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06/11/2014
Associação ipês -psam
CRISTIANO MARCOS BARBOSA E MARIA APARECIDA DOS SANTOS BARBOSA
ASSOCIAÇÃO IPÊS PSAM- PROJETO
SEMENTE 3 AÇÃO MULHER
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AGRADECIMENTO
INTRODUÇÃO A FITOTERAPIA
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este curso. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a
autorização expressa da Associação Ipês -Psam. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 FITOTERAPIA
4 BIODIVERSIDADE E FITOTERÁPICOS
5.4 ESTABILIZAÇÃO
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5.8 ANÁLISE SENSORIAL OU ORGANOLÉPTICA
QUÍMICOS
1 INTRODUÇÃO
bilhões/ano, sendo que mais de 13.000 plantas são mundialmente usadas como
fármacos ou fonte desses. Estima-se que, no Brasil, 20% da população consumam 63% dos
medicamentos industrializados, e que o restante, ou seja, 80% encontram nos produtos de
origem natural, especialmente nas plantas medicinais, a única fonte de recurso terapêutico.
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envolvendo os estudos químicos e farmacológicos de plantas medicinais visando a obter novos
compostos com propriedades terapêuticas.
2 FITOTERAPIA
A Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que 80% da população mundial fazem
algum uso de erva para alívio de sintomas dolorosos ou desagradáveis. Em todo o país e no
mundo cresce o número de programas de fitoterapia apoiado pelo serviço público de saúde. A
formação de equipes multidisciplinares responsáveis pelo atendimento fitoterápico, com
profissionais capacitados para o cultivo de plantas medicinais, produção de fitoterápicos, de
diagnóstico e de recomendação destes produtos têm se formado.
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Teofrasto, botânico grego trouxe ao período de 370-286 a.C. a sistematização do
conhecimento de plantas medicinais no Tratado de Odores, que cita propriedades medicinais,
preparações e usos. Galeno, o mais importante médico da Antiguidade, recolheu e relacionou
na época de 131-201 d.C. aproximadamente 473 produtos de origem vegetal e enriqueceu o
arsenal terapêutico da época. Junto a Galeno, o romano Celso contribuiu para o surgimento
das raízes da homeopatia exercendo influência por anos. O termo farmácia galênica foi dado
às plantas usadas com solventes (ex. álcool, água, vinagre) para concentrar e conservar os
componentes ativos das plantas, sendo utilizadas para preparar emplastos, unguentos e outras
formas galênicas.
com seus estudos da flora medicinal brasileira e introduziu a farmacognosia no país, incluindo
mais de 280 monografias de plantas.
Nos últimos 50 anos, com o avanço dos métodos analíticos, os conhecimentos sobre
plantas medicinais foram consideravelmente aumentados, permitindo uma melhor descrição
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da composição química das plantas utilizadas na medicina popular. Consequentemente, um
maior controle da qualidade das espécies vegetais utilizadas na terapêutica foi destacado,
assim como os métodos de obtenção, cultivo, preparo, armazenamento e isolamento dos
compostos ativos.
Atualmente, o estudo das plantas está bem difundido, principalmente nas escolas de
Farmácia em todo o país, fazendo crescer o interesse em pesquisa e atuação dos profissionais
de saúde na utilização e na orientação à população de espécies vegetais utilizadas na
terapêutica.
Droga Vegetal - é a planta ou suas partes que, após processo de coleta, secagem,
estabilização e conservação, justificam seu emprego na preparação de medicamento (SVS/MS,
1995);
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Preparado Fitoterápico Intermediário - produto vegetal triturado, pulverizado, rasurado,
extrato, tintura, óleo fixo ou volátil, cera, suco e outros, obtido de plantas frescas e de drogas
vegetais, por meio de operações de fracionamento, extração, purificação ou concentração
utilizado na preparação de produto fitoterápico; Medicamento Fitoterápico Magistral – aquele
preparado atendendo a uma prescrição médica que estabelece sua composição, forma
farmacêutica, posologia e modo de usar. Devem ser compostos exclusivamente por matéria-
prima vegetal, sem adição de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal;
Medicamento Fitoterápico Oficinal – aquele preparado atendendo a uma prescrição, cuja
fórmula esteja na Farmacopeia Brasileira ou compêndios ou Formulários reconhecidos
oficialmente. Devem ser compostos exclusivamente por matéria-prima vegetal, sem adição de
substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal;
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Farmacopeia – é o Código Oficial do País que estabelece os requisitos mínimos de
qualidade para os fármacos, insumos, drogas vegetais, medicamentos e produtos para a
saúde. É elaborada em parceria com universidades credenciadas e homologada pela Comissão
da Farmacopeia e pela agência de vigilância sanitária. A Farmacopeia Brasileira está em sua 4ª
edição sendo uma entidade que faz parte da ANVISA.
4 BIODIVERSIDADE E FITOTERÁPICOS
fármacos aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), 137 eram produtos
naturais e seus derivados. No mesmo período, 61% dos fármacos antituorais eram derivados
de produtos naturais.
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Esse vertiginoso crescimento dos produtos fitoterápicos leva a preocupação em
estabelecer políticas e programas de conservação da diversidade biológica.
conhecido como bioprospecção não deve ser confundida com o que os cientistas e
ambientalistas chamam de biopirataria. Não há uma definição clara de biopirataria, mas essa
prática pode ser entendida como uma exploração de recursos genéticos e posse de patente
dos resultados desta exploração, assim como a venda destes produtos por preços excessivos
por empresas multinacionais de países desenvolvidos. A falta de políticas de proteção,
pesquisa e aproveitamento econômico seriam medidas para controle desta ilegalidade. Um
exemplo disso foi a patente de extratos de espinheira-santa ( Maytenus ilicifolia) concedida em
1997 a uma empresa japonesa; o chá desta planta é utilizado na medicina popular,
principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil para tratar problemas estomacais. Em 1999,
uma parceria de uma universidade brasileira com um laboratório farmacêutico que
desenvolviam pesquisas com espinheira-santa se surpreendeu ao solicitar a patente e serem
notificados da posse pelos japoneses.
Considerando o valor das plantas medicinais não apenas na terapêutica, mas também
como recursos econômicos, tendo em vista a crescente utilização de fitoterápicos, a obtenção
dos derivados vegetais requer um desenvolvido conjunto de técnicas que garanta a produção,
quantidade e qualidade da matéria-prima vegetal. Para isso, as ações necessárias para
transformar uma planta medicinal em droga vegetal consistem em aperfeiçoar as condições de
cultivo, controle de pragas, colheita na fase e época ideal, seleção e padronização das plantas
colhidas, desinfecção das partes vegetais, estabilização e secagem, divisão, controle de
qualidade, exame botânico e análises por testes químicos e físicos.
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Duas técnicas empregadas na obtenção de matéria-prima vegetal são utilizadas
historicamente: cultivo e extrativismo. O cultivo de plantas medicinais envolve a domesticação
da espécie e a necessidade de alteração da paisagem.
Plantas de dias curtos – floração da espécie ocorre depois de certo número de noites
mais compridas do que o normal, plantas de origem tropical geralmente florescem ao final da
estação chuvosa e suas sementes germinam ainda no período chuvoso;
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Plantas indiferentes – plantas que produzem seus órgãos de reprodução em qualquer
época do ano, independente da duração dos dias;
Solo de pH ácido, como os solos brasileiros, requer correção desta acidez para o
cultivo, fazendo-se necessário o uso de calcário, que também serve de nutriente para o
vegetal. Caso a análise do solo aponte baixos teores de nutrientes, essa deficiência deve ser
corrigida com auxílio de adubação. Para a grande maioria do AN0
cultivo de plantas medicinais a adubação orgânica por meio da adubação verde (correção da
acidez do solo, restaurado física e biologicamente o solo) e da adubação orgânica (libera de
forma lenta e gradual os nutrientes para as plantas), algumas espécies apresentam produção
potencial de determinado (s) princípio (s) ativo (s) quando submetida a estresse, como
reduzida disponibilidade de nutrientes no solo, já que se trata de um metabólito secundário
formado quando o vegetal passa por condições de adaptações, condições adversas e
mecanismos de defesa.
A estruturação física do solo, quanto ao seu aspecto arenoso ou argiloso deve ser
observado, evitando-se perigos de erosão e má utilização da área de plantio. O tamanho das
partículas do solo interfere com que ele retenha ou não maior umidade. Cada planta
medicinal, particularmente, prefere solos de secos a alagados.
A poda da planta se faz necessária para muitas espécies, tanto para a retirada dos
ramos secos e doentes quanto para formação de copa ou orientação dos ramos. A poda
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drástica é pouco recomendável já que prejudica o vegetal quanto ao fornecimento de
nutrientes necessários para o seu desenvolvimento.
necessário. Algumas técnicas como manejo adequado do solo, rotação de culturas e uso de
materiais de propagação sadios são práticas culturais de cultivo. Para controle específico de
pragas e doenças podem ser realizados métodos de catação manual de insetos, eliminação de
plantas ou galhos doentes, aplicação do macerado de fumo, da solução de água e sabão, do
extrato de alho e pimenta e de biofertilizantes. As próprias espécies vegetais podem ser úteis
neste controle; o suco de flores de camomila ( Chamomilla recutita (L.) R.) pode ser utilizado
no controle de fungos causadores de tombamento de plântulas em viveiros.
A colheita é a etapa final no campo e deve ser rodeada de atenção. O teor de princípio
ativo de uma planta pode variar de acordo com o meio que a cerca, de órgão para órgão, com
a idade, com a época da colheita e mesmo com o período do dia no qual é realizada. O
momento da colheita deve ser aquele em que há o máximo de síntese do princípio ativo
desejado. Os aspectos, os caracteres organolépticos e a qualidade das substâncias dependem
de como se efetua colheita.
