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ATENDI
MENTO
AO
CLIENTE
1.1. Atendimento ao Cliente.
Conceitos:
- Atendimento é o ato ou efeito de atender.
- Atendimento é a maneira como habitualmente são atendidos os usuários de determinado serviço.
- Atendimento é prestar assessoria, consultoria, sanar dúvidas.
- Atender é acolher.
- Atender é receber com atenção e cortesia. Atender é dar ou prestar atenção a algo.
O atendimento pressupõe uma ajuda de uma pessoa à outra. Sempre que você atende, você está
relacionando-se com outra pessoa.
Objetivo:
- Qualquer atendimento tem por objetivo assistir o cliente em suas necessidades que geraram a procura pelo
serviço.
- Na atualidade, o objetivo principal do atendimento é encantar o cliente, permitindo torná-lo um parceiro da
instituição, capaz de agregar desenvolvimento e aprimoramento.
Aspectos necessários para um bom atendimento:
- Preparo: Conhecimento do seu serviço e do funcionamento da instituição em suas partes e no todo.
Prepara nas habilidades emocionais exigida pelas relações sociais inerentes a situação de atendimento.
- Dedicação: O atendente deve estar sempre atualizado nas informações que possui e que sua função
exige. A auto-observação e percepção do atendente são instrumentos utilizados com constância e, portanto,
necessário para excelência do atendimento.
- Presença de espírito: Permite que o atendente seja criativo e assertivo na sua conduta, especialmente nas
- TIPOS DE
situações de conflito e tensão.
Obs: Quando as relações sociais do atendimento são envolvidas em experiências emocionais de tensão e
CLIENTES
conflito com o público, o atendente torna-se uma espécie de "pára-raios afetivo", destinado a captar as
Conceito
Segundo Megginson (1998) a motivação é um processo de induzir uma pessoa ou um grupo, cada qual
com necessidades distintas, a atingir os objetivos da organização, enquanto tenta também atingir os
objetivos pessoais.
Murray (apud Bergamini, 1990) afirma que um motivo se divide em dois componentes: impulso e objetivo.
Transpondo tal observação para um ambiente organizacional pode-se dizer que a motivação está
relacionada à busca da auto-realização, seria os objetivos, e os caminhos percorridos para se chegar às
metas subjetivamente preestabelecidas por cada indivíduo, seria o impulso. Esse impulso pode ser
influenciado pelo ambiente externo, mas não deixará de ser parte de uma estrutura interna do indivíduo.
Objetivos
De acordo Megginson (1998) a motivação se relaciona com a compreensão do “porque” do comportamento
humano. Se tivermos algum conhecimento da razão pela qual as pessoas fazem o que fazem, poderemos
melhor compreender, prever e influenciar esse comportamento.
Embora haja vários fatores influenciando o desenvolvimento do desempenho dos empregados em uma
determinada empresa, um fator principal para atingir seus objetivos, tanto pessoais como da organização
seria investir na motivação dos empregados. Visando que a motivação é tão individual como a
personalidade e o comportamento humano, e assim com diferentes antecedentes, necessidades e
aspirações, têm maneiras diferentes de encarar a motivação. Porém, certos princípios e teorias de
motivação possibilitam uma maior compreensão e previsão das reações das pessoas ao desempenhar
suas tarefas, apesar da singularidade dos seres humanos.
Teoria de Maslow (Pirâmide)
Chiavenato (apud Maslow,1994, p.506) desenvolveu uma teoria da motivação, segundo a qual as
necessidades humanas estão organizadas em uma hierarquia de necessidades, formando uma espécie de
pirâmide:
Necessidades Fisiológicas: são as necessidades vegetativas relacionadas com a fome, o cansaço, o sono, o
desejo sexual, respiração, alimento, bebida, eliminação. O que o empregador pode fazer: salário, férias,
período de descanso no trabalho, pausa para refeições, banheiros, ar e água puros. Essas necessidades
dizem respeito à sobrevivência do indivíduo e da espécie, e constituem pressões fisiológicas que levam o
indivíduo a buscar ciclicamente a sua satisfação.
Necessidades de Segurança: São as necessidades relacionadas como a proteção e estabilidade. O que o
empregador pode fazer: desenvolvimento do empregado, boas condições de trabalho, planos de
aposentadoria, poupança, pensão, seguros (vida, hospitalar, dentário). Levam o indivíduo a proteger-se de
qualquer perigo real ou imaginário, físico ou abstrato. A procura de segurança, o desejo de estabilidade, a
fuga ao perigo, a busca de um mundo ordenado e previsível são manifestações típicas destas necessidades
de segurança. Como as necessidades fisiológicas, as de segurança também estão relacionadas com a
sobrevivência do indivíduo.
Necessidades sociais: São as necessidades relacionadas com a vida associativa do indivíduo com outras
pessoas: amor, afeição, sentimento de equipe, participação levam o indivíduo à adaptação social ou a
inadaptação social. O que o empregador pode fazer: grupos de trabalho formais e informais, clubes,
atividades patrocinadas pela companhia. As relações de amizade, a necessidade de dar e receber afeto, a
busca de amigos e participação em grupos estão ligadas a este tipo de necessidade.
Necessidades de estima: São as necessidades relacionadas com auto-avaliação e auto-estima dos
indivíduos. A satisfação das necessidades de estima conduz a sentimentos de autoconfiança, auto-
apreciação, reputação, reconhecimento, amor-próprio, prestígio, status, valor, poder, capacidade e utilidade.
O que o empregador pode fazer: elogios, prêmios, promoção. A sua frustração pode produzir sentimentos
de inferioridade, fraqueza e desamparo.
Necessidade de auto-realização: São as necessidades relacionadas com o desejo de cumprir a tendência
que cada indivíduo tem de realizar o seu potencial, autodesenvolvimento, crescimento. O que o empregador
pode fazer: dar tarefas desafiantes e trabalho criativo para seu desenvolvimento. Essa tendência geralmente
se expressa através do desejo de tornar-se mais do que é e de vir a ser tudo aquilo que se pode ser. Estão
relacionadas com plena realização daquilo que cada um tem de potencial e de virtual, da utilização plena dos
talentos individuais.
1.2.1. Motivação Através do Entusiasmo.
Por que a maioria das pessoas são tão pouco criativas? Ou por que frequentemente não se sentem
suficientemente motivadas? Você parou para pensar por que nos deixamos dominar por "pequenos
problemas", ao invés de enfrentá-los com coragem e determinação? Ou quantas foram às vezes em que
misturamos os contextos de nossa vida profissional com os de nossa vida pessoal? Ou ainda como é
comum nos sentirmos ofendidos por qualquer coisa? Provavelmente você, caro leitor também já deve ter se
sentido "perseguido" ou "injustiçado". Estou certo?
Pois é! Por que será que algumas pessoas continuam apresentando atitude e energia tão especiais e
saudáveis para a vida e a grande maioria não? A realidade é que poderíamos preencher páginas e páginas
com muitos "por que?" e, provavelmente, a maioria encontraria dificuldades para responder com plena
segurança, ou quem sabe, as respostas seriam muito diferentes umas das outras.
Seja como for, será que não é chegado o momento para você rever suas ATITUDES e POSTURAS diante
dos acontecimentos e [das] circunstâncias que a vida apresenta? Diante de sua família? Da comunidade?
Dos colegas de trabalho? Dos problemas em geral? De sua vida afetiva? Profissional? Será que não chegou
o momento de você colocar mais ENTUSIASMO em sua vida?
Segundo alguns estudiosos, uma das palavras mais fortes de nosso idioma é justamente a palavra
"ENTUSIASMO". Essa palavra é originária do grego "enthousiasmó", que quer dizer: "Deus em si". Pois é
isso mesmo: quando você coloca entusiasmo em suas palavras e atitudes, você estará exteriorizando uma
força poderosa que existe dentro de si!
Concordo plenamente com aqueles que acham que o entusiasmo supera o otimismo, pois enquanto o
otimista acha que vai dar certo, o entusiasta FAZ DAR CERTO! Não existe um receituário para motivar as
pessoas através do entusiasmo, porém abaixo relaciono uma série de recomendações, atitudes e ações
que certamente ajudarão.
- Tenha sempre objetivos em sua vida. Estabeleça-os claramente (inclusive com datas) até que estejam
fortemente presentes em seu sub-consciente. Crie-os para todos os planos de sua vida: afetivo, familiar,
profissional, perante a comunidade/sociedade e espiritual.
- Valorize sua família e amigos. Faça algo para, ou por alguém que há muito tempo você não faz.
- Trabalhe com alegria. Se a alegria não está presente no seu cotidiano profissional, você precisa descobrir a
razões e buscar os meios necessários para introduzi-la.
- Jamais deixe de buscar... arriscar... tentar! Nunca se esqueça de que o medo de perder acaba destruindo a
vontade de ganhar!
- Seja perseverante! Na vida, erros e acertos, dificuldades e barreiras, vitórias e derrotas estarão sempre
presentes, porém a perseverança o conduzirá ao seu objetivo.
- Jamais saia do caminho da VERDADE. Nunca se esqueça de que a pior verdade supera a melhor mentira!
- Ouça sua intuição nos momentos de indecisão. Lembre-se de que todos nós temos um conjunto de
competências armazenadas em nosso inconsciente e quando as trazemos para fora, estamos
desenvolvendo a sabedoria (e não o conhecimento!).
- Procure fazer mais felizes as pessoas que estiverem ao seu redor (em todos os contextos de sua vida).
- O "HOJE" deve sempre ser o dia mais precioso de sua vida.
- Não reclame. Não fale mal dos outros. Não dê "ouvidos" aos comentários maldosos e às fofocas!
- Seja sempre prestativo e esteja pronto a colaborar com os outros!
- Preste atenção nos detalhes. Muitas vezes neles estão "escondidos" os grandes ensinamentos e as
melhores oportunidades da vida.
- Quando enfrentares uma situação difícil, de dor ou de sofrimento, busque extrair os ensinamentos para o
crescimento interior e espiritual.
- Não tenha medo do desconhecido.
- Seja cortês, simpático e alegre, pois isso o ajudará a abrir novas oportunidades e desenvolver ótimas
amizades.
- Sem nostalgia ou tristeza, relembre boas ideias do passado. Faça isso com alegria!
- Procure desenvolver o hábito de fazer as coisas mais simples de maneiras pouco convencionais.
- Coloque suas ideias em prática. Não tenha medo da rejeição, do ridículo ou do fracasso!
- Esteja sempre aberto ao aprendizado. Use sua imaginação!
- Lembre que a "sorte" é a combinação da oportunidade com a competência. Por isso, quando a
oportunidade surgir (e ela aparece para todos em vários momentos da vida!) esteja bem preparado.
- Seja solidário. Doe seu tempo, seu talento e inspiração à uma causa nobre. Seja generoso nos elogios e
cauteloso nas críticas.
- Diante de uma controvérsia, lembre-se que ela apresenta três lados: o seu, o do outro e o lado de quem
está certo.
- Procure sempre prestar um excelente serviço em todas as circunstâncias, pois o que realmente vale em
nossa vida é aquilo que fazemos para os outros.
Estou seguro de que tudo o que comentei acima não representa nenhuma novidade e você já leu em algum
lugar ou ouviu algum dia. Então pergunto: por que você não toma uma ATITUDE corajosa e coloca em
prática tudo isso? Experimente! Você vai descobrir uma nova MOTIVAÇÃO para sua vida! A hora é de ação!
Seja feliz!
1.3. O Profissional de Atendimento.
De um modo geral, o atendimento ao público é realizado de forma rotineira, sem se levar em consideração
os vários fatores que diferenciam um atendimento de qualidade.
- O que é um atendimento de qualidade?
- Quais os fatores que o diferem de um atendimento rotineiro?
Podemos afirmar que atendimento de qualidade é aquele encarado como uma arte. Segundo o dicionário
do autor Aurélio Buarque de Holanda:
Portanto, a arte de atender bem envolve o conhecimento e a prática dos meios necessários para se prestar
um bom atendimento aos clientes.
O verdadeiro profissional do atendimento é aquele que domina a arte de atender bem. Esse domínio
envolve profissionalismo, características diferenciadoras de um bom atendimento e utilização adequada das
formas e dos meios de atendimento.
