Você está na página 1de 140

Farmacotécnica Homeopática

Medicamento Homeopático
(cont), Tinturas e Formas
Farmacêuticas Derivadas
Veículos e Excipientes (Insumos Inertes)

Conceito: substâncias e produtos empregados em


homeopatia para realizar diluições, incorporar as
dinamizações e extrair os princípios ativos das
drogas na elaboração ds tinturas homeopáticas.
Veículos e excipientes utilizados em Homeopatia são:

1. Água purificada

2. Álcool etílico

3. Glicerina

4. Lactose e sacarose

5. Glóbulos, microglóbulos, comprimidos e tabletes inertes.


Veículos e excipientes utilizados em Homeopatia são:

1. Água purificada

2. Álcool etílico

3. Glicerina

4. Lactose e sacarose

5. Glóbulos, microglóbulos, comprimidos e tabletes inertes.


► Purificação: Destilação, bidestilação, deionização com
filtração esterilizante, milli Q e osmose reversa.

► Límpida, incolor, inodora e isenta de impurezas, como


amônia, cálcio, metais pesados, sulfatos e cloretos.

► Acondicionamento em recipientes fechados (barriletes


de vidro ou PVC), devendo ser renovada todo dia pela
manhã.
Veículos e excipientes utilizados em Homeopatia são:

1. Água purificada

2. Álcool etílico

3. Glicerina

4. Lactose e sacarose

5. Glóbulos, microglóbulos, comprimidos e tabletes inertes.


► Álcool etílico bidestilado

► Límpido, incolor, com odor característico, sabor ardente e


isento de impurezas, principalmente aldeídos e alcoóis
superiores

► Acondicionamento em recipientes herméticos, como


bombonas de polietileno que não tenham sido usadas para
outros fins, longe de fogo e calor.
Alcoolaturas:

Etanol 20%: passagem da forma sólida (trituração) para forma líquida

Etanol 30%: dispensação de medicamentos homeopáticos em gotas

Etanol 70%: dinamizações intermediárias

Etanol = ou > a 70%: preparação de dinamizações que irão impregnar lactose,


glóbulos, comprimidos e tabletes. Moldagem de tabletes.

Etanol 96%: dinamização de medicamentos preparados na escala cinquenta milesimal


(1/50000)

Diferentes diluições etanólicas: tinturas e drogas solúveis (3CH ou 6DH)


Preparação do álcool:

# Critério volumétrico v/v (volume do álcool por volume


da água empregada)

# Critétio ponderal p/p (peso do álcool por peso da água


empregada)

# v/p, p/v – Manter critério


Veículos e excipientes utilizados em Homeopatia são:

1. Água purificada

2. Álcool etílico

3. Glicerina

4. Lactose e sacarose

5. Glóbulos, microglóbulos, comprimidos e tabletes inertes.


Glicerina
Usada nas tinturas homeopáticas preparadas a partir
de órgãos e glândulas de animais superiores até 3CH ou 6
DH, e na preparação de certos bioterápicos
Veículos e excipientes utilizados em Homeopatia são:

1. Água purificada

2. Álcool etílico

3. Glicerina

4. Lactose e sacarose

5. Glóbulos, microglóbulos, comprimidos e tabletes inertes.


Lactose
Obtida do leite de vaca. Precipitada após a concentração do soro da
caseificação do leite à pressão, livre de impurezas como amido, sacarose e
glicose.

Pó cristalino, branco, inodoro, com leve sabor doce.

Acondicionamento em recipientes bem fechados (absorção de odor)

Usada nas dinamizações feitas a partir de substâncias insolúveis (trituração),


comprimidos, tabletes e glóbulos inertes.

Impregnação com dinamizações líquidas, para a obtenção de pós.


Sacarose

Açúcar purificado obtido da cana-de-açúcar.

Deve-se apresentar na forma de cristais ou massas cristalinas, incolores


ou brancas, ou pó cristalino branco, com sabor doce bastante
característico.

Acondicionamento em recipientes bem fechados.

A sacarose é utilizada na fabricação de glóbulos inertes.


Veículos e excipientes utilizados em Homeopatia são:

1. Água purificada

2. Álcool etílico

3. Glicerina

4. Lactose e sacarose

5. Glóbulos, microglóbulos, comprimidos e tabletes inertes.


Formas Farmacêuticas Sólidas

Glóbulos Tabletes

Comprimidos Microglóbulos
Glóbulos Inertes

Pequenas esferas compostas de sacarose ou mistura de sacarose e pequena


quantidade de lactose. Obtidos industrialmente a partir de grânulos de açúcar
mediante drageamentos múltiplos.

Pesos: 30 mg (n. 3); 50 mg (n. 5) e 70 mg (n. 7).

Forma de grãos esféricos, homogêneos e regulares, brancos, praticamente


inodoros e de sabor doce.

Armazenados em recipientes hermeticamente fechados.

Impregnados com dinamizações líquidas para a


obtenção da FF sólida chamada “glóbulos”
Microglóbulos Inertes
Pequeníssimas esferas compostas de sacarose e amido obtidos
industrialmente pelo processo de fabricação semelhante ao dos glóbulos.

Comercializados na padronização de 63 mg para cada 100


microglóbulos.

Grãos esféricos, homogêneos e regulares, brancos, praticamente


inodoros e de sabor doce.

Acondicionados em recipientes bem fechados (frascos de vidro âmbar).

Utilizados na preparação de
medicamentos na escala cinquenta milesimal.
Tabletes Inertes
Pequenos discos obtidos por moldagem da lactose em tableteiro.

Forma discóide, não tão homogêneos e regulares quanto comprimidos, peso entre
100 e 300 mg, brancos, inodores e de sabor levemente adocicado.

Acondicionamento em recipientes bem fechadis.

