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Apostila Digital

Fitoterapia
Integrativa
Introdução
O Instituto Ekanta é uma empresa voltada ao bem-estar e saúde
integral. Fundado por Vanessa Puton, o Instituto Ekanta é um
infonegócio social de educação a distância que oferece cursos
online sobre práticas integrativas e complementares, incluindo a
aromaterapia e cosmética natural, buscando fortalecer o
autocuidado e empreendedorismo por meio de práticas mais
conscientes.

Com mais de 10 mil alunos espalhados pelo Brasil, o Instituto


Ekanta também está presente em plataformas de redes sociais
com conteúdos gratuitos que podem ser acessados
instantaneamente.

Vanessa Puton é empresária, naturóloga e terapeuta. Facilitadora


de métodos exclusivos sobre como utilizar a aromaterapia no dia a
dia e criar negócios lucrativos, foi reconhecida como uma das 10
empreendedoras sociais mais relevantes do Brasil pela Redbull
Amaphiko em 2018.

Apaixonada por conhecimento e pelo estudo da aromaterapia,


também publicou trabalhos e estudos de caso sobre PICs no 1º
Congresso Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
em Saúde (CONGREPICS 2018).
Agora, com este e-book, ela quer
ajudar você a entender e resgatar uma
das práticas mais antigas da
humanidade: a fitoterapia, também
conhecida como o estudo e uso das
plantas no dia a dia.

2
Introdução

Um abordagem integrativa da saúde

Antes de nos aprofundarmos nos conceitos e receitas


fitoterápicas, é importante mencionar o contexto no qual a
fitoterapia pode ser entendida como uma prática integrativa e
complementar ou alternativa.

O campo da medicina integrativa é aquele que se dedica aos


aspectos físicos, mentais, emocionais, culturais e espirituais do
indivíduo. É a visão da saúde como um estado positivo, não só
como ausência da doença. Logo, o ser saudável implica em muitas
outras vertentes além da ideia de apenas "não sentir nenhuma
dor".

Uma abordagem integrativa da saúde visa a singularidade do


indivíduo, evitando medidas de tratamentos padronizadas, pois
cada ser humano é único. O intuito é atuar em conjunto com as
práticas de saúde convencionais, ainda que em alguns casos elas
podem ser usadas individualmente (alternativa). Desta forma,
dependendo da gravidade de cada caso a fitoterapia é usada
como método integrativo ou alternativo.

A partir de uma educação voltada para o processo de


autoconhecimento, no qual a pessoa torne-se ativa e autônoma no
seu tratamento com medidas de autocuidado diários e auxílio das
práticas naturais. Este método auxilia para que o indivíduo veja
suas dificuldades e avalie a própria saúde como um alerta do
corpo, aprendendo a entender os fatores envolvidos na doença e
no corpo físico, como: aspectos psicoemocionais, crenças
limitantes, alimentação precária, sono e repouso inadequado para
tratar na raiz esses desequilíbrios manifestados no corpo físico.

3
Introdução

Aos poucos, a percepção de cultura, comunidade e sociedade no


que tange às doenças permite que a medicina integrativa
encontre lugar de fala. As ervas curativas, no caso da fitoterapia,
nos colocam de imediato em contato com a Mãe Terra e com o
nosso mundo interior, tão rico e tão complexo.

A medicina integrativa acredita que muitas das nossas doenças se


originam porque perdemos o contato com nossa própria natureza,
porque perdemos o senso de que somos parte da Terra e do todo.
A Terra é o solo do nosso ser e onde manifestamos nossa
essência. Assim, quando há bloqueios nesse sentido, o corpo físico
responde.

Nesse sentido, fitoterapia é mais uma das ferramentas


terapêuticas a nosso dispor para resgatar aquilo que há de melhor
em nós. A partir do uso consciente das plantas, podemos
promover a capacidade de autocura e verdadeiras transformações
pessoais, que vão refletir tanto no nosso lado interno como no
externo.

4
Introdução

As plantas na história e o surgimento da fitoterapia

As plantas se apresentam como um extraordinário campo para a


cura natural, ainda mais nesses tempos de excesso de substâncias
e medicamentos industrializados. As plantas são como um
tratamento seguro que respeita a vida e os ensinamentos da "Mãe
Terra".

O estudo e utilização das plantas para fins terapêuticos se


fundamenta numa relação entre reino vegetal e ser humano. Fazer
uso das ervas para tratar da saúde de forma integral significa
participar de um ciclo ecológico, que nos oferece a chance de
estar mais presente no mundo vivo e vital do qual fazemos parte.

As ervas nos inserem num contexto maior, nos ligam à vida


realizando suas tarefas fisiológicas e medicinais e nos permitem
entrar em contato com nossa verdadeira natureza através do
processo de cura.

As ervas se tornaram famosas como recurso terapêutico porque


passam longe do estigma que levam os “remédios” e substâncias
sintéticas. Tanto que podemos usá-las livremente como um hábito
pessoal, aliviando dificuldades da nossa rotina e aspectos
emocionais com facilidade. Para necessidades específicas,
podemos usá-las de forma preventiva - a fim de prevenir o
surgimento de problemas, focando em fortalecer e tonificar órgãos
e sistemas.

Mas, caso a doença já tenha se manifestado, ainda assim, algumas


ervas podem ser nossas aliadas, ajudando a superar diversos
casos de enfermidade.

5
Introdução

No sistema ayurvédico indiano e na medicina chinesa,


encontramos plantas ao lado da acupuntura e outras técnicas.
Atualmente, constituem, além desse papel de grande relevância
na medicina integrativa, a base de medicamentos na visão
científica e tecnológica da farmacologia moderna e da medicina
alopática.

É válido notar que a medicina alopática, também chamada de


medicina ortodoxa, tem suas origens no uso de ervas. A maioria
dos medicamentos, inclusive, ainda tem sua origem em material
vegetal. Um exemplo claro disso são as anfetaminas, cuja base é
a efedrina, que fornecem medicamentos antiasmáticos e
passaram a ser pesquisadas após a descoberta do ingrediente
ativo efedrina na erva chinesa Ma Huang (Ephedra sinica).

Outros medicamentos importantes como atropina,


escopolamina, codeína, digoxina e curare também são extraídos
de plantas. Estas plantas são consumidas in natura como chás ou
outras preparações caseiras e destinam-se para uso doméstico
ou ritualístico, ou ainda como tintas, pós, pílulas, cápsulas,
extratos, etc.

Passando por processos de extração, separação e purificação, as


substâncias bioativas (isto é, quinina, digoxina, ergotamina) das
plantas podem ser isoladas. Esses compostos são chamados de
fitomedicina.

Ou seja, por mais que tenhamos avançado cientificamente, as


ervas não deixaram de estar presentes em nosso mundo. As
plantas são vistas como fonte de ingredientes ativos, substâncias
químicas bioativas específicas que podem ser analisadas,
sintetizadas e usadas na forma de medicamentos potentes.
6
Introdução

O corpo é, na essência, de natureza bioquímica, de modo que


quando alguma coisa vai mal, isso acontece no nível dos
processos químicos e das moléculas. Para que o organismo volte a
funcionar corretamente, temos de usar substâncias químicas.
Logo, podemos fazer uso das plantas, que contêm componentes
químicos e agentes poderosos (como a morfina, por exemplo, um
dos analgésicos mais conhecidos do mundo).

Dessa forma, trabalhar com as plantas é entender que elas podem


operar por meio de interações bioquímicas e aplicações
específicas, de modo a ampliar os processos vitais do corpo.

No nível bioquímico, os diversos ingredientes de uma erva


trabalham de modo sinérgico. Mas, claro, quando se trata das
plantas, não há limitações de seus poderes curativos: não é
possível dizer que trabalham apenas como substâncias químicas
incríveis, sendo que, além do nível físico, agem também no nível
da força vital e mental.

Por muitos séculos, os humanos têm usado plantas como


ferramentas terapêuticas.

7
Introdução

Para algumas civilizações antigas, a cura oferecida por plantas


medicinais tinha um efeito mágico e sobrenatural. Outros
acreditavam que essas plantas atuavam no “corpo astral”,
produzindo efeitos fisiológicos e fenômenos paranormais.

As plantas medicinais tinham e ainda têm significado


mágico-religioso para algumas pessoas. Em 1873, no Papiro de
Ebers, um dos mais antigos e importantes tratados médicos do
Egito Antigo, datado de 1600 a.C., foi encontrado e comprovado o
uso de plantas para tratamento.

Durante a Guerra de Troia (1200 a. C), a planta mil-folhas (Achillea


millefolium) foi usada em soldados feridos, a fim de estancar o
sangue e curar feridas. O uso de papoula remonta a esse período
de tempo também.

Na Grécia, Pedanius Dioscorides (100 A.C.) escreveu um tratado


sobre plantas chamado “De Materia Medica”, contribuindo para a
medicina integrativa.

São muitas as evidências sobre o uso das plantas como recursos


terapêuticos. A fitoterapia, termo que surgiu muitos anos depois, é
uma ciência que atua na identificação e extração de compostos
originários de plantas e consiste em estudar suas propriedades
físico-químicas, biológica e fármaco toxicológicas.

8
Introdução

Apesar do desenvolvimento da indústria farmacêutica no período


pós-industrial, a fitoterapia ainda é um recurso entre as opções
terapêuticas.

Tanto que, em 2006, o Ministério da Saúde tornou acessível o uso


terapêutico e preventivo de fitoterápicos e plantas medicinais.

Aqui vale estabelecer uma diferença: plantas medicinais são


aquelas usadas na profilaxia, alívio e cura, geralmente usadas na
medicina popular, como chás ou infusões. Fitoterápicos são
produtos acabados e rotulados, cujos ingredientes provêm de
plantas em estado bruto ou em preparações vegetais.

Embora ainda existam discrepâncias entre as definições de


fitoterápicos e plantas medicinais, esses termos são
frequentemente usados como sinônimos. Portanto, pode-se dizer
que medicamentos fitoterápicos são compostos de plantas
medicinais (quase completamente), mas nem todas as plantas
medicinais podem ser consideradas fitoterápicas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de


85% da população mundial usa medicamentos fitoterápicos para
fins terapêuticos.

9
Introdução

Na história, o termo "fitoterapia" foi usado pela primeira vez em


1913 pelo médico francês Henri Leclerc, em suas muitas edições
do "Précis de Phytothérapie" (“Manual de Fitoterapia”), publicado
originalmente em 1922.

Fitoterapia ou fitoterapia médica, como é chamado na Europa, é o


medicamento mais validado cientificamente na categoria de
medicina natural. Tem origem nas tradições europeia e
greco-romana, remontando a médicos de destaque, como
Dioscorides, Hipócrates, Galen e St. Hildegard de Bingen.