Então, vão aqui algumas dicas sobre a prática desta arte. Veja lá! A prática de qualquer arte tem certas
exigências gerais. Tanto faz se ela for arte de marcenaria, de medicina ou de amar. Em primeiro lugar, a
prática de uma arte requer disciplina - eu nunca serei bom em nada se não agir de forma disciplinada. Em
segundo lugar, requer concentração, paciência e preocupação.
1.3.1. Serviço e Postura de Atendimento.
Observando estas duas condições principais que causam a vinculação ou o afastamento do cliente da
empresa, podemos separar a estrutura de uma empresa de serviços em dois itens: os serviços e a postura
de atendimento.
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas organizações e, como tal, está diretamente relacionado ao
próprio negócio. Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de serviços, a sua própria definição e
filosofia. Aqui, também são tratados os aspectos gerais da organização que dão peso ao negócio, como: o
ambiente físico, as cores ( pintura ), os jardins. Este item, portanto, depende mais diretamente da empresa e
está mais relacionado com as condições sistêmicas.
Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento dispensado às pessoas, está mais relacionada ao
funcionário em si, com as suas atitudes e o seu modo de agir com os clientes. Portanto, está ligado às
condições individuais. É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas políticas das empresas, o
treinamento, a definição de um padrão de atendimento e de um perfil básico para o profissional de
atendimento, como forma de avançar no próprio negócio. Dessa maneira, estes dois itens se tornam
complementares e inter-relacionados, com dependência recíproca para terem peso.
O Profissional Do Atendimento
Para conhecermos melhor a postura de atendimento, faz-se necessário falar do verdadeiro profissional do
atendimento.
Os três passos do verdadeiro profissional de atendimento:
01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de compreender e atender às necessidades dos
clientes, fazer com que ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sentir importante e proporcioná-lo um ambiente
agradável. Este profissional é voltado completamente para a interação com o cliente, estando sempre com
as suas antenas ligadas neste, para perceber constantemente as suas necessidades. Para este profissional,
não basta apenas conhecer o produto ou serviço, mas o mais importante é demonstrar interesse em relação
às necessidades dos clientes e atendê-las.
02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as necessidades dos clientes, aguçando a capacidade de
perceber o cliente. Para entender o lado humano, é necessário que este profissional tenha uma formação
voltada para as pessoas e goste de lidar com gente. Espera-se que ele fique feliz em fazer o outro feliz, pois
para este profissional, a felicidade de uma pessoa começa no mesmo instante em que ela cessa a busca de
sua própria felicidade para buscar a felicidade do outro.
03. Entender a necessidade de manter um ESTADO DE ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e
sentimentos positivos, para ter atitudes adequadas no momento do atendimento. Ele sabe que é
fundamental separar os problemas particulares do dia a dia do trabalho e, para isso, cultiva o estado de
espírito antes da chegada do cliente. O primeiro passo de cada dia, é iniciar o trabalho com a consciência de
que o seu principal papel é o de ajudar os clientes a solucionarem suas necessidades. A postura é de
realizar serviços para o cliente.
1.3.2. Relacionamento Interpessoal.
Trabalhar em equipe, construir bons relacionamentos no trabalho necessitam muito mais do que habilidade
técnica. É necessária uma nova percepção sobre as pessoas: a aquisição da competência interpessoal.
Durante os últimos anos as organizações tem se deparado com a alta exigência do mercado e a alta
competitividade, e para tanto, tem se buscado meios para se tornar mais competitivo. Uma das formas que
as empresas tem encontrado é a de passar a enxergar o trabalhador de forma diferente. Hoje, em toda e
qualquer organização que queira obter êxito, não se admite mais o profissional individualista, exige-se
profissionais que saibam trabalhar em equipe, e principalmente, saibam se integrar e criar sinergia com as
pessoas.
O processo de interação humana está presente em toda a organização e é o que mais influencia no rumo
das atividades e nos seus resultados atualmente. Este fato, porém, não foi ainda devidamente reconhecido e
avaliado. Por isso mesmo, sucedem-se surpresas, frustrações, eventos inesperados que trazem
desconforto, perplexidade e insegurança aos gestores. Mesmo as situações bem planejadas podem fugir ao
seu controle e configurar-se, na prática, de forma bem diferente do esperado (MOSCOVICI, 2002).
Como conviver com os outros no trabalho, trabalhar em equipe e criar sinergia, sem conhecer a fundo cada
um e sem entender alguns aspectos do seu próprio comportamento?
Assim como de maneira individual, as pessoas quando estão em grupo possuem padrões próprios para
funcionar e agem de forma diferente do que quando estão sós. O grupo não é a simples soma de indivíduos
e comportamentos, ele assume configuração própria que influência nas ações e nos sentimentos de cada
um proporcionando, sinergia, coesão, cooperação e coordenação, simpatia, carinho, harmonia, satisfação e
alegria, ou mesmo, antipatia, tensão, hostilidade, insatisfação e tristeza. O mais curioso é que, mesmo o ser
humano não conhecendo profundamente as pessoas, possui noções empíricas(experiências práticas) sobre
as reações dos outros e já desenvolveu certa habilidade para lidar com as formas previsíveis de atuação de
diferentes pessoas. Entretanto isto não impede que haja distorções no relacionamento interpessoal e
interpretações errôneas sobre as pessoas e seus comportamentos em grupo.
Um ponto importante para essa mudança de paradigma é a aquisição da competência interpessoal pelos
profissionais do mercado. A competência técnica para cada profissional não é posta em dúvida, claramente
todos reconhecem que o profissional precisa ser competente em sua área específica de atividade. A
competência interpessoal, porém, só é reconhecida para algumas categorias profissionais notórias, tais
como assistência social, psicoterapia, magistério, vendas, serviços de atendimento ao público em geral. Em
cada profissão na verdade os dois tipos de competência são necessários, embora em proporções diferentes.
O problema consiste em discernir e aprender qual a proporção adequada para prover serviços de alta
qualidade, ou seja, para um desempenho superior.
Cada tipo ou dimensão de competência é interdependente de outra. Assim, a maneira pela qual um gerente,
advogado, médico faz as perguntas (tendo ou não estabelecido um clima psicológico favorável e uma
relação de confiança) pode influenciar as informações que recebe. Neste exemplo, a competência
interpessoal (processo) é tão importante quanto à competência técnica de formular as perguntas adequadas
(conteúdo das perguntas).
Se a competência técnica pode ser adquirida através de cursos, seminários, leituras e experiência ou prática,
a competência interpessoal necessita treinamento especial de laboratório.
Segundo Argyris (1968), competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente com relações de
acordo com três critérios:
a) Percepção acurada da situação interpessoal, de suas variáveis relevantes e respectiva inter-relação.
b) Habilidade de resolver realmente os problemas, de tal modo que não haja regressões.
c) Soluções alcançadas de tal forma que as pessoas envolvidas continuem trabalhando juntas tão
eficientemente, pelo menos, como quando começaram a resolver seus problemas. Dois componentes da
competência interpessoal assumem importância capital para discernir e aprender a proporção adequada: a
percepção e a habilidade propriamente dita. O processo da percepção precisa ser treinado para uma visão
acurada da situação interpessoal. Isto significa um longo processo de crescimento pessoal, abrangendo
auto-percepção, autoconscientização e auto-aceitação como pré-requisitos de possibilidades de percepção
mais realística dos outros e da situação. Esse treinamento perceptivo não se realiza espontânea nem
facilmente, mas requer treinamento especial, demorado, e muitas vezes sofrido, exigindo coragem e
disponibilidade psicológica do treinando no exercício de dar e receber feedback. O auto-conhecimento só
pode ser obtido com a ajuda dos outros, por meio de feedback, o qual precisa ser elaborado para auto-
aceitação. Se o indivíduo tem percepção mais acurada de si, então pode, também, ter percepção acurada
da situação interpessoal.
A habilidade propriamente dita, ou melhor, a forma de fazer, pode ser desenvolvida de forma informal
através de um espaço coletivo de discussão acerca das variáveis e dos conteúdos presentes nas relações
intra e extra grupo. Segundo DEJOURS (1994), é necessário abrir um espaço interno de discussão que vá
além do conhecimento técnico e da divisão do trabalho, “onde o trabalhador possa discutir as regras de
consenso para trabalhar em conjunto e a elaboração de confiança entre trabalhadores”. É necessário criar
grupos em que os sujeitos apresentem expectativas, determinem objetivos e definam a ordem das
atividades e das relações.
Quando se está ao par destas diversidades torna-se mais fácil compreender por que certos grupos têm
dificuldade para definir seus objetivos e fins, e os métodos de alcançá-los. É impossível conhecer tudo sobre
os indivíduos de um grupo, entretanto, se forem compreendidos e percebidos como pessoas, quais seus
motivos básicos e conhecidos os pontos em que querem ser satisfeitos, pode-se mais facilmente
caracterizá-los como individualidades. Determinando os pontos de concordância, os estímulos que os
impulsionarão a melhor compreender os seus atos.
A nova ótica é a de perceber e enxergar este grupo ou indivíduo de forma diferente da usual, é mudar nossa
forma de enxergar. É perceber antes de tudo e conforme descreve SCHUTZ(1989) “o quanto nossa
percepção pode ser profundamente condicionada. Se poucos minutos ou horas podem ter tal impacto em
nossa maneira de ver as coisas, o que dizer dos condicionamentos que duram a vida inteira, sendo
a nossa fonte de atitudes e comportamentos”.
Portanto, avaliar a nossa conduta, nossos comportamentos e percepções frente aos outros é o primeiro
passo para que haja coesão nas relações grupais, bem como, se crie sinergia e condições reais de se
ganhar mais competitividade através das pessoas. As relações interpessoais tiveram como um de seus
primeiros pesquisadores o psicólogo Kurt Lewin.
MAILHIOT (1976: 66), ao se referir a uma das pesquisas realizadas por esse psicólogo, afirma que ele
chegou à constatação de que “A produtividade de um grupo e sua eficiência estão estreitamente
relacionadas não somente com a competência de seus membros, mas sobretudo com a solidariedade de
suas relações interpessoais”.
Schutz, um outro psicólogo, trata de uma teoria das necessidades interpessoais: necessidade de ser aceito
pelo grupo, necessidade de responsabilizar-se pela existência e manutenção do grupo, necessidade de ser
valorizado pelo grupo. Tais necessidades formam a tríade de que fala MAILHIOT (1976: 67), quando este
faz referência aos estudos de Schutz: necessidades de inclusão, controle e afeição, respectivamente.
Ao discorrer acerca da humanização no ambiente de trabalho, COSTA (2002: 21) aponta as relações
interpessoais como um dos elementos que contribuem para a formação do relacionamento real na
organização: É mister observar a operação real da organização, aqui incluídas as relações interpessoais,
que constituem a sua seiva vital. Os elementos formais (estrutura administrativa) e informais (relacionamento
humano, que emerge das experiências do dia-a-dia) integram-se para produzir o padrão real de
relacionamento humano na organização: como o trabalho é verdadeiramente executado e quais as regras
comportamentais implícitas que governam os contatos entre as pessoas - esta é a estrutura de contatos e
comunicações humanas a partir da qual os problemas de política de pessoal e de tomada de decisões
podem ser compreendidos e tratados pelos administradores.
Os autores são unânimes em reconhecer a grande importância do tema “relações interpessoais” tanto para
os indivíduos quanto para as organizações, relativamente à produtividade, qualidade de vida no
trabalho6 e efeito sistêmico.
1.3.3. Inteligência Emocional.
Inteligência Emocional, é um conjunto de habilidades e competências e que para atingir a excelência no
trabalho, é necessário saber administrar sentimentos e não somente possuir o conhecimento técnico, nem
mesmo aquele adquirido em livros; é muito mais, é conseguir conhecer a nós mesmos, lidar com nossas
emoções e nos colocarmos no lugar do outro para pensar em sentir o que ele sente.
Isso significa que atualmente, as empresas competem no mercado, em produtos agregados ao valor
humano, sendo fundamental a forma que utilizam o seu pessoal, passando então a existir a necessidade de
treinamento gerencial para atingir o sucesso tão esperado. É hora de sentir o desejo da maximização dos
recursos humanos agregados à maximização do lucro.
