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Biologia





Ácido úrico adultas do verme vivem fixas às paredes do intestino delgado,


Eliminado pelos insetos, répteis (lagartos e cobras) e aves. alimentando-se de sangue do hospedeiro e causando anemia.


Pouco tóxico e insolúvel em água, o ácido úrico permite a ovi- Ameba


paridade, possibilitando a vida dentro de um ovo; isso graças Protozoário muito rudimentar, cujo tamanho oscila entre 40 a


à sua insolubilidade em água. É eliminado junto com as fezes, 100 micra. É constituído por uma massa protoplásmica, pos-


na forma de uma pasta concentrada. Os animais que eliminam sui núcleo, porém não é dotado de membrana. Perto do núcleo


ácido úrico são denominados uricotélicos. fica o chamado vacúolo pulsátil, com movimentos de contração


Adaptação que lembram as pulsações do coração. A forma da ameba varia


Ajustamento, individual ou de caráter evolutivo, de seres vivos de um momento para outro, devido ao fato de emitir prolon-


ao ambiente. gamentos (pseudópodos) para deslocar-se e alimentar-se. Sua

Adrenalina ○
reprodução é feita por divisão direta. Há espécies que vivem nas
águas e nos intestinos do homem, produzindo neste a chamada
Hormônio segregado pelas glândulas supra-renais. Mantém o

disenteria amebiana.
vigor dos vasos sangüíneos e do coração.

Amebíase

Água
Doença causada pelo protozoário Entomoeba histolytica. O

A substância mais abundante nos seres vivos. Integra de 75 a


contágio ocorre por meio de alimentos e água contaminados

90% dos tecidos animais e até 98% dos vegetais. Sua presença
com os cistos eliminados pelas fezes de pessoas enfermas. Os

é essencial em todos os processos vitais.


sintomas da doença são cólicas e disenteria; nos casos mais

AIDS graves, pode chegar ao fígado e ao cérebro. Para evitar a doen-


Síndrome da imunodeficiência adquirida. Doença provocada ça, deve-se ter uma rede de esgoto, controle e tratamento da

por um vírus (HIV), que ataca o sistema de defesa (imunitário) água (ferver ou filtrar), além de cuidados com a higiene pessoal

do organismo humano. A queda na imunidade permite que se e a higiene com os alimentos, principalmente legumes, frutas

instalem diversos agentes infecciosos comuns, levando à morte. e verduras.



Alantóide

Anexo embrionário que se forma a partir do tubo digestivo,


funcionando como depósito de excretas nitrogenadas. É mais 2 - Quatro amebas jovens


desenvolvido nas aves e nos répteis. Permite também as trocas


respiratórias, através da casca do ovo.

Albinismo 099.eps

1 - A ingestão de água 3 - Trofozoíto com hemácias sendo


Ausência de pigmento em órgão ou planta, normalmente ou alimentos (frutas e digeridas

verduras) contaminados
pigmentados. pode introduzir cistos de

amebas no tubo
digestivo humano.
Alécitos

Óvulos com pouco vitelo, localizado no núcleo. São comuns


nos répteis e nos mamíferos.



Alelos múltiplos

Conjunto de três ou mais alelos presentes em uma população.


4 - Eliminados com as fezes, os

Algas cistos atingem a água de consumo e


diversos alimentos utilizados pelo


homem, contaminando-os.
Vegetais de estrutura muito simples, de forma variada, provi-

dos de clorofila. Vivem nas águas, doces ou salgadas, em solo


úmido e às vezes sobre a casca das árvores. São talófitas, ou


seja, constituídas por um corpo primordial denominado talo, Âmnio


que desempenha as funções nutritivas e reprodutoras. Sua


Anexo embrionário conhecido também como bolsa-d’água,

reprodução é, às vezes, assexuada, por divisão ou esporulação;


possui o formato de um saco membranoso, cheio de líquido.

outras vezes, é sexuada, por conjugação; as duas formas coexis-


Tem por função proteger o embrião contra choques externos;

tem freqüentemente na mesma espécie. Dividem-se em


o âmnio está presente nos répteis, nas aves e nos mamíferos.

cianofíceas ou algas azuis; clorofíceas ou algas verdes; feofíceas


ou algas pardas; rodofíceas ou algas vermelhas e diatomáceas, Amônia


que são pardacentas. As algas constituem a principal vegetação Eliminada praticamente por todos os invertebrados e pelos

aquática, mormente dos mares, e são a base da alimentação da peixes ósseos, possui grande toxidade, mas é altamente solúvel

fauna aquática. Liberam grande quantidade de oxigênio na em água. Os seres que eliminam amônia são denominados

água, que serve à respiração dos seres aquáticos. aminiotélicos.


Amarelão Anáfase

Doença parasitária causada por vermes nematelmintos Fase da divisão celular que se caracteriza pela separação dos

(Necator americanus e Aneylostoma duodenale). As formas cromossomos para pólos opostos da célula.

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Anatomia bora mantenham uma posição um tanto oblíqua e se apoiem, às


Ciência que tem por objeto conhecer a estrutura, a situação e as vezes, nos membros anteriores. Seu cérebro é volumoso e apre-


relações entre as diferentes partes dos corpos animais e vegetais. senta algumas circunvoluções. Ex.: o gorila, o orangotango, o


gibão e o chimpanzé.


Anelídeos


Grupo de vermes de corpo longo, de forma cilíndrica, geral- Antropologia


mente segmentados em anéis, de onde provêm seu nome. A Ciência que estuda o homem, considerado física e moralmente.


maioria tem cerdas implantadas em sua parte externa, que lhes Aor ta


servem para locomoção. Compreendem três classes princi- Vaso sanguíneo arterial que nasce na base do ventrículo esquerdo.


pais: os poliquetas, que possuem muitas cerdas e são encontra-
Aparelho


dos principalmente ao longo das praias; os oligoquetas, as


minhocas, com poucas cerdas; e os hirudíneos, os sanguessu- Reunião de órgãos diferentes, por sua origem e constituição, que


gas, também denominados discóforos, porque possuem duas concorrem para o desempenho de uma determinada função.


ventosas, uma ao redor da boca e a outra na extremidade pos- Arco reflexo

terior do corpo. Reflexos são atos de ação involuntária que resultam do estímu-

Anfíbios lo que um órgão sofre. Os reflexos medulares ocorrem sem a’


Vertebrados cujo desenvolvimento e a primeira fase da vida se participação dos órgãos superiores, pois a resposta é elabora-

dão na água, enquanto no estado adulto se adaptam à vida ter- da na própria medula. Arco reflexo é o conjunto de neurônios

restre. Na primeira parte da vida, respiram por meio de necessários à execução de um ato reflexo. O arco reflexo é um

brânquias e posteriormente se formam os pulmões, atrofiando- dos reflexos mais simples, pois é constituído por um número

se as brânquias em algumas espécies e em outras não. Cons- reduzido de neurônios (sensitivos, de associação e motor).

tituem uma classe intermediária entre os peixes e os répteis e Um exemplo de arco reflexo é o patelar, que consiste na ime-

são também denominados batráquios. diata extensão da perna quando se bate com um martelo de

Angiospermas borracha no músculo quadríceps. Esse ato é constituído por


Plantas cujas flores apresentam óvulos em cavidade fechada dois neurônios: um aferente e outro eferente motor. A pancada

(ovário), que se transformam em fruto e semente. no tendão estimula os receptores tácteis, originando o impulso

e provocando a extensão da perna. Tais reflexos são chamados


Animais de medulares.

São seres capazes de efetuar movimentos, com corpo de forma


Artérias

constante e órgãos em sua maioria internos. Necessitam de


São os vasos sanguíneos que saem dos ventrículos do coração.

substâncias orgânicas complexas como alimento, obtidas pela


São constituídas por três camadas, predominando em sua com-

ingestão de plantas e de outros animais. Os animais podem ser


posição fibras elásticas (se a artéria é grossa) e fibras muscu-

divididos em dois grandes grupos: o dos protozoários, que


lares (se é delgada). As principais artérias são a pulmonar, que

engloba todos os animais formados por uma só célula ou por


sai do coração transportando sangue venoso e vai aos pulmões;

várias iguais, ou seja, sem a presença de tecidos (amebas,


e a aorta, que é o maior tronco arterial. Essa sai do coração e

infusórios etc.), e o dos metazoários, constituído por animais


distribui sangue oxigenado ao corpo, originando as artérias

pluricelulares, com tecidos diferenciados (esponjas, minho-


coronárias, o tronco braquiocefálico, a subclávia direita, as

cas, aranhas, caranguejos, aves, cavalo, homem etc.)


artérias umeral, radial e cubital, as subclávia direita e esquerda,

Anomalia a carótida etc.


Qualquer desvio em relação ao padrão normal de um órgão.


Ar ticulações
Antibiótico

Dá-se o nome de articulação ao conjunto de partes pelas quais


Substância orgânica capaz de inibir a proliferação de bactérias.

os ossos se unem entre si. São três seus tipos: móveis, suturas
Ex.: a penicilina é um exemplo de antibiótico.

ou sinartroses; semimóveis ou anfiartroses; móveis ou


Anticorpos diartroses.

Substâncias que favorecem a imunidade orgânica, aceleran- Artrópodes


do a ação de certos agentes antagônicos aos que produzem São animais pluricelulares que possuem patas e apêndices

enfermidades. articulados. Têm o corpo revestido pela quitina e formado por


Antígeno anéis ou segmentos também articulados. Os segmentos podem


Qualquer substância ou partícula que, introduzida no corpo, fundir-se, dando origem a regiões distintas: a cabeça, onde

provoca uma reação de defesa (imunitária), com produção de estão, geralmente, os órgãos dos sentidos; o tórax, cujos apên-

anticorpos. dices servem de ordinário para a locomoção; e o abdome,


freqüentemente sem apêndices ou dotado de apêndices que


Antitoxinas
servem às funções de reprodução. Em muitos casos, a cabeça

Anticorpos encarregados de neutralizar a ação das toxinas. São e o tórax se juntam e formam uma só peça, denominada cefa-

encontradas no soro sanguíneo. lotórax. Nesses animais, dá-se o fenômeno conhecido pelo

Antropóides ou antropomor fos nome de muda, que consiste na mudança periódica do revesti-

Nome que se dá aos mamíferos, monodelfos, primatas e símios mento quitinoso, a fim de possibilitar o crescimento do ani-

que apresentam forma semelhante à do homem. Não têm cauda mal. No grupo dos artrópodes, estão os crustáceos (camarão,

e andam com as duas extremidades posteriores do corpo, em- caranguejo etc.); os onicóforos (representados pelo gênero

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Biologia

Peripatus, que seria o vínculo entre os anelídeos e os corpo é coberto de penas. Seus membros anteriores, ou asas,


artrópodes); os miriápodes (centopéia); os aracnídeos (ara- são adaptados ao vôo, e os posteriores, ou patas, à locomoção


nhas); e os insetos (formigas, borboletas etc.). O número de sobre a terra ou a água. As penas são geralmente renovadas


espécies de artrópodes é de cerca de 400.000, ou seja, mais que todos os anos, fenômeno a que se dá o nome de muda. A tem-


as de todos os tipos reunidos. peratura das aves é bastante superior à dos outros animais


(cerca de 44 graus centígrados). O esqueleto apresenta a parti-


Astigmatismo
cularidade de que os ossos são ocos, o que diminui o peso


A curvatura defeituosa da córnea direciona os raios luminosos
específico do animal, facilitando o vôo. O crânio das aves é


de maneira desigual, fazendo com que as imagens refletidas
formado de ossos delgados, terminando em sua parte anterior


fiquem fora de foco. A correção dessa dificuldade pode ser feita
por um bico, que toma diversas formas, segundo o meio de


com lentes luminosas.
vida e a alimentação de cada espécie. O esqueleto dos membros,


Atmosfera embora seja igual pelo número e disposição dos ossos, varia


Camada de gases que envolve os Planetas. notavelmente de uma espécie a outra, segundo o modo de vida


Audição do animal. Assim as aves que vivem sobre as árvores (pássaros)

Essa função de relação surgiu a partir dos vertebrados. O ór- ○


apresentam patas de dedos longos e finos; as corredoras (aves-
gão da audição é o ouvido. Em sua grande maioria, os inver- truz), patas fortes; as de rapina (águia), patas de unhas fortes,

tebrados não possuem o sentido da audição. Alguns apresen- em forma de garra; e finalmente as nadadoras (pato, marreco

tam órgãos mais relacionados ao equilíbrio do que à audição, etc.) apresentam patas providas de membranas interdigitais. A

e esses órgãos podem estar localizados no abdome, no tórax ou maioria das aves constrói ninhos para aí depositar seus ovos e

nas patas. Alguns insetos produzem sons esfregando as patas incubá-los. Umas põem um só ovo (como os pingüins), ou-

tras dois, três ou mais. São classificadas em muitas ordens, a


contra as asas.

saber: palmípedes (que têm as patas adaptadas à natação, como


Aves os cisnes, gansos etc.); pernaltas (de patas longas, como a


Entre as classes zoológicas, a das aves é a mais homogênea. São garça e a seriema); galináceos; pombos; trepadoras;

vertebrados aéreos, ovíparos, com respiração pulmonar e cujo preensoras; rapaces (aves de rapina) e corredoras.

B


Bactéria hidrogênio e outras substâncias simples), os seres vivos apre-


Organismo unicelular, sem núcleo diferenciado, que vive iso- sentam características que os distinguem destes últimos. A

lado ou em colônias e pertence ao Reino Monera. matéria viva tem uma composição química instável, pois muda

continuamente e é muito complexa. Os seres vivos obtêm do


Bacteriologia

meio substâncias diversas das que os constituem e as transfor-


Ciência que estuda as bactérias.

mam e assimilam, crescendo, nutrindo-se, reproduzindo-se e


Barbosa Rodrigues, João morrendo. O elemento básico que constitui os seres vivos é a

Naturalista brasileiro (1824-1909), nascido em Minas Gerais. célula.


Foi o primeiro diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro Bioma


após a Proclamação da República. Realizou numerosas excursões Comunidade clímax adaptada a uma determinada região.

botânicas na região amazônica, tendo descoberto uma grande


quantidade de espécies de palmáceas e orquidáceas. Biometria

Estudo estatístico das dimensões dos seres vivos e de seus


Bentham, George
órgãos.

Botânico inglês (1800-1884), co-autor da grande obra


denominada Genera Plantarum. Classificou numerosas plan- Bioquímica


tas da flora brasileira. Ciência que estuda os fenômenos químicos nos seres vivos.

Bernard, Claude Biosfera


Eminente fisiólogo francês (1813-1878), considerado um dos Camada superficial da Terra na qual é produzida a vida. Nela,

mais ilustres representantes da ciência experimental do século a vida não se acha distribuída regularmente, mas se concentra

XIX. Foi o descobridor do papel do pâncreas na digestão das em regiões favoráveis à sua existência e perpetuação.

matérias graxas e demonstrou a função glicógena do fígado. Boca


Realizou, ainda, interessantes estudos sobre a irrigação san- Cavidade destinada a ingerir os alimentos, na qual ocorre a

guínea e o sistema nervoso. mastigação e insalivação. Na boca estão localizados os dentes,


Biogênese a língua e as glândulas salivares, órgãos que auxiliam no pro-


Teoria que admite que os seres vivos somente se originam pela cesso de digestão dos alimentos.

reprodução de outros seres. Botânica


Biologia Ciência que estuda os vegetais, desde a estrutura ou morfologia


Ciência que estuda a vida em todas as suas manifestações. das plantas, sua fisiologia e evolução, até suas utilidades e

Compreende a botânica, a zoologia, a anatomia e a fisiologia, nocividade. A palavra botânica é derivada da língua grega e sig-

vegetal e animal, e a Antropologia. Embora sejam constituídos nificava originariamente forragem, erva. A despeito do significa-

pela mesma matéria que os seres sem vida (carbono, oxigênio, do restrito, o vocábulo foi consagrado para designar a ciência

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que se ocupa do conhecimento das plantas. Nas primeiras fases Brown, Robert


de seu desenvolvimento, muito antes da Era Cristã, a botânica se Botânico inglês (1773-1858). Descobriu o movimento


ocupava apenas do que se referia às plantas medicinais e ali- oscilatório das partículas infinitamente pequenas nos líquidos,


mentícias. Pouco a pouco, transformou-se na grande ciência do o qual recebeu o nome de movimento browniano.


reino vegetal, desenvolvendo-se e subdividindo-se em outras


Buf fon, Conde de
ciências afins, como a bacteriologia (estudo especializado das


George Louis Leclerc (1707-1788). Naturalista francês, sob
bactérias), a fitopatologia (estudo das enfermidades das plantas),


cuja direção foi escrita e publicada uma grande obra sobre
a silvicultura (estudo especializado das florestas), a horticultura História Natural, composta de 44 volumes.


(estudo das plantas hortícolas e ornamentais) e a agronomia


Bulbo
(que se ocupa do estudo e exploração das plantas úteis).


Órgão do sistema nervoso central, está localizado acima da


Brasil, Vital medula espinhal. Exerce as funções de condutor de impulsos


Ilustre cientista brasileiro (1865-1950). Nascido em Minas nervosos, comanda o ritmo cardiorrespiratório e certos atos


Gerais. Dedicou sua vida à pesquisa científica, tendo sido des- reflexos, como deglutição, sucção, mastigação, vômito, tosse,

cobridor do soro antiofídico. ○

secreção lacrimal e piscar dos olhos.

c



Caloria volvem, como as mutilações, as modificações patológicas, os


Unidade de calor gerada nos organismos pela ingestão dos efeitos das enfermidades parasitárias e infecciosas, a ação da

alimentos. luz, a temperatura, a umidade e outros agentes naturais, além


Camada de ozônio dos efeitos da própria atividade ou inatividade dos indivíduos


Camada que envolve a Terra há aproximadamente 400 milhões ou seus órgãos, hábitos e vícios de ordem psíquica.

de anos. Sua formação se deve ao processo de fotossíntese re- Carnívoros


alizado pelas microscópicas algas azuis, que produziram oxi- Ordem da classe dos mamíferos, formada por animais de cabe-

gênio para formar uma camada de 15 a 50 quilômetros na ça forte, cérebro volumoso e com numerosas circunvoluções;

estratosfera, composta por um gás especial, o ozônio, capaz de maxilares curtos, grande desenvolvimento das arcadas zigo-

impedir a passagem dos raios ultravioleta, que, em excesso, máticas; dentes incisivos pequenos, caninos muito desenvol-

podem ser prejudiciais à vida.


vidos e fortes, numerosos molares (pré-molares, carniceiros


Caminho do sangue

e grandes molares); membros robustos; dedos com garras


O sangue chega ao coração vindo de todas as partes do orga-

não-retráteis.
nismo pelas veias cavas superiores e inferiores e desemboca no

Caxumba
átrio direito. Passa para o ventrículo direito pela válvula

tricúspide. Com a contração dos ventrículos (sístole), o san- Doença de origem virótica. Apresenta como sintomas febre e

gue sai pela artéria pulmonar, indo até os pulmões, onde ocor- inchaço das glândulas salivares. É transmitida pelo contato

re a hematose; volta ao coração pelas veias pulmonares (em com a saliva de pessoas contaminadas. Para prevenir a doença

número de quatro), que desembocam no átrio esquerdo, e sai deve-se tomar a vacina e colocar os doentes em quarentena.

pela artéria aorta, sendo distribuído para todo o organismo. Não há tratamento específico para a caxumba, entretanto, para

evitar complicações, é utilizada a penicilina.


Canal deferente

Órgão do sistema reprodutor masculino. Parte dos epidídimos, Célula


onde tem um calibre maior, e passa pelas virilhas. Em seguida O elemento fundamental de todos os seres vivos. É um orga-

atravessa a cavidade abdominal, contorna a base da bexiga e nismo, o mais simples, constituído por uma massa de matéria

sofre uma dilatação denominada ampola, na qual recebe o lí- viva ou protoplasma, que contém uma parte mais densa ou

quido seminal fabricado pela vesícula seminal. Em seguida núcleo, granulações e inclusões, leucitos sólidos ou líquidos,

atravessa a próstata, recebendo o líquido prostático, e vai eli- vacúolos ou hidroleucitos, e envolvido por uma membrana,

minar o esperma ou sêmen (conjunto dos espermatozóides e que nos vegetais é sempre constituída pela celulose.

dos líquidos seminal e prostático) pela uretra.


Capilares

Vasos de calibre fino e permeáveis.



Caracteres

Particularidades morfológicas, fisiológicas ou psíquicas que


servem para distinguir alguns seres dos outros, ainda que da


mesma espécie.

Caracteres adquiridos

Assim são chamados os caracteres que não são herdados. São membrana plasmática espaço intercelular

os que provêm das condições do meio em que os seres se desen-


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Biologia

Célula-mãe forma sólida, como neve ou granizo, voltando novamente a


Célula que, por divisão, dá origem a outras ou a um tecido. água à terra. No ciclo longo, participam os seres vivos. As


plantas absorvem água do solo, que é fundamental para a rea-


Centríolos
lização da fotossíntese. Posteriormente a água é liberada pelos


São organelas encontradas em células animais e nas de alguns processos da respiração e transpiração das plantas. Em função
vegetais inferiores. São capazes de autoduplicação. Duplicam-se


desses processos, as florestas tropicais densas estão sempre
durante a divisão celular e migram para os pólos da célula,


úmidas, contribuindo para a manutenção do clima da Terra.
orientando o processo de divisão.



Centro celular


Nome dado ao conjunto formado por um par de centríolos.


Centrolécito


Óvulo com vitelo envolvendo o núcleo, ou seja, mais no centro


da célula. A zona periférica do citoplasma não contém vitelo. É Respiração
Transpiração Chuva


comum nos insetos. Evapotranspiração


Evaporação
Centrômero ○

Gutação
Região do cromossomo que se liga às fibras do fuso acromático

nas divisões celulares.


Cerebelo

Órgão do sistema nervoso central, está situado abaixo do cére-


bro e atrás da ponte. É o órgão que regula o equilíbrio corpo-


ral. Está conectado a receptores periféricos localizados no Ciclo do carbono Ciclo da água

ouvido interno e que enviam mensagens aos centros de contro- O carbono é um elemento disponível na atmosfera. Os seres

le do equilíbrio localizados no cerebelo. Além disso, recebe fotossintetizantes o retiram dela pelo processo da fotossíntese.

informações sobre articulações, músculos e visão. O carbono é encontrado sob duas formas: na forma de CO2

Cérebro (dióxido de carbono), existente no ar na água, e na composição


É o local onde nossas sensações, nossas funções motoras são das moléculas dos seres vivos e nos depósitos de combustíveis

controladas. É o centro da memória e do intelecto. Cerca de fósseis, como o carvão e o petróleo. Pelo processo da

80% dos neurônios do encéfalo estão localizados nele. O fotossíntese, o CO2 é fixado e transformado em matéria orgâ-

cerébro está separado em dois hemisférios, unidos por uma nica pelos produtores. Os consumidores adquirem carbono

região denominada corpo caloso. Cada hemisfério é dividido ingerindo a matéria orgânica. Tanto os animais como os vege-
tais perdem carbono pela respiração. O carbono que fica retido

em quatro regiões denominadas lobos: o frontal, o parietal, o


na biomassa retorna à terra pelos excrementos e cadáveres dos

temporal e o occipital. CÓRTEX MOTOR


animais e restos dos vegetais, que serão decompostos em ele-

Controla os músculos
CÓRTEX voluntários mentos químicos pela ação dos decompositores. O ser huma-

CÓRTEX
PRÉ-MOTOR ÁREA MOTORA
SOMATO-SENSORIAL
SUPLEMENTAR no interfere no ciclo do carbono na medida em que remove

Controla os Recebe e analisa os


movimentos impulsos enviados pelos cobertura vegetal, por derrubada ou queimada de florestas, e

inconscientes, órgãos dos sentidos


como o balanço espalhados pelo corpo polui os mares, com derramamento de petróleo, impedindo

dos braços inteiro


quando você 1 2 que a luz penetre na água e, em conseqüência, a realização da

CAMPO DO
anda
3
OLHO FRONTAL fotossíntese pelos vegetais aquáticos, o que desequilibra toda

ÁREA
CENTRO a cadeia alimentar do ambiente.

4 AUDITIVO
PRÉ-
FRONTAL ÁREA DE CENTRO VISUAL Ciclo do nitrogênio

É a área BROCA 5 Na parte de trás do


Fica no lado Por fazer parte das moléculas dos ácidos nucléicos, das proteí-

encarregada cérebro, é a área


das esquerdo do responsável pela nas, da clorofila e de alguns outros compostos, o nitrogênio

atividades cérebro e CEREBELO recepção e


intelectuais controla os Cuida do interpretação dos (N2) é de fundamental importância para a vida na Terra. O

músculos da equilíbrio do estímulos visuais


1 – LOBO FRONTAL fala corpo. Sem nitrogênio é encontrado forma N2 (gás nitrogênio) e represen-

2
3
– LOBO PARIETAL
– LOBO TEMPORAL
ele, você teria
de se
ta 78% de todo o ar atmosférico. São raros os seres vivos que

4 – LOBO OCCIPITAL concentrar em aproveitam o nitrogênio diretamente da atmosfera. Alguns


5 – BULBO

cada passo
microrganismos, conhecidos como fixadores de nitrogênio,

Chagas, Carlos Ribeiro Justiniano possuem a capacidade de fixar o nitrogênio em suas moléculas
orgânicas.

Cientista brasileiro (1879-1934). Erradicou a malária da cidade


de Santos. Em 1909, concluiu as pesquisas para debelar a N2 atmosférico


Fixação do Denitrificação
tripanossomíase, conhecida como doença de Chagas. Em 1918,

nitrogênio
atmosférico
chefiou a campanha contra a gripe espanhola no Rio de Janeiro.

Assimilação

pelos herbívoros
Ciclo da água

A água é o composto inorgânico mais abundante, tanto na


Morte e
constituição dos seres vivos como no ambiente. O ciclo da água Excreção
decomposição
Absorção
pelas Bactérias

pode ser dividido em curto e longo. No ciclo curto as águas raízes denitrificantes

contidas nos mares, rios, lagos e a que se encontra misturada


NO–3 (nitrato)
Bactérias fixadoras Absorção
de NH3 por
com o solo são aquecidas pelo calor do sol, evaporam-se do de N2 nos nódulos de Decompositores

raízes de leguminosas algums Nitrobacter


plantas
ambiente e se condensam em forma de nuvens na atmosfera,

NH3 (amônia) NO2– (nitrito)

devido ao resfriamento em maiores altitudes. Depois, ocorre a


Nitrificação
Bactérias fixadoras
precipitação na forma líquida, como chuva ou neblina, ou na de N2 no solo

Nitrosomonas

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Citologia


Ciência que trata do estudo das células.



Citoplasma


Protoplasma celular, excluído o núcleo.


Clone


Conjunto de indivíduos descendentes de outros, pela multipli-


cação assexuada. Produto obtido da clonagem.


Clorofila


Pigmento verde das plantas. É encontrada nos cloroplastos.


Absorve energia solar, possuindo efeitos espectrais de


catalisador na fotossíntese dos hidratos de carbono.



Código genético


Sistema de informação em que determinada seqüência de bases
Ciclo do oxigênio nitrogenadas tem um significado específico; a informação co-

O oxigênio surgiu na Terra pela ação da fotossíntese, e cerca de dificada em cada trinca de bases no DNA é transcrita para o

21% da atmosfera terrestre são constituídos de oxigênio (O2) RNA e, posteriormente, traduzida na seqüência de aminoácidos

livre. O oxigênio pode ser encontrado também dissolvido na na proteína.


água, mas em percentual menor. O oxigênio é utilizado nas Coluna ver tebral

atividades respiratórias dos os animais e vegetais. É um gás Pertencente ao esqueleto axial, é formada por ossos articulados

comburente, ou seja, alimenta as combustões. Forma a camada denominados vértebras. Na espécie humana, há 33 vértebras,

de ozônio (O3), que protege a Terra contra a ação dos raios cada uma apresentando as seguintes partes: o corpo, os arcos e

ultravioleta. Pela ação dos seres fotossintetizantes, principal- as apófises (prolongamentos vertebrais). Como as vértebras se

mente o fitoplâncton, o oxigênio volta à atmosfera. dispõem umas sobre as outras, o conjunto de arcos neurais for-

ma o canal vertebral, em cujo interior está a medula espinhal.



tas

As costelas formam a caixa torácica, em um total de são 12 pares.



io le

Na parte posterior, prendem-se as apófises da coluna vertebral.


rav


u lt

Na parte anterior do tronco, os dez primeiros pares presos ao



io s

esterno e os dois últimos livres são as costelas flutuantes.


Ra

O2 atmosférico O3 (ozônio)
ão
ust

Vista anterior Vista lateral esq.


Fotossíntese

mb
Co

ção

Coluna
pira

cervical

Re
Res


sp
ira


çã
Al

o
ga

O2 +

s

m e ta
is = ó xi

do m e tá
lic o

Coluna

torácica

Ciclo do oxigênio

Ciclos biogeoquímicos

A vida na Terra se desenvolve por constante reciclagem de


nutrientes. Os mesmos elementos químicos circulam nas ca-


Coluna
deias biogeoquímicas e estão presentes ora nos seres vivos, ora lombar

no meio externo. Nos ciclos biogeoquímicos, os seres


decompositores – bactérias e fungos –, desempenham um pa-


pel primordial. Com a morte do organismo, a matéria é de-


composta por eles, e os elementos químicos resultantes são


Cóccix

novamente colocados à disposição do ambiente e de outros


seres vivos. Na biosfera, ocorrem vários ciclos biogeo-



químicos, como o ciclo da água, do carbono, do nitrogênio


Coluna vertebral
etc.

Circulação humana Consumidor


A circulação humana pode ser definida como fechada, dupla e Ser vivo que depende de outros seres vivos para obter seu ali-

completa, semelhante ao que ocorre em todos os mamíferos. mento. O mesmo que heterótrofo.

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Biologia

Coração Cór tex cerebral


É um órgão musculoso e oco, situado no tórax, entre os pul- A superfície mais externa do cérebro recebe o nome de córtex


mões, voltado para o lado esquerdo. A musculatura dotada de cerebral e é formada pelo corpo dos neurônios, o que dá à


movimentos é o miocárdio. O miocárdio é revestido externa- região uma cor acinzentada. As fibras (axônios e dentritos) dos


mente por uma membrana serosa – o pericárdio –, e interna- neurônios, que saem e chegam ao córtex cerebral, estão situa-


mente pela membrana serosa endocárdio. O coração apresenta das mais internamente e constituem a substância branca, em


quatro cavidades: duas aurículas ou átrios e dois ventrículos. função da mielina que envolve os axônios.


A aurícula direita comunica-se com o ventrículo direito pela


Crânio
válvula tricúspide, e a aurícula esquerda comunica-se com o


Caixa óssea ou cartilaginosa pertencente ao esqueleto axial.
ventrículo esquerdo por meio da válvula mitral.


Tem a função de proteger principalmente os órgãos dos sen-


veia cava superior Coração humano: aspecto interno tidos e o encéfalo. O crânio compreende o neurocrânio, que


artéria aorta artéria
protege o encéfalo, e o esplancnocrânio, que constitui a face.


pulmonar
artéria Cromossomos

troncopulmonar

Filamentos de DNA, RNA e proteínas compostos por um con-
veias pulmonares junto de genes.