A fitoterapia entrou no idioma inglês com sua definição comum em


1934, graças a Eric Frederick William Powell, que era um praticante
inglês de fitoterapia e homeopatia. O termo em inglês, no entanto,
não ganhou reconhecimento mais amplo até muito depois.

Em 1960, o fitoterapeuta e médico alemão Rudolf Fritz Weiss


publicou Lehrbuch der Phytotherapie (Herbal Medicine), que se
tornou o livro alemão definitivo sobre o assunto. O trabalho foi
publicado inicialmente em um formato diferente em 1944, sob o
nome Die Pflanzenheilkunde in der Ärztlichen Praxis ("Ciência
curativa baseada em plantas na prática médica").

Outro marco importante na história da fitoterapia foi o surgimento,


em 1987, da revista Phytotherapy Research, editada pelo
farmacognosista britânico Fred Evans.

10
Introdução

Afinal, o que é fitoterapia e para que serve?

A fitoterapia é o sistema de medicina mais antigo utilizado no


mundo atualmente. É um medicamento feito exclusivamente a
partir de plantas. Muitos produtos farmacêuticos modernos foram
modelados ou derivados de produtos químicos encontrados nas
plantas.

Na fitoterapia, os medicamentos são produzidos a partir de partes


das plantas, não possuindo apenas uma substância isolada e sim
uma série delas. Essa ação conjunta torna o tratamento mais
pontual e reduz os efeitos colaterais.

Neste embate de milhões de anos, as plantas foram


desenvolvendo suas próprias defesas químicas. Esta é uma das
razões pelas quais a constituição química das plantas é tão
complexa, e porque muitas plantas biossintetizam substâncias
para atuar em alvos específicos moleculares de seus predadores.

Metabólitos secundários de plantas e micro-organismos são


produzidos para modular seus próprios metabolismos e,
consequentemente, também atuar em alvos terapêuticos de
doenças humanas.

Ao longo do processo evolutivo, o homem foi aprendendo a


selecionar plantas para a sua alimentação e para o alívio de seus
males e doenças. O resultado desse processo é que muitos povos
passaram a dominar o conhecimento do uso de plantas e ervas
medicinais.

O uso de fármacos é muito recente e sua comprovação por testes


clínicos é ainda mais recente.
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Introdução

Enquanto os fármacos industrializados apresentam, em sua quase


totalidade, um único princípio ativo que é responsável pelo seu
efeito farmacológico, os extratos vegetais e de fungos, por
exemplo, são constituídos por misturas multicomponentes de
substâncias ativas, parcialmente ativas e inativas, que, muitas das
vezes, atuam em alvos farmacológicos diferentes. A eficácia
desses extratos é o resultado de seu uso, durante muitos anos, por
diferentes grupos étnicos.

Até hoje, alguns povos ainda fazem uso consciente de


medicamentos fitoterápicos tradicionais relacionados com saberes
e práticas que foram adquiridas ao longo dos séculos.

Atualmente, a fitoterapia é reconhecida como fitoterapia moderna


e baseada na ciência. É praticada por médicos, naturopatas,
naturólogos e fitoterapeutas em todo o mundo.

12
Introdução

A base dos medicamentos modernos, química, perfumes e


botânica está na medicina de plantas. De fato, muitas drogas
sintéticas são derivadas de plantas ou são semelhantes a produtos
químicos encontrados na natureza.

Na fitoterapia, os medicamentos vegetais são selecionados para


fortalecer as funções normais do corpo, e assim, ajudá-lo a se
restabelecer. O médico herbalista ou fitoterapeuta aborda cada
cliente como um indivíduo único, a fim de fazer um diagnóstico
holístico. Qualquer medicamento fitoterápico prescrito pode ser
uma combinação de plantas escolhidas para as necessidades
específicas do paciente.

As ervas podem ser prescritas de diferentes formas: chás, tinturas,


cápsulas, comprimidos, banhos, escalda-pés ou uma loção /
creme para uso tópico.

Melhora nos sintomas e nos aspectos envolvidos nos


desequilíbrios de saúde deve ser observada dentro de horas a 1
dia para condições agudas, como resfriado ou gripe, ou entre 4 a 6
semanas para condições crônicas, como dores articulares,
corrimentos vaginais.

13
Introdução

O principal alerta:

Nem tudo que é natural/vegetal é seguro!

As plantas consideradas medicinais beneficiaram e continuam


beneficiando a humanidade. Credenciaram-se pelo seu uso
tradicional pelo conhecimento testado, passado de geração em
geração e registrado em escrituras ao longo de séculos. Sendo
comprovado pela ciência, mais tarde.

No entanto, embora algumas ervas sejam maravilhosas para a


nossa saúde, existem outras que são considerados venenos, por
conterem toxinas extremamente poderosas.

O mau uso de fitoterápicos pode ocasionar problemas à saúde,


como qualquer outro fármaco. A ANVISA exemplifica alguns dos
possíveis problemas: alterações na pressão arterial e problemas no
sistema nervoso central, fígado e rins, que podem levar a
internações no hospital e até morte, dependendo da forma de uso
irregular. Por isso, é fundamental usar fitoterápicos seguindo
orientações de um profissional da área de saúde capacitado.

A sociedade tem a percepção de que todo produto natural é


seguro e desprovido de efeitos colaterais. Em alguns casos, os
efeitos dos produtos naturais são apenas psicológicos e, em
outros, causam danos irreversíveis à saúde.

A falta de informação do público sobre os fitoterápicos tem sido


explorada por pessoas que visam o lucro fácil e divulgam ideias de
curas milagrosas. É preciso levar em consideração o poder e ação
físico-química, emocional, mental e energética das plantas
utilizá-las com inteligência e segurança.
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Práticas Integrativas e
Complementares
As Práticas Integrativas e Complementares contemplam sistemas
médicos complexos e recursos terapêuticos, os quais são também
denominados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de
medicina tradicional e complementar/alternativa (MT/MCA).
Através dessas práticas buscam estimular os mecanismos naturais
de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de
tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora,
no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser
humano com o meio ambiente e a sociedade com foco na
Atenção Primária à Saúde (APS).

No Brasil, em consonância com as recomendações da OMS, foi


aprovada, em 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares no SUS (PNPIC). Incentivando as práticas de
Medicina Tradicional Chinesa, acupuntura, homeopatia, plantas
medicinais e fitoterapia. Em 2018, mais dez foram incluídas,
incluindo a aromaterapia entre muitas outras no Sistema Único de
Saúde (SUS).

Na instância federal, destaca-se a Política Nacional de Plantas


Medicinais e Fitoterápicos, aprovada também em 2006 por
decreto presidencial, com diretrizes e ações para toda a cadeia
produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos.

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Práticas Integrativas e Complementares

As plantas medicinais e seus derivados estão entre os principais


recursos terapêuticos da MT/MCA e vêm, há muito, sendo
utilizados pela população brasileira nos seus cuidados com a
saúde, seja na Medicina Tradicional/Popular ou nos programas
públicos de fitoterapia no SUS, alguns com mais de 20 anos de
existência.

Entre as Práticas Integrativas e Complementares no SUS, as


plantas medicinais e fitoterapia são as mais presentes no Sistema,
segundo diagnóstico do Ministério da Saúde.

As ações para implementação das diretrizes dessas políticas


nacionais buscam ampliar a oferta de serviços e produtos
relacionados à fitoterapia no SUS, de forma segura e racional, por
profissionais de saúde qualificados, considerando o sujeito em sua
singularidade e inserção sociocultural, promovendo a
integralidade da atenção e abordagem terapêutica.

Embora haja bastante procura por fitoterápicos no Brasil, ainda é


preciso avançar nesse campo.

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Práticas Integrativas e Complementares

Este avanço depende de uma forte campanha de esclarecimento


público, que deve incluir a classe médica, para mostrar a
segurança e eficácia das plantas medicinais de uso tradicional,
como uma alternativa terapêutica incentivando o poder de
escolha de tratamento para os indivíduos.

É também importante que a indústria farmacêutica se envolva


mais com o estudo de plantas medicinais, desde o trabalho de
identificação do princípio ativo ao controle de qualidade dos
produtos oferecidos ao consumidor.

A complexidade na composição química dos extratos dos


fitoterápicos é uma das principais razões para a reprodução dos
seus efeitos farmacológicos desejados, A ação medicinal das
plantas se dá além do corpo físico, atua também nas emoções,
mente e campo energético. Diferente dos fármacos que isolam e
concentram compostos químicos, perdendo a ação completa no
indivíduo, comparado às plantas medicinais.

O corpo humano é um organismo complexo e que poucas


doenças podem ser atribuídas a uma única causa ou limitando
apenas ao corpo físico ou partes do corpo físico.

O Ministério da Saúde, ao recomendar e indicar 71 plantas


medicinais aprovadas pela ANVISA, cujo uso está consagrado na
cultura da medicina popular brasileira, abriu espaço para o
fortalecimento dessa prática de forma consciente.

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Formas mais
comuns de utilização
Remédios internos

Uma das melhores formas de absorver todas as propriedades das


ervas é ingerindo-as por meio de chás e xaropes. Para isso,
podemos fazer preparos à base de água e de álcool.

Preparos à base de água

Os preparos à base de água são feitos de duas formas: infusões e


decocções. Quando a erva contém partes duras, lenhosas,
fazemos decocção, do contrário, fazemos infusão.

1 Infusão

Os preparos à base de água são feitos de duas formas: infusões e


decocções. Quando a erva contém partes duras, lenhosas,
fazemos decocção, do contrário, fazemos infusão.

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Formas mais comuns de utilização

Ervas indicadas para infusão:

Beber 3 vezes ao dia para tratar reumatismo,


Aipo
artrite e gota

Beber 3 vezes ao dia para aliviar depressão,


Alecrim
dor de cabeça e tensão psicológica

Beber 3 vezes ao dia para tratar insônia,


Alfazema/Lavanda
nervosismo e exaustão

Beber 3 vezes ao dia, antes das refeições,


Anis/Erva-doce para tratar flatulências, cólicas, bronquite e
tosse

Beber 3 vezes ao dia para acalmar, aliviar


coceiras e queimaduras e irritações
Calêndula
cutâneas - também pode ser aplicada
compressa diretamente na pele

Adicionar a chás calmantes para combater


Canela
diarreia e náuseas

Beber antes das refeições para aliviar dores


Coentro
estomacais

Beber sempre que necessário para tratar má


Gengibre circulação, frieira, cólicas e aliviar dores de
garganta e de cabeça

Beber sempre que necessário para tratar


Hortelã-pimenta resfriados, gripes, dores de cabeça, cólicas,
ansiedade, tensão e histeria

Continua →

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Formas mais comuns de utilização

Beber quente 3 vezes ao dia para tratar a


Mil-folhas
febre

Beber 3 vezes ao dia para tratar tensões


Orégano
musculares, resfriados e gripes

Beber 3 vezes ao dia para aliviar cólicas


Poejo
menstruais

Beber 3 vezes ao dia para tratar problemas


Tomilho
asmáticos

Beber quando necessário para acalmar


Valeriana
estados nervosos e histéricos

Para fazer a infusão:

Pegue um recipiente de porcelana ou de vidro


previamente aquecido e coloque nele 1 colher de chá de
erva seca para cada xícara de chá.