Quando falamos em sentir desejo, estamos dizendo em sentir paixão pelo que fazemos, de acreditarmos
em nosso potencial, e com o “borbulhar” de emoções, equilibradas com treinamento e desenvolvimento,
gerarmos a capacidade em lidar com situações na busca de solução de problemas, propiciando, pelo
conjunto de harmonia no trabalho e um bom relacionamento interpessoal, a satisfação humana,
ocasionando um aumento de produtividade com excelência no que se faz, levando ao alavancar da
organização e chegar ao retorno do investimento, tão almejado por ela.
Goleman, em seu Livro Trabalhando com a Inteligência Emocional, retrata um fato ocorrido: “Um ex-gerente
de projetos da Ford Motor Company recordou como havia utilizado os métodos de organização que
aprende, desenvolvidos pela Escola Sloan de Administração de Empresas, do MIT, para redesenhar o
Lincoln Continental. Disse que aprender sobre inteligência emocional foi uma revelação para ele: “São
exatamente essas aptidões que tínhamos de incrementar para nos tornarmos uma eficaz organização que
aprende. Para liderar pessoas, precisamos primeiro nos conhecer, saber o que sentimos e aprendermos a
processar e organizar as emoções em nosso interior.
De acordo Goleman, “Inteligência emocional refere-se à capacidade de identificar nossos próprios
sentimentos e os dos outros, de motivar a nós mesmos e de gerenciar bem as emoções dentro de nós e em
nossos relacionamentos”. O termo descreve capacidades distintas e complementares da inteligência
acadêmica, que se compõe das capacidades puramente cognitivas, medidas pelo QI. Muitas pessoas que
têm a inteligência dos livros, mas carecem de inteligência emocional acabam trabalhando para pessoas que
possuem um QI inferior ao delas, mas que se destacam nas habilidades da inteligência emocional.
Esses dois tipos diferentes de inteligência - a intelectual e a emocional - expressam a atividade de partes
diferentes do cérebro. O intelecto baseia-se unicamente no funcionamento do neocórtex, que são as
camadas de evolução mais recente, localizadas na parte superior do cérebro. Os centros emocionais
encontram-se mais abaixo, no cérebro, no subcórtex, que é mais antigo. A inteligência emocional envolve
esses centros emocionais em funcionamento, juntamente com os centros intelectuais.
1.3.4. Trabalho em Equipe.
O psicólogo Abraham Maslow constatou que os indivíduos têm diversas necessidades, com diferentes
forças. Sabemos que necessitamos de alimento, de abrigo, pagar nossas contas, de segurança no
emprego, entre outras coisas, mas também de nos relacionar com os outros e de sermos aceitos por eles.
Sem isso nosso trabalho se torna enfadonho e sem graça.
Trabalhar em equipe é mais divertido do que trabalhar individualmente, o que pode contribuir para melhorar
nosso desempenho. Assim está em Provérbios 30:24-27: "Há (...) coisas na terra que são pequenas, mas
extremamente sábias: as formigas, criaturas sem força, todavia no verão preparam a sua comida (...) os
gafanhotos não têm rei, porém todos saem, e em bandos se repartem".
Quando falamos de trabalho em equipe, logo nos lembramos das formigas e dos gafanhotos, seres tão
pequenos, mas que dão um grande exemplo de união, força e autogerenciamento. As primeiras têm um
líder, vivem em uma sociedade eficazmente organizada e não precisam receber ordens para executar seu
trabalho. Você já viu de perto um formigueiro? Já notou como elas andam em fileiras e sincronia perfeitas, e
preparam seu alimento no verão para os dias de chuva, quando não podem trabalhar? Já os gafanhotos
não têm um líder, porém sabem o que devem fazer exatamente. Mas o que é trabalho em equipe?
Suponha que você e mais duas pessoas estão trabalhando em uma plantação de feijão, onde cada um
ganha o salário correspondente ao seu dia de trabalho. A atividade funciona da seguinte maneira: em fila,
você cava o buraco, o segundo joga a semente e o terceiro integrante tapa o buraco. Cada integrante deste
grupo se preocupa apenas em realizar a sua tarefa, nada entendendo da importância do trabalho dos outros,
"é cada um por si".
Um certo dia o segundo membro da equipe faltou ao trabalho por motivo de saúde, porém a atividade
continuou, pois cada um recebia o salário correspondente ao seu dia de trabalho e eles sabiam muito bem
qual era sua responsabilidade, sem a necessidade de um líder para orientá-los. Você cavava o buraco, o
segundo não jogou a semente - pois havia faltado -, mas o terceiro tapava o buraco e assim prossegue o dia
inteiro.
Muitas pessoas, que atuam em diversas organizações, estão trabalhando em grupo e não em equipe, como
se estivessem em uma linha de produção, onde o trabalho é individual e cada um se preocupa em realizar
apenas sua tarefa. No trabalho em equipe, cada membro sabe o que os outros estão fazendo e sua
importância para o sucesso da tarefa. Eles têm objetivos comuns e desenvolvem metas coletivas que
tendem a ir além daquilo que foi determinado.
Se no exemplo anterior você e os demais integrantes do grupo trabalhassem como equipe, conhecendo a
importância do trabalho de cada membro, tendo uma visão e objetivos comuns, certamente vocês diriam:
"nosso colega faltou, vamos ter que substituí-lo ou mudar o modo como estamos plantando, senão nosso
trabalho será improdutivo".
"Toda equipe é um grupo, porém nem todo grupo é uma equipe." - Carlos Basso, sócio-diretor da
Consultoria CR Basso. Grupo é um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se reúnem por
afinidades. No entanto, esse grupo não é uma equipe. Pois, "equipe é um conjunto de pessoas com
objetivos comuns atuando no cumprimento de metas específicas. Grupo são todas as pessoas que vão ao
cinema para assistir ao mesmo filme. Elas não se conhecem, não interagem entre si, mas o objetivo é o
mesmo: assistir ao filme. Já equipe pode ser o elenco do filme: Todos trabalham juntos para atingir uma
meta específica, que é fazer um bom trabalho, um bom filme".
-Suzy Fleury, psicóloga e consultora empresarial e esportiva. Ter uma equipe altamente eficaz é mais do
que ter um grupo de pessoas, visto que o trabalho em equipe precisa ser planejado.
1.4. Atendimento de Qualidade.
Tipos De Clientes
O Cliente é toda a pessoa que entra em contato com a empresa para comprar um produto, solicitar um
serviço ou simplesmente pedir uma informação, podemos classificar o cliente da seguinte forma:
- Cliente Externo
É todo aquele que é impactado por seus produtos, processos e serviços. É toda e qualquer pessoa que não
seja um colaborador (funcionário), que busca, no contato com a empresa, fechar um negócio, fazer uma
crítica ou registrar uma reclamação.
- Usuário
Aquele que usa ou desfruta algo coletivo. No contexto do Setor Público a população é contemplada com
serviços coletivos, portanto, podemos classificar os nossos clientes, também como usuários.
- Cliente Interno
Este conceito é uma contribuição da Teoria da Qualidade para a gestão de empresas, que nada mais é do
que os nossos colegas de trabalho, ou seja, todos os funcionários da Organização que fazem parte de uma
mesma “equipe” e, todos sem exceção, têm clientes e fornecedores internos.
Devemos lembrar que a qualidade do atendimento que chega ao consumidor começa com a qualidade do
atendimento que os funcionários recebem entre si. Efeito da informalidade surge quando o Cliente Interno é
visto apenas como um “colega de trabalho”. A informalidade costuma gerar situações indesejáveis na
Organização, criando, inclusive, problemas de relacionamento interpessoal no grupo de trabalho. Como
exemplo, podemos citar quando alguém solicita alguma providência ou trabalho e o colega “deixa para mais
tarde” ou “ se esquece” de fazê-lo, gerando conflitos entre ambos.
1.4.1. Conhecendo o Perfil do Cliente.
O verdadeiro profissional é aquele que sabe adequar a sua postura aos mais diversos tipos de situação. E
algumas características são fundamentais para tratar com os mais diferentes perfis de cliente:
NORMAL
Características de Comportamento
• Ouve com naturalidade, pensa, pondera e decide. Como tratá-lo
• Expor com clareza e ouvir atentamente
• Manter a calma
• Aceitar as observações contrárias
• Argumentar com objetividade
SABE TUDO
Características de comportamento:
• É crítico, auto-suficiente e vaidoso
• Julga-se em posição mais importante que os outros
• É esnobe e não aceita opiniões
Como tratá-lo
• Escutar com tolerância
• Orientar e fornecer a informação com cortesia e atenção
• Repetir as frases demonstrando que concorda com ele
• Manter uma atitude profissional sem deixar que o seu emocional interfira na conversa
IMPULSIVO
Características de comportamento
• É impulsivo
• Não aceita opiniões
• Ao se sentir prejudicado, reclama da empresa e de seus funcionários Como tratá-lo:
• Seja rápido e objetivo
• Saiba ouvi-lo
• Dê uma orientação cuidadosa
• Explique todos os detalhes
DESCONFIADO
Características de comportamento:
• Difícil de se expor
• Não confia em nada
• Gosta de debater e raciocinar
• É firme
• Geralmente já sofreu desenganos e decepções Como tratá-lo:
• Conquiste sua confiança por meio de apresentações seguras
• Forneça-lhe detalhes racionais e lógicos
• Exponha os fatos
• Não se apresse
• Utilize carisma
• Dê-lhe provas de suas afirmações
NERVOSO
O cliente insatisfeito, nervoso, descontrolado, que grita, nos fornece mais aprendizado, pois temos que agir
exatamente de forma oposta a sua, controlando a nossa emoção. Assim, poderemos controlar a dele
também. Esta capacidade de poder controlar as emoções do outro é o núcleo da arte de lidar com
relacionamentos e é fundamental para as situações de atendimento.
Assim, quando atender um cliente com este perfil, atenha-se nas seguintes sugestões:
1. Deixar que ele fale tudo, sem interromper. Isto é uma espécie de catarse, que significa esvaziar, livrar-se
do problema;
2. Jamais confrontá-lo, pois isso levaria a uma discussão cuja dimensão poderia ser incalculável;
3. Anotar as causas da sua insatisfação, como forma de respeito ao problema e credibilidade no assunto;
4. Dar encaminhamento e seguimento ao assunto, evitando o dissabor do problema ficar maior por falta de
solução ou descaso;
5. Ser cortês, assumindo uma postura natural. Dessa forma, não haverá passionalidade e sim
racionalidade.
1.4.2. Técnicas para Atendimento.
O atendimento caloroso evita dissabores e situações constrangedoras, além de ser a comunhão de todos os
pontos estudados sobre postura. O atendente escolhe a condição de atender o cliente e para isto, é preciso
sempre lembrar que o cliente deseja se sentir importante e respeitado.
Na situação de atendimento, o cliente busca ser reconhecido e, transmitindo calorosidade nas atitudes,
o atendente satisfaz as necessidades do cliente de estima e consideração.
Ao contrário, o atendimento áspero, transmite ao cliente a sensação de desagrado, descaso e desrespeito,
além de retornar ao atendente como um bumerangue. O EFEITO BUMERANGUE é bastante comum em
situações de atendimento, pois ele reflete o nível de satisfação, ou não, do cliente em relação ao atendente.
Com este efeito, as atitudes batem e voltam, ou seja, se você atende bem, o cliente se sente bem e trata o
atendente com respeito. Se este atende mal, o cliente reage de forma negativa e hostil. Precisamos ter em
atendimento, pessoas descontraídas, que façam do ato de atender o seu verdadeiro sentido de vida, que é
SERVIR AO PRÓXIMO. Atitudes de apatia, frieza, desconsideração e hostilidade, retratam bem a falta de
calor do atendente. Com estas atitudes, o atendente parece estar pedindo ao cliente que este se afaste, vá
embora, desapareça da sua frente, pois ele não é bem vindo. Assim, o atendente esquece que a sua
MISSÃO é SERVIR e fazer o cliente FELIZ.
