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ORIGEM E NOMENCLATURA DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO

PROF.ª NADIA CRISTINA


 Eles provêm dos três reinos da natureza (Mineral,
Vegetal e Animal), assim como de substâncias
industrializadas de Laboratórios biológicos e em
pequena proporção de materiais fisiológicos e
patológicos.
 Homeopatia = ómios = semelhante, e páthos,
doente
 O reino vegetal contribui com o maior número de
medicamentos homeopáticos, sendo alguns
muitos importantes, como o Lycopodium
clavatum (pó inerte antigamente usado como
excipiente em alopatia).
 Como a Homeopatia começou na Europa,
naturalmente a grande maioria dos medicamentos
são originários deste Continente.
 Com a expansão da Homeopatia pelo mundo, outros
vegetais típicos de outras regiões foram, estão e serão
incorporados àqueles estudados por Hahnemann e seus
discípulos.
 As utilizações dos vegetais na preparação dos
medicamentos homeopáticos devem ser precedidas da
perfeita individualização do vegetal (micro e
macroscopicamente).
 Também deve se ter o conhecimento das partes ou da parte
da planta utilizada.
 Ex: Experimentação com a Raiz: é essa parte que deverá
ser usada para se fazer o medicamento.
 As Farmacopéias e /ou as matérias médicas
homeopáticas trazem essa informação, que nem
sempre coincidem com a utilização feita de uma
planta na Fitoterapia.
 Também informam como deve ser feita cada uma das
preparações de cada medicamento.
 A Farmacopéia Homeopática dos EUA menciona
também as condições atmosféricas, época do ano,
estado da planta em que se deve coletar o vegetal,
levando-se em conta a parte da planta a ser utilizada.
 Ex: Colher a planta toda na época da floração,
recolhida com sol.
REINO ANIMAL

