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Plantas

Medicinaise
Dra. Diana Fitoterapia
Lourenço
PlantasMedic
inaiseFitoter
apia


AULA
Conceitosgeraisem fitoterapia:
Utilizaçãodasplantas medicinaispeloHomem aolongodotempo
Asplantas medicinaisnosdiasdehoje
Noçõesdeetnobotânicaedeetnofarmacologia
Enquadramentolegaleregulamentaçãodafitoterapiaedosprodutosàbasedeplantas

Conceitosem Fitoterapia
AFitoterapia

É o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na prevenção


e/ou cura das doenças.

Já o ministério da saúde (2006) define a fitoterapia como a


terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas
diferentes formas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas,
ainda que de origem vegetal.

A prática da Fitoterapia tem uma longa história que remonta a


milhares de anos e é uma das formas mais antigas de
medicina.

AFitoterapia

A história da Fitoterapia remonta a tempos pré-históricos, quando


nossos ancestrais descobriram que certas plantas podiam ser usadas
para aliviar dores, tratar feridas e doenças.

Na China antiga, por exemplo, os curandeiros usavam plantas como


a gengibre, a curcuma e a camomila para tratar uma variedade de
doenças.
AFitoterapia

A Grécia antiga também contribuiu muito para o desenvolvimento da


Fitoterapia.

Hipócrates, o pai da medicina ocidental, usou plantas e ervas


para tratar seus pacientes e escreveu extensivamente sobre os
benefícios medicinais das plantas. Ele acreditava que a natureza
tinha a capacidade de curar a si mesma e que as plantas eram um
componente crucial da cura.

AFitoterapia

Durante a Idade Média, a Fitoterapia tornou-se mais sistemática, com


a criação de jardins de ervas para o cultivo de plantas medicinais.

Os monges, em particular, foram pioneiros na criação de jardins de


ervas e no estudo das propriedades medicinais das plantas.

A obra "Herbário" de Hildegard von Bingen, uma abadessa alemã, é


um dos exemplos mais famosos de literatura sobre plantas
medicinais da época.

AFitoterapia

Alguns exemplos de plantas medicinais utilizadas na época


medieval:

A SÁLVIA era usada para tratar muitas condições de saúde na época


medieval, incluindo dores de cabeça, inflamações, problemas
digestivos e até mesmo a praga. Era comum fazer chás ou infusões
de sálvia para beber, ou aplicar uma pasta feita de folhas de sálvia
diretamente na pele.

AFitoterapia

A CAMOMILA era frequentemente usada na época medieval para


tratar ansiedade, insônia e outras condições nervosas. Também
era comum usar camomila para tratar problemas digestivos, como
dor de estômago e diarreia. A camomila era geralmente tomada em
forma de chá ou infusão.

A ARNICA era usada na época medieval para tratar uma variedade


de condições, incluindo dores musculares e articulares, contusões
e inflamações. A arnica era frequentemente aplicada diretamente na
pele como um óleo ou pomada.

AFitoterapia

No século XIX, a Fitoterapia tornou-se mais científica, com a descoberta de


muitos dos compostos químicos presentes nas plantas.

O Quinquino, por exemplo, foi isolado a partir da casca da árvore da


cinchona e tornou-se um tratamento importante para a malária. O quinino é
um alcalóide que tem propriedades antipiréticas, analgésicas e antimaláricas.

A Morfina é um analgésico opióide encontrado na papoila do ópio. Foi


descoberta no século XIX e rapidamente se tornou um dos analgésicos mais
populares da época. A morfina é altamente eficaz no alívio da dor, mas
também pode ser altamente viciante e tem um potencial para o abuso.

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A Aspirina é um composto químico derivado do ácido salicílico encontrado na


casca do salgueiro Foi descoberta no século XIX e tornou-se um dos
medicamentos mais populares do mundo.

A aspirina é um anti-inflamatório não esteroide (AINE) que tem


propriedades analgésicas, antipiréticas e antiplaquetárias. É usado para
aliviar a dor, baixar a temperatura corporal, reduzir a inflamação e prevenir
ataques cardíacos e derrames (dependendo da dosagem).

AFitoterapia

Hoje, a Fitoterapia continua a ser uma forma popular de medicina


"alternativa" em todo o mundo.

A pesquisa cientifica está a descobrir cada vez mais sobre os


benefícios medicinais das plantas e muitos tratamentos baseados em
plantas estão a ser desenvolvidos para tratar uma variedade de
doenças, desde a ansiedade ao cancro.