Princípios Básicos para o Bom Atendimento Pessoal
1. Ser cortês - atender bem a qualquer clientela que se dirija a empresa. Para isso, o funcionário precisa
suplantar seus próprios preconceitos ou eventual má impressão inicial que tenha do cliente.
2. Dar boas vindas - Cumprimentar a todos com um sorriso natural e espontâneo, facilitando o contato com
o cliente. Sempre que possível chamá-lo pelo nome, pronunciando corretamente. E nunca diga que o nome
do seu cliente é horrível, estranho, engraçado e etc.
3. Atender de imediato - O cliente deve ser priorizado em qualquer atendimento, principalmente se o
funcionário estiver realizando apenas uma conversa ou um ato que não esteja relacionado com o seu
trabalho. Lembre-se que para quem chega a sua empresa você é o responsável pela primeira impressão e
um minuto de espera pode representar uma eternidade.
4. Mostre boa vontade - Mesmo fora de sua área de trabalho, o funcionário pode cumprimentar a todos e
tentar ajudar, na medida do possível, a gentileza não precisa ficar restrita ao setor de trabalho ou às pessoas
que conhece. É sempre gratificante para o cliente ser atendido ou cumprimentado por um funcionário da
empresa que o reconheça.
5. Dispensar atenção ao cliente - Dar tempo para o cliente explicar o que deseja.
Escutá-lo e não apenas ouvir. Lembre-se de manter uma atitude agradável buscando principalmente
respeitar a opinião de seu cliente.
6. Agir com rapidez - O tempo é muito importante tanto para você como para o seu cliente. Ele deseja que o
seu problema seja solucionado o mais rápido possível e você, deve atendê-lo com agilidade para que possa
dar andamento ao atendimento dos demais clientes. Mas lembre-se que rapidez não é sinônimo de descaso
ou irritação. Nunca demonstre ao cliente que está sendo rápido para se livrar dele.
7. Não dê ordens - Jamais ordene algo ao cliente. Uma expressão cordial é o necessário para que o cliente
faça o que você quiser. “Por favor, o Senhor pode assinar nesta linha?”
8. Em casos especiais chame o superior - Diante de um cliente imperioso (e muitas vezes sem razão), o
funcionário deve buscar ajuda com habilidade é claro, e sem demonstrar ao cliente insegurança ou pouco
conhecimento do assunto.
9. Evitar atitudes negativas - expressões negativas tendem a criar um clima negativo. Evite: “não deve”,
“não pode”, “não dá”.
10. Falar a verdade - A verdade é extremamente importante nas informações dadas, mas lembre-se que
nem sempre o nosso superior coopera para que digamos a verdade, e nesses casos a mentira
não é sua, você está apenas cumprindo ordens.
11. Agir como o melhor cartão de visitas - Lembre-se de que sua imagem equivale a imagem da empresa,
seu local de trabalho deve estar sempre limpo, organizado, a sua linguagem deve ser a mais correta, sem
exageros, o seu vestuário deve ser o mais sóbrio possível, sem exageros.
Princípios Básicos para o Bom Atendimento Telefônico
O uso da comunicação telefônica tornou-se imprescindível em todas as áreas. Indicamos as principais
regras básicas para um atendimento excelente, na área de trabalho:
• Atenda com rapidez, clareza, simpatia, de forma atenciosa e educada;
• Identifique-se e identifique o interlocutor;
• Use sempre: Senhor, Senhora, por favor, e muito obrigado;
• Não deixe o interlocutor "pendurado na linha";
• Transfira corretamente a ligação e avise ao ramal transferido quem está na linha;
• Ofereça um retorno de ligação, no caso de o ramal estar ocupado;
• Tome nota de todos os dados importantes e repita-os para o interlocutor
• Nunca fale "comendo" / de boca cheia
• Não mantenha conversas paralelas. Concentre-se na ligação que está atendendo
• Faça suas próprias ligações
• Comunique a telefonista quando não estiver na sala.
• Fique disponível quando solicitar uma ligação.
Os Sete Pecados do Atendimento ao Cliente
Segundo o autor Karl Albrecht, os sete pecados do atendimento ao Cliente são:
1. Apatia - ocorre quando os funcionários de uma empresa não demonstram que se importam com o cliente.
As pessoas ficam bravas, ofendem-se.
2. Má vontade - os funcionários tentam livrar-se do Cliente sem resolver o seu problema.
3. Frieza - O Cliente é tratado de forma distante, até desagradável.
4. Desdém - Há funcionários que se dirigem ao cliente de cima para baixo, com se ele não soubesse nada,
trata como uma criança. Isso enfurece as pessoas.
5. Robotismo - O funcionário deixa de agir como se fosse uma pessoa e repete sempre a mesma coisa, da
mesma maneira, com os movimentos como se estivesse em outro lugar.
6. Demasiado apego às normas - Acontece com o funcionário que diz "sinto muito, mas não podemos fugir
das regras, não podemos ser flexíveis".
7. Jogo de responsabilidades - A síndrome do vai-para-lá-e-vai-para-cá. Há pessoas que mandam os
Clientes de um lugar para outro, sem nunca resolver nada.
1.5. Comunicação.
A comunicação é a utilização de qualquer meio pelo qual uma mensagem é transmitida. Podemos dizer que
a comunicação é a transmissão de um modo de pensar, de ser e de sentir. Seu objetivo é influenciar com o
objetivo de se obter uma reação específica de quem recebe a mensagem.
É através da comunicação que as pessoas conseguem expressar suas emoções, motivar outras pessoas,
transmitir fatos, opiniões e experiências. É preciso que se tenha um bom conhecimento sobre como bem
utilizar esta ferramenta. Saber comunicar é um atributo que todos nós possuímos, porém, alguns sabem
utiliza-la melhor do que os outros.
É preciso que a comunicação, como ferramenta, seja usada em benefício do indivíduo e da empresa.
Um grande engano ocorre quando se confunde comunicação com falar. Comunicação é muito mais do que
simplesmente o ato da fala. Ela envolve outros sentidos que, na maioria das vezes, não são considerados
como importantes. Ver, ouvir, sentir são, constantemente, esquecidos quando se discute o processo de
comunicação. Muitas pessoas falam, e por não saber COMUNICAR provocam danos irreparáveis na sua
rede de relações humanas, principalmente na rede de relacionamentos profissionais.
Muitas pessoas escutam mas não ouvem, muitas olham mas não vêem. Ouvir requer muita prática e
paciência. Requer a capacidade de saber segurar o impulso da impaciência para deixar a outra pessoa se
expressar. Quando realmente estamos ouvindo, uma forte conexão é estabelecida entre nós e o outro. Uma
ligação invisível que nos conecta e nos permite ocuparmos o lugar do outro, e com isso conseguimos
entender melhor que esta outra pessoa é e o que ela deseja. Quando você estiver ouvindo, foque sua
atenção somente na outra pessoa. Escute, veja, sinta o que ela tem a dizer. Escute não somente o que está
sendo dito, mas preste atenção principalmente no que não está sendo dito.
‘Leia” a expressão corporal, sinta a energia transmitida, veja a luz que brilha no olhar do outro. Quando você
realmente souber ouvir um mundo de oportunidades surgirá. Ouça seus clientes, sua família, seus amigos e
você aprenderá muito com eles; principalmente a ouvir você mesmo. Ouça, pergunte, compreenda e, só
então, dê a sua resposta.
Saber ouvir
Um ouvinte eficiente é aquele que ‘ouve’ com todos os seus sentidos, emoções e sentimentos. Um bom
ouvinte deve ser capaz de pensar rapidamente para sintetizar e encontrar prontas respostas para aquilo que
o transmissor está comunicando. Saber ouvir exige reflexão, questionamento e poder de síntese sobre
aquilo que está acontecendo.
Empatia e a Comunicação
A empatia é uma forma de compreensão definida como: capacidade de perceber e de compreender os
sentimentos de outra pessoa. Uma condição psicológica que permite a uma pessoa sentir o que sentiria
caso estivesse na situação e circunstância experimentada por outra pessoa.
Um olhar, um tom de voz um pouco diferente, um levantar de sobrancelhas, podem comunicar muito mais
do que está contido em uma mensagem manifestada através das palavras.
Comunicação não-verbal
A expressão não-verbal é um poderoso complemento, e às vezes um substituto, para a mensagem verbal.
Apesar de a expressão corporal assumir até mais importância do que a expressão verbal ela é
comumente posta em segundo plano. Quando você estiver se comunicando com seu cliente preste
atenção nos sinais que seu corpo e o do seu cliente estão emitindo. Saiba ler nestas entre linhas e garanta
melhores negócios. Seja simples e natural.
A comunicação, quando eficaz, se dá através de atos simples e naturais, resultados de de treino e
observação. A simplicidade e a naturalidade estão presentes quando identificamos e afastamos os
obstáculos que interferem na comunicação.
O ciclo da comunicação
Comunicação é um processo de interação social entre indivíduos e não meramente uma troca de atos
verbais e não-verbais.
No processo de comunicação pode-se considerar o emissor como o ponto de partida. É ele quem envia a
mensagem através da palavra oral ou escrita, gestos, expressões, desenhos, etc.
O emissor pode ser também uma organização informativa como rádio, TV, cinema. Não confundir o
emissor como fonte da mensagem! Ao ler uma mensagem, um locutor poderá estar dando início a um
processo de comunicação, porém não será ele a fonte que originou a mensagem.
Receptor (destinatário ou ouvinte) é a pessoa ou grupo de pessoas situadas na outra ponta da cadeia de
comunicação. Pode ser a pessoa que lê, que ouve, um pequeno grupo, um auditório ou uma multidão. O
receptor recebe a mensagem e a interpreta internamente, manifestando externamente essa interpretação.
Canais de Comunicação
Canal é a forma utilizada pelo emissor para enviar a mensagem. É o modo escolhido pelo emissor, através
do qual a mensagem é levada até o receptor. Deve ser escolhido cuidadosamente, para assegurar a
eficiência e o bom êxito da comunicação. A escolha de um canal inadequado ou até mesmo impedir a
comunicação. O emissor deve estar sempre preocupado com a escolha do canal mais adequado á sua
mensagem, sem perder de vista as características do receptor.
Código
Código é o conjunto de signos e regras de combinação desses signos capazes de dar sentido a um modo
de pensar ou de se expressar. Exemplos de código: as diferentes línguas, o vocabulário técnico utilizado por
profissionais de diferentes áreas, o “código” braile, o “código” de sinais.
Ruídos
Obstáculos podem acontecer ser em função do emissor, do receptor, ou de ambos, ou ainda devido a
interferências existentes nos canais de comunicação. Podemos definir ruído como qualquer tipo de
interferência existente no processo de comunicação, que resulte na dificuldade ou mesmo na
impossibilidade do receptor decodificar a mensagem.
Feedback
É a última etapa do processo de comunicação. Sem que haja o feedback a comunicação não pode ser
considerada completa. Esta fase se constituí de um conjunto de sinais, enviados pelo receptor, que
permitem ao emissor conhecer o resultado da sua mensagem. Esta fase que informa ao emissor se a sua
mensagem original foi recebida e compreendida, ou não. O feedback confirma que a comunicação é um
processo bilateral. Nele está contido toda a reação do receptor com relação a mensagem que o emissor
enviou.
Percepção
A percepção não é uma fase da comunicação, mas é de extrema importância e não pode deixar de ser
considerada. Um processo bem sucedido de comunicação começa pela percepção de tudo que nos rodeia,
e para isso é preciso que se tenha muita sensibilidade.
Sabemos que nossa percepção é influenciada por preconceitos e estereótipos. É através dos nossos
sentidos que captamos e adquirimos informações, por isso a percepção não é estática. Ela é um processo
que envolve a apreensão de estímulos sensoriais, permitindo que se faça uma interpretação da realidade
observada.
A percepção tem um caráter individual porque cada pessoa capta uma mesma realidade, uma mesma
situação de forma inteiramente pessoal, particular, única. A realidade é percebida de acordo com nossas
experiências anteriores, nossas expectativas, necessidades, situação atual e conhecimentos do assunto.
Por isso a percepção é seletiva. É através dela que começamos um relacionamento, buscando no outro
características que nos agradam. Por isso realçamos as qualidades dos nossos amigos e os defeitos dos
nossos inimigos.
