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ATENDENTE DE FARMÁCIA
PARA REFLETIR
SIGA EM FRENTE
Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.
Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue
para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima
de ti mesmo. Crê e trabalha.
Esforça-te no bem e espera com paciência.
Tudo passa e tudo se renova na terra,
mas o que vem do céu permanecerá.
De todos os infelizes os mais desditosos
são os que perderam a confiança em Deus e
em si mesmo, porque o maior infortúnio é
sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.
Eleva, pois, o teu olhar e caminha.
Luta e serve. Aprende e adianta-te.
Brilha a alvorada além da noite.
Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe
o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te
com a aflição ou ameaçando-te com a morte...
Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.
O OTIMISMO
1 A HISTÓRIA DA FARMÁCIA
outras foram surgindo. Para melhor eficiência no atendimento, foi criada neste
período uma legislação especial para o exercício da profissão.
Já nos fins do século X surgiu nos conventos da França e Espanha o
apotecário, que desempenhava o papel de médico e farmacêutico. Este
"profissional" tinha que conhecer os males e suas curas. Era exigido também que
pertencesse a uma família honrada, com boa situação econômica, conhecesse o
latim, tivesse boa redução e apresentasse certidão de cristianismo e moralidade.
Tinha ainda que cultivar as plantas que eram utilizadas na preparação dos
medicamentos e trabalhar à vista das pessoas.
Surgiram depois as apotecas ou boticas, estabelecimentos organizados
com uma série de exigências para o bom funcionamento. Elas possuíam porões,
celeiros, despensas, armários, prateleiras, aparadores, arcas, mesas e cadeiras.
No teto era comum pendurar animais empalhados, principalmente o crocodilo.
O material do apotecário era
conservado em caixas de madeira. Os
medicamentos destinados ao tratamento de
doenças do estômago eram guardados em
caixas de couro e os potes de estanho
conservavam gorduras e pomadas.
Recipientes de ferro e chumbo eram
utilizados para óleos medicinais. Os vinhos
e vinagres eram guardados em vasos de
cerâmica.
Tempos depois estes recipientes foram substituídos por potes de majólica
e mais tarde pela porcelana. Neste período começaram a surgir nas farmácias os
frascos, garrafas, alambiques, funis, frascos de medidas, serpentinas, retortas,
filtros, peneiras, prensas para extrair o sumo das plantas, tesouras, espátulas,
colheres e piluladores. Do material de trabalho faziam parte: seringas, garrafas
de couro e cânulas. Essas apotecas ou boticas foram às precursoras das
farmácias atuais.
2 ENTENDENDO A FARMÁCIA
Ação local - O medicamento age no local onde foi colocado. Por exemplo,
um creme antialérgico, um enxugatório bucal ou um colírio.
Ação profilática - Ação de prevenir doenças (vacinas).
Ação sistêmica - O medicamento precisa chegar até a corrente sanguínea
e depois atingir o local de ação. Por exemplo, um comprimido antialérgico, uma
vez ingerido vai do sistema digestivo para a corrente sanguínea para depois ter a
sua ação realizada.
Ação terapêutica - Ação de curar ou melhorar os sintomas de uma
determinada doença (medicamentos antialérgicos, analgésicos, antiinflamatórios,
etc.)
Apotecário – terminologia utilizada para definir os primeiros Farmacêuticos.
Chás medicinais - São feitos à base de plantas medicinais, de acordo com
a técnica correta (por exemplo, algumas plantas devem ser fervidas, outras não
devem ferver etc.). Se esses chás fazem algum efeito, então têm princípios
ativos, não podendo, portanto, serem usados em qualquer quantidade. Devemos
ter uma quantidade definida, por exemplo, três xícaras ao dia. A frase popular "se
é natural, não faz mal" não é verdadeira. Existem, inclusive, plantas tóxicas que
não devem ser utilizadas, podendo levar à morte.
Droga - Produto de natureza animal, vegetal, mineral ou sintética,
empregada na preparação de um medicamento. É uma matéria prima para a
produção de um medicamento. Pode designar um determinado princípio ativo.