Despeje 1 xícara de água fervente para cada


colher de chá da erva depositada no
recipiente e tampe-o. Deixe descansar
por 10 a 15 minutos.

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Formas mais comuns de utilização

As infusões podem ser bebidas quentes - o que em geral é melhor


para um chá medicinal - ou frias, podendo ser acrescentado
inclusive gelo. É possível ainda adoçar com mel ou açúcar
mascavo.

Importante: sempre que possível, as infusões devem ser


preparadas para uso imediato.

Partes da planta mais utilizadas: flores,folhas, caules verdes. Caso


a infusão inclua sementes, cascas e raiz, o ideal é triturá-las antes,
para torná-las mais permeáveis à água (por exemplo, sementes
como anis estrelado e funcho devem ser levemente esmagadas
antes de ser usadas numa infusão, para liberar os óleos voláteis
das células).

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Formas mais comuns de utilização

2 Decocção

Sempre que uma erva for muito dura ou lenhosa, deve-se fazer
uma decocção e não uma infusão, para que seus conteúdos
solúveis se dissolvam com facilidade. Raízes, hastes, cascas, nozes
e algumas sementes são muito fortes, por isso é necessário muito
mais calor para extrair os seus benefícios.

Para fazer a decocção:

Numa caneca ou panela, coloque 1 colher de chá de erva


seca ou 3 colheres de chá de erva fresca para cada xícara
de água. Ervas secas devem ser moídas ou trituradas; as
frescas devem ser cortadas em pequenas porções. Para
quantidades maiores, use 30 gramas de ervas secas para
cada meio litro de água. Importante: nunca use alumínio.
Prefira recipientes de vidro, cerâmica, louça ou metal
esmaltado.

Acrescente às ervas a quantidade apropriada de água.

Leve para ferver e mantenha em fervura


lenta pelo tempo indicado para a mistura
ou erva específica, em geral de 10
a 15 minutos.

Coe o chá enquanto ainda quente.

22
Formas mais comuns de utilização

Preparos à base de álcool

Em geral, o álcool é um solvente mais eficiente do que a água para


os constituintes das plantas. Preparos de álcool são chamados
tinturas, termo às vezes usado também para preparos à base de
glicerina ou vinagre.

Para uso doméstico, sugere-se usar um álcool de teor alcoólico de


pelo menos 30%, pois essa é praticamente a mistura álcool/água
mais fraca com ação conservante prolongada.

Para fazer uma tintura com álcool:

Coloque 120 gramas de erva seca triturada ou moída num


recipiente que feche bem. Se as ervas forem frescas,
dobre a medida.

Despeje meio litro de álcool de 30% sobre as ervas e feche


bem.

Mantenha o recipiente em lugar quente por duas semanas,


agitando-o bem duas vezes por dia.

Decantada a maior parte do líquido, despeje o resíduo


numa peça.

Esprema todo o líquido. O resíduo forma um composto


excelente.

Coloque a tintura numa garrafa escura e bem fechada.

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Formas mais comuns de utilização

Volume por volume, as tinturas são muito mais fortes do que as


infusões ou decocções, por isso a dosagem a tomar é bem menor,
entre 5 e 15 gotas, dependendo da erva.

As tinturas podem ser usadas de várias maneiras. Podem ser


ingeridas puras ou misturadas com um pouco de água, ou
adicioná-las a 1 xícara de água quente. Nesse caso o álcool
evapora até certo grau e deixa a maior parte do extrato na água.

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Formas mais comuns de utilização

Remédios externos

1 Banhos

Um modo agradável e muito apropriado de absorver os


compostos herbáceos através da pele. Você pode fazer isso com
uma imersão numa banheira ou como um enxágue final sobre
todo o corpo. Escalda-pés também são uma ótima opção,
principalmente após um dia agitado.

Para o banho, basta separar as ervas secas ou frescas no processo


de infusão para desfrutar de todos os seus benefícios. É
importante não deixar a água ferver; se preferir, macere com as
mãos as ervas frescas para extrair o máximo de seus princípios
ativos.

O processo de enxágue é o mesmo: aproveite para fazer esse


enxágue da cabeça aos pés, beneficiando todos os chakras e
realinhando a energia conforme a erva escolhida (fazer em forma
de chá para enxágue ou deixar as ervas na água é opcional).

O ideal é deixar que o corpo seque naturalmente depois, para que


a pele tenha tempo de absorver todas as propriedades da planta.

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Formas mais comuns de utilização

Ervas indicadas para banhos:

Energizantes
Ajustam o campo energético, devolvem força vital, harmonizam os
chakras e auxiliam física, mental e espiritualmente

Alecrim ilumina e rejuvenesce

Lavanda tranquiliza e purifica

Boldo anima e ajuda a focar

Calêndula acalma e ajuda a perdoar

Camomila acalma e controla as emoções

Hortelã anima e estimula

Manjericão energiza e equilibra

Sálvia estabiliza e protege

Lavanda 26
Formas mais comuns de utilização

Potencializadoras
Trabalham questões específicas como prosperidade, autoestima,
sensibilidade, saúde, amor

Artemísia aumenta a autoestima e a coragem

Benjoim fortalece a mediunidade, o amor e purifica

Café equilíbrio o campo astral masculino e a saúde

Canela organiza e atrai prosperidade e sucesso

Capim-limão calmante, ajuda a tomar decisões

ajuda a focar e aumentar o desejo de


Louro
progresso profissional

Mirra limpa e purifica a mente e o ambiente

Louro 27
Formas mais comuns de utilização

2 Compressas

Uma compressa ou fomentação é uma excelente forma de aplicar


um remédio à pele para acelerar o processo de cura.

Para fazer uma compressa, pegue um tecido limpo - gaze, linho ou


algodão - e mergulhe-o numa infusão ou decocção quente.
Aplique esse tecido sobre a área afetada, o mais quente possível.
Como o calor intensifica a ação das ervas, troque a compressa
quando ela esfriar ou então recubra-a com plástico.

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Formas mais comuns de utilização

3 Óleo Medicado

Muitas ervas são ricas em óleos essenciais. Existem ervas, como a


hortelã-pimenta, cujos óleos são voláteis, tornando a planta
aromática; existem também aquelas cujos óleos não são
exatamente aromáticos, como é o caso da erva-de-são-joão.

Dependendo do modo de extração, os óleos essenciais podem ser


usados de duas maneiras. Na primeira, temos os óleos essenciais
puros, extraídos da erva por meio de um complexo e meticuloso
processo de destilação. Somente um especialista pode fazer esses
óleos em casa. É possível adquirir esses óleos de fornecedores
especializados, que os destilam como base para aromaterapia e,
desse modo, tomam todos os cuidados para que sejam o mais
puros possível.

A segunda maneira de extrair óleos é muito mais simples e se


assemelha ao método de infusão a frio. Em vez de mergulhar a
erva em água, nós a mergulhamos em óleo vegetal prensado a
frio, de onde obtemos uma solução do óleo essencial à base de
óleo ou chamado de óleo medicado. Você pode usar óleos
vegetais, como de oliva, de girassol ou de amêndoa.

Para fazer um óleo com ervas, corte a erva em pedacinhos,


cubra-a com óleo vegetal e despeje num recipiente de vidro
transparente. Deixe o recipiente ao sol ou em lugar quente durante
duas ou três semanas, agitando-o todos os dias.

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Formas mais comuns de utilização

Ao término desse período, filtre o líquido em recipiente de vidro


escuro e guarde-o. Um típico e ótimo exemplo desse tipo de óleo
é obtido com a erva-de-são-joão. Trata-se de um óleo muito
vermelho que pode ser usado externamente para massagens,
para aliviar queimaduras de sol e curar ferimentos.

Pode-se também ingeri-lo em doses bem pequenas para


amenizar dores estomacais. Para prepará-lo, colha as flores
recém-abertas e esmague-as numa colher de chá de óleo de
oliva. Acrescente um pouco mais de óleo, misture bem e coloque
num recipiente de vidro. Deixe o recipiente ao sol ou em lugar
quente de três a seis semanas, quando então o óleo estará
vermelho-vivo. Coe a mistura, espremendo bem para extrair todo o
óleo, e deixe descansar por algum tempo, pois a água presente no
líquido se acumulará no fundo, possibilitando a decantação do
óleo. Coloque-o em recipiente escuro e bem fechado.

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Doenças que podem ser
tratadas com a fitoterapia
É notável que, conforme as estruturas da nossa sociedade vem se
modificando, os hábitos também acabam por sofrer alterações.
Vivemos um momento em que sabedorias antigas são resgatadas
com mais interesse, principalmente pela comprovação da eficácia,
reduzindo custos e barateando os tratamentos de saúde.

Fitoterapia é poder utilizar todo o poder das plantas a nosso favor.


É um método alternativo que tem o seu valor, num mercado que
cresce a cada ano. Hoje, valorizamos muito mais hábitos
saudáveis, maior consumo de frutas e verduras, prática de
exercícios físicos e a busca pela espiritualidade, o que inclui o
conhecimento do próprio corpo, mente e emoções, além de
formas naturais de tratar doenças, sem a recorrência automática a
remédios industrializados que podem ser muito tóxicos para o
organismo humano e ainda mascarar um desequilíbrio mais
profundo.

Nesta seção, apresentamos a você diversos problemas,


categorizados por sistemas (sistema nervoso, sistema
musculoesquelético, sistema digestório, sistema respiratório,
doenças cutâneas e sistema reprodutor feminino) que podem ser
tratados com o apoio de ervas milenares.

Lembrando que cada caso é um caso. Não desaparecendo os


sintomas ou não havendo melhoras, um médico deverá ser
consultado.

31
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Doenças do Sistema Nervoso

Em nenhum outro sistema do corpo a relação entre os aspectos


físico e psicológico do nosso ser é tão evidente como no sistema
nervoso. Sem dúvida, o sistema nervoso faz parte da estrutura
física do corpo e, também de modo inequívoco, todos os
processos psicológicos se desenvolvem nesse sistema. Por
conseguinte, uma doença que ocorra no nível psicológico terá
reflexos no nível físico; e, inversamente, uma doença no nível físico
repercutirá no psicológico. Quando o corpo físico está tranquilo, a
mente também se acalma.

32
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

1 Ansiedade

O que é: em algum momento da vida, todos nós passamos pela


experiência da ansiedade. Em geral, essa sensação, que é causada
por algum problema externo relevante, dura pouco tempo. Às
vezes, porém, ela se torna um padrão habitual, influenciando os
nossos pensamentos e comportamentos. Então percebe-se o
mundo através do filtro da atitude ansiosa e se age em
consonância com essa percepção. Ocorre um círculo vicioso em
que ansiedade produz mais ansiedade.