átrio direito

Cromossomos homólogos

átrio esquerdo
válvula São cromossomos que formam pares, sendo idênticos na for-

Tricúspide válvula mitral


ma e tamanho. Encontrados nas células diplóides, são com-

ventrículo
esquerdo
postos por genes que determinam os mesmos caracteres.

veia cava inferior endocárdio Crustáceos


ventrículo direito
miocárdio Grande classe do ramo dos artrópodes, constituída quase

exclusivamente por animais aquáticos que respiram por


Cordão umbilical brânquias. Seu tegumento é duro, formado por quitina


Anexo embrionário exclusivo dos mamíferos. Permite a comu- impregnada de sais calcários. Geralmente o corpo é dividido

nicação entre a placenta e o embrião. em três regiões, em cada umas das quais estão diferentes ór-

Córion gãos e apêndices. Ex.: lagosta, camarão etc.


Anexo embrionário que, consiste em uma membrana que se Cuvier, Georges


encontra justaposta à casca do ovo, nos répteis e nas aves, e Naturalista francês (1769-1832). Criador da anatomia com-

reveste a parede uterina nos mamíferos. Tem por função envol- parada e da paleontologia. Sua grande obra, O reino animal,

ver e proteger o embrião. foi publicada em 1819.



D



Daltonismo ta as seguintes características: porte pequeno, cor escura, nor-


Incapacidade de distinguir certas cores do espectro visível. malmente vive em regiões urbanas e se reproduz em água pa-

Alguns tipos de daltonismo têm base genética ou hereditária, rada, como lagos e lagoas, ou dentro de pneus, garrafas e vasos,

herança essa ligada ao cromossomo sexual X. onde a água fica depositada. servindo de criadouro para o

Darwin, Charles mosquito. A doença se caracteriza pelos seguintes sintomas:


Naturalista e fisiologista inglês (1809-1882). Defensor da febre súbita, dores musculares intensas, dores nas articula-

teoria evolucionista e fundador da teoria da seleção natural. ções, cefaléia, náuseas, vômitos, falta de apetite, diarréia,

Jovem ainda, realizou uma viagem ao redor do mundo, que fotofobia (aversão à luz), lacrimação e manchas vermelhas pelo

durou cinco anos, tendo passado pelo Brasil, onde se demo- corpo. Os sintomas da dengue geralmente se manifestam após

rou algum tempo. Sua obra fundamental é A origem das es- dias, período em que o vírus permanece incubado. Existem

pécies por meio da seleção natural. Além dessa, publicou dois tipos de dengue: a clássica ou comum (cujos sintomas

muitas obras, entre as quais está a polêmica A origem do


estão acima) e a hemorrágica. Além dos sintomas da dengue


homem.

clássica, a variante hemorrágica também pode apresentar qua-


De Candolle, Augustin Pyramus dro de hemorragias digestivas, distúrbios do processo de co-


Botânico suíço (1778-1841). Um dos criadores da geografia agulação do sangue, aumento do tamanho do fígado e altera-

botânica. Deixou vasta obra, salientando-se a denominada ções da pressão arterial, podendo levar à morte quando não

Prodromus, em numerosos volumes, nos quais estão descritas tratada adequadamente. A medida profilática mais eficaz é o

milhares de espécies botânicas. extermínio do agente vetor, que é o mosquito. Para tanto,

Dengue devem ser eliminados locais onde o Aedes aegypti se repro-


Doença infecciosa de origem virótica, transmitida pela picada duz, adotando atitudes como: tampar caixas-d´água, não dei-

de dois mosquitos: a fêmea do Aedes aegypti e a fêmea do Aedes. xar vasilhames com água parada, usar telas protetoras nas

O mosquito Aedes aegypti é o mais comum no Brasil e apresen- janelas, usar inseticidas, desinfetantes etc.

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Suplemento de Pesquisa e Informação

Dentes Diplóide


Auxiliam na trituração e mastigação dos alimentos. Um dente Núcleo celular que possui 2n cromossomos.


é formado de três partes: coroa, colo e raiz, e por algumas


Divisão binária ou cissiparidade ou bipartição
camadas: a mais externa é o esmalte, em seguida, a dentina, e


Reprodução assexuada, comum nos seres unicelulares. A célu-
mais interna é a polpa. Na polpa existe uma arteríola, uma


la é o próprio organismo; divide-se em duas partes iguais, que
vênula e um nervo. A raiz é revestida pelo cemento, que é um


passam a ser novos organismos. A grande maioria das bacté-
tecido ósseo.


rias, protozoários e algas unicelulares se reproduz assexuada-


esmalte
mente por divisão binária.


dentina
Divisão celular


coroa
cavidade da polpa
Processo pelo qual uma célula se divide em duas outras. É por


gengiva
esse processo que células procariontes e eucariontes se repro-


duzem. A mitose das células eucariontes é um tipo de divisão


celular.

cemento

Divisão múltipla
raiz
É o processo de reprodução assexuada em que um organismo

se divide em várias partes, e cada uma delas se desenvolve em


um novo indivíduo. Esse processo pode ocorrer em organis-


nervos e vasos
mos unicelulares ou pluricelulares. A divisão múltipla pode

sanguíneos

ser subdividida em: esporulação – a reprodução ocorre pela


Os constituintes de um dente humano

liberação de esporos e, quando esses encontram condições fa-


Diencéfalo
voráveis a sua germinação, desenvolvem-se em novos organis-

Órgão do sistema nervoso central, é constituído pelo tálamo e mos; esporos são células haplóides, independentes, que ger-

hipotálamo. O hipotálamo contém centros de controle da tem- minam sem ser fecundados; estrobilização – consiste em uma

peratura corporal, do apetite, da sede, do sono e de algumas fragmentação transversal que ocorre em animais pluricelulares,

emoções. Está ligado à hipófise, principal glândula endócrina, como os celenterados ou cnidários, nos quais o pólipo – forma

situada na base do cérebro, a qual controla o sistema hormonal. fixa do animal – se estrobiliza e cada parte que se destaca forma

O tálamo recebe as informações sensoriais e as redireciona às um novo ser; brotamento ou geniparidade – consiste no apare-

áreas específicas do cérebro. cimento de brotos ou gêmulas na superfície do corpo de alguns


Digestão humana organismos, que podem ou não se destacar do corpo parental;


O sistema digestório é formado por um longo tubo, que se quando se mantêm ligados, constituem uma colônia e, quando

estende da boca ao ânus. Entre a boca e o ânus, podem ser se destacam, dão origem a indivíduos independentes; tal pro-

encontrados os seguintes órgãos intermediários: faringe, cesso é comum em poríferos; regeneração – consiste em rege-

esôfago, estômago e intestinos (delgado e grosso). Também nerar partes perdidas do corpo, ou a partir de partes do corpo

fazem parte do sistema digestório, as glândulas anexas, produ- formar um novo indivíduo; é comum nas planárias e equino-

toras de secreções que são lançadas no tubo digestivo, auxili- dermos; partenogênese – consiste no desenvolvimento embrio-

ando no processo da digestão. São elas: as glândulas salivares, nário do óvulo sem que ocorra fecundação; os indivíduos re-

o fígado e o pâncreas. sultantes são haplóides; nas abelhas, os ovos fecundados


originam sempre fêmeas, e os não-fecundados originam sem-


pre machos, conhecidos como zangões; portanto, todos os


machos entre as abelhas são partenogenéticos.



DNA (ácido desoxirribonucléico)


boca
faringe Ácido nucléico constituído por um açúcar de cinco carbonos

glândulas (desoxirribose), fosfatos e pelas bases nitrogenadas adenina,


salivares

guanina, citosina e timina. A molécula de DNA é filamentosa,


traquéia de cadeia dupla, em arranjo helicoidal (dupla hélice). No DNA


esôfago
estômago as informações hereditárias estão escritas em código.

Doença de Chagas

fígado pâncreas
Foi descoberta por Carlos Chagas, pesquisador brasileiro,

vesícula
biliar uma doença causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma

cólon
transversal
cruzi. Essa doença é transmitida pelo Triatoma infestaus, co-

duodeno cólon nhecido como barbeiro ou chupança. O contágio do barbeiro


intestino jejuno a s c e n d e n t e intestino


delgado grosso ocorre da seguinte maneira: o protozoário vive normalmente

íleo
cólon no organismo de animais silvestres, como tatus, tamanduás,

descendente
gambás, raposas, macacos, morcegos e outros. O barbeiro, ao

ceco
sugar o sangue desses animais, adquire o protozoário e se

apêndice ânus reto


transforma em um transmissor da doença de Chagas. Esse

inseto possui hábitos noturnos e vive em frestas de parede,


Sistema digestório humano chiqueiros ou paióis. À noite deixa seus esconderijos e vai

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Biologia

sugar o sangue das pessoas enquanto dormem. Ao sugar o bém a musculatura do esôfago e dos intestinos. Para evitar a


sangue, o inseto elimina fezes contaminadas de tripanossomas. doença, deve-se combater o barbeiro, substituir casas de pau-


A vítima normalmente coça o local, favorecendo a entrada do a-pique e de madeira por construções de alvenaria, restringir


protozoário pelo orifício da picada. Alcançando a corrente o contato com animais silvestres contaminados e não ingerir


sanguínea, o protozoário Trypanosoma cruzi instala-se princi- carne crua, além de evitar transfusões de sangue de procedência


palmente em órgãos musculosos como o coração, provocando desconhecida. Mães portadoras podem transmitir a doença ao


taquicardia e dilatação do órgão (megalocardia), atacando tam- filho pela placenta.




1 - Os tripanossomos se


multiplicam assexuadamente
no intestino do percevejo,


2 - Ao picarem, defecam e libertam as formas infectantes dos parasitas. A
cuja porção final fica repleta
picada não dói: os insetos possuem na saliva uma substância anestesiante.
das chamadas formas
Passado o efeito do anestésico, a pessoa se coça e introduz os


infectantes. Os barbeiros
tripanossomos que estavam nas fezes do barbeiro no local da picada.
possuem hábitos noturnos. À
Portanto, a transmissão dos parasitas não ocorre pela picada.


noite, saem de suas tocas à
procura de alimento.
3 - Uma vez na pele, os


Encontram pessoas
dormindo e picam, de tripanossomos invadem
preferência, a pele delicada células do tecido conjuntivo

e assumem a forma esférica,
intracelular. Multiplicam-se

ativamente e após alguns


dias arrebentam as células e
6 - Pessoas

se libertam no sangue, agora


contaminadas, ao serem
com a forma alongada.
picadas por barbeiros,

dão continuidade ao ciclo


4 - Pela corrente sanguínea


espalham-se e atingem
outros órgãos, entre eles o


5 - No tecido cardíaco, assumem novamente a


forma esférica, proliferam, formam ninhos cheios


de parasitas e destroem inúmeras células
cardíacas, a principal conseqüência lamentável


E


Ecologia mente. Nos ovos com grande quantidade de vitelo, as clivagens


Estudo dos seres vivos e suas relações com o meio ambiente. só ocorrem na região do núcleo, denominada cicatrícula. Po-

demos falar, então, que nesse segundo caso a clivagem pode ser

Ecossistema
parcial ou incompleta. Em seguida, na fase de blástula, as cé-

Sistema formado pelas comunidades biológicas em interação lulas se afastam e formam uma cavidade interna cheia de líqui-

com os fatores do meio. do. A partir desse momento, o conjunto passa a chamar-se

Efeito estufa blástula e a cavidade, blastocela. Em seguida, na fase de


Aquecimento anormal da superfície terrestre provocado pelo au- gástrula, ocorrem inúmeras diferenciações no conjunto de

mento da concentração de certos gases na atmosfera (gás carbô- células; camadas de células se formam e se diferenciam, dando

nico e metano), o que altera o equilíbrio termodinâmico do Planeta. origem à gástrula, no processo de gastrulação. Nesse período,

formam-se os primeiros tecidos embrionários, que nada mais


Elementos biogenéticos
são que camadas de células. A camada mais externa recebe o

São os elementos químicos que formam parte dos seres vivos.


nome de ectoderme. A partir da ectoderme, formam-se a

Os oito elementos químicos estão sempre presentes na matéria


epiderme (camada externa da pele) e o sistema nervoso. A ca-

viva: hidrogênio, carbono, nitrogênio, oxigênio, magnésio,


mada mais interna é a endoderme, que envolve a cavidade do

fósforo, enxofre e potássio. Os seis elementos químicos a se-


éntero (que substitui a blastocele e origina o intestino primi-

guir estão freqüentemente presentes: sódio, silício, cloro, cál-


tivo). Comunica-se com o exterior por uma abertura denomi-

cio, manganês e ferro; e os seguintes só excepcionalmente são nada blastóporo. Na fase de gástrula, alguns animais desenvol-

encontrados nos seres vivos: alumínio, cobre, bromo, vem apenas dois folhetos germinativos, que são a ectoderme e

estrôncio e iodo. a endoderme (denominam-se animais diblásticos); outros de-


Embriogênese senvolvem três folhetos germinativos, que são a ectoderme, a


Desenvolvimento embrionário. O embrião pode desenvolver- mesoderme e a endoderme (animais triblásticos). A partir da

se fora do organismo maduro – comum nos ovíparos (insetos, mesoderme, formam-se o sistema de locomoção (ossos e mús-

répteis e aves) – ou dentro do organismo materno – comum culos), o sistema circulatório e o sistema excretor. A meso-

nos vivíparos (mamíferos). As divisões iniciais do zigoto são derme pode separar-se e desenvolver duas camadas, que pas-

denominadas clivagem, e as células resultantes, blastômeros. As sam a delimitar uma cavidade – o celoma. Mas há animais

mitoses nos blastômeros sucedem com rapidez, dando origem triblásticos nos quais a mesoderme não apresenta celoma, ou

a uma massa multicelular compacta, que lembra uma amora. seja, a mesoderme não se separa – são denominados animais

Nessa fase, o embrião é chamado de mórula. Nesse momento, acelomados. Outros apresentam um falso celoma, ou seja, a

nos ovos cuja quantidade de vitelo é pouca, como é o caso do mesoderme delimita apenas um lado da cavidade; são os

óvulo humano, as clivagens ou divisões separam o ovo total- pseudocelomas. Nos animais com celoma verdadeiros, os

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Suplemento de Pesquisa e Informação

celomados, a cavidade celomática é delimitada pela mesoderme. Epitélio glandular ou de secreção


No final da fase de gástrula, com o início da formação do tubo Formado por células especializadas na produção de secre-


nervoso dorsal e da notocorda, a ectoderme é dobrada e as ções, excretadas através das glândulas exócrinas ou de secre-


bordas superiores se soldam, originando um tubo denomi- ção externa, ou das glândulas endócrinas. As primeiras apre-


nado neural. Abaixo do tubo neural, forma-se um cordão sentam ductos por onde secretam substâncias para fora do


longitudinal, denominado notocorda, que serve de eixo de organismo – como as glândulas sudoríparas e lacrimais – ou


sustentação para o embrião. Completam o sistema nervoso o para o interior de um órgão oco – como as glândulas saliva-


tubo nervoso e a notocorda, definindo-o, os quais dão início res e digestivas. Já as glândulas indócrinas não possuem


formação dos órgãos e sistemas. Ocorre nessa fase o desen- ductos e lançam suas secreções diretamente no sangue. Por


volvimento da mesoderme, que passa a ocupar todos os espa- isso, suas secreções são chamadas hormônios. Exemplos:


ços entre a endoderme e a ectoderme e se divide em partes hipófise, tireóide, gônadas etc. As glândulas anfícrinas ou


denominadas somitos. A partir dos somitos, são formadas as mistas tanto apresentam ductos excretores como produzem


vértebras (ossos da coluna), a musculatura esquelética (mús- hormônios, atuando como glândulas endócrinas e exócrinas


ao mesmo tempo. O exemplo mais comum é o pâncreas, que,

culos que se ligam aos ossos) e a derme (camada inferior à
epiderme). ○ em sua ação exócrina, produz suco pancreático, o qual lança
no duodeno (porção inicial dos intestinos); sua ação

Encéfalo endócrina, por sua vez, produz os hormônios glucagon e


Na superfície do cérebro, encontram-se sulcos que se dilatam insulina, que são lançados diretamente no sangue, onde con-

em giros também chamados de córtex cerebral. O encéfalo é a trolam a taxa de açúcar.


região mais desenvolvida do cérebro, onde se processa e arma- Esôfago


zena a maior parte das informações. Entre os animais, o ho- Canal musculoso, com movimentos peristálticos involuntários,

mem é o que apresenta o maior cérebro em relação ao tamanho controlados pelo sistema nervoso autônomo. O esôfago atra-

do corpo. vessa o tórax, ligando a faringe ao estômago. Suas fortes con-


trações peristálticas empurram o alimento em direção ao estô-


mago. A entrada do alimento nesse órgão é controlada pela


cérebro

válvula cárdia.

cerebelo Espécie

Conjunto de indivíduos semelhantes, potencialmente capazes


ponte
de se cruzar, produzindo descendência fértil. Toda classifica-

bulbo
ção em botânica tem base na noção de espécie.

medula
Espermatogênese

O encéfalo e a medula formam o sistema nervoso central humano Formação do gameta masculino – o espermatozóide, uma

célula minúscula, altamente especializada, com formato


Entomologia hidrodinâmico, cujas características constituem adaptações


Estudo e classificação dos insetos. que facilitam sua locomoção em meio líquido. A cabeça –

Epidemia parte volumosa da célula – é formada pelo núcleo, o qual se


Surto de doença que se espalha rapidamente, atingindo grande encontra envolvido por uma fina camada de citoplasma. Na

número de indivíduos de uma população. parte anterior da cabeça, há uma bolsa cheia de enzimas di-

gestivas, originada do complexo de Golgi e denominada


Epidídimos
acrossomo, cuja função é perfurar o óvulo no momento da

Órgãos do sistema reprodutor masculino. Partem dos túbulos fecundação. Após a parte intermediária, existe o flagelo, cujos

seminíferos e têm um calibre maior. Sua função é armazenar movimentos permitem a locomoção dos espermatozóides até

temporariamente os espermatozóides. o óvulo (gameta feminino). Sua formação compreende qua-


Epitélio de revestimento ou protetor tro fases: Fase germinativa ou de multiplicação: células


Apresenta células justapostas, praticamente desprovidas de germinativas, diplóides, precursoras dos espermatozóides,

substâncias intersticiais (intercelulares) e de formas diversas dividem-se por mitose, originando as espermatogônias, que

(cilíndricas, cúbicas, achatadas), adaptando-se melhor às fun- são células diplóides. No sexo masculino, a fase de multipli-

ções que desempenham. Os epitélios de revestimento são clas- cação pode ocorrer durante toda a vida do indivíduo; Fase de

sificados em: epitélio simples, quando apresenta uma única crescimento: é uma fase rápida, em que as espermatogônias se

camada de células, e epitélio estratificado, quando apresenta tornam maiores, passando a denominar-se espermatócitos I,

duas ou mais camadas. As células que compõem o epitélio de ou de primeira ordem, ou simplesmente cito I. Até essa fase

revestimento não são alimentadas pelo sangue, pois ele é des- de crescimento, as células são diplóides; Fase de maturação:

provido de vasos sanguíneos; o transporte de substâncias se dá os espermatócitos de primeira ordem passam por meiose,

por osmose com as células vizinhas. As principais funções do originando quatro células haplóides, que podem apresentar

epitélio de revestimento são: proteção – protege o corpo contra caracteres diferentes devido à ocorrência de crossingover e

atritos, desidratação, substâncias tóxicas presentes no meio permutas gênicas no início da divisão I da meiose. Na pri-

ambiente e entrada de microrganismos (bactérias, vírus); ab- meira divisão meiótica, cada espermatócito de primeira or-

sorção – mucosa interna dos intestinos; e transporte – de gases dem origina dois espermatócitos de segunda ordem – ou

nos alvéolos pulmonares. citos II –, que já, são células haplóides. Na segunda divisão

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Biologia

da meiose, cada espermatócito II origina duas células a ação desse hormônio, as células da região fúndica passam a


haplóides, denominadas espermátides; fase de diferenciação produzir o suco gástrico, que contém ácido clorídrico e


ou espermiogênese: cada espermátide sofre grandes transfor- pepsinogênio. O ácido clorídrico apresenta o pH ácido (por


mações, dando origem aos espermatozóides. volta de 2), e, em meio ácido, o pepsinogênio é transformado


em pepsina (enzima ativa). A pepsina atua sobre as moléculas


bexiga urinária de proteína, decompondo-as em moléculas menores, mas de


corpos próstata
cavernosos natureza protéica – as proteoses e peptonas. No estômago,


ducto
também são encontradas as enzimas mucina e remina ou lab-


ejaculatório
uretra fermento, que coagula o leite. Após permanecer no estômago


vesícula
seminal algumas horas, o alimento ganha o aspecto de uma massa pas-


ânus tosa denominada quimo. Através do esfíncter pilórico, o quimo


pênis
ducto chega ao duodeno.


deferente
glande


escroto
ramo do nervo fundo
epidídimo testículo


vago gástrico

Esqueleto apendicular esôfago


ângulo do cárdia

Constituído pela cintura escapular e os membros anteriores, e fibras corpo do


pela cintura pélvica com os membros inferiores. A cintura musculares estômago


circulares

escapular (ombro) é formada pelos ossos clavícula, escápula e grande


curvatura

fibras
corocóide. A cintura pélvica (bacia) é formada pelos ossos íleo, musculares

ísquio e púbis. Nos vertebrados, os membros anteriores divi- longitudinais


dem-se em braço, antebraço e mão. No braço existe um único fibras


pequena
musculares

osso – o úmero; no antebraço – dois ossos – o rádio e o ulna oblíquas curvatura


(cúbito). Na mão estão o carpo, o metacarpo e as falanges. Os piloro


membros inferiores dividem-se em coxa, perna e pé. Na coxa,


há um único osso – o fêmur; na perna, dois ossos – a tíbia e a duodeno


fíbula (perônio); e, no pé, o tarso, o metatarso e as falanges. Anatomia externa do estômago


Esqueleto axial

É composto pelo crânio, pela coluna vertebral, pelas costelas e Eucarionte


pelo esterno. Tipo celular que apresenta sistemas membranosos e organelas


Estômago no citoplasma nesse meio, a carioteca está presente.


Órgão resultante da dilatação do tubo digestivo, situado na


Evolucionismo
cavidade abdominal. Sua porção inicial recebe o nome de cárdia;

Teoria criada por Lamarck que supõe que as espécies se trans-


apresenta na sua parte superior uma pequena curvatura e na

formam umas em outras.


parte inferior uma grande curvatura. Sua parte mais dilatada

recebe o nome de região fúndica. Em sua porção final, ocorre Expiração


um estreitamento, que recebe o nome de esfíncter pilórico, o É a saída do ar dos pulmões, o processo inverso ao da aspira-

qual faz divisa com o duodeno, início do intestino delgado. ção. Nele, o diafragma e os músculos intercostais relaxam.

Chegando ao estômago, o alimento estimula a produção do Diminui o espaço da caixa torácica, aumenta a pressão no in-

hormônio gastrina pelas células da mucosa do estômago. Sob terior dos pulmões e o ar é expelido.

F



Faringe exemplo, temos o nanismo hipofisário, provocado por fun-


Órgão em forma de canal, comum ao aparelho respiratório. O ção deficiente da glândula hipófise, que simula o nanismo

alimento deglutido é jogado na faringe, que se contrai volun- acondroplásico, determinado por genes dominantes e

tariamente, empurrando o alimento para o esôfago. transmissíveis aos descendentes.



Febre amarela Fenótipo


Doença de origem virótica, apresenta como sintomas inflama- É a aparência de um indivíduo (vegetal ou animal) de determi-

ção do fígado, icterícia, vômitos sanguíneos e nefrite. A trans-


nada espécie. Resulta da interação entre o genótipo e o meio

missão é feita pela picada do mosquito Aedes aegypti contamina-


ambiente.

do. Para prevenir a doença, deve-se tomar a vacina e exterminar


o mosquito transmissor. Fisiologia


Fenocópias Estudo da atividade do corpo vivo, do modo pelo qual cada


Existem determinados indivíduos que apresentam caracterís- órgão exerce uma função particular, e todos, em conjunto,

ticas fenotípicas não-hereditárias, que são produzidas por operam harmoniosamente (fisiologia vegetal e fisiologia

influência do meio ambiente, imitando um mutante. Como animal).


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Suplemento de Pesquisa e Informação

Fitoplâncton não a maior obra, no gênero, com 40 volumes no formato in-


Conjunto de seres fotossintetizantes que compõem o plâncton. fólio que descrevem cerca de 200 famílias botânicas represen-


São os principais produtores do bioma aquático. tadas na flora brasileira e 22.767 espécies vegetais (sendo



Flagelados 5.689 novas e 19.629 brasileiras), das quais 6.246 aparecem


Protozoários providos de longos e finos prolongamentos em ótimas estampas.


protoplasmáticos, chamados flagelos, que servem para a loco- Fósseis


moção. Podem ser animais ou vegetais. São restos de origem orgânica mais ou menos petrificados,


Flagelos achados nas camadas da Terra correspondentes a épocas ge-


Formações celulares que servem à locomoção dos seres ológicas anteriores à atual.


unicelulares.


Função
Flora Brasiliensis


Trabalho fisiológico que um aparelho ou sistema realiza.
Notável obra sobre botânica, organizada pelo naturalista ale-

mão Martius, com a colaboração de 65 botânicos de diversos Fungo

países, inclusive alguns brasileiros. É uma das maiores, se ○



Vegetal inferior, sem clorofila. Ex.: cogumelo.

G


Gametogênese Glândulas endócrinas


São aquelas desprovidas de canais excretores; por isso, lançam


Processo de formação de gametas.


diretamente no sangue os hormônios produzidos. Determina-

Gene
da quantidade de hormônio no sangue pode estimular ou ini-

Segmento de molécula de DNA, responsável pela determina-


bir as atividades do órgão-alvo. Essa regulação endócrina

ção de características hereditárias, que está presente em todas


ocorre por meio de um mecanismo conhecido como realimen-

as células de um organismo. tação ou feedback, que pode ser negativo ou positivo. Exemplo

Gênero de feedback (retroalimentação) negativo: a adeno-hipófise


Reunião de espécies que apresentam caracteres comuns (carac- produz e libera o hormônio foliculoestimulante, que, por meio

teres genéricos), menos gerais que aqueles que servem para do sangue, chega até os ovários, atuando sobre eles. Sob a ação

determinar as espécies. do hormônio foliculoestimulante, um folículo de Graaf inicia


seu processo de amadurecimento para produzir o óvulo. Du-


Genes alelos
rante o amadurecimento, o folículo produz o hormônio

Genes que ocupam o mesmo lugar em cromossomos homó-


estradiol (hormônio sexual feminino). Quanto mais hormônio

logos. Atuam sobre as mesmas características, podendo ou não


foliculoestimulante vier da adeno-hipófise, mais estradiol é

determinar o mesmo aspecto. Ex.: um mesmo animal pode


produzido pelo folículo. Assim, a taxa de estradiol sobe muito

possuir uma alelo que determine a cor castanha do olho, e o


no sangue, até chegar a um nível em que, ao passar pela hipófise,

outro alelo, a cor azul.


bloqueia a produção do hormônio foliculoestimulante. Está aí

Genética um feedback negativo, pois, com a parada da produção do


Ramo da Biologia que estuda as questões ligadas à hereditarie- hormônio foliculoestimulante, cessa também a produção de

dade e às leis que a governa. estradiol. Exemplos de feedback positivo: a glândula adeno-

hipófise produz hormônio tireotrofina, que estimula a glându-


Genoma
la tireóide a produzir o hormônio tiroxina. Aumentando o

Lote completo de genes característico da espécie. Uma célula


hormônio tiroxina no sangue, a produção do hormônio

haplóide possui um genoma, enquanto uma diplóide possui


tireotrofina se reduz, fato que provoca a inibição da tireóide.

dois.
Quando o nível de tiroxina no sangue se torna baixo, a adeno-

Genótipo hipófise volta a secretar tireotrofina, e o mecanismo recomeça.


Patrimônio genético de um indivíduo presente em suas célu-


Glândulas salivares
las e transmitido de uma geração a outra. Não podemos ver

o genótipo de um indivíduo, mas esse pode ser deduzido por São três pares de glândulas: as parótidas, as maxilares e as

meio de cruzamento, teste ou análise dos parentais e descen- sublinguais. Sob o estímulo do aroma e do sabor dos alimen-

dentes. tos, as glândulas salivares produzem a saliva, que apresenta em


sua composição a enzima ptialina ou amilase salivar, a qual,


Gestação por sua vez, atua sobre o amido, iniciando sua digestão e trans-

Tempo que decorre entre o momento da fecundação até o nas- formando-o em maltose. A saliva lubrifica e dilui os alimentos,

cimento do novo ser. facilitando sua mastigação, gustação e deglutição.


Glândula de Cowper ou glândulas bulbouretrais Grande circulação ou circulação sistêmica


Órgão do sistema reprodutor masculino que, sob estímulos É a que se estabelece entre o coração e todos os tecidos do

sexuais, produz um muco de consistência lubrificadora, com a corpo. Sua função básica é distribuir oxigênio e nutrientes para

finalidade de auxiliar no ato sexual. todas as células vivas.


20

mega dicionario Biologia.p65 20 29/01/02, 20:42


Biologia

Gripe objetos contaminados. A vacina é ineficiente, pois o vírus é


Doença de origem virótica. Seus sintomas são calafrios, febre mutante. O doente deve evitar a exposição à friagem. O pró-


alta, dores de cabeça, garganta e musculares, vermelhidão da prio organismo combate a enfermidade com eficiência, po-


face e olhos brilhantes. É transmitida diretamente por rém podem ser usados antitérmicos e ácido acetilsalicílico


gotículas expelidas por doentes e indiretamente por meio de para aliviar os sintomas.




H




Hábitat reabsorção da água. Sua deficiência provoca o diabetes in-


Local habitado por uma espécie. sípido. O ADH é conhecido também como vasopressina.


Haplóide Hormônio de crescimento ou somatotrópico
Núcleo celular que possui n cromossomos. ○

(STH ou GH)
Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo ante-

Harvey, William

Médico e fisiologista inglês (1578-1657). Descreveu o meca- rior da hipófise. Tem como funções estimular o cresci-

nismo da circulação do sangue. mento da criança e do jovem, aumentando o número de


Hepatite mitoses e da síntese de proteínas. Sua deficiência na crian-


Doença de origem virótica. Apresenta os seguintes sintomas: ça provoca o nanismo. Quando é produzido em excesso,

infecção aguda, febre, inapetência, náuseas, vômitos, mal-estar provoca o gigantismo. Se esse problema surge na fase

e dores abdominais. É transmitida pelo contágio direto com adulta, provoca a acromegalia (crescimento das extremi-

gotículas de muco e saliva, transfusão de sangue, injeção de dades, como mãos e pés).

soro ou plasma proveniente de pessoas infectadas e seringas e


Hormônio foliculoestimulante (FSH)


agulhas contaminadas. Deve-se evitar o contato com pessoas

infectadas e esterilizar seringas e agulhas. Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior

da hipófise. Atua nos ovários, estimulando o desenvolvimen-


Heterolécitos
to dos folículos ovarianos, no interior dos quais ocorre a

Óvulos com muito vitelo, o qual está mais concentrado e em


maturação dos óvulos. No homem, estimula a produção dos

maior quantidade entre o pólo vegetativo e o pólo que contém


espermatozóides.

o núcleo. É comum nos peixes e anfíbios.


