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O medicamento

homeopàtico
Nomenclatura
Para designação dos medicamentos homeopáticos poderão
ser utilizados Nomes Científicos, de acordo com as regras dos
códigos internacionais de nomenclatura botânica, zoológica,
biológica, química e farmacêutica, assim como Nomes
Homeopáticos consagrados pelo uso (constantes em
Farmacopeias, Matérias Médicas, Repertórios ou obras
científicas reconhecidas pela homeopatia). Na nomenclatura
botânica, zoológica e biológica, o gênero escreve-se com a
primeira letra maiúscula e a espécie com letras minúsculas.
Nomenclatura
EXEMPLOS:

Apis mellifica.
Bryonia alba.
Chelidonium majus.
Conium maculatum.
Digitalis purpurea.
Lycopodium clavatum.

Nomes consagrados homeopaticamente pelo uso, é


facultado usar somente o nome da espécie omitindo-se Belladona, em vez de Atropa belladona.
o do gênero.
Nomenclatura
Em relação à designação de medicamentos de origem química são permitidas, além do
nome cientifico oficial, também aquelas designações consagradas pelo uso na homeopatia.

Barium e seus compostos - Baryta e seus compostos.


Bromum e seus compostos - Bromium e seus compostos.
Calcium e seus compostos - Calcarea e seus compostos.
Kalium e seus compostos - Kali e seus compostos.
Iodum e seus compostos - Iodium e seus compostos.
Magnesium e seus compostos - Magnesia e seus compostos.
Natrium e seus compostos - Natrum e seus compostos.
Sulfur e seus compostos - Sulphur e seus compostos

Em relação aos medicamentos químicos, ácidos e sais, de natureza orgânica ou inorgânica, é


permitida, além da designação química oficial, aquela consagrada pelo uso homeopático.

Acidum aceticum ou Acetic acidum.


Acidum benzoicum ou Benzoic acidum.
Acidum muriaticum ou Muriatis acidum.
Acidum lacticum ou Lactis acidum.
Acidum nitricum ou Nitri acidum.
Acidum sulfuricum ou Sulphuris acidum.
NOMES ABREVIADOS
Exemplos de notações corretas:

Aconitum napellus ou Aconitum - Acon. ou Aconit.


Atropa belladona ou Belladona - Bell. ou Bellad.
Mercurius solubilis - Merc. sol. ou Mercur. sol.
Mercurius sublimatus corrosivus - Merc. corr.
Solanum dulcamara ou Dulcamara - Dulc. ou Dulcam.
ABREVIATURAS E
SÍMBOLOS
Comprimido = comp.
Diluição = dil.
Dinamização = din.
Escala centesimal preparada segundo o método hahnemanniano = CH
Escala cinquenta milesimal = LM
Escala decimal de Hering preparada segundo o método hahnemanniano = DH
Farmacopeia Brasileira = FB
Farmacopeia Homeopática Brasileira = FHB
Forma farmacêutica básica, Tintura-mãe = Tint.mãe, TM,
Glóbulo = glob.
Método de fluxo contínuo = FC
Método Korsakoviano = K
Microglóbulo = mcglob.
Partes iguais = ana = ãã
Pastilha = past.
Quantidade suficiente = qs
Quantidade suficiente para = qsp
Resíduo seco tintura-mãe = r.s.
Resíduo sólido de vegetal fresco = r.sol.
Solução = sol.
Tablete = tabl.
Título alcoólico da tintura-mãe = tit.alc.
Trituração = trit.
Sinonímia
O emprego de sinônimos deve restringir-se aos constantes de obras consagradas na literatura
científica.
Exemplos.
Apisinum = Apis vírus.
Arsenicum album = Metallum album.
Blatta orientalis = Periplaneta orientalis.
Bryonia alba = Vitis alba.
Calcarea carbonica = Calcarea ostrearum, Calcarea osthreica.
Chamomilla = Matricaria.
Glonoinum = Trinitrinum.
Graphites = Carbo mineralis.
Hydrastis canadensis = Warneria canadensis.
Ipeca ou Radix = Cephaelis ipecacuanha.
Lycopodium = Muscus clavatus.
Mercurius sulf. ruber = Cinnabaris.
Nux vomica = Colubrina.
Pulsatilla = Anemone pratensis.
Rus toxicocodendron = Vitis canadensis.
Secale cornutum = Claviceps purpurea.
Sterculla acuminata = Kola, Cola.
Sulphur = Flavum depuratum.
Thuya occidentalis = Arbor vitae.
Origem

Reino vegetal Reino mineral

Reino animal Outros


Origem
RAIZ
• Naturais :
FOLHAS
Mineral marinho), Aurum metallicum (ouro
Vegetal FLORES
muriaticum (sal Em pó), Sulphur( Flor de
CASCAS
enxofre) Mercurius Histaminum, vivus (metal),
SEMENTES
etc.
FRUTOS
• Sintético ou Químico:
Penicilinum e etc.

