudando-o
prudentemente a não perder-se em
digressões inúteis, e convidá-lo a desenvolver
adequadamente seu assunto.
Escrever

Anotação das informações que lhe pareçam


úteis, exatamente nos termos que o doente falar.
Interrogar
# Antecedentes pessoais ou hereditários

# Técnica do Interrogatório

_ Formulação das questões (perguntas indiretas)

_ Iniciar com perguntas relacionadas a doença atual, e


depois outras funções e aparelhos.

_ Estar com o doente (*acompanhantes)


Observar – Examinar

Inicia-se a partir da entrada do paciente


na consulta.

Exame clínico

Exames paraclínicos e especializados


Coordenar
Valorização e hierarquização dos sintomas.

Escolha do medicamento
Prescrição - Escolas Médicas Homeopáticas

1. Unicismo

2. Pluralismo

3. Complexismo

4. Organicismo
Regras de diluição

Uma vez determinado o medicamento e o método (Escola


Homeopática), deve-se escolher a diluição.
Baixas Diluições Altas Diluições

1. Doenças agudas benignas Doenças crônicas


Mal-estares recentes Mal-estares habituais e repetidos
Mal-estares passageiros

2. Doenças graves Doenças curáveis


Lesões irreversíveis Distúrbios reversíveis
Sujeitos enfraquecidos Bom estado geral

3. Indicação localizada Síndromes gerais


Similitude limitada Similitude extensa

4. Prescrição sobre sinais físicos, Prescrição sobre sinais


materiais comportamentais, psíquicos

5. Etiologia ou causalidade recente Etiologia ou causalidade antiga

6. “Pequenos Medicamentos” (MAL) “Medicamentos de ação geral” (MAG)


Que ação tem um
medicamento homeopático?
Que ação tem um
medicamento homeopático?

Farmacologia Homeopática
Ação Primária e Secundária
Baseado em experimentos científicos, Hahnemann
constatou que as drogas administradas no homem sadio
provocavam duas fases distintas e sucessivas de sintomas:

Efeito primário ou ação primária: modificação provocada pela


substância na saúde do indivíduo.

Efeito secundário ou reação secundária: reação do próprio


organismo ao estímulo que o altera.
Ação primária é a consequência direta da droga no
organismo (química), capaz de causar os chamados sintomas
primários (patogenéticos).

Na tentativa de restabelecer o equilíbrio perdido, o


organismo promove o efeito secundário, ou seja, a reação
homeostática do organismo, capaz de causar os sintomas
secundários (reacionais), opostos aos sintomas primários, na
tentativa de neutralizá-los.
Farmacologicamente falando…

Goodmann & Gilman: Os objetivos da análise das drogas consiste em


identificar o efeito primário que elas provocam no organismo, esclarecer suas
interações, a sequência, o campo de ação e os efeitos completos. O efeito primário
resulta na interação das drogas com componentes celulares (receptores e célula-alvo),
alterando as funções orgânicas, estimulando-as (efeito primário agonista) ou inibindo-
as (efeito primário antagonista).

O efeito secundário, chamado de efeito rebote representa a hiperatividade ou a


supersensibilidade aos agonistas ou antagonistas dos receptores após a diminuição do
nível crônico de estimulação do receptor pelo fármaco ou sua metabolização. É o efeito
de tolerância às drogas.

*Ex.: vício em café x sono e drogas


Farmacologia dos Contrários
Doente
“indisposto,
sonolento,
cansado”

Droga “efeito “Melhora inicial


estimulante” dos sintomas”

Suspensão
da droga Efeito secundário
depressor/rebote

Piora dos sintomas


Exemplos de Efeitos Rebotes na Terapia Alopática:

# Dopamina
Indicação terapêutica: hipotensão aguda
Efeito rebote: hipotensão arterial

# Levodopa
Indicação terapêutica: mal de Parkinson
Efeito rebote: movimentos corporais não habituais e incontrolados

# Codeína
Indicação terapêutica: tratamento da dor
Efeito rebote: dores generalizadas

# Cafeína
Indicação terapêutica: tratamento das cefaléias vasculares; coadjuvantes da
analgesia
Efeito rebote: dor de cabeça, aumento da sensibilidade ao tato ou à dor.
Farmacologia dos Semelhantes
Doente
“indisposto,
sonolento,
cansado”