O melhor período para realizar a colheita é pela manhã, logo após a secagem do
orvalho, e ao fim da tarde, quando em dias ensolarados. Em dias nublados e secos, a colheita
pode ser realizada durante todo o dia, a partir do desaparecimento do orvalho. E em dias de
chuva, não deve ser realizada a colheita.
Para as plantas aromáticas, a coleta deve ser efetuada no início da floração, período
que o vegetal atinge seu ponto máximo da produção da fragrância.
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Deve-se evitar compressão e lesões profundas nos órgãos coletados. As plantas
perenes devem-se coletar após um ano de crescimento e duas vezes ao ano, realizando cortes
alguns centímetros acima do solo. Plantas anuais podem ser
Cascas – primavera.
Flores – na polinização.
As plantas colhidas devem ser selecionadas a fim de evitar exemplares com manchas,
doentes, deformadas, sem características organolépticas, com poeira ou qualquer material
estranho que comprometa o lote inteiro do material vegetal.
5.4 ESTABILIZAÇÃO
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5.5 SECAGEM E ARMAZENAMENTO
O processo de secagem deve ser individual para não ocorrer mistura de elementos
voláteis. As partes da planta mais úmidas, como ramos devem ser separadas das partes mais
secas, como folhas.
Parte do vegetal
Vegetal fresco
Permitida na droga
Casca
50 a 55
16
8 a 14
Erva
50 a 90
12 a 15
Folha
60 a 98
8 a 14
Flor
60 a 95
8 a 15
Fruto
15 a 95
8 a 15
Raiz
50 a 85
8 a 14
Rizoma
50 a 85
12 a 16
Semente
10 a 15
12 13
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O estado de divisão da droga vegetal constitui um fator importante na conservação
deste tipo de matéria-prima. A redução da droga vegetal economiza espaço, entretanto,
quanto mais dividido o material mais favorece a aceleração dos processos que levam à sua
decomposição por absorção de umidade, perda de substâncias voláteis e acelera reações de
oxidação.
A divisão só deve ser realizada quando se tem interesse técnico, como proliferação de
microrganismos e processos de extração ou terapêutico, visando forma farmacêutica com
maior ou menor atividade e uniformidade da dose. Os aparelhos mais utilizados são de vários
tipos em conformidade com as características da droga a ser dividida. Uma divisão grosseira
pode ser efetuada por seccionamento por meio de tesouras, podões ou facas; por impacto,
por intermédio da fragmentação por meio de choques repetidos efetuados geralmente em gral
e por rasuração, por meio de raspadores ou processadores de alimentos.
a 200 mesh;
Energia fluída – ação mista aplicada em materiais moles e aderentes; produto com
granulometria de 1 a 30 .
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FONTE: New Química. Disponível em: <http://www.newquimica.com.br/>. Acesso em:
31mar. 2011.
As análises realizadas com a amostra irá ditar se tal matéria-prima poderá ser utilizada
na elaboração do fitoterápico. Entretanto, durante o procedimento de análise, a matéria-
prima deverá ser armazenada separadamente em quarentena, aguardando laudo técnico para
liberação da sua utilização. Deve-se guardar uma quantidade de material como contraprova,
caso seja necessário a repetição de alguma análise.
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Os principais problemas relacionados à qualidade de matéria-prima vegetal são
umidade, contaminação por microrganismos, metais pesados e agrotóxicos, impurezas e
falsificações.
Por meio da percepção visual ou pelo tato pode-se observar se o material foi atacado
por insetos, como cupins ou se há presença de insetos.
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Os ensaios microscópicos são realizados com auxílio de um microscópio, necessitando
a preparação preliminar do material. A lâmina a ser analisada deve ser preparada a partir da
droga vegetal inteira ou fragmentada, por meio de cortes histológicos. Se a droga estiver em
pó, esse poderá ser analisado microscopicamente. Além de se verificar a autenticidade
botânica, este tipo de análise permite observar interferências a respeito da qualidade do
material. Na análise de flores de camomila a caracterização de estruturas de tricomas
glandulares, onde se acumula na planta o óleo volátil servindo de parâmetro para a
identificação do farmacógeno pulverizado e o teor de óleo volátil. Estudos demonstraram que
altas temperaturas e umidade elevada nos tricomas reduzem o teor do óleo volátil.
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de hidróxido de potássio e verificação do desprendimento de odor desagradável, associado
com um alcaloide extremamente
tóxico – a coniina, presente em frutos de cicuta ( Conium maculatum L.), o qual é um dos
contaminantes de amostras de erva-doce.
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FIGURA 2 – MUFLA E TABELA DE PERCENTUAIS DE CINZA TOTAIS E
23
INSOLÚVEIS EM ÁCIDO RECOMENDADOS PELA FARMACOPEIA BRASILEIRA FONTE:
Disponível em:
<http://batatasechocolate
.blogspot.com/>. Acesso
em: 28/09/2014
A contaminação por metais pesados tem seu limite estabelecido de forma semelhante
aos limites determinados para alimentos, matérias-primas farmacêuticas e medicamentos. No
caso das plantas medicinais, os processos de extração de drogas vegetais são capazes de
extrair de 3 a 48% do teor de metais pesados presentes na droga. Os métodos recomendados
pelas farmacopeias não são específicos para metais pesados, possuem pouca sensibilidade e
baixa precisão.
QUÍMICOS
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A determinação do teor de constituintes ativos presentes nas drogas vegetais é
utilizada como forma de avaliar a qualidade da matéria-prima oriunda para emprego
terapêutico. O teor dos constituintes pode variar consideravelmente
com a época e local da coleta, formas de cultivo, condições climáticas, idade do material
vegetal, período e condições de armazenamento entre outros.
O doseamento dos constituintes ativos pode ser realizado de acordo com o tipo de
substâncias. A técnica de cromatografia líquida de alta eficiência é bastante comum para a
quantificação dos diversos constituintes. Nas drogas com óleo volátil deve-se realizar a
extração do óleo essencial por arraste de vapor d’água seguido de determinação volumétrica
ou gravimétrica da quantidade de óleo extraída segundo parâmetros estabelecidos. Os
métodos titulométricos ou espectroscópicos (ultravioleta ou visível) são empregados no
doseamento de flavonoides, taninos, alcaloides, antraquinonas e uma grande variedade de
compostos.
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FIGURA 3 - EXEMPLO DE PROTOCOLO DE CONTROLE DE QUALIDADE DA MATÉRIA-
PRIMA
1 ETNOBOTÂNICA
3 IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA
6 METABOLISMO VEGETAL
1 ETNOBOTÂNICA
27
Pesquisa
Elucidação
estrutural
28
máximo de informações das plantas com potencial terapêutico.
MEDICINAIS
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O conhecimento popular da utilização dos recursos vegetais é inumerável e aplicado
pelas comunidades sem nenhum interesse econômico, o que facilita a sua propagação por
todos os territórios. Esses conhecimentos provêm de pelo menos três fontes principais: a
observação cuidadosa dos efeitos de certos alimentos e condimentos, dando a ideia de como
utilizá-los em caso de doenças; a observação das atitudes de animais e insetos perante as
plantas, inspirando o ser humano a utilizar tais vegetais como elementos de cura; e a
observação das características próprias das plantas e a formulação de ideias acerca das suas
qualidades, seguidas da experimentação dos seus efeitos. Dessa forma, os povos mais
primitivos da história da humanidade passaram a conhecer as plantas de seu ecossistema e a
reconhecer suas propriedades.
Sistema
Etnofarmacológico
portuguesa e de outros povos europeus, sendo marcante no sul do país já que possui
um clima mais frio, semelhante ao europeu, onde essas plantas já estavam adaptadas.
Exemplos de plantas europeias são: a alfazema ( Lavandula angustifolia L.) e o ginkgo ( Ginkgo
biloba L.);
Sistema
Etnofarmacológico
Africano
para o Brasil nos séculos XVI e XVII. Associado a diversos rituais religiosos sendo
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mais encontrado no estado da Bahia. Por meio dos negros africanos incorporamos
plantas como a arruda ( Ruta graveolens L.) e o jambolão ( Syzigium jambolanum L.);
Sistema
Etnofarmacológico
flora desta região, associada aos conhecimentos indígenas pela figura do caboclo.
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Esses aspectos combinados às más condições socioeconômicas da região estimularam
o surgimento de um sistema de plantas medicinais próprias. Como contribuição do sistema
nordestino, temos as espécies aroeira ( Schinus molle L.) e catinga de mulata ( Tanacetum
vulgare L.).
Nas últimas décadas a OMS está incentivando os governos dos países onde as
condições de saúde são precárias a implantar programas de saúde que diminuam os custos,
mediante métodos e técnicas eficazes, conhecidos e tradicionalmente aceitáveis pela
população. A partir desse estímulo, surgem como exemplo os programas de Farmácias Vivas,
Projeto Ervas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) assistindo as populações locais.
Esses projetos têm por objetivo levantar informações junto às comunidades da região,
realização de um horto de plantas medicinais, estudar cientificamente as plantas medicinais,
estudar as propriedades terapêuticas dessas espécies, oferecer assistência farmacêutica
fitoterápica de base científica às entidades públicas e privadas sem fins lucrativos e distribuir
medicamentos fabricados a partir das espécies.
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Hortelã-vick Mentha x arvensis L.
3 IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA
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FIGURA 2 – ESQUEMA MOSTRANDO AS PRINCIPAIS PARTES DE UMA
EXSICATA
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dobro da quantidade da planta seca. A população utiliza formas rudimentares de medidas,
como colher de sopa, colher de chá, punhado ou copo de geleia. As plantas utilizadas não
devem
ser oriundas de locais próximos de esgoto, água parada e/ou de cultivo com uso de
agrotóxico, e preconizam-se a utilização de planta fresca, principalmente folhas.
