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2) O silêncio e a pausa:
— o silêncio do médico outorga o passaporte para o paciente poder falar;
— tempo para pensar – rebobinar o K-7 de sua vida e ligar de novo;
— permite ao paciente desenvolver seus pensamentos para oferecer ao
seu médico.
A FICHA CLÍNICA:
1) Identificação;
2) Queixas e duração – ouvir, anotar e detalhar ao máximo;
3) Interrogatório sobre diversos aparelhos;
4) Antecedentes pessoas e familiares;
5) Alimentação: Apetite? Desejos e aversões? Sabor? Temperatura;
6) Sede: Como é? Horário? Desejos e aversões?
7) Transpiração como é? Onde é mais? Odor? Mancha?
8) Meteorológicos: Calor? Frio? Sol? Chuva? Campo? Praia? Vento?
9) Períodos: nas 24 horas do dia: menos ou mais disposição?
10) Sono/sonhos: como é? Posição? O que faz durante? Sonha? Repetem?
11) Medos – temores: quais?
12) Mentais – como é sua maneira de ser? Choro? Consolo? Emoções?
Sofrimentos? Afeto? Carinho? Ciúmes? Feliz? Morte?
13) Biopatogrófico: fato(s) que marcaram o paciente profundamente?
14) Exame físico: biotipo – face, pele e anexos – atitudes, etc.
B - Derivados de animais:
I- Inteiros, partes, frescos ou secos, vivos ou mortos
Ex: Apis mellifica (abelhas vivas)
Cantharis vesicatoria (cantáridas secas)
Tarantula cubensis e Tarantula hispanica (aranhas inteiras)
VEÍCULOS E EXCIPIENTES
ÁGUA
A água utilizada em Homeopatia é a água pura obtida por meio de
destilação, bidestilação, deionização com filtração esterilizante e osmose reversa.
Ela deve apresentar-se límpida, incolor, inodora e isenta de impurezas, como
amônia, cálcio, metais pesados, sulfatos e cloretos. Seu acondicionamento é feito
em recipientes bem fechados, em geral barriletes de vidro ou PVC, devendo ser
renovada todos os dias, pela manhã.
A destilação é o processo mais recomendado para as farmácias
homeopáticas, pois obtemos água teoricamente estéril a baixo custo. A título de
curiosidade histórica, Hahnemann empregava a água da chuva ou da neve
derretida para a preparação dos medicamentos homeopáticos. Hoje, não devemos
utilizá-las pelo alto índice de poluentes encontrados na atmosfera.
ÁLCOOL
O álcool utilizado em Homeopatia é o álcool etílico bidestilado obtido em
alambiques de vidro. Ele deve apresentar-se límpido, incolor, com odor
característico, sabor ardente e isento de impurezas, principalmente aldeídos e
álcoois superiores. Seu acondicionamento deve ser feito em recipientes
herméticos, como bombonas de polietileno que não tenham sido usadas para
outros fins, longe do fogo ou do calor. Hahnemann utilizava álcool de uva,
apresentando o álcool de cereais e o de cana-de- açúcar características quase
idênticas, podendo também ser utilizados.
Empregamos o álcool nas mais diversas graduações para a elaboração das
tinturas e dinamizações homeopáticas.
• Álcool 20%: é empregado na passagem da forma sólida (trituração)
para a forma líquida.
• Álcool 30%: é utilizado na dispensação de medicamentos
homeopáticos administrados sob a forma de gotas.
• Álcool 70%: é empregado nas dinamizações intermediárias.
• Álcool igual ou superior a 70%: é utilizado na preparação de
dinamizações que irão impregnar a lactose, os glóbulos, os comprimidos e os
tabletes, bem como na moldagem de tabletes.
• Álcool 96%: é empregado na dinamização de medicamentos
preparados na escala cinquenta milesimal-LM (proporção 1/50.000).
• Diferentes diluições alcoólicas: são utilizadas na elaboração das
tinturas homeopáticas e na diluição de drogas solúveis, nas três primeiras
dinamizações centesimais (1/100) ou nas seis primeiras dinamizações decimais
(1/10).