• Animais Inteiros : Apis mellifica,


Animal Cantharis vesicatoria, etc.
• Partes de animais : Tarantula
hispanica (cefalotorax), Calcarea
carbonica (parte da concha).
INSUMOS INERTES E
EMBALAGENS
Veículos e
excipientes
Água purificada.
Apósitos inertes (gaze e outros).
Bases ou insumos para linimentos.
Bases ou insumos para cremes, géis, géis-creme, loções, pomadas e supositórios.
Bases ou insumos para pós medicinais.
Bases ou insumos para xaropes.
Comprimidos inertes.
Insumos ou adjuvantes farmacotécnicos para formas farmacêuticas sólidas.
Etanol a 96% (v/v) e suas diluições.
Glicerol (glicerina) e suas diluições.
Glóbulos e microglóbulos inertes ou insumos para prepará-los.
Lactose.
Sacarose.
Tabletes inertes.
MATERIAL DE
ACONDICIONAMENTO E
EMBALAGEM
É permitido o emprego dos seguintes materiais nas operações abaixo relacionadas.
PREPARAÇÃO E ESTOCAGEM DE MEDICAMENTOS
Vidro: âmbar, classe hidrolítica I, II, III e NP (6.1) FB 5.
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Vidro: âmbar, classe hidrolítica I, II, III e NP (6.1) FB 5.
Plástico: branco leitoso de polietileno, polipropileno (6.2.1) FB 5 e policarbonato.
Papel: papel manteiga ou outro papel semitransparente com baixa permeabilidade a
substâncias gordurosas.
Blister.
Sachê.
A TINTURA-MÃE
Abreviatura: Tint. mãe
Símbolos: TM,
Droga: vegetal ou animal

Preparado farmacêutico obtido por solução extrativa em que o solvente é o álcool


A TINTURA-MÃE
PREPARAÇÃO A PARTIR DE PLANTAS:
• Droga: vegetal fresco ou dessecado.
• Parte empregada: vegetal inteiro, parte ou secreção.
• Líquido extrator: etanol em diferentes graduações segundo monografia da
droga. Caso não haja especificação em monografias, o teor alcoólico no
início da extração deverá ser de 60% (v/v) e ao final da extração deverá ser
de 55% (v/v) a 65% (v/v).
• Método de extração: maceração ou percolação.
• Relação resíduo sólido/volume final da TM: 1:10 (p/v) (10%).
A TINTURA-MÃE
PREPARAÇÃO DE TINTURA-MÃE A PARTIR DE PLANTAS SECAS:
Podem ser preparadas por maceração ou percolação.
PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE A PARTIR DE PLANTAS SECAS POR
MACERAÇÃO:
• Consiste em deixar o vegetal dessecado, devidamente dividido, por pelo menos 15
dias, em contato com o volume total do líquido extrator apropriado descrito na
respectiva monografia, em ambiente protegido da ação direta de luz e calor,
agitando o recipiente diariamente. A seguir, filtrar e guardar o filtrado.

• Prensar o resíduo, filtrar e juntar o líquido resultante dessa operação àquele


anteriormente filtrado. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar
adequadamente. Para tinturas-mãe cujas monografias determinem o teor de
marcador especificado, um ajuste de concentração desse marcador pode ser
realizado por adição de etanol de mesmo teor que aquele utilizado para a
preparação da tintura-mãe.
A TINTURA-MÃE
PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE A PARTIR DE PLANTAS SECAS POR
PERCOLAÇÃO:
Consiste em colocar a droga vegetal dessecada, finamente dividida e tamisada
(tamis 40 ou 60 - Anexo A), em recipiente adequado. Adicionar o líquido
extrator em quantidade suficiente para umedecer o pó e deixar em contato
por 4 horas. Transferir cuidadosamente para percolador de capacidade ideal,
de forma a se evitar a formação de canais preferenciais para o escoamento do
solvente. Colocar volume suficiente de líquido extrator para cobrir toda a droga
e para a obtenção da quantidade almejada de tintura-mãe. Deixar em contato
por 24 horas. Percolar à velocidade de oito gotas por minuto para cada 100 g
da droga, repondo o solvente de forma a manter a droga imersa, até se obter o
volume previsto de tintura-mãe. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e
armazenar adequadamente.

As tinturas-mãe obtidas a partir de plantas frescas são preparadas


exclusivamente por maceração.
PREPARAÇÃO DE TINTURA-
MÃE DE ORIGEM ANIMAL
• Droga: animal vivo, recém sacrificado ou dessecado.
• Parte empregada: animal inteiro, parte ou secreção.
• Líquido extrator: etanol (65% a 70% (v/v)), mistura de etanol, água e
glicerina (1:1:1), mistura de água e glicerina (1:1), mistura de etanol e glicerina
(1:1) ou outro qualquer especificado na respectiva monografia.
• Relação droga/líquido extrator: 1:20 (p/v) (5%).
• Processo: maceração.
“Deixar a droga animal convenientemente fragmentada ou não, de acordo com
a respectiva monografia, em contato com volume do líquido extrator
equivalente ao volume final da tintura-mãe, em ambiente protegido da ação
direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. Deixar em contato por
pelo menos 15 dias quando o líquido extrator for alcoólico e por pelo menos 20
dias quando o líquido extrator for glicerinado. Filtrar sem promover a
expressão. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar
adequadamente”
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DAS
FORMAS FARMACÊUTICAS
DERIVADAS
Metodologias Escalas

Hahnemanniano Decimal

Korsakoviano Centesimal

Cinquenta-
Fluxo contínuo
milesimal
ESCALAS DECIMAL E
CENTESIMAL
MÉTODO KORSAKOVIANO
Método do
fluxo continuo

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