Chás – forma mais apreciada pela população. Além de seu alto valor medicinal
específico hidrata o organismo e auxilia na eliminação de toxinas, favorecendo o controle da
temperatura corporal e a digestão de alimentos. Devem ser utilizados no máximo até 12h após
seu preparo, que pode ser das seguintes formas:
Alcoolaturas – preparações líquidas, obtidas a partir da planta fresca ou seca em contato com
uma solução de água e álcool em diferentes concentrações, à temperatura ambiente. Utilizada
dissolvendo gotas da alcoolatura para ingestão em água e externamente em compressas e
fricções;
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Xarope – solução de plantas medicinais açucaradas facilitando a administração de
plantas com sabor desagradável ou em crianças. O açúcar presente nessa preparação permite
a conservação por mais tempo. O preparo pode ser a partir do chá, acrescentando açúcar ou a
tintura de uma planta em um xarope simples. Também pode ser adicionado ao xarope óleo
essencial;
Compressas – parte da planta utilizada é colocada para ferver em água. Após coar,
embeber a solução em gaze ou algodão com o líquido, retirar o excesso e colocar mais água
quente na área afetada. Compressas frias também podem ser preparadas com as alcoolaturas;
Sumo – a planta fresca em pedaços é triturada com auxílio de um pilão até se obter
uma “papa”, nessa os princípios ativos da planta estão na própria água da planta. Deve ser
utilizado logo após seu preparo, pois pode estragar rapidamente;
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determinada droga vegetal, por meio de um solvente, obtendo-se formas terapêuticas
mais convenientes ao manuseio e a manipulação.
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industrial, que pulveriza as partes vegetais a temperatura ambiente e lava os
conteúdos celulares, extraindo os princípios ativos;
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FIGURA 3 – PERCOLADOR UTILIZADO NO PROCESSO EXTRATIVO DE
DIREITA)
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DIREITA)
ou seco, fluidos, elixires, pomadas, drágeas, colírios, cremes, loções, tinturas, que
requerem conhecimento farmacotécnico para sua elaboração e aparelhagem específica para
manipulação e armazenamento, são exemplos de formas utilizadas na fitoterapia.
A tintura é uma solução extrativa hidroalcoólica (30º a 96º GL) obtidas de vegetais
secos por maceração ou por percolação. Podem ser simples, extração de uma única planta ou
composta, extração de duas ou mais plantas. O preparo pode ser por 10% da droga vegetal,
quando a planta apresenta ativos potentes ou 20%, para plantas mais comuns. Por ser um
preparado muito concentrado não é aconselhável a utilização direta na pele, recomendando-
se a diluição prévia em água. A tintura-mãe, usada em homeopatia, é uma preparação líquida
resultante da ação dissolvente de um veículo alcoólico sobre a droga de origem vegetal,
geralmente fresca.
Os elixires são líquidos hidroalcoólicos, preparados para uso oral contêm geralmente
glicerina, sorbitol ou xarope simples. Os óleos essenciais são uma mistura de compostos
químicos vegetais voláteis e aromáticos; geralmente pouco solúveis em água e obtidos por
destilação por arraste de vapor a partir da planta fresca. A composição química dos óleos
essenciais é bastante complexa, podem conter mais de cem substâncias diferentes, com
diversas atividades biológicas. Os bálsamos ou resinas são exsudatos vegetais constituídos de
mistura complexa de terpenoides complexos e seus ésteres, apresentam aspecto pastoso
resinoso, como exemplos, o bálsamo de Tolú e resina de podofilo.
6 METABOLISMO VEGETAL
40
nutrientes para a necessidade da célula, como energia (ATP), poder redutor (NADPH) e
biossíntese de compostos essenciais à sua
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ontogenia (estágio de desenvolvimento) e ambiente. Em várias espécies vegetais, o local de
biossíntese se restringe a um órgão, enquanto que os produtos são acumulados em toda
planta ou em órgãos diferentes, por meio de um sistema de transporte intercelular. As
moléculas de metabólitos mais hidrofílicos tendem a se acumular nos vacúolos, enquanto que
os lipofílicos se acumulam em ductos de células mortas ou ligam-se aos componentes celulares
lipofílicos, como membranas, lignina e ceras cuticulares. Alguns metabólitos que são tóxicos e
utilizados na defesa do vegetal contra herbívoros são acumulados em estruturas
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hipocolesterolemiante, antifúngica, expectorante e laxativa. Como exemplo de espécies
produtoras de saponinas são o ginseng ( Panax ginseng C.) e o alcaçuz ( Glycyrrhiza glabra L.);
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de enzimas que participam do processo oxidativo. Diversas atividades biológicas são descritas
aos flavonoides, a ação anti-inflamatória e antioxidante se destaca como mostrado por
trabalhos científicos com espécies como Ginkgo biloba L. (ginkgo) e Passiflora spp;
NERVOSO, CARDIOVASCULAR E
GENITURINÁRIO
conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas
Referências Bibliográficas.
6.1 FITOESTRÓGENOS
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1 PLANTAS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
A kava pertence à família botânica Piperaceae, e foi descoberta no século XVIII pelos
europeus que aprenderam a utilizar a bebida kava por nativos da Polinésia, que colhiam os
rizomas e mastilavam ou misturavam com água e leite de coco para o preparo de uma bebida
que provocava efeito calmante e relaxante sem alterar a consciência. Os extratos de kava são
indicados para os estados de ansiedade nervosa, tensão e agitação.
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Estudos farmacológicos indicaram que os compostos cavaína e metisticina agem
basicamente como relaxantes musculares e anticonvulsivantes; exercem forte efeito protetor
contra envenenamento por estricnina. Esses compostos ativos reduzem a excitabilidade do
sistema límbico, exercendo efeito semelhante aos fármacos benzodiazepínicos.
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estresse e na ansiedade, nas regiões de sinaptossomos; efeitos sobre os receptores de GABAA;
além da interação com elementos pré-sinápticos de neurônios GABAérgicos. Para tratamento
da insônia e para estados de nervosismo a dosagem recomendada de planta seca é de 2-3g
uma ou mais vezes ao dia; o extrato etanólico de valeriana deve ser utilizado numa dose de
aproximadamente
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Estudos em animais mostraram que os extratos de maracujá reduzem a atividade
espontânea de locomoção em camundongos e prolongam seu sono
A parte da droga são os estróbios de lúpulo que são as flores femininas da planta
cultivada, esses apresentam sabor amargo, pela presença de humulona e lupulona. Esses
constituintes formam a resina de lúpulus e ocorrem em 15-30% nos estróbilos, além desses há
1% de óleo volátil e até 4% de taninos. Somente na erva fresca são encontradas essas
substâncias na concentração integral, já que durante o armazenamento os constituintes
sofrem decomposição sendo instáveis por seis meses.
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FIGURA 05 - Melissa officinalis L. (melissa, erva-cidreira, salva-do-brasil)
O óleo de melissa é obtido a partir de destilação por arraste a vapor das folhas frescas
ou secas. As preparações de melissa são indicadas para insônia nervosa e problemas
gastrintestinais funcionais em uma dose única de 1,5-4,5 g da droga seca.
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A lavanda é nativa da região mediterrânea. A droga vegetal consiste de flores secas de
lavanda colhidas pouco antes de se abrirem. As flores contêm menos 1,5% de óleo volátil, com
acetato de linalina, cânfora, beta-cimeno e cineol
(eucalipto) e 12% de taninos. O óleo volátil é obtido por destilação por arraste a vapor.
O óleo de lavanda é recomendado 1-2 colheres de chá de droga seca por xícara de chá
para uso interno, ou 100 g de flores secas em dois litros de água para uso externo utilizado na
forma de banhos. Em altas doses provoca excitação. Deve ser evitado em gestantes por ser um
estimulante uterino.
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FIGURA 07 - Hypericum perforatum L. (erva-de-São-João, hipérico, St. John’s wort)
droga na faixa de 4:1 a 7:1. A extração dos ativos deve ser realizada no escuro e,
principalmente em metanol aquoso 20-40%. Os constituintes específicos da espécie associados
à atividade antidepressiva são hipericina, pseudo-hipericina, proto-hipericina, protopseudo-
hipericina e ciclopseudo-hipericina, pertencentes ao grupo das naftodiantronas, presentes em
0,1% na droga seca e 0,2-0,3% no extrato. As partes reprodutivas (sementes imaturas e flores)
do hipérico possuem um conteúdo de 1 a 4% de hiperforina e adiperforina. O derivado
floroglucinol de hipericina são mais importantes para ação antidepressiva que as hipericinas.
Os extratos em etanol ou metanol comercializados apresentam aproximadamente 2 a 6% de
hipericina. A hipericina é instável e susceptível a oxidação, na planta viva esse processo é
evitado pela presença de antioxidantes, como os flavonoides presentes no hipérico (rutina e
hiperosídeo) e em formulações a fim de melhorar a estabilidade adicionam-se antioxidantes,
como o ácido acórbico. Além dos constituintes já citados, o hipérico possui derivados de
xantona, biflavonas (amentoflavona), procianidinas e óleo volátil.
O óleo volátil do hipérico (1%) é obtido da maceração das flores frescas por destilação
por arraste a vapor; é considerado um medicamento fitoterápico tradicional utilizado em
queimaduras e feridas.
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Os estudos farmacológicos indicam que o extrato de hipérico é capaz de exercer efeito
inibitório relativamente forte sobre a recaptação de neurotransmissores como a
noradrenalina, serotonina e dopamina, proporcionando um efeito antidepressivo. Dessa
forma, o extrato de hipérico é indicado na faixa de 500-900 mg/dia para o tratamento de
depressão transitória, de leve a moderadamente grave, perturbações psicossomáticas,
ansiedade e/ou agitação nervosa. Observa-se clinicamente uma melhora do paciente
deprimido após várias semanas da administração do hipérico.