Hipófise ou pituitária Hormônio luteinizante (LH)


Glândula localizada na base do cérebro. Apresenta duas re- Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior da

giões distintas: a neuro-hipófise ou hipófise posterior, e uma hipófise. Atua no rompimento do folículo ovariano, o que re-

sulta na liberação do óvulo. Ocorrendo a ruptura, o folículo


porção anterior à adeno-hipófise. Sabe-se hoje que ela está


sob o controle do hipotálamo (parte do sistema nervoso cen- transforma-se em corpo lúteo ou corpo amarelo. No homem,

tral). A neuro-hipófise armazena hormônios fabricados pelo atua nos testículos, estimulando a síntese de testosterona

hipotálamo. (hormônio sexual masculino).


Homeostase Hormônio melanotiófico (MSH)


Equilíbrio dinâmico entre os sistemas de um organismo, que Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior da

permite regular o estado físico do protoplasma celular, o pH


hipófise. Relaciona-se com a pele em anfíbios e répteis. Nos


e a concentração osmótica, evitando que se desequilibre em

seres humanos e outros mamíferos, ocorre também o MSH,


relação às variações do meio. Um dos principais mecanismos

da homeostase é a osmorregulação. mas sua atuação no organismo é desconhecida.


Hormônios

Homozigoto

Um indivíduo é homozigoto para um determinado caráter São substâncias químicas produzidas por glândulas endócrinas

quando possui os dois genes iguais, ou seja, um mesmo alelo ou por células isoladas e são lançadas no sangue em dois

em dose dupla. O homozigoto produz apenas um tipo de locais distantes, estimulando ou inibindo as funções de cer-

gameta, seja ele dominante, seja recessivo. tos órgãos-alvo.


Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) Humboldt, Alexander von


Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior da


Cientista alemão (1769-1859). Seus estudos abordaram vários


hipófise. Atua na região cortical das supra-renais, estimulando

setores do conhecimento humano. Fez várias viagens de explo-


a produção dos hormônios cortisona e aldosterona. ração, nas quais, entre outras coisas, estudou as formas e ca-

Hormônio antidiurético (ADH) racterísticas das plantas em relação ao meio em que se desen-

Hormônio fabricado no hipotálamo e armazenado pela volvem, dando os primeiros passos para a criação da geografia

neuro-hipófise. Atua nos túbulos renais, promovendo a botânica.


21

mega dicionario Biologia.p65 21 29/01/02, 20:42


Suplemento de Pesquisa e Informação


I




Inspiração também a ação do suco entérico, produzido pelas células da


É a entrada de ar nos pulmões. Para que ocorra, o diafragma, parede do intestino, e se transforma no quilo, que apresenta o


músculo que separa o tórax do abdome, se contrai e abaixa. pH alcalino por volta de 8.


Os músculos intercostais se contraem e elevam as costelas, Intestino grosso


aumentando o volume da caixa torácica e diminuindo a pres-
Parte do alimento não-absorvido no intestino delgado passa


são no interior dos pulmões, que se dilatam ocupando todo
para o ceco, porção inicial do intestino grosso que atravessa a


o espaço.


válvula ileicecal. Uma grande quantidade de água acompanha
Intestino delgado


os resíduos alimentares. A região do ceco, em sua parte infe-
Chegando ao duodeno – porção inicial do intestino delgado

rior, tem o apêndice e, em sua porção superior, o cólon ascen-
–, o quimo apresenta uma certa acidez, o que provoca uma

dente; em seguida, o cólon transversal, o cólon descendente e
reação nas paredes do duodeno, o qual passa a produzir dois ○

o reto. Na região do ceco, os resíduos alimentares constituem


hormônios: a secretina e a colecistocinina, que, por sua vez,

o bolo fecal, que, devido aos pigmentos biliares, apresenta cor


são lançados na corrente sanguínea. A secretina vai atuar no

marrom. Grande parte do volume de água que acompanha o


pâncreas, estimulando-o a produzir o suco pancreático, que

bolo fecal é reabsorvida ao longo do intestino grosso.


será lançado no duodeno. O hormônio colecistocina vai atuar

sobre a vesícula biliar (bolsa armazenadora de bile, fabricada Isolécitos ou oligolécitos


pelo fígado), provocando contrações, até que ocorra a libera- Óvulos com pouco vitelo, distribuído uniformemente por toda

ção da bile, a qual é lançada no duodeno juntamente com o suco a célula. É comum nos equinodermos (invertebrados mari-

pancreático. Além do suco pancreático e da bile, o quimo sofre nhos) e nos cefalocordados (como o anfioxo).

L



Lamarck, Jean Baptiste albuminóides, graxas, sais e vitaminas em proporções adequa-


Naturalista francês (1741-1829). Criador da famosa teoria das, constitui o mais completo alimento natural para os seres

evolucionista, segundo a qual o aperfeiçoamento dos seres vi- em formação.


vos é obra de suas próprias atividades vitais, influenciadas por


Lineu, Carl von

estímulos externos e internos. As influências externas, do solo,


da umidade, da luz, calor etc., atuam sobre as plantas e os Naturalista sueco (1707-1778). Autor do primeiro sistema

animais. Nos animais, a essas influências se unem o uso ou natural de classificação botânica e considerado um dos mais

desuso que fazem de seus órgãos, daí a expressão “a função faz importantes botânicos.

o órgão’’. Com base nisso, Lamarck acreditou encontrar, entre


Língua
outros fatos que observou, justificativa para o tamanho desme-

É um órgão musculoso. Em sua superfície apresenta corpús-


surado do pescoço das girafas no fato de terem sido obrigadas

a esticá-lo, ao longo de gerações, para alcançar os frutos e culos táteis e quimiorreceptores. A língua participa da

folhas das árvores. deglutição dos alimentos, contribui para a articulação das pa-

lavras e é o órgão-sede do paladar.


Lavoisier, Antoine Laurent de

Químico francês (1743-1794). Devem-se a ele a nomenclatura Lund, Peter Wilhelm


química, o conhecimento da composição do ar, a descoberta do Naturalista dinamarquês (1801-1880). Residiu por mui-

papel do oxigênio nas combustões e na respiração dos animais tos anos no Brasil, tendo estudado a paleontologia da

e a formulação da lei de conservação da matéria. Na física, região calcária do centro de Minas Gerais e descoberto

efetuou as primeiras medições calorimétricas. Participou da restos fósseis do homem primitivo na zona da Lagoa San-

comissão encarregada de estabelecer o sistema métrico. ta. Contribuiu grandemente para que o Brasil se tornasse

conhecido nos meios científicos europeus e proporcio-


Leite
nou a vinda ao País de naturalistas notáveis, como

Produto de secreção das glândulas mamárias, que possuem as


Warming e Reinhardt.

fêmeas dos mamíferos. Por conter hidratos de carbono,



M


Malária contágio se dá pela picada da fêmea do mosquito Anopheles,


Conhecida também como maleita, impaludismo, febre terçã ou mosquito-prego; antes de sugar o sangue, o mosquito

benigna ou febre quartã. O agente causador da doença é o injeta saliva, que contém uma substância anticoagulante. O

protozoário dos gêneros Plasmodium vivox, Plasmodium parasita penetra na circulação sanguínea juntamente com a

malariae, Plasmodium falciparum e Plasmodium ovale. O saliva. Segue-se um período de incubação, de aproximada-

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Biologia

mente dez dias, durante o qual o Plasmodium permanece nas acessos febris a cada três dias. O Plasmodium falciparum


células do fígado. Posteriormente retorna à circulação san- causa a terçã maligna e acessos febris com períodos irregu-


guínea e penetra nas hemácias (glóbulos vermelhos). Nesse lares de 36 a 48 horas. O Plasmodium malariae causa a


local, divide-se assexuadamente, originando esporos. As febre quartã e acessos febris, com ciclos de 72 horas ou a


hemácias rompem-se, liberando esporos que irão contami- cada quatro dias. O Plasmodium ovale causa acessos febris,


nar novas hemácias. Por reproduzir-se assexuadamente no com ciclos de 48 horas; os sintomas são leves, e a infecção,


homem, esse se torna hospedeiro intermediário do de modo geral, termina após 15 dias. A doença é prevenida


plasmódio, e sua reprodução sexuada ocorre no mosquito com o extermínio do mosquito transmissor pela utilização


Anopheles, que é o hospedeiro definitivo. Os sintomas da de telas nas janelas para impedir sua entrada e pela elimina-


malária são anemia, enfraquecimento, lesões no fígado e ção de águas paradas (vasos, pneus etc.), que servem de


ciclos de febres, que variam dependendo da espécie do plas- criadouros para a larva do inseto, pois ele se desenvolve em


módio. O Plasmodium vivox causa a febre terçã benigna e meio aquático.




10 - Os esporozoítos arrebentam a 9 - Os zigotos formados penetram na parede
parede do cisto e migram em direção às intestinal e se encistam. Dentro de cada cisto

ocorre uma reprodução múltipla (a
glândulas salivares do inseto. Ali
permanecem até que o inseto os esporogonia), com formação de milhares de

introduza, através de uma picada, no


8 - As fecundações ocorrem no tubo
corpo de outra pessoa para, assim,
digestivo do inseto, caracterizando-o,

darem continuidade ao ciclo sexual no


assim, como hospedeiro definitivo do
mosquito é de 7 a 19 dias, após os quais
ciclo vital do plasmódio.

o pernilongo é capaz de inocular


1 - No homem: por ocasião da 7 - No pernilongo: sugadas por


picada do pernilongo, formas um Anopheles fêmea, hemácias

infectantes do parasita, conhecidas contendo gametócitos chegam


como esporozoítos, abandonam as ao tubo digestivo do inseto. Os

glândulas salivares do inseto e gametócitos femininos


invadem o organismo humano. (macrogametócitos) crescem e

se transformam em
2 - Dirigem-se, pelo megagametas. Cada gametócito

sangue, às células do masculino (microgametócito)


fígado, onde se divide-se e origina de 6 a 8

multiplicam. microgametas, com forma de


6 - Após alguns ciclos de esquizogonia


nas hemácias humanas, certos

merozoítos transformam-se em células


3 - A seguir, abandonam o fígado sexuais, os gametócitos; porém, não
e se espalham pelo sangue,

formam gametas no organismo humano.


invadindo glóbulos vermelhos.

4 - Em cada glóbulo vermelho, 5 - Esses merozoítos


consomem a hemoglobina, sendo então provocam a ruptura do

chamados de trofozoítos. Por um glóbulo vermelho, ficam


processo de reprodução assexuada livres no sangue e invadem

múltipla (conhecido como esquizogonia) novos glóbulos vermelhos.


cada trofozoíto dá origem a cerca de 36 Nova reprodução múltipla

células-filhas chamadas de merozoítos. ocorre e o ciclo se repete.



Malpighi, Marcello Mendelismo


Célebre naturalista italiano (1628-1694). Dedicou-se especi- Doutrina da origem das espécies baseada nas “leis de

almente à anatomia microscópica animal e vegetal. Mendel’’, que admitem a produção de espécies novas por

Medula espinhal hibridação.


É uma haste cilíndrica que percorre o interior do canal Menopausa


raquidiano. É condutora de impulsos nervosos e sede dos atos Processo que marca o fim da capacidade reprodutiva nas

reflexos. Internamente apresenta o corpo dos neurônios, dan- mulheres.


do a essa região uma cor acinzentada, e externamente ficam os


Menstruação
axônios mielinizados, constituindo a substância branca.

Processo de descamação do endométrio, acompanhada de


Meio sangramento.

Conjunto de fatores de ordem exterior, sob cuja influência se Metabolismo


desenvolvem os seres vivos, desde o momento da fecundação. Conjunto de fenômenos que ocorrem no processo da nutri-

São o ar, o alimento, a temperatura, a luz, o gênero de vida e ção, desde o ato da ingestão do alimento até a excreção dos

demais circunstâncias e condições, impostas por agentes exter- produtos de desassimilação.


nos, que os seres se vêem obrigados a suportar.


Metazoários
Meiose

Um dos dois grandes sub-reinos em que se divide o reino


Processo de divisão celular pelo qual uma célula diplóide ori-

animal. Ao contrário do sub-reino os protozoários, é cons-


gina células haplóides. É um processo que reduz o número tituído de animais formados por numerosas células diferen-

cromossômico à metade. Ocorre nas células reprodutoras e ciadas, todas oriundas da célula-ovo. Os metazoários agru-

resulta nos gametas. pam-se em dois grandes ramos: fitozoários, que têm simetria

Mendel, Gregor Johann radiada, e artiozoários, com simetria bilateral.


Religioso e botânico austríaco (1822-1884). Professor de ciên- Micróbio


cias naturais, que realizou experimentos com sementes de er- Ser unicelular e microscópico. Há espécies inócuas e outras

vilhas, a respeito da transmissão de caracteres hereditários, patogênicas, mas vulgar e geralmente o nome micróbio é dado

estabelecendo as “leis de Mendel’’, básicas para a genética. às patogênicas.


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Suplemento de Pesquisa e Informação

Miopia vem-se às contrações dos músculos. A partir dos cnidários e


Ocorre quando o globo ocular é mais longo que o normal. Em nos demais invertebrados, devido à ausência de um esqueleto


conseqüência, a imagem é focalizada antes da retina.O míope ósseo, os músculos são os únicos responsáveis pelos movi-


tem dificuldades para enxergar ao longe. A correção pode ser mentos do ser e apresentam uma musculatura lisa e estriada.


feita com lentes divergentes. A hipermetropia é o inverso da Nos vertebrados, há três tipos de músculos: liso, estriado


miopia. esquelético e estriado cardíaco. Musculatura lisa: de contração



Mitose involuntária, é encontrada nas paredes de órgãos ocos (estô-


Processo pelo qual uma célula eucarionte (nucleada) origina, mago, intestinos, vasos sanguíneos, entre outros). Musculatu-
em uma seqüência ordenada de etapas, duas células


ra estriada esquelética: prende-se ao esqueleto, tem contrações
cromossômica e geneticamente idênticas.


voluntárias e rápidas. Musculatura estriada cardíaca: forma o


Músculos miocárdio (musculatura intermediária e mais desenvolvida do


Os músculos são formados por células geralmente alongadas, coração) e é responsável pelos batimentos cardíacos. Apresen-


que apresentam em seu interior a proteína fibrila, responsável ta discos intercalares que facilitam a passagem de estímulos de

pelas contrações musculares. Os movimentos do corpo de- ○





























uma célula à outra.

N


Nematelmintos ou utilidade de cada espécie. Quanto maior for a sinonímia


Classe do ramo dos vermes, de corpo longo e cilíndrico, sem vulgar de uma planta, tanto mais útil é ela. A nomenclatura

segmentos, que carecem de apêndices locomotores, cílios vulgar representa, por outro lado, a mais remota tentativa

vibráteis e vasos sanguíneos. Seu revestimento externo é cons- de sistematização botânica, pois procura, natural ou

empiricamente, agrupar os vegetais segundo seus nomes e


tituído de uma cutícula quitinosa. São na maior parte parasitas


aplicações. Com o advento da ciência botânica, os natura-

de vertebrados e invertebrados. As espécies principais são as


listas verificaram a necessidade de dar a cada planta um

chamadas lombrigas intestinais (Ascaris lumbricoides etc.) e a


nome técnico, por meio do qual cada vegetal fosse conhe-

triquina, agente causador da doença chamada triquinose.


cido no mundo inteiro, para facilitar não somente o inter-

Nomes das plantas câmbio científico, mas também o comercial, que a nomen-

Os vegetais são geralmente conhecidos por denominações clatura vulgar dificultava. Foi o grande botânico Lineu,

populares ou vulgares. O nome habitual de cada planta é universalmente conhecido, quem criou a atual nomenclatu-

comumente baseado no aspecto, qualidades, propriedades ra científica vegetal, chamada binária, porque nela as plan-

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Biologia

tas recebem ordinariamente dois nomes, que correspon- Musa paradisiaca, enquanto a banana-anã é a Musa


dem ao gênero e à espécie botânica. Nessa nomenclatura, chinensis, a bananeira-de-assínia (espécie ornamental) é a


mundialmente reconhecida e adotada, os nomes de todas as Musa ensete, e a bananeira têxtil ou abacá é a Musa textilis


plantas são escritos em latim (língua morta mas universal, etc.


eufônica e suscetível de expressão concisa). Nos dois no-


Núcleo ou carioplasma
mes latinos que designam cada espécie vegetal constam: o


Corpúsculo esférico ou ovóide que se encontra na maioria das
primeiro, nome genérico, é um substantivo que indica o


células. É de natureza albuminóide e rege toda a vida celular.
gênero da planta; o segundo, nome específico, é um adje-


tivo relacionado ao genérico ou é um substantivo Nucléolo


adjetivado. Isso permite designar uma infinidade de plantas Corpúsculo que pode estar dentro do núcleo celular, do qual


com o auxílio de um pequeno número de substantivos ge- se diferencia por sua maior refringência e por certas reações


néricos e de adjetivos específicos. Assim, por exemplo, a corantes.


bananeira, ou banana comum, é conhecida pelo nome de


O



Ocitocina formadores. O conjunto de receptores responsáveis pelas fun-


Hormônio fabricado no hipotálamo e armazenado pela neuro- ções de relação é também chamado de sistema sensorial.

hipófise, provoca as contrações da musculatura do útero na Osmorregulação


ocasião do parto. Atua também nas glândulas mamárias, pro- É um dos mecanismos da homeostase.

vocando a contração e ejeção do leite.


Osmose
Ofídios

Passagem recíproca de líquidos de densidade diferente através


Ordem dos répteis inferiores, caracterizados pelo corpo cilín-

de uma membrana semipermeável que os separa. Apenas o


drico, de revestimento escamoso e completamente desprovido

solvente se difunde da solução hipotônica para a hipertônica.


de membros.

Ossos

Olfato Órgãos que constituem o esqueleto nos vertebrados (com ex-


O sentido do olfato é captado pela mucosa pituitária, localizada ceção dos peixes cartilaginosos). São tecidos vivos que se de-

na cavidade nasal. Na mucosa pituitária, estão presentes senvolvem juntamente com o animal, sendo responsáveis pelo

quimiorreceptores capazes de perceber o estímulo provocado aumento de tamanho do corpo, protegendo o sistema nervoso

por moléculas ou partículas levadas pelo ar e depositadas sobre central e respondendo pela produção das células sanguíneas. O

a superfície úmida da mucosa. Quando isso ocorre, as termi- esqueleto pode ser de cartilagenoso – como o esqueleto pro-

nações nervosas presentes na pituitária geram pulsos nervo- visório dos embriões ou o dos peixes condrictes – ou ósseo,

sos, que são transmitidos aos centros cerebrais, onde são in- como nos vertebrados. O esqueleto dos vertebrados divide-se

terpretados e se tornam conscientes. Graças ao olfato os ani- em duas partes: axial e apendicular.

mais podem localizar alimentos, parceiros sexuais e predado-


res a distância. Em alguns invertebrados, como os insetos, os Ovário


quimiorreceptores olfativos estão espalhados pelo corpo e Órgão do sistema reprodutor feminino. São as gônadas femi-

comumente estão localizados nas antenas. ninas ou glândulas sexuais femininas. Estão localizados em

pares no interior da cavidade pélvica. Cada ovário é constituído


Onívoro

por duas partes: uma mais interna – a medular –, que contém


Nome que se dá ao animal que tanto se alimenta de carne quan-

grande quantidade de vasos sanguíneos; e uma parte externa ou


to de substâncias vegetais.

cortical, em que podem ser vistos os folículos de Graaf, cons-


Órgão tituídos por células foliculares que envolvem os ovócitos –


Parte do corpo, constituída de vários tecidos, com uma fun- células que, ao amadurecer, darão origem aos óvulos. Além de

ção específica. A reunião de vários órgãos constitui um apa- produzir os óvulos, os ovários fabricam os hormônios estró-

relho ou sistema. Ex.: a boca, as fossas nasais, a laringe, a geno e progesterona.


traquéia, os brônquios e os pulmões são órgãos do aparelho


respiratório. bexiga tuba ovário


urinária uterína
Órgãos do sentidos útero

Por meio dos órgãos dos sentidos, os animais são capazes de


reto
relacionar-se com os ambientes externos e internos do corpo.

clitóris vagina
É possível que sejam distinguidos estímulos sonoros, lumino-

ânus
sos, olfativos, gustativos e dolorosos. A sensibilidade que

permite identificar todas essas variações se deve à múltipla va- uretre


óstio
riedade de neurônios presentes no cérebro, pois cada um reage vaginal

de maneira diferente quando estimulado. Na percepção dos óstio externo


da uretre lábio menor


sentidos, atuam os neurônios receptores, condutores e trans- lábio maior

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Suplemento de Pesquisa e Informação

Óvulo to: as ovogônias crescem e se transformam em ovócitos primá-


Célula feminina de reprodução. Geralmente grande e esférico, rios, de primeira ordem ou cito I. Os ovócitos são diplóides,


imóvel, contém em seu interior reservas nutritivas (o vitelo), e essa fase dura até aproximadamente entre sete e oito meses de


que alimentarão o futuro embrião. gestação, o que justifica o seu tamanho, cerca de mil vezes


maior que o espermatozóide. Fase de maturação: inicia-se por


Ovulogênese
volta dos oito meses de gestação; os ovócitos primários iniciam


Formação do gameta feminino – o óvulo, célula geralmente
a primeira divisão da meiose, até a prófase I, paralisando sua


esférica que possui membrana protetora, ou membrana
divisão nessa etapa e permanecendo assim até a puberdade. Na


vitelina. O óvulo armazena no citoplasma substâncias nutriti-
puberdade, sob estímulos hormonais, os ovócitos I – que pa-


vas, como os lipídios, proteínas destinadas a nutrir o futuro
ralisaram suas divisões ainda na gestação da criança – dão con-


embrião. Essas substâncias nutritivas são denominadas vitelo
tinuidade às divisões, completando a primeira divisão da


ou plasma nutritivo. O núcleo ou vesícula germinativa e a
meiose. Cada ovócito primário produz duas células haplóides


mancha germinativa ou núcleolo ovular compreendem três fa-
de tamanhos diferentes: o ovócito secundário (maior) e o

ses: Fase de multiplicação: tem início na vida embrionária a
glóbulo polar (menor). Ocorrendo a segunda divisão da meiose,

partir de células diplóides, que por mitose realizam a produção
de ovogônias, células precursoras dos óvulos. A produção de ○

o ovócito secundário dá origem a duas haplóides, também de


tamanhos diferentes: a maior denomina-se óvulo, e a menor,

ovogônias inicia-se e encerra-se nessa fase. Fase de crescimen-


segundo glóbulo polar. Os glóbulos polares são degenerados.

ovócito folículo
células germinativas (2n)
ovariano

corpos lúteos primário



1º – período
germinativo

ovogônias (2n)
mitose

ovogônias
(2n) ovário

folículo
2º – período de
crescimento

maduro

ovulação
crescimento ovócito I (2n) ovócito II
sem divisão

celular

meiose I primeiro glóbulo


polar (n
cromossomos

ovócito II (n duplicados)
de maturação

cromossomos
3º – período

duplicados)

meiose II

glóbulos polares (n)


óvulo (n)

segundo
glóbulo

polar (n) são formados


eventualmente

Esse esquema mostra as fases da ovulogênese e como esse processo ocorre no ovário em cada ciclo mens-
trual (do ovócito I até a liberação do ovòcito II, processo denominado ovulação). No ovário, cada ovócito está

contido em um folículo. A cada ciclo menstrual, um desses folículos inicia a maturação, formando o ovócito II. O
folículo, depois que eliminou o ovócito II, transforma-se no corpo lúteo (ou corpo amarelo), que secreta

hormônios relacionados ao ciclo menstrual. Depois, o corpo lúteo regride. Todo esse processo é controlado
pelos hormônios estrógeno, progesterona e outros.

P



Paladar ou gustação insuficiente de insulina pelas células beta das ilhotas de


O órgão-sede é a língua. A gustação permite que os animais Langerhans provoca o diabetes melito, ou seja, o excesso

identifiquem substâncias pelo contato físico entre os recepto- de açúcar no sangue e sua eliminação na urina. O

res químicos e as substâncias a serem identificadas. glucagon tem efeito antagônico ao da insulina, aumentan-

do a concentração de açúcar no sangue. As supra-renais


Pâncreas
ou adrenais, localizadas sobre os rins, apresentam duas

É uma glândula mista, pois fabrica o suco pancreático,


regiões distintas: o córtex e a medula.

que é lançado no duodeno (ação exócrina da glândula) e


fabrica os hormônios insulina e glucagon nas ilhotas de Papilas gustativas


Langerhans, por dois tipos de células: as beta e as alfa. As São corpúsculos gustativos responsáveis pela gustação dis-

células beta produzem insulina, e as alfa, o glucagon. A tribuídos pela língua. As papilas apresentam-se salientes

insulina atua sobre o metabolismo do açúcar, promoven- na superfície da língua e são formadas por células epiteliais

do modificações nas membranas das células e facilitando modificadas. Apresentam também microvilosidades, que

a entrada da glicose para consumo imediato. A produção reagem a diversos tipos de substâncias química, e termina-

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Biologia

ções nervosas. As papilas gustativas são de três tipos: com o tecido conjuntivo. Abaixo da derme, está posicionada


caliciformes, fungiformes e filiformes. As caliciformes ainda a hipoderme, onde se situa o tecido adiposo subcu-


apresentam formato de cálice, e estão localizadas na base tâneo, uma camada de gordura cuja espessura é variável.


superior da língua e são sensíveis ao sabor amargo. As


pêlo abertura do
fungiformes estão localizadas na superfície mediana da lín- duto de suor (poro)


camada
gua e são mais sensíveis aos sabores ácido, salgado e doce;


queratinizada


finalmente as filiformes estão situadas na face superior da


língua e têm função tátil. As papilas gustativas também são
epiderme


encontradas nas patas de certos insetos e nos tentáculos dos


polvos.


Parasita derme


Diz-se da planta ou animal que vive à custa de outro indivíduo.


glândula
Paratireóides

tecido sudorípara

subcutâneo
Glândulas que estão em número de quatro, localizadas na face
folículo

posterior da tireóide. São responsáveis pela produção de do pêlo


paratormônios, que regulam o metabolismo do cálcio no or- vasos glândula terminações


músculo eretor nervosas

sebácea
ganismo, contribuindo para sua absorção no intestino. O ex- sanguíneos
do pêlo

cesso de paratormônio provoca hiperparatireoidismo, que se Pênis


caracteriza por uma acentuada retirada de cálcio dos ossos,


É o órgão copulador masculino. Abriga grande parte da uretra,

facilitando a ocorrência de fraturas e deformações ósseas. A o corpo esponjoso e o corpo cavernoso. Quando estimulado,

falta de paratormônio, por sua vez, ocasiona a redução de cálcio suas atérias sofrem dilatação, e grande quantidade de sangue

no sangue, provocando contrações musculares denominadas fica retida nos tecidos esponjosos, fazendo com que o pênis

tetania muscular. aumente de volume, tornando-se rijo e ereto.


Pasteur, Louis Pequena circulação ou circulação pulmonar


Grande químico e biólogo francês (1822-1895). Descobriu a É a que se estabelece entre o coração e os pulmões. Tem a

natureza e as características dos micróbios como causadores de função de promover a oxigenação do sangue.

enfermidades contagiosas, a vacina contra a hidrofobia e mui-


Placenta
tos outros fatos científicos notáveis.

Anexo embrionário exclusivo dos mamíferos, com exceção de


Peixes alguns grupos que são aplacentários. A placenta tem por fun-

Vertebrados adaptados à vida aquática. Seu corpo é geral- ção nutrir o embrião, permitir trocas respiratórias e eliminar

mente fusiforme, mas pode também ser cilíndrico, esférico, excretas. Também possui função hormonal, produzindo os

achatado etc. Não têm pescoço e seus membros locomotores hormônios fundamentais no período de gestação.

são as aletas, em número variável. Geralmente são em cinco: casca de ovo alantóide

uma aleta dorsal dividida em duas peitorais, uma de cada bolsa


lado, uma aleta abdominal, outra anal e uma caudal situada na amniótica

cauda, dividida em dois lóbulos de igual ou de diferentes


formas. Na maioria deles, o corpo é recoberto de escamas. O


esqueleto dos peixes é cartilaginoso, na maior parte deles, e


ósseo, em outros. Possuem um crânio e uma coluna verte-


bral. Respiram por meio de brânquias, órgãos em forma de


lâminas colocados nas cavidades branquiais de ambos os la-


dos da cabeça.

Pele humana

A pele humana apresenta uma camada externa – a epiderme


– e uma interna – a derme. A epiderme tem origem


ectodérmica, e suas células apresentam-se estratificadas. As clara de ovo


superficiais são mortas e impregnadas de queratina (pro- embrião saco vitelínico


teína resistente e impermeável). As mais profundas são vi- Plantas aquáticas


vas e se reproduzem constantemente, sendo empurradas São aquelas que somente vivem em meio aquático (lagos, rios,

para fora. Chegando à superfície, são queratinizadas e brejos etc.). Dividem-se em três grupos: flutuantes, aquelas

morrem. Abaixo da epiderme, encontra-se a derme, de ori- cujas folhas e flores flutuam na água, como é o caso das deno-

gem mesodérmica, que apresenta vasos sanguíneos, cor- minadas nenúfares (Wymphaea sp., várias); submersas, grupo

púsculos sensoriais e tácteis, terminações nervosas (recep- ao qual pertencem todas as plantas que vivem debaixo das águas,

tores da dor), receptores de frio e calor, glândulas sebáceas ou melhor, dentro d’água; emersas ou emergentes, que são as

e canais das glândulas sudoríparas. As glândulas aquáticas próprias dos brejos ou pântanos, cujas folhas e flores

sudoríparas estão localizdas abaixo da derme, já em contato ficam acima da superfície das águas, como é o caso da “tábua’’

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Suplemento de Pesquisa e Informação

(Tipha dominguasis), e muitas outras, das famílias das ciperá- Prolactina (LTH)


ceas, alismatáceas, pontederiáceas etc. Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior da


hipófise, estimula a produção do leite pelas glândulas mamá-


Platelmintos
rias durante a lactação.


Vermes de corpo achatado, foliáceo, alongado, que são
comumente parasitários, motivo pelo qual alguns de seus ór-


Próstata
gãos sofreram uma atrofia e outros desapareceram (órgãos


Órgão do sistema reprodutor masculino. É uma glândula pro-
sensoriais e do aparelho digestivo). As tênias, parasitas dos


dutora da secreção que faz parte da composição do esperma e
intestinos do homem, pertencem a essa classe de vermes.


é lançada no ducto ejaculador, que é uma continuação do canal


Poliomielite deferente, e desemboca na uretra.