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AFitoterapia

Famílias botânicas mais comuns de plantas medicinais e alguns


exemplos de plantas medicinais que pertencem a cada uma delas:Apiaceae
- salsinha (Petroselinum crispum), funcho (Foeniculum vulgare) Asteraceae -
camomila (Matricaria chamomilla), calêndula (Calendula officinalis)
Fabaceae - alfafa (Medicago sativa), fava (Vicia faba)
Lamiaceae - hortelã-pimenta (Mentha x piperita), manjericão (Ocimum
basilicum)
Malvaceae - malva (Malva sylvestris), hibisco (Hibiscus sabdariffa)
Rosaceae - rosa (Rosa spp.), amora (Rubus fruticosus)
Solanaceae - tomate (Solanum lycopersicum), batata (Solanum
tuberosum)

Zingiberaceae - gengibre (Zingiber officinale), cúrcuma (Curcuma longa)


Asplantasmedicinaisnosdiasdehoje
Definição de Etnobotânica

É o estudo das relações entre as plantas e as pessoas, em particular as


sociedades humanas e suas culturas.
Centra-se na forma como as pessoas usam plantas para diversos fins,
como medicamentos, alimentos, materiais de construção, religião e
cerimônias, e como essas práticas variam entre as diferentes culturas e
regiões do mundo.
Combina elementos da botânica, da antropologia, da ecologia e da
história, e tem aplicações importantes na conservação de espécies
vegetais e na busca de novos compostos medicinais e terapêuticos.

Asplantasmedicinaisnosdiasdehoj

eDefinição de Etnofarmacologia

É o estudo das práticas tradicionais de uso de plantas medicinais e seus


derivados em diferentes culturas e sociedades, com o objetivo de
descobrir novos medicamentos e terapias para tratar doenças. A
etnofarmacologia ajuda a identificar compostos bioativos em plantas,
que podem ser utilizados para desenvolver novos medicamentos e
tratamentos, bem como para entender os mecanismos pelos quais as
plantas agem sobre o corpo humano.
Além disso, a etnofarmacologia ajuda a preservar a sabedoria tradicional e
a cultura das comunidades que utilizam essas plantas medicinais, ao
mesmo tempo em que promove a busca por novos tratamentos e soluções

para doenças e problemas de saúde.


Asplantasmedicinaisnosdiasdehoje
Enquadramento legal e regulamentação de fitoterapia e dos produtos à
base de plantas em Portugal

Lei n.º 67/98

Esta lei estabelece as regras para a produção e comercialização de


produtos fitofarmacêuticos em Portugal.
O objetivo desta lei é garantir a proteção da saúde pública e do meio
ambiente, assegurando que os produtos fitofarmacêuticos comercializados
em Portugal sejam seguros, eficazes e produzidos de acordo com as
normas estabelecidas na legislação nacional e europeia. As empresas que
produzem e comercializam esses produtos devem registar-se no ICNF e

cumprir com os requisitos estabelecidos na lei.


Asplantasmedicinaisnosdiasdehoje
Enquadramento legal e regulamentação de fitoterapia e dos produtos à
base de plantas em Portugal

Portaria n.º 348/96

Esta portaria estabelece as normas de rotulagem e embalagem dos


medicamentos homeopáticos, fitoterápicos e antroposóficos comercializados
em Portugal.
O objetivo desta portaria é garantir que os consumidores tenham acesso a
informações claras e precisas sobre os produtos que estão a adquirir e a
utilizar.
Os rótulos devem conter informações sobre a composição, posologia,
indicações terapêuticas, contraindicações, efeitos secundários, entre
outras informaões imortantes.
Asplantasmedicinaisnosdiasdehoje
Enquadramento legal e regulamentação de fitoterapia e dos produtos à
base de plantas em Portugal

Decreto-Lei n.º 324/2007

Este decreto-lei estabelece o regime jurídico aplicável à utilização de


plantas e suas partes, exceto as sementes, para a produção de
medicamentos, dispositivos médicos e cosméticos.
O objetivo deste decreto-lei é garantir a qualidade, segurança e eficácia
dos produtos produzidos a partir de plantas medicinais, protegendo a
saúde pública e o meio ambiente.
As empresas que produzem esses produtos devem cumprir com os

requisitos estabelecidos na legislação nacional e europeia.


Asplantasmedicinaisnosdiasdehoje
Enquadramento legal e regulamentação de fitoterapia e dos produtos à
base de plantas em Portugal

Decreto-Lei n.º 103/2010

Este decreto-lei estabelece as regras para a produção, importação e


comercialização de sementes de plantas medicinais, aromáticas e
condimentares.
O objetivo deste decreto-lei é garantir a qualidade das sementes
comercializadas em Portugal, assegurando que sejam produzidas e
comercializadas de acordo com as normas estabelecidas na legislação
nacional e europeia.