Comunicação Escrita
Na era do fax, computador e internet são inúmeras as maneiras das pessoas se comunicarem de forma
rápida e prática, para qualquer canto do mundo. Não é só o veículo que usamos para nos comunicar que
conta, mas também a forma, o conteúdo e a linguagem que utilizamos para isso Tal como falar, escrever é
um recurso que precisa ser aprendido, e ambos, estão intimamente ligados, pois são atividades que
trabalham com a palavra. O treinamento é essencial para o bom desempenho da escrita. Todos os grandes
escritores afirmam que a leitura é a base da arte de escrever. Ler é interpretar símbolos gráficos de maneira
a compreendê-los. Apesar de relacionados, escrever e falar exigem técnicas diferentes. Por mais perfeita
que seja, a transcrição da fala para a escrita não consegue fazer com que esta atinja o colorido da fala.
Administração de Conflitos
A Administração de Conflitos consiste exatamente na escolha e implementação das estratégias mais
adequadas para se lidar com cada tipo de situação. Lidar com o conflito consiste em trabalhar com grupos e
tentar romper alguns estereótipos vigentes na organização. Criar tarefas a serem executadas em conjunto
por grupos diferentes é uma forma de garantir que seu cumprimento seja reconhecido pelo trabalho dos
grupos.
Mediador: mobiliza as partes em conflito para um acordo. Ajuda as partes envolvidas a discutir e resolver as
situações de conflito. Facilitador do processo.
Etapas da gestão de conflitos
1. Identificar o problema: Saber se as pessoas envolvidas estão conscientes do problema e dispostas a
buscar a solução;
2. Analisar e escolher a melhor solução: Transformar o negativo em positivo, diversidade de idéias, respeito
às características individuais, conciliar os opostos.
3. Colocar em prática;
4. Avaliar os resultados;
5. Manutenção;
Para solucionar um conflito é necessário:
Saber comunicar;
Saber ouvir;
Saber perguntar.
Estilos de Administração de Conflitos
Competição: busca satisfação dos interesses, tenta convencer a outra parte, leva a outra parte a aceitar a
culpa.
Colaboração: contempla os interesses das partes envolvidas, busca resultado benéfico para ambas.
Evitação: evita todo e qualquer envolvimento com o conflito.
Acomodação: tende a apaziguar a situação, chegando a colocar as necessidades e interesses da outra
parte acima dos seus.
Compromisso: uma das partes do conflito desiste de alguns pontos ou itens, levando a distribuir os
resultados entre ambas as partes.
Dicas para uma boa Administração de Conflitos
1. Procure soluções, não culpados;
2. Analise a situação;
3. Mantenha um clima de respeito;
4. Aperfeiçoe a habilidade de ouvir e falar;
5. Seja construtivo ao fazer uma crítica;
6. Procure a solução Ganha-ganha;
7. Aja sempre no sentido de eliminar os conflitos;
8. Evite preconceitos;
9. Mantenha a calma;
10. Quando estiver errado, reconheça;
11. Não varra os problemas para debaixo do tapete.
O manejo de situações de conflito é essencial para as pessoas e as organizações como fonte geradora de
mudanças, pois das tensões conflitivas, dos diferentes interesses das partes envolvidas é que nascem as
oportunidades de crescimento mútuo.
ANOTAÇÕES:
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MÓDULO 2
ANATO
MIA
ODONT
OLÓGIC
A
A BOCA
A boca ou cavidade oral está situada na cabeça, entre as fossas nasais e a região supra-hioidea.
Estende-se desde os lábios e bochechas, externamente, até os arcos palatoglossos das fauces
internamente, onde se continua na parte oral da faringe. A boca esta relacionada principalmente
com a ingestão e a mastigação dos alimentos, que é essencialmente a função dos dentes. A boca
também participa da fonação e da ventilação. Ela tem formato oval, na sua maior direção do eixo
- ANATOMIA
ântero-posterior, está dividida pelo arcos alvéolo-dentais em duas porções:
DA BOCA
1º – O vestíbulo, área externo aos dentes, ou seja, o espaço entre os dentes e as bochechas.
- DEFINIÇÕES
O vestíbulo da boca é um espaço semelhante a uma fenda entre os lábios e bochechas de um
lado e os dentes do outro. Quando os dentes ocluem, o vestíbulo e um espaço fechado que se
E DIVISÕES
comunica apenas com a cavidade própria da boca nas regiões retro molares, atrás do ultimo
DA BOCA
molar de cada lado. Onde a mucosa que cobre o osso alveolar da mandíbula é refletida para os
lábios e bochechas, um canal ou sulco e formado e é chamado de fornice vestibular. Um número
- ANATOMIA
variável de pregas em forma de foice contendo tecido conjuntivo frouxo percorre o fórnice
DA LÍNGUA
vestibular. Na linha mediana, estes são os freios (ou frênulos) superiores e inferiores. Outras
- DEFINIÇÕES
pregas podem atravessar o fórnice próximo dos caninos ou pré-molares. As pregas na parte
inferior do fórnice são consideradas mais pronunciadas do que aquelas na parte superior do
E DIVISÕES
fórnice. O frênulo do lábio superior e normalmente fixado abaixo da crista alveolar. Um grande
DA LÍNGUA
- ANATOMIA
DO DENTE
frênulo com uma inserção próxima ou na crista pode estar associado a um intervalo na linha
mediana (diastema) entre os incisivos centrais superiores. Ele pode ser corrigido através de
remoção cirúrgica simples do frênulo (frenectomia), pois não contem estruturas de importância
clinica. O freio proeminente pode comprometer a estabilidade de dentaduras.
As Paredes da Boca
A PARADE LATERAL
Limitadas acima pela órbita, abaixo pela mandíbula, anteriormente pela pelos sulcos
nasogenianos e labiogeniano, as bochechas ocupam a maior parte da face e são as paredes
laterais da boca.
Internamente, a mucosa da bochecha está firmemente aderida ao músculo bucinador e é assim
alongada quando a boca está aberta e fica enrugada quando a boca e fechada. Poucos pontos de
referencia estruturais são visíveis na face interna da bochecha. O óstio do ducto parotídeo pode
ser visto na face interna da bochecha oposta ao segundo molar superior em uma pequena papila.
Uma linha hiper queratinizada (a linha alba) pode ser observada em uma posição relacionada ao
plano oclusal dos dentes. Na região retro-molar, uma prega da mucosa contendo a rafe
pterigomandibular estende-se desde o processo alveolar superior ate o inferior. A entrada para o
espaço pterigomandibular (que contem os nervos lingual e alveolar inferior) situa-se lateralmente
a esta prega e medialmente a crista produzida pela borda anterior do ramo da mandibula: e este o
local para a injeção de um bloqueio do nervo alveolar inferior, comumente usado para anestesiar
os dentes e as gengivas inferiores ipsilaterais.
A bochecha recebe o seu suprimento sanguíneo arterial principalmente da artéria bucal, ramo da
artéria maxilar, e e inervada por ramos cutâneos da divisão maxilar do nervo trigêmeo, através do
ramo zigomaticofacial e nervo infra-orbital, e pelo nervo bucal da divisão mandibular do nervo
trigêmeo.
A PAREDE SUPERIOR
O palato ósseo (por oposição ao palato membranoso, que é o palato mole e este pode ser
abordado como sendo também uma estrutura da faringe) é uma região em forma de ferradura,
circunscrita pelos arcos dentais. O palato (palato duro e palato mole) forma o teto da cavidade
oral (“céu-da-boca”) e separa as cavidades oral e nasal.
O palato mole será descrito em conjunto com a faringe.
O palato duro é formado pelos processos palatinos das maxilas palatinas e as laminas horizontais
dos ossos palatinos. O palato duro esta delimitado anterior e lateralmente pelo arco alveolar da
maxila e é continuo posteriormente com o palato mole. É coberto por uma mucosa espessa
firmemente ligada ao periósteo subjacente. Nas suas regiões mais laterais também possui uma
submucosa que contem o feixe neurovascular principal. A mucosa e coberta por epitélio
escamoso estratificado queratinizado, que apresenta variações regionais e pode ser orto-
queratinizado ou para-queratinizado. A periferia do palato duro consiste nas gengivas. Uma crista
estreita, a rafe do palato, desprovida de submucosa, corre antero-posteriormente na linha
mediana. Uma proeminência oval, a papila incisiva, esta na extremidade anterior da rafe do
palato. Cobre a fossa incisiva na abertura oral do canal incisivo e também marca a posição do
canal nasopalatino fetal.
Pregas palatinas transversas irregulares, cada uma contendo um núcleo de tecido conjuntivo
denso, irradiam para o exterior a partir da rafe do palato na metade anterior do palato duro: o seu
padrão e único. A submucosa na metade posterior do palato duro contem glândulas salivares
mucosas. Elas secretam por meio de inúmeros pequenos ductos que frequentemente drenam
para um ducto maior, que se abre bilateralmente em fóveas palatinas pareadas. Estas
depressões, por vezes com alguns milímetros de profundidade, margeiam a rafe do palato na
margem posterior do palato duro. Elas fornecem um ponto de referencia útil para a extensão de
uma dentadura superior; se não forem observadas durante a confecção da prótese, fazem com
que a dentadura se torne instável quando o palato mole se movimenta durante a deglutição e a
mastigação. A superfície superior do palato duro é o assoalho da cavidade nasal e é forrada por
epitélio respiratório ciliado.
Cavidade oral, istmo das fauces e músculos do palato
A Parede Inferior
É formada pela língua e região sub-lingual, cujo assoalho é formado pelo músculo milo-hióideo. A
língua será descrita separadamente devido sua complexidade e importante função. Ela também
será abordada nos órgãos dos sentidos, uma vez que ela faz parte importante do paladar.
A ragião sub-lingual é o espaço compreendido entre as gengivas e a base da língua. Triangular,
com o vértice apontando para os incisivos inferiores, está região apresenta:
1 – o frênulo da língua ou filete mucoso médio.
2 – de cada de sua extremidade posterior, um tubérculo correspondente ao orifício do conduto
de Wharton (condutos excretores da glândula sub-lingual).
Assoalho da boca
A Parede Posterior
A parede posterior da boca é formada em sua maior parte pelo palato mole em cujos pilares
encontram-se as amígdalas. A parede posterior da boca é na verdade uma grande abertura que
comunica a boca com a faringe. Por isso estudaremos essas estruturas na sessão faringe.
A mucosa oral é continua a pele nas margens labiais (borda do vermelhão) e com a mucosa
faríngea no istmo das fauces. Ela varia na estrutura, função e aparência em diferentes regiões da
cavidade oral e é tradicionalmente dividida em mucosas de revestimento, mastigatória e
especializada.
A mucosa de revestimento é de cor vermelha e cobre o palato mole, superfície ventral da língua,
assoalho da boca, processos alveolares (excluindo as gengivas) e as superfícies internas dos
lábios e bochechas. Ela possui epitélio escamoso estratificado não queratinizado, que se
sobrepõe a uma lamina própria fibrosa frouxa, e a túnica submucosa contem alguns depósitos de
gordura e acúmulos de glândulas salivares menores mucosas.
Mucosa Oral
A mucosa oral que cobre o osso alveolar – que sustenta as raízes dos dentes – e os colos (região
cervical) dos dentes é dividida em dois componentes principais. Essa porção que reveste a parte
inferior dos alvéolos, frouxamente fixada ao periósteo através de uma submucosa difusa, é
designada mucosa alveolar. Ela e delineada a partir da mucosa mastigatória gengival, que cobre
a parte superior do osso alveolar e os colos dos dentes, por uma junção bem definida, a junção
muco-gengival. A mucosa alveolar aparece em vermelho escuro; a gengival aparece em rosa
pálido. Estas diferenças de cores estão relacionadas com as diferenças no tipo de queratinização
e a proximidade com a superfície de pequenos vasos sanguíneos subjacentes que podem as
vezes ser observados no
trajeto abaixo da mucosa alveolar.