Doença de origem virótica. Seus sintomas em algumas pessoas Protistas


são febre baixa, mal-estar e indisposição geral. É transmitida
Seres unicelulares cujos caracteres não revelam se são animais


por gotículas de saliva, secreção nasal, alimentos ou objetos con-
taminados e água contaminada. É prevenida por vacina. Não há ou vegetais.


tratamento próprio, mas podem ser usadas compressas quentes

Protoplasma
para auxiliar no tratamento da forma paralítica da doença. ○

Substância gelatinosa e hialina existente no interior das célu-


Ponte ou protuberância las vivas. É constituída por substâncias albuminosas em es-

Órgão do sistema nervoso central. Está situado acima do bulbo tado coloidal. O protoplasma é também chamado citoplasma

e abaixo do cerebelo. Sua função é conduzir o impulso nervoso por alguns autores, mas é considerado mais correto reservar

e está relacionado com reflexos associados às emoções (riso, esse nome para designar o conteúdo celular que circunda o
lágrimas etc.).

núcleo, reservando o nome protoplasma para a matéria viva


Presbiopia (vista cansada) em geral.


Com a idade, o cristalino perde a capacidade de acomodação, Protozoários


dificultando a focalização dos objetos próximos. Essa dificul- São os animais unicelulares os mais pequenos do reino. Seu

dade pode ser corrigida com lentes convergentes. tamanho oscila entre dez micra e alguns milímetros. Não

Procarionte possuem órgãos diferenciados. Todas as funções vitais são


Tipo celular que não apresenta sistemas membranosos inter- cumpridas pelo protoplasma de sua célula única. São en-

nos nem organelas. Não há carioteca envolvendo o material contrados na água do mar, rios e lagoas, tendo comumente

hereditário. vida parasitária.



R



Raiva Reprodução

Doença de origem virótica, apresenta os seguintes sinto- É o processo pelo qual as espécies se perpetuam na face da

mas: na primeira fase, sonolência ou torpor, sensação de Terra. Existem dois tipos básicos de reprodução: assexuada e

calor ou de frio em redor do local da mordedura, irrita- sexuada. Na reprodução assexuada, são produzidos descen-

bilidade, desassossego, salivação, lacrimejamento e insô- dentes idênticos ao genitor. Na reprodução sexuada, o novo

nia; na segunda, espasmos da garganta, dificuldade de ser resulta da combinação de gametas, produzidos por indiví-

alimentar-se ou beber líquidos, convulsões e dificuldade duos de sexo oposto, o que permite a combinação de genes.

respiratória; na terceira, paralisia, coma e morte. É trans- Isso resulta em descendentes geneticamente diferentes de ou-

mitida pela mordida ou contato com a saliva de animais tros da mesma espécie.

raivosos. Para prevenir a doença, deve-se vacinar os ani- Reprodução sexuada


mais domésticos; quando entrar em contato com a saliva Ocorre na maioria dos grupos de seres vivos da face da Terra.

de algum animal infectado, como a de cachorro ou até Envolve mistura de genes, recombinações gênicas e fecundação.

mesmo um morcego, e procurar assistência médica. Não Na reprodução sexuada, o número de descendentes em geral é

há tratamento específico; uma vez declarada a doença, o menor que na reprodução assexuada, mas existe uma grande van-

animal deve ser preso e observado por dez dias, o local da tagem evolutiva, que permite arranjos de material genético, aumen-

mordida deve ser limpo com uma solução de sabão anti- tando a variabilidade de caracteres dos indivíduos em uma popu-

séptico; no caso de ferida profunda, usar uma solução de lação. Isso pode lhes conferir o capacidade de adaptação ao meio.

ácido nítrico.

Répteis

Reflexos condicionados Não pode ser dada uma definição muito precisa dessa classe

São aqueles adquiridos por meio de um processo de dos vertebrados, porque suas formas são muito variadas. São

aprendizagem, adestramento ou dados computados na me- vertebrados pecilotermos, de segmento escamoso e respiração

mória. Ex.: o fisiologista russo Ivan Petrovitch Pavlov pulmonar. Andam arrastando a parte ventral de seu corpo, daí

condicionou os cães a realizarem tarefas ao ouvir o som seu nome. Segundo a conformação, dividem-se em ofídios ou

de uma sinaleta, pois toda vez que esta soava o cientista serpentes, de corpo longo e desprovido de membros; sáurios

oferecia comida aos animais. ou lagartos, providos de quatro membros e cauda, de vida

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Biologia

terrestre; hidrossáurios ou crocodilianos, também com qua- podes. Têm vida aquática e alguns são parasitos de outros


tro membros e cauda, mas de vida aquática; quelônios ou tar- seres. Compreendem as seguintes ordens: amebídeos e


tarugas, de corpo encouraçado e provido de quatro membros. foraminíferos.


Os répteis, reproduzem-se, por oviparidade, havendo casos,


RNA (Ácido Ribonucleico)
raros, de ovoviparidade (em que o ovo se rompe ainda dentro


Tipo de ácido nucleico. Possui molécula filamentosa de cadeia
do aparelho genital). simples. Contém ribose, fosfatos e as bases nitrogenadas


Rins adenina, guanina, citosina e uracila.


Órgãos que se assemelham a grandes feijões, envolvidos por


RNA mensageiro
uma cápsula fibrosa junto à parede do abdome, localizados um


Tipo de RNA que governa o processo de síntese de proteínas.
de cada lado da coluna vertebral.


Sua seqüência de trincas (códons) determina a seqüência de


córtex renal aminoácidos na molécula.


rim
RNA ribossômico


papila
Tipo de RNA que faz parte, juntamente com proteínas, da

tecido adiposo
pelve renal

estrutura dos ribossomos.
artéria
RNA transportador

veia cava inferior


Tipo de RNA responsável pelo transporte de aminoácidos até

aorta

os sítios ribossômicos, onde ocorre o processo de síntese de


ureter ureter
proteínas.

Rubéola

Doença de origem virótica, apresenta como sintomas inflama-


bexiga

ção dos glânglios linfáticos da nuca e do pescoço, secreção dos


olhos e manchas do exantema, redondas ou ovais. É transmi-

uretra
Sistema excretor humano: é formado por: 2 rins, 2 ureteres, bexiga e uretra
tida pelo contato com gotículas de muco e saliva disseminadas

pelo doente e por objetos contaminados. Para prevenir a doen-


Rizópodes ça deve-se evitar o contato com pessoas infectadas e tomar


Protozoários formados por uma massa protoplasmática vacina. Como tratamento, são recomendados repouso e dieta

sem membrana; movem-se, portanto, por meio de pseudó- de líquidos.




S


Saco vitelínico melhas pelo corpo, lacrimejamento e fotofobia (aversão à luz). A


Anexo embrionário que armazena o vitelo, substância que con- prevenção é feita por vacinas. Quando não ocorrem complica-

tém reservas nutritivas que servem para alimentar o embrião. ções, o doente fica curado em poucos dias.

Saint-Hilaire, Augustin François Cesar Schwann, Theodor


(Provençal de) Biólogo alemão (1810-1882). Estabeleceu claramente em um


Naturalista francês (1779-1853). Esteve muitos anos no Bra- corpo de doutrina o conceito de célula como elemento inte-

sil, no princípio do século, realizando longas e demoradas grante dos tecidos vegetais e animais.
excursões botânicas, nas quais colheu dezenas de milhares de

plantas que estudou e classificou. Deixou vasta obra escrita Sinapse nervosa

sobretudo quanto observou no Brasil durante suas viagens, É a ligação que se dá entre as terminações dos axônios de um

entre os quais se destaca o título: Plantas usuais dos brasileiros. neurônio e os dentritos do outro neurônio. Na sinapse os

neurônios não se encostam e, quando são estimulados, liberam


Sangue ar terial mediadores químicos, como adrenalina e acetilcolina, através


Nome dado ao sangue carregado de oxigênio, que, após pas- das terminações axônicas.

sar pelos pulmões, assume uma coloração vermelha especial-


mente clara. Sistema circulatório


Sangue venoso
É o sistema encarregado de transportar substâncias pelo cor-

po, como O2, CO2, nutrientes, excretas, hormônios etc. Pos-


Nome dado ao sangue que cedeu grande parte do oxigênio aos

tecidos e ficou carregado dos produtos na desassimilação ou sibilita também a manutenção do equilíbrio hidrossalínico do

resíduos. organismo, a defesa do organismo pelas atividades leucocitá-


rias, o transporte de anticorpos e a conservação da temperatura


Sarampo

nos homeotérmicos.
Doença de origem virótica que ataca principalmente crianças

de até dez anos. Esporadicamente ocorrem alguns casos em Sistema de sustentação


adultos. O vírus causador é transmitido diretamente de uma Os vertebrados, de modo geral, possuem um rígido sistema

pessoa para outra, por meio de gotículas contaminadas expelidas integrado, formado por ossos, músculos e articulações, respon-

com a tosse e espirros ou mesmo pelo ar expelido por pessoas sáveis por seus movimentos, sustentação e também têm a finali-

doentes. A doença se caracteriza por febre, tosse, manchas ver- dade de proteção, principalmente de órgãos internos.

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Suplemento de Pesquisa e Informação

Sistema excretor nações nervosas das fibras, dos mediadores químicos


Elimina impurezas do sangue, objetivando eliminar resíduos (neurormônios), noroadrenalina – pelas fibras simpáticas


de origem celular e manter a regulação osmótica, isto é, o –, e acetilcolina –, pelas parassimpáticas.


equilíbrio dos fluidos corpóreos. Os alimentos sofrem


Parassimpático


hidrólise enzimática ao longo do tubo digestivo, no qual são Íris: contração da


reabsorvidos nutrientes e transportados para todas as célu- pupila


las, que os utilizam e transformam em energia. De toda ati- Glândulas salivares:


secreção fluida e
vidade celular, sobram subprodutos que devem ser elimina- abundate


dos, pois se tornam inúteis para as células. Constituem pro-


dutos de excreção a água, os sais, o dióxido de carbono e Freqüência cardíaca


excretas nitrogenados. Do metabolismo dos carboidratos diminui


(açúcares) e dos lipídios (gorduras), sobram CO2 (dióxido


Brônquios diminuem
de carbono) e água. O dióxido de carbono é eliminado pela

respiração, e a água, quando em excesso, é eliminada pela ○

urina, pelo suor ou por meio de expiração na forma de vapor. Peristaltismo aumenta

Da digestão das proteínas, sobram CO2, água e produtos Bexiga: contração muscular

e relaxamento do esfíncter da
nitrogenados, como amônia, ácido úrico e uréia, formados

uretra
por aminoácidos, os quais possuem um agrupamento amina

(NH2).

Sistema hormonal

Formado pelas glândulas endócrinas ou de secreção interna, o E também


Pressão sanguínea diminui; músculos eretores

sistema hormonal, juntamente com o sistema nervoso, contro- dos pêlos: ausência de inervações; portanto, não
há ação sobre o músculo. Vasos sanguíneos pe-

la as atividades equilibradas dos diversos sistemas do corpo. riféricos: nenhuma ação; glândulas lacrimais: se-
creção abundante; atividade mental diminui; meta-

As glândulas endócrinas são assim denominadas porque pro- bolismo basal diminui

duzem substâncias químicas secretadas diretamente no sangue,


denominadas hormônios.

Simpático
Íris: dilatação da
Sistema nervoso

pupila

Responsável pela percepção de estímulos, tanto internos


como externos, por sua condução e pela organização de Glânduas salivares:


secreção viscosa e
respostas. Ausentes nos poríferos, as células nervosas difusas

pouco abundante

surgem pela primeira vez nos cnidários. Nos platelmintos,


surge um sistema nervoso ganglionar (os neurônios se asso- Freqüência cardíaca


aumenta
ciam, formando aglomerados de neurônios situados na cabe-

ça). A partir dos anelídeos, o sistema nervoso ganglionar


começa a se aperfeiçoar; surgem gânglios cerebróides e um Brônquios


dilatam
gânglio subfaríngeo, que se comunica com um duplo cordão

nervoso ganglionar de localização ventral. Ao longo do cor- Peristaltismo diminui


dão nervoso, os pares de gânglios possuem uma certa auto-


nomia; por isso, mesmo depois de o animal ser cortado, os


pedaços separados continuam a movimentar-se. No sistema


nervoso ganglionar dos insetos e moluscos cefalópodes, Bexiga: relaxamento


muscular e contração do
aparecem gânglios cerebróides desenvolvidos e uma cadeia esfíncter da uretra

ganglionar ventral.

Sistema nervoso autônomo


E também

Controla, de maneira involuntária, a vida dos seres huma- Pressão sanguínea aumenta; músculos eretores dos pêlos: ereção
dos pêlos; vasos sanguíneos periféricos: vasoconstrição; glândulas

nos. Está formado por nervos que levam impulsos à mus- lacrimais: secreção escassa; atividade mental aumenta; metabolismo
basal aumenta.

culatura lisa, às glândulas e ao músculo cardíaco. Tem ação


O sistema nervoso autônomo e alguns órgãos que estão sob sua regulação
decisiva na manutenção do equilíbrio entre as funções in-

ternas, isso é, da homeostase. O sistema nervoso autônomo


Sistema nervoso central

é praticamente motor e subdivide-se em dois tipos de ner-


É formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. O encéfalo,

vos: simpático e parassimpátíco. Eles funcionam sempre por sua vez, é composto de vários órgãos: o cérebro (formado

em antagonismo, do qual resultam as atividades equilibra- por dois hemisférios), o diencéfalo, o cerebelo e o bulbo. As

das dos órgãos. Exemplo de ações antagônicas dos nervos informações captadas pelo organismo, tanto de origem interna

simpático e parassimpático: enquanto o parassimpático como externa, são encaminhadas à medula e ao encéfalo, onde

estimula a secreção do suco gástrico, o simpático a inibe. A são processadas e as respostas elaboradas. O sistema nervoso

ação das duas divisões é causada pela liberação, pelas termi- periférico é formado por uma rede de nervos e gânglios espa-

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Biologia

lhados pelo corpo e por 12 pares de nervos cranianos, que tores do sistema nervoso periférico podem ser divididos em


partem do encéfalo, e por 31 pares de nervos raquidianos, que duas partes: o sistema nervoso somático ou voluntário e o sis-


partem da coluna. tema nervoso autônomo ou vegetativo.



hemisfério Sistema nervoso voluntário


nervos cranianos
cerebelo É o sistema que controla a vida dos seres em relação ao am-


biente, permitindo que respondamos conscientemente aos
estímulos recebidos; normalmente controla os músculos


nervos cervicais
plexo braquial
esqueléticos. Podem ocorrer, no entanto, algumas respostas


involuntárias. É o que ocorre nos atos reflexos, nos quais a


medula espinhal
resposta vai até a medula e volta por ele, sem passar pelo


nervos torácicos cérebro.


nervo radial


nervo mediano Sistema respiratório humano


nervos lombares nervo ulnar É constituído de vias aéreas superiores – fossas nasais, faringe

e laringe – e vias aéreas inferiores – traquéia, brônquios,
nervos

bronquíolos e pulmões parenquimatosos revestidos por uma


membrana, a pleura. O pulmão direito é dividido por dois

sacrais
plexo sacral
sulcos em três partes, denominadas lobos. O esquerdo é di-

nervo pudendo vidido por um sulco em dois lobos. A passagem da faringe


para a laringe se faz pela glote, que é recoberta pela epiglote.


nervo femoral

Na laringe estão situadas as cordas vocais. Os movimentos de


nervo ciático

expansão e retração dos pulmões são passivos e estão na de-


nervo fibular
pendência do aumento ou da diminuição dos diâmetros ho-

nervo fibular
superficial rizontal e vertical da caixa torácica. Essas variações são con-

nervo tibial
posterior troladas por nervos do sistema nervoso autônomo, que co-

mandam as contrações dos músculos intercostais e do dia-


nervo fibular
profundo fragma. O comando é involuntário.

Sistema nervoso central e periférico


Sistema nervoso dos ver tebrados


É disposto dorso-ventralmente e protegido pela caixa craniana


e pela coluna vertebral. Está subdividido em dois grandes com-


ponentes: sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso


periférico (SNP).

Sistema nervoso periférico


Formado pelo conjunto de nervos cranianos e gânglios que

partem do encéfalo, os quais, nos peixes e anfíbios, são em


número de dez pares e, nos répteis, nas aves e nos mamíferos,


são em número de 12 pares. Na espécie humana, são compos-


tos de 31 pares e por nervos espinhais ou raquidianos, que


partem da medula. Os nervos são cordões esbranquiçados, Sístole


formados por fibras nervosas (axônios) e reunidos ou arran- Movimento de contração do coração e das artérias.

jados em feixes, envolvidos por um tecido conjuntivo, que le-


vam e trazem impulsos do encéfalo, da medula e dos gânglios,


artéria pulmonar aorta


estabelecendo comunicações com os órgãos dos tecidos e os

órgãos internos, denominados receptores. Os efetores levam


a válvula pulmonar a válvula aórtica


mensagens do sistema nervoso central aos músculos e às glân- se abre se abre

dulas. Dependendo da direção que seguem, os impulsos ner-


a válvula
vosos são classificados em sensitivos ou aferentes (o impulso a válvula mitral

tricúspide
parte dos receptores e vai ao sistema nervoso central), motores se fecha se fecha

ou eferentes (o impulso parte do sistema nervoso central e vai


até os órgãos efetores), mistos (quando possuem fibras sensi- o ventrículo direito o ventrículo esquerdo

tivas e motoras ao mesmo tempo). Os nervos eferentes ou mo- se contrai se contrai



T



Tato pressão. Nos invertebrados, os receptores tácteis são encontra-


Os órgãos-sede dessa função de relação são a pele e as mucosas. dos nos músculos dos celenterados e nas antenas dos

Tanto a pele como as mucosas são dotadas de corpúsculos artrópodes. No homem, as terminações nervosas podem ser

sensoriais responsáveis pela percepção de calor, frio, dor e encontradas livres e são responsáveis pela percepção da dor. Já

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os corpúsculos sensoriais apresentam atividades específicas. Tecido Conjuntivo Propriamente Dito – TCPD


Entre os corpúsculos sensoriais, estão corpúsculos de São tipos de TCPD o tecido conjuntivo frouxo e denso. Ambos


Meissner, responsáveis pelo tato superficial; corpúsculos de apresentam grande variedade de células e grande quantidade de


Vater-Paccini, receptores da pressão; corpúsculos de Ruffini, substâncias intercelulares e fibras. Preenchem espaços entre os


responsáveis pela percepção do calor; e corpúsculos de músculos, formam a derme e servem de sustentação para ou-


tros tecidos.


Krause, responsáveis pela percepção do frio.


Taxonomia Tecido epitelial


Parte da sistemática que trata da classificação e identificação das Reveste e protege o corpo externamente, forrando cavidades


espécies. internas, e fabrica secreções que lubrificam a pele, absorvendo


alimentos no intestino e recebendo estímulos do meio ambien-


Tecido te. Diante das inúmeras funções e da forma de suas células, o


Reunião de células dotadas de propriedades estruturais, fisio- tecido epitelial pode ser classificado em epitélio de revestimen-


lógicas e químicas semelhantes. Os tecidos são característicos to ou protetor e epitélio glandular ou secretor.

dos seres pluricelulares e exercem diversas funções, segundo a ○
sensação proteção
divisão do trabalho fisiológico. Os tecidos reúnem-se forman-

do os órgãos. narin o

a
fag
movimento esô
Tecido adiposo

Suas células possuem grandes vacúolos, onde armazenam gor- traquéia


go
ma
dura. Localiza-se abaixo da pele e nas membranas que revestem estô

secreção
os órgãos internos. Funciona como depósito de gordura,

ão rim
amortecedor de choques e é um controlador térmico, pois a

pulm

camada de gordura atua como um isolante térmico. stin


o
trocas inte

Tecido car tilaginoso gasosas filtragem


cap
ilare
Contém grande quantidade de colágeno entre as células. É s

encontrado nas extremidades dos ossos que formam as articu-


pele
absorção
lações, evitando o atrito entre os ossos, na extremidade do

trocas de
nariz, formando o pavilhão auditivo externo, e entre os discos substâncias

proteção
intervertebrais. As cartilagens são desprovidas de vasos san-

guíneos. Suas trocas gasosas e metabólicas ocorrem por


osmose entre as células vizinhas.


Tecido hematopoiético

Tecido conjuntivo É o tecido conjuntivo responsável pela produção de células


O tecido conjuntivo exerce um conjunto de funções em um novas e pela eliminação de células envelhecidas e detritos. Exis-

organismo. Entre as principais, estão preenchimento, sus- tem dois tipos básicos de tecido hematopoiético: linfóide, que

tentação, defesa, ligas de um órgão ao outro etc. Apesar da é encontrado nos glânglios e produz os linfócitos, e mielóide,
encontrado no interior de determinados ossos, onde constitui

grande diversidade que existe em relação a suas células e fun-


a chamada medula óssea. Sua função é de produzir hemácias,

ções. Pode ser classificado em tecido conjuntivo propria- alguns tipos de leucócitos e plaquetas.

mente dito, adiposo, cartilaginoso, ósseo, sanguíneo e


hematopoiético. Tecido muscular


Tecido relacionado aos movimentos e à sustentação dos ossos,


é constituído por células especializadas – musculares –, que,


devido a seu formato alongado, recebem o nome de fibras. A


forma alongada torna-os mais eficientes para se contrair e alon-


leucócitos
gar, possibilitando os movimentos. Existem três tipo de tecido

plaquetas
muscular: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco.

hemácias
Tecido nervoso

e
gu È constituído por células altamente especializadas, denomina-

n
sa
das neurônios. Sua função é receber estímulos, transformá-los

condrócitos
tecido
esses estímulos em impulsos e comandar suas respostas. Já as

cartilaginoso

so matriz células da glia têm funçâo de apoio e preenchimento. O tecido


células ipo
ad
ido
adiposas tec nervoso forma o sistema nervoso central, constituído pelo

te
matriz ido co cido
tec eo nju
ós
s de ntivo cérebro e pela medula espinhal, e o sistema nervoso periférico,

ns fibras
o
colágenas
constituído pelos nervos e gânglios. Os neurônios apresentam

tecido formas variadas, mas todos possuem três partes fundamentais:



fro ntivo
con cido

conjuntivo
uxo

corpo celular, dentritos e axônio. Muitas vezes, o axônio é


ju
te

reticular

fibra elástica célula


protegido por um envoltório – a bainha de mielina – e por

fibra colágena
fibroblasto
células de Schwann. A bainha de mielina não é contínua e apre-

fibra reticular
macrófago fibra reticular senta interrupções denominadas nódulos de Ranvier. O corpo

32

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Biologia

celular do neurônio não apresenta a bainha de mielina e cons- níferos, no interior dos quais os espermatozóides são produ-


titui a massa cinzenta do cérebro, enquanto os axônios reves- zidos. O hormônio masculino testosterona, responsável pelo


tidos de mielina formam a massa branca. Os dentritos recebem desenvolvimento dos caracteres sexuais masculinos, é fabrica-


os estímulos e transforma-os em impulso nervoso, que é trans- do nos testículos por células denominadas Leydig, ou células


mitido ao corpo celular e de lá ao longo do axônio. O impulso intersticiais.


gera uma corrente, passando de neurônio para neurônio, atra- Tireóide


vés das sinapses nervosas. Glândula que se situa sob a traquéia, abaixo da laringe, e apre-


senta forma de H. Produz dois hormônios, tiroxina e


Tecido ósseo
triiodotiomina, que ativam o metabolismo celular, exercendo


É o tecido conjuntivo de maior rigidez. Forma o esqueleto dos
papel fundamental no desenvolvimento do organismo. A


vertebrados. Sua rigidez se deve ao acúmulo de sais de cálcio e
disfunção dessa glândula pode provocar a falta dos hormônios,


magnésio (fosfato e carbonato) nos espaços intercelulares.
o chamado hipotireoidismo, que no adulto provoca aumento


Tecido sangüíneo de peso, apatia, queda na freqüência cardíaca e engrossamento


O sangue é um tipo de tecido conjuntivo, cuja substância da pele (mixedema). Na criança pode provocar o retardamento

intracelular é líquida e denominada plasma. O adulto apresenta ○ físico e mental. O excesso dos hormônios da tireóide, por sua
cerca de cinco litros de sangue. Mergulhadas no plasma, são vez, provoca o hipertireoidismo, que ocasiona magreza, nervo-

encontradas proteínas, como: fibrinogênio, protrombina, sismo, inquietação, sono agitado e o bócio, provocado pelo

albumina, globulina e outras. São encontrados também sais acúmulo exagerado do colóide que encerra o hormônio. Tam-

minerais, vitaminas, hormônios e outras substâncias orgâni- bém no hipotireoidismo podem surgir o bócio e o bócio

cas, além das células do sangue, que são: hemácias ou eritrócitos exoftálmico (olhos proeminentes), devido ao acúmulo de gor-

ou glóbulos vermelhos, leucócitos, eosinófilos, acidófilos e dura atrás do globo ocular.


neutrófilos e basófilos. Tirotrofina – estimulante da tireóide (TSH)


Teleolécitos Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior da


Óvulos grandes, com muito vitelo, que estão em sua quase hipófise. Estimula a síntese de hormônios tireoidianos, os

totalidade no pólo vegetativo, onde não é encontrado o núcleo. quais vão atuar no metabolismo celular.

É comum nos répteis e nas aves.


Tubas uterinas ou trompas de Falópio


Testículos Órgão do sistema reprodutor feminino, são ductos que servem


São duas glândulas localizadas no interior de uma dobra de como ponte de ligação entre os ovários e o útero. É interior em

pele, denominada saco escrotal. Os testículos são constituídos seu que ocorre a fecundação, ou seja, a fusão do óvulo com o

por um emaranhado de finíssimos túbulos denominados semi- espermatozóide.



U


Uréia ria, atravessa a próstata e o pênis, recebendo as secreções das


É eliminada pelos peixes cartilaginosos, anfíbios, tartarugas e glândulas de Cowper, os espermatozóides e os fluidos

mamíferos. Menos tóxica que a amônia, pode ser acumulada prostáticos e seminais que formam o esperma ou sêmen. Du-

temporariamente no corpo. Sua eliminação ocorre com menor rante o ato sexual, sofre intensos movimentos peristálticos,

perda de água, e os animais que eliminam uréia são denomina- projetando o esperma para fora. É o processo da ejaculação.

dos ureotélicos. Útero


Uretra Órgão muscular do sistema reprodutor feminino cuja função


Órgão do sistema reprodutor masculino. É um canal comum é alojar o embrião, permitindo que ele, se desenvolva até o

aos sistemas urinário e reprodutor. Tem início na bexiga uriná- nascimento.




V


Vagina elásticas, com válvulas internas que impedem o refluxo do


Órgão do sistema reprodutor feminino, consiste em um canal sangue.


de comunicação com o meio externo, o qual recebe o pênis Ventilação pulmonar


durante o ato sexual. É através do canal da vagina que a criança São as trocas gasosas que ocorrem entre o ar atmosférico e os

sai no momento do parto. A abertura da vagina, juntamente alvéolos pulmonares. É realizada por dois processos: a ins-

com a abertura da uretra, são protegidas pelos pequenos e piração e a expiração. Ao conjunto da inspiração e expiração,

grandes lábios - dobras da pele. A região de abertura recebe o dá-se o nome de movimento respiratório, e freqüência respi-

nome de vulva. ratória é o número de movimentos respiratórios por minuto.


Veias A freqüência humana é da ordem de 18 por minuto. As trocas


Vasos aferentes em relação ao coração. Transportam sangue gasosas, no que tange os alvéolos pulmonares (hematose),

dos tecidos para o coração. Suas paredes são finas e pouco ocorrem em função das diferenças de pressão parcial de 02 e

33

mega dicionario Biologia.p65 33 29/01/02, 20:43


Suplemento de Pesquisa e Informação

de C0 2 no sangue e no ar alveolar. Também pelo mesmo Vírus


mecanismo são observadas as trocas gasosas dos capilares, Agentes transmissores de doenças infecciosas, como o sarampo


nos tecidos. e a varíola, distinguem-se das bactérias pelo fato de não poderem


se multiplicar fora do organismo vivo em que se hospedam.


Vermes


São animais de simetria bilateral, sem membros locomotores cabeça


e de corpo segmentado. Nascem no estado de larva trocosfera
DNA


e sofrem uma evolução posterior. Dividem-se em anelídeos e


platelmintes.


Ver tebrados cauda


São os mais evoluído tipos de metazoários, ou animais


pluricelulares. Caracterizam-se por tere na linha média


dorsal do corpo um eixo ósseo ou cartilaginoso chamado


coluna vertebral, espinha dorsal, espinha ou espinhaço, for-

mados por um número variável de ossos ou cartilagens de- ○

fibras caudais
nominados vértebras. Na parte dorsal de seu corpo está o

sistema nervoso e, na ventral, o aparelho digestório. São ani-


Visão
mais de simetria bilateral, nos quais podem ser distinguidas

Nos animais superiores, os receptores da visão são os olhos.


a cabeça, o tronco e a cauda. A cabeça se une ao tronco por

Em invertebrados distinguem-se olhos simples (ocelos) e


uma região chamada colo ou pescoço, que pode faltar, e nela

olhos compostos, (formados por numerosos omatídios). O


se encontram o encéfalo, a boca e alguns órgãos dos sentidos,

olho humano é formado pela superposição de três envoltórios:


isto é, visão, olfato, audição e paladar. O tronco encerra os

a esclerótica (branco do olho), que na sua parte anterior é


órgãos da vida vegetativa, e em algumas classes está dividido

transparente e saliente e recebe o nome de córnea; a coróide,


por um músculo transversal, o diafragma, que separa o tórax,

parte intermediária e rica em vasos sanguíneos, responsáveis


cavidade superior próxima do pescoço, tendo o abdome na

pela nutrição do olho. Na parte anterior da coróide, forma-se


parte inferior. A cauda é um prolongamento da coluna ver-

a íris, músculo pigmentado responsável pela cor do olho, com


tebral, de tamanho mais ou menos volumoso e de aspecto que

capacidade de se contrair e relaxar. No centro da íris, existe um


varia muito de uma espécie para outra. Os vertebrados pos-

orifício denominado pupila, por onde a luz penetra no olho.


suem apêndices locomotores que tomam formas muito dife- Atrás da pupila, encontra-se o cristalino, lente biconvexa com

renciadas, segundo o meio em que vivem; nos peixes, estão alto poder de acomodação, proporcionada pela contração ou

transformadas em aletas; as aves possuem um primeiro par relaxamento dos músculos ciliares. A camada mais interna é a

convertido em asas e um posterior locomotor, enquanto nos retina, que apresenta neurônios e células fotossensíveis. Na

demais vertebrados os apêndices locomotores se convertem parte que fica dentro do globo ocular, existe uma região à qual

em extremidades que variam notavelmente como adaptação ao chega a luz, denominada mácula lútea, em cujo centro está a

meio. fovea centralis. Na mácula líntea encontram-se células capazes


de identificar estímulos luminosos: os cones e os bastonetes.