Drogaria – Estabelecimento de dispensação e comércio de drogas,
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens
originais;
Dose - Quantidade de medicamento que deve ser administrado. Pode ser:
Dose máxima - máximo que um organismo pode suportar sem
apresentar grandes efeitos colaterais. Não deve ser ultrapassada, a não
ser com ordem expressa do médico.
Dose mínima - quantidade mínima de um determinado medicamento,
para que este produza uma determinada ação farmacológica.
Dose terapêutica - fica entre a dose mínima e máxima. É a ideal.
Dose letal - dose que se administrada leva à morte.
Excipiente - Substâncias que são acrescidas aos princípios ativos com a
finalidade de dar forma ao medicamento na forma sólida ou pastosa.
Farmácia – Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e
oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica;
Apostila Curso CRHONOS
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ORGANIZANDO A FARMÁCIA
a) Critérios básicos de organização
Para organizar uma farmácia ou drogaria existem alguns critérios que
tornam mais eficientes e práticos o trabalho do atendente de farmácia assim
como o dos demais funcionários da farmácia. Toda farmácia trabalha com muitos
seguimentos de medicamentos, remédios e atualmente com vários produtos não
relacionados à saúde e que envolvem diferentes fabricantes e diversas
apresentações, o que torna fundamental uma coerente organização de
prateleiras e gavetas para facilitar a procura de cada um.
Para isto, existem formas padronizadas para melhor organizar uma
farmácia. Ela começa pela separação dos medicamentos de outros produtos, e
entre si. Dependendo dos procedimentos internos de cada empresa esses
medicamentos podem ser organizados de acordo com o laboratório, com a
ordem alfabética do medicamento ou ainda o grupo ou seção em que ele se
enquadra, obedecendo à forma de apresentação e o uso do medicamento. A
farmácia, portanto, possui vários grupos e seções.
Existem farmácias ainda que separam os produtos de alta rotatividade, tais
como vitaminas, analgésicos e antigripais, que são mais conhecidos pela
população e geralmente não necessitam de prescrição para serem vendidos.
Os produtos de perfumaria, higiene e limpeza, acessórios médicos e
odontológicos também possuem prateleiras próprias.
Outra forma de organização da prateleira é manter por ordem alfabética e
por seções, porém agrupando os medicamentos de acordo com os laboratórios
fabricantes, que normalmente têm uma padronização na embalagem e cor. Neste
caso, se o balconista conhece o laboratório que produz o medicamento é mais
fácil identificar o remédio na prateleira. Há farmácias que agrupam os
medicamentos somente em ordem alfabética.
Existem ainda outros aspectos que são importantes para a correria do dia
a dia, e que podem ser levados em consideração no momento da organização da
farmácia.
É interessante se atentar para o fato que de acordo com a legislação
vigente nas drogarias os medicamentos comercializados deveriam estar sempre
nas suas embalagens originais, ao contrário das farmácias, que possuem
Apostila Curso CRHONOS
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b) Líquido
- Prescrição: Antibiótico “Y”, 100mg de 8/8hs por 7 dias. O frasco que
dispomos na prateleira é de 500mg/5ml com 100 ml quantos ml o paciente
deverá tomar?
A primeira atitude é entender o que significa 500mg/5ml. Esta
expressão quer dizer que, a cada 5ml, encontra-se 500mg do antibiótico.
A segunda atitude é fazer um cálculo simples, que se chama regra de
3. Com esse cálculo, procura-se achar a proporção entre os 3 valores
conhecidos e qual se pretende encontrar. No caso sabe-se que a prescrição é de
100mg e o frasco tem 500mg em 5ml, então;
500 mg---------------------5 ml logo: a cada 1 ml
existirá 100 ml de princípio ativo
100 mg---------------------Z ml assim: o paciente
deverá ingerir 1ml a cada 8 hs por 7 dias.
Z = 100 x 5 / 500 => Z = 1 ml então: apenas 1 frasco
dará para o tratamento.
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b) Medicamentos em Porcentagem
Prescrição: Quantos ml de soro de glicose serão necessários para administrar
30 g de glicose em um paciente, sendo que o soro possui concentração de 10%?
