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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distancia

Multiplicação Vegetativa

Sérgio José Sabonete-708220069

Curso: Licenciatura em Biologia

Disciplina: Botânica geral

Ano de frequência:1° Ano

1° Trabalho

Quelimane Maio de 2023


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Categorias Indicadores Padrões Classificação


Pontuação Nota Sobtotal
máxima do
tutor
Estrutura Aspectos Capa 0.5
organizacionais Índice 0.5
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução Contextualização 1.0
(Indicação clara do
problema)
Descrição dos 1,0
objectivos
Metodologia 2,0
adequada ao objecto
do trabalho
Análise e Articulação e 2.0
discussão domínio do discurso
académico
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Revisão 2.0
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área
de estudo
Exploração dos 2.0
dados
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Aspectos Formatação Paginação, tipo de 1.0
gerais tamanho de letra,
paragrafo,
espaçamento entre
linhas
Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência 4.0
bibliográficas edição em das
citações e citações/referências
bibliográficas bibliográficas
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Índice
1.0. Introdução...............................................................................................................4

Metodologia.......................................................................................................................4

2.0. Conceito de Multiplicação vegetativa....................................................................5

3.0. Tipos de multiplicação vegetativa..........................................................................6

3.1. Propagação por tubérculos.....................................................................................6

3.2. Propagação vegetativa............................................................................................6

4.0. Propagação por enxertia.........................................................................................7

5.0. Propagação por mergulhia......................................................................................8

5.1. Estaquia..................................................................................................................8

6.0. Micropropagação....................................................................................................9

6.1. Microestaquia.........................................................................................................9

7.0. Conclusão.............................................................................................................10

8.0. Bibliografia...........................................................................................................11
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1.0. Introdução

A multiplicação das plantas envolve a multiplicação de indivíduos através de métodos


sexuais ou assexuais. O sucesso da propagação requer conhecimentos relacionados ao
material vegetal, ao ambiente e também à manipulação química de substâncias, além da
habilidade técnica que somente é adquirida com a prática e a experiência de
especialistas, o que na maioria das situações não está relacionado com a formação
académica do agente envolvido no processo.

Objectivo geral

 Abordar sobre a multiplicação Vegetativa

Objectivos específicos

 Mencionar as técnicas de multiplicação vegetativa;


 Descrever as técnicas de multiplicação vegetativa;
 Explicar as vantagens e desvantagens de cada técnica mencionada;
 Indicar as culturas adequadas para cada técnica indicada.

Metodologia
Para a produção do trabalho, recorreu se a consulta de obras bibliográficas de vários
autores que versam sobre o tema.
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2.0. Conceito de Multiplicação vegetativa

Multiplicação vegetativa é a designação atribuída ao conjunto de métodos usados pelas


plantas para se reproduzirem de forma assexuada. Outra designação atribuída à
multiplicação vegetativa é propagação vegetativa. Este método reprodutivo pode ocorre
em diversas partes da planta, desde as folhas, ao caule ou ainda nas raízes.

O desenvolvimento da prática da multiplicação vegetativa terá surgido no final dos anos


50 do século XIX, com a propagação das vinhas, na Europa. Esta ocorreu através do uso
de técnicas como a enxertia (Perez, Naylor Bastiani 2008).

Neste tipo de reprodução, os descendentes produzidos apresentam exactamente as


mesmas características que o indivíduo que lhes deu origem, assemelham-se a clones.
Estes clones surgem pois a reprodução ocorre através da divisão celular por mitose.

A multiplicação de células, por mitose, só é considerada reprodução se os indivíduos


originados se separarem do progenitor, uma vez que a descendência surge ligada
fisicamente a este, só existe reprodução quando ocorre a divisão entre os seres,
passando a existir pelo menos dois seres distintos, mas geneticamente semelhantes.

O principal objectivo da multiplicação vegetativa é o desenvolvimento de plantas


saudáveis e que apresentem um bom rendimento reprodutivo, uma vez que a grande
maioria dos indivíduos produzidos são utilizados para a alimentação. Para isso podem
ser utilizados métodos mais tradicionais, que serão mencionados posteriormente, ou
métodos mais modernos que utilizam a biotecnologia (cultura de tecidos in vitro).

Reprodução assexuada

Muitos seres vivos (em particular os invertebrados e as plantas) reproduzem-se de forma


assexuada, uma vez que este processo permite um menor dispêndio de energia, não
sendo necessário concentrar muita energia nessa actividade.

Este tipo de reprodução não envolve as células sexuais dos indivíduos que se
reproduzem. Os organismos que têm origem por cada um dos diferentes processos de
reprodução assexuada surgem devido a divisões resultantes de um processo de mitose,
consequentemente, as células formadas são todas iguais, uma vez que apenas existe um
progenitor e não ocorreu fecundação.
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3.0. Tipos de multiplicação vegetativa


3.1. Propagação por tubérculos

Ocorrência de estruturas especializadas que possuem a capacidade de diferenciação,


podem assim dar origem a novos seres. Estas estruturas surgem devido à existência de
tecidos do meristema, isto é, tecidos com a capacidade de se diferenciarem formando
novos tecidos ou órgãos.