Droga “efeito “Piora inicial dos


depressor” sintomas”

Suspensão
da droga Efeito secundário
estimulante/rebote

Melhora dos
sintomas
Cura pelos Semelhantes - Homeostase
Energia Medicamentosa

Dinamização – reação primária


Altas potências – ausência de P.A., maior potência

COMO??????
Experimentações e Hipóteses
Fatores Físico-Químicos que Modificam a Atividade das Altas Diluições

Baranger e Boiron::

# a estrutura físico-química das substâncias diluídas,

# a natureza do solvente. Alta viscosidade não é propícia à


persistência da informação.

# influência do processo de diluição e dinamização.

# condições de preparo das altas diluições (atm azoto).

# fatores que agem em diluições já preparadas (temperatura 120oC/45


min)
Estudos Espectroscópicos das Altas Diluições

Espectroscopia IR, Raman-laser ou RMN

Variações da constante dielétrica ou da pressão


superficial

Altas diluições e RMN – solvente x diluições de


sílica/lactose: aumento do tempo de relaxamento de T1
e um aumento da relação T1/T2
Hipóteses Relativas ao Mecanismo de Ação das Altas
Diluições

# Modificação da estrutura do solvente

# Artefato

# Persistência de presença molecular


Linhas que tentam explicar o fenômeno das ultradiluições homeopáticas:

Alterações estruturais nas moléculas do solvente (tamanho e ângulo)

Espectroscopia de infravermelho e Raman – modificações na auto-organização


das moléculas da água após o processo de dinamização, originando quase cristais,
formados por ligações de hidrogênio entre as moléculas da água (clusters).

Soluto impõe a estruturação de clusters; campos elétricos, correntes elétricas,


ultra-sons e agitações alteram as propriedades da água originando-os

O tamanho e geometria são responsáveis por modificações das propriedades


físico-químicas da água (condutividade elétrica, pressão de vapor, tensão
superficial). Campos magnéticos enfraquecem e quebram as ligações às superfícies
sólidas.

Apesar dos resultados experimentais, não há resultados conclusivos do MdA


dos medicamentos homeopáticos.
Artefatos

Mesmo após várias experiências feitas, não se pode


excluir a possibilidade de substâncias advindas da parede do
frasco de vidro influenciarem na ação medicamentosa, mas,
se essas fossem as principais substâncias ativas, todos os
medicamentos deveriam possuir as mesmas patogenesias, o
que não acontece.
Princípio ativo.

Existem pesquisadores que apóiam a idéia de que haveriam


moléculas da substância ativa nas altas diluições. Existiria a formação de
complexos dessa substância com moléculas do solvente, o que preservaria
a presença das mesmas, mesmo após tantas diluições. Essa teoria vem
ajudar no entendimento de uma outra hipótese: a de que há um informante
ultramolecular, que se ligaria a receptores na superfície celular,
transmitindo a informação do medicamento à mesma (Domínios em
Nanoescalas). Nesse caso, esse complexo molecular citado anteriormente
seria o informante.
Leis de Arndt e de Schultz

Hahnemann – efeito primário e secundário dependem da dose.

Hugo Schultz – confirmação do proposto de Hahnemann


Crescimento de levedura depende da concentração de substâncias
tóxicas: doses pequenas levam ao crescimento, doses grandes inibem.

Lei da Farmacoterapia: “Toda exitação provoca sobre a célula um aumento ou uma


diminuição de sua função biológica em relação à atividade fraca ou forte da excitação”

Rudolf Arndt: baseado na Lei da Farmacoterapia fez a Lei Biológica Fundamental:

# Pequenas excitações provocam a atividade vital, despertando-a.


# Excitações médias aumentam-na.
# Excitações fortes anulam-na em parte.
# Excitações exageradas anulam-na totalmente.
A Lei Biológica Fundamental funciona como mecanismo

de ação homeopático?
A Lei Biológica Fundamental funciona como mecanismo

de ação homeopático?