Ervas/Fitoterápicos mais indicados: os mais eficazes são


Mulungu (Erythrina mulungu), Lavanda (Lavandula angustifolia),
Camomila (Matricaria recutita L.), kava-kava (Piper methysticum),
Passiflora (Passiflora L.) e Valeriana (Valeriana officinalis L.). Além
dos relaxantes nervinos, as ervas antiespasmódicas são de grande
proveito, pois em muitos casos de ansiedade há também tensão
muscular; a descontração ajuda o ser todo a encaminhar-se a um
estado de calma e bem-estar, o estado interior perfeito em que o
processo de cura germina e se desenvolve.

Valeriana 33
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Recomendação de uso: pode ser infusão, por exemplo. Também


pode fazer banhos, óleos medicados, compressas no peito com as
mesmas ervas, seguindo as recomendações a partir da página 19.

Passiflora
1 colher
(chá) + Valeriana
1 colher
(chá) =
Beba esse chá três vezes ao dia ou
conforme a necessidade.

Relacionamento com a Medicina Chinesa: a MTC entende que


fenômenos como a ansiedade são sintomas de distúrbios de outra
ordem. Aliado a isso, para os chineses, não existe separação entre
corpo, mente e espírito, logo, a ansiedade é vista como uma
desarmonia em um dos cinco principais órgãos do corpo (coração,
baço/pâncreas, pulmão, rins e fígado).

Nesse sentido, uma das ervas que mais pode beneficiar o sistema
nervoso é a laranja amarga. Utilizando da decocção, 1 a 2 colheres
de sobremesa por xícara, uma a três vezes ao dia. A tintura
utiliza-se 50 a 100 gotas, uma a três vezes ao dia, e o xarope duas
a quatro colheres de sopa ao dia.

34
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Relacionamento com a Ayurveda: segundo a Medicina Ayurveda,


a harmonização da nossa mente começa pelo Dosha Vata. Paralela
a uma dieta equilibrada, é possível aplicar a fitoterapia para
controlar a ansiedade. Na fitoterapia ayurvédica destaca-se o
Brahmi ou Bacopa Monnieri, planta medicinal utilizada na Índia há
centenas de anos para tratar as alterações mentais e emocionais.
Esta planta apresenta propriedades terapêuticas sedativas,
antidepressivas e equilibradoras. A camomila, o maracujá e o
ginseng indiano também ajudam a baixar os níveis de ansiedade..
A camomila, inclusive, pode ser consumida como suplemento ou
sob a forma de chá. Um chá feito com raízes de kava também é
muito indicado para quem sofre de ansiedade crônica. Beba o chá
de 2 a 3x por dia, e em caso da ansiedade ser acompanhada pela
insônia, o chá de maracujá deve ser bebido especificamente antes
de dormir.

35
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

2 Depressão

O que é: a depressão pode ser uma reação a fatores externos ou


pode ser um estado mental emocional que pode ser criado
internamente; muitas vezes é uma combinação de ambas. Em um
caso e outro, ervas podem ajudar a reduzir a depressão, mas ao
mesmo tempo é preciso tratar a causa básica. Faz-se necessário
um exame honesto dos fatores envolvidos e uma reavaliação
corajosa da própria vida com profissionais habilitados. As ervas
acalmam a mente e emoções para facilitar a solução e evitar
utilizar medicamentos sintéticos cheios de efeitos colaterais e
viciantes..

Ervas/Fitoterápicos mais indicados: entre as melhores ervas


antidepressivas mencionam-se alecrim (Rosmarinus officinalis),
damiana (Turnera diffusa), ginseng (Panax ginseng), tília (Tilia
cordata), valeriana (Valeriana officinalis), camomila (Matricaria
chamomilla) e verbena (Verbena officinalis).

36
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Recomendação de uso: quando a depressão está associada a


uma debilidade geral de todo o organismo, afetando o sistema
nervoso, indica-se a seguinte mistura:

Alecrim
1 parte + Camomila
1 parte

=
Damiana
1 parte + Verbena
2 parte

Pode ser ingerido três vezes ao dia.

Outra opção pode ser a seguinte mistura:

Valeriana
1 parte + Ginseng
1 parte + Tília
1 parte =
Pode ser ingerido três vezes ao dia.

37
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Relacionamento com a Medicina Chinesa: a nível cerebral, a


depressão provoca uma deficiência na atividade de alguns
neurotransmissores responsáveis pela produção de alguns
hormônios, como a serotonina e endorfina, que fornecem a
sensação de prazer, bom humor e bem-estar.

Massagens com óleo essencial de limão e ylang-ylang podem


aliviar os sintomas primários da depressão. A erva de são joão é a
mais indicada para estados crônicos, sendo recomendado infusão
e beber o chá 3x por dia. A bétula também é uma planta
conhecida por ser calmante, desinfetante e por reduzir crises
depressivas, assim como o sândalo, cujo forte aroma pode ajudar
a restaurar a sensação de bem-estar.

Relacionamento com a Ayurveda: a medicina ayurveda enxerga a


depressão e o indivíduo em sua totalidade, tanto nos aspectos
materiais quanto emocionais. Por isso, a depressão e a ansiedade
são encaradas como um desequilíbrio na combinação natural dos
elementos (éter, ar, fogo, água, terra) da pessoa e a investigação
para o correto diagnóstico começa indo além da presença de
hábitos de vida prejudiciais. Uma vez identificado isso, utilizam-se
as ervas. As melhores ervas ayurvédicas para combater a
depressão são a camomila, erva de são joão, melissa, centella
asiática, erva baleeira, cardamomo.

38
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

3 Insônia

O que é: uma vez ou outra todos passamos uma noite sem dormir;
o estresse do dia ou a ansiedade com o dia seguinte podem
manter-nos despertos e inquietos ao longo da noite ou
impedir-nos de ter um sono profundo e tranquilo. Quando isso
acontece de vez em quando, não há maiores problemas. No
entanto, essa pode se tornar uma ocorrência repetida em que o
corpo todo padece, pois é durante o sono que a maioria dos
processos curativos e de recuperação acontece. Existem muitos
hipnóticos herbáceos fortes que promovem uma boa noite de
sono, mas muitas vezes um relaxamento tranquilo com a ajuda de
relaxantes nervinos é suficiente para que se consiga adormecer de
modo natural.

Ervas/Fitoterápicos mais indicados: os indutores de sono mais


eficazes são valeriana (Valeriana officinalis), lavanda (Lavandula
angustifolia, camomila (Matricaria chamomilla), verbena (Verbena
officinalis).

Lavanda 39
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Recomendação de uso: uma mistura muito boa para as noites de


insônia é:

Passiflora
1 parte + Valeriana
1 parte =
Beba esse chá antes de ir para a cama. A quantidade
necessária varia de pessoa para pessoa, por isso
experimente. A mistura é segura, sendo impossível
exagerar na dose com essas ervas.

A maioria dos relaxantes nervinos propicia um sono natural e


tranquilo. Camomila, tília e trevo-dos-prados são os mais indicados
e resultam em chás bem gostosos. Eles são o último tipo de
líquido que se deve beber antes de dormir para relaxar as tensões
subsistentes do dia e predispor para o sono.

Outra forma muito agradável e excelente de absorver essas ervas


é através da pele durante o banho. Essa é uma maneira muito boa
para ajudar as crianças a dormir melhor. Assim, um banho com tília
como último ritual à noite favorece o sono; um banho com
camomila também produz esse resultado, além de contribuir com
a dentição.

40
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Esta receita é para um banho com valeriana, mas pode servir de


ponto de referência para todas as ervas mencionadas.

Despeje 1 litro de água fervente sobre um ou dois punhados


da raiz seca da valeriana, deixe descansar por uma hora,
depois peneire o líquido e acrescente-o ao banho quente,
que deve ser tomado logo antes de ir para a cama. O banho
pode ser de corpo inteiro ou apenas dos pés
ou das mãos.

Relacionamento com a Medicina Chinesa: antes de mais, é


preciso avaliar o que está causando o desequilíbrio do sono. Por
exemplo: se a insônia é causada por estresse, os melhores
resultados, além do trabalho com acupuntura, serão com as ervas
fitoterápicas de kava-kava, passiflora e erva de são joão. Se o que
perturba é mais a ansiedade, e daí advém perturbações no sono,
banhos com lavanda são mais indicados. Uma fórmula fitoterápica
muito conhecida é a Multiflores Ran, cuja composição utiliza
extratos de passiflora, angélica e diversas flores chinesas. É
indicado para acalmar a Mente (Shen) e harmonizar o Fígado (Gan)
e o Coração (Xin). Serve para todos os tipos de insônia.

41
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Relacionamento com a Ayurveda: banhos de ervas são


excelentes formas de purificação. Existem diferentes tipos de
ervas ayurvédicas para proporcionar, através deste ritual, limpeza
e proteção do corpo físico, mental, emocional e energético.

Outra modalidade seria o Swedana, também conhecido como


Sauna Terapêutica. É uma prática ayurvédica que usa o calor para
relaxar e desintoxicar o corpo, ajudando a retirar os Doshas em
excesso do corpo, restabelecendo o equilíbrio. O suor expulsa as
toxinas que prejudicam o funcionamento do organismo,
promovendo a saúde como um todo. Lavanda, camomila,
calêndula e ginseng são as melhores ervas para tratar a insônia.

42
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Doenças do Sistema Musculoesquelético

O nosso esqueleto, o tecido conjuntivo, os músculos e as


articulações nos mantêm integrados, nos capacitam a ficar de pé e
nos movimentar, e nos dão a forma que temos. Eles são muito
usados – e mal usados – e constituem locais de muito desgaste e
deterioração física. Mas a saúde desses tecidos depende não só
do uso a que os submetemos ou da estrutura da qual fazem parte,
mas também em grande medida do ambiente interior, do estado
do nosso metabolismo, da alimentação e do estilo de vida.

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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

4 Cãibra

O que é: uma vez ou outra, todos nós já tivemos cãibras


musculares, doloridas sim, mas que não devem causar
preocupações maiores. No entanto, caso se tornem uma condição
renitente, devem ser tratadas, não só para evitar o sintoma
incômodo, mas também porque sugerem a existência de
problemas circulatórios, um sinal de falta de oxigênio. É muito fácil
resolver o problema com ervas, desde que se continue o
tratamento por algum tempo.

Ervas/Fitoterápicos mais indicados: pode-se usar uma mistura


de gengibre, hortelã-pimenta e alecrim.

Recomendações de uso:

+ + =
Hortelã Alecrim Gengibre
2 partes 6 partes 1 parte

Beba essa decocção três vezes ao dia


durante alguns meses.