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FIGURA 08 - Ginkgo biloba L. (ginkgo, ginco)
O ginkgo é uma planta decídua, com flores masculinas e femininas que ocorrem em
árvores diferentes e não florescem antes dos 20-30 anos de idade.
Além desses, outros constituintes estão presentes nos extratos incluindo ácido
53
As ações farmacológicas do extrato de ginkgo estudadas são:
54
oriental, levando seis anos para se desenvolver. Caracteriza-se pela raiz carnosa amarela clara
geralmente ramificada, de odor aromático e sabor amargo-doce. Os pós e extratos de ginseng
são elaborados a partir das raízes secas que apresentam 2-3% de saponinas glicosídicas. Além
de 30 ginsenosídios quimicamente conhecidos foram encontrados 0,05% de óleo volátil
(sesquiterpenos).
Efeito protetor contra vários perigos (ex. radiação ionizante, infecções e toxinas);
55
A centela da família botânica Apiaceae consiste nas folhas de uma planta delgada e
rasteira que cresce nas áreas tropicais pantanosas, como Índia e Sri Lanka. A composição das
folhas de centela inclui compostos como ácidos triterpênicos pentacíclicos, como o asiático e o
madecássio e seus glicosídios asiatícosideos e madecassosídeo. A planta tem uma famosa
reputação como agente promotor de longevidade e como fortalecedor e revitalizante
(adaptógeno) do organismo, tais efeitos cientificamente ainda não foram comprovados.
56
A unha de gato consiste de duas espécies o gênero Uncaria da família Rubiaceae, a
Uncaria tomentosa e a Uncaria guianensis, nativas da América do Sul tropical. Tais espécies são
amplamente recolhidas na Amazônia para o mercado europeu e americano. São bastante
utilizadas como remédios populares para uma variedade de condições por nativos dessas
regiões, sendo considerada uma planta adaptógena por evidências que apontam efeito
imunomodulador, anti-inflamatório, antimutagênico e antitumoral. Entretanto, tais atividades
não foram provadas cientificamente.
57
Os estimulantes imunológicos são espécies de plantas que atuam ativando os
mecanismos não específicos de defesa do organismo contra os patógenos virais, fúngicos e
bacterianos
Os extratos alcoólicos da raiz de equinácea branca e o suco extraído das partes aéreas
de equinácea púrpura são indicados para o tratamento de suporte de infecções recorrentes do
trato respiratório superior e trato urinário inferior.
Recomenda-se que sua utilização não ultrapasse de mais de oito semanas. A dose
recomendada de extrato de raiz (1:5 de tintura com 50% de etanol) é de 900 mg de dose
vegetal diariamente; e para o suco a dose recomendada é de 6-9 mg/dia. A equinácea é
contraindicada em indivíduos com doenças sistêmicas, como tuberculose, leucose, esclerose
múltipla, distúrbios do colágeno e outras doenças autoimunes, por apresentar um potencial de
estímulo de processos autoimunes.
58
FIGURA 13 - Viscum album L. (visco europeu)
O extrato de visco preparado a partir das folhas, galhos e frutos frescos são indicados
na terapia de doenças inflamatórias degenerativas das articulações, sendo recomendada a
utilização de injeções cutâneas ou intra-articulares nas doses de 2,5
g/kg de peso corporal. Os efeitos adversos incluem calafrios, febre alta, dor de cabeça,
dor no peito, hipotensão ortostática e reações alérgicas. É contraindicada em indivíduos
hipersensíveis a proteínas e na tuberculose.
59
As espécies de cratego têm eficácia reconhecida nas doenças cardíacas e nos
distúrbios circulatórios. As plantas medicinais utilizadas na produção de medicamentos são as
espécies Crataegus monogyna e Crataegus oxyacantha, sendo utilizadas suas folhas e flores de
aroma desagradável. As partes da droga são utilizadas na forma de extratos hidroalcoólicos em
uma proporção de planta/extrato 5-7:1. Os constituintes químicos presentes nas folhas e flores
de cratego são principalmente flavonoides, protocianidinas, catequinas, triterpenoides, ácidos
carboxílicos aromáticos, derivados nitrogenados e purinos. Para verificação da
60
As espécies com digitaloides podem conter mais de um glicosídio cardioativo. Todos
esses compostos são positivamente inotrópicos, negativamente cronotrópicos e
dromotrópicos. Diferem dos digitálicos quanto à farmacocinética, a sua taxa de absorção é
menor e do maior risco de intoxicação com os digitaloides.
A cimarina é isolada das partes aéreas secas da planta olhos-de-diabo ( Adonis vernalis
L.) colhido no período de floração. A droga vegetal em pó possui 0,25% de uma complexa
mistura de vinte glicosídios cardioativos, sendo semelhantes à estrofantina-K
61
mg/dia que equivale a 4 gramas de dente de alho fresco. Os efeitos colaterais das
preparações de alho são desconforto gastrintestinal, náusea, reações alérgicas cutâneas,
dermatite de contato, episódios esporádicos de conjuntivite alérgica, rinite
62
As drogas vegetais indicadas na urologia têm por objetivo tratar as doenças
inflamatórias do trato urinário e a hiperplasia prostática benigna. Uma das indicações são
pedra nos rins e outras litíases. A maioria das doenças inflamatórias do trato urinário é
principalmente tratada com chás para os rins e para a bexiga e, muitas vezes, são misturas de
várias plantas medicinais. Acredita-se que a maior parte dos efeitos dos chás seja derivada da
ingestão de líquidos, apesar dos constituintes terem ação diurética. O aumento da saída de
líquidos favorece a remoção de bactérias ascendentes, cristais e outros agentes inflamatórios
do trato urinário, protegendo assim o epitélio lesado.
A uva ursi é uma planta rastejante das zonas florestais frias e temperadas do
hemisfério norte. A parte da planta utilizada como droga vegetal são as folhas secas que
apresentam sabor amargo adstringente e são inodoras.
taninos (10-20%) e flavonoides. O alto teor de taninos nas folhas de uva ursi faz com
que a sua utilização não ultrapasse de 2-3 semanas. A arbutina exibe atividade antimicrobiana,
assim como seu produto de hidrólise, a hidroquinona. Tal espécie é indicada nas doenças
inflamatórias do trato urinário na dose de 3 g de planta seca ou 400-800 mg de derivados
hidroquinona, administrados até quatro vezes ao dia.
Recomenda-se que a uva ursi não seja utilizada por gestantes, durante a lactação e em
crianças menores de 12 anos e que sua administração não ultrapasse mais de cinco vezes ao
ano devido a falta de estudos clínicos.
63
A quebra-pedra é uma planta herbácea pequena de folhas miúdas e ovais de simples
cultivo, seu crescimento é favorecido em solos argilosos e arenosos. As folhas de quebra-pedra
são utilizadas na forma de chá para tratamento de cálculos renais.
Os frutos maduros de sabal, uma pequena palmeira, são indicados para hiperplasia
prostática benigna e dificuldades de micção. As preparações comerciais contêm apenas
extratos lipofílicos, obtidos da planta em pó por extração com hexano. Os principais
64
constituintes do extrato de sabal são ácidos graxos saturados e insaturados na forma livre e
esteroides vegetais livres ou conjugados.
Estudos apontam que o extrato de sabal exibe uma atividade inibitória da enzima 5--
redutase decorrente da presença de ácidos graxos livres, como o ácido linoleico. Outras
atividades, como ação anti-inflamatória e antioxidante são observadas. Preparações de extrato
de sabal são recomendadas na dose diária de 1-2 g da droga bruta ou 320 mg de um extrato
feito com solventes lipofílicos. Os efeitos colaterais são raros, entretanto, há relatos de
distúrbios gastrintestinais. As contraindicações do extrato de sabal ainda não são conhecidas.
anos e período em que ocorre redução da função ovariana, os principais sintomas são
fogachos (“ondas de calor”), nervosismo, irritabilidade, insônia e depressão. O
tratamento se faz primariamente por reposição hormonal, o que traz inúmeros efeitos
indesejáveis sendo necessárias terapias alternativas, como a utilização de fitoterápicos.
65
A vitex é uma planta nativa da região do mediterrâneo e seus frutos maduros e secos
são utilizados como droga vegetal. Esses frutos apresentam odor aromático e sabor levemente
ácido e picante, lembrando pimenta. O nome popular pimenta dos monges deriva da sua
utilização da bebida das sementes pelos monges que apresentavam redução do desejo sexual
e assim se mantinham castos. A espécie apresenta 0,5% de óleo volátil e glicosídios iridoides
agnosídio e aucubina. Os diterpenos bicíclicos foram identificados e associados à atividade
biológica dessa espécie.
dor de cabeça, tontura e ganho de peso. Não são indicados durante a gestação e na
lactação. A duração do tratamento não deve ultrapassar três meses.
66
6.1 FITOESTRÓGENOS
Recomendações
são utilizadas em
0,2 a 2 g/dia
retirada abrupta
sangramentos
Potentilla anserina
Problemas
67
4-6 g/dia
(potentila)
dismenorreicos leves
efeito adverso
Capsella bursa-
Sangramento
pastoris
10-15 g/dia
devido desconhecimento
ginecológico leve
(bolsa-de-pastor)
do ativo hemostático
RESPIRATÓRIOS E DIGESTIVO
SUMÁRIO
68
2.4 PLANTAS CARMINATIVAS
2.7 PECTINAS
4 PLANTAS HEPATOPROTETORAS
COLESTEROL
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Muitas das infecções do trato respiratório são acompanhadas por tosse, irritação da
garganta, congestão nasal e presença intensa de muco. O resfriado comum consiste na
infecção respiratória superior causada por vírus, podendo se apresentar como uma rinite,
faringite, sinusite e laringite. A utilização de plantas medicinais contribui significativamente na
melhora dos sintomas do resfriado, sem comprometer o mecanismo mucociliar do trato
respiratório superior, evitando um risco maior de infecções bacterianas e virais. Os
medicamentos fitoterápicos podem ser utilizados em apoio a uma terapia com antibióticos.