A mucosa mastigatória, ou seja, a mucosa que e submetida ao estresse mastigatório, esta
firmemente aderida ao osso subjacente ou aos colos dos dentes, e forma um mucopeirósteo na
gengiva e rafe do palato. As mucosas gengival, palatina e dorsal da língua são queratinizadas ou
para-queratinizadas. As gengivas podem ser ainda subdivididas em gengivas inseridas e
gengivas livres. As gengivas inseridas estão firmemente ligadas ao periósteo alveolar e aos
dentes, enquanto as gengivas livres, que constituem uma margem de aproximadamente 1 mm da
gengiva, situam-se não inseridas em torno da região cervical de cada dente. O sulco gengival
livre, entre as gengivas livre e inserida, corresponde aproximadamente ao assoalho do sulco
gengival que separa a face interna das gengivas aderidas no esmalte do dente. A papila gengival
é a parte da gengiva que preenche o espaço entre os dentes adjacentes. A superfície das
gengivas inseridas e caracteristicamente pontilhada, embora haja variação individual no grau de
pontilhamento e variação de acordo com a idade, sexo e a saúde das gengivas. As gengivas
livres não são pontilhadas. A linha muco-gengival delineia as gengivas inseridas sobre a face
lingual da mandibula a partir da mucosa alveolar em direção ao assoalho da boca. Ao ha divisão
evidente correspondente entre as gengivas inseridas e o restante da mucosa palatina, porque
toda esta superfície e mucosa mastigatória orto-queratinizada, que e rosa. A túnica submucosa
esta ausente na gengiva e rafe do palato na linha mediana, mas esta presente ao longo do
restante do palato duro. Postero-lateralmente, e espessa onde contem as glândulas salivares
mucosas e os nervos e vasos palatinos maiores, e é ancorada ao periósteo das maxilas e ossos
palatinos por septos colágenos.
A LÍNGUA
A língua é um órgão altamente muscular, que participa na deglutição, do paladar e da fala. Tem
posição parcialmente oral e parcialmente faríngea e está fixada pelos seus músculos ao osso
hioide, mandíbula, processos estiloides, palato mole e parede da faringe. Possui uma raiz, um
ápice, um dorso curvo e uma face inferior. Tem um formato de cone posicionado em sentido
sagital e aplanado em sentido crânio caudal. Estando sua ponta localizada anteriormente,
tocando os dentes incisivos. Sua túnica mucosa é normalmente rosa e úmida e está firmemente
aderida aos músculos subjacentes. A mucosa dorsal é coberta por inúmeras papilas, algumas das
quais apresentam os calículos gustatórios. As fibras musculares intrínsecas estão dispostas em
um padrão de entrelaçamento complexo de fascículos longitudinais, transversais, verticais e
horizontais, possibilitando maior mobilidade. Os fascículos são separados por uma quantidade
variável de tecido adiposo que aumenta em sua porção posterior. A raiz da língua esta fixada ao
osso hioide e a mandibula e, entre eles, esta em contato, inferiormente, com os músculos genio-
hioideo e milo-hioideo. Seu dorso (face póstero-superior) é geralmente convexo em todas as
direções em repouso.
Dorso da língua, arcos palatoglosso e palatofaríngeo adjacentes e epiglote. As tonsilas palatinas
situam-se nas fossas tonsilares entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo
Podemos considerar que a língua tem duas faces, duas bordas, uma ponta e uma base. Estando
dividida por um sulco terminal em forma de V em uma parte oral (pré-sulcal), anterior,
voltada para cima, e uma parte faríngea (pós-sulcal), posterior, voltada para a região posterior. A
parte pré-sulcal forma cerca de dois terços do comprimento da língua. Estas duas porções
diferem uma da outra pela mucosa, inervação, origens embrionárias e funções.
As Faces da Língua
A face superior está em intimo contato com o palato e em sua porção mais posterior toca a
faringe. Possui uma linha média que contem um sulco longitudinal mais ou menos marcado a
depender do indivíduo.
A face inferior, muito menos extensa que a face superior, repousa em sua totalidade sobre o
assoalho da boca a qual está unida por uma dobra media, o frênulo da língua. Na parte inferior do
frênulo e de cada lado da linha média, observamos dois pequenos tubérculos, no vértice desses
pequenos tubérculos encontra-se os óstios dos ductos excretores das glândulas sub-linguais.
Além disso nota-se também uma extensa rede venosa sub-mucosa que irá se unir e formar a veia
sub-lingual.
Assoalho da boca
O Esqueleto Osteo-fibroso
O Septo da Língua
É uma lâmina fibrosa situada na borda linha média entre os m. Genioglosso. Tem formato
semelhante à uma pequena foice, cuja base se continua com a membrana glosso-hioidea e por
intermédio dela, insere-se no osso hióide.
Os Músculos da Língua
A língua e dividida por um septo fibroso mediano, ligada ao corpo do osso hioide. Existem
músculos extrínsecos e intrínsecos em cada metade, sendo que os extrínsecos estendem-se para
fora da língua, movendo-a fisicamente, e os intrínsecos ficam totalmente em seu interior,
alterando sua forma. Estão dispostos da seguinte forma:
M. Genioglosso
É o músculo mais volumoso da língua. Possui um formato triangular com vértice anterior em corte
sagital, situado próximo e paralelo alinha media. Origina-se a partir de um tendão curto fixado na
espinha geniana superior, atrás da sínfise da mandíbula, acima da origem do músculo gênio
hioideo. A partir deste ponto, ele abre-se para trás e para cima. A inserção do m. genioglosso às
espinhas genianas evita que a língua afunde para trás e obstrua a respiração, por isso os
anestesistas tracionam a mandíbula para a frente a fim de se beneficiar dessa inserção.
Interessante, não? Aposto que muitos anestesistas não sabiam disso! O suprimento vascular do
m. genioglosso faz-se pela artéria sublingual, ramo da artéria lingual e ramo submental da artéria
facial. Ele é inervado pelo n. hipoglosso e suas ações produzem tração da língua para frente,
projetando seu ápice a partir da boca e atuando bilateralmente, os dois músculos abaixam a parte
central da língua, tornando-a côncava de um lado ao outro. Atuando unilateralmente, a língua
diverge para o lado oposto do músculo que contraiu.
Elevação da Mandíbula – Jaw Thrust
M. Hioglosso
O hioglosso é fino, plano e quadrilátero situado na parte lateral e inferior da língua. Origina-se de
toda a extensão do corno maior e da parte anterior do corpo do osso hioide. Terminam inserindo-
se no septo da língua. Seu suprimento vascular se faz pelo ramo sublingual da artéria lingual e
pelo ramo submentual da artéria facial. É inervado pelo nervo hipoglosso e sua ação abaixa a
língua ao mesmo tempo retrai e comprime transversalmente.
M. Estiloglosso
É o mais curto e menor dos três músculos estiloides. Origina-se da face anterolateral do processo
estiloide, perto do seu ápice, e da extremidade estiloide do ligamento estilo mandibular. Passa
para frente e para baixo e divide-se no lado da língua em uma parte longitudinal, que penetra na
língua fundindo-se com o m. longitudinal inferior da língua na frente do m. hioglosso. É
vascularizado pelo ramo sublingual e inervado pelo n. Hipoglosso. Quando contrai o m.
estiloglosso puxa a língua para cima e para trás.
M. Condroglosso
Muitas vezes é considerado como uma parte do m. hioglosso. Este músculos estão separados um
do outro por algumas fibras do m. genioglosso. O m. condroglosso tem cerca de 2 cm de
comprimento e origina-se do lado medial e da base do corno menor do hióide. Dirige-se
superiormente para se unir com a musculatura intrínseca, entre os músculos hioglosso e
genioglosso. Sua vascularização, inervação e função são as mesmas do m. hioglosso.
Corte coronal através da língua, boca e corpo da mandíbula oposto ao primeiro dente molar
M. Palatoglosso
M. Longitudinal Superior
M. Longitudinal Superior
O músculo longitudinal inferior e uma faixa estreita de músculo perto da face lingual inferior da
língua, entre os músculos genioglosso e o hioglosso. Estende-se desde a raiz ate o ápice da
língua. Algumas das suas fibras posteriores são ligadas ao corpo do osso hioide. Anteriormente,
funde-se com o músculo estiloglosso.
Metade esquerda da língua, vista medial, mostrando a artéria lingual e ramificações dos nervos
lingual e hipoglosso
M. Transverso
Passa lateralmente a partir do septo fibroso mediano até o tecido fibroso submucoso na margem
lingual, misturando-se com o m. palatofaríngeo.
M. Vertical
Os músculos verticais estendem-se a partir da face dorsal ate a ventral da língua nas bordas
anteriores.
Os músculos intrínsecos são vascularizados pela artéria lingual e todos eles são inervados pelo n.
hipoglosso. A função comum deles é de alterar a forma da língua. Assim, a contração dos
músculos longitudinais superior e inferior tende a encurtar a língua, mas os superiores também
curvam o ápice para os lados e para cima, tornando o dorso côncavo, enquanto os inferiores
puxam o ápice para baixo, tornando o dorso convexo. O m. transverso estreita e alonga a língua,
enquanto o m. vertical a torna mais achatada e mais larga. Agindo sozinhos ou em pares e em
infinitas combinações, os músculos intrínsecos conferem a língua uma mobilidade precisa e
altamente variada, importante não só na função alimentar, mas também na fala.
Nervo lingual, ducto submandibular e glândulas salivares submandibular e sublingual no assoalho
da boca. Vista lingual, lado esquerdo – Sobotta 2006
A função gustativa ou gustatória da língua será abordada na sessão órgãos dos sentidos.
OS DENTES
São órgão de consistência óssea, cuja origem embrionária é epidérmica, implantados na borda
livre da mandíbula e da maxila, destinados a triturar os alimentos sólidos para torná-los mais
moles e mais acessíveis aos sucos digestivos.
Os seres humanos tem duas gerações de dentes: a dentição decídua (primaria) e a dentição
permanente (secundaria). Os primeiros dentes decíduos irrompem na boca aproximadamente aos
seis meses de idade e todos os dentes decíduos irrompem ate os três anos de idade. O primeiro
molar permanente erupciona aos seis anos ou por volta desta idade e, a partir dai, os dentes
decíduos caem um a um, sendo substituídos por seus sucessores permanentes. Uma dentição
permanente completa esta presente quando os terceiros molares erupcionam por volta dos 18-21
anos de idade. Na dentição decídua completa existem 20 dentes, cinco em cada quadrante. Na
dentição permanente completa ha 32 dentes, oito em cada quadrante.
Existem três formas básicas de dente em ambas as dentições: forma incisiva, forma canina e
forma molar. Os dentes incisiformes (incisivos) são os dentes de corte e tem coroas finas,
semelhantes a lâminas. Os dentes caniniformes (caninos) são dentes de perfuração ou laceração
e tem uma coroa única, robusta, pontiaguda, em forma de cone. Os dentes molariformes (molares
e pré-molares) são os dentes de trituração e possuem diferentes numero de cúspides em sua
face oclusal plana. Os pré-molares são dentes bicúspides que estão restritos a dentição
permanente e substituem os molares decíduos. A região de suporte nas maxilas e mandibulas
pode ser dividida em quatro quadrantes, os quadrantes superiores direito e esquerdo e os
quadrantes inferiores direito e esquerdo. Um dente pode assim ser identificado de acordo com o
quadrante em que esta localizado (p. ex., dente superior direito ou dente inferior esquerdo). Tanto
na dentição decídua como na permanente, os incisivos podem ser distinguidos de acordo com a
sua relação com a linha mediana. Assim, o incisivo mais próximo da linha mediana e o incisivo
central (primeiro) e o incisivo que esta mais lateralmente posicionado e chamado de incisivo
lateral (segundo). Os pré-molares e os molares permanentes e decíduos também podem ser
distinguidos de acordo com suas relações mesodiscais. O molar mais medialmente posicionado e
designado primeiro molar, e o seguinte e o segundo molar. Na dentição permanente, o dente
mais distalmente posicionado e o terceiro molar. O pré-molar mesial e o primeiro pré-molar e o
pré-molar seguinte e o segundo pré-molar. A face dos dentes adjacente aos lábios ou bochechas
e denominada vestibular (labial ou bucal), aquela adjacente a linguá e a lingual (ou palatal na
maxila). As faces labial e lingual de um incisivo atendem medialmente a uma face mesial e
lateralmente a uma face distal, termos que também são usados para descrever as faces
homologas dos dentes pré-molar e molar (pos-caninos). Tendo em conta a curvatura da arcada
dentaria, as faces mesiais dos dentes pós-caninos estão direcionadas anteriormente e as faces
distais estão direcionadas posteriormente. Assim, o ponto de contato entre os incisivos centrais e
o ponto de referencia para os termos mesiais e distais. As faces de mordedura ou oclusais dos
dentes pós-caninos são tuberculadas por cúspides que são separadas por fissuras que formam
um padrão característico de cada dente. A superfície de mordida de um incisivo e a margem
incisal.