44
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Relacionamento com a Medicina Chinesa: as plantas que atuam


como analgésicas e restabelecem a circulação local, eliminando a
dor, são descritas na Medicina Chinesa como ervas que eliminam
“vento/umidade”. As mais indicadas são: jasmim, inhame, chapéu
de couro, cavalinha, mulungu, arnica e erva de são joão. Podem
ser utilizadas em massagens, como chás ou compressas locais
sobre a área dolorida.

Relacionamento com a Ayurveda: na medicina ayurvédica, as


dores podem ser combatidas com a casca de salgueiro, que reduz
inflamações e alivia cãibras e rigidez muscular. A casca de
salgueiro contém o princípio ativo salicilina, utilizado em muitos
remédios tradicionais. Pode ser ministrada na forma de chá,
cápsulas ou tinturas. Outra opção é adicionar mais gengibre à sua
alimentação. O gengibre é uma das ervas mais famosas na
culinária indiana, um verdadeiro anti-inflamatório natural, efetivo
contra dores nas juntas e distensões musculares (mas atenção:
pessoas com problema de pressão alta devem evitar). Pode ser
preparado como chá ou compressa direto na área afetada.

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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

5 Reumatismo e Artrite

O que é: essas doenças resultam da incapacidade do corpo de


lidar com pressões decorrentes de uma dieta e estilo de vida
errados e de outras formas de estresse. O objetivo do tratamento
será reconduzir o indivíduo a um estado de saúde e vitalidade em
que o corpo possa dedicar-se ao sintoma, em vez de atacar o
sintoma para chegar à vitalidade. Na abordagem dessas doenças,
um aspecto importante é a ideia de atrito.

As alterações que a artrite provoca nas articulações aproximam os


ossos de modo a causar fricção, mas em geral há uma longa
história de atritos que culmina nessa mudança física. Ela pode
resultar de um determinado trabalho físico, como no caso do
agricultor que desenvolve osteoartrite nos ombros por carregar
muito peso durante anos, ou pode ser tensão muscular que leva a
uma forte aderência das articulações, efeito que se deve em geral
a uma história de atritos na vida.

Uma das causas do reumatismo e da artrite é o acúmulo de


toxinas ou de resíduos no tecido afetado. Um dos principais fatores
responsáveis pelo desenvolvimento dessa doença é uma dieta
inadequada, seja por causa de alimentos impróprios para o corpo
ou tão desvitalizados e adulterados que chegam a ser prejudiciais.

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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Ervas/Fitoterápicos mais indicados:

Arnica
1 parte
+ Erva-de-
são-joão
1 parte
+ Erva-baleeira
1 parte

Sucupira
1 parte + Bardana
2 parte =
Beba esse chá três vezes ao dia por até 20 dias. Essa é
apenas uma possibilidade.

Ervas específicas devem ser escolhidas levando em conta a


pessoa em sua individualidade. Se a pessoa não consegue dormir
por causa da dor, é preciso tomar uma providência a respeito, pois
boa parte do processo de cura ocorre durante o sono.

47
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Uma mistura benéfica de ervas para aliviar a dor e dormir é:

+ + =
Mentrasto;
Passiflora Catinga de Valeriana
1 parte bode 1 parte
1 parte

Beba esse chá meia hora antes de ir para a cama. É


uma mistura segura, podendo-se adotar uma
dosagem maior do que as normais 1 ou 2 colheres de
sopa, caso seja necessário.

Além disso, é possível usar medicação externa para aliviar a dor e


atenuar a inflamação, estimulando ao mesmo tempo a circulação
para a área afetada para promover a eliminação de toxinas.
Embora esse tratamento por si só não resulte numa alteração
fundamental, ele beneficia o processo todo e abranda o
desconforto.

48
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Relacionamento com a Medicina Chinesa: na medicina chinesa, o


anis estrelado e o gengibre são verdadeiros aliados de quem sofre
com condições reumáticos e artrose. Tanto um quanto outro
podem ser usados de diversas formas: óleos medicados, tinturas,
chás e cápsulas. Com o óleo essencial de gengibre, pode-se fazer
uma massagem nos locais de maior dor, desde que dissolvido o
óleo essencial em óleo vegetal. Com o gengibre, o ideal são chás,
que atuam diretamente no sistema circulatório, aquecendo e
dispersando o Qi (energia vital).

Relacionamento com a Ayurveda: na medicina ayurvédica,


pode-se usar a raiz de valeriana como um calmante natural dos
nervos. O açafrão da terra, muito utilizado na culinária indiana,
também é uma ótima opção para aliviar as dores, graças às suas
propriedades anti-inflamatórias, que evitam que se formem
coágulos no sangue. O cravo da índia também tem se mostrado
eficaz no tratamento para artrite, artrose e reumatismo.

49
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Doenças do Sistema Digestório

O sistema digestório dispõe de nervos em abundância, toda uma


rede de controle integrado que opera em conjunto com um amplo
espectro de hormônios, local e sistemicamente. Ela é descrita
como uma rede de cérebros entéricos. Entérico diz respeito ao
intestino e neste contexto identifica o sistema nervoso local do
sistema digestório. Essa inteligência intestinal em geral comanda o
sistema digestório de maneira adequada. Como somos o que
comemos, a nossa saúde e vitalidade dependem em grande parte
do bom funcionamento do sistema digestório para fornecer as
substâncias necessárias ao nosso organismo.

É enorme a quantidade de remédios fitoterápicos usados no


tratamento de distúrbios digestivos, fato que não surpreende
quando consideramos as ervas como alimento – como vegetais.
Em sua maioria, as ervas são ingeridas pela boca e, portanto, são
absorvidas pelo sistema digestório, onde seus poderes curativos
passam a produzir efeitos imediatos.

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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

6 Gastrite

O que é: quando um distúrbio estomacal passa de funcional, como


a indigestão, a estrutural, o primeiro estágio é uma inflamação do
revestimento da parede do estômago. Ela pode durar pouco
tempo e dever-se a uma infecção ou a uma reação ao alimento, ou
então pode se tornar crônica. Quando se manifesta por pouco
tempo, as causas que devem ser examinadas são: ingestão de
alimentos inadequados, álcool, cigarros e estresse. Em geral,
todos esses fatores estão envolvidos. O tratamento da gastrite se
baseia na dieta e nas ervas.

Diante de uma inflamação aguda, por exemplo, recomenda-se


seguir uma dieta baixa em fibras, pois a fibra pode exercer um
efeito semelhante ao de uma lixa num ferimento. Para acalmar e
recuperar o revestimento estomacal, infusões são as melhores
opções.

Ervas/Fitoterápicos mais indicados: hortelã-pimenta,


espinheira-santa, poejo.

Hortelã-pimenta 51
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Recomendação de uso:

=
1 parte de
espinheira-
santa

Infusão: 5 a 10g de espinheira-santa em uma xícara de


água, três vezes ao dia, podendo ser a folha seca ou
fresca.

Relacionamento com a Medicina Chinesa: na medicina


chinesa, o suco de agrião é indicado para prevenir a
gastrite, assim como chás de calêndula, bardana, malva e
tanchagem também podem ser úteis para alívio da dor.

Relacionamento com a Ayurveda: na medicina


ayurvédica, preparos com hortelã-pimenta tem efeitos
poderosos sobre a gastrite. O chá de bardana também é
um excelente fitoterápico, constituído de ácido graxo,
fitoesteróis, entre outros que tratam o estômago e aliviam
dores.

52
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

7 Diarreia

O que é: um surto de diarreia com duração de um dia ou dois é um


sintoma muito comum e pode ser causado por uma infecção
aguda ou inflamação da parede intestinal ou por estresse
psicológico – por exemplo, por superexcitação ou por uma viagem
longa. Na maioria dos casos, a diarreia se manifesta quando o
corpo precisa eliminar venenos digestivos do seu sistema, e por
isso não deveria ser combatida. No entanto, pode ser conveniente
controlar o processo e auxiliar o sistema com ervas que tonificam o
revestimento da parede intestinal e que são adstringentes
brandos.

Ervas/Fitoterápicos mais indicados: pitangueira, hortelã-pimenta,


camomila.

Camomila 53
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Recomendação de uso: para diarreia persistente, prolongada,


procure orientação médica.

Em casos de diarreia infantil: Funcho (Foeniculum vulgare Mill), Erva


cidreira brasileira (Lippia alba (Mill.)

Funcho
1 parte + Cidreira
1 parte =
O chá pode ser adoçado com um pouco de mel e deve
ser tomado com frequência.

54
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Relacionamento com a Medicina Chinesa: na medicina chinesa, o


chá mais indicado para tratar a diarreia é aquele feito com folhas
do café. Uma xícara à noite deve ser suficiente para aliviar os
sintomas (caso a diarreia não seja crônica). No entanto, não deve
ser consumido por pessoas com problemas mais graves no
sistema digestório, como úlceras e síndrome do intestino irritável.

Relacionamento com a Ayurveda: a erva-doce pode ser


adicionada na comida, como tempero de contrastes, como
também ser mascada sozinha ou consumida como chá. Alivia
diarreias e dores estomacais. O ginseng e o gengibre também
estão entre as opções que você pode utilizar. A canela, ingrediente
muito utilizado na culinária indiana, também ajuda no combate à
diarreia.

55
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Doenças do Sistema Respiratório

É responsabilidade dos sistemas respiratório e circulatório suprir as


células com oxigênio. Esse processo é controlado pelo cérebro, via
medula oblonga, situada no tronco encefálico, onde as
mensagens pertinentes à composição sanguínea se combinam
com outras informações, regulando assim o ritmo respiratório
apropriado.

O fluxo e refluxo da respiração transportam a energia vital para o


ser. Por isso, caso distúrbios respiratórios inibam as trocas gasosas,
eles podem provocar redução da vitalidade, aumento de
distúrbios metabólicos e degeneração de tecido.

A anatomia e fisiologia do sistema respiratório constituem uma


bela e complexa expressão de integração e totalidade.

É possível prevenir a maioria das alterações patológicas nos


tecidos se o meio ambiente das células for abastecido
constantemente de oxigênio. A quantidade de oxigênio que a
circulação envia para o tecido é em grande parte controlada pela
respiração.

56
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Todos os aspectos do sistema respiratório podem se beneficiar


com remédios herbáceos apropriados. As ervas podem favorecer a
atividade das membranas mucosas e promover o intercâmbio de
gases entre essas membranas; podem ativar a secreção de tecido
pulmonar para umedecer o bastante o ar e proteger as
membranas; podem aumentar as respostas neurológicas que
regulam a respiração; podem tonificar a circulação e garantir que o
sangue banhe os tecidos de maneira adequada; podem ainda
estimular a totalidade dos processos glandular e excretor para
assegurar um ambiente interno higiênico e harmonioso.