10 g-------------------100 ml
30 g-------------------X ml
X = 30 x 100 / 10 = 300 ml
5 DEONTOLOGIA FARMACÊUTICA
PORTARIA nº 344 / 98
Todo trabalho por mais difícil que seja deve ser encarado com muito
profissionalismo e seriedade. No caso do atendente de farmácia este aspecto é
muito importante, já que este profissional tem que atuar como "relações públicas"
da farmácia onde trabalha representar a própria empresa e ser o elo entre a
farmácia e o consumidor. Toda empresa comercial tem como objetivo o bom
Apostila Curso CRHONOS
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Se não for possível usar palavras, ou seja, se você estiver atendendo outro
cliente, use gestos ou um olhar, reduza a possibilidade do cliente se sentir
ignorado e sair.
Se possível, dê-lhe um aperto de mão. Não é necessário mais que isto.
Diga sempre que necessário, “por favor”, e "obrigado".
Conheça seus clientes e sua personalidade. Os clientes que são constantes
esperam ser reconhecidos quando entram na farmácia. Faça com que ele se
sinta especial, um cliente "da casa".
Prometa menos e faça mais. Não adianta prometer coisas que você já sabe
que não conseguirá cumprir. Só garanta aquilo que você tem certeza que é
possível fazer; promessas não cumpridas diminuem a credibilidade.
Não se torne íntimo demais. "Amigos, amigos, negócios à parte". É
fundamental o bom relacionamento, porém o excesso de amizade pode
inviabilizar um negócio.
Ouça mais e fale menos.
O cliente não tem culpa de seus problemas. Guarde os seus problemas para
si, não deixando transparecer ao cliente.
O cliente tem seus próprios problemas, não precisamos aumentá-los.
Cuide de sua aparência pessoal. Devemos estar com o avental sempre
limpo, cabelos penteados e mãos e unhas limpas.
Verifique a aparência do seu local de trabalho, ele também deverá estar
limpo, arrumado, fazendo com que o cliente tenha a sensação de higiene e
segurança.
Ganhe seus clientes pelo telefone. Um atendimento telefônico mal feito faz
com que o cliente não venha pessoalmente e a venda não se realizará.
Deve-se antecipar às necessidades do cliente. Na medida do possível,
devemos prever o que o cliente precisa.
Deve-se, em resumo, satisfazer as suas necessidades, garantindo assim a
fidelidade do cliente, ou seja, que o cliente retorne para novas compras e conte a
todos como foi bem atendido.
7 TIPOS DE MEDICAMENTOS
O mercado farmacêutico do país conta com três categorias de
medicamentos: os medicamentos de marca (referência), os genéricos e os
similares. Para que o consumidor diferencie entre os três tipos de produto, o
Ministério da Saúde, por ocasião da regulamentação da Lei dos Genéricos,
instituiu um diferencial gráfico que pode ser facilmente identificado nas
embalagens dos medicamentos genéricos. Esses medicamentos trazem na
embalagem, logo abaixo do nome do princípio ativo que identifica o produto, a
frase "medicamento genérico – Lei 9.787/99".
Os medicamentos similares, que até o surgimento da Lei do Genérico
eram comercializados somente pelo nome do princípio ativo. Contudo, agora
estão obrigados a adotar uma marca comercial. As embalagens dos similares
não têm nem terão a frase "medicamento genérico – Lei 9.787/99". Portanto,
para diferenciar um genérico de um similar basta conferir na embalagem a
presença da frase. Se não tiver, não é genérico, e sim similar.
A terceira categoria é a dos medicamentos de marca, medicamentos já
estabelecidos e há bastante tempo no mercado, como a Aspirina, a Novalgina, o
Binotal, etc. Esses produtos também estão mudando de embalagem. O nome do
princípio ativo, que até o surgimento da Lei do Genérico tinha um tamanho
correspondente a 20% do nome de marca, agora terá que ser aumentado para
50%. A modificação busca dar maior visibilidade ao nome do princípio ativo
também nos medicamentos de marca. Assim como os similares, os
medicamentos de marca não terão a frase "medicamento genérico – Lei
9.787/99", que identifica só os genéricos.
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