Visão geral
Enquanto a boca é uma parte pequena de nossa anatomia em geral, ela é preenchida por
diversas partes, todas trabalhando juntas para ajudá-lo a comer, beber, falar e ter um sorriso
radiante. As principais partes são os incisivos, caninos, pré-molares, molares, coroas, linha da
gengiva, raiz, esmalte, dentina e polpa.
Coroa: parte superior do dente, geralmente é a única parte visível. O formato da coroa determina
a função do dente. Por exemplo, os dentes anteriores são mais afiados, têm a forma de um cinzel
e servem para cortar, enquanto os molares têm superfície plana e servem para triturar os
alimentos.
Linha de junção dos dentes e da gengiva: sem a escovação e uso adequado do fio dental,
nesta área podem se formar a placa e o tártaro, causando gengivite e outros males.
Raiz: parte do dente que está dentro do osso. A raiz, que mantém o dente inserido no osso,
constitui mais ou menos dois terços do seu tamanho.
Estrutura do dente
Esmalte: a camada mais externa da superfície do dente. É o tecido mais duro e mineralizado de
todo o corpo humano, mas pode ser danificado se os dentes não forem higienizados
adequadamente.
Dentina: camada dentária situada abaixo do esmalte. Se a cárie conseguir atravessar o esmalte,
ela passa a atacar a dentina, onde há milhões de pequenos túbulos que vão diretamente à polpa
do dente.
Polpa: tecido mole situado no centro do dente, onde se encontram o nervo e os vasos
sangüíneos. Quando a cárie atingir essa área, as pessoas geralmente sentem dor.
Quais são os nomes dos dentes?
Cada dente tem uma função ou tarefa específica (Consulte a ilustração do arco dental nesta
seção e identifique cada tipo de dente):
Incisivos: dentes frontais afiados em forma de cinzel (quatro superiores, quatro inferiores) para
cortar os alimentos.
Pré-molares: dentes com duas pontas (cúspides) na superfície para esmagar e moer os
alimentos.
Molares: trituram os alimentos, estes dentes possuem várias cúspides na superfície de mordida.
Corte longitudinal de um dente e seus tecidos circundantes.
Desenvolvimento dos dentes decíduos (em azul) e permanentes (em amarelo). Schour I, Massler
M 1941 The development of the human dentition. J Am Dent Assoc 28: 1153-1160.
MÓDULO 3
HIGIENE
E SAÚDE
BUCAL
SAÚDE E HIGIENE BUCAL
CÁRIE
Definição
A cárie está relacionada à desmineralização do dente, que ocorre quando tipos específicos de
bactérias produzem ácidos que destroem o esmalte do dente e a camada do dente logo abaixo
dela, a dentina.
Sinais e Sintomas
Existem três sintomas que mostram que voc6e pode ter cárie: dor de dente; doer ao mastigar ou
sensibilidade ao ingerir alimentos ou bebidas quentes, frias ou doces.
Causas
Diversos tipos de bactérias vivem em nossas bocas e se acumulam nos dentes em uma película
pegajosa chamada placa bacteriana (biofilme dental). Quando nós comemos e bebemos, essas
bactérias criam ácidos que podem dissolver a camada protetora do dente, o esmalte. Os ácidos
removem os minerais desta camada, e a falta de tratamento pode resultar na cárie.
Diagnóstico
O seu dentista pode diagnosticar a cárie examinando o dente ou por meio de uma radiografia.
Prevenção
Existem diversas maneiras de ajudar a prevenir a cárie, incluindo:
Escovar e usar o fio dental diariamente - isso irá ajudar a reduzir a quantidade de placa (biofilme
dental) e bactérias em sua boca.
Comer alimentos açucarados ou ricos em amido com menos frequência ao longo do dia a fim de
ajudar a reduzir a quantidade de ácidos produzidos por bactérias da boca.
Usar creme dental com flúor, que reforça a estrutura dos dentes.
- CONCEITOS
Usar enxaguante bucal antibacteriano para reduzir os níveis de bactérias que causam cárie.
- DOENÇA
Tratamento
Em alguns casos, os dentistas podem aplicar selantes nos molares que apresentam os primeiros
sinais PERIONDONT
de cárie dentária, contanto que a desmineralização não tenha danificado o esmalte. Uma
vez que o esmalte for irreversivelmente comprometido, o dentista terá que restaurar o dente. Em
AL
casos mais graves, pode ser necessário um tratamento de canal.
Em crianças, tanto os molares dos dentes de leite (decíduos) como dos permanentes, podem ser
- CÁRIE
selados. A aplicação do verniz de flúor pode ser uma outra saída para protegê-los.
Complicações
- MAU HÁLITO
Caso seja deixada sem tratamento, a cárie fará com que a demineralização danifique
completamente o dente e o paciente pode até perder o dente. Caso essas bactérias se espalhem
- ESCOVAÇÃO
pela raiz do dente, o paciente pode desenvolver um abcesso dental.
Definição
A doença periodontal é uma doença que afeta desde a gengiva até o osso que envolve e suporta
o seu dente. Os três estágios da doença periodontal, que varia do menos ao mais grave, são
gengivite, periodontite e periodontite avançada.
Sinais e Sintomas
A doença periodontal nem sempre apresenta dor, por isso é importante estar ciente de qualquer
um dos sintomas abaixo:
Gengiva que sangra facilmente durante a escovação ou o uso de fio dental;
Gengiva inchada, vermelha ou dolorida;
Gengiva retraída;
Mau hálito persistente ou gosto ruim na boca;
Dente amolecido;
Próteses parciais que se desajustaram;
Pus visível em torno dos dentes e gengiva;
Dores agudas ao mastigar os alimentos;
Dentes excessivamente sensíveis à temperaturas frias ou quentes.
Causas
Bactérias da placa bacteriana(biofilme dental), uma película pegajosa e incolor formada sobre os
dentes, causam as doenças periodontais. Caso a placa não seja removida, ela pode endurecer e
se transformar em tártaro (cálculo dental), que por sua vez facilita o acúmulo de mais placa. A
escovação ou o uso do fio dental não remove o tártaro (cálculo dental); apenas um dentista
poderá faze-lo por meio de uma limpeza profissional (raspagem).
Diagnóstico
Caso não seja removida por meio de escovação ou pelo uso diário do fio dental, a placa (biofilme
dental) se transforma em tártaro (cálculo dental), que possui uma superfície áspera e retentiva
facilitando assim a retneção de mais placa. As bactérias dessas regiões podem infectar a gengiva
e dentes, induzindo a perda de osso. Existem três estágios da doença periodontal:
Gengivite - Esse é o primeiro estágio da doença. É a inflamação da gengiva, causada pela placa
bacteriana. Você poderá observar vermelhidão ou inchaço da gengiva ou até sangramento
durante a escovação ou uso do fio dental. Nesse primeiro estágio, a doença periodontal pode ser
revertida desde que o osso e os ligamentos periodontais que seguram o dente no lugar não
tenham sido afetados.
Periodontite - Nesse estágio, o osso de apoio e as fibras que seguram os dentes no lugar estão
irreversivelmente danificadas. A gengiva começa a formar uma bolsa embaixo da margem
gengival, que favorece o crescimento da placa. Um tratamento periodontal adequado e melhoria
da higiene bucal normalmente ajudam a evitar mais danos à gengiva, aos tecidos de suporte e ao
osso.
Periodontite avançada - Nesse estágio mais avançado da doença periodontal, as fibras e o osso
dos seus dentes estão sendo destruídos, e isso pode fazer com que o seu dente se movimente
ou fique mole. Isso pode afetar a sua mordida e a forma como você se alimenta ou se comunica.
Se o tratamento periodontal não puder salvá-los, os dentes deverão ter que ser extraídos.
Prevenção
Escovação e uso do fio dental adequado ajudam a prevenir a doença periodontal. O uso de
cremes dentais e enxaguantes bucais com agentes antibacterianos podem matar as bactérias e
diminuir a quantidade de placa em sua boca. Remover a placa bacteriana é a chave para prevenir
a doença periodontal e melhorar a saúde bucal.
Tratamento
Uma raspagem supragengival feita pelo seu dentista é a única forma de remover a placa que se
calcificou e se transformou em tártaro (cálculo dental).
Caso a doença periodontal esteja em um estágio mais avançado, raspagem e alisamento
radicular podem ser realizados para tratar as bolsas periodontais infectadas e a diminuir assim a
inflamação da gengiva. O dentista utiliza um dispositivo chamado ultrassom para remover a placa
bacteriana, o tártaro (cálculo dental) e restos de alimentos acima e abaixo da margem gengival,
ou optar pela raspagem manual, com instrumentos chamados curetas, para tornar as superfícies
dos dentes lisas. Se as bolsas periodontais tiverem mais de 5 milímetros de profundidade, ou
seja, se você tem periodontite moderada a severa, uma cirurgia periodontal poderá ser realizada
por um periodontista a fim de reduzir as bolsas, bem como enxerto ósseo para restaurar o osso
perdido.
Espelho Clínico
Pinça Clínica
-
INSTRUMENTO
S MANUAIS
-
Sonda exploradora dupla
INSTRUMENTO
S PARA
RESTAURAÇÃ
O EM
AMÁLGAMA
Espátula de inserção n°1
-
INSTRMENTOS
CORTANTES
Escavadores de dentina ou curetas
Vista da ponta ativa
Condensadores de Ward
3S
Esculpidores de Hollenback
Esculpidores de Frahn
Perfurador de Ainsworth
Pinça de Palmer
Porta Amálgama
Porta matriz tipo Tofflemire (A fenda apontada pela seta e o longo eixo do
instrumento devem formar um ângulo de 90°)
24 A
22
329 330
1031 2137
Pontas diamantadas douradas para acabamento de resina composta
Instrumentos diversos
Escova de Robinson
Taça de borracha Cone de Borracha
cônica
Kit de borrachas abrasivas para polimento de resina composta
Figura 5.5 - A - o ângulo é muito grande, o que resulta em pequena eficiência de corte. B - o
ângulo está correto. C - o ângulo é muito agudo, o que pode resultar num embotamento
prematuro pelo amassamento do fio de corte da lâmina.
Os instrumentos que apresentam lâminas curvas, como os esculpidores
de Hollemback ou o cleóide devem ser afiados girando-se a mão em arco, de
forma a rodar a lâmina sobre a pedra, ao mesmo tempo em que se faz o
movimento do instrumento sobre ela, conforme mostrado na Figura 5.6
FÍSICOS
das faculdades para as medidas profiláticas em relação aos males da coluna.
Se por um lado a tecnologia ergonômica vem em socorro da profissão, por outro
APROPRIADO
há exagero nas horas de trabalho despendidas no consultório.
S Acrescenta-se a isso a predisposição idiopática de cada um a certos tipos de
degenerações esqueléticas, como as espondiloses e flacidez dos anéis
intervertebrais, que inexoravelmente comprometem a coluna de todos os
indivíduos, para uns mais cedo, para outros mais tarde e para outros poucos
favorecidos nunca chegam a se manifestar, pelo menos durante o
período
produtivo do exercício de sua profissão. Segundo Mendes & Gomez-Conesa
(2001), a informação adequada sobre o arranjo adequado do equipamento e
adequada postura no trabalho, bem como a prática clínica usando estas
posturas, podem reduzir o risco de desenvolvimento dos sintomas
musculoesqueletais. Para Melis et al. (2004), existe uma necessidade crítica de
inserir os tópicos de ergonomia no sistema educacional e mudar a forma como
a odontologia é praticada para prevenir os riscos aos profissionais.