57
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

8 Asma

O que é: a asma pode ocorrer de uma combinação de causas.


Muitas vezes, os ataques são desencadeados por um componente
alérgico. Em outros casos, a causa é puramente genética; em
outro ainda, pode ser uma reação adquirida devido à exposição a
um fator irritante. O estado do tônus nervoso do corpo também
pode levar a espasmos bronquiais. Em pessoas predispostas, a
tensão, a ansiedade, a hiperatividade ou a exaustão podem causar
tanto estresse a ponto de provocar um acesso de asma.

Em geral, o organismo é capaz de compensar e equilibrar muitas


influências, mas o nosso estilo de vida, dieta, postura e atitude
perante a vida são todos fatores agravantes e precisam ser
levados em consideração num tratamento.

A asma responde bem ao tratamento fitoterápico, mas é


impossível dar uma receita apropriada para todos os casos. Há
várias ervas que ajudam a reduzir o espasmo e acalmam a
respiração.

Ervas/Fitoterápicos mais indicados: guaco (Mikania laevigata),


anis, confrei (raiz), hortelã, eucalipto, tília, tomilho.

Recomendações de uso: escolher de 2 a 3 ervas para fazer


infusão. Após a infusão, coar e beber o chá 3x ao dia.

58
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Relacionamento com a Medicina Chinesa: a medicina tradicional


chinesa atribui a formação de muco não só à obstrução da função
do Pulmão, devido ao ataque dos fatores patogênicos externos,
mas também a uma deficiência da função do Baço, de transformar
e transportar os fluidos corporais pelo corpo, o que leva à
formação de muco e à obstrução de circulação de energia para o
Pulmão.

Em caso de asma, bronquite e demais problemas do trato


respiratório, a erva anis estrelado (illicium verum) é muito indicada.
Sua ação na Medicina Tradicional Chinesa está fortemente ligada
ao Movimento Terra e às dificuldades de liberar emoções, de
receber e demonstrar afeto.

Com o anis, podem ser feitos chás, compressas e banhos,


misturados a erva-doce, erva-cidreira e canela. O chá de anis não
é recomendado para mulheres grávidas nem crianças. Em adultos,
é seguro desde que o tempo não seja prolongado (no máximo 1
semana).

59
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Relacionamento com a Ayurveda: uma boa dica para quem tem o


cotidiano agitado e precisa apaziguar os efeitos de um Vata em
excesso é adotar meditação ou técnicas de pranayama mais
apropriadas a cada indivíduo. Em adição, medicamentos à base de
ervas também podem ser extremamente efetivos e inclusive
remédios caseiros simples. O exemplo seguinte pode ser muito útil
no tratamento de quem acabou de ter um ataque de asma ou
como forma preventiva. Você vai precisar de:

1 colher de
sopa de suco
de gengibre
+ 1 colher de
sopa de suco
de manjericão
+ 1 grão de
pimenta preta
esmagada

1 colher de
sopa de mel =
Misture todos os ingredientes em um copo e tome antes
do café da manhã, ainda em jejum.

Outras plantas medicinais também podem ser prescritas por um


praticante de Ayurveda e assim trabalhar na redução do acúmulo
de Kapha e Vata no Pranavaha Srotas (trato respiratório).
Compostos com canela, gengibre, cardamomo também obtém
excelentes resultados no tratamento preventivo da asma.

60
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

9 Tosse

O que é: A tosse é um reflexo de proteção do aparelho


respiratório, como consequência de um processo irritativo.
Pode-se tratar a tosse de muitas maneiras com ervas; cada
herborista tem uma erva ou mistura preferida. A tussilagem supera
todos os demais remédios comuns disponíveis. Um exemplo seria
tomar em conjunto Alcaçuz e Malva (Malva sylvestris)

Alcaçuz
1 parte + Malva
1 parte + Tussilagem
1 parte =
A New Cyclopaedia de Potter contém uma mistura de flores que
além de eficaz tem aparência e sabor muito agradáveis.

Peitoral de Potter Nº 1:
Flores de alteia
Flores de malva
Flores de papoula-comum
Flores de tussilagem São combinadas em
Flores de verbasco partes iguais e processadas
Flores de violeta como infusão.

61
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Recomendação de uso: as duas misturas citadas podem ser


ingeridas a cada três horas, embora o mais recomendável seja três
vezes ao dia.

Relacionamento com a Medicina Chinesa: na medicina chinesa, o


anis estrelado é muito utilizado para tratar problemas do sistema
respiratório. Para aliviar a tosse, pode ser consumido em forma de
chás, tinturas e também ser mascado puro. O gengibre aquece o
Baço e o Estômago, e expele o Frio. Aquece e liberta ao exterior,
assim como é bom para a invasão de frio externo.

Relacionamento com a Ayurveda: o uso da equinácea é muito


popular contra tosses, gripes e resfriados. As folhas do eucalipto
também se pode fazer óleos medicados, cataplasmas em
massagens e saunas terapêuticas para aliviar a tosse e a febre. E
finalmente, a erva-doce e o gengibre, utilizados como temperos na
culinária indiana.

62
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Doenças Cutâneas

A pele

A pele desempenha inúmeras funções. Ela é o principal órgão de


proteção do nosso corpo; sem uma pele completa e consistente,
em pouco tempo morreríamos de infecção generalizada ou de
choque alérgico, pois ela protege o corpo de lesões, da luz, de
substâncias químicas, de extremos de temperatura e da invasão
de microorganismos. Algumas funções protetoras são mantidas
por processos ecológicos complexos, como a defesa contra
infecções. De muitas maneiras, a pele também é responsável pela
manutenção de um ambiente interno estável e harmonioso.

63
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

10 Queimadura (remédio externo)

O que é: depois de um dia intenso de sol, sem proteção, a pele


pode apresentar vermelhidão, dor, prurido e começar o processo
de descascar. Pode ocorrer também febre interna, devido à
queimadura. Para queimaduras leves, as ervas podem dar bons
resultados, mas queimaduras mais graves devem ser tratadas com
muito cuidado.

Ervas/Fitoterápicos mais indicados: como tratamento caseiro,


talvez a melhor planta que podemos usar seja a aloe vera. Ela
pode ser cultivada como planta doméstica, tendo folhas
suculentas ricas num gel cicatrizante que se recomenda usar
sempre fresco. Deve-se abrir a folha e aplicar o seu conteúdo
sobre a queimadura. Ervas alternativas são a calêndula, a
erva-de-são-joão e a lavanda.

Recomendações de uso: 1 parte de aloe vera. Cortar, abrir, retirar


as partes espinhentas e raspar todo o conteúdo, aplicando
diretamente sobre a pele queimada.

64
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Relacionamento com a Medicina Chinesa: desde o século XII, as


pétalas da calêndula tem sido um elemento essencial para a
fitoterapia. Esta erva é rica em flavonoides, antioxidantes presentes
em plantas, cuja função é defender as células das plantas dos
radicais livres. Ao serem desidratadas, as pétalas desta erva
revelam-se uma ferramenta contra bactérias, vírus e inflamações.
As pétalas da calêndula auxiliam no tratamento de queimaduras,
infecções diversas, cortes e feridas. Pode ser utilizada em banhos
de infusão, compressas ou chás.

Relacionamento com a Ayurveda: o algodoeiro é uma das ervas


cujas maiores propriedades estão nas cascas e nas raízes,
possuindo ações anti-helmínticas. Possuem um óleo capaz de
aliviar as dores de queimaduras e curar feridas. Na medicina
ayurvédica, o óleo de coco é um alimento doce e frio muito
utilizado em tratamentos estéticos por contribuir para a hidratação
e nutrição da pele, promovendo ação antienvelhecimento e um
aspecto suave e radiante da pele. Age esfriando o excesso de
calor da pele e é uma boa opção para aliviar o desconforto
causado por queimaduras solares de nível leve.

65
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

11 Acne (remédio interno)

O que é: esse problema comum da adolescência tem duas causas


subjacentes principais, uma hormonal e outra dietética. A
hormonal tem relação com o nível de hormônios masculinos e é
mais evidente durante a puberdade, quando vários fatores
hormonais desencadeiam mudanças físicas profundas. A
prevalência da acne em jovens do sexo masculino nesse período e
em mulheres jovens na etapa pré-menstrual ilustra essa relação. O
fator dietético está relacionado com a capacidade do corpo de
metabolizar gorduras e carboidratos. Se houver algum problema
metabólico ou uma preponderância desse tipo de alimento na
dieta, o resultado pode ser acne ou seu agravamento. A
abordagem fitoterápica visa sustentar o metabolismo desses
alimentos e auxiliar a drenagem linfática e a eliminação física. Em
termos dietéticos, a ingestão de gorduras, açúcares e carboidratos
deve ser drasticamente reduzida, devendo ser substituída por
muitas frutas e vegetais.

Ervas/Fitoterápicos mais indicados: ervas como camomila,


lavanda são eficazes para aplicação tópica (compressas,
cataplasma argila), mas ervas linfáticas como equinácea e fitolaca,
e hepáticas como dente-de-leão e íris também devem ser levadas
em consideração.

66
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Recomendações de uso: Adicione de duas a quatro colheres de


chá desta infusão em um copo d’água, ferva esta mistura de dez a
vinte minutos, deixe a solução esfriar e aplique sobre as acnes.

Relacionamento com a Medicina Chinesa: ervas como equinácea


e fitolaca, manjericão e dente-de-leão são ótimas opções para
aliviar as dores da acne e limpar a pele. A acne é uma
manifestação da dificuldade de lidar com as próprias emoções,
por isso, ervas com alto poder de limpeza são indicadas. A aloe
vera (babosa) também pode ser utilizada de forma mais direta,
esfregando o conteúdo diretamente na pele afetada.

Relacionamento com a Ayurveda: e A amargosa (ou nim) é usada


pela medicina ayurvédica, pois tem propriedades antifúngicas,
antibacterianas e antivirais. Para casos de acne, use cerca de cinco
folhas de amargosa todos os dias de manhã.

67
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Doenças do Sistema reprodutor feminino

Para que o sistema reprodutor seja saudável e funcione de modo


bem equilibrado e integrado, corpo e espírito precisam estar bem
e desenvolver-se como um todo.

É vasto o número de ervas benéficas para o sistema reprodutor


feminino.

68
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

12 Tensão Pré Menstrual ou melhor dito, "Tempo Para Mim"

O que é: nos dias que antecedem o início da menstruação, podem


ocorrer manifestações de tensão, ansiedade, agitação e
depressão, às vezes acompanhadas de retenção de líquido no
corpo, aumento da sensibilidade dos seios e diversos outros
sintomas. Tudo isso é causado pela reação do corpo às alterações
hormonais do momento.

Os dias de menstruação são um período muito especial na vida de


uma mulher, um claro momento em que a qualidade mágica da
vida se manifesta. Obtemos informações importantes sobre a
natureza própria de uma cultura e de sua relação com a vida ao
examinar se ela concebe a menstruação como um momento
mágico a ser respeitado ou como um período impuro a ser
disfarçado.