O tubérculo é um caule subterrâneo, com uma grande quantidade de substâncias de


reserva, que cresce, por exemplo, no batateiro. Este método permite o desenvolvimento
de um grande número de descendentes.

3.2. Propagação vegetativa

A propagação vegetativa consiste em multiplicar assexuadamente partes de plantas


(células, tecidos, órgãos ou propágulos), originando indivíduos geralmente idênticos à
planta-mãe. É uma técnica que está sendo cada vez mais adoptada em nível mundial,
principalmente por sua maior efectividade em capturar os ganhos genéticos obtidos dos
programas de melhoramento.

Vantagens

De modo geral, dentre as principais vantagens da propagação vegetativa de espécies


florestais podem ser citadas a formação de plantios clonais de alta produtividade e
uniformidade, a melhoria da qualidade da madeira e de seus produtos, a multiplicação
de indivíduos resistentes a pragas e doenças e adaptados a sítios específicos e a
transferência, de geração para geração, dos componentes genéticos aditivos e não-
aditivos, o que resulta em maiores ganhos dentro de uma mesma geração de selecção.

O grau de sucesso obtido na propagação vegetativa é influenciado pela espécie/clone,


pela estação do ano, pelas condições fisiológicas da planta-mãe, pelas variações nas
condições climáticas, pela posição do propágulo na planta-mãe, pelo tamanho, pelo tipo
e pela hora de colecta do propágulo, pelo meio de enraizamento, pelas substâncias de
crescimento e pelos fungicidas.

Desvantagens
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Entre as principais desvantagens da propagação vegetativa de espécies florestais podem


ser citadas o risco de estreitamento da base genética dos plantios clonais, quando da
utilização de pequeno número de clones, a não-ocorrência de ganhos genéticos
adicionais a partir da primeira geração de selecção, a dificuldade de obtenção de
enraizamento em algumas espécies ou clones e a dificuldade de ocorrência de
enraizamento em plantas não-juvenis.

Umas das desvantagens da multiplicação por mergulhia apesar de ser um método bom
para assegurar a continuação da produção, este também apresenta problemas. No caso
da existência de doenças toda a colheita será perdida, pois os indivíduos não apresentam
variabilidade que permita a sobrevivência de indivíduos mais resistentes, pois estes não
existem.

Cada espécie vegetal reage de forma diferente à multiplicação vegetativa, em alguns


casos é quase impossível a ocorrência deste tipo de reprodução. Nos casos em que a
reprodução por multiplicação vegetativa ocorre, a técnica utilizada também varia
consoante a espécie vegetal, sendo possível que algumas espécies não se consigam
reproduzir, ou apresentem rendimento mais baixo, para um determinado método em
detrimento de outro.

4.0. Propagação por enxertia

Este método consiste na colocação, em contacto, de tecidos de diferentes indivíduos,


permitindo assim que um deles adquira as características do outro. Inicialmente realiza-
se uma fractura nos tecidos dos dois indivíduos. Seguidamente insere-se uma porção do
caule (enxerto ou garfo) de um dos indivíduos, no outro (cavalo ou porta-enxertos),
permitindo assim a união dos tecidos.

Esta técnica permite o melhoramento genético das espécies que nela intervêm
permitindo que estas espécies desenvolvam novas características que as tornaram mais
resistentes a certas pragas ou doenças. Normalmente, apenas é realizada com o auxílio
do ser humano, no entanto, podem ocorrer casos em que ocorra de forma natural, mas é
algo muito raro.

Um dos problemas desta técnica é a compatibilidade entre indivíduos, uma vez que nem
todas as plantas se unem de forma adequada a outras. A utilização bem suceda desta
técnica necessita um bom conhecimento das espécies que serão utilizadas.
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5.0. Propagação por mergulhia

Esta técnica utiliza o caule da planta mãe. O caule é envolvido num meio de cultura
(pode ser simplesmente substrato) adequado de forma a permitir que este desenvolva
raízes. Após a formação das raízes o caule é destacado da planta mãe formando uma
nova planta. Os morangueiros são um de exemplo de uma planta que realiza esta técnica
de forma natural.

A reprodução por multiplicação vegetativa é muitas vezes utilizada na agricultura como


forma de garantir que as colheitas apresentam as características desejadas. Se uma boa
colheita for produzida, os espécimes são “clonados” para que nas colheitas seguintes se
utilize exactamente o mesmo material genético, assegurando assim colheitas de boa
qualidade.

5.1. Estaquia

A estaquia é uma técnica que consiste em promover o enraizamento de partes da planta,


podendo ser ramos, raízes, folhas e até mesmo fascículos, no caso de Pinus spp. Ainda é
a técnica de maior viabilidade económica para o estabelecimento de plantios clonais de
Eucalyptus spp. e a mais difundida entre as empresas florestais (Gomes, 1987; Xavier &
Comério, 1996).