 O reino animal fornece menos matéria-prima para a


preparação do medicamento homeopático, mas não é
menos importante.
 Os mesmos cuidados referentes ao reino vegetal são
exigidos :
 Perfeita individualização do animal, conhecimento da
parte ou partes a serem utilizadas.
 Época do ano.
 Estado do animal
 Idade e condições em que deve recolher-se a droga.
 Emprego do material vivo ou morto, fresco ou seco.
 Local da coleta.
 O reino mineral é o segundo em importância pelo
número de medicamentos que proporciona.
 Podemos Classificar esses produtos segundo a sua
origem em:
 Naturais: Aqueles obtidos diretamente da natureza.
 Químicos – Industriais: Obtidos em laboratórios ou
na indústria química farmacêutica.
 Exclusivamente homeopáticos: Obtidos segundo
fórmulas originais de Hahnemann.
• ORIGEM REINO VEGETAL:
 Planta Inteira – Pulsatilla nigracans, Aconitum
napellus, Belladonna.
 Folhas – Rhus toxicodendron, Thuya ocidentalis.
 Cascas - China officinalis (casca do caule), Rhamnus
frangula (caule), Berberis vulgaris (casca da raiz).
 Raiz – Ipecacuanha, Bryonia alba, Cimifuga racemosa.
 Frutos ou sementes – Agnus castus, coffea cruda,
Anacardium orientale, Nux vomica.
 Flores – Calendula officinalis, Cina anthelminthica,
Sambucos nigra.
 Bioterápicos – Produtos patológicos – Secale comutum
(esporão do centeio), Ustilago mandis (mofo do milho).
• ORIGEM REINO ANIMAL:
 Animal Inteiro – Apis mellifica, Fórmica rufa,
Blatta orientalis.
 Sarcódios – (Secreção do animal são) – Calcarea
ostrearum, Sepia tinctoria, Moschus.
 Bioterápicos – De bactérias e suas toxinas, de
órgãos enfermos – Streptococcus, Tuberculinas,
Pyrogenium.
 Organoterápicos - (Órgãos frescos ou secos e
secreções) – Tireóide e Tiroxina, Ovário e
foliculina, pâncreas e insulina.
 ORIGEM REINO MINERAL:
 Origem Natural: Kalium bichromicum, Acidum
nitricum, Cuprum mettalicum, Plantinum
metallicum, Natrum muriaticum, Carbo animalis,
Graphites Sulphur.
 Origem Industrial: Antipirina, Formalinum,
Codeinum, Urotropinum.
 Exclusivamente Homeopático: Hepar sulphur
(sulphur mais Calcarea ostrearum calcinados),
Causticum, Mercurius solubilis.
 A denominação dos medicamentos homeopáticos
deve seguir as regras internacionais de
nomenclatura botânica, química, biológica,
farmacêutica e médica.
 Ela se caracteriza por usar nomes que podem ser
usados no mundo inteiro, pois Hahnemann, tendo
em conta esta necessária universalidade, adotou a
língua latina, que é o que vem a ser a
nomenclatura científica..
 Tradicionalmente usam-se nomes latinos ou
latinizados com a primeira letra de Gênero com
maiúscula e a primeira da espécie e subespécie
em letra minúscula.
 No caso de ser usado somente uma espécie de
um determinado Gênero, é facultado omitir a
espécie desde que não crie confusões.
 Ex: Arnica (Arnica montana).
 Casos em que não é possível usar:
 Ex: Aconitum, pois existem o Aconitum napellus (mais
usado) e o Aconitum ferox.
 Em casos de nomes já consagrados, é facultado usar o
nome da espécie, omitindo o nome do gênero:
 Ex: Belladona no lugar de Atropa belladona.
 Chamomilla no lugar de [Matricaria chamomilla].
 Dulcamara em vez de Solanum dulcamara.
 Nux vomica no lugar de Strychnos nux vomica.
 Na terminologia de substâncias químicas, deve-
se usar a nomenclatura científica oficial
completa sendo, entretanto, toleradas as
designações e as grafias antigas.
 Designações antigas
 Designações atuais
 Designação Atual:

 Barium
 Kalium
 Natrium
 Magnesium
 Bromum
 Iodum
 Sulfur
 Designação Antiga:

 Baryta e seus compostos


 Calcarea e seus compostos
 Kali e seus compostos
 Natrum e seus compostos
 Magnésia e seus compostos
 Bromium e seus compostos
 Iodium e seus compostos
 Sulphur e seus compostos.
 No caso de Compostos químicos, escreve-se, de
preferência, em primeiro lugar o nome do elemento
ou radical de valência positiva, e em segundo
lugar, o de valência negativa.
 Ex: Acidum hydrochloricum, em vez de
Muriaticum acidum.
 Acidum phosporicum, em vez de Phosphori
acidum.
 Acidum nitricum, em vez de Nitri acidum.
 Acidum sulphuricum, em vez de Sulphuris
acidum.
 O nome do medicamento homeopático pode ser
abreviado, desde que não dê margens à confusão:
 Ex: Bell. Ou Bellad. , em vez de Atropa belladona
ou Belladona.
 Deve-se tomar cuidado com abreviações do tipo:
 Ex: Kal. chlor. ou Kal. Ch., que tanto podem
significar Kalium chloricum ( Kal. Chloric.) ou
Kalium chloratum ( Kal. Chlorat.).
 O medicamento homeopático, em qualquer
apresentação, está sujeito às determinações legais
quanto à rotulagem.
 Dever-se - a obedecer às bases fundamentais da
Farmacopéia Brasileira.
 A nomenclatura dos medicamentos obedecerá à
nomenclatura adotada internacionalmente.
 A escala e a dinamização pertinentes a cada
medicamento são dados imprescindíveis nos seus
rótulos, dos quais devem constar ainda os seguintes
elementos:]Via de administração.]
 Forma Farmacêutica
 Nome da Farmacopéia onde se acha inscrito.
 No caso de Produtos perecíveis os rótulos
deverão trazer:
 Prazo de Validade,
 Cuidado de conservação, incluindo a necessidade
de refrigeração se for o caso.
 Nome do medicamento, grau de diluição,
dinamização, escala utilizada,
 Forma farmacêutica (líquido, trituração, glóbulos,
pastilhas, comprimidos, etc.).
 Via de Administração (uso interno e uso externo)
 Farmacopéia (Farmacopéia Homeopática Brasileira),
 Conteúdo: 15 ml, 10g.,etc.
 Data de Fabricação: Março de 2012 (ou 17/março/2012),
 Produtos com conservação muito limitada, 48 horas.
 Ex: Arnica montana.
 Líquido: 15 ml
 Uso interno
 Março/12
 Farm. Hom. Bras.
 Policrestos: grego, polys=muitos, khréstos-benéfico,
latina, polychrestus= que tem muitas aplicações.
Policrestos são os medicamentos homeopáticos que
tem muitas aplicações, e, portanto, são muitos
utilizados na clínica diária. São definidos como os
medicamentos que apresentam patogenesia
abrangente, incluindo sintomas gerais, locais,
modalizações e sintomas mentais.
 Os 24 policrestos de Hahnemann são:
 Aconitum napellus
 Arnica montana
 Arsenicum album
 Belladonna
 Bryonia
 Calcarea carbonica
 Carbo vegetabilis
 Chamomilla
 China officinalis
 Dulcamara
 Hepar sulfuris
 Hyoscyamus
 Ipecacuanha
 Lachesis
 Lycopodium
 Mercurius solubilis
 Nux vomica
 Phosphorus
 Pulsatilla
 Rhus toxicodendron
 Sepia
 Silicea
 Sulfur
 Veratrum album
 Semi-policrestos: são medicamentos
homeopáticos com patogenesias intermediárias,
incluindo ainda alguns sintomas mentais, mas de
menor significância clínica do que os policrestos.
 SEMI –POLICRETOS:
 Acidum nitricum
 Acidum phosphoricum
 Aesculus hippocastanum
 Apis mellifica
 Causticum
 Coffea cruda
 Graphites
 outros
 Medicamentos menores: são os medicamentos
homeopáticos com patogenesias limitadas, sem
sintomas mentais e utilizados para indicações
clínicas específicas
 MEDICAMENTOS MENORES:
 Allium cepa
 Allium sativum
 Arum triphyllum
 Calendula officinalis
 Medicamentos complementares: são aqueles
medicamentos que suprem a deficiência
sintomática do anteriormente prescrito. Sua
prescrição é bastante comum nos casos agudos e
pelos homeopatas da escola pluralista.
 Medicamentos antídotos: são aqueles
medicamentos capazes de neutralizar os sintomas
de agravação provocados por outro medicamento.
Ex.: Mercurius solubilis inativa os efeitos de
Antimonium crudum. Cânfora, metol, perfumes
fortes podem inativar ou alterar a eficácia dos
medicamentos homeopáticos.
 Medicamentos de fundo:são aqueles
medicamentos relacionados a estados crônicos,
de acordo com a constituição, temperamento e
modo reacional crônico.
 Medicamento de fundo ou terreno ou simillimum
 Medicamento constitucional ou
biotipológico
 Constituição:
 Carbônico
 Fosfórico
 Fluórico
 TEMPERAMENTO: SINTOMAS MENTAIS
 Modo reacional crônico: psórico, sicótico,
luético,Tuberculínico
 Medicamentos agudos: são aqueles
medicamentos que quando em experimentação
patogenética levam a quadros agudos violentos
tais como Belladonna, Aconitum, Cantharis,
sendo muito utilizados na clínica para quadros
agudos.
 O importante da vida não é só termos um ideal, e
sim lutarmos por ele e acreditar que a vitória será
nossa”

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