Impregnados com dinamizações líquidas, para a obtenção da FF sólida chamada


“tabletes”.
Comprimidos Inertes

Pequenos discos obtidos pela compressão de lactose ou mistura de lactose e


sacarose.

Forma discóide, homogêneos e regulares, com peso entre 100 e 300 mg, brancos,
inodoros e de sabor levemente adocicado.

Armazenamento em recipientes bem fechados.

Comprimidos inertes são impregnados com dinamizações líquidas, para a


obtenção da FF sólida chamada “comprimidos”.
Recipientes e Acessórios

Material que não exerça influência sobre as drogas,


veículos e excipientes, e vice-versa.

Tinturas homeopáticas – frascos de vidro

Frascos de vidro âmbar ou incolor com proteção contra a


luz, classe hidrolítica I (IV e parenteral) , II (parenteral com pH
constante), III (parenteral) e NP (oral ou tópico)
Dispensação
Vidros (acima) e frascos plásticos de cor branca
leitosa de polietileno de alta densidade, polipropileno e
policarbonato.

Os frascos plásticos e os vidros podem também ser


usados na estocagem de triturações e na dispensação de
FF homeopáticas sólidas (glbs, comp., tbls). Pós são
dispensados em papel impermeável tipo “pérola branca”.
Acessórios:
Tampas, batoques e gotejadores (batoque conta-gotas)
devem ser de polietileno e polipropileno.

Cânulas devem ser de vidro, polietileno de alta


densidade, polipropileno ou policarbonato e os bulbos devem
ser de látex, silicone atóxico ou polietileno.

Ponteiras: polietileno de alta densidade, polipropileno


ou policarbonato.
Lavagem, secagem e esterilização: contaminação microbiológica e a
presença de resíduos químicos e energéticos podem prejudicar a qualidade
desses produtos.

Lavagem de vidros novos e usados: lavar com água corrente abundante


e, logo a seguir, enxaguados com água purificada, no mínimo 2 vezes, para retirar
as impurezas que a água corrente contém. Escorrer por alguns minutos e, em
seguida, esterilizá-los em autoclave a 120o C, 1 atm, por 30 min, ou em estufa de
secagem em uma temperatura de 180o C por 30 min, ou 140o C por 60 min.

Altas temperaturas após a lavagem dos recipientes e acessórios usados,


além de esterilizá-los, inativam energias remanescentes das dinamizações.

Vidros de tinturas devem ser descartados.


Lavagem de frascos plásticos e acessórios virgens:

Lavados com água corrente abundante e, logo a seguir, enxaguados com


água purificada por no mínimo 2 vezes. Devem ser deixados imersos em etanol a
70% por 2 horas, com exceção dos bulbos. Estes devem ser apenas enxaguados em
etanol a 70%, após a lavagem e o enxágue com água corrente e purificada,
respectivamente.
Regras de Nomenclatura

Denominação por meio dos nomes científicos, conforme as


regras internacionais de nomenclatura.

Essas regras de nomenclaturas ajudam os clínicos a


prescreverem corretamente e os farmacêuticos a identificar na
receita o medicamento homeopático a ser aviado.
1. Primeiro componente com letra maiúscula e demais componentes com letra
minúscula.
Ex.: Ferrum phosphoricum

2. Quando se usa apenas uma espécie do gênero em Homeopatia, pode-se omitir a


espécie.
Ex.: Lycopodium (Lycopodium clavatum)

3. Quando se usa nomes tradicionais em Homeopatia, mesmo que haja várias espécies,
pode-se omitir a espécie, desde que não dê origem a dúvidas.
Ex.: Eupatorium (mais usado: Eupatorium perfoliatum; outras espécies pouco utilizadas
(Eupatorium purpureum, Eupatorium aromaticum)

4. Nomes tradicionais ainda se pode adotar somente o nome da espécie, sem o gênero.
Ex.: Chamomilla (Matricaria chamomilla)
5. Espécies pouco usadas devem ter identificação completa (gênero e espécie)

6. Nomenclatura de substâncias químicas , além dos nomes oficiais são utilizados nomes
homeopáticos tradicionais.
Ex.: Barium carbonicum (Baryta carbonica)

7. Substâncias químicas escreve-se primeiro o elemento de valência positiva e em seguida o de


valência negativa, porém, nomes homeopáticos tradicionais podem ser usados.
Ex.: Acidum sulfuricum (Sulfuris acidum)

8. Emprego de nome abreviado, desde que não ocorram dúvidas durante a interpretação do
receituário médico.
Ex.: Acon. ou Aconit. Para Aconitum PERMITIDO
Kalium chlor. – Kalium chloricum ou Kalium chloratum NÃO PERMITIDO
Sinonímias

Uso restrito às constantes nas obras científicas consagradas


na literatura científica e homeopática.

PROIBIDO emprego de sinônimos arbitrários, como siglas,


números, nomes aleatórios e códigos diversos.

Calcarea carbonica = Calcarea ostrearum, Calcarea osthreica.


Chamomilla = Matricaria.
Graphites = Carbo mineralis.
Ipeca ou Radix = Cephaelis ipecacuanha.
Lycopodium = Muscus clavatus.
Mercurius sulf. ruber = Cinnabaris.
Nux vomica = Colubrina.
Pulsatilla = Anemone pratensis.
Abreviaturas e Símbolos
Cem sucussões = 
Comprimidos = compr.
Diluição = dil.
Dinamização = din.
Escala centesimal = CH
Escala cinquenta milesimal = LM
Escala decimal de Hering = DH
Glóbulos = glob.
Método de fluxo contínuo = FC
Método korsakoviano = K
Microglóbulos = mcglob.
Partes iguais = ãã (abreviatura de ana, palavra grega)
Quantidade suficiente = qs
Quantidade suficiente para = qsp
Resíduo seco = r.s.
Resíduo sólido = r. sol.
Solução = sol.
Tabletes = tabl.
Tintura-mãe = TM, , Tint. Mãe
Título etanólico da tintura-mãe = tit. et.
Trituração = trit.
Categorias de Medicamentos

Medicamentos são divididos em categorias para


facilitar a compreensão de sua aplicação clínica.