Muitas das espécies vegetais para alívio dos problemas respiratórios são usadas na forma de
chás caseiros, principalmente das folhas de sabugueiro, flores de tília e flores de rainha-dos-
prados.
As folhas da tília são obtidas de duas espécies de tília oriundas da Europa e utilizadas
como árvore ornamental, à chamada tília de verão ( Tilia platyphyllos) e tília de inverno ( Tilia
69
cordata). As folhas secas caracterizam-se pelo cheiro agradável, gosto mucilaginoso e
levemente doce, decorrente da interação de taninos
O mentol, cânfora e óleos essenciais são compostos extremamente lipofílicos que são
incorporados em formas farmacêuticas de bases lipofílicas, como pomadas.
70
gargarejo de líquidos contendo essas substâncias exercem ação massageadora na
região orofaríngea, sendo indicados para doenças inflamatórias da orofaringe, além de
promover a limpeza da cavidade oral e ação anti-inflamatória nas membranas mucosas
inflamadas. As plantas medicinais aromáticas que contêm óleos voláteis e óleos essenciais
utilizados em gargarejos apresentam propriedades anti-inflamatórias, podendo também ser
usadas na forma de uma infusão de chá morna ou de um produto líquido. O extrato de
camomila, de sálvia ou rizoma de tormentil são exemplos de componentes em gargarejo.
As mucilagens vegetais são capazes de inibir a tosse por formar uma camada protetora
que defende a superfície da mucosa de agentes irritantes. Esse efeito limita-se a região da
faringe já que as mucilagens são macromoléculas não absorvíveis. Não são verificados efeitos
adversos das plantas mucilaginosas. Dentre as espécies ricas em mucilagens podemos citar a
raiz de alteia ( Althaeae officinalis L.) que contém 5-10% de mucilagens; as folhas de malva (
Malva silvestris L.) com 8% de mucilagens e tanchagem ( Plantago lanceolata L.) com
aproximadamente 6%
71
palpitação, elevação da pressão arterial, insônia, anorexia e dificuldades urinárias. Indivíduos
hipertensos, com glaucoma e feocromocitoma não devem utilizar estas preparações.
Muitos temperos que são comumente utilizados como a pimenta comprida, cubeba,
gengibre e cúrcuma são compostos presentes em medicamentos para a tosse na medicina
tradicional chinesa e indiana. As plantas que contêm saponinas, constituinte glicosídico
associado a um terpenoide de aglicona, exibem ação expectorante. Essa ação resulta das
saponinas irritarem a mucosa gástrica, que por sua vez estimula reflexamente as glândulas
mucosas dos bronquíolos pela via parassimpática. As folhas de hera ( Hedera helix L.), a raiz de
prímula ( Primula radix L.), a quilaia ( Quillaja saponaria Mol.) e a senega ( Polygala senega L.)
são drogas vegetais utilizadas por sua ação expectorante. Os óleos essenciais como descritos
anteriormente também apresentam propriedade expectorante, podendo-se citar o óleo de
abeto ( Pinus exelsa Wall. D. Don), óleo de cajepute e de niaouli (espécies de Melaleuca), óleo
de pinheiro ( Pinus silvestris L.), mirtol e óleo de citronela ( Cymbopogon nardus L.). A
utilização desses óleos pode causar como efeitos adversos broncoespasmo e reações alérgicas.
Os indivíduos mais sensíveis são as crianças e os asmáticos, dessa forma, recomenda-se que os
óleos sejam usados em vaporizador afastado do paciente e que a concentração da solução
inalada seja aumentada gradativamente.
72
As folhas de hera são intensamente prescritas na Fitoterapia para o tratamento de
distúrbios com catarro do trato respiratório superior e no tratamento sintomático de doenças
bronquiais inflamatórias crônicas. Recomenda-se uma dose diária de 0,3 g de planta seca ou
dose equivalente de extrato. Estudos foram realizados com dois grupos de pacientes com
bronquite obstrutiva crônica durante quatro semanas, um grupo utilizava 90 mg de ambroxol e
o outro 60 mg de extrato de hera (400 mg de droga vegetal), foi observado que os dois
tratamentos foram igualmente eficazes. As folhas desta espécie apresentam constituintes
como bis-desmosídios neutros (hederacosídios) e saponinas (3-6%) e não são usadas como
infusão, mas como produtos da droga vegetal. Os efeitos adversos incluem irritação cutânea –
alérgeno falcarinol, desconforto gástrico, náusea e vômitos quando utilizados em altas doses.
As raízes de prímula são usadas como infusão ou tintura em uma dose diária de 1 g de
droga vegetal. Os principais constituintes presentes são as saponinas triterpênicas (5-10%),
sendo o composto majoritário o ácido primúlico A.
Em estudo com pacientes com bronquite aguda foi avaliado o grupo que seguiu o
tratamento com uma associação de 60 mg de extrato de raiz de prímula e 160 mg de extrato
de tomilho em comparação com o grupo que fez uso da associação de dois expectorantes de
referência, o ambroxol e a N-acetilcisteína administrados durante o mesmo período; o estudo
revelou que o tratamento com os produtos vegetais foi
73
O óleo de eucalipto contém aproximadamente 70% de cineol. Os medicamentos
produzidos com óleo de eucalipto, geralmente apresentam 80-90%
A raiz seca de Glycyrrhiza glabra L. além das atividades descritas anteriormente possui
propriedades mucolíticas e secretagógicas. Estudos indicam que o principal constituinte a
glicirrizina aumenta a secreção bronquial e o transporte de muco. Além disso, observa-se um
efeito antitussígeno indireto das preparações de raiz de alcaçuz que envolve supressão central;
a glicirrizina exibe ação antitussígena comparável com preparações a base de codeína. Os
efeitos adversos como hipertensão, aldosteronismo primário, edema, dor de cabeça e
problemas cardíacos ocorrem quando o alcaçuz é usado em doses inadequadas. Recomenda-
se uma dose habitual de 1-2 g da raiz seca de alcaçuz administradas três vezes ao dia.
Muitas plantas medicinais atuam no sistema digestivo, sendo sua atividade bastante
conhecidas devido à prática na medicina popular de chás para alívio do desconforto gástrico,
melhora da digestão e estimulante do apetite. As espécies vegetais que atuam no sistema
digestivo são divididas de acordo com sua atividade como será descrita adiante.
74
As plantas medicinais amargas podem ser classificadas de acordo com a intensidade de
seu gosto amargo:
O absinto é um arbusto perene nativo das regiões áridas e aclimatadas nas Américas
do Norte e do Sul. A droga vegetal consiste nas partes aéreas do absinto de odor aromático
penetrante e sabor picante e fortemente amargo. A presença de lactonas sesquiterpênicas que
ocorrem na forma de monômeros, como artabsina ou dímeros, como absintina. Além destas
lactonas, o absinto possui 0,3-0,5% de óleo
volátil, em que 70% consistem de duas formas isoméricas de tujona, a (-)-tujona e (+)-
isotujona, compostos responsáveis pelo odor picante da planta.
75
FIGURA 06 - Genciana lutea L. (raiz de genciana amarela)
76
constituintes responsáveis pela atividade são os derivados do ácido cafeiquínico, como a
cinarina
O boldo é um arbusto verde nativo das regiões áridas do Chile, de sabor aromático
queimante e odor aromático. Nas folhas de boldo são encontrados 0,1%
77
O anis é nativo do Oriente apresenta um cheiro pungente. A droga vegetal utilizada na
medicina são as sementes de anis que possuem 10% de óleo fixo e 2-3% de óleo volátil, sendo
o principal constituinte o anetol. Além de carminativo, a semente de anis possui ação
expectorante. A dose diária de semente de anis indicada como calmante gastrintestinal é de
0,3 g de droga vegetal. O uso prolongado e de altas doses é contraindicado por provocar
convulsões, confusão mental e alucinações.
O funcho é uma planta nativa da região sul da Europa. Seus frutos (sementes) são
utilizados com finalidades medicinais por sua ação carminativa e expectorante, especialmente
em crianças. Os principais constituintes nos frutos de
funcho são o óleo volátil (2-6%), composto de fenchona e anetol e ácidos graxos (9-
12%).
O chá de sementes de funcho para crianças com dispepsia e diarreia é uma prática
muito comum, promovendo redução dos espasmos intestinais. O funcho pode ser associado
com outras plantas em uma mistura de chá carminativo, favorecendo o sabor.
78
atividade anti-inflamatória; além de aproximadamente 2,4% de flavonoides, como a apigenina
de ação antiespasmódica. As flores de camomila apresentam 5-10% de mucilagens
semelhantes à pectina. Os constituintes
Devido a sua ação mineralocorticoide, a dose diária média não deve exceder 5-15%
79
FIGURA 12 - Camellia sinensis L. (chá-verde, chá-preto) O chá-verde e o chá-preto são
derivados do arbusto de uma planta lenhosa, predominantemente cultivada no sudeste da
Ásia. A droga vegetal são as folhas secas que podem ser processadas para elaboração do chá-
verde ou preto.
taninos deve ser observada nas preparações de chá devido ao potencial hepatotóxico
quando consumidos em excesso, principalmente naqueles indivíduos com comprometimento
hepático.