A Lei Biológica Fundamental explica a ação dupla e

inversa das drogas de acordo com a dose empregada, mas não é

suficiente para explicar o mecanismo das ultradiluições

homeópáticas uma vez que sua aplicação depende da presença

de uma substância molecular.


Vias de Introdução e de Eliminação

Vias de administração:

# mucosas

# vias aéreas superiores e inferiores

# epiderme
Vias de Introdução e de Eliminação

Vias de administração:

# mucosas
VIA ORAL
# vias aéreas superiores e inferiores

# epiderme
Os medicamentos homeopáticos NÃO

DEVEM ser engolidos. Devem ser deixados

na boca para que sejam absorvidos pela

mucosa bucal (evita o metabolismo

estomacal e de primeira passagem).


Posologia

Alopatia – dose diretamente relacionada a


quantidade.

Homeopatia – capacidade de promover a reação do


organismo (variável de indivíduo para indivíduo).
Potência baseada no caso clínico.
Quantidade x Qualidade

O efeito do medicamento homeopático não é

via quantidade de droga presente nas formas

farmacêuticas, e sim a qualidade da informação

veiculada.

Então, não há acúmulo nem eliminação da

droga no organismo.
Medicamento Homeopático
Medicamento:
Produtos farmacêuticos tecnicamente obtidos ou
elaborados a partir de substâncias químicas,
sintéticas ou naturais, que ao promoverem
modificações fisiopatológicas ou fisiológicas são
direcionadas para o uso no tratamento, na
prevenção ou no diagnóstico de doenças.
Medicamento Homeopático:

É toda forma farmacêutica de dispensação


ministrada segundo o princípio da semelhança e/ou
da identidade, com finalidade curativa e/ou
preventiva. É obtido pela técnica de dinamização e
utilizado para uso interno ou externo
(Farmacopéia Homeopática Brasileira 3a Edição)
Origem do Medicamento Homeopático

# Reinos Vegetal, Animal e Mineral

# Origem química, farmacêutica e biológica

# Fungos (Reino Fungi)


Bactérias (Reino Monera)
Protozoários (Reino Protista)
Reino Vegetal
O que pode ser usado:

# Planta inteira, partes, produtos extrativos ou de transformação


(sarcódios), produtos patológicos (nosódios).

o Identificação do vegetal (especialista, feita macro e microscopicamente),


parte utilizada (mesmas utilizadas no homem sadio), época de coleta,
condições ambientais (preferivelmente manhã em dias de sol).

o Caso o uso não seja imediato, secar à sombra em local ventilado e seco,
ou conservar o vegetal em recipientes fechados com certa quantidade de
álcool (deduzir a quantidade de álcool do veículo extrator da tintura mãe)

o Preferência a vegetais silvestres. Clima, altitude a longitude podem alterar


a qualidade e quantidade dos P.A.s.
Condições de coleta:

# Plantas inteiras: período de floração.


# Folhas: antes ou no início da floração após seu total
desenvolvimento.
# Flores: imediatamente antes de desabrochar
#Frutos: início da maturação.
# Sementes: total maturidade
# Raízes, rizomas e bulbos: início inverno ou início da primavera
# Lenho: início da primavera
# Cascas: desenvolvimento das folhas
# Caule: entre desenvolvimento das folhas e a floração.
Reino Mineral

Minerais naturais (forma que são encontrados na natureza) e


produtos extraídos, purificados e produzidos pelos laboratórios
químico-farmacêuticos.

Escolha no mesmo local.

Produtos hidratados: computar a água no peso do veículo a


ser usado.
Reino Animal

Pode ser usado:

# Animal inteiro
# Partes dos animais
# Produtos extrativos ou de transformação (sarcódios)
# Produtos patológicos (nosódios)

Classificação feita por especialista. Veterinário para correta


identificação de órgãos.

Animal sadio, adulto, e coletado em época de maior atividade.


(verão x inverno)

Estado selvagem.
Reino Fungi

Fungos, cogumelos e leveduras.

Reino Monera

Bactérias e cianobactérias.

Reino Protista

Protozoários e algas.

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