Essas definições de classes são importantes por


conta das outras escolas que não as unicistas.
Medicamentos Policrestos

Medicamentos muito utilizados na clínica diária.

Medicamentos Semipolicrestos

Medicamentos que possuem ricas patogenesias,


porém não são tão usados como os policrestos.

ESTOQUE MÍNIMO DAS FARMÁCIAS HOMEOPÁTICAS


Medicamentos Agudo e de Fundo

Agudo – drogas que proporcionam quadros agudos violentos


durante o experimento patogenético.

Usados na prática clínica para aliviar sintomas agudos e de


determinadas doenças.

Fundo ou terreno – relacionados a estados crônicos, de acordo


com constituição, temperamento e miasma.
Medicamentos Complementares e Antídotos

Complementar – Homeopatas pluralistas prescrevem dois


ou mais medicamentos para cobrir a totalidade dos
sintomas do doente.

Antídoto – medicamento ou a substância capaz de


neutralizar os sintomas da agravação, provocados por
outro medicamento.
Placebo
Substância inerte administrada com a finalidade de agir
terapeuticamente por meio da sugestão.

Utilizado em homeopatia para:


Interromper dependência medicamentosa antes do uso do simillimum;

Para satisfazer impulsos de hipocondríacos;

Provas duplo-cego;

Agravações iniciais enquanto se aguarda o desenvolvimento de


sintomas secundários.
Identificação do placebo:
Antigamente: nomes científicos de plantas comestíveis. Ex.: Lens esculentum
(ervilha); nomes de fantasia Ex.: Saccharum lactis;

Atualmente: nome do medicamento, potência, escala e método, acrescido do


número 0 (zero), de uma barra (/) e do volume ou peso a ser dispensado.

Ex.: Aconitum 6 CH 0/20 mL (líquidos)


Argentum nitricum 6 CH 0/15 g (glóbulos, comprimidos e tabletes)
Thuya occidentalis 12 CH 0/1 papel (para pós)

Medicamento + placebo, o número antes da barra indicará o papel que deverá conter o
medicamento.

Ex.: Phosphorus 30 CH 1/10 papéis


Luesinum 12 CH 1, 5, 9, 13, 17/20 papéis

Dispensação: forma líquida gotas (etanol 30%)


Forma sólida – glóbulos, comprimidos, tabletes e pós
Tintura-mãe
Tintura-Mãe

Forma farmacêutica básica resultante da ação


extrativa e/ou dissolvente, por contato íntimo e
prolongado, de um insumo inerte hidroalcóolico ou
hidroglicerinado sobre determinada droga vegetal ou
animal, fresca ou dessecada, por meio dos processos de
maceração ou percolação.
Processos de obtenção:

1. Maceração (planta fresca)


2. Percolação (planta seca)

Escolha de acordo com a natureza da droga


Preparação da TM a partir do vegetal fresco

1. Coleta do vegetal fresco e seleção no laboratório (remoção de


partes deterioradas e impurezas)
2. Lavar o vegetal com água corrente e por último com água
purificada.
3. Excesso de água deve ser eliminado, e então enxugado com um
pano limpo e seco.
4. Calcular o resíduo sólido (verificar o quanto de parte seca tem a
planta, pois a quantidade de TM a ser obtida deve ser 10 vezes o
porcentual de r. sol. encontrado).
Líquido extrator: etanol em diferentes graduações
segundo monografia da droga.
Determinação do Resíduo Sólido de Vegetal Fresco:
VEGETAL FRESCO
# fracionar 100 g da planta
# Secar (estufa) T 100o C -105o C
# peso constante (% de r. sol.)
# ENQUADRAR EM UMA DAS FAIXAS ABAIXO
!Caso exista monografia específica, esta deve ser seguida.
! Resíduo sólido abaixo de 20%, considerá-lo 20%.
!Quantidade final de TM: Relação Droga/Insumo Inerte:
1:10 (p/v) (10%)
FARMACOPÉIA HOMEOPATICA BRASILEIRA 3a ed.

-Utilizar etanol a 90% (p/p) para resíduo sólido até 29%


(plantas com alto teor de água). Se o resíduo sólido for
inferior a 20% deve-se considerá-lo igual a 20%.

-Utilizar etanol a 80% (p/p) para resíduo sólido de 30% a


39% (plantas com médio teor de água).

- Utilizar etanol a 70% (p/p) para resíduo sólido igual ou


acima de 40% (plantas com baixo teor de água).
Cálculo da TM

Exemplo 1
Vegetal fresco = 1000 g.
Resíduo sólido = 20%.
Resíduo sólido total do vegetal = 200 g.
Quantidade de água contida no vegetal = 800 mL.
Teor alcoólico do líquido extrator a ser utilizado = 90% (v/v).
Volume de tintura-mãe a ser obtida = 2000 mL (10 vezes o resíduo
sólido total).
Volume de álcool 90% (v/v) a ser adicionado: 2000 mL – 800 mL =
1200 mL.
Relação resíduo sólido/volume final da TM 1:10 (p/v) (10%).
Título hidroalcoólico da TM Exemplo 1
Teor alcoólico do líquido extrator a ser utilizado = 90% (v/v)
Volume de tintura-mãe a ser obtida = 2000 mL (10 vezes o resíduo sólido total).
Volume de álcool 90% (v/v) a ser adicionado: 2000 mL – 800 mL = 1200 mL.