80
2.7 PECTINAS
A constipação é caracterizada por menor frequência no evacuar (menor que 2-3 dias),
incluindo dificuldade na evacuação, defecação dolorosa e desconforto abdominal. Geralmente
esse quadro é resultado de uma alimentação inadequada, falta de exercícios e fatores
psicológicos. O tratamento da constipação preconiza direcionamento alimentar, incluindo na
dieta alimentos ricos em fibras e aumento do consumo de líquidos e medidas físicas, como
exercício que favoreçam o fortalecimento da musculatura intestinal. A fitoterapia recomenda
espécies vegetais que atuam como formadoras de volume e laxantes estimulantes suaves de
baixo risco.
81
A semente de plantago madura é uma droga vegetal de ação laxativa, de gosto suave,
inodora e quando mastigada torna-se mucilaginosa. Os polissacarídeos presentes em 10-30%
na epiderme da casca das sementes de plantago em um teor maior que nas próprias sementes
e são responsáveis pela ação laxante. Tanto a casca quanto as sementes de plantago quando
em ingeridas com um alto volume de água retém água durante o trânsito intestinal,
propiciando a passagem de fezes mais macias, além de estimular os reflexos de peristaltismo
por sua ação irritante mecânica da parede intestinal.
82
que liberam antronas livres, os responsáveis pela atividade biológica. Esses
constituintes exibem ação purgativa, e os taninos e pectinas presentes produzem efeito
antidiarreico.
principal efeito adverso do uso de ruibarbo é dor abdominal ou cólica. Efeitos adversos
mais graves são resultantes do abuso do uso ao longo prazo de ruibarbo, como séria perda de
eletrólitos e de água e eventual hiperaldosterismo. Estudos apontam o risco de danos
irreversíveis do plexo intrínseco da mucosa intestinal. A obstrução intestinal total ou parcial,
gravidez e amamentação são contraindicações da raiz de ruibarbo.
O alto teor de antronoides nestas plantas recém-secas faz delas potentes agentes
laxativos, recomenda-se que a casca seja armazenada por um período de um ano antes de sua
utilização ou serem envelhecidas por aquecimento. A utilização da planta fresca não tratada
provoca vômito intenso e fortes espasmos.
83
FIGURA 17 - Cassia (sene, senna)
As espécies Cassia senna L. e Cassia angustifolia Vahl. têm seus frutos e folhas
utilizadas como agentes laxativos onde são encontrados 3,5-5,5% de antranoides como as
diantronas-8-8’-diglicosídeos (senosídeos A e B). A espécie C.
O aloe do cabo é uma espécie variante do aloe, encontrado no sul da África e nas
Antilhas. É um produto intensamente utilizado como laxante na Europa central.
A planta é usada na forma de um suco obtido após o corte das folhas, posteriormente
engrossado por aquecimento obtendo-se uma massa homogênea vítrea. Nesse, há uma
mistura de antraquinonas (20-40%), sendo a aloína A e B os principais constituintes.
Recomenda-se sua utilização na dose de 0,1 g/diária com cautela, devido sua ação laxativa
drástica.
Outras variedades de aloe como a Aloe vera L. são utilizadas medicinalmente, com
ação antibacteriana e cicatrizante, na forma de gel de aloe –
84
4 PLANTAS HEPATOPROTETORAS
O cardo-mariano uma planta anual a bienal nativa que cresce em locais secos e
quentes do sul da Europa e norte da África. A parte da planta utilizada são os frutos maduros
que apresenta em um extrato 70% de uma mistura de isômeros: isosolibina, siliadina,
silicristina e silibina denominados de silimarina abundante na camada proteica da casca da
semente.
85
5 PLANTAS COM INDICAÇÃO NO CONTROLE DA GLICEMIA E DO
COLESTEROL
FIGURA 20 - Bauhinia forficata Link. (pata de vaca, casco de vaca, unha de boi)
86
A semente de linhaça tem ganhado espaço no cenário de fitoterápicos e de alimentos
funcionais, tendo em vista as inúmeras atividades biológicas e efeitos benéficos
proporcionados. Dentre os constituintes encontrados nas sementes desta planta herbácea
nativa da Europa estão os ácidos graxos insaturados (ácido linolênico, linoleico e oleico),
mucilagens solúveis (4 a 6% de galactose, ramnose, arabinose), linamarina (glicosídeo),
linustatina, glicosídeos cianogênicos, proteínas (25%), lignanas (precursoras de enterodiol e
enterolactona), óleos essenciais e minerais.
inflamatórias.
FITOTERAPIA NA DOR /
2 PLANTAS TÓXICAS
87
utilização de muitas espécies tradicionalmente utilizadas, dessas podemos citar a casca de
nogueira que possui dentre os constituintes a juglona de elevado potencial carcinogênico e as
folhas de mirta que leva a alterações hematológicas.
88
A hamamélis é uma árvore pequena nativa da região Leste da América do Norte. Suas
folhas, cascas e galhos são processados para elaboração da droga vegetal. A casca da
hamamélis possui uma concentração elevada de taninos (12%), principalmente
hamamelitanino e galotaninos.
89
As preparações na forma de cápsula contém 0,5 g de óleo de primrose que
corresponde a 40 mg de ácido -linoleico utilizado no tratamento e alívio do eczema atópico
administrado na dose diária de 2-3 g em adultos. Os efeitos colaterais incluem náusea,
distúrbios gastrintestinais e dor de cabeça.
90
FIGURA 04 - Óleo de melaleuca
O óleo de melaleuca ( tea tree oil) é um óleo volátil obtido da destilação das folhas de
diferentes espécies do gênero Melaleuca, especialmente Melaleuca alternifolia Cheel. As
árvores dessa espécie são nativas das regiões pantanosas da Austrália e das Ilhas do Oceano
Índico. A utilização dessas espécies para fins medicinais foi aprendida por meio de nativos
destas regiões por colonizadores australianos.
91
tratamentos produziram melhora do número das lesões, mas o tratamento com o óleo de
melaleuca foi menos relatado quanto aos efeitos adversos, como ressecamento da pele,
sensação de formigamento e vermelhidão
92
O confrei é uma planta herbácea nativa da Europa na qual suas folhas e raízes são
usadas como droga vegetal. A planta apresenta alto teor de mucilagem e de alantoína (15% na
raiz). As partes aéreas e a raiz são indicadas na Fitoterapia para o tratamento de contusões,
estiramentos e torções. As mucilagens presentes na plantas atuam como demulcente local e a
alantoína promove a cicatrização de feridas e acelera a regeneração celular.
As preparações de confrei para o uso externo, como pomadas devem conter até 20%
da planta seca ou quantidades equivalentes de extrato. Na composição química do confrei é
possível encontrar alguns alcaloides insaturados de pirrolizidina, que são hepatotóxicos,
carcinogênicos e mutagênicos. Dessa forma, não se recomenda a utilização de confrei para uso
interno, por induzir a doença veno-oclusiva em humanos. No caso de uso externo deve-se ter
cautela com o teor de alcaloides pirrolizidínicos nas preparações de confrei, não devendo a
quantidade ultrapassar de 1 mg destes alcaloides em uma dose diária, e não utilizar por mais
de 4-6 semanas ao ano.
A arnica é uma planta herbácea perene nativa das regiões montanhosas da Europa. As
preparações farmacêuticas das flores de arnica são indicadas para o uso externo no
tratamento de condições pós-traumáticas e pós-operatórias, como hematomas, torções,
escoriações, contusões, edema associados à fratura e dores reumáticas da musculatura e da
articulação. Além dessas indicações, a arnica é indicada para alergia à picada de insetos,
furunculose, flebite superficial e processos inflamatórios da orofaringe.
93
encontradas nas flores de arnica em 0,4-0,6%. A arnica tradicionalmente é utilizada na forma
de tinturas e pomadas para aplicação externa.
As tinturas para compressas devem ser diluídas de 3:1 a 10:1 e as pomadas devem
conter no máximo 15% de óleo de arnica.
A garra do diabo é uma planta nativa da África do Sul, onde os nativos utilizam como
tônico amargo, antipirético e analgésico. A droga vegetal consiste de bulbos periféricos que
crescem até 3 cm de espessura e são cortados em pedaços e expostos ao sol para secagem
durante três dias. Diversos compostos glicosídicos iridoides são encontrados na garra do diabo,
sendo o principal ativo o harpagosídeo que ocorre em 0,5-1,6% na droga vegetal.
94
Dessa forma, as principais indicações da garra do diabo são para anorexia, devido ao
seu sabor amargo e para o tratamento de doenças reumáticas degenerativas. A dose para
tratamento da anorexia é de 1,5 g e a dose recomendada para distúrbios
A utilização de óleos essenciais friccionados na pele para alívio da dor não é recente.
Os óleos de coníferas, cânfora, preparações de capsaicina, óleo de hortelã ( Mentha piperita L.)
são comumente empregados na medicina popular para dor.
Evidências científicas apontam que esses óleos possuem o mesmo mecanismo de ação
para alívio da dor, ou seja, seus constituintes causam irritação nas áreas da pele por meio de
neurônios espinhais desta região. Dentre os constituintes ativos no óleo de hortelã estão o
mentol, mentona, cineol, pineno, timol e carvona.
95
As preparações oleosas ou em água e álcool com os frutos de várias espécies de
Capsicum são usados via tópica para alívio da dor e tratamento de problemas reumáticos. Os
principais constituintes são os capsaicinoides, sendo a capsaicina a majoritária variando seu
teor nas diferentes espécies (0 a 1,5%). A administração tópica de preparações de capsaicina
incita uma resposta inicial caracterizada pela presença de eritema, dor e aumento de
temperatura, seguida de um período de insensibilidade marcado por uma dessensibilização
reversível das fibras nervosas aferentes. A resposta inicial dura poucas horas enquanto o efeito
antinociceptivo é persistente durando horas ou semanas.
Recomenda-se que a aplicação tópica não ultrapasse dois dias devido ao risco de dano
ao nervo sensorial devendo-se respeitar um intervalo de duas semanas entre os tratamentos.