Vesículas seminais Os cones encontram-se na fovea centralis e permitem que se


Órgãos do sistema reprodutor masculino. São dispostas em percebam as cores. Bastonetes localizam-se na periferia da má-

pares, localizando-se ao lado da próstata. Contribuem para a cula líntea e percebem os contrastes entre claro e escuro, permi-

formação do sêmen, pois fabricam o líquido seminal. tindo que sejam identificadas imagens, mesmo em ambientes

Vida obscuros. Para formar a imagem, até chegar a retina, luz atravessa

Estado próprio dos seres orgânicos que se manifesta pelos a pupila, o humor aquoso (líquido transparente localizado entre

processos de assimilação e desassimilação, crescimento, re- a córnea e a íris), o cristalino (que focaliza a imagem na fovea

centralis) e o humor vítreo (líquido transparente, localizado entre


produção e auto-regulação. Os organismos com vida se dife-

o cristalino e a retina). A luz chega à retina, e suas células,


renciam dos seres desprovidos dela por seu poder criador e

estimuladas, enviam ao encéfalo os impulsos nervosos através do


organizador. Na base da vida orgânica, está a célula. A matéria

nervo óptico.
sem vida se desintegra, as estruturas complicadas do mundo

câmara esclerótica
mineral se decompõem em outras mais simples, com grande

posterior, coróide túnicas


íris
com humor retina
perda de energia. A matéria viva, por seu lado, torna-se cada vez

vítreo
córnea ponto cego

mais complicada, pois sua energia vai aumentando e pode ser


transmitida às gerações seguintes. Pasteur demonstrou que a Fovea centralis


vida não se engendra senão da própria vida e que a matéria cristalino


esterilizada não retorna à vida.


câmara
Virchow, Rudolf anterior

Biólogo alemão (1821-1902). Fundador da patologia celular. nervo óptico


Fez importantes estudos sobre a reprodução das células, che- ligamentos


suspensores
gando à conclusão de que omnis cellula ex cellula (toda célula do cristalino

procede de outra), do mesmo modo que todo animal procede músculo externo

de outro semelhante. Olho humano


34

mega dicionario Biologia.p65 34 29/01/02, 20:43


Biologia

Vitaminas fósforo, é a equilibradora do desenvolvimento ósseo. É facil-


Grupo de substâncias orgânicas acessórias existentes em mente destruída pelo calor. Seu déficit produz o escorbuto e


muitos alimentos em partículas diminutas, necessárias para deformações no esqueleto. É encontrada no suco de laranja,


que o metabolismo ocorra normalmente e cuja ausência pro- na alface, cenouras novas, tomates, repolho cru, aipo, cebo-


voca numerosas enfermidades. Há diversas classes de vitami- las, e em pequenas quantidades, nas batatas. A vitamina D,


nas, designadas com letras do alfabeto. A vitamina A provém por sua vez, chama-se anti-raquítica, porque sua escassez


do caroteno, corpo que é encontrada principalmente na ce- dificulta a assimilação do cálcio e do fósforo e produz o ra-


noura, na gema do ovo, nos vegetais verdes, na manteiga e no quitismo. A exposição aos raios do sol ou aos raios


queijo. Influi no crescimento, no apetite e na digestão, ajuda ultravioleta favorece a fixação dessa vitamina no corpo. Está


na manutenção da saúde e do vigor, além de desempenhar um contida no leite, no óleo de fígado de bacalhau, no fígado, na


papel importante no bom funcionamento dos órgãos visuais. gema de ovo e na manteiga. As temperaturas inferiores a


Na vitamina B, distinguem-se a B1 ou F (tiamina), cuja 1000ºC não a afeta. Quanto à vitamina E, sua escassez pro-


escassez produz a doença chamada beribéri, e a B2 ou G duz uma diminuição da fertilidade, retarda a maturidade se-


(riboflavina), cuja falta dá origem à enfermidade chamada xual e a ovulação. Está localizada nos músculos e nas graxas,

pelagra. A primeira está nos grãos do trigo, legumes, nozes, ○
no baço, no coração e no pâncreas, também nas sementes e
gema do ovo, frutas, hortaliças e levedo de cerveja; a segunda folhas das plantas, nas nozes e no gérmen do trigo.

pode ser encontrada no levedo de cerveja, no fígado, na carne, Vries, Hugo de


no pescado, nos ovos, no leite e nos vegetais verdes. A vita- Botânico holandês (1848-1935). Iniciador da teoria das

mina C, juntamente com as vitaminas A e D, o cálcio e o mutações.



W



Warming, Johann Eugen Buelow Weismann, Augusto


Naturalista dinamarquês que se distinguiu pelos trabalhos que Eminente biologista alemão (1834-1914). E enunciou as teo-

realizou na região de Lagoa Santa, MG, como auxiliar de Lund. rias da descendência e da hereditariedade. Em 1883 introduziu

Foi o criador da ecologia vegetal, tendo deixado numerosos o conceito do plasma germinal, nome que dava a um elemento

trabalhos sobre a flora e a fauna da região do cerrado de Minas hipotético das células germinais, portador de fatores

Gerais. determinantes.


Z


Zoologia

Estudo dos animais, que compreende sua classificação, morfo-


logia, fisiologia e modos de vida.
























35

mega dicionario Biologia.p65 35 29/01/02, 20:43


Química





Abrasivo Ácido Barbitúrico


Nome dado às substâncias utilizadas para desgastar e/ou polir Apresenta derivados que são empregados como substâncias


materiais. hipnóticas. Pode causar dependência física e psíquica.


Acetaldeído


H
Também chamado de aldeído acético. Mais da metade do N


O O
acetaldeído produzido é consumido na fabricação do ácido


acético. É utilizado também na obtenção do acetato de celulose, NH


com o qual se preparam plásticos.


O


O Ácido Benzóico


H–C É um ácido carboxílico que ocorre principalmente na essência


H de benjoim.



HO O

=
Acetileno

C
Também denominado etino (CH ºCH). Gás facilmente infla-

mável, usado em solda oxi-acetilênica. Produz uma chama lu-


minosa, cuja temperatura é de 3.000 ºC. Por isso, é utilizado


em maçaricos e para iluminação.


Ácido Carboxílico
Acetona

Função orgânica caraterizada pela acidez e pela presença do


O nome oficial é propanona. É um líquido incolor, muito

grupo funcional.
volátil, menos denso e solúvel em água e em álcool. É um

composto de origem orgânica utilizado como solvente de tin-


O
tas, vernizes, lacas, acetato de celulose etc. É empregada tam-

–C=
bém na obtenção de iodofórmio, anti-séptico largamente uti- OH

lizado em hospitais.

Ex.: ácido acético.



Ácido Cítrico
O

CH3 – C
Ocorre nas frutas cítricas, como o limão e a laranja. É ampla-

CH3 mente utilizado na indústria de alimentos e na indústria de


bebidas efervescentes.

Acidificar

É o mesmo que acidular. Tornar ácido. Adicionar composto


ácido reduzindo o valor do pH para valores inferiores a sete. COOH


HO – C COOH

Ácido COOH

Material de sabor azedo que faz o papel azul de tornassol se Ácido Fórmico

tornar vermelho e os sais, contendo carbonato, se transforma- É o ácido carboxílico, encontrado na formiga e na urtiga. É

rem em água e dióxido de carbono. Segundo a teoria de o único aldeído gasoso, e sua solução aquosa a 40% é cha-

Arrhenius, são os que apresentam íons H+. Segundo Brönsted, mada formol ou formalina, sendo utilizada na conservação de

“ácido é toda molécula, ou íon, que numa reação química cede peças anatômicas. É obtido por oxidação do metanol. É um

próton, não importando o meio em que se verifica a reação”. desinfetante.


Segundo Lewis (conceito eletrônico), “ácido é qualquer molé- O


cula, ou íon, capaz de receber um par eletrônico de outra par-


=

H–C

tícula.” Ex.: HCl-ácido clorídrico. Ácidos reagem com as ba-


OH
ses, dando sal e água. Ex.: HCI + NaOH → NaCl + H2O.

Ácido Láctico

Ácido Acético É um ácido propanóico no qual um dos átomos de hidrogênio


Líquido incolor de cheiro acre. É o principal constituinte do do carbono secundário foi substituído por um grupo hidro-

vinagre. Pode ser preparado pela destilação seca da madeira. xila. É produzido nos músculos quando se faz exercício físico.

Também chamado ácido pirolenhoso. Esse ácido está presente também no leite azedo.

COOH

O H – C – OH

H3C – C

CH3
H

39
Suplemento de Pesquisa e Informação

Ácido Úrico Aerossol


Sólido cristalino e incolor produzido no final do metabolismo É um líquido ou sólido dispersos em um gás. Ex.: neblina,


das proteínas nos pássaros e nos répteis. Ocorre em pequenas nebulizador na terapia por umidificação e os frascos do tipo


quantidades no sangue e na urina do organismo humano. “spray”.



Agente desidratante


O H É a substância que remove a água de uma outra substância


=
N através de uma reação química chamada desidratação.
HN


=
O Agente oxidante


=

O N N Agente oxidante de uma reação é a substância na qual um de


H H seus elementos sofre redução. Ele pode ser uma substância


simples ou composta, molecular ou iônica. Oxidante é a subs-


Ácidos Sulfônicos tância que recebe elétrons.


São compostos que apresentam a fórmula geral: Zn0 + 2H+Cl ZnCl2 + H20


agente


oxidante


R – SO2H Agente redutor


É uma substância na qual um dos seus elementos sofre oxida-
ção. Redutor é a substância que cede elétrons.Ex.:

Ácidos Voláteis
Zn0 + 2HCl Zn+2Cl2 + H02

São os ácidos cujo ponto de ebulição é próximo à temperatura agente


ambiente, formando vapores ácidos em contato com a água da redutor


atmosfera, tornando-se, assim, fumegantes. Ex.: HCl – ácido


Água de hidratação

clorídrico.
Água retida nos cristais de um composto. Ex.: sulfato de cobre

Acilas II pentaidratado (CuSO4.5H2O).


São radicais derivados das carboxilas por supressão da hidroxila.


Água dura

Água que contém os íons cálcio (Ca2+) e os íons magnésio


(Mg2+), cujas presenças impedem ou dificultam a produção de


O O bolhas de sabão.
=

–C –C
–OH Água pesada

– –
OH
Moléculas de água cujo hidrogênio é o deutério. O deutério

carboxila acila
possui um próton e um nêutron. Sua fórmula é D2O. É utili-

zada nos reatores atômicos.


Aço

Aguardentes
Liga de ferro e carbono em várias proporções.

Bebidas destiladas que apresentam uma porcentagem de álcool


Actinídios entre 45 e 70%. São obtidas por destilação de líquidos resul-


Série de elementos raros posicionados na parte inferior da tantes de fermentações, como a cachaça de cana-de-açúcar e o

tabela periódica (7o período). Alguns são naturais e todos uísque de milho, centeio ou cevada.

possuem isótopos radioativos. Alcadienos


Hidrocarbonetos insaturados que apresentavam duas ligações


duplas na sua molécula. Têm fórmula geral CnH2n-2.



H2C = CH – CH = CH2

Alcalóides

São compostos orgânicos nitrogenados de estrutura comple-


xa. Constituem princípios ativos dos vegetais e exercem sobre


os animais ação fisiológica. Podem ser encontrados no café,


chá, fumo, casca de quina etc.


Alcanos

Acumulador
Compostos binários de carbono e hidrogênio de fórmula ge-

Conhecido como bateria. É formado por uma série de pilhas


ral CnH2n+2, também denominados hidrocarbonetos saturados,

que são constituídas de material metálico. Quando em funci-


por apresentar somente ligações simples entre seus átomos.

onamento, o acumulador transforma a energia química das


Também são chamados parafinas por ser pouco reativos.

reações químicas em energia elétrica. Para regenerar a energia


química, basta fornecer energia elétrica. H


– –

Adstringente H–C–H

Substância que produz a sensação gustativa de “amarrar” a


boca, como banana, caqui ou caju verdes. H metano


40
Química

Alcatrão de hulha pregado é o alcoômetro de Gay-Lussac, para o qual a água pura


Da destilação seca da hulha a temperaturas que vão de 450ºC corresponde a 0°G.L. e o álcool puro a 100ºG.L.


a 1200ºC, resultam o alcatrão, benzeno, fenol, xileno, entre


Aldeído
outros. Os derivados de alcatrão encontram amplo campo de


Composto com um grupo funcional carbonila e de fórmula
aplicação na medicina, nos laboratórios e na indústria.


geral RCHO, onde R é um átomo de hidrogênio, um grupo


Alcenos alquila ou um grupo arila.


São os hidrocarbonetos acíclicos não-saturados que encerram
O


uma dupla ligação. Também são chamados alquenos ou olefinas

–=
R–C


ou etilênicos. Têm fórmula geral CnH2n.
H


Alótropos


H2C = CH2 Formas cristalinas de um mesmo elemento com diferentes es-


eteno truturas moleculares ou cristalinas. Diamante e grafite são


Alcinos
alótropos do carbono, por exemplo.


Também são denominados alquinos. São os hidrocarbonetos


acíclicos não-saturados que encerram uma tripla ligação.


Hidrocarbonetos insaturados por apresentar uma ligação tri-

pla na molécula. Têm fórmula geral CnH2n-2.

H

H – C – C=C – H

H
Álcoois

São compostos que apresentam um radical –OH (hidroxila ou


oxidrila) ligado a um átomo de carbono saturado.




– C – OH hidroxila

saturado

Álcool 96 o G.L.

Também chamado de álcool etílico hidratado, é uma mistura de


96% de etanol (álcool etílico) e 4% de água. É uma mistura


azeotrópica, isto é, com ponto de ebulição constante.



Álcool desnaturado

Diz-se do álcool etílico ao qual se adicionaram substâncias


para dar mau gosto e evitar seu emprego na fabricação de be-


bidas alcoólicas. O desnaturante é, geralmente, a piridina.


Álcool etílico

Também chamado etanol ou álcool comum. Pode ser obtido


por hidrólise do eteno (encontrado nos gases de petróleo) ou Amidas


por fermentação de açúcares. É um líquido volátil, incolor e O grupo das amidas, entre os compostos nitrogenados, carac-

inflamável. É utilizado como solvente de resinas, vernizes etc.; teriza-se por uma combinação de uma amina com um ácido

na preparação de bebidas alcoólicas; de aldeído acético; ácido carboxílico. O nitrogênio da amina perde um átomo de hidro-

acético; éter comum; entre outros. gênio e o ácido perde o grupo hidroxila, originando água.

Álcool metílico

O

Também chamado metanol ou “espírito da madeira”. Foi inicial-


–=

R–C

mente obtido pela destilação seca da madeira. Da destilação NH2


resulta o ácido pirolenhoso, que é uma mistura de metanol,


Aminas

ácido acético e propanona. A separação dessas substâncias é


São compostos orgânicos derivados da substituição de um ou

feita por destilação fracionada. É um líquido incolor, volátil,


mais átomos de hidrogênio na amônia (NH 3) por grupos

inflamável e tóxico. Tem a propriedade de causar a cegueira e é


orgânicos alquilas ou arilas. O número de grupos substituintes

aplicado como solvente de tintas, vernizes e combustível. Nos


determina se a amina é primária (um grupo), secundária (dois

países de clima frio, é usado nos radiadores de automóveis


grupos) ou terciária (três grupos).

como anticongelante, pois baixa o ponto de congelamento da


água.

H–N– –N– –N–


Alcoômetro


Aparelho que determina a graduação alcoólica. Fornece a H H


porcentagem de álcool em uma mistura com água. O mais em- primária secundária terciária

41
Suplemento de Pesquisa e Informação

Aminoácidos Arilas


São compostos orgânicos que contêm as funções orgânicas São radicais monovalente, que apresentam uma valência livre


amina e ácido carboxílico. São os constituintes das proteínas. diretamente no núcleo benzênico.




NH2 O fenil

=


R – C – C – OH


Aromatizante


H Tem como função realçar ou fornecer odor aos alimentos e


Análise imediata outros produtos.


São processos físicos de separação de misturas, como decanta- Arrhenius, Svante Augustus (1859-1927)


ção, filtração e destilação. Físico sueco, autor da teoria da ionização ou dissociação


eletrolítica (Prêmio Nobel, 1903).


Anfótero


Caráter de uma substância. Quando ela está em meio ácido, se Associação de pilhas


comporta como uma base e, em meio básico, como um ácido. Quando uma única pilha não fornece a diferença de potencial


Esse comportamento pode ser o de alguns óxidos, como o (ddp) adequada, elas podem ser conectadas umas às outras em

ZnO e o Al2O3. série, constituindo uma bateria.

Angström Atomicidade

(Å) Unidade de comprimento que equivale a 10-8 cm. Utilizado É o número de átomos que participam na formação da molé-

na avaliação do diâmetro do átomo. cula de uma substância simples. Ex.:


Anidridos de ácidos

H2O
São compostos que obedecem à fórmula geral:

molécula da água: dois átomos de


hidrogênio e um átomo de oxigênio


O O Átomo

=

R – C – O – C – R1 Significa indivisível, porém é um conjunto de subpartículas


formadas por quarks. É a menor partícula de um elemento que


ainda conserva suas propriedades, e é composto por um núcleo


onde R e R1 são radicais alquilas ou arilas. O átomo de oxigênio e uma nuvem de elétrons ao seu redor.

está, portanto, unindo dois grupos. São obtidos por desidra-


tação dos ácidos carboxílicos.


Anidro

Ou anidrido. Corresponde a um composto ou substância que


perdeu sua água de cristalização.



Anilina

É uma amina, oleosa, incolor quando pura, escurecendo em


contato com o ar ou em presença de luz. Extremamente tóxica,


é utilizada na preparação de corantes.


Auto-óxido-redução

É o nome que se dá às reações nas quais o mesmo elemento


NH2 químico se comporta como redutor e oxidante.


Ânion Cl0 + 2 NaOH NaCl+O + NaCl– + H2O


2
É assim denominado todo íon com carga elétrica negativa, pois

oxidação redução
recebeu elétrons.

Avogadro, Amadeo (1776-1856)


Cl–, S2–

Físico italiano, autor da célebre hipótese de que volumes iguais


Ânodo de qualquer gás contêm o mesmo número de partículas. O


Na eletroquímica, corresponde ao eletrodo que sofre oxidação. número de Avogadro (6,023 . 1023) é o número de moléculas

Na pilha, é o pólo negativo, na eletrólise, positivo. contidas em um mol de substância.




B


Balança Balança de precisão


A balança é um instrumento que permite que as forças sejam Fornece a massa de pequenos corpos, comparando-os com

comparadas, equilibrando-as por pesos marcados. Sua utiliza- outros de massas conhecidas. Dessa forma, apresenta divisões

ção está baseada na 3a. lei de Newton: P = mg. em decigramas, centigramas, miligramas e até menores.

42
Química

Banha Bioquímica


Gordura encontrada no tecido adiposo dos animais. Constitui- Interface de estudo entre a biologia e a química. Estuda os


se principalmente de uma mistura de lipídios, ésteres de alto peso mecanismos e as reações relacionadas à vida.


molecular, que podem ser obtidos dos ácidos vegetais.


Bohr, Niels Henrik David (1885-1962)


Barômetro Físico dinamarquês, propôs a teoria de quantização de energia para


É um aparelho que mede a pressão atmosférica. Eles podem ser o movimento dos elétrons. Recebeu o prêmio Nobel em 1922.


de mercúrio ou formados por um metal. Boro


Bases Elemento químico de número atômico 5 e massa atômica 10,811,


Também conhecidas como hidróxidos. É uma das funções da cujo símbolo é B. É um sólido, semimetal da família 3A, que


química inorgânica. Produzem sabor adstringente e fazem o apresenta configuração eletrônica 1s2 2s2 2p1, com número de


papel vermelho de tornassol ficar azul. Segundo a teoria de oxidação +3. Descoberto em 1808 por Joseph L. Gay-Lussac e


Arrhernius, elas possuem o grupo hidroxila (OH–). Segundo Louis J. Thenard, tem largo emprego na agricultura, quer na


Bronsted, “base é toda molécula, ou íon, capaz de receber produção de adubos, quer no extermínio de ervas daninhas.


próton”, e, segundo Lewis, “base é qualquer molécula, ou íon, Borracha


capaz de ceder um par eletrônico a outra molécula, resultando Produto que se obtém por meio do tratamento do látex de várias


ligação dativa”. Ex.: hidróxido de sódio – NaOH. plantas ou, mais recentemente, pela transformação química do

Bateria ○
carvão, do petróleo e de certos álcoois vegetais. Daí a distinção
Conjunto de pilhas ligadas em série, como as pilhas de chum- entre a borracha natural e a borracha sintética. Das espécies ve-

bo de um automóvel. getais produtoras de látex, a mais importante é a seringueira


(Hevea brasiliensis). A extração do látex é feita por meio de in-


Benzeno cisões oblíquas no tronco do vegetal, feitas com instrumentos


É um hidrocarboneto aromático mononuclear, formado por apropriados. Esse látex é uma emulsão de partículas de borracha

seis átomos de carbono. É um solvente tóxico, também chama- em água. Com a evaporação da água e em presença de ácido

do de benzina. Sua estrutura foi proposta por Kekulè. Pode ser acético, as partículas se aglutinam, resultando, como resíduo a

encontrado no alcatrão da hulha e no petróleo. borracha. No Brasil é empregado o processo de defumação.


Consiste em mergulhar uma pá de madeira no látex e, em segui-


C da, colocá-la em contato com a fogueira, visto que a lenha libera



– =

C C–H

ácido acético. À medida que a borracha coagula, ela adere à pá,


=

ou

H–C C–H resultando uma bola. Essa borracha apresenta vários incon-

C venientes em seu uso; por esse motivo, tem de passar por pro-
=

cessos como a vulcanização, para ser melhorada.


H Bromofórmio

Bioluminescência Líquido de densidade elevada, obtido por reação entre a


É a emissão de luz (luminescência) produzida por um ser vivo propanona e o hipobromito de sódio. Usado em medicina em

(vaga-lume). certos xaropes contra a tosse e a coqueluche.



C



Cadeia heterocíclica Cadeia homocíclica


São as cadeias cíclicas que apresentam, pelo menos, um É a cadeia cíclica que encerra apenas átomos de carbono.

heteroátomo no ciclo. CH2




H2C CH2

H H2C – CH2

C2 H

heterocítomo


– –

H2 C N Cadeia homogênea

É aquela que possui somente átomos de carbono, isto é, não há


H2 C CH2

átomo de outro elemento entre os carbonos da cadeia.


C

H2 H

H3C – C – CH3


Cadeia heterogênea H

É aquela que apresenta um átomo diferente do carbono ligado Cadeia insaturada


a átomos de carbono. É aquela em que pelo menos dois átomos de carbono estão

unidos por uma dupla ou uma tripla ligação.



C=C–C

C–C–O–C insaturação

43
Suplemento de Pesquisa e Informação

Cadeia normal Cadeias mistas


É a cadeia aberta que possui apenas átomos de carbono primá- São as cadeias carbônicas resultantes da união de uma cadeia


rios e secundários. fechada e uma cadeia aberta.



C


C–C–C–C


1o – primário


1o 2o 2o 1o 2o – secundário C C–C–C




C


Cadeia ramificada C


É a cadeia aberta que possui pelo menos um átomo de carbono


terciário ou quaternário. Cafeína


É uma molécula nitrogenada, um alcalóide encontrado nos


3o grãos de café (Coffea arabica) e nas folhas de chá. Substância


1o C – C – C 1o 1o – primário diurética, estimulante do coração, se for usada em pequenas


3o – terciário

doses, diminui a fadiga. É o estimulante do sistema nervoso


C 1o


central mais extensamente usado sem prescrição médica.


Cadeia saturada Calcário


É a cadeia que apresenta somente ligações simples entre os áto- É uma rocha sedimentar largamente composta por minerais de
○ carbonato, especialmente carbonato de cálcio e magnésio. Pode
mos de carbono. ○

ser encontrado no interior de cavernas e constitui o mármore.


C–C–C

ligações simples Calcinação


Processo de aquecimento de corpos sólidos para provocar sua


Cadeias acíclicas

decomposição sem oxidação pelo ar atmosférico. O calcário


São cadeias nas quais, percorrendo-se os átomos de carbono, em

(carbonato de cálcio), ao ser calcinado, transforma-se em cal


um determinado sentido, pode ser encontrado um ponto final no

viva (óxido de cálcio) e gás carbônico (dióxido de carbono).


percurso. Também chamadas de cadeias abertas ou alifáticas.

Cálcio

CaCO3 CaO + CO2


C–C–C C–C

C

Cadeias alicíclicas Símbolo Ca. É Um elemento metálico cinzento e macio per-


São as cadeias homocíclicas que não apresentam núcleo tencente ao grupo 2A. Bastante reativo, isto é, sofre oxidação

benzênico. com facilidade. Usado como um absorvente de gás, em siste-


mas aspiradores, e como desoxidante na produção de ligas


C

não-ferrosas. Pode ser utilizado ainda como agente redutor



C–C ou na extração de metais como tório, zircônio e urânio. O cálcio


é um elemento essencial para os organismos vivos, sendo ne-


Cadeias aromáticas cessário para o seu crescimento e desenvolvimento, pois cons-


São as que encerram o anel benzênico, isto é, 6 átomos de titui o esqueleto.


carbono constituindo um ciclo e com ligações simples alterna- Calomelano


das por duplas ligações. Denominação do cloreto mercuroso Hg2Cl2, composto sóli-

do e branco que sofre sublimação quando aquecido. Usado


em medicina como purgativo, e na química na confecção de


eletrodos.

Cadeias carbônicas Calor de combustão


São assim denominadas as formações resultantes do encadea- O calor de combustão de uma substância é a quantidade de

mento dos átomos de carbono. calor liberada por unidade de massa ou por mol, quando se

queima a substância completamente.


C


C–C–C–C C C

CH4(g) = – 888 kJ/mol


C

Cgrafite = – 393,5 kJ/mol


Cadeias cíclicas

São aquelas nas quais, percorrendo-se os átomos de carbono em H2(g) = – 286 kJ/mol

um determinado sentido, não pode ser encontrado um ponto


final no percurso. São também chamadas cadeias fechadas.


Calor de fusão

C

A quantidade de calor absorvida por unidade de massa de uma


C C
substância pura, para convertê-la completamente em líquido, é

ou

C–C chamada calor de fusão da substância.


44
Química

Calor de solidificação Carbono saturado


Quando esfriada até a temperatura em que se funde, uma subs- É o átomo de carbono que apresenta apenas ligações simples.


tância no estado líquido perde uma quantidade de calor chamada


calor de solidificação, numericamente igual ao calor de fusão.



–C–


Calor de vaporização



A quantidade de calor absorvida por unidade de massa de uma Carbono secundário


substância pura, para convertê-la completamente em gás, é É o átomo de carbono que se liga a dois outros átomos de


chamada calor de vaporização. carbono na cadeia carbônica.


Calor específico


É a quantidade de calor que deve ser fornecida à unidade de H


massa do material para elevar sua temperatura em um grau.


C–C–C



Calor latente (L) secundário
H


É a quantidade de calor absorvida ou liberada na mudança de


fase por unidade de massa. A quantidade de calor Q absorvida Carbono terciário


ou liberada na mudança de fase de uma massa m é: Q = mL. É o átomo de carbono que se liga a três outros átomos de

Caloria (cal) carbono na cadeia carbônica.

É a quantidade de energia necessária para elevar a tempera-


tura de 1 g de água destilada, de 14,5 ºC a 15,5 ºC, à pressão H terciário



de 1 atm. C–C–C


Carbetos

C
São compostos binários de carbono e metal.

Ex.: CaC2 – carbeto de cálcio. Esse carbeto é chamado de Carvão


carbureto, que, em contato com a água, fornece acetileno.


São assim denominados os diversos produtos, mais ou menos


ricos em carbono, originados pela modificação química de várias


CaC2 + H2O C2H2 + CaO

substâncias orgânicas. Possuem as mais diversas aplicações.


Carboidrato Carvão mineral


Composto orgânico, tal como o açúcar, que contém somente É assim denominado o carvão de origem orgânica que aparece

os elementos C, H e O. Os carboidratos são fonte de energia em jazidas subterrâneas. É proveniente da decomposição, em


para os organismos e podem ser sintetizados pelos vegetais via ausência de ar, de imensos depósitos de vegetais soterrados

fotossíntese. por movimentos geológicos há milênios. Dos diversos tipos


de carvão mineral, o mais importante é a hulha. Há, ainda, o


6CO2 + 6H2O C6H12 + 6O2


xisto, a turfa, e o antracito.

carboidrato

Carbonila

Grupo caracterizado pela ligação dupla de oxigênio com carbono.




=
– C

Carvão vegetal
Carbono assimétrico

É derivado da combustão incompleta da madeira em grandes


É o átomo de carbono que possui quatro ligantes diferentes.

fornos.

d Catalisador

Uma substância que aumenta a rapidez de uma reação química


a–C–c
e que aparece inalterada ao final da reação.

b

Cátion
Carbono insaturado

É assim denominado todo íon com carga elétrica positiva, pois


É o átomo de carbono que apresenta dupla ou tripla ligação.

perdeu elétrons. Exemplo: Ca2+.



–C C–
– Cátodo


insaturado Na eletroquímica, corresponde ao eletrodo que sofre redução.

Carbono primário Na pilha é o pólo positivo na eletrólise é negativo.


É o átomo de carbono que, na cadeia carbônica, está ligado


Célula eletroquímica
apenas a um outro átomo de carbono.

Sistema que consiste de um eletrólito, dois eletrodos (cátodo


H H H e ânodo) e um circuito elétrico. Exemplo: pilha.




H–C–C–C–H Centrifugação

Processo usado para separar misturas heterogêneas de sólidos




primário
H H H e líquidos. Utilizam-se aparelhos chamados centrífugas, que

45
Suplemento de Pesquisa e Informação

constam de vasos cilíndricos presos a um eixo vertical que é Chama


colocado em movimento, geralmente por intermédio de um Uma mistura quente e luminosa de gases em combustão. A


motor. Quando estão em movimento, os vasos adquirem a reação química em uma chama produz moléculas excitadas,


posição horizontal devido à força centrífuga. As partículas íons ou ainda incandescência de pequenas partículas (carbo-


sólidas depositam-se, separando-se, assim, do líquido. no). Em um bico de Bünsen, a chama possui três regiões dis-


tintas: a zona oxidante (mais quente), a redutora e a neutra


Cera
(onde não há combustão).


É uma substância sólida ou semi-sólida sem forma cristalina


definida (amorfa). São insolúveis na água e mais estáveis que os


óleos e as gorduras, não se rancificando no ar. Desempenham


importante papel biológico protegendo ovos de insetos, teci-


dos vegetais e animais contra oscilações de temperaturas. Exis-


tem dois tipos principais: as ceras minerais, que são misturas


de hidrocarbonetos com pesos moleculares elevado; as ceras Chumbo tetraetila


segregadas por plantas ou animais, que são principalmente Um líquido incolor, Pb(C2H5)4, insolúvel em água, solúvel em


ésteres de ácidos graxos. Exemplos: parafina e cera de carnaúba, benzeno, etanol, éter e petróleo. É usado em combustíveis de


respectivamente. motores de combustão interna, para aumentar o número de

Cera de abelha ○
octanas e reduzir o ruído (batida) do motor. O uso do chumbo
O principal éster formador a partir dela é o palmitato de tetraetila em gasolina resulta na emissão, para a atmosfera, de

merissilo. O seu ponto de fusão é de 60ºC. É utilizado na compostos de chumbo perigosos à saúde.

manufatura de cosméticos e nas velas de cera que queimam com Ciclanos


odor perfumado. São hidrocarbonetos cíclicos saturados, também chamados de


Cera de carnaúba cicloparafinas ou cicloalcanos. A fórmula geral dos ciclanos é


Extraída de folhas de palmeiras de carnaúba (Copernicia CnH2n.


cerifera) que ocorre praticamente em todo o nordeste do Bra-


sil. Possui ponto de fusão a 85ºC e, dissolvida em éter e álcool H2


fervendo, cristaliza-se.É empregada no polimento de assoalhos C


e de couro.