1080 mL de etanol absoluto e 120 mL de água

C1 x V1 = C2 x V2
2000 mL _____ 100%
OU
1080 mL _____ X 90% x 1200 mL = C2 x 2000 mL

X = 54% C2 = 54%
Exemplo 2
Vegetal fresco = 1000 g.
Resíduo sólido = 32%.
Resíduo sólido total do vegetal = 320 g.
Quantidade de água contida no vegetal = 680 mL.
Teor alcoólico do líquido extrator a ser utilizado = 80% (v/v).
Volume de tintura-mãe a ser obtida = 3200 mL (10 vezes o resíduo
sólido total).
Volume de etanol 80% a ser adicionado: 3200 mL – 680 mL = 2520 mL.
Relação resíduo sólido/volume final da TM 1:10 (p/v) (10%).
Título hidroalcoólico da TM Exemplo 2
Teor alcoólico do líquido extrator a ser utilizado = 80% (v/v).
Volume de tintura-mãe a ser obtida = 3200 mL (10 vezes o resíduo sólido total).
Volume de etanol 80% a ser adicionado: 3200 mL – 680 mL = 2520 mL

2016 mL de etanol absoluto e 504 mL de água

C1 x V1 = C2 x V2
3200 mL _____ 100%
OU
2016 mL _____ X 80% x 2520 mL = C2 x 3200 mL

X = 63% C2 = 63%
Vegetal dividido

FHB 3a edição – pelo menos 15 dias


TM a partir de Vegetal Dessecado
Exposição ao calor natural ou artificial.

Drogas devem ser renovadas a cada ano.

Armazenamento em recipientes de madeira, sacos de papel


e sacos plásticos.

Não é preciso cálculo de r. sol.

Usar alcoolatura na monografia do vegetal.


per.co.la.ção
sf (lat percolatione) 1 Passagem lenta de um líquido através
de um meio filtrante. 2 Método de extração ou purificação
por meio de filtros. 3 Processo de preparar café, fazendo
passar por ele água quente em um percolador. 4 Farm
Processo de extrair os constituintes solúveis de uma droga
pulverizada, fazendo passar por ela um líquido.
Escalas e Métodos de Preparação
das Formas Farmacêuticas Derivadas
ESCALAS E MÉTODOS PARA OBTENÇÃO DAS
POTÊNCIAS HOMEOPATICAS

Escala Homeopática: proporção entre insumo ativo


e insumo inerte. As escalas são: DH, CH e LM.

Método: técnica utilizada para obtenção de uma


determinada potência.

EX: Método Hahnemanniano dos Frascos Múltiplos;


Método FC;
Método K.
ESCALA CENTESIMAL (Centesimal Hahnemanniana)

Diluição: 1/100 (1 parte do ativo para 99 de inerte);


Origem: Hahnemann;
Símbolos: CH, C, a;
Preparo: Método Hahnemanniano dos frascos múltiplos;
Dispensação: Álcool 30%;
Armazenamento e impregnação: Álcool 70%.
2 CH
1 CH

1/2 - 2/3 do frasco


Sucussão
Agitação do medicamento
após cada diluição no sentido
vertical e batendo-o contra um
anteparo semi-rígido de uma altura
de aproximadamente 50 cm.
Volume de líquido de 1/2 a 2/3 da
capacidade do frasco.

Quando usar: quando o


ponto de partida for solúvel no
meio de dinamização (água;
misturas hidroalcóolicas). Processo:
Manual ou Mecânico.
ESCALA DECIMAL (Decimal de Hering)

Diluição: 1/10 (1 parte do ativo para 9 de inerte);


Objetivo: Diminuir as distâncias entre as quantidades de
insumo inerte e ativo;
Símbolos: DH, D, X;
Preparo: Método Hahnemanniano dos frascos
múltiplos;
Dispensação: Álcool 30%;
Armazenamento e impregnação: Álcool 70%.
Correlação matemática entre as escalas
DH CH

1 DH = 1/10 = 10-1 1 CH = 1/100 = 10-2

2 DH = 1/100 = 10-2 2 CH = 1/10.000 = 10-4

3 DH = 1/1000 = 10-3 3 CH = 1/1.000.000 = 10-6

4 DH = 1/10000 = 10-4 4 CH = 1/100.000.000 = 10-8


Escala Decimal e Centesimal para drogas
insolúveis

TRITURAÇÃO
Trituração

Técnica de dinamização
descrita por Hahnemann para o
preparo de formas farmacêuticas
derivadas que têm como ponto de
partida insumos ativos insolúveis.
Trituração
# Hahnemann acreditava muito no “poder” da
trituração;
# Inicialmente, preconiza e descreve a técnica para
insolúveis;
# Utilização de gral e pistilo de porcelana;
# Duração: 1 hora para cada dinamização;
# Veículo: Lactose;
# Faz-se até a 3CH ou até a 6DH.
FF uso interno: líquidas e sólidas

Preparação líquida administrada sob a forma de gotas


Líquidas Dose única líquida
Formulações líquidas

Comprimidos
Glóbulos
Sólidas Pós
Tabletes
Dose única sólida
Formulações sólidas

Farmacopéia Homeopática Brasileira III


Preparação Líquida Administrada sob a
Forma de Gotas

Dispensação: etanol 30%

Métodos: Hahnemanniano, Korsavoviano e FC


Técnica de Obtenção da Preparação Líquida

1. Preparar o medicamento na potência e escala determinadas pelo


clínico em álcool 30% (sempre que possível), adotando o método
indicado na receita.

2. Transferir o conteúdo do frasco dinamizador para o frasco que


será dispensado ao paciente. Quando não especificado pelo clínico,
é normalmente padronizado pelas FHs em 15 ou 20 mL.

3. Munir o frasco com conta—gotas, batoque conta-gotas ou outro


dispositivo afim.