Diversos estudos da
96
comprovação do tanaceto surgiram da observação e relatos que indivíduos mastigavam as
folhas para prevenir ou reduzir a intensidade da dor de cabeça. Os constituintes presentes nas
folhas de tanaceto incluem os componentes de óleos voláteis, como o acetato trans-crisantenil
e a lactona sesquiterpênica partenolídeo, principal responsável na profilaxia da enxaqueca.
97
folhas foi encontrado os compostos –humuleno e trans-cariofileno, de ação anti-inflamatória.
Estudos farmacológicos demonstraram que os ativos presentes no óleo essencial são capazes
de inibir a produção de mediadores inflamatórios, como a prostaglandina E2, citocinas pró-
inflamatórias IL-1 e TNF-.
Desde a Grécia antiga os extratos de plantas que contêm salicina eram utilizados para
alívio da dor e redução da febre. A árvore do salgueiro é uma espécie de Salix indicada na
Fitoterapia para doenças febris, problemas reumáticos e dor de cabeça, sendo comum sua
utilização na forma de chás antirreumáticos e diaforéticos.
A espécie Salix alba (salgueiro branco), Salix fragilis (salgueiro frágil) e Salix purpurea
(salgueiro roxo) apresentam alto teor de salicilina – um β-glicosil alcoólico; além de 8-20% de
taninos. A presença de taninos justifica o desconforto gástrico causado pelas infusões da casca
do salgueiro por ser um irritante da mucosa gástrica.
Em estudos clínicos com pacientes com osteoartrite do quadril e joelho tratados com
um extrato de casca de salgueiro, equivalente a 240 mg de ácido salicílico e avaliados quanto a
dor foi observado que em comparação com o placebo, os pacientes tratados com salicilato
apresentaram melhora significativa após 14 dias de tratamento, evidenciando assim o efeito
anti-inflamatório e analgésico desta espécie, além de sua atividade diaforética
2 PLANTAS TÓXICAS
98
FIGURA 14 - Copo-de-leite
FAMÍLIA: Araceae.
FIGURA 15 - Comigo-ninguém-pode
FAMÍLIA: Araceae.
99
PARTE TÓXICA: todas as partes da planta.
Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia. Contato ocular: irritação intensa com
congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento.
FIGURA 16 - Tinhorão
FAMÍLIA: Araceae.
FIGURA 17 - Taioba-brava
100
FAMÍLIA: Araceae.
Banana-de-macaco
FAMÍLIA: Annonaceae.
101
NOME POPULAR: Araticum, Ata-brava, Banana-de-macaco, Bananinha, Bananinha-de-
macaco, Bananinha-de-quemquem, Fruta-de-macaco, Pereiro PARTE TÓXICA: todas as partes
da planta.
FIGURA 18 - Coroa-de-cristo
FAMÍLIA: Euphorbiaceae.
FIGURA 19 - Bico-de-papagaio
102
FAMÍLIA: Euphorbiaceae.
FIGURA 20 - Avelós
FAMÍLIA: Euphorbiaceae.
103
PRINCÍPIO ATIVO: Látex Irritante.
FIGURA 21 - Pinhão-roxo
FAMÍLIA: Euphorbiaceae.
FIGURA 22 - Mamona
104
FAMÍLIA: Euphorbiaceae.
FIGURA 23 - Saia-branca
FAMÍLIA: Solanaceae.
105
QUADRO CLÍNICO: Início rápido: náuseas e vômitos. Quadro semelhante à intoxicação
poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, taquicardia,
midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de comportamento, alucinações e delírios,
vasodilatação periférica.
FIGURA 24 - Saia-roxa
FIGURA 25 - Estramônio
106
FAMÍLIA: Solanaceae.
FIGURA 26 - Lírio
107
FAMÍLIA: Meliaceae.
FIGURA 27 - Chapéu-de-Napoleão
108
FAMÍLIA: Apocynaceae.
FAMÍLIA: Asclepiadaceae.
109
NOME POPULAR: Paina-de-sapo, oficial-de-sala, cega-olhos, erva-de-paina,
margaridinha, imbira-de-sapo, erva de rato falsa.
FIGURA 29 - Espirradeira
FAMÍLIA: Apocynaceae.
110
FIGURA 30 - Dedaleira
FAMÍLIA: Scrophulariaceae.
FIGURA 31 - Mandioca-brava
FAMÍLIA: Euphorbiaceae.
111
PARTE TÓXICA: raiz e folhas.
FAMÍLIA: Rosaceae.
FIGURA 33 - Giesta
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FAMÍLIA: Leguminosae (Fabaceae).
Joá
113
QUADRO CLÍNICO: Predominam sintomas gastrointestinais: náuseas, cólicas
abdominais e diarreia. Distúrbios hidroeletrolíticos. Raramente torpor e discreta confusão
mental, sintomas de intoxicação atropínica e, às vezes, obstrução intestinal. Torpor, astenia e
prostração. Quadro simula abdômen agudo.
FIGURA 34 - Esporinha
FAMÍLIA: Ranunculaceae.
FIGURA 35 - Flor-das-almas
114
FAMÍLIA: Asteraceae.
FIGURA 36 - Urtiga
FAMÍLIA: Urticaceae.
115
SINTOMAS: o contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamação,
vermelhidão cutânea, bolhas e coceira.
FIGURA 37 - Aroeira
FAMÍLIA: Anacardiaceae.
Todos os alimentos que forem ser usados ou não, devem ser higienizados, os legumes,
verduras ,frutas e ervas.
Lavar um a um com água corrente, esfregando com as mãos .Preparar uma solução clorada de
1 colher de sopa de água sanitária (pode desinfetante 2,5% de cloro) para cada litro de água.
116
Duração de preparação das plantas verdes de 10 a 20 dias
Xarope terapêutico
Para formar um caramelo com consistência de xarope, para todos os medicamentos dar um
ótimo paladar e ficar mais fácil de tomar.
Shampoo De Calêndula
10 ml de tintura de calêndula
Modo de fazer: 2l de água morna. Juntar todos os ingredientes e bater por 20 minutos ,após,
despejar nos frascos.
Dica terapêutica
CRT:44547
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Pomada de confrei: para que serve e como fazer
Remédio natural utilizado pelos mais velhos como um poderoso anti-inflamatório, o confrei
pode tratar contusões musculares e artrite e artrose, mas também pode intoxicar.
Planta originária da Europa e de algumas regiões Asiáticas, o confrei cresce com troncos
grossos e atinge até um metro de altura. De flores amarelas, brancas ou violetas, adapta-se em
solos úmidos e, geralmente, suas folhas é que são utilizadas para preparar pomadas caseiras.
118
Usando o confrei corretamente, você terá beneficio terapêutico.Associação Ipês – psam
Propriedades do confrei
Trata feridas;
Reduz inflamações;
Combate entorses;
Trata artrite e artrose;
Ameniza a dor de contusões ósseas;
Desinflama contusões nervosas;
Trata rompimento de ligamentos;
Auxilia na recuperação de fraturas;
119
Contra indicação
Receita
Ingredientes:
Misture todos os ingredientes até formar uma mistura homogênea. Guarde na geladeira e
passe com movimentos circulares nas regiões lesionada sempre que precisar
Conceito: Nunca use o confrei sozinho dentro de uma ferida aberta, sempre coloque a
tanssagem ou arnica .
120
Pomada de arnica
A pomada, que é usada desde a antiguidade, é feita do extrato de flores verdes da arnica, e é
vendida em farmácias e lojas de produtos naturais. Seu uso é externo e é indicado para
problemas como: contusão, hematomas, dores musculares, artrite e artrose e traumatismos.
É importante que a pomada seja aplicada ao menos três vezes ao dia no local afetado,
acompanhada de uma leve massagem para potencializar seus efeitos.
Chá de arnica
O chá, que é feito com as flores da arnica, é utilizado como compressa para
contusões, reumatismo, dores de cabeça e no alívio de inchaços sendo bastante benéfico para
problemas de circulação. É importante destacar que o mesmo deve ser usado externamente,
pois a planta possui substâncias que podem provocar vômitos, dores abdominais e aumento
da pressão arterial.
Gel de arnica
O gel de arnica tem função bastante similar à pomada, contudo possui textura diferente e é
feito a partir de um extrato concentrado natural da planta. Usado para dores diversas, traumas
121
musculares, hematomas e torções. Pode ser encontrado em farmácias e lojas de produtos
naturais.
O uso da arnica deve ser sempre acompanhado de indicações terapeuticas, pois a planta
possui substâncias tóxicas que podem causar irritações estomacais como as citadas acima
(vômitos, dores abdominais), além de problemas circulatórios como arritmias cardíacas e
aumento da pressão arterial. É contraindicado o uso durante a gravidez e em feridas expostas
(sem pele).
Ingredientes:
Junte todos os ingredientes e leve ao fogo por 40 minutos em banho – maria e despejar nos
frascos
Faça o mesmo com o óleo e nunca use a arnica dentro de um ferimento aberto, fazer os
curativos coloque juntos confrei e arnica.
Sabonete de Arnica
Ingredientes:
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Modo de fazer:
Picar a base, levar ao fogo num recipiente de louça ou inox em banho-maria e derreter. Após,
misture os ingredientes certos. Colocar nas formas durante 3 horas.
Shampoo de Arnica
Ingredientes:
Modo de fazer:
2l de água morna. Juntar todos os ingredientes e bater por 20 minutos, após, despejar nos
frascos.
Pomada de Aroeira
Ingredientes:20 Gr de aroeira em pó
Shampoo De Aroeira
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10 ml de tintura de aroeira
Elimina as caspas
*Sabonete de Aroeira
40 ml de tintura de aroeira
Modo de fazer: Picar a base, levar ao fogo num recipiente de louça ou inox em banho-
maria até derreter. Após, misture os ingredientes certos. Colocar nas formas durante 3
horas.