H2C CH2 ou

Cera espermacete

Ocorre nas cavidades dos crânios dos cachalotes. C C – H2


H2
Cerídeos

São os lipídios que apresentam monoálcoois superiores. São Ciclenos


ceras. São hidrocarbonetos alicíclicos, também chamados de ciclole-


finas ou cicloalcenos. Possuem uma dupla ligação na cadeia


O
fechada. A fórmula geral é CnH2n+2.

=
C15H31 + C15H31 – CH2OH C15H31 – C–

ácido palmítico OCH2C15H11 + H2O


H

C

Cetonas H2C CH ou

Compostos orgânicos que contêm o grupo funcional carbonila


e fórmula geral H2C CH2


O

=

Cimento
R – C – R1

São substâncias usadas para ligar ou fixar materiais duros. O


cimento Portland é uma mistura de silicatos de cálcio e


sendo R e R’ grupos alquila ou arila. O átomo de carbono tem


aluminatos produzida pelo aquecimento de calcário com argila

de ser secundário, isto é, a carbonila tem de estar presa a dois


em um forno.

átomos de carbono. As cetonas são provenientes da oxidação de


álcoois secundários. Cisão


CFC Processo nuclear pelo qual o núcleo de um átomo é dividido em


Abreviatura para clorofluorcarbonetos. São utilizados em ge- parte, liberando muita energia. O mesmo que fissão.

ladeiras, sprays e ar-condicionados e destroem a camada de Cloral


ozônio. É o aldeído tricloro acético. É líquido, de cheiro penetrante e


irritante, sendo usado em medicina como hipnótico.



Cl Cl Cl

O

=

Cl – C – Cl Cl – C – H Cl – C – C


H

F F Cl

46
Química

Clorofórmio Comburente


É um líquido não-inflamável e de sabor adocicado. Obtido pela Nome dado à substância que sofre redução em uma reação de


reação do álcool etílico com cloro, e deste produto pelo hi- combustão. No senso comum, é o oxigênio do ar atmosférico.


dróxido de sódio. Usado na indústria como solvente de óleos O oxigênio é o principal comburente.


e gorduras. Seu emprego como anestésico está em desuso de-


Combustão
vido aos efeitos secundários que acarreta.


É uma reação química de oxi-redução onde necessariamente


CNTP ocorre a presença de um combustível e de um comburente,


Abreviatura de Condições Normais de Temperatura e Pressão geralmente o oxigênio. Esta reação sempre libera energia


(0 oC e 1 atm). calorífica e luminosa.


Coeficiente de solubilidade Combustão parcial


É a quantidade de uma substância que satura 100 g de um Também chamada combustão incompleta, ocorre quando a


solvente, em uma determinada temperatura. Ex.: o coeficiente quantidade de oxigênio é insuficiente para a quantidade de


de solubilidade do açúcar comum em água, a 20 ºC, é 33 g. combustível, e os produtos formados são monóxido de carbo-


Veja a seguir a solubilidade de algumas substâncias: no, fuligem (C em pó), água e dióxido de carbono.


Combustão total


Composto g/100 g de água
Também chamada combustão completa, ocorre quando há oxi-

N a 2S O 4 20 ○
gênio em quantidade suficiente para reagir todo o combustível
NaCl 36
e liberar o máximo de energia possível. Os produtos da reação

CaCl2 72 são água e dióxido de carbono.


NaNO3 88

CH4 + 2H2O2 O2 + 2H2O


C 1 2 H 2 2 O 11 204

Ca(OH)2 0,17 metano


Combustível

Colóides Nome dado à substância que sofre oxidação em uma reação de


São assim chamados os agregados moleculares ou iônicos de combustão. No senso comum, é a substância que sofre queima

dimensões variáveis entre 10 e 100 milimícrons que, quando quando está em presença de oxigênio do ar. Ex.: madeira, ál-

em solução, constituem um sistema aparentemente unifásico


cool, papel e derivados do petróleo.


capaz de atravessar o filtro comum, mas que é retido pelos

Composto apolar
ultrafiltros. As partículas coloidais são maiores que aquelas

encontradas em soluções, mas menores que as encontradas em Um composto que tem moléculas covalentes sem momento

dipolar permanente. As ligações químicas desses compostos


suspensão. Nos colóides o soluto é a fase dispersa ou des-

podem até ser polares, porém o composto como um todo é


contínua, e o solvente é a fase contínua. As partículas coloidais

apolar (sem cargas elétricas). Ex.: O metano e o benzeno.


são carregadas eletricamente com a mesma carga elétrica. Logo,


pelo atrito e pela repulsão existente no meio dispergente, elas O=O O=C=O

poderão manter-se em suspensão, anulando em muitos casos


a ação da gravidade que tenderia a fazê-las decantar. Os colóides


que possuem afinidades com o solvente são chamados liófilos, Composto binário

e os demais são liófobos. Quando o solvente é a água, as solu- É o composto formado somente por dois elementos químicos.

ções são chamadas hidrófilas ou hirofílicas e hidrófobas ou


hidrofóbicas. As soluções coloidais apresentam dois estados: H2O , CO2 , SiO2


sol – as partículas dispersas são constituídas de cadeias


Composto covalente
moleculares curtas dotadas de grande mobilidade; em que gel

– em que as partículas dispersas são formadas de cadeias É o sólido cristalino formado somente por ligações covalentes.

São substâncias duras de altos pontos de fusão. Não apresen-


moleculares longas, articuladas de modo a constituírem uma

tam fórmula definida. Ex.: carbono grafite e carbono diamante


rede, onde circula o solvente. Na nomenclatura das soluções

(Cn).
coloidais, o nome do solvente é precedido pelo nome do estado

em que se encontra a solução. Ex.: hidrogel, álcoolsol. As Composto iônico


suspensões coloidais têm grande aplicação nas indústrias. No Qualquer composto neutro formado por cátions e ânions que

tratamento de águas de esgotos, ocorre uma precipitação formam uma estrutura cristalina, chamada de retículo cristali-

coloidal, pois as matérias em suspensão formam uma suspen- no. Ex.: cloreto de sódio.

são coloidal.

Combinação

É a transformação de duas ou mais substâncias com formação


de substâncias diferentes. Ex.:aquecendo-se a mistura de ferro


e enxofre, obtém-se o sulfeto de ferro.


F(s) + S(s) FeS(s)



47
Suplemento de Pesquisa e Informação

Composto metálico Contador Geiger-Müller


É qualquer composto formado por ligações entre elementos É uma ampola geralmente cilíndrica, contendo um gás e


químicos metálicos. Podem ser átomos do mesmo elemento construída de forma a produzir uma pulsação de carga elétrica


químico ou vários tipos de metais unidos por ligações metáli- quando, através dela, passar uma partícula ionizante. É utiliza-


cas (ligas) e formando um sólido cristalino. do na avaliação da radioatividade de um material.



Composto polar Contaminação


É o composto iônico (NaCl) ou que tem moléculas com um Quando se refere à substância radioativa, é o resultado da mis-


elevado momento dipolar (H2O). Possuem cargas elétricas e, tura de material radioativo com um componente do meio. A


por isso, são denominadas polares. precipitação radioativa, por exemplo, produz contaminação da


terra. De uma forma geral, refere-se a um material indesejável


presente, mas em menor quantidade, em outro.


Corante


São substâncias usadas para dar cor a tecidos, couro, alimen-


tos, papel etc. Os compostos usados para tingir são geralmente


orgânicos, porém são utilizados muitos íons inorgânicos como


fontes de pigmentos coloridos. São substâncias que se fixam


em uma fibra, resistindo à ação de agentes como calor, luz e
umidade. Para que uma substância seja corante, é necessário

que possua determinados agrupamentos.


Compostos de Frankland
Corantes naturais animais

São compostos organometálicos que apresentam o átomo de


São encontrados nos animais, sendo a hemoglobina e a

zinco preso a dois grupos alquila iguais. São também chama-


bilirrubina os principais. A hemoglobina é encontrada nas

dos de organozíncicos e foram sintetizados em 1849, pelo


hemácias. A bilirrubina é o corante principal da bile. Em con-

inglês Frankland.
tato com o oxigênio do ar, oxida-se, e daí resulta a biliverdina.

H3C – Zn – CH3

Corantes naturais vegetais


São corantes encontrados nos vegetais, destacando-se a cloro-


Compostos de funções mista fila, as antocianinas e os carotenóides. A clorofila é a respon-


São todos os compostos orgânicos que apresentam, na molé- sável pela coloração verde e pela fotossíntese. As antocianinas

cula, duas ou mais funções. são azuis, roxas ou rosas. Os carotenóides são os corantes

O
responsáveis pela coloração amarela, vermelha e alaranjada das

= flores, folhas e frutas.


C OH
CH3 Corrosão

O–C
É a oxidação dos metais por um processo eletroquímico, isto

=
aspirina O
é, por perda e ganho de elétrons. Ex.: a corrosão do ferro em

meio neutro produz óxidos (ferrugem).


Compostos de Grignard

São compostos organometálicos, cuja fórmula geral é: Fe + H2O + ½O2 Fe (OH)2



H3C – MgCl ferrugem


Corrosivo

onde R é um grupo alquila ou arila e X é um halogênio Que corrói, danifica, que provoca corrosão.

(cloro, bromo, iodo ou flúor). Foram descobertos em 1900, Craqueamento


por Victor Grignard (dividiu o Prêmio Nobel de Química É o processo da produção de compostos orgânicos de cadeias

com Sabatier, em 1912). São também chamados compostos menores, partindo-se de cadeias maiores, pelo calor. Tal pro-

organomagnesianos. cesso é comumente utilizado para aumentar o rendimento de


Compostos moleculares uma das frações mais leves do petróleo, a partir de frações de

São compostos que apresentam somente ligações covalentes massa molecular maior.

entre seus átomos. Os compostos moleculares possuem fór-


Criometria
mula química definida e pontos de ebulição e de fusão menores

É o fenômeno do abaixamento do ponto de solidificação de um


que os das ligações iônicas. Ex.: C12H22O11 (sacarose) e HCl

líquido pela dissolução de uma substância não volátil. O abai-


(cloreto de hidrogênio).

xamento produzido é diretamente proporcional ao número de


Compostos orgânicos partículas do soluto.


São compostos que contêm carbono, geralmente combinado Cristal


com hidrogênio, nitrogênio, oxigênio e enxofre. Um sólido com formas poliédricas regulares. Todos os cristais

Condensação, Reação de de uma mesma substância se desenvolvem seguindo um mesmo


É a reação entre moléculas de um ou mais compostos orgâni- padrão (mesma forma geométrica básica). Os átomos, íons e

cos, resultando em um composto orgânico e um composto moléculas que formam o cristal têm uma disposição regular, a

inorgânico (geralmente água). qual é a estrutura do cristal. Os cristais se obtêm por evapora-

48
Química

ção do solvente de uma solução saturada, por solidificação ou Cromoproteínas


por sublimação. São proteínas conjugadas a grupos cromóforos.


Ex.: hemoglobina ao sangue; clorofila a plantas verdes.


Cromóforos


São certos grupamentos que dão cor a uma molécula.


D




DDT Detergente


Abreviatura de dicloro-difenil-tricloetano, pó branco empre- É uma substância que, adicionada à água, melhora as suas pro-


gado como inseticida. Foi utilizado, pela primeira vez, em 1942, priedades de limpeza, facilitando a dissolução de substâncias


na Suíça, em combate a uma praga ocorrida no trigo. É muito apolares. Os detergentes são compostos que levam essas subs-


tóxico e tem efeito cumulativo nos organismos. tâncias a formar uma solução com água.



Decantação
SO3: Na+


Processo de separação de misturas heterogêneas de sólidos e


líquidos ou de líquidos imiscíveis por ação da gravidade.
Dodecil sufonato de sódio (DSS)

Deliqüescência ○

Capacidade que algumas substâncias apresentam de fixar o


vapor-d’água do ar, dissolvendo-se na água fixada. O resultado Diálise


é uma mistura pastosa. Este fenômeno ocorre, por exemplo, É a difusão de partículas do soluto através de uma membrana

com o sal comum. semipermeável. A diálise separa pequenas moléculas e íons das

Densidade grandes moléculas que formam os colóides.



É a razão entre a massa m e o volume V de um corpo. É uma Diatômico


propriedade que serve para identificar um material. Para a água É formado por dois átomos. O mesmo que biatômico.

(destilada a 4ºC), é atribuído o valor 1 g/cm3.


Difração de raios X por um cristal

Desintegração Os comprimentos de onda dos raios X são da mesma ordem de


Transformação nuclear ou processo de decomposição do núcleo grandeza das distâncias entre os átomos na maioria dos cris-

que resulta em liberação de energia sob a forma de radiação. tais, e o padrão repetitivo da rede cristalina age com uma rede

Destilação para os raios X. Um cristal pode ser identificado por essa


Processo usado na separação ou purificação de soluções. Ca- técnica.


racteriza-se por uma dupla mudança de estado físico: com o


Difusão
aquecimento, o componente de menor ponto de ebulição trans-

É assim denominada a passagem de um gás através de pequenos


forma-se em vapor e passa para o condensador, onde é resfria-

orifícios ou tubos capilares. A difusão se deve ao movimento


do, voltando ao estado líquido (condensando-se). O aparelho

browniano, isto é, as moléculas que constituem os corpos estão


em que se processa a destilação é chamado de destilador. Quan-

em movimento constante, mesmo naqueles em repouso. Este


do a solução é formada por vários componentes, estes são se-

fenômeno é mais intenso nos gases que nos líquidos e é mínimo,


parados à medida que os seus pontos de ebulição vão sendo embora sensível, nos sólidos. No caso da luz, se a superfície de

atingidos. O processo recebe o nome de destilação fracionada. separação de dois meios é rugosa, quando a luz incide sobre ela,

É o que ocorre com o petróleo. ocorrem reflexões desordenadas, e o meio aparece turvo. Pode-

Destilador se dizer que houve uma difusão da luz.


Aparelho usado para realizar a destilação. É formado por um Diluição


balão de destilação, ou caldeira, onde se coloca a solução para Procedimento para preparar uma solução menos concentrada

ser aquecida. Os vapores produzidos são resfriados no a partir de outra mais concentrada pela adição de solvente.

condensador, voltando ao estado líquido. O líquido já destila-


do é recolhido em um recipiente. Diluído


Descrição de uma solução que tem uma concentração relativa-


mente baixa de soluto.


Dispersão

Sistema constituído por duas ou mais espécies químicas uni-


formemente distribuídas entre si.



Dissociação iônica

É todo fenômeno físico no qual há separação de íons; portanto,


é fundamental que a substância seja iônica. Ex.: ao se dissolver


NaCl em água, há a separação de íons cloreto e íons sódio.


Ductibilidade

Propriedade que os metais apresentam de poderem ser estira-


dos em fios.

49
Suplemento de Pesquisa e Informação

Dureza a uma escala de 1 a 10. O diamante é a substância natural mais


Resistência que os corpos apresentam ao risco (penetração). É dura, correspondendo ao 10 dessa escala.


um critério de identificação de rochas e minerais e corresponde




E




Ebulição Eletrólito


As moléculas de um líquido que passam para o estado gasoso Substância que, ao ser dissolvida na água, forma uma solução


constituem seu vapor. Um líquido em um recipiente constitui que pode conduzir eletricidade.


um sistema em equilíbrio, se o número de moléculas que eva-


Elétron
poram é igual ao das que consensam. Se a temperatura ou a


Partícula subatômica que tem massa muito pequena e possui
pressão forem modificadas, o número de moléculas evapora-


carga elétrica unitária negativa. Percorre a eletrosfera, região
das pode ser maior que o de moléculas condensadas. Ao passar externa do átomo. Foi descoberto por Joseph John Thomson


para o estado vapor, as moléculas podem apenas se espalhar no (1856-1940), por meio de estudos com raios catódicos.

ambiente, misturando-se aos demais gases. Nesse caso, ocor-

reu uma evaporação. No entanto, se o vapor do líquido obtido Eletronegatividade

exercer uma pressão suficiente para empurrar os gases ao seu Mede a tendência relativa de um elemento químico de atrair

redor, dizemos que o líquido está em ebulição. As bolhas se elétrons em uma ligação química. O elemento mais

formam a uma pressão superior à atmosférica. Podemos carac- eletronegativo é o flúor.


terizar a ebulição por uma temperatura, a uma determinada Eletropositividade


pressão, que é uma propriedade da substância. Mede a tendência que possui um elemento químico de repelir

elétrons em uma ligação química. O elemento mais eletropo-


Ebuliometria
sitivo é o frâncio.

Fenômeno de elevação do ponto de ebulição de um líquido pela


Eletroquímica

dissolução de uma substância não-volátil. A elevação produzi-


Ciência que estuda as transformações químicas provocadas

da é diretamente proporcional à massa do soluto.


pela corrente elétrica e a obtenção de energia elétrica através

Elemento
de reações químicas. É utilizada em larga escala na indústria.

É o conjunto dos átomos que apresentam o mesmo número Corresponde ao estudo das pilhas e da eletrólise.

atômico (número de prótons). A maior parte deles possui va-


riedades alotrópicas. Eletrovalência


Ligação entre íons, isto é, átomos que receberam e doaram


Elementos representativos elétrons. O mesmo que ligação iônica.


Elementos pertencentes aos grupos 1, 2 e 13 a 17 da tabela


Emulsão

periódica, com seu subnível s ou p mais externos incompletos.


Consiste de um líquido disperso em outro líquido ou em um

Elementos transurânicos sólido. Ex.: leite homogeneizado e maionese.


Elementos com números atômicos maiores que 92.


Enantiômeros
Ex.:

Isômeros ópticos, pois apresentam todas as propriedades físi-


Np – neptúnio ; Am – amerício cas e químicas iguais e apenas desviam o plano da luz polari-

No – nobélio zada para lados diferentes em ângulos iguais.


Eletrodos Energia atômica


São assim chamados os pólos elétricos de condutores metáli- Denominação dada à produção de energia térmica em reatores

cos. O positivo é chamado ânodo, e o negativo, de cátodo, em nucleares ou usinas atômicas.


um sistema de eletrólise. Energia nuclear


Energia liberada na desintegração do núcleo atômico.


Eletrólise

É toda reação na qual um composto se decompõe sob a ação da Enóis


corrente elétrica. A energia elétrica é necessária, pois a reação São compostos orgânicos que apresentam o grupo hidroxila

não é espontânea. preso a um átomo de carbono de dupla ligação, desde que esse

Eletrólise da água não faça parte de um núcleo benzênico. Ex.:


Consiste na obtenção das substâncias hidrogênio e oxigênio – C = C – OH


por meio de uma corrente elétrica. O hidrogênio desprende-


se no pólo negativo, e o oxigênio, no pólo positivo. Usa-se H


ácido sulfúrico como catalisador. As equações dessa eletrólise


Equação química
são:

É a representação gráfica de um fenômeno químico de forma


padronizada. Ex.:
2H+ + 2e–

H2 (redução)
20H– H2O + ½O2 + 2e– (oxidação)

HCl + NaOH NaCl + H2O


50
Química

Estados de agregação mulante do sistema nervoso e do coração e, em doses maiores,


No estado sólido, o corpo tem volume e forma invariáveis. No produz convulsões e a morte.


estado líquido, o corpo tem volume invariável porém forma


Etanol
indeterminada. No estado gasoso, o corpo tem volume e forma


Pertence à classe dos álcoois e é solúvel em água em qualquer
indeterminados.


proporção, pois tem uma parte polar que estabelece pontes de


Estequiometria hidrogênio com a água.
É assim chamada a parte da química que estuda as quantidades


de substâncias envolvidas nas reações químicas. São as pro-


porções relativas nas quais os elementos formam compostos O pontes de hidrogênio

–=
H3C – C –
ou segundo as quais as substâncias reagem. H


OH...O



Ésteres H


Compostos que têm a fórmula R’COOR, onde R’ pode ser
Éter


hidrogênio, um grupo alquila ou arila, e R é um grupo alquila
Composto orgânico que contém o grupo funcional R-O-R’,


ou arila, mas não hidrogênio. São compostos orgânicos resul-
sendo R e R’ grupos alquila ou arila.


tantes de um ácido carboxílico com álcool, a esterificação. A


reação inversa é chamada hidrólise de ésteres. Evaporação

Estricnina ○
Escape das moléculas da superfície de um líquido pelo
É um alcalóide encontrado no vegetal noz-vômica. É extrema- aumento de sua energia cinética; também se chama vapo-

mente venenoso. Em doses mínimas, é empregado como esti- rização lenta.



F



Família Fórmula centesimal


Conjunto de elementos de uma coluna da tabela periódica. Também chamada percentual. É a fórmula que nos dá a indica-

Recebe essa denominação devido às propriedades semelhantes. ção da participação em massa de cada um dos elementos na

Fermentação
massa total de um composto. Ex.: H1,59% N22,22% O76,19%

Uma forma de respiração anaeróbica que ocorre em certos Fórmula eletrônica


microrganismos, como nas leveduras. Compreende uma série Revela a distribuição dos elétrons de valência de cada átomo.

Ex.: água oxigenada.


de reações bioquímicas através das quais o açúcar é convertido


em etanol e dióxido de carbono. A fermentação da uva produz


¨ .. H
¨ .. O
H .. O

o vinho, em uma primeira etapa, e, em uma segunda etapa, o


¨ ¨

vinagre.

Força de um ácido Fórmula estereoquímica


É assim chamada a intensidade com que um ácido se ioniza. De Mostra o arranjo dos átomos, representando-os no espaço.

acordo com esse critério, podemos classificar os ácidos em São também chamadas de fórmulas estruturais espaciais.

fortes (quando mais de 50% das moléculas se ionizam), fracos


(quando menos de 5% das moléculas se ionizam) ou modera-


dos (quando 5 a 50% das moléculas se ionizam).



Forças intermoleculares

São as que atuam entre as moléculas, sendo somente sensíveis


a distâncias intermoleculares que não sejam maiores que o raio


molecular. São de natureza elétrica, em conseqüência da cons- Fórmula estrutural plana


tituição elétrica dos átomos. Mostra a maneira como os átomos estão unidos na formação da

Formaldeído molécula. Aqui, o arranjo dos átomos é desenvolvido em um


Ou metanal, é um gás incolor freqüentemente usado a 37% plano, e as ligações são representadas por traços.

(M/V) em solução aquosa, chamada formalina. Nessa forma,


ele é germicida, sendo usado como desinfetante, e é também um H H H



preservativo que endurece tecidos.


H–C – C – C – H

Fórmula H H–C–H H

É a representação gráfica da molécula de uma espécie química



simples ou composta. É formada pelos símbolos dos elemen- H


tos que constituem a espécie química e de índices que indicam Fórmula mínima

o número de átomos que participam da molécula. Também chamada empírica. Fornece a proporção atômica com

Ex.: água – H2O. que os elementos se combinam através de números inteiros, os


ácido sulfúrico – H2SO4 menores possíveis. Ex.: (HO)n (CH2O)n


51
Suplemento de Pesquisa e Informação

Fórmula molecular Fusão


Indica o número de átomos de cada elemento presente na É o fenômeno pelo qual a substância passa da fase sólida para


molécula. É também chamada fórmula bruta. Ex.: H2O2; H2SO4; a fase líquida. A fusão de uma substância pode ocorrer em uma


HNO3 temperatura constante, como no caso das substâncias puras ou


das misturas eutéticas, ou em uma faixa de temperatura, quando


Fosfolipídios
é uma mistura.


São lipídios complexos que apresentam resíduo de ácido


fosfórico. Fusão fracionada


Fosfoproteínas Processo utilizado na separação de mistura de dois ou mais


São proteínas associadas a compostos de fósforo. Ex.: caseína sólidos com pontos de fusão relativamente distintos. O esta-


do leite. nho geralmente é impurificado pelo chumbo, antimônio e fer-


ro. Para purificá-lo, usa-se a fusão fracionada, pois os pontos
Freon


de fusão dos outros metais são bem distintos. Veja: Sn-231 °C;
Obtido a partir do tetracloreto de carbono. É amplamente


Pb – 327°C; Sb – 63°C; Fe – 1500°C.
usado como gás refrigerante nos refrigeradores, por apresen-


tar alta estabilidade e não ser tóxico. É utilizado também como Fusão nuclear


agente dispersante nos inseticidas e corantes. Conhecido tam- Combinação de núcleos pequenos para formar núcleos maio-


bém como gás de geladeira. É um dos clorofluorcarbonos. res. Esse processo explica o funcionamento da bomba de hi-

Fulereno ○
drogênio e a formação de gás hélio no Sol, a partir de dois
É uma variedade alotrópica do carbono, também chamado de átomos de hidrogênio.

Buckminsterfullerene ou Buckyball (C 60), representado por


uma esfera de 60 átomos de carbono distribuídos em 12


1
H + 1H 2He
pentágonos e 20 hexágonos, semelhante a uma bola de futebol.


G


Gás também nas indústrias petroquímicas, para a obtenção de adu-


bos. É constituído principalmente por metano (85%), etano


Palavra usada para designar as substâncias que ocorrem no


(10%), propano (3%) e butano.

estado gasoso. Nesse estado, as interações intermoleculares


são mínimas. Ex.: gás oxigênio, gás amoníaco, gás de geladeira Gás real

ou freon. Suas moléculas ocupam um volume finito; há pequenas forças


Gás de rua entre as moléculas e, em gases poliatômicos, as colisões são até


É proveniente da destilação seca da hulha. É uma mistura ga- certo ponto inelásticas.

sosa que possui até 30% de metano, 40% de hidrogênio e


Gases nobres
monóxido de carbono (CO), o que o torna tóxico. É também

Sãoelementos não-metálicos do grupo 18 (He, Ne, Ar, Xe e


chamado de gás de iluminação.

Rn). Com exceção do hélio, todos apresentam oito elétrons no


Gás dos pântanos último nível, o mais externo. São quimicamente inertes porque

É assim chamado o metano que aparece em alguns pântanos. É não possuem tendência de perder, ganhar ou compartilhar

o produto final da fermentação anaeróbica (ausência de oxigê- elétrons com outros elementos por meio de reações químicas.

nio do ar) da celulose da madeira e da matéria orgânica, sob a Atualmente, são conhecidos alguns compostos desses elemen-

ação de microrganismos. tos como XeF6, sintetizados em laboratório. Hélio – ocorre na


Gás grisu atmosfera em pequenas quantidades. Aparece também no Sol e


é empregado para encher balões e dirigíveis. Neônio – quan-


É o metano que ocorre nas minas de carvão e, com o oxigênio

tidade na atmosfera: 0,002%. Obtido juntamente com os de-


do ar, constitui uma mistura explosiva.

mais gases nobres por destilação fracionada do ar líquido.


Gás ideal Argônio – quantidade na atmosfera: 1% aproximadamente.


Esse gás apresentaria moléculas com volume desprezível, Usado nas lâmpadas incandescentes. Criptônio, xenônio e

interações também desprezíveis e as colisões entre as moléculas radônio – os dois primeiros ocorrem no ar em quantidades

seriam perfeitamente elásticas. extremamente pequenas. O radônio, proveniente do rádio, é


Gás liquefeito do petróleo utilizado no tratamento do câncer.


São vários gases de petróleo, principalmente propano e butano, Gel


os quais quando armazenados sob pressão, como líquidos,


É uma dispersão de sólido em líquido. A quantidade de sólido


podem ser usados como combustível para motores.

é bem maior e pode ser obtida por evaporação do líquido.


Gás natural Ex.: geléias e gelatina.


Mistura de gases na qual predomina o metano, sendo extraído Glicerídeos


do solo, principalmente em regiões petrolíferas. É utilizado São os lipídios simples que apresentam resíduos de glicerina.

como combustível, devido ao fato de ser inflamável. É usado Ex.: gorduras e óleos.

52
Química

Glicerol Grafita ou grafite


Também chamado glicerina ou propanotriol. É constituinte Variedade alotrópica do carbono. É cristalina, negra, brilhante


fundamental de óleos e gorduras. É um líquido espesso de e boa condutora de calor e corrente elétrica. A grafita é utilizada


sabor adocicado, incolor, não-inflamável. Tratado pelo ácido na fabricação de eletrodos, como substância refratária, na obten-


nítrico, dá origem à nitroglicerina. Utilizado na manufatura do ção de moldes, como lubrificante, na confecção de lápis etc.


papel celofane, do tabaco, de produtos farmacêuticos etc.


Grau alcoólico ou teor alcóolico


Gorduras É a percentagem de álcool em uma mistura de álcool e água.


São glicerídeos, isto é, apresentam resíduos de glicerina. Subs- Guaiacol


tâncias pastosas, insolúveis na água e de baixo ponto de fusão. Composto orgânico usado na fabricação de medicamentos,


São de origem animal ou vegetal. Usadas na alimentação. como analgésicos, para tratamento da bronquite etc.



H




Heteroátomo Hidrocarbonetos insaturados

É o átomo diferente do carbono, que aparece intercalado em ○
Hidrocarbonetos que contêm ligações duplas ou triplas entre
uma cadeia carbônica. átomos de carbono.

– C – CH
HC – C –


C–O–C–C Hidrocarbonetos saturados


Hidrocarbonetos que contêm somente ligações covalentes simples.


heteroátomo

H H
Hidrácidos



São assim chamados os ácidos não-oxigenados. Ex.: HBr, H2S, H3C – C – C – CH3



HCN, HCl etc.

H H

Hidretos Hidrofílico

São compostos binários de hidrogênio e metal. Ex.: NaH – Substância que é atraída pela água ou tem atração por ela.

hidreto de sódio. Os hidretos reagem com a água desprenden-


do H2 e fornecendo o hidróxido do metal correspondente. Hidrofóbico


Substância que sofre repulsão quando em contato com a água.


Hidrocarbonetos

Compostos constituídos somente por carbono e hidrogênio. Higroscópico


Substânica que absorve água do ar.


Hipótese de Avogadro

benzeno
“Volumes iguais de quaisquer gases, medidos nas mesmas

condições de temperatura e pressão, encerram o mesmo núme-


Hidrocarbonetos alifáticos ro de moléculas”.

Hidrocarbonetos que não contêm o grupo benzênico ou anel


benzênico. Hulha

É um carvão de pedra que apresenta uma porcentagem de car-


NaH + H2O NaOH + ½H2 bono entre 80 e 85%. Abaixo desse intervalo, temos a linhita,

e, acima, o antracito. A hulha é resultado da decomposição


Hidrocarbonetos aromáticos gradual dos tecidos vegetais durante eras geológicas, nas quais

São caracterizados pela presença do anel benzênico, isto é, seis a pressão, temperatura e ausência de ar contribuíram para o

átomos de carbono constituindo um ciclo e trocando processo de fossilização. A destilação da hulha dá origem ao

alternadamente uma simples e uma dupla ligação. gás de iluminação e ao alcatrão.




I


Indicadores

São substâncias que têm a propriedade de mudar de cor com a


mudança de meio. Usualmente de origem natural, apresentam


cores diferentes em meios ácidos ou básicos.A seguir, estão as


cores dos indicadores nesses meios:




No .

53
Suplemento de Pesquisa e Informação

Íon Isomeria funcional


Partícula carregada que se forma quando um átomo neutro ou É o caso de isomeria plana em que os isômeros não pertencem


um conjunto de átomos ganha ou perde um ou mais elétrons. à mesma função química.