4. Rotular de acordo com as normas técnicas legais.


Dispensação da Preparação Líquida

►Volume indicado na receita ou o padronizado pela farmácia,


quando não indicado na receita.

► Potências superiores a 3CH ou 6 DH são dispensadas em etanol


30%

► 4CH e 8 DH de ativos insolúveis são dispensadas em etanol 20%.

7 DH somente dispensada em água purificada a partir da 6DH.

► Prazos de validade de acordo com o descrito na Farmacopéia


Brasileira
Exemplo:
Aconitum napellus 6 CH. Conteúdo 20 mL.

1. Colocar 19,8 mL de etanol 30% em um frasco de 30 mL (2/3 frasco).


2. Acrescentar 0,2 mL de Aconitum napellus 5 CH ao frasco.
3. Sucussionar 100 vezes.
4. Transferir o volume para o frasco de dispensação.
5. Colocar conta-gotas ou batoque conta-gotas.
6. Rotular.
Dose Única Líquida

Tomada de uma vez só

Métodos: Hahnemanniano, Korsavoviano e FC


Técnica de Obtenção da Preparação Líquida

1. Preparar o medicamento na potência e escala determinadas pelo


clínico em álcool 30% (sempre que possível), adotando o método
indicado na receita.

2. Preparar a dose única (DU) de acordo com o volume indicado na


receita ou, quando não especificado pelo clínico, dispensar 2 gotas
da potência desejada em etanol 30% em 1 mL de água purificada ou
etanol até 5% (v/v).

4. Rotular de acordo com as normas técnicas legais.


Exemplo de Prescrição de Dose Única Líquida COM Volume Especificado:

Lycopodium clavatum 30 CH…..XX/30

1.Preparar o Lycopodium clavatum 30 CH em etanol 30%.


2. Transferir 20 gotas do 30 CH para um frasco de 30 mL e acrescentar 30 mL
de água purificada.
3. Misturar.

Número Romano – número de gotas do medicamento a ser diluído.


Número Arábico após a barra – quantidade de água purificada em mL
Natrium sulfuricum 200 FC……X/V/20

1. Preparar o Natrium sulfuricum 200 FC em etanol 30%


2. Transferir 10 gotas da 200 FC para um frasco de 20 mL
3. Acrescentar 5 gotas de etanol 96% e 20 mL de água purificada

1o número romano – número de gotas do medicamento a ser diluído.


2o número romano entre barras – número de gotas de etanol 96%
Número arábico – quantidade de água purificada em mL
Exemplo de Prescrição de Dose Única Líquida SEM Volume
Especificado:

Pulsatila nigricans 30 CH DU líquida

1.Preparar Pulsatila nigricans 30 CH em etanol 30%.


2. Transferir 2 gotas do 30 CH para um flaconete e acrescentar 1
mL de água purificada ou etanol até 5% (v/v).
3. Misturar.
Fórmulas Líquidas
Exemplo 1:

Drosera 6 CH
Bryonia 6 CH ãã 10 mL

1. Preparar Drosera 6 CH e Bryonia 6 CH em etanol 30% separadamente


2. Em um cálice, misturar 10 mL de cada um dos medicamentos (ãã)
3. Volume final 20 mL
Exemplo 2:

Aconitum 6 CH
Belladona 6 CH ãã…qsp…30 mL

1. Preparar Drosera 6 CH e Bryonia 6 CH em etanol 30% separadamente


2. Em um cálice, misturar 15 mL de cada um dos medicamentos (ãã para 30 mL)
Exemplo 3:

Ignatia amara 5 CH ….. 1%


Nux vomica 6 CH ….. 5%
Etanol a 30% … qsp … 30 mL

1. Preparar Ignatia amara 5 CH e Nux vomica 6 CH em etanol 30% separadamente


2. Misturar 0,3 mL (1%) de Ignatia amara 5 CH com 1,5 mL (5%) de Nux vomica 6CH
e completar o volume com quantidade suficiente para 30 mL de etanol 30%
Comprimidos

Insumo ativo líquido: compressão ou impregnação


Insumo ativo sólido: compressão
Insumo ativo líquido: compressão ou impregnação
1. Preparar o medicamento na potência e escala determinadas pelo clínico
em álcool 70%, adotando o método indicado na receita.
2. Impregnar a lactose ou mistura de lactose e sacarose com o insumo ativo
líquido na proporção de 10% (v/p), ou seja, usar 10 mL de insumo ativo para
cada 100 g de insumo inerte.
3. Homogeneizar e deixar secar.
4. Umedecer o insumo inerte impregnado com quantidade suficiente de
etanol 90% e granular.
5. Tamisar e secar em temperatura inferior a 50oC.
6. Levar à compressão.
7. Transferir os comprimidos para um frasco de boca larga e rotular.
Insumo ativo líquido: compressão ou impregnação
1. Preparar comprimidos inertes por compressão da lactose ou da mistura de
lactose e sacarose.
2. Preparar o medicamento na potência e escala determinadas pelo clínico
em álcool 70%, adotando o método indicado na receita.
3. Pesar os comprimidos inertes e colocá-los em um recipiente adequado,
como um frasco de boa larga, com tampa.

4. Impregnar os comprimidos inertes com o insumo ativo, agitando o


recipiente alguns minutos. Proporção insumo ativo e peso é dos
comprimidos é de 10% (v/p).

5. Secar os comprimidos sobre papel de filtro em T<50oC.

6. Transferi-los para um frasco de boca larga e rotular.


Insumo ativo sólido (trituração): compressão

1. Preparar o medicamento na potência e escala determinadas pelo clínico


por trituração. (3CH ou 6 DH).
2. Misturar a trituração na proporção de 10% (p/p), em lactose ou mistura de
lactose com sacarose.
3. Homogeneizar bem a mistura.
4. Umedecer a mistura com quantidade suficiente de etanol 90% e granular.
5. Tamisar e secar em temperatura inferior a 50oC.
6. Levar à compressão.
7. Transferir os comprimidos para um frasco de boca larga e rotular.
Dispensação dos Comprimidos

Dispensados em frascos de boa larga, bem fechados e


protegidos da luminosidade.