Os trabalhos de propagação vegetativa por estaquia do gênero Eucalyptus, em escala


experimental, segundo Fielding & Pryor, citados por Eldridge et al. (1994), mostraram
os primeiros sucessos a partir de 1948, em Camberra, Austrália. Já em nível comercial,
segundo Assis (1996a), tiveram início em Marrocos, nos anos 50. Intensos trabalhos
experimentais sobre a estaquia de Eucalyptus deglupta começaram a ser desenvolvidos
em 1967, na Nova Guiné, e sob condições ambientais controladas, a partir de 1969, em
Camberra, na Austrália (Davidson, citado por Eldridge et al., 1994).

No Brasil, os trabalhos pioneiros com o enraizamento de estacas de Eucalyptus, em


nível experimental, realizados com sucesso, remontam ao ano de 1975, tendo a técnica
sido adoptada em escala comercial quatro anos mais tarde. O enraizamento de estacas
envolve a regeneração de meristemas radiculares directamente a partir dos tecidos
associados com o tecido vascular, ou a partir do tecido caloso formado na base da
estaca, sendo a indução da regeneração radicular função da espécie, do genótipo e do
nível de maturação da planta doadora.
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Quanto ao processo de estaquia, Paiva & Gomes (1995) relataram que, após realizada a
selecção da árvore-matriz, ela é cortada, visando a produção de brotos que são
enraizados em casa de vegetação. As brotações podem ser colhidas no campo, no caso
de árvores seleccionadas em plantios comerciais, ou no jardim clonal, que é a segunda
etapa do processo. As estacas permanecem na casa de vegetação por um período de 20 a
45 dias, dependendo da região, da época do ano e da espécie envolvida. Quando as
estacas estiverem enraizadas em casa de vegetação, estas serão aclimatadas em casa de
sombra e, em seguida, transferidas para um local de pleno sol, onde completarão seu
desenvolvimento e receberão os tratamentos finais antes de serem levadas ao campo.
Normalmente, as mudas produzidas por enraizamento de estacas estão aptas a serem
plantadas quando atingem de 90 a 120 dias de idade.

6.0. Micropropagação

A micropropagação é uma técnica de reprodução de plantas a partir de órgãos


diferenciados, podendo ser: gemas, embriões ou hipocótilos (Eldridge et al., 1994),
partes de órgãos ou simples células.

É uma técnica que oferece excelentes possibilidades para propagação comercial de


plantas, possibilitando a obtenção de grande número de indivíduos a partir de poucas
matrizes, em curto espaço de tempo e em reduzida área de laboratório (Bonga & Von
Aderkas, 1992).

6.1. Microestaquia

A microestaquia é uma técnica de propagação vegetativa na qual são utilizados


propágulos (microestacas) rejuvenescidos em laboratório de micropropagação, para
serem posteriormente enraizados, visando a obtenção de mudas. É baseada no máximo
aproveitamento da juvenilidade dos propágulos vegetativos, cuja origem,
desenvolvimento.

Uma das limitações da técnica de microestaquia, segundo Assis (1996), Comério et al.
(1996) e Assis (1997), é a necessidade de mudas rejuvenescidas pela micropropagação,
que é dependente, portanto, da existência de laboratório de cultura de tecidos, o que
pode onerar a produção de mudas, além de limitar a sua utilização, por causa das
dificuldades de rejuvenescimento de algumas espécies/clones.
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7.0. Conclusão

No presente trabalho conclui que a propagação vegetativa é uma forma de multiplicar os


vegetais. Normalmente, quando pensamos no crescimento de uma nova planta, o que
primeiro vem à nossa cabeça é a semente na terra e esperar que ela cresça e se
desenvolva. No entanto, as sementes não são o único meio de multiplicar e gerar uma
planta nova. Isso, porque os vegetais podem se reproduzir de forma assexuada (ou seja,
sem ocorrer a fecundação e produção de sementes). Essa reprodução ocorre por meio de
partes de plantas, que originam indivíduos geralmente idênticos à planta-mãe, ou seja,
clones.A propagação realizada por meios artificiais, com a intervenção humana. As
técnicas mais usadas são a estaquia, enxertia e a alporquia. Muitos agricultores,
empresas de biotecnologia e produtores de mudas utilizam essas técnicas para produzir
culturas com maior qualidade e com baixa incidência de doenças. 
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8.0. Bibliografia

ASSIS, T. F., ROSA, O. P., GONÇALVES, S. I. Propagação por microestaquia. In:


CONGRESSO FLORESTAL ESTADUAL, 7, 1992, Nova Prata.

BONGA, J. M., VON ADERKAS, P. In vitro culture of trees. Netherlands: Kluwer


Academic Publishers, 1992.

ELDRIDGE, K., DAVIDSON, J., HARDWIID, C., VanWYK, G. Eucalypt


domestication and breeding. Oxford: Clarendon Press, 1994.

PAIVA, H. N., GOMES, J. M. Propagação vegetativa de espécies florestais. Viçosa,


MG: UFV, 1995.

Perez, Naylor Bastiani (2008). Multiplicação vegetativa de plantas forrageiras:


recomendações para plantio.

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