Ionização
H3C – C – OH H3C – O – CH3


É o processo de produção de íons em solução, reação ou quan- H2


do átomos ou moléculas recebem energia.


Isóbaros Isomeria óptica


São dois ou mais átomos que possuem o mesmo número de É assim chamada a isomeria cujos isômeros são identificados


massa, mas números atômicos diferentes. por meio do fenômeno da polarização da luz.



Isomeria plana
14 14


N C Abrange todos os casos em que os isômeros são identificados
7 6


através das fórmulas estruturais planas, as quais, por desenvol-


verem-se em um plano, não correspondem à realidade, pois a
Isoeletrônicos


molécula se desenvolve sempre no espaço.
São íons ou átomos que possuem o mesmo número de elé-


trons, e, portanto, têm a mesma configuração eletrônica no Isômeros

estado-padrão. ○
Compostos químicos que têm a mesma fórmula molecular,
mas diferente estrutura molecular ou diferentes arranjos dos

Isomeria átomos no espaço.


Propriedade que possuem determinados compostos de apre-


Isômeros geométricos

sentar a mesma fórmula centesimal, empírica, molecular ou


Compostos com o mesmo tipo e número de átomos e iguais

plana e possuír propriedades físicas diferentes. As proprieda-


ligações químicas, mas diferentes distribuições espaciais de

des químicas geralmente são diferentes, pois as disposições


seus átomos.

dos átomos nas moléculas são diferentes.


a a a b

H H H H C=C C=C



H–C–C–O H–C–O–C–H b b b a



isômeros geométricos
H H H H

Isômeros ópticos

Isomeria da posição Compostos que apresentam assimetria molecular; ocorre


É o caso de isomeria plana em que os isômeros pertencem à quando o composto apresenta carbono assimétrico.

mesma função, possuem o mesmo tipo de cadeia carbônica,


porém diferem na posição relativa de um determinado grupo


a
preso à cadeia e que pode ser o grupo funcional.

b–C–d

C – C – C – OH C–C–C c

OH Isômeros planos

Moléculas que têm a mesma fórmula molecular, mas diferentes


Isomeria de cadeia
fórmulas estruturais.

É o caso de isomeria plana em que os isômeros pertencem à


mesma função química, diferindo, porém, quanto ao tipo de Isonitrilas


cadeia carbônica. São compostos orgânicos nitrogenados que apresentam um


grupo alquila ou arila substituindo o átomo de hidrogênio da


C=C–C molécula do isocianeto de hidrogênio.



Isomeria de compensação R–C N


Também chamada de metameria. É um caso particular de


Isótonos
isomeria de posição, em que se toma como referência a posição

relativa de um heteroátomo ou uma insaturação de cadeia. São átomos que possuem o mesmo número de nêutrons,

porém diferem no número de massa. Ex.: Boro e carbono


C =C–C–C C–C=C–C possuem 6 nêutrons.


Isótopos

Isomeria espacial Átomos do mesmo elemento que diferem uns dos outros por

Também chamada de estereoisomeria, abrange os casos de apresentar massas diferentes. Essa diferença reside no núme-

isomeria que só podem ser esclarecidos através das fórmulas ro de nêutrons, pois o número de prótons é igual. Ex.: o

estruturais espaciais, sendo insuficientes, para isso, as fórmu- hidrogênio possui 3 isótopos: 11H, 21H e 31H. O urânio 235

las estruturais planas. Pode ser dividida em isomeria geométri- é utilizado como fonte de energia nos reatores e nas bombas

ca e isomeria óptica. atômicas.


54
Química

Isótopos radioativos to bombardeado. O isótopo obtido é radioativo e possui apli-


Ao bombardear o núcleo dos átomos com nêutrons, algumas cações na medicina, agricultura etc.


das partículas são captadas, obtendo-se um isótopo de elemen-




K




Kekulè Von Stradonitz, Freidrich August tarde como valência. Ele também descobriu que os átomos


(1829-1896) de carbono poderiam ligar-se entre si, o que representou


Químico alemão, autor da teoria do número de “ganchos” uma grande contribuição para a explicação da existência das


de um elemento formador de uma molécula, conhecida mais substâncias.




L



Lei da Conservação das Massas ○
Levigação
ou Lei de Lavoisier Processo empregado na separação de uma mistura de dois

Em um sistema fechado, a massa permanece constante “qual- sólidos por meio de uma corrente de água. A levigação é usada

quer que seja o fenômeno que se verifique no seu interior. Em na obtenção de ouro a partir da “areia aurífera”. Essa separação

uma reação química, a massa total dos reagentes é igual à massa é facilitada pela diferença de densidade entre o ouro (17 g/cm3)

e a areia (2,5 g/cm3).


total dos produtos”.


Liga

Lei das proporções definidas ou Lei de Proust


Uma mistura de um metal com quantidades determinadas de

“Amostras diferentes do mesmo composto contêm sempre outros metais ou ametais, misturados quando todos estão fun-

seus elementos constituintes nas mesmas proporções em didos. O bronze é uma liga de cobre e estanho, enquanto o aço

massa. Ex.: quando o hidrogênio e o oxigênio se combi- é uma liga de carbono e ferro.

nam, produzindo água, o fazem na proporção de 1 para 8,


Liga à base de ferro-carbono


em massa”.

A adição de outros metais às ligas ferro-carbono produz aços


Lei de Avogadro especiais. Ex.: aço-níquel (invar, muito usado na fabricação de


“À pressão e temperatura constantes, o volume de um gás é dire- cronômetros); platinite (46% níquel, usado em solda); aço-

tamente proporcional ao número de moles do gás presente”. cromo (usado em peças de relógios, na fabricação de eixos de

veículos a motor); aço inoxidável (contém 84% de ferro, 13%


Lei de Boyle-Mariotte de crômio e 1% de níquel).


“Mantidas constantes a temperatura e a massa de um gás, a Ligação coordenada dativa


variação do volume acarreta uma variação de pressão, de tal É uma ligação covalente, na qual o par eletrônico é contribui-

modo que o produto da pressão pelo volume é constante. ção de apenas um dos dois não-metais.

PV = constante, sendo T e massa constantes”.


O=S O
Lei de Charles

“À pressão constante, o volume de uma determinada quantida-


Ligação covalente
de de gás é diretamente proporcional à temperatura absoluta”.

Ligação onde os átomos compartilham elétrons.


Lei de Dalton .. .. ..

Também chamada lei das proporções múltiplas. “Quando duas .. .. ..


substâncias se combinam para formar diversos compostos, se


a quantidade de uma delas permanece fixa, a quantidade de Ligação covalente apolar


outra varia segundo uma relação simples”. Ocorre entre dois átomos de um mesmo não-metal, através de

um ou mais pares eletrônicos. Os átomos compartilham elé-


Lei de Dalton das pressões parciais


trons, formando pares eletrônicos.

“A pressão total de mistura gasosa é igual à soma das pressões


parciais dos componentes”. H..H


Lei de Gay-Lussac

Ligação covalente polar


Também chamada de lei dos volumes de combinação. “Há uma


É a ligação covalente estabelecida entre dois átomos cujas ele-

relação constante entre os volumes de gases que se combinam tronegatividades são diferentes.

e o volume do gás resultante”.


S+ . S .
-

N2 + O 2 2NO H . . Cl
..

1V 1V 2V ..

55
Suplemento de Pesquisa e Informação

Ligação iônica plexos encerram também nitrogênio, fósforo ou enxofre. São


Força eletrostática que mantém os íons unidos em um compos- formados por diferentes tipos de moléculas encontradas nas


to iônico. plantas e nos animais e que se dissolvem em solventes orgâni-


cos não-polares, como éter, clorofórmio, benzeno e alcanos.


Na+ Cl-


Liquefação



Ligação metálica


É a ligação que se estabelece entre átomos de metais. O que une


os átomos é a deslocalização dos elétrons, segundo a “Teoria


do Mar de Elétrons”.


Ligações atômicas


Ocorre quando os átomos se unem, procurando alcançar a


estabilidade de um gás nobre. As ligações podem ser: iônicas,


covalentes e metálicas. É a conversão de uma substância gasosa para o estado líquido.


Ligas Esta transformação se realiza com resfriamento e/ou compres-


Substâncias que contêm mais de um metal ou, em certos casos, são do gás. Grandes quantidades de gases liquefeitos são usa-
um metal e um ou mais elementos não-metálicos. As ligas clas- ○
○ dos hoje em dia comercialmente, especialmente o gás liquefeito
sificam-se de acordo com o metal que lhes serve de base. de petróleo (GLP) e o gás natural liquefeito.

Ligas de alumínio Luminescência


São bastante utilizadas. A de alumínio com silício é empregada A emissão de luz por uma substância por qualquer razão sem

em fundição. As ligas forjadas de alumínio, contendo cerca de que seja o aumento da sua temperatura. Em geral, os átomos

4% de cobre, 0,6% de magnésio e mais 1% de silício formam de substâncias emitem fótons de energia eletromagnética quan-

o duralumínio, de grande aplicação. do transitam ao estado fundamental depois de terem estado em


Ligas de chumbo e estanho um estado excitado.


A mais conhecida dessas ligas é a solda, que usualmente contém Luz monocromática

de 40 a 50% de estanho. É a luz que contém somente uma cor ou é formada por um só

comprimento de onda.

Ligas de cobre

São ligas de grande importância. O cobre, juntamente com o Luz polarizada em um plano

zinco, forma o latão. Os bronzes são ligas de cobre e estanho. É a luz em que os componentes do campo elétrico e magnético

Ligas de ferro estão em planos específicos.


Nesse grupo, está incluído o aço. São as mais importantes ligas


sob o ponto de vista do volume de consumo. As ligas de ferro-


silício são usadas para núcleos de transformadores, e as de


ferro com outros metais são usadas na fabricação de ímãs.



Lipídios

São substâncias que, por hidrólise, fornecem ácidos carbo-


xílicos superiores. A função mais importante dos lipídios é


proteger o organismo das oscilações de temperatura. Os


lipídios são divididos em simples e complexos. Os primeiros


apresentam apenas carbono, hidrogênio e oxigênio. Os com-



M



Macromolécula Massa crítica


Qualquer molécula com uma massa molecular relativa maior É a quantidade exata de material radioativo capaz de manter a

que cerca de 10 000. reação nuclear espontânea em cadeia.


Marcador

Massa molar
Pequena quantidade de material radioativo adicionada a deter-

Corresponde à massa de 1 mol de átomos, moléculas ou íons.


minada substância, para que seja descoberto seu mecanismo de

reação. Ex.: deutério, carbono-14. Um mol contém 6,02 . 1023 unidades. A unidade usada é o

grama/mol.

Massa atômica

Massa de um átomo em unidades de massa atômica. A massa Massa molar de um composto


atômica da tabela periódica é obtida a partir da média ponde- Massa, em gramas ou quilogramas, de um mol do

rada dos isótopos de elemento. composto.


56
Química

Massa molecular Método científico


É a massa de uma molécula ou composto iônico. É obtida pela Um enfoque sistemático de uma investigação.


soma das massas de todos os átomos que a compõem.


Mineral


Uma substância que ocorre naturalmente, tem uma composição


H 2O H–1x 2= 2+
química característica e, em geral, uma estrutura cristalina.


O – 1 x 16 = 16 Minério


18 Material de um depósito mineral em forma suficientemente


concentrada para permitir a recuperação do metal desejado.


Matéria Esse metal geralmente está ligados a atomos de oxigênio.


É tudo que ocupa espaço e possui massa. Ex.: água, ar atmos-


férico etc. Miscibilidade


Dizemos que dois líquidos são totalmente miscíveis quando


Membrana semipermeável formam entre si misturas homogêneas em quaisquer propor-


Membrana que permite a passagem de moléculas de solventes ções. Ex.: álcool e água. Dois líquidos são imiscíveis quando


em uma solução, mas não de soluto. suas misturas são sempre heterogêneas. Ex.: mercúrio e água.


Metais Mistura

Elementos químicos que geralmente apresentam de 1 a 3 elé- ○
É a reunião de duas ou mais substâncias que conservam suas
trons no último nível eletrônico. Caracterizam-se por apre- identidades e podem ser separadas através de processos físicos.

sentar “brilho metálico” nas partes recentemente cortadas, ser Ex.: a mistura de limalha de ferro e pó de enxofre.

bons condutores de corrente elétrica e calor, dúcteis e maleáveis.


Ex.: cobre, zinco, prata, ouro, mercúrio etc. Mistura heterogênea


É uma mistura em que os componentes permanecem fisica-


Metais alcalinos mente separados, ou seja, apresentam mais de uma fase. Ex.:

São os integrantes da família 1 na tabela periódica, representada água e óleo.


pelos elementos lítio (Li), sódio (Na), potássio (K), rubídio


(Rb), césio (Cs) e frâncio (Fr). Mistura homogênea


Depois de uma agitação, a composição da mistura é a mesma


Metais alcalino-terrosos

em toda a sua extensão, ou seja, apresenta apenas uma fase. É


A família 2 da tabela periódica, representada pelos elementos:

a mistura que apresenta as mesmas propriedades em todos os


berílio (Be), magnésio (Mg), cálcio (Ca), estrôncio (Sr), bário

pontos.

(Ba) e rádio (Ra).


Mistura racêmica

Metais de transição Mistura equimolar de dois enantiômeros. Ela é ópticamente ina-


São os metais do grupo 3 ao grupo 12 que possuem elementos tiva, ao contrário de cada um dos estereoisômeros separados.

formadores de materiais fortes e duros, que são bons condu-


tores de calor e eletricidade e têm pontos de ebulição e de fusão Mol


muito elevados. Compostos coloridos, paramagnéticos e bons Quantidade de substância que contém tantas entidades elemen-

catalisadores. tares, átomos, moléculas ou outras partículas, quantos átomos


existem em 12 gramas do isótopo do carbono-12.


Metalóides
Molaridade

São elementos que apresentam algumas características semelhantes


É o número de mols do soluto dissolvido em um litro da

às dos metais. Ex.: arsênio, boro, silício, antimônio, germânio etc.


solução.

Metalurgia

É a ciência e a tecnologia de separação dos metais a partir de seus


minerais. M – molaridade

n1 n1 – número de mols do soluto


Metano M=
V – volume da solução

É o único hidrocarboneto com um átomo de carbono, sendo v


também chamado gás dos pântanos. Foi descoberto pelo cien-


tista italiano Alessandro Volta (1745-1827). É encontrado Molécula


também nas minas de carvão e nos aterros sanitários. Agregado de pelo menos dois átomos, com uma fórmula de-

finida, que se mantêm unidos através de ligação covalente.


Metilação

Monômero

Uma reação química na qual um grupo metil (CH3 —) é intro-


Uma molécula ou composto que se junta a outros para formar

duzido em uma molécula. Um exemplo particular é a substitui-


um dímero, trímero ou polímero.

ção de um átomo de hidrogênio por um grupo metil.


Mor fina

+ CH3 É um alcalóide presente no ópio. É inodoro e apresenta sa-


C–C–C C–C–C bor amargo. Possui propriedades soporíferas e calmantes,


–H sendo ministrada em casos de dores. Causa dependência fí-


H CH3 sica e psíquica extremas.


57
Suplemento de Pesquisa e Informação

Mudanças de estado


Desde que não se decomponham nas altas temperaturas, todas


as substâncias podem existir nas três fases ou estados (sólido,


líquido e gasoso), sob condições adequadas de pressão e tem-


peratura. As transições de uma fase para outra são acompanha-


das de absorção ou liberação de calor e, em geral, por uma


variação de volume. Essas transições são denominadas mudan-


ças de estado.







N



Não-metais Nitroderivados

São elementos químicos que possuem geralmente de 5 a 7 elé- ○
São compostos orgânicos nitrogenados que apresentam a fór-
trons no último nível energético. Normalmente são maus con- mula geral. O radical funcional —NO2 é chamado nitro. Esses

dutores de eletricidade e calor. Ex.: cloro, fósforo e enxofre. compostos também são chamados de nitrocompostos.

Neopreno

Denominação dada à borracha sintética, ou elastômero, obtida


R – NO2

em 1931, nos Estados Unidos, como resultado da polimeriza-


ção do cloropreno.

Neutrino
Nitroglicerina

Partícula nuclear neutra de massa menor que a do elétron. Por


Substância que é obtida por esterificação do glicerol com ácido

serem neutros e quase desprovidos de massa, uma radiação de


nítrico concentrado. A reação ocorre na presença do ácido

neutrinos possui extraordinário poder de penetração, pois não


sulfúrico. Ao menor choque, a nitroglicerina é detonada vio-

são atraídos ou repelidos pelos elétrons ou núcleos dos áto-


lentamente. É empregada na fabricação de dinamite.

mos. São subprodutos das emissões radioativas beta.


Nêutron Nox ou número de oxidação


Um dos constituintes básicos de todos os núcleos atômicos. Carga real ou aparente de um átomo.

Os nêutrons liberados no processo de cisão adquirem alta ve- Núcleo


locidade. Nessas condições, podem provocar a cisão de outros Porção central do átomo, carregada positivamente e constitu-

núcleos, iniciando uma reação em cadeia. ída por prótons e nêutrons.


Nicotina

Número atômico
É o alcalóide encontrado no tabaco (Nicotina tabacum). É um

líquido oleoso, amarelado e solúvel no álcool. Pode causar É assim denominado o número de prótons encontrados no

dependência. núcleo do átomo. Servem para identificá-lo.


Nitrato Número de Avogadro


Refere-se ao ânion NO3. Forma sais solúveis quando ligado a É o número de átomos existentes na massa molar de qualquer

cátions como o salitre: (KNO3). Na prática, todos os nitratos elemento ou o número de moléculas existentes na massa molar

são solúveis. de qualquer substância. Seu valor é 6,02 3 1023.



Nitrilas Número de massa


São compostos orgânicos nitrogenados derivados do cianeto É o nome dado à soma do número de prótons e de nêutrons de

de hidrogênio (gás cianídrico) pela substituição do átomo de um átomo ou íon.


hidrogênio por um grupo alquila ou arila. São também cha- Nylon


mados cianetos orgânicos.

Fibra sintética resultante da condensação entre o ácido


Ex: CH3 – C N
hexanodióico e ahexanodiamina – 1,6. É um plástico de alta

O grupo funcional —CN é chamado ciano. resistência ao desgaste, ao impacto e a trações.




O


Óleo insaturados. As plantas naturais e os óleos animais ou são


Qualquer dos vários líquidos viscosos que são misturas voláteis de ésteres simples ou são glicerídeos

geralmente imiscíveis com água. São ésteres de de ácidos graxos. Os óleos minerais são misturas de

glicerina, com predominância de ácidos superiores hidrocarbonetos. Ex.: petróleo.


58
Química

Óleo de algodão cam-se em básicos, ácidos ou anidridos, salinos, anfóteros,


Extraído do caroço de algodão. Largamente utilizado na peróxidos e neutros.


alimentação.


Oxiácidos


Óleo de dendê Ácidos que contêm hidrogênio, oxigênio e outro elemento


Extraído dos frutos da palmeira dendê, sendo usado na central. Ex.: H2SO4 – ácido sulfúrico. HNO3 – ácido nítrico.


alimentação. Oxidação


Óleo de fígado de bacalhau Processo de perda de elétrons que transforma, por exemplo, os


Extraído dos fígados frescos do bacalhau. Tem alto valor metais em cátions. É usado como sinônimo de corrosão.


nutricional, pois contém vitamina A. Óxido anfótero


Óleo de linhaça Óxido que apresenta tanto propriedades ácidas como básicas.


Retirado do linho. Empregado na pintura de paredes de Reagem com a água, fornecendo hidróxidos.


alvenaria e peças de madeira. Ex.: ZnO + H2O → Zn (OH)2


Reagem com os ácidos, funcionando como bases.


Óleo de oiticica
Ex.: ZnO + H2O → H2ZnO2


Óleo secativo de grande emprego, extraído de sementes de fru-
Formam sais, reagindo com ácidos ou bases.


tas das plantas da família das rosáceas.
Ex.: ZnO + 2HCl → ZnCl2 + H2O
○ ZnO + 2NaOH → Na2ZnO2 + H2O
Óleo de rícino ○

Retirado de semente da mamona. Tem emprego em medicina


como purgativo, sendo usado também na fabricação de tintas. Óxido-redução


Na reação:
Óleo de tungue

Óleo secativo. É extraído do tungue, planta da família das 4Fe + 3O2 2Fe2O3

Euforbiáceas. 0 -2 +3 –2

oxidação

Óleos secativos
redução

São óleos que, em contato com o ar, sofrem oxidação e polime-


rização e, se aplicados sobre superfícies, constituem películas pode-se verificar que o número de oxidação do ferro aumenta

finas e transparentes. Por esse motivo, são usados na fabricação de zero para +3, e o número de oxidação do oxigênio diminui

de vernizes. de zero a -2. Essa reação é chamada de óxido-redução ou redox.


Orgânica (química) Óxidos neutros


É a parte da química que estuda os compostos de carbono. São os que possuem caráter neutro, não reagindo com a água

Organometálicos nem com ácidos ou bases.Nesse grupo, pode ser incluída a


São compostos orgânicos que apresentam um metal preso di- água. Também são chamados indiferentes ou inertes.

retamente ao átomo de carbono. Dentre os metais, destacam-


Óxidos salinos
se o magnésio, o zinco, o chumbo e os alcalinos.

Também são chamados óxidos duplos. São dois tipos de óxidos


Osmose do mesmo elemento que formam uma só substância.


Movimento das moléculas de um solvente, através de uma mem- Ozona, Ozônio ou Ozone

brana semipermeável, na direção da solução mais concentrada, Gás de cheiro forte e desagradável, extremamente instável, de

isto é, da solução hipotônica para a solução hipertônica, até forma molecular O3 e que ocorre nas camadas altas da atmos-

que se tornem isotônicas. fera, devido à transformação do oxigênio por ação dos raios

Óxido ultravioleta. Entre várias aplicações, é usado como bactericida,


São assim chamados os compostos binários oxigenados nos na purificação da água; oxidante, para branquear óleos, mar-

quais o oxigênio é o elemento mais eletronegativo. Classifi- fim, polpa de papel; desodorizante etc.

P



Par tes por milhão Petróleo


São muito úteis em medidas ambientais, nas quais concentra- É um óleo que ocorre naturalmente, constituído principal-

mente por hidrocarbonetos com alguns outros elementos,


ções extremamente pequenas de poluentes podem ser signifi-


cativas. Uma parte por milhão (1 ppm) significa, por exemplo, como enxofre, oxigênio e nitrogênio. Em sua forma não-refi-

um miligrama (1 mg) de uma substância misturada em um nada, o petróleo é conhecido como óleo cru. Mistura complexa

quilograma (1 kg) de outra substância. de hidrocarbonetos que, associada a pequenas quantidades de


nitrogênio, oxigênio e enxofre, é encontrada nas rochas sob


Peróxidos forma de gás, líquido, semi-sólido ou sólido. Nos poços pe-


Reagem com os ácidos liberando gás oxigênio. O número de trolíferos, encontramos também água salgada e uma mistura

oxidação do oxigênio é –1. gasosa, em que predomina o metano. Essa mistura, que é sub-

Ex.:2Na2O2 + 4HCl → 4NaCl + 2H2O + O2 metida a forte pressão, é responsável pela ascensão do petróleo

59
Suplemento de Pesquisa e Informação

durante o processo de perfuração. Com o advento do automó- toda ligação entre moléculas iguais, resultando um único com-


vel, sua importância tornou-se incalculável, sendo hoje utili- posto. A substância reagente é chamada monômero, e o produto,


zado para inúmeros fins. Nas refinarias, o petróleo é subme- polímero. Ex.: Duas moléculas de acetileno, em presença de


tido a uma destilação fracionada, a fim de que seus constitu- catalisadores, produzem uma molécula de vinilacetileno.


intes sejam separados em grupos. Os subprodutos são para-


fina e vaselina. Nessa destilação são encontrados os seguintes


componentes: H2C = C – C CH


H


Faixa de temperatura (ºC) Nome da fração


20 – 60 ºC éter de petróleo


60 – 90 ºC benzina Polímero


90 – 120 ºC nafta Molécula grande que é formada pela união de moléculas meno-


40 – 200 ºC gasolina res – unidades chamadas monômeros – através de uma reação


denominada polimerização.


150 – 300 ºC querosene


250 – 500 ºC gasóleo Ponto de ebulição


> 400 ºC óleos lubrificantes Temperatura na qual a pressão de vapor de um líquido se iguala

resíduos asfalto, piche e coque ○
à pressão atmosférica externa.
Ponto de fusão

Existem várias teorias sobre a origem do petróleo. Uma das


Temperatura em que um sólido cristalino se funde quando se

mais aceitas é a de que restos animais e vegetais, destacando-se


lhe é fornecido calor, à pressão atmosférica.

os microrganismos do plâncton, o compõem.


pH Potencial padrão de oxidação


É uma escala de medição do caráter ácido de um líquido ou de Voltagem medida quando ocorre uma oxidação em um eletro-

uma mistura de dois ou mais líquidos. Como padrão, é tomado do, e todos os solutos estão com concentração igual a 1 molar

o pH da água pura a 25 °C, que é igual a 7, que corresponde e os gases, a 1 atm e 25 oC. O potencial é obtido com referên-

às substâncias neutras.A faixa ácida fica compreendida entre 0 cia ao eletrodo de hidrogênio.

e 6,9. A faixa básica fica entre 7,1 e 14.


Precipitado
pH = –log [H+], onde [H+] é a concentração em mol/L de íons H+.

Uma suspensão de pequenas partículas sólidas produzidas em


um líquido por reação química. Devido à densidade, possui a


tendência de se depositar no fundo do recipiente da reação.


Pressão atmosférica

É a força que a atmosfera exerce sobre a superfície de todos os



corpos que nela se encontram.


Pressão parcial

É definida como a pressão que um componente de uma mistura


gasosa exerceria se, sozinho, ocupasse o volume total da mis-


Pilhas
tura, à mesma temperatura.

Dentre os geradores, a pilha é a mais usada, pois funciona


como um gerador de corrente elétrica pela transformação de Processo endotérmico


energia química em elétrica. Nas pilhas e nos acumuladores, a Processo que absorve calor do meio externo.

energia elétrica é produzida por meio de reações químicas.


Processo exotérmico

Quando uma pilha ou um acumulador está em funcionamento,


Processo que libera calor para o meio externo.

sua composição química está se modificando, devido às reações


que estão ocorrendo. O desgaste da pilha deve-se ao consumo Produto


dos reagentes. Caso as reações sejam reversíveis, a pilha pode Substância que se forma como o resultado de uma reação

ser carregada com energia elétrica. química.


Plutônio

Propriedade química
Elemento de número 94, que pode ser produzido pela irradi-

Qualquer propriedade de uma substância que não pode ser


ação do urânio com partículas nucleares. É um produto

fissionável. estudada sem ocorrer a transformação de uma substância em


outra.

Polietileno
Propriedades macroscópicas

É um polímero de adição produzido a partir do etileno, que


São aquelas que podem ser medidas de forma direta, sem a

produz tubos macios, flexíveis e quimicamente resistentes usa-


ajuda de instrumentos.

dos para terapia endovenosa e em cateteres para uso prolongado.


Polimeria Propriedades microscópicas


Ocorre quando dois ou mais compostos possuem a mesma fór- São as que não podem ser medidas diretamente sem a ajuda de

mula mínima, porém com fórmulas moleculares múltiplas. É um microscópio ou outro instrumento especial.

60
Química

Proteína As proteínas contêm carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogê-


São compostos orgânicos complexos, de massas moleculares nio, e a maioria contêm também enxofre. Estão em constante


elevadas, sintetizadas pelos organismos vivos e de grande im- transformação, desempenhando papel na regeneração dos teci-


portância biológica. dos. Uma de suas características é a de, ao serem tratadas por



ácidos, sofrerem denaturação.


Próton


É um dos constituintes básicos da estrutura do núcleo do áto-


mo, juntamente com os nêutrons. Apresenta carga elétrica


positiva e tem massa aproximadamente igual à do nêutron. A


massa do próton é 1 840 vezes maior que a massa do elétron.



Próton


Partícula subatômica que tem uma carga elétrica unitária


positiva.


Insulina, que contém pontes de enxofre



Q


Quilate Quiral

Uma medida da pureza do ouro (Au). O ouro puro é descrito Compostos ou íons cujas imagens opostas são sobreponíveis.

como ouro de 24 quilates. O ouro de 14 quilates contém 14


partes em 24 de ouro, sendo o restante normalmente cobre


(Cu). É utilizado também na avaliação do tamanho de um


diamante. Nesse caso, 1 quilate equivale a 250miligramas


Química orgânica

Ramo da química que estuda os compostos do carbono.


Quimioluminescência

É a emissão de luz (luminescência) por uma reação química,


como a oxidação lenta do fósforo.



Quinina

Alcalóide encontrado na casca da quina. É sólido, branco,


inodoro, de sabor amargo. Empregado na cura da malária.




R



Radiação Sempre que o núcleo emitir partículas alfa ou beta, o átomo da


Emissão e transmissão de energia em forma de ondas através substância radioativa se transformar em átomo de um novo

do espaço. elemento. Isso ocorre com o núcleo do elemento rádio, que, ao


Radicais perder uma partícula alfa, se transforma em núcleo de radônio.


São átomos ou grupos de átomos que possuem uma ou mais


Raios alfa
valências livres. Qualquer fragmento de uma molécula que con-

Radiação energética não-penetrante, emitida por núcleos radio-


tenha um elétron desemparelhado. Os radicais não ocorrem

ativos pesados. Uma partícula alfa consiste em dois nêutrons e


em liberdade, a não ser por intervalo de tempo infinitamente

dois prótons, sendo, portanto, idêntica ao hélio comum. Na


pequeno.

verdade, são íons de hélio com carga positiva +2.


Radioatividade
Raios beta

Ruptura espontânea de um átomo por emissão de partículas e/


Elétrons ou posítrons de grande energia, emitidos por quase

ou radiação. Fenômeno que consiste na desintegração espon-


todos os núcleos radioativos. A radiação beta transforma um

tânea dos átomos das substâncias chamadas radioativas, provo-


nêutron em próton, elétron e neutrino.

cando a formação de elementos distintos dos produtos.


Radioatividade natural Raios catódicos


Todo elemento radioativo natural emite normalmente partícu- É o nome que recebe a grande quantidade de elétrons obtida na

las alfa e beta. Às vezes, pode emitir também radiação gama. descarga elétrica dentro de um tubo de gás rarefeito.

61
Suplemento de Pesquisa e Informação

Raios gama Reação nuclear em cadeia


Radiação eletromagnética de alta energia e, portanto, de grande Seqüência de reações de fissão nuclear espontânea. Ex.:


poder de penetração, emitida por núcleos radioativos quando


há seu decaimento.



Rancificação


Formação de produtos de natureza ácida que possuem gosto e
odor desagradáveis. Surgem devido a uma lenta decomposição


química putrefata dos óleos e das gorduras quando estão em


contato com o oxigênio do ar. Isso ocorre com certa freqüência


com a manteiga.



Reação de dupla troca


Íons provenientes de dois compostos trocam de lugar quando


houver possibilidade de formação de um composto insolúvel,


instável, pouco ionizado ou volátil.