Separados na tampa do frasco antes de serem levados à


boca.

Comprimidos com sacarose não devem ser consumidos


por diabéticos.
Glóbulos

Adquiridos da indústria farmacêutica


homeopática na forma inerte para serem
impregnados com a dinamização desejada
pelos métodos da tríplice ou simples
impregnação.
Técnica de Obtenção dos Glóbulos (tríplice impregnação)
1. Preparar o insumo ativo líquido na potência desejada, em etanol 70%.
2. Pesar os glóbulos inertes (3, 5 ou 7) e colocá-los em um recipiente,
com frasco de boca larga, com tampa, de capacidade superior ao volume
ocupado pelos glóbulos.
3. Impregnar os glóbulos inertes com o insumo ativo calculado na
proporção de no mínimo, 5% (v/p) em relação ao peso dos glbs, ou seja,
utilizar 1 mL de insumo ativo em 3 partes iguais (0,33 mL) para cada 20 g
de glóbulos inertes.
4. Transferir os glóbulos para uma cuba rasa e secá-los em t<50oC.
5. Impregar os gbls com mais 1/3 do volume do insumo ativo, agitando o
recipiente.
Técnica de Obtenção dos Glóbulos (tríplice impregnação) cont.

6. Transferir os glóbulos para uma cuba rasa e secá-los em t<50oC.


7. Impregar os gbls com mais 1/3 do volume do insumo ativo, agitando
o recipiente.
8 Transferir os glóbulos para uma cuba rasa e secá-los em t<50oC.
9. Colocar os gbls impregnados e secos em um frasco de boca larga
para dispensação e rotular.
Pós

Peso unitário entre 300 e 500 mg,


constituído de lactose, sendo dispensado em
papéis ou em cápsulas gelatinosas.

10% insumo ativo


Insumo líquido:

1. Impregnar a lactose com insumo ativo, preparado em


etanol 70% na proporção de 10% (v/p).
2. Homogeneizar e deixar secar em temperatura < 50o C.
3. Repartir em porções de 300 ou 500 mg.
4. Acondicionar em papéis ou em cápsulas.
5. Embalar e rotular.
Exemplo:

Natrium muriaticum 30 CH…. 12 papéis

1. Preparar Natrium muriaticum 30 CH em etanol 70%


2. Pesar 6 g de lactose (500 mg x 12 papéis)
3. Impregnar a lactose com 0,6 mL (10%) do Natrium muriaticum 30 CH
4. Misturar bem e deixar secar
5. Repartir a lactose impregnada em porções de 500 mg
6. Embalar e rotular
Insumo sólido:

1. Preparar o insumo ativo por trituração com lactose na potência


desejada.
2. Misturar essa trituração com lactose na proporção de 10%.
3. Homogeneizar.
4. Repartir em porções de 300 ou 500 mg.
5. Acondicionar em papéis ou em cápsulas.
6. Embalar e rotular.
Exemplo:

Magnesium phosphoricum 3DH…. 30 papéis

1. Preparar Magnesium phosphoricum 3 DH por trituração


2. Pesar 13,5 g de lactose (90% de 500 mg x 30 papéis = 15 g)
3. Pesar 1,5 g (10%) do Mp 3 DH
4. Misturar
5. Repartir em 30 porções de 500 mg cada
6. Embalar e rotular
Tabletes

Peso entre 75 e 150 mg, obtidos por


moldagem em tableteiro da lactose
impregnada com o insumo ativo. Também
pode ocorrer impregnação de tabletes
inertes.

10% insumo ativo


Insumo ativo líquido: impregnação ou moldagem

1. Preparar IA na potência desejada em etanol 70%.

2. Umedecer a lactose em etanol 70% de forma que se obtenha massa que, ao ser
espremida entre as mãos, recebe o formato de pão. Ao ser quebrada ao meio, essa
massa não deve esfarelar-se (ponto de massa).

3. Levar a massa ao tableteiro e moldar os tabletes inertes com uma espátula de aço
inoxidável.

4. Deixar secar por alguns minutos. Não secar totalmente.

5. Proceder à extrusão dos tabletes inertes e secá-los totalmente em temperatura


<50oC.

6. Impregnar os tabletes inertes com o IA na proporção de 10% (v/p)

7. Secar filtro em temperatura inferior a 50oC

8. Transferir os tabletes para um frasco de boca larga, colocar algodão por cima para
evitar o choque entre eles.
Insumo ativo líquido: impregnação ou moldagem

1. Preparar IA na potência desejada em etanol 70%.

2. Impregnar a lactose com o IA líquido na proporção de 10% (v/p).

3. Homogeneizar e secar.

4. Umedecer a lactose em etanol 70% de forma que se obtenha massa que, ao ser
espremida entre as mãos, recebe o formato de pão. Ao ser quebrada ao meio, essa
massa não deve esfarelar-se (ponto de massa).

5. Levar a massa ao tableteiro e moldar os tabletes inertes com uma espátula de aço
inoxidável.

6. Deixar secar por alguns minutos. Não secar totalmente.

7. Proceder à extrusão dos tabletes inertes e secá-los totalmente em temperatura


<50oC.