É importante adaptar o meio de trabalho do operador, ao invés do
operador ter que se adaptar ao meio fixo. Este conceito requer que o dentista
assuma uma condição favorável sentada e então arranje o paciente, assistente
e equipamento em relação àquela posição. Esta condição de trabalho é
chamada “postura balanceada” (Chasteen, 1989). Ela não visa fazer com que o
operador sente-se semelhante a uma estátua, mas estabelecer uma série de
regras que ajudem-no a obter conforto enquanto trabalha. Os especialistas
concordam quando se afirma que a mudança freqüente de posição, para
aqueles que trabalham sentados, é a chave para se evitar ou prevenir
distúrbios da coluna.
Os movimentos executados pelo cirurgião-dentista podem ser divididos em
cinco classes:
Movimento 1 - Movimento de dedos. Ex.: Preparo de canal;
Movimento 2 - Movimento de punhos. Ex.: Preparo cavitário;
Movimento 3 - Movimento de dedos, punhos e cotovelos (antebraço). É
importante que ele ocorra dentro do espaço ideal de pega. Ex.: Pegar a
caneta de alta rotação no equipo.
Movimento 4 - Movimentos de todo o braço. Espaço máximo de pega. Ex.:
Abrir a gaveta de um armário auxiliar quando ela está ligeiramente além do
círculo funcional de trabalho.
Movimento 5 - Torções do corpo e deslocamento. Ex. Pegar o sugador por
cima do paciente, do lado da assistente.
Na Figura 6.1 temos uma representação das áreas de trabalho e linhas de
pega.
Figura 6.8 - Relação entre a inclinação da cabeça e a abertura das vias digestiva e
respiratória. A - sentado - Vias abertas; B - Deitado - Vias fechadas.
B
A
Figura 6.14 - Típica postura sentada, de pernas abertas como se estivesse montando a cavalo.
As suas pernas deverão estar sincronizadas com as do CD, para que não
haja problemas de movimentação (Figura 6.18).
Figura 6.21 - Adequada relação vertical entre o CD e a assistente para melhorar a visibilidade.
B) ARCADA SUPERIOR
Figura 7.8 - Apoio nos dentes adjacentes da mesma arcada do lado direito.
No lado esquerdo, uso do espelho clínico melhora a iluminação do local de
trabalho e possibilita a visão indireta, além de propiciar o afastamento da
musculatura jugal. O ponto de apoio é realizado na mesma arcada, no lado
oposto (Figura 7.9).
Branqueamento Dental
A busca pela estética é um fator de muita influência sobre o comportamento das pessoas nos
dias de hoje.
Seja nos grandes centros urbanos ou nas pequenas cidades, é cada vez mais comum observar-
se academias e clínicas de estética cada vez mais lotadas.
Dentro deste contexto, é natural que a odontologia esteja preparada para atender aos desejos
estéticos da população em geral.
Técnicas restauradoras e protéticas mais modernas visam, além da reabilitação da função
mastigatória, a recuperação do fator estético.
Nessa perspectiva, o branqueamento dental se torna um importante instrumento a fim de
proporcionar a satisfação do paciente em seu tratamento.
Por que realizar esse tratamento?
O clareamento dental visa a recuperação da cor original dos dentes, perdida em algum momento
durante a vida em decorrência de vários fatores. Serve também simplesmente para promover um
branqueamento dos dentes originalmente mais escurecidos.
A utilização de agentes clareadores nos dentes já ultrapassa um século, e com o
desenvolvimento de novos materiais, tem se mostrado um meio cada vez mais eficaz e seguro de
se obter uma estética dental satisfatória.
Como será feito o tratamento?
Existem basicamente dois tipos de clareamento dental:
Clareamento Caseiro: a maior parte do tratamento é realizada pelo próprio paciente, o qual
utiliza o agente químico dentro de uma moldeira adaptável aos dentes. Estes materiais são
fornecidos pelo cirurgião-dentista, que irá supervisionar o tratamento através de visitas periódicas
do paciente ao consultório.
Clareamento realizado no consultório: o dentista irá aplicar sobre os dentes um agente
químico oxidante bem mais potente. Durante a aplicação, a gengiva, lábios e bochechas são
protegidos de forma que o clareador não provoque queimaduras. Sobre o clareador é aplicada
uma fonte de energia ativadora que pode ser luz halógena ou determinados tipos de laser que
irão promover uma intensificação do clareamento. Dessa forma, o clareamento é realizado em
apenas uma sessão.
Implantes
São cilindros metálicos (titânio), instalados nos ossos maxilares com a finalidade de substituir
raízes de dentes ausentes. Além de resolver efetivamente a questão estética, o implante funciona
como dentes naturais, tanto na visibilidade como no aspecto mastigatório.
Por que realizar esse tratamento?
Para quem usa pontes móveis parciais, o implante pode ser usado para fazer uma prótese fixa.
O implante pode ser utilizado ainda para pacientes que usam dentaduras. Nesse caso, o objetivo
é melhorar a estabilidade da prótese.
Após a colocação dos implantes, a pessoa pode levar uma vida normal como as que têm dentes
naturais, fora isso, é necessário manter uma boa higienização para não desenvolver doenças ao
redor dos implantes.
Não existe limite de idade: a partir da puberdade, qualquer pessoa pode receber implantes.
Como será feito o tratamento?
O protocolo de um sistema de implante envolve duas etapas distintas:
A primeira é a cirúrgica, onde é colocado o implante no osso.
A segunda é a etapa protética, momento em que é confeccionada uma prótese sobre o implante
dentário.
Etapa cirúrgica: consiste na instalação dos implantes nos ossos maxilares. É indolor tanto no ato
cirúrgico como no pós-operatório. Durante um período necessário de espera (6 meses), teremos
a osteointegração (conexão rígida entre o tecido ósseo íntegro vivo e a superfície do implante),
onde os implantes permanecem sepultos (dentro do osso) protegidos de cargas ou
movimentações.
Restaurações
A restauração é uma forma de fazer com que o dente afetado pela cárie volte à sua forma e sua
função normal. O dentista remove a parte do dente que esta deteriorada, limpa a área atingida e
preenche a cavidade com material de restauração, que podem ser ouro, porcelana, resina
composta (restauração da cor do dente) e amálgama (uma liga de mercúrio, prata, cobre, estanho
e algumas vezes zinco).
Aplicação de Flúor
Processo recomendado para crianças.
A aplicação de flúor é uma técnica simples com a aplicação da substância com um pincel próprio
e não há risco nenhum de a criança engoli-la.
Com a erupção do primeiro dente, já se deve iniciar esse cuidado, pois o flúor ajuda no
amadurecimento dental.
A aplicação de flúor deve ser repetida a cada seis meses, até os 3 anos de idade.
Endodontia
Especialidade odontológica popularmente conhecida como "tratamento de canal", responsável
pela prevenção e tratamento das doenças da polpa do dente.
A endodontia também atua no tratamento clinicoterápico dos casos de necrose pulpar e suas
possíveis consequências, como abscessos, cistos de pequeno e médio porte, dentre outros.
O tratamento de canal consiste na remoção da polpa dental, uma estrutura viva que contém,
entre outros elementos, nervos e vasos sanguíneos.
Bruxismo
É um ranger ou um forte apertar dos dentes. O bruxismo pode fazer os dentes ficarem doloridos
ou soltos, e, às vezes, partes dos dentes são literalmente desgastados.
O bruxismo pode acarretar na destruição do osso circunvizinho e do tecido da gengiva, além de
levar a problemas que envolvam a articulação da mandíbula, como síndrome da articulação
temporomandibular (ATM).
O uso de um dispositivo personalizado para dormir é um dos tipos de tratamento. O dispositivo
encaixa-se sobre os dentes superiores e os protege de se triturarem com os dentes inferiores.
Apesar de o dispositivo ser uma boa maneira para lidar com bruxismo, ele não é uma cura. Por
isso, cada caso deve ser tratado com exclusividade.
Cirurgia Oral
Especialidade odontológica responsável pelo tratamento de problemas relacionados aos dentes e
ossos da região da face.
Trata desde a remoção de dentes inclusos (como o siso), até a realização de enxertos ósseos e
posterior colocação de implantes, além de intervenções em alterações patológicas (como
tumores), malformações estruturais e traumas dos ossos da face.
Selante
Aplicação é feita para agir como uma barreira, uma película protetora que, facilitando a limpeza
dos restos alimentares e o controle da placa bacteriana, reduz o risco de essas superfícies
cariarem-se.
Os dentes posteriores, os quais usamos para triturar os alimentos, contêm fissuras e fóssulas
onde os restos alimentares e a placa bacteriana ficam retidos e se acumulam e onde as cerdas
das escovas não conseguem limpar. Dessa forma, o selante protege o dente e diminui o risco de
cárie.
Recomendados para todas as crianças, e também jovens e adultos que apresentem riscos de
cáries. O procedimento leva cerca de poucos minutos para um dente ser selado.
Periodontia
Especialidade odontológica responsável pela prevenção e tratamento das doenças que
acometem os tecidos de sustentação e proteção dos dentes (tratamento da gengiva e do osso).
O que é Doença Periodontal?
Infecção causada por bactérias que afeta os tecidos que rodeiam os dentes; caracteriza-se pela
formação de um espaço indesejável entre a gengiva e o dente, chamado de bolsa periodontal, a
qual favorece o acúmulo de resíduos alimentares e bactérias.
A Doença Periodontal é a principal causadora da perda de dentes em adultos. A sua prevenção
pode ser feita unicamente removendo a placa bacteriana através de limpeza bucal doméstica com
fio dental e escova, mais limpezas periódicas feitas pelo dentista.
O sinal mais característico da Doença Periodontal é o sangramento, mas devemos estar atentos
também para: alterações na posição dos dentes, mobilidade, retrações gengivais, retenções de
alimento, inchaço etc.
Como será feito o tratamento?
É feito com a remoção da placa bacteriana aderida através de raspagem e alisamento das raízes
dos dentes. Quando os instrumentos de raspagem não atingem toda área da raiz comprometida,
as cirurgias são indicadas; para facilitar o acesso.
A Doença Periodontal pode deixar como sequelas alterações estética como: deslocamento na
posição do dente, retração gengival com consequente aumento no comprimento do dente, que
através de procedimentos cirúrgicos e protéticos podem minimizar esses defeitos.
Cirurgia Oral
Essa é a especialidade odontológica responsável pelo tratamento de problemas relacionados aos
dentes e ossos da região da face, que vai desde a remoção de dentes inclusos (como o siso), até
a realização de enxertos ósseos e posterior colocação de implantes, além de intervenções em
alterações patológicas, malformações estruturais e traumas dos ossos da face
Tipos de cirurgias
Traumatologia: politraumatismo de face. Utilizam-se fixações internas rígidas com placas e
parafusos nos ossos para fraturas nos ossos da face. Responsável pela avaliação e correção das
injúrias cometidas na face é a cirurgia e traumatologia oral e maxilofacial.
Etiologia do trauma: sua extensão e severidade variam muito, levando-se em conta a idade e as
condições gerais de saúde do paciente. Normalmente, traumas automobilísticos respondem pelos
episódios de maior gravidade e podem envolver maior complexidade, mas outras injúrias podem
advir da prática de esportes radicais, lutas de contato, perfurações por arma de fogo e quedas de
própria altura naqueles pacientes com dificuldade de locomoção e estabilidade postural.
Cirurgia oral menor: remoção dentes inclusos, apicectomias, frenectomias e exodontias.
Implantodontia: planejamento e colocação de implantes nos ossos, os quais substituirão o lugar
dos dentes perdido.
ATM: cirurgia de acesso para tratamento de patologias na articulação e exames para o
diagnóstico de lesões como artroscopia de ATM (articulação têmporo mandibular).
Patologia Cirúrgica: remoção de lesões. RX mostrando extensa lesão de aspecto cístico na
mandíbula, do lado direito. O tratamento foi conservador, fazendo-se a marsupialização da lesão
ao invés de sua enucleação.
Cirurgia Pré-Protética: retirada de fragmentos do osso ilíaco para enxerto nos maxilares,
visando aumentar o rebordo alveolar, que poderá, então, suportar uma futura prótese sobre
implantes ou repor osso em grandes fraturas.