Asplantasmedicinaisnosdiasdehoje
Enquadramento legal e regulamentação de fitoterapia e dos produtos à
base de plantas em Portugal

Decreto-Lei n.º 8/2010

Este decreto-lei regula a utilização de plantas ou partes de plantas na


elaboração de géneros alimentícios e de suplementos alimentares em
Portugal.
Estabelece as condições de segurança e qualidade que devem ser
cumpridas pelos produtores e fabricantes destes produtos, garantindo a
proteção da saúde pública.
prevê ainda a criação de uma lista de plantas permitidas na alimentação e de uma lista de
plantas proibidas ou sujeitas a restrições, bem como a obrigatoriedade de
identificação e rotulagem adequada dos produtos que contenham plantas ou partes
de plantas.
Asplantasmedicinaisnosdiasdehoje
Enquadramento legal e regulamentação de fitoterapia e dos produtos à
base de plantas em Portugal

Diretiva 2004/24/CE do Parlamento Europeu e do Conselho: estabelece


regras para a fabricação, comercialização e utilização desses produtos.
Decreto-Lei n.º 176/2006: estabelece as regras para a comercialização
de medicamentos tradicionais à base de plantas e dos produtos à base
de plantas.

Asplantasmedicinaisnosdiasdehoje

Enquadramento legal e regulamentação de fitoterapia e dos produtos à


base de plantas em Portugal

O Instituto Nacional de Farmácia e do Medicamento (INFARMED) é a


autoridade responsável pela autorização de comercialização de
medicamentos e produtos à base de plantas, em Portugal. Para obter a
autorização de comercialização, os produtos devem cumprir com os
requisitos de qualidade, segurança e eficácia estabelecidos pela
legislação nacional e europeia.
A Lei n.º 45/2003 estabelece as regras para o exercício da medicina não
convencional, incluindo a fitoterapia, e define as condições para o exercício
desta prática, tais como a formação e a regulação das associações

profissionais.
AFitoterapia

Conceitos - Droga

Droga, no contexto fitoterápico, refere-se a qualquer parte de uma planta


que é utilizada com fins terapêuticos, como as folhas, flores, frutos,
raízes, cascas e sementes. (A fitoterapia é baseada no uso de plantas e
suas partes como uma forma de medicina natural.)
Essas partes da planta são geralmente secas e processadas antes de
serem utilizadas na preparação de remédios fitoterápicos. É importante
notar que, no contexto fitoterápico, o termo "droga" não tem o mesmo
significado que no contexto farmacêutico, onde é utilizado para se
referir as substâncias químicas com propriedades medicinais, muitas
vezes sintetizadas em laboratórios.

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Conceitos - Fármaco Vegetal

Fármaco vegetal, no contexto fitoterápico, é um medicamento preparado a


partir de uma ou várias plantas, ou de suas partes, que possuem
propriedades terapêuticas comprovadas e utilizadas para o tratamento de
diversas condições de saúde.

Essas plantas são selecionadas com base na sua composição química e


propriedades medicinais, e geralmente passam por um processo de
secagem e processamento para garantir a sua qualidade e eficácia na
preparação do medicamento fitoterápico.

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Conceitos - Fármaco Vegetal

Os fármacos vegetais podem ser utilizados isoladamente ou em combinação


com outras plantas, visando potencializar suas ações terapêuticas.

Diferentemente dos medicamentos sintéticos, os fármacos vegetais são


produzidos a partir de ingredientes naturais, o que os torna uma opção mais
segura e com menos efeitos secundários.

É importante ressaltar que os fármacos vegetais devem ser utilizados com


orientação de um profissional habilitado em fitoterapia, pois cada planta tem
suas próprias características e propriedades medicinais, e podem interagir

com outros medicamentos e substâncias.


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Conceitos - Planta Medicinal

É uma planta ou parte de uma planta que contém substâncias químicas com
propriedades terapêuticas comprovadas ou potenciais, e que é utilizada para
prevenir, tratar ou aliviar sintomas de doenças.
Essas plantas contêm uma variedade de compostos químicos, como
alcalóides, flavonóides, terpenóides, entre outros, que podem ter atividades
farmacológicas específicas.
As plantas medicinais são utilizadas na medicina tradicional em muitas
partes do mundo, e têm sido objeto de estudo científico para avaliar suas
propriedades terapêuticas e segurança.
No entanto, é importante notar que nem todas as plantas são seguras para
consumo humano, e algumas podem ter efeitos colaterais ou
interagir com outros medicamentos.
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Conceitos - Medicamento à base de plantas
Um medicamento à base de plantas é um produto medicinal que contém
como ingrediente ativo uma ou mais substâncias vegetais ou preparações
de plantas, ou uma combinação desses ingredientes.

Esses medicamentos podem ser utilizados para tratar, prevenir ou aliviar


sintomas de diversas doenças e condições de saúde.

Os medicamentos à base de plantas podem ser produzidos a partir de


diferentes partes de plantas, incluindo folhas, flores, raízes, frutos e sementes,

e podem ser administrados por via oral, tópica ou inalatória.

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