8. Transferir os tabletes para um frasco de boca larga, colocar algodão por cima para
evitar o choque entre eles.
Insumo ativo sólido (trituração): moldagem

1. Preparar IA por trituração, na potência desejada (3CH ou 6 DH).

2. Misturar a trituração na proporção de 10% (p/p) em lactose

3. Homogeneizar bem a mistura.

4. Umedecer a lactose em etanol 70% de forma que se obtenha massa que, ao ser
espremida entre as mãos, receba o formato de pão. Ao ser quebrada ao meio, essa
massa não deve esfarelar-se (ponto de massa).

5. Levar a massa ao tableteiro e moldar os tabletes inertes com uma espátula de aço
inoxidável.

6. Deixar secar por alguns minutos. Não secar totalmente.

7. Proceder à extrusão dos tabletes inertes e secá-los totalmente em temperatura


<50oC.

8. Transferir os tabletes para um frasco de boca larga, colocar algodão por cima para
evitar o choque entre eles.
Dose Única Sólida

FF obtida por meio dos métodos


hahnemanniano, korsakoviano e de FC, com
quantidade limitada de medicamento
(comp., glbs, tbls e pós) para ser tomada de
uma só vez.
Técnica de Obtenção da Dose Única Sólida

1. Preparar o IA de acordo com o método indicado na receita, na potência


desejada, em etanol igual ou superior a 70%.
2. Caso não venha especificado na receita a quantidade a ser tomada,
impregnar com duas gotas do IA os IIs abaixo conforme quantidades
indicadas:
# Comprimidos: 1 comp.
# Glóbulos: 5 glbs
# Pós: 1 papel com 300 ou 500 mg de lactose
# Tablete: 1 tbl
3. Secar em temperatura <50o C.
4. Embalar e rotular.
Dispensação de Dose Única Sólida:

Tomar o medicamento de uma só vez, em jejum ou ao


deitar, conforme prescrição médica.
Fórmula Sólida
Insumo ativo líquido:

Paeonia 5 CH
Hamamelis 5 CH ______ ãã….qsp…10 papéis

1. Preparar os IAs em etanol 70% ou superior.


2. Misturar os dois medicamentos em partes iguais.
3. Pesar 5 g de lactose (500 mg x 10 papéis)
4. Impregnar a lactose com 0,5 mL (10%) da mistura
5. Homogeneizar e secar em temperatura <50oC
6. Repartir a lactose impregnada em dez porções de
500 mg
Insumo ativo sólido:

Ferrum metallicum 3 CH
Magnesium phosphoricum 3 CH ______ ãã….qsp…10 papéis

1. Preparar os IAs triturados


2. Misturar os triturados em partes iguais e homogeneizar.
3. Pegar 0,5 g (10%) do preparado e misturar com 4,5 g de lactose
(90%)
4. Homogeneizar
5. Repartir a mistura final em dez porções de 500 mg
ESCALA CINQÜENTA MILESIMAL

Diluição: 1/50.000
Origem: Hahnemann
Símbolos: LM, Q;
Preparo: Trituração até a 3CH (para solúveis e
insolúveis), água destilada (solubilização) e álcool 96%
(diluições) e álcool 30% para dispensação (aviados na
forma líquida).
Medicamento proposto na 6a Edição do Organon, na busca de Hahnemann por
medicamentos com ação mais suave, profunda e duradoura.

Observações Antes da 6a Edição A partir da 6a Edição

Substância de partida Uso de suco ou TM para Parte da própria substância


plantas pura, preferencialmente em
estado fresco

Trituração Substâncias insolúveis Obrigatória para todas as


substâncias

Diluição 1/100 1/50.000

2, 10 e 50 sucussões 100 sucussões


Número de sucussões

Não mencionada Fortes


Força das sucessões
100 µgbl = 0,063 g
Aviamento

Forma líquida, e excepcionalmente um glóbulo seco na língua.

Segundo Hahnemann – 1 glóbulo deve ser dissolvido em 8 a 40 colheres de sopa de


água (de 120 a 600 mL) e a solução deve ser mantida com um pouco de álcool em
frasco para sucessão. Administração em colheradas ao paciente.

Por ordem prática, os médicos solicitaram a diluição do glóbulo em 20 mL de solução


hidroalcoólica, em frasco de 30 mL com conta-gotas.
Métodos K e FC

Dão origem as potências K e FC; para


ambas não há como assegurar a proporção
entre insumo ativo e insumo inerte. São
prescritas em casos particulares de urgências
médicas (altíssimas potências).
MÉTODO KORSAKOVIANO (K):

Também chamado de Método do Frasco Único;


Criado em 1832 por Korsakov (médico do exército russo);
Número de Frascos: 1 (frasco único);
Dispensação mínima: 31K;
Mistura de potências (CH e K);
Prescrições de urgência na clínica.
Método Korsakoviano
Técnica:
Ponto de partida: 30CH;
Colocar em um frasco quantidade suficiente de
medicamento na 30 CH de modo que ocupe 2/3 de sua respectiva
capacidade. Emborcar o frasco, deixando o líquido escorrer
livremente por cinco segundos. Adicionar o insumo inerte na
quantidade previamente estabelecida e sucussionar por 100
vezes. A resultante desta sequência de operações corresponde a
31 K. Repetir este procedimento para obter as dinamizações
subsequentes.
Fluxo Contínuo
Método de Fluxo Contínuo a partir da Potência 30 CH

Insumo Inerte – Água Purificada

Dinamizador de Fluxo Contínuo


Sistema de
alimentação
(reservartório do
Insumo Inerte)

Coluna de vidro para


Motor com capacidade
manter a pressão de
suficiente para promover o
água estável para
turbilhonamento
manter o FC e cte

Torneira (escoamento de
Palheta (turbilhonamento) água) e Válvula (controle
do fluxo de água. Permite
o escoamento para a
câmara de dinamização de
Câmara volume de II suficiente
dinamizadora para preenchê-la ao
mesmo tempo em que o
motor proporciona 100
rotações)
Cuidados para padronização da técnica e cuidados especiais:

# entrada do II na câmara deve acontecer próxima ao centro do vórtice do líquido


em dinamização. Assim, a água que entra na câmara pode ser turbilhonada antes
de ser expulsa.