GLICERINA
A glicerina utilizada em Homeopatia é a glicerina bidestilada obtida em
alambiques de vidro para evitar a presença de metais. Seus principais
contaminantes são a acroleína, compostos amoniacais, glicose, sulfatos, cloretos,
metais pesados, ácidos graxos e ésteres. Ela deve apresentar-se clara, incolor, na
consistência de xarope, com odor característico e sabor doce, seguido de sensação
de calor. Deve ser acondicionada em recipientes bem fechados (vidro ou plástico),
pois é higroscópica.
Empregamos a glicerina nas tinturas homeopáticas preparadas a partir de
órgãos e glândulas de animais superiores, nas três primeiras dinamizações
centesimais (1/100) e nas seis primeiras dinamizações decimais (1/10), a partir
de tinturas-mãe, e na preparação de certos bioterápicos. Ela é utilizada misturada
com água na proporção 1:1; com água e álcool na proporção 1:1:1 ou em outras
proporções de acordo com as monografias citadas nas farmacopeias
homeopáticas.
LACTOSE
A lactose utilizada em Homeopatia é a obtida a partir do leite de vaca. Ela
deve ser usada pura, livre de impurezas como o amido, a sacarose e a glicose.
Sua purificação consome quatro litros de álcool etílico para cada 1.000g. Deve
apresentar-se na forma de pó cristalino, branco, inodoro, com leve sabor doce, e
ser acondicionada em recipientes bem fechados, pois absorve odores rapidamente.
A lactose é utilizada nas dinamizações feitas a partir de substâncias insolúveis
(trituração) e na confecção de comprimidos, tabletes e glóbulos inertes. Pode ainda
ser impregnada com dinamizações líquidas, para a obtenção da forma
farmacêutica sólida de uso interno, chamada “pós”.
SACAROSE
A sacarose utilizada em Homeopatia é o açúcar purificado obtido da cana-
de- açúcar, especialmente. Suas principais impurezas são os metais pesados, o
cálcio, os cloretos e os sulfatos. Ela deve apresentar-se na forma de cristais ou
massas cristalinas, incolores ou brancas, ou pó cristalino branco, com sabor doce
bastante característico. Deve ser acondicionada em recipientes bem fechados. A
sacarose é utilizada na fabricação dos glóbulos inertes.
GLÓBULOS INERTES
Glóbulos inertes são pequenas esferas compostas de sacarose ou mistura
de sacarose e pequena quantidade de lactose. São obtidos industrialmente a partir
de grânulos de açúcar mediante drageamentos múltiplos. Apresentam-se com
pesos medianos de 30 mg, 50 mg e 70 mg, na forma de grãos esféricos,
homogêneos e regulares, brancos, praticamente inodoros e de sabor doce. Devem
ser acondicionados em recipientes hermeticamente fechados. Os glóbulos inertes
são impregnados com dinamizações líquidas, para a obtenção da forma
farmacêutica sólida chamada “glóbulos”.
MICROGLÓBULOS INERTES
Microglóbulos inertes são pequeníssimas esferas compostas de sacarose e
amido obtidos industrialmente pelo processo de fabricação semelhante aos
glóbulos. Eles são comercializados na padronização de 63 mg para cada cem
microglóbulos. Apresentam-se na forma de grãos esféricos, homogêneos e
regulares, brancos, praticamente inodoros e de sabor doce. Devem ser
acondicionados em recipientes bem fechados (frascos de vidro âmbar, por
exemplo). Os microglóbulos são utilizados na preparação de medicamentos na
escala cinquenta milesimal.
COMPRIMIDOS INERTES
Os comprimidos inertes utilizados em Homeopatia são pequenos discos
obtidos pela compressão de lactose ou mistura de lactose e sacarose, com ou sem
granulação prévia. Eles apresentam-se na forma discoide, homogêneos e
regulares, com peso compreendido entre 100 e 300 mg, brancos, inodoros e de
sabor levemente adocicado. Devem ser acondicionados em recipientes bem
fechados. Os comprimidos inertes são impregnados com dinamizações líquidas,
para a obtenção da forma farmacêutica sólida chamada “comprimidos”.
TABLETES INERTES