O modo como uma mulher se relaciona com o processo todo da


menstruação afeta profundamente a reação do seu corpo. Fatores
que entram na composição da tensão ou síndrome pré-menstrual
podem ser a relação da mulher com a sexualidade, as atitudes de
parentes, experiências da infância, a expectativa de tensão ou a
expectativa de sua interferência no trabalho e em outras
atividades. Se a atitude interior com relação à menstruação for
bloqueada e congestionada, a experiência do período refletirá
essa situação. Se a atitude – consciente ou não – for transparente,
natural e harmoniosa, a experiência da menstruação será
equivalente.

69
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Ervas/Fitoterápicos mais indicados: as ervas podem dar uma


grande contribuição para amenizar a tensão pré-menstrual. Uma
infusão de Artemísia (Artemisia vulgaris) regula o ciclo menstrual,
trata cólicas, é diurética, libera a irritabilidade e a sobrecarga
acumulada durante o mês. Poejo, camomila, anis estrelado,
gengibre, canela e lavanda também ajudam a acalmar e tratam
esse momento de forma delicada. Vitex (Vitex agnus-castus L.)
atua nos receptores hormonais tendo uma ação similar a dos
hormônios, apresenta bons resultados também para tratamento
de cólicas menstruais, dores nas mamas, falta ou excesso de
menstruação,

Recomendações de uso: 1 parte de artemísia + 1 parte de


camomila + 1 parte de água (infusão).

Beber de 2 a 3x por dia.

70
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Relacionamento com a Medicina Chinesa: Artemísia, muito usada


na moxabustão (acupuntura com calor) pelos métodos da
Medicina Chinesa. Na fitoterapia é usada para limpeza energética,
é indicada para mulheres que acabam se sobrecarregando ao
longo da vida com diversas funções e se afastam da sua força
feminina, essa planta traz segurança para assumir a própria
natureza. O ginseng também é uma boa aposta para efeitos mais
controlados e suaves, que restauram o equilíbrio normal perdido
durante a TPM. A Angélica (Angelica sinensis) equilibra o fluxo
menstrual e estimula a fertilidade. Alivia menstruações dolorosas e
cólicas. Alivia os sintomas da TPM.

Relacionamento com a Ayurveda: na medicina ayurvédica, o


agnocasto e a canela são fortalecedores do sistema reprodutor
feminino e considerados ervas excelentes para tratar as
dificuldades da menstruação. Recomenda-se preparar uma
infusão, com a erva à sua escolha, e beber pelo menos 3x por dia.
Se for possível começar uns dias antes da menstruação, melhor.

71
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

13 Menopausa

O que é: infelizmente, em nossa sociedade “civilizada”, a


menopausa é vista com horror por muitas mulheres, pois essa é
uma etapa da vida em que se sentem desvalorizadas como
mulheres. Elas perdem a atração como objetos sexuais, sua
função de mãe ou de mãe em potencial na realidade deixa de
existir, os filhos saíram de casa e seu papel tradicional de apoio ao
marido em seu esforço para ganhar dinheiro e se estabelecer
quase sempre está concluído. Como tendemos a compor a nossa
identidade a partir de papéis definidos socialmente, tudo indica
que resta muito pouca coisa quando esses papéis alcançaram
seus objetivos. Acontece, porém, que não somos apenas papéis
definidos socialmente!

A menopausa pode ser uma grande dádiva na vida de uma


mulher, uma libertação, uma iniciação. Ela é uma oportunidade
para a mulher reavaliar o seu propósito de vida.

72
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Além das mudanças psicológicas associadas à menopausa,


ocorrem também alterações hormonais, ou seja, manifestações
físicas que podem levar a sintomas angustiantes. Distúrbios
devidos às alterações hormonais, problemas relacionados com a
mudança na autoimagem e a resistência a essa mudança podem
influenciar-se mutuamente e gerar esses sintomas psicológicos.

Ervas/Fitoterápicos mais indicados: Artemísia, lavanda, sálvia,


gerânio, açafrão da índia, ginseng, pueraria mirifica, erva-doce,
amora.

Recomendações de uso: 1 parte de sálvia + 1 parte de pueraria


mirifica + 1 parte de água (infusão).

Beber de 2 a 3x por dia.

Você pode substituir por chás de gengibre e canela ou com a


artemísia pura. Lembrando sempre de não adoçar.

73
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia

Relacionamento com a Medicina Chinesa: aipo e agrião, tanto em


sua forma pura como chás são boas opções para aliviar os
sintomas da menopausa. Fitoterápicos manipulados após uma
avaliação com base na medicina chinesa também podem ajudar.
Ervas como Tribulus terrestris e maca peruana aumentam os níveis
de testosterona e melhoram o desempenho sexual. O gengibre
(Ginger officinalis) trata os sintomas menopausais associados com
os fogachos e sudoreses noturnas, mas deve ser evitado por
mulheres com pressão alta. A artemísia segue sendo uma ótima
indicação para tratar a depressão da menopausa, se esta estiver
num nível moderado. E por fim, a canela (Cinnamomum), que agirá
nos níveis sanguíneos de glicose, auxiliando no controle do peso.

Relacionamento com a Ayurveda: buscando equilibrar o chamado


fogacho, calor excessivo decorrente da menopausa e da nova
adaptação do corpo à ausência de menstruação, a medicina
ayurveda indica a sálvia como uma das melhores plantas para
trabalhar tanto a questão da febre interna quanto do emocional
abalado pelas mudanças no corpo. Recomenda-se uma infusão
de sálvia, de 3g a 5g para uma xícara de água. Tomar de
preferência quente, três vezes ao dia. Massagens e sauna
terapêutica com o óleo essencial de sálvia também são indicados
nesta fase delicada.

74
ATENÇÃO!
Posologia e validade (regra geral)

Nos tratamentos prolongados (com mais de 3 meses), tomar o


preparo por 20 dias, descansar 7 e repetir mais 20 dias. Trocar a
fórmula usada a cada 20 dias para evitar sobrecarregar o seu
sistema.

A regra geral é que haja melhoras em no máximo duas semanas,


levando em consideração que doenças mais específicas, como
artrite, por exemplo, requerem um tempo mais prolongado.

Atenção à validade dos chás depois de prontos!

O chá deve ser consumido no mesmo dia de seu preparo. Não


deve ser adoçado. Pode ser guardado em geladeira no dia do
preparo e desprezado ao final de 12 horas.

75
Cuidados e contraindicações
Respeite as dosagens indicadas para cada planta, evite
superdosagens. Fique atento aos nomes científicos das plantas
explanadas na apostila, que serão destacados a seguir.

Aipo (Apium graveolens)

Cuidados e contraindicações: contraindicado na gravidez e para


pessoas com problemas renais.

Alecrim (Rosmarinus officinalis)

Cuidados e contraindicações: em doses elevadas pode causar


irritação gastrointestinal. Evitar o consumo à noite, pois pode
prejudicar o sono. É contraindicado em caso de gravidez, histórico
de convulsões, gastroenterite.

Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra)

Cuidados e contraindicações: o alcaçuz é considerado de baixa


toxicidade, porém deve ser usado com cautela por pacientes com
histórico de hipertensão arterial e diabetes.

Alfazema/Lavanda (Lavandula angustifolia)

Cuidados e contraindicações: em excesso, causa sonolência.

Anis-estrelado (Illicium verum)

Cuidados e contraindicações: em doses elevadas ou após uso


prolongado, o anis-estrelado pode ser tóxico e provocar desde
náuseas e vômitos até casos de delírios e convulsões. Em crianças,
o uso deve ser ainda mais controlado, pois os riscos de efeitos
colaterais são ainda maiores.
76
Cuidados e contraindicações
Amargosa (Azadirachta indica)

Cuidados e contraindicações: contraindicado na gravidez e


durante a lactação.

Arnica (Arnica montana)

Cuidados e contraindicações: Não utilizar por um período superior


a 7 dias pois o uso prolongado pode provocar reações do tipo
dermatite de contato.

Artemísia (Artemisia annua)

Cuidados e contraindicações: doses excessivas podem provocar


neurotoxicidade. Pessoas alérgicas a essa planta ou seu pólen
devem ter cuidado. Não ingerir crua. Mulheres grávidas ou que
amamentam devem evitar. Em excesso, causa excitação do
sistema nervoso central, vasodilatação, convulsões e problemas
mentais e psíquicos.

Babosa (Aloe vera)

Cuidados e contraindicações: em excesso, pode causar distúrbios


gastrointestinais, como dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia.
O seu uso prolongado poderá causar prisão de ventre e irritação
renal. Contraindicado para mulheres grávidas, idosos e pessoas
que utilizam medicamentos para controlar a pressão arterial e para
tratar problemas do coração.

Bardana (Arctium lappa)

Cuidados e contraindicações: contraindicada para grávidas,


crianças e pessoas com diarreia.
77
Cuidados e contraindicações

Boldo (Plectranthus barbatus)

Cuidados e contraindicações: não deve ser utilizado por gestantes,


lactantes, crianças e portadores de obstrução das vias biliares ou
cálculos biliares (pedra na vesícula). Não usar no caso de
tratamento com metronidazol ou dissulfiram, medicamentos
depressores do sistema nervoso central (SNC) e anti-hipertensivos.
Doses acima das recomendadas e utilizadas por um período maior
do que o recomendado podem causar irritação gástrica.

Calêndula (Calendula officinalis)

Cuidados e contraindicações: contraindicado o uso interno durante


a gravidez e lactação.

Camomila (Matricaria recutita)

Cuidados e contraindicações: podem ocorrer reações alérgicas


ocasionais. Em casos de superdose, pode ocorrer o aparecimento
de náuseas, excitação nervosa e insônia.

Canela (Cinnamomum verum)

Cuidados e contraindicações: não utilizar na gravidez. Podem


ocorrer reações alérgicas de pele e mucosas.

Capim-limão (Cymbopogon citratus)

Cuidados e contraindicações: pode potencializar o efeito de


medicamentos sedativos. Contraindicado o uso interno durante a
gravidez.

78
Cuidados e contraindicações

Catinga-de-bode (Ageratum conyzoides)

Cuidados e contraindicações: deve ser utilizado com cuidado, pois


o consumo em excesso pode levar ao aumento da pressão arterial
e causar danos ao fígado. Não é recomendado para pessoas
diabéticas, com problemas no fígado, gestantes, lactantes e
crianças.

Coentro (Coriandrum sativum)

Cuidados e contraindicações: deve ser evitado por gestantes,


idosos, bebês, pessoas que fazem uso de anticoagulantes e
pessoas com problemas respiratórios, como asma e bronquite.