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Pomada Ipê Roxo
Modo de fazer: Picar a base, levar ao fogo num recipiente de louça ou inox em banho-
maria até derreter. Após, misture os ingredientes certos. Colocar nas formas durante 3
horas.
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Indicação: Inibir as células cancerosas
Óleo De Cravo
Pomada Barbatimão
Ingredientes: 20 Gr de barbatimão
*Sabonete de Barbatimão
40 ml de tintura de barbatimão
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15 gotas de essência a gosto
Modo de fazer: Picar a base, levar ao fogo num recipiente de louça ou inox em banho-
maria até derreter. Após, misture os ingredientes certos. Colocar nas formas durante 3
horas.
Shampoo De Barbatimão
10 ml de tintura de barbartimão
Pomada de tomate
Ingredientes:20 Gr de tomate
Indicação
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-Picada de inseto,para hemorróida externa.,para furuncos, obscesso. para queimadura
do sol.
Sabonete de calêndula
Ingredientes:Uma base de 1 kg
40 ml de tintura de calêndula
Modo de fazer:Picar a base, levar ao fogo num recipiente de louça ou inox em banho-
maria até derreter.Após, misture os ingredientes certos.Colocar nas formas durante 3
horas.
Indicação: Anti-bactericida
Esta dica foi pesquisada por Cristiano Marcos Barbosa Terapeuta Holístico e
Graduando em Farmacia Diretor da Associação Ipês -Psam. e Maria Ap. Dos Santos
Barbosa, auxiliar de enfermagem terapeuta holística, vice – presidente da associação
Ipês Psam do Projeto semente 3 – Ação Mulher .
Alimento.
Aquilo que a pessoa ingere e a maneira que o faz, reflete em grande parte seu estado
íntimo, sendo o funcionamento somático um dos espelhos mais visíveis da
consciência. Vale frisar aqui que aparência física não é sinônimo de saúde, visto que
existem muitos indivíduos esteticamente considerados "rechonchudos" mas com um
organismo saudável, e outros ditos "esbeltos" porém comum estado orgânico deplorável .
TROFOTERAPIA
128
OVOS: 1 ou 2 ovos por semana .
PROTEINA : 2 porções diárias de feijão ou castanha ou soja ou peixe ou carne branca ou ........
Observações:
Açúcar, só o mascavo ou, na falta deste, o cristal (o branco é desmineralizante e altera o nível
de glicose).
Ovos, somente caipiras (os de granja contêm antibióticos carcinogênicos).
129
Desjejum. No desjejum, os mais radicais ingerem apenas fruta e de um único tipo. A única
combinação saudável de frutas é a de banana, maçã, mamão e pêra. Para os moderados,
pode-se agregar pão ou cereais com leite (granola).
Jantar. No jantar, repete-se o almoço, porém a quantidade de alimento deve ser menor.
Cardápio. Cada um pode elaborar um cardápio de acordo com o gosto, desde que regulado
pelas regras aqui transmitidas, ou seja, prático e saudável.
Cereal. Devemos comer quando temos fome e não apenas de acordo com o relógio. Por isso,
é válido sempre estarmos com alguma barra de cereais, para os "casos de emergência"
Evitações. Evitar não quer dizer nunca fazer. Radicalismo é ignorância. O mais sábio é ter como
regra (dia-a-dia) os conselhos aqui sugeridos e, de vez em quando, cometer algumas exceções.
Alguns nãos:
Não misturar doces com salgados nem frutas com verduras (sobremesas!). Não alimentar-se
demais antes de dormir (2 hs de antecedência, no mínimo). Não ingerir produtos
industrializados (doces, bolachas, refrigerantes, café, chá preto, enlatados, conservas e
apresuntados) , pois contem aditivos químicos perniciosos.
Não ingerir líquidos durante as refeições.
• Não comer frituras.
• Não "lambiscar" entre as refeições.
• Não deitar-se após as refeições (procurar movimentar- se).
• Não comer apressadamente (procurar mastigar bem os alimentos antes de engolir).
Carne. A questão do consumo de carne e polemica por vários motivos (nutricionais ,econômicos ,de
saúde publica –vaca louca !!!- energéticos ,éticos e estéticos ,entre outros ).O indivíduo deve
analisar por si próprio qual
o tipo e a quantidade de alimento que melhor supri as suas necessidades orgânicas, sem
fanatismos. Para a maioria
das pessoas aconselha-se substituir, gradualmente, a carne de boi, porco e frango por peixes (de água
doce e salgada), frutos do mar, soja, castanhas, nozes, azeitonas, gergelim, côco, abacate, enfim,
priorizar o consumo de fitoproteínas.
130
exponencialmente em alguns países, principalmente na Europa. Isso demonstra que a
sociedade, aos poucos, está vendo a importância de se seguir algumas leis básicas e simples
da natureza. Nós, enquanto indivíduos, podemos contribuir na efetivação dessa realidade.
Suplementos. Existem vários suplementos alimentares no mercado, cada um para uma carência
nutricional especifica .E preciso tomar cuidado , porem , quanto aos riscos do uso exagerado ou
indevido de alguns deles (modas vitamínicas ) .Se a pessoa consome alimentos variados e ricos em
nutrientes , o consumo de suplementos torna – se secundário . Contudo , 2 chamam a atenção clorela
e ginkgo biloba .
Clorela . A clorela e uma alga unicelular de água doce que surgiu há 2 bilhões de anos . Foi
descoberta no fim do século 19, sendo hoje consumida amplamente nos países do 1°
Mundo ,principalmente no Japão .Ela e conhecida como “pílula dos astronautas “,por ser um
ingrediente importante da sua dieta .A clorela e riquíssima em nutrientes tais como :clorofila,
oligoelementos ,riboflavoinoides ,aminoácidos ,vitaminas (inclusive a B12),entre outros .O ideal e a
ingestão de 2 comprimidos diários ,ad infinitum .
Ginkgo. Ginkgo biloba é uma planta originária do sul da China. Considerada sagrada pelos
budistas, foi o único ser vivo que resistiu à bomba de Hiroshima. Atua na oxigenação
celular, assim, é ótima para a circulação e a memória, além de combater os radicais livres.
Tomar 1 comprimido por dia.
1º dia – Arroz integral; guisado quiabo. Salada de alface, repolho, cenoura, brócoli e abacate.
Sobremesa: iogurte natural ou coalhada.
4º dia - Purê de batatinha; sopa de bugre. Salada de escarola, couve chinesa e alface.
Gergelim ou castanha. Sobremesa: Idem ao 1º dia.
5º dia - Assado de soja. Salada de alface, tomate e pimentão. Sobremesa: Idem ao 1º dia.
7º dia - Batatinha assada (forno); strogonoff de glúten*. Salada de agrião, alface e tomate.
8º dia - Feijão azuki; arroz integral; refogado de chuchu. Salada de nabo, beterraba cozida e
alface.
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9º dia - Torta de palmito; abacate. Salada de cenoura, chuchu cozido e repolho roxo.
10º dia - Assado de milho; macarrão integral. Salada de rabanete, escarola e alface.
11º dia - Sopa de ervilhas; pizza integral de cebola. Salada de tomate, alface e almeirão.
dia - Torta de berinjela; abacate ou côco. Salada de alface, tomate e cenoura.
13º dia - Quirera; proteína texturizada de soja (PTS). Salada de repolho, alface e brócoli.
14º dia - Batata-doce assada; arroz integral; abacate ou castanha. Salada de trigo germinado,
alface e tomate.
15º dia - Abóbora amassada; assado de triguinho. Salada de abobrinha verde, couve-flor e
cenoura.
16º dia - Berinjela assada; arroz integral; azeitonas. Salada de soja, tabule e alface.
18º dia - Glúten recheado; farofa de cenoura com ervilha. Salada de tabule, cenoura e tomate.
19º dia - Torta de legumes; sopa de 4 cereais. Salada de ricota, almeirão e cebola.
20º dia - Esfirra de palmito; sopa de verduras. Salada de alface, beterraba crua com côco
ralado.
21º dia - Arroz integral; couve-flor gratinada. Salada de alface, beterraba e couve-chinesa.
23º dia - Arroz integral; lentilhas com legumes. Salada de pepino, almeirão e alface.
24º dia - Strogonoff de glúten; assado de berinjela. Salada de trigo germinado, couve-flor e alface.
25º dia - Grão-de-bico ensopado; refogado de jiló. Salada burguesa, legumes e alface.
26º dia - Torta paraguaia; frutas oleaginosas. Salada russa, tabule e cenoura.
27º dia - Torta de tomate; sopa de milho verde. Salada de abobrinha, tomate e nabo.
28º dia - Assado de mandioca; proteína de soja texturizada (PTS). Salada alface, repolho e pimentão.
* GLÚTEN
. Ingredientes: 2 Kg de farinha de trigo; 1 xíc. de shoyo; 1 cebola picada; 1 dente de alho; salsinha
picada.
2. Preparo: Amasse a farinha de trigo com água como se fosse massa de pão. Deixe de molho em
água durante 12 hs. Lave a massa com água corrente até sair todo o
amido. O que sobrar é para petiscos. Prepare um molho com os demais
ingredientes. Cozinhe os petiscos de glúten neste molho. Pronto para servir
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Obs. Cuidar para não oferecer glúten para as pessoas que não o toleram (doença celíaca).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALUNAS, M. J., KINGHORN, D. Drug discovery from medicinal plants. Life Sciences,
2005. p. 431-41.
ago. 2003.
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______Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RE nº 90 de 16 de
março de 2004. Dispõe sobre o Guia para os estudos de toxicidade de medicamentos
fitoterápicos. D. O. U. Brasília, 18 mar. 2004.
CNPJ: 13.386.223/0001-80
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