# 100 sucussões correspondem a 100 rotações da palheta dinamizadora

# A potência desejada será determinada pelo tempo necessário para sua


obtenção. Alcançando o tempo programado para o término da operação, desligar
simultaneamente a entrada de água e o motor.
# O processo será interrompido sempre 2 dinamizações anteriores àquela que
se pretende obter. Fazer duas dinamizações manuais: a primeira em álcool
70% e a segunda de acordo com a prescrição médica.

# Potências que deverão ser estocadas como matrizes: 199 FC, 499 FC, 999
FC, 4999 FC, 9999 FC, 49999 FC e 99999 FC, para preparar respectivamente as
potências 200 FC, 500 FC, 1 MFC, 5MFC, 10 MFC, 50 MFC e 100 MFC.

# De acordo com a Farmacopéia deve-se dispensar de 200 FC a 100.000 FC.

# Calibração da entrada de água purificada na câmara de dinamização é


fundamental para que ocorra um fluxo contínuo e constante.
Calibração do Fluxo

Controle da vazão. Deve-se garantir que um fluxo contínuo e


constante de insumo inerte passe através da câmara de dinamização
de forma controlada para que no final de 100 rotações o conteúdo da
câmara seja completamente renovado.
Calibração do Fluxo

Cálculos: aparelho de FC com câmara de 2 mL de capacidade e com um motor


de 3600 rpm:

3600 rotações _______ 60 segundos (rotações por minuto)


100 rotações _______ X segundos
X = 1,66666 segundos

Para cada 100 rotações temos 1,66666 segundos, ou seja, 2 mL devem


passar pela câmara de dinamização em 1,66666 segundos. Como é impossível
medir 2 mL neste curto espaço de tempo, deve-se usar um cálice de 60 mL
como padrão:

2 mL _____ 1,66666 segundos


60 mL ____ X segundos
X=50 segundos
Procedimento

# Abrir a válvula de controle de fluxo e acionar o motor deixando fluir a água


até que a câmara de dinamização fique totalmente cheia e comece a vazar pela
saída lateral através de um dreno ligado à pia
Sistema de
alimentação
(reservartório do II)

Coluna de vidro para


Motor com capacidade
manter a pressão de
suficiente para promover o
água estável para
turbilhonamento
manter o FC e cte

Torneira (escoamento de
Palheta (turbilhonamento) água) e Válvula (controle
do fluxo de água. Permite
o escoamento para a
câmara de dinamização de
Câmara volume de II suficiente
dinamizadora para preenchê-la ao
mesmo tempo em que o
motor proporciona 100
rotações)
Procedimento

# Abrir a válvula de controle de fluxo e acionar o motor deixando fluir a água


até que a câmara de dinamização fique totalmente cheia comece a vazar pela
saída alteral através de um dreno ligado à pia

# Fechar a válvula de controle de fluxo, esperar o término da saída da água e


desligar o motor

# Trocar o dreno por um cálice de 60 mL


Sistema de
alimentação
(reservartório do II)

Coluna de vidro para


Motor com capacidade
manter a pressão de
suficiente para promover o
água estável para
turbilhonamento
manter o FC e cte

Torneira (escoamento de
Palheta (turbilhonamento) água) e Válvula (controle
do fluxo de água. Permite
o escoamento para a
câmara de dinamização de
Câmara volume de II suficiente
dinamizadora para preenchê-la ao
mesmo tempo em que o
motor proporciona 100
rotações)
Procedimento

# Abrir a válvula de controle de fluxo e acionar o motor deixando fluir a água


até que a câmara de dinamização fique totalmente cheia comece a vazar pela
saída alteral através de um dreno ligado à pia

# Fechar a válvula de controle de fluxo, esperar o término da saída da água e


desligar o motor

# Trocar o dreno por um cálice de 60 mL

# Iniciar o processo, abrindo a válvula de controle de fluxo e acionando o


motor ao mesmo tempo
# Anotar o tempo necessário para que o nível atinja 60 mL

# Repetir a operação regulando a válvula de controle de fluxo até que


esse tempo seja de 50 segundos

2 mL _____ 1,66666 segundos


60 mL ____ X segundos
X=50 segundos

# Está pronta a calibração do fluxo de água que entrará na câmara de


dinamização. Refazer os cálculos quando a capacidade da câmara de
dinamização e a velocidade do motor forem outras.
Técnica de Preparação do Medicamento

Para preparar uma 200 FC calcular: TEMPO

N = (FC – 2) – 30 CH

N = número de dinamizações
FC = Fluxo Contínuo

N = (200 FC -2) – 30 CH
N = 198 FC – 30 CH
N = 168 dinamizações

1 dinamização ____ 1,66666 segundos (100 rotações)


168 _____ X
X = 280 segundos
Cálculo do volume de Insumo Inerte

V = F (fluxo) x T (tempo)

V = 60 mL/50 segundos x 280 segundos

V = 336 mL
# Preparar a 30 CH em etanol 70% do medicamento pretendido

# Encher a câmara de dinamização com a potência 30 CH diluída a 1%


em água purificada

# Acrescentar quantidade suficiente de água purificada no


reservatório para atingir a dinamização desejada. Se for superior à
capacidade do reservatório de água purificada, alimentar o funil de
separação de fases ao longo do processo. Isso pode ser realizado sem
interrupção da dinamização
# Acionar simultaneamente a entrada de água e a rotação
do motor

# Esgotado o tempo previsto para a operação, interromper


o processo.

# Realizar mais duas dinamizações manuais (1/100)

Você também pode gostar