Confrei (Symphytum officinale)

Cuidados e contraindicações: contraindicado durante a gravidez


ou para mulheres em fase de lactação. Também deve ser evitada
em pessoas com doenças hepáticas e renais, câncer e em
crianças.

Damiana (Turnera diffusa)

Cuidados e contraindicações: em excesso, pode provocar


ansiedade, insônia, taquicardia, irritação no intestino e sobrecarga
no fígado. O uso é contraindicado para grávidas, lactantes e
pessoas que sofrem de hipoglicemia ou problemas cardiológicos.

Dente-de-leão (Taraxacum officinale)

Cuidados e contraindicações: contraindicado para pacientes com


hipertensão descontrolada, esofagite ou hérnia de hiato.

79
Cuidados e contraindicações

Equinácea (Echinacea purpurea)

Cuidados e contraindicações: em excesso, provoca náuseas,


tonturas e reações alérgicas, diarreia, desorientação, boca seca,
insônia, dores musculares e vômitos. Não é recomendada para
grávidas ou lactantes nem para crianças menores de 12 anos.

Erva-baleeira (Varronia curassavica)

Cuidados e contraindicações: seu uso não é recomendado na


gestação e lactação. Uso contínuo máximo de 4 semanas.

Erva-cidreira (Melissa officinalis)

Cuidados e contraindicações: não é indicada para gestantes,


lactantes e crianças com menos de 12 anos. Pessoas com
hipotensão e hipotireoidismo também devem evitar o consumo
desta planta.

Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum)

Cuidados e contraindicações: mulheres grávidas e amamentando


não devem tomar a erva-de-são-joão. Além disso, a
erva-de-são-joão pode causar infertilidade, portanto não tome se
estiver tentando engravidar ou se tem problemas de fertilidade.
Pessoas com esquizofrenia e Mal de Alzheimer também podem
sofrer pioras em seus estados ao tomar a erva-de-são-joão.

Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia)

Cuidados e contraindicações: contraindicada durante a gravidez,


por lactantes (reduz a secreção láctea) e por crianças menores de
6 anos. Pode haver interação medicamentosa com antibióticos e
barbitúricos. 80
Cuidados e contraindicações

Funcho (Foeniculum vulgare)

Cuidados e contraindicações: contraindicado na gravidez e para


pessoas asmáticas. Em excesso, pode causar convulsões.

Gengibre (Zingiber officinale)

Cuidados e contraindicações: não utilizar em gravidez e lactação


em doses maiores que 1 colher de café por dia (0,5 g). Não utilizar
para crianças menores de 6 anos. Contraindicado seu uso para
pessoas com úlcera péptica, colite, doença hepática, cálculo biliar,
hipertensão arterial ou concomitante com anticoagulantes.

Ginseng (Panax ginseng)

Cuidados e contraindicações: contraindicado para pessoas que


possuem doenças cardíacas, mulheres grávidas ou durante a
amamentação.

Guaco (Mikania glomerata Spreng)

Cuidados e contraindicações: contraindicado para pessoas com


doenças no fígado, que utilizam anticoagulantes, para crianças
menores de 1 ano de idade e grávidas.

Hortelã-pimenta (Menthax piperita)

Cuidados e contraindicações: não deve ser utilizado em casos de


obstruções biliares, danos hepáticos severos e durante a lactação.
Na presença de cálculos biliares, consultar profissional de saúde
antes de usar.

81
Cuidados e contraindicações

Kava-kava (Piper methysticum)

Cuidados e contraindicações: contraindicado para mulheres


grávidas ou amamentando e crianças, pacientes com doença de
Parkinson, psicose ou depressão.

Malva (Malva sylvestris)

Cuidados e contraindicações: em excesso, é tóxica. Além disso, o


chá de malva está contraindicado durante a gravidez e a
amamentação.

Manjericão (Ocimum basilicum)

Cuidados e contraindicações: não deve ser consumido por


gestantes, mulheres na lactação, crianças abaixo de 12 anos e
pessoas com pressão muito baixa.

Mil-folhas (Achillea millefolium)

Cuidados e contraindicações: não deve ser utilizado por pessoas


portadoras de úlcera gástrica ou duodenal ou com oclusão das
vias biliares.

Mirra (Commiphora myrrha)

Cuidados e contraindicações: contraindicada para mulheres


grávidas ou em fase de lactação, além de poder interferir no
tratamento para diabetes, por ter propriedade hipoglicemiante.

Mulungu (Erythrina mulungu)

Cuidados e contraindicações: contraindicado para pessoas que


usam medicamentos anti-hipertensivos. 82
Cuidados e contraindicações

Orégano (Origanum vulgare)

Cuidados e contraindicações: o orégano é reconhecido como


seguro para consumo humano. Sensibilidade alérgica é rara, mas
já foi relatada. Gestantes devem evitar quantidades acima
daquelas encontradas em alimentos.

Pimenta-preta (Piper nigrum)

Cuidados e contraindicações: a pimenta-preta não é abortiva,


porém ela muda o pH do estômago e isso tem consequências
ruins para a mulher grávida, portanto, melhor evitar.

Pitangueira (Eugenia uniflora)

Cuidados e contraindicações: pode causar hipotensão em


pacientes cardíacos.

Poejo (Mentha pulegium)

Cuidados e contraindicações: não deve ser utilizada na gravidez,


lactação e em crianças com menos de 6 anos. Contraindica-se o
uso prolongado e a inalação. Em excesso, pode promover danos
no fígado.

Sálvia (Salvia officinalis)

Cuidados e contraindicações: em excesso, pode causar


convulsões pela presença de tujona e cânfora, pode potencializar
efeitos sedativos (barbitúricos e benzodiazepínicos) e interferir na
atividade se associada a hipoglicemiantes e anticonvulsivantes.
Evitar o uso na gravidez, lactação, insuficiência renal, epilepsia e
tumores. Pode causar irritação tópica em pacientes sensíveis.
83
Cuidados e contraindicações

Sucupira (Pterodon emarginatus)

Cuidados e contraindicações: contraindicada para mulheres


grávidas ou que estão amamentando, crianças menores de 12
anos, pessoas com doença renal e portadores de distúrbios
hepáticos.

Tília (Tilia cordata mill)

Cuidados e contraindicações: não é recomendado o uso do chá de


tília por gestantes, lactantes, alérgicos ou pessoas que usem
medicamentos fortes para doenças crônicas pois, eventualmente
pode ocorrer interação medicamentosa.

Tomilho (Thymus vulgaris)

Cuidados e contraindicações: esta erva não é aconselhada para


mulheres grávidas ou lactantes. Pessoas que sofram de
insuficiência cardíaca, gastrite, úlceras ou irritação da mucosa
gástrica devem usar o chá mais diluído, observando sempre suas
reações individuais.

Tussilagem (Tussilago farfara)

Cuidados e contraindicações: não deve ser utilizada durante a


gravidez e na amamentação.

Verbena (Verbena officinalis)

Cuidados e contraindicações: não deve ser utilizada por grávidas


pois pode provocar contrações, ocasionando aborto ou parto
prematuro.

84
Cuidados e contraindicações

Valeriana (Valeriana officinalis)

Cuidados e contraindicações: contraindicada para gestantes.


Doses elevadas ou uso prolongado podem gerar agitação,
cefaleia, vertigem, alterações na visão e audição, delírio, reações
alérgicas cutâneas, alucinações, torpor e convulsões.

Vitex (Vitex agnus-castus)

Cuidados e contraindicações: contraindicado para mulheres


grávidas e em estiver em tratamento com outras terapias
endócrinas (reposição hormonal, anticoncepcionais orais,
hormônios sexuais).

85
Conclusão
A utilização de plantas medicinais é um hábito antigo que vem
sendo resgatado ao longo dos séculos e comprovada
cientificamente.

A fitoterapia pode ser um caminho para muitas pessoas


desassistidas de qualquer atenção médica, sobretudo aquelas que
acreditam que a natureza lhes oferece o suporte para enfrentar a
diversidade de problemas.

De modo geral, todas as pessoas podem se beneficiar do poder


curativo das ervas, desde que respeitadas as formas de utilização,
dosagens e indicações.

Esperamos que com este ebook você possa fazer um uso


consciente do poder das plantas para melhorar a sua qualidade de
vida e tratar problemas de forma integral e nas causas!

O Instituto Ekanta não se responsabiliza pelo uso


incorreto do conteúdo abordado neste ebook.

86
Referências
BIbliografia Geral

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O Guia Completo das Plantas Medicinais: Ervas De A A Z Para


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https://www.scribd.com/book/405827528/O-guia-completo-das
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Referências
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Lorhttps://www.scribd.com/book/405827528/O-guia-completo-
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Manual de medicina integrativa memento fitoterápico po Roseane


Costa Diniz
https://www.scribd.com/book/405649571/Manual-de-medicina-
integrativa-memento-fitoterapico

Plantas Medicinais e Fitoterápicos: abordagem teórica com ênfase


em nutrição por Monise Viana Abranches
https://www.scribd.com/book/438447573/Plantas-Medicinais-e-
Fitoterapicos-abordagem-teorica-com-enfase-em-nutricao

Nutrição e fitoterapia: Tratamento alternativo através das plantas


por Eronita de Aquino Costa
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Fitoterapia do Cerrado: Sua Importância e Potencial por Luciana


Karen Calábria e Alexandre Azenha Alves de Rezende
https://www.scribd.com/book/426721651/Fitoterapia-do-Cerrad
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Fitoterapia Contemporanea
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Referências
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Fitoterapia: Impiego razionale delle droghe vegetali Francesco


Capasso

La fitoterapia in uno sguardo Francesco Capasso

Fundamentals of Pharmacognosy and Phytotherapy - Michael


Heinrich, Joanne Barnes, Simon Gibbons, Elizabeth M. Williamson

Cartilha de plantas medicinais - Campinas


http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/assist_farmaceutic
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Principles and Practice of Phytotherapy. Modern Herbal Medicine


Kerry Bone and Simon Mills

The Consultation in Phytotherapy: The Herbal Practitioner's


Approach to the Patient - Peter Conway

Phytotherapies : efficacy, safety and regulation - Ramzan, Iqbal

Phytotherapy: A Quick Reference to Herbal Medicine - Professor


Dr Francesco Capasso, Professor Dr Timothy S. Gaginella,
Professor Dr Giuliano Grandolini, Professor Dr Angelo A. Izzo

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Hänsel, Mark Blumenthal, Prof. em. Varro E. Tyler Ph. D.

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Di Stasi, Clélia Akiko Hiruma-Lima
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Oliveira Simões, Eloir Paulo Schenkel, Grace Gosmann, João Carlos
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Fitoterapia: na atenção primária à saúde Por Sue Eldin, Andrew


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CONTEXTO HISTÓRICO, USO POPULAR E CONCEPÇÃO


CIENTÍFICA SOBRE PLANTAS MEDICINAIS
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