Ex.: Reação redox


Reação em que ocorre transferência de elétrons entre as espé-

3NaOH + Fe (NO3)3 3NaNO3 + Fe (OH)3 cies redutora e oxidante. Ex.:

Fe2+ + Zn Fe + Zn2+

insolúvel
ganha e– perde e–

Reação de neutralização Reações de decomposição ou de análise


Reação entre um ácido e uma base, formando sal e água. A São aquelas em que um reagente único origina, como produtos,
duas ou mais substâncias distintas. Ex.: CaCO3 → CaO + CO2

neutralização pode ser total, formando os sais neutros, ou par-


cial, formando os hidrogenossais e os hidróxissais. Reações de síntese


São aquelas em que duas ou mais substâncias se unem para


NaOH + HCl NaCl + H2O Total formar uma outra substância de constituição mais complexa.

Ex.: 2H2 + O2 → 2H2O; SO3 + H2O → H2SO4


NaOH + H2SO4 NaHSO4 + H2O Parcial


Reações endotérmicas
Ca (OH)2 + HCl CaOHCl + H2O Parcial

São as que ocorrem com absorção de calor. Ex.: durante a


fotossíntese, há absorção de calor.


Reação de oxidação

Reações exotérmicas
Semi-reação que implica a doação de elétrons por um elemento

ou substância. A espécie química que doa elétrons é chamada São as que liberam calor. Ex.: todas as combustões.

de agente redutor. Reações iônicas



São as reações entre íons. São geralmente rápidas.


Fe Fe2+ + 2e– 2Ag+ + Cu Cu2+ + 2Ag



Reação de redução Reações lentas


Semi-reação que implica a aceitação de elétrons por um ele- São as que não são instantâneas. Ex.: a formação da ferrugem.

mento ou substância. A espécie química que recebe elétrons é


Reações moleculares

chamada de agente oxidante.


São as reações que se verificam entre as moléculas.

Ag+ + e– Ag Reações rápidas


São instantâneas. Ex.: as explosões.


Reação de simples troca


Reagente

Ocorre quando um átomo ou íon de um composto é trocado


Substância que é consumida em uma reação química.

por um átomo de outro elemento.


AgNO + HCl
3
AgCl + HNO3
ZnCl2 + H2

Zn + 2HCl reagentes


S


Sais (CaCO 3 → CaO + CO2) e outros, ainda, em presença de


São compostos iônicos. Caso sejam moleculares, são cha- luz, como o nitrato de prata. De acordo com a definição de

mados pseudo-sais. Os sais dos metais são iônicos. Rea- Arrhenius, é um composto iônico constituído por um

gem com ácidos, bases e outros sais. Alguns se decom- cátion diferente do íon hidrogênio e um ânion distinto da

põem em presença de calor, como o carbonato de cálcio hidroxila ou do oxigênio.


62
Química

Sais orgânicos e a outra é chamada solvente. As soluções podem ser gasosas


São compostos que resultam da reação de neutralização entre (ar atmosférico), líquidas (água açucarada) ou sólidas (prata


um ácido orgânico e uma base inorgânica. dissolvida em ouro).



Soluções concentradas


O O São as que contêm muito soluto para uma quantidade relativa-


mente pequena de solvente.

=
=

R–C + NaOH R–C + H2O


OH O– Na+ Soluções diluídas


São as que contêm pequena quantidade de soluto em quantida-


Salificação de relativamente grande de solvente. Ex.: soro fisiológico.


É a reação de um ácido e um hidróxido, formando um sal. Se Soluções iônicas


o sal formado for um sal neutro ou normal, a salificação é total. São aquelas em que há dissociação do soluto e, conseqüente-


Se o sal formado for um sal ácido ou básico, temos salificação mente, um afastamento dos íons. O soluto recebe o nome de


parcial ou neutralização parcial. eletrólito. A solução eletrolítica resultante permite a passagem


Saponificação da corrente elétrica. Ex.: dissolução dos sais, ácidos e bases


A reação de ésteres com bases, com a formação de álcoois e sais fortes em água.


de ácidos carboxílicos (sabão). Soluções saturadas

Ex.: ○
São as que contêm a máxima quantidade de soluto possível de
ser dissolvido na quantidade de solvente disponível, em uma

dada temperatura.

Soluções supersaturadas

São as que contêm mais soluto que a quantidade de solvente


permitiria dissolver, em uma dada temperatura. Uma pequena


perturbação no sistema faz com que o soluto se deposite.


Soluto

Substância presente em menor quantidade na solução.



Símbolo do elemento químico Solvente


É denominada símbolo de um elemento químico a representa- É a substância na qual ocorre a dissolução. O solvente mais
conhecido e usado no mundo é a água. Por isso, é chamada de

ção gráfica dos átomos que compõem este elemento. Consiste


“solvente universal”.

geralmente da letra inicial em fôrma maiúscula do nome latino


do elemento. Alguns símbolos homenageiam grandes cientis- Spin


tas. Ex.: Na (natrium) – sódio; Pb (plumbum) – chumbo; Md É assim denominado o movimento de rotação do elétron em

(Mendeleev) – mendelévio. torno de seu próprio eixo.


Sol Sublimação

Um colóide no qual pequenas partículas sólidas estão disper- Sob condições adequadas de pressão e temperatura, uma subs-

sas em uma fase líquida contínua. tância pode mudar diretamente da fase sólida para a gasosa,

sem passar pela fase líquida. A mudança de sólido a vapor é


Solda
chamada sublimação. É o que ocorre espontaneamente com a

Uma liga metálica usada para ligar superfícies de metal, quan- naftalina e a cânfora.

do aquecida e fundida.

Substância
Solidificação

Forma da matéria que tem uma composição definida ou cons-


É a passagem de uma substância da fase líquida para a sólida.

tante e propriedades que a caracterizam. Ex.: H2O – ponto de


Caso seja pura, a temperatura durante o processo de solidifi-

ebulição a 100 oC e ponto de fusão a 0 oC e 1 atm.


cação é constante.

Substância covalente

Sólido amor fo Espécie química cujas ligações entre seus átomos são exclusi-

Sólido sem forma, sem organização tridimensional periódica vamente covalentes. Não há uma fórmula definida para

de seus átomos ou moléculas. Ex.: âmbar (seiva fossilizada). representá-las. Ex: diamante e sílica.

Sólido cristalino Substância higroscópica


Sólido que possui uma rígida organização de seus átomos, São assim denominadas as substâncias que absorvem água,

moléculas ou íons, ocupando posições bem específicas. Ex.: o como o NaCl, por exemplo.

retículo cristalino do NaCl.


Substância iônica

Solubilidade Espécie química pura que apresenta pelo menos uma ligação

Quantidade máxima de soluto que pode ser dissolvida em uma iônica entre metal e não-metal ou entre hidrogênio e metal.

quantidade determinada de solvente, a uma temperatura específica. Substância molecular


Solução Espécie química cujas ligações entre átomos são exclusivamen-


É uma mistura homogênea formada por um soluto e um te covalentes, mas que possuem uma fórmula definida para

solvente. A substância em menor quantidade é chamada soluto representá-las. Ex.: H2O.


63
Suplemento de Pesquisa e Informação

Substâncias compostas Substâncias simples


São substâncias puras que, submetidas a alguma forma de São as substâncias que, mesmo submetidas a alguma forma de


energia, se desdobram em duas ou mais espécies químicas. Ex.: energia, não se desdobram em duas ou mais substâncias. Ex.:


água. ferro, chumbo, ouro etc.



Substâncias puras Suspensão


São as substâncias que possuem ponto de fusão e ponto de São misturas de partículas ainda maiores que as partículas dos


ebulição, entre outras propriedades, definidas e constantes. colóides. As suspensões são heterogêneas, ou seja, se sedimen-


Podem ser simples ou compostas. Ex.: água pura. tam quando deixadas em repouso, e podem ser separadas pelo


uso do papel de filtro. A água barrenta contém partículas de


solo em suspensão.



T




Tabela periódica Toxina

Sistema formado de períodos e famílias que organiza os ele- São proteínas tóxicas para o organismo vivo. Ex.: crotoxina,

mentos em ordem crescente de seus números atômicos. As encontrada no veneno da cascavel.


propriedades físicas e químicas dos elementos também são Transformação


consideradas nessa organização. “As propriedades dos elemen-


Para que sejam caracterizadas as condições de um corpo, é

tos são funções periódicas de seus números atômicos”.


dado o valor de certo número de variáveis em cada ponto do

Tautomeria corpo: a temperatura em seus diversos pontos, o volume


Também chamada isomeria dinâmica. É um caso particular de


etc. O conjunto dos valores que tomam todas essas variáveis


isomeria funcional pelo qual o dois isômeros coexistem num

determina o estado do corpo. Se algumas das variáveis


equilíbrio dinâmico, transformando-se um no outro através da

mudarem de valor, diz-se que o corpo sofreu uma transfor-


migração de um átomo de hidrogênio na molécula. Há dois

mação ou um processo.

tipos de tautomeria: a do equilíbrio aldo-enólico e a do equi-


Transformação adiabática

líbrio ceto-enólico.
É a transformação que se realiza sem troca de energia tér-

Temperatura mica entre o corpo considerado e o exterior. São adia-


A temperatura tem sua origem na sensação de que um corpo báticos os processos e fenômenos que se realizam em um

está frio ou quente, isto é, através do tato. É a medida do grau


recipiente cujas paredes são isolantes (vidro, madeira,


de agitação molecular.

borracha) e em um tempo suficientemente pequeno para


Temperatura crítica que não seja possível uma troca de energia térmica entre

Temperatura acima da qual é impossível liquefazer um gás com o corpo que se estuda e o exterior. Devido à natureza das

aumento da pressão. paredes e à rapidez da transformação, diz-se que o corpo


Tensão super ficial está isolado termicamente.


A propriedade de um líquido que o faz se comportar como se Transformação isobárica


sua superfície estivesse revestida por uma pele elástica. Ela É uma transformação à pressão constante. Todas as transfor-

provém das interações intermoleculares mais acentuadas na


mações que se realizam em recipientes abertos, isto é, sob a


superfície de alguns líquidos. pressão atmosférica, são praticamente isobáricas. Quando a


Termômetro transformação durar algumas horas ou for extremamente rápi-


Qualquer instrumento usado para medir temperaturas é chama- da (explosões), deve-se ter em conta a possibilidade de variação

do termômetro. O primeiro termômetro de mercúrio foi fabri- da pressão.


cado em 1714, por Daniel Gabriel Farenheit (1686-1736). Transformação isócora ou isovolumétrica

É uma transformação a volume constante. As combustões e, em


Terpenos
geral, as reações químicas que se realizam entre gases em um

São hidrocarbonetos que ocorrem nas essências vegetais e que


obedecem à fórmula geral (C5H8)n. recipiente hermeticamente fechado constituem os melhores


exemplos.
Tioácidos

São ácidos que apresentam um átomo de enxofre no lugar de Transformação isotérmica


um átomo de oxigênio. É a transformação que se realiza à temperatura constante. Por


exemplo, a fusão do gelo à temperatura constante.


Tioálcoois

São compostos sulfurados que apresentam a fórmula geral: Transmutação nuclear


R—S, onde R é um grupo alquila. Troca que sofre um núcleo, como resultado do bombardea-

O grupo funcional – SH é chamado mercapto. Esses compos- mento com nêutrons ou outras partículas. Mudança de um

tos são também denominados tióis ou mercaptanas. elemento químico em outro.


64
Química


U




Unidade de massa atômica Uréia


Massa exatamente igual a 1/12 da massa de um átomo de carbono É uma amida encontrada na urina. Foi o primeiro composto


12. orgânico preparado em laboratório, por Whöler. É empre-


Urânio gada na indústria, na preparação de plásticos, por conden-


Elemento químico de número atômico 92 e massa atômica sação com o formol. Na agricultura, é empregada como adu-


238,03 e cujo símbolo é U. Foi descoberto em 1789, pelo bo nitrogenado.


químico e mineralogista alemão Martin Heinrich Klaproth, Urotropina


que lhe deu o nome em homenagem ao astrônomo Frederico Substância resultante da reação do aldeído fórmico com o gás


Guilherme Herschel, descobridor do planeta Urano, em amoníaco. Usada em medicina, no tratamento da gota (excesso


1781. Em 1841, o químico Eugênio M. Peligot obteve o de ácido úrico), no reumatismo e como desinfetante das vias


metal puro e, em 1896, o físico Henri Becquerel descobriu urinárias. É também empregada na fabricação de resinas sin-


que os sais de urânio emitiam certas radiações capazes de téticas explosivas.


impressionar uma chapa fotográfica envolta em papel

negro, ponto de partida para as pesquisas sobre a radioa- Ustulação

tividade. O urânio é maior átomo natural e, em sua forma ○

Processo metalúrgico pelo qual se tratam minérios, especial-


mais comum, tem meia-vida de 4,5. 10 9 anos. O isótopo mente sulfetos, os quais, sob a ação do calor e do oxigênio do

235 pode sofrer fissão nuclear, o que permitiu ao homem ar, fornecem o metal e gás sulfuroso.

que utilizasse de uma nova fonte de energia, a energia atômi-


ca ou nuclear.

V



Valência Vidro

É a carga elétrica que um elemento pode assumir, dependendo Produto opticamente transparente, obtido da fusão de mate-

do número de elétrons que ele contenha na última camada. São riais inorgânicos que, posteriormente, foram resfriados a um

os “ganchos” propostos por Kekulè. É a capacidade de combi- estado rígido sem cristalizar. A composição básica do vidro é

nação de um átomo. o dióxido de silício.


Vapor

Viscosidade

Palavra usada para designar as substâncias sólidas ou líquidas Medida da resistência de um fluido ao escoamento.

que estão no estado gasoso. Ex.: vapor-d’água, vapor de gaso- Volátil


lina etc.
Substância que possui uma pressão de vapor à temperatura

Vaporização ambiente diferente de zero.


É a passagem de uma substância da fase líquida para o vapor,


Volume molar
resultando em um escape de moléculas da superfície de um

É o volume ocupado pela massa correspondente a um mol de


líquido.

uma espécie química, que pode ser sólida, líquida ou gasosa.


Velocidade de uma reação Nas condições normais de temperatura e de pressão (CNTP),


É assim chamado o tempo necessário para que uma determina- o volume molar é 22,4 litros.

da massa de reagente seja transformada em produtos da reação.


Vulcanização
Essa velocidade depende de vários fatores, como natureza dos

reagentes, superfície de contato, concentração, temperatura, Processo de beneficiamento que consiste em adicionar 8%

luz e catalisador. de enxofre à borracha, aquecida a 140ºC. Este processo


resultou dos trabalhos dos químicos Good Year e Thomas


Vida média Hancock.


Tempo requerido para que a concentração de um material ra-


dioativo se reduza à metade de seu valor inicial.



W



Wöhler aquecimento, preparar a uréia, uma substância orgânica, der-


Químico alemão que, em 1828, partindo de uma substância rubando mais um bastião vitalista.

considerada inorgânica (cianato de amônio) conseguiu, por


65
Suplemento de Pesquisa e Informação


X




Xilol Xisto betuminoso


Desinfetante constituído de uma mistura de ortoxileno, meta- Variedade de carvão que possui atributos de carvão e de petró-


xileno e paraxileno, hidrocarbonetos aromáticos obtidos do leo. Por destilação fracionada, produz gás combustível, gaso-


alcatrão da hulha. lina, querosene, óleo combustível, asfalto etc.


CH3


CH3 CH3


CH3


CH3



CH3


ortoxileno metaxileno paraxileno



Z ○

Zarcão Zero-absoluto

Denominação comercial do tetróxido de trichumbo (Pb3O4), Menor temperatura que se pode atingir (conclusão teórica).

um pó vermelho, insolúvel em água e em ácidos. É utilizado na Corresponde a –273,15 ºC.


indústria de vidro e na esmaltagem de objetos de cerâmica.


Zooesteróis
Esse composto forma uma suspensão oleosa chamada tinta

São esteróides de origem animal. Ex.: colesterol – C27H46O.


zarcão, que é empregada na proteção de superfícies de ferro

contra a ferrugem.


































66
Química


Aparelhagens e Vidrarias




para Laboratório






O trabalho experimental requer a utilização de materiais especiais. Vamos conhecer


alguns desses materiais, dando ênfase às suas utilizações.



Vidraria



Cubas








Recipientes, normalmente em vidro, com ou sem tampa, utilizados para diversos fins.




Tubos de ensaio

Recipientes de vidro onde ocorrem reações e


análises. Também utilizados para coleta de



amostras em pequena quantidade.







Balões com saída lateral


Empregados na ebulição de líquidos em pe-



quenas destilações.




Balões de fundo redondo ou chato


Para armazenar, preparar, aquecer ou recolher



soluções. Podem ser de vidro transparente ou


âmbar.




Frascos de rolha esmerilhada


Armazenam reagentes líquidos que podem



perder-se por evaporação ou para evitar emis-


são de odores.

67
Suplemento de Pesquisa e Informação










Béqueres


Resistem ao aquecimento, resfriamento e ata-


ques de produtos químicos, com escala de pou-



ca precisão.


Buretas


Servem para determinar pequenos volumes de

reagentes com precisão. Podem ser de vidro ou

de polietileno.

Provetas

Para medição precisa de volumes maiores de líquidos.





Balão volumétrico

Utilizado em medições preci-


sas de volumes de líquidos uti-



lizados em reações, ou no pre-


paro de soluções nesse mesmo


recipiente.


Kitassato

Recipiente de vidro com paredes super-refor-


çadas e indicado para filtrações a vácuo.



Erlenmeyer

Serve para recolher frações de



materiais destilados ou para


conter misturas que serão


homogeneizadas.

Condensadores

São colunas de vidro com tamanho variável


entre 10 cm e 1,7 metro, dentro das quais



existem tubos em forma reta, espiral ou


bolas seqüenciais.

São utilizados em destilações.



Dessecador

Recipiente de vidro, usado na secagem de


substâncias que tenham sido previamente



aquecidas e precisam esfriar sem contato


com a umidade atmosférica.


68
Química

Funil de vidro


Empregado para transferir lí-



quidos e para apoiar o papel de


filtro.




Pipetas


Utilizadas para medir e transferir


mínimas quantidades de líquidos



com precisão. Podem ser gradua-


das ou volumétricas.





Copos graduados

Variação dos béqueres com graduações que servem para facili-

tar o manuseio de soluções muito lubrificantes ou detergentes.






Funil de decantação ou de bromo


Utilizado na separação de misturas de



líquidos imiscíveis.




Funil com tubo de segurança


É utilizado para evitar vazamentos acidentais.



Também serve para prolongar análises devido


a maior capacidade de armazenamento de


reagentes.



Vidros de relógio

Servem como tampas de béquer e para



realizar reações em pequena escala. Termômetros



Utilizados na realização de

medições para acompanha-


mento de mudanças de

fase, por exemplo em uma


destilação.


Materiais de porcelana

Cadinhos de Gooch

Usados em filtrações a vácuo, pode substituir



as placas porosas de porcelana e os milifiltros


sinterizados.

69
Suplemento de Pesquisa e Informação

Almofariz e pistilo


São objetos de porcelana bas-



tante resistentes e servem para


triturar sólidos ou misturar


pós.






Cadinhos


Pequenos recipientes de ferro, porcela-



na, chumbo ou platina, usados para


análises de massa.



Funil de Büchner

Usado em filtrações a vácuo, pode substituir

os cadinhos de Gooch.




Cápsulas de porcelana

São usadas em evaporações ou secagens e po-


dem ser levadas ao fogo sobre telas de amianto.





Materiais metálicos

Furadores de rolha

Feitos em latão ou aço, servem para perfurar



rolhas de cortiça, borracha ou teflon, a serem


utilizadas em aparelhagens complexas.






Tenazes

São fixadores especiais capazes de efetuar pe-


quenas operações como por exemplo cortar,



amassar ou dobrar materiais.




Bico de Bunsen

Aquecedor a gás com chama de temperatura



variável, de acordo com a regulagem.







Tripé de ferro com tela


Usado como apoio para tela de amianto e


outros objetos a serem aquecidos.



70
Química



Supor tes e garras


Usados para segurar e sustentar vidrarias, como


balões e condensadores, entre outros.







Outros materiais




Supor te para tubos de ensaio


É utilizado para apoiar tubos de ensaio.






Frascos lavadores ou pissetas


Devem conter solventes, água ou soluções de


sabões e são utilizados para efetuar lavagens de



outras vidrarias.

Papéis de filtro

Lâminas de papel especial com porosidade



controlada, usadas para filtrações. Podem ser


quantitativos ou qualitativos quando dobra-


dos convenientemente.




Espátulas

Feitas de metais, plásticos ou madeira, servem


para transferir pequenas quantidades de sóli-


dos e para homogeneizar líquidos.






Pinças

São estruturas de metal ou de madeira que ser-


vem para manusear frascos quentes ou molha-



dos por reagentes corrosivos.







Trompas de vácuo

Dispositivos de vidro ou metal que servem para


produzir uma pequena redução da pressão.





71
Suplemento de Pesquisa e Informação

Aparelhos



Aparelhos de destilação


Funcionam sob corrente elétrica e



produzem água destilada em grandes


quantidades.







Capela



Pequeno recinto isolado, com


ventilação apropriada, onde

são realizadas reações que des-

prendem vapores.

Aparelho de Kipp

Dispositivo utilizado na preparação de gases.





Centrífuga manual

Serve para acelerar a decantação de materiais



particulados ou misturas heterogêneas.






Centrífuga elétrica

De uso similar às manuais, com possibilida-



de de se efetuar ultracentrifugações em altas


velocidades.


Banho-maria

Dispositivo inventado por Maria, a Judia que


serve para aquecer materiais utilizando o va-



por d’água, sem o contato direto com a chama.





Balança analítica e caixa de graves


Usadas para pesagem de pequenas massas. Apre-



senta precisão variável de até 0,001 grama.





Estufa

Equipada com termostatos, matém a temperatu-


ra constante em seu interior. É utilizada para se-



cagem de reagentes e esterilização de materiais.



72
Física

1 a Lei de Kepler periélio (menor distância do planeta ao Sol) e mínima próxima


Em seu movimento em torno do Sol, os planetas descrevem ao afélio (maior distância do planeta ao Sol).


órbitas elípticas, sendo um dos focos ocupado pelo Sol.


2a Lei de Newton
Dessa maneira, a distância entre os planetas e o Sol é variável.


Em sua posição mais distante, diz-se que o planeta está em A resultante das forças

sobre um corpo produz uma aceleração


afélio, e mais próxima, em periélio. de tal modo que F = m a, onde F é a força aplicada, m é a massa


do corpo e a, a aceleração.


2a Lei de Ohm


A 2a Lei de Ohm enuncia o seguinte: A resistência elétrica do



condutor depende do material que o constitui, é diretamente


proporcional ao seu comprimento (L) e inversamente propor-


cional à área de sua secção transversal (A). Assim, a resistência
1 a Lei de Newton


é dada pela seguinte expressão:
Um corpo, livre da ação de forças, ou está em repouso ou em


movimento retilíneo e uniforme. R=ρL


A


1 a Lei de Ohm
onde ρ é a resistividade do condutor a uma dada temperatura.

A 1a Lei de Ohm enuncia o seguinte: ○

A intensidade da corrente elétrica que percorre um condutor é No Sistema Internacional a unidade de resistividade é o ohm

diretamente proporcional à tensão entre seus terminais. vezes metro (Ω m).


1 o Princípio da Termodinâmica 2o Princípio da Termodinâmica


O 1º Princípio da Termodinâmica pode ser enunciado da se- O 2o Princípio da Termodinâmica pode ser enunciado, segun-

guinte maneira: a variação de energia interna de um sistema é do Kelvin-Planck, da seguinte maneira:


igual à diferença entre o calor trocado com o meio ambiente e É impossível que uma máquina qualquer, operando ciclica-

o trabalho realizado pelo sistema. mente, receba calor de uma fonte e execute uma quantidade

equivalente de trabalho sem produzir algum outro efeito em


2 a Lei de Kepler
suas vizinhanças.

A reta que une os centros de um planeta e o Sol varre áreas


iguais em tempos iguais. 3a Lei de Kepler


O quadrado do período de revolução de qualquer planeta é


proporcional ao cubo da distância média desse planeta ao Sol.


A expressão matemática dessa lei é a seguinte:


T3 = K

R3

onde T é o período do planeta, R é a distância média do planeta


A expressão matemática dessa lei é a seguinte: ao Sol e K é uma constante válida para todos os planetas que

A = K ∆t giram em torno do Sol.



Onde A é a área varrida, K é a constante areolar do planeta e ∆t 3a Lei de Newton


é a variação de tempo. A velocidade de translação de um planeta A toda ação corresponde uma reação de mesma intensidade e

ao redor do Sol não é constante, sendo máxima na posição de sentido contrário.



A



Aceleração angular Aceleração da gravidade


Se a velocidade angular variar ao longo do tempo, o movimento Aceleração exercida pela Terra sobre os corpos. O valor da

é denominado variado. A grandeza que mede a variação da aceleração da gravidade no nível do mar é de aproximadamente

velocidade angular com o tempo é a aceleração angular. A ace- 9,8 m/s2. Em lançamentos verticais, o movimento do corpo
leração angular média é dada por:

será uniformemente variado, pois este sofrerá, devido ao efeito


δm = ∆ω

da gravidade, a mesma aceleração.


∆t

Aceleração

A aceleração angular instantânea é dada pelo limite da acelera- É chamada aceleração média à razão entre a variação da velo-

ção média para um intervalo de tempo muito pequeno, tenden- cidade Dv e o intervalo de tempo Dt em que essa variação

do a zero: ocorre. Seja:


δm = lim ∆w ∆v = v 2 – v 1 e ∆t = t 2 – t 1

∆t → 0 ∆t A aceleração média é dada pela expressão:


A unidade da aceleração angular no Sistema Internacional e o α = lim ∆V


rad/s2. ∆ t =0 ∆ t

75
Suplemento de Pesquisa e Informação

a unidade de aceleração no Sistema Internacional é o m/s2. Angström, Anders-Jonas


Já a aceleração instantânea verifica-se como sendo a acele- Físico sueco. Nasceu em 1814 e morreu em 1847, conhecido


ração média em um intervalo de tempo muito pequeno, ten- por seus trabalhos sobre a análise espectral.


dendo a zero. Isso é definido com a operação limite, da


seguinte maneira: Ânion


É assim denominado todo íon com carga elétrica negativa.
lim ∆V
α=


Arrhenius, Svante Augustus
∆t → 0 ∆t


Físico sueco. Nasceu em 1859 e morreu em 1927. É autor da


Altura do som teoria dos íons ou dissociação eletrolítica. Ganhador do Prê-


A altura do som é a qualidade que nos permite diferenciar os mio Nobel de 1903.


sons como graves e agudos, característica que está relacionada Associação de pilhas


à freqüência. Um som é dito mais grave quanto menor for sua
Quando uma única pilha não fornece a diferença de potencial (ddp)


freqüência e mais agudo quanto maior ela for.
adequada, pode-se associar várias, constituindo uma bateria.


Alvarez, Luis Walter


Aston, Francis William
Físico norte-americano (1911), ganhou o prêmio Nobel em


Físico inglês. Nasceu em 1877 e morreu em 1945. Tornou-se
1968 por suas contribuições ao estudo das partículas

célebre pela sua descoberta dos isótopos recebendo o Prêmio
subatômicas.


Nobel em 1922.
Ampère, André
Átomo

Físico e matemático francês. Nasceu em 1775 e morreu em


Palavra de origem grega, que significa indivisível e é emprega-

1836. Desenvolveu a teoria do eletromagnetismo, idealizou o


da para designar a menor unidade estável em que um elemento

galvanômetro, inventou o primeiro telégrafo elétrico e, em


pode ser dividido. Os átomos são divididos em núcleo e

colaboração com Arago, o eletroímã. eletrosfera.


Amperímetros
Avogadro, Amadeo

Os amperímetros são aparelhos que medem a corrente elétrica Físico italiano. Nasceu em 1776 e morreu em 1856. É autor

da ordem do milésimo de ampère. da célebre hipótese de que iguais volumes de qualquer gás

Angström (Å) contêm o mesmo número de partículas. O número de


Unidade de comprimento que equivale a 1028 cm. Corresponde Avogadro (6,023 x 1023) é o número de moléculas contidas

ao diâmetro do átomo. em um mol de substância.




B



Balança mente em todo o comprimento e formam uma ou várias


A balança é um instrumento que permite comparar forças, camadas superpostas que são percorridas pela mesma cor-
usando para tanto um padrão. Seu princípio de funcionamento

rente. A intensidade do vetor campo magnético é dada pela


está baseado na 3a lei de Newton:

expressão:

P = mg Nµi
B =

Barômetro 2R

Barômetro é um aparelho que mede a pressão atmosférica. onde n é o número de voltas do fio, µ é a permeabilidade

Podemos classificar os barômetros em: barômetros de mercú- magnética do meio e R o raio da bobina.

rio, nos quais se repete a experiência de Torricelli, e os barô-


metros metálicos, nos quais a pressão atmosférica deforma uma Bússola


cápsula metálica delgada, completamente fechada, no interior Instrumento utilizado largamente como auxiliar na indicação

da qual se faz o vácuo. da direção (a agulha da bússola aponta para o Norte magnético).

Bobina cilíndrica Seu funcionamento se baseia em uma agulha magnética em


É um cilindro, geralmente oco, de metal, madeira ou pape- suspensão livre no campo magnético da Terra (bússola magné-

lão, e coberto por um fio isolado. As espiras, ou as voltas tica), ou a inércia de um ou de vários giroscópios (bússola

do fio enrolado sobre o cilindro, são justapostas regular- giroscópica) e a força da gravidade.

C


Calor de combustão hidrogênio – 1,4


O calor de combustão de uma substância é a quantidade de


álcool etílico – 0,27


calor liberada por unidade de massa ou por unidade de volume,

na queima completa de uma substância. Alguns calores de petróleo – 0,46


combustão em J/kg x 108: madeira – 0,16


76
Física

Calor de fusão Campo uniforme


A quantidade de calor absorvida por unidade de massa de uma Diz-se que um campo é uniforme quando é constante em gran-


substância pura, para convertê-la completamente em líquido, é deza e direção. Exemplo: nos limites de um laboratório, o cam-


chamada calor de fusão da substância. po magnético terrestre é uniforme, desde que não seja pertur-


Calor de solidificação bado por massas de ferro ou estruturas metálicas.


Quando esfriada até a temperatura em que se funde, uma subs-


Capacidade térmica
tância no estado líquido perde uma quantidade de calor chama-


É expressa pela relação:
da calor de solidificação.


Q
C =
∆t


Calor de vaporização
A quantidade de calor absorvida por unidade de massa de uma


onde C é a capacidade térmica, Q a quantidade de calor rece-
substância pura, para convertê-la completamente em gás, é bida que propicia a mudança de temperatura ∆t. A unidade da


chamada calor de vaporização.


capacidade térmica é a caloria por graus Celsius (cal/oC).


Calor específico Carga elétrica


Em um corpo de massa m e capacidade térmica C, define-se É comprovado experimentalmente que, na Natureza, existe uma


calor específico como sendo a razão: força com propriedade semelhantes à força gravitacional, em-
C

c = m bora atue em condições diferentes. Todos os campos que exer-

A unidade do calor específico é a caloria por grama por grau ○


cem forças elétricas possuem cargas elétricas. A unidade da
Celsius (cal/g oC). O calor específico depende da substância e carga elétrica é o coulumb (C).

de seu estado de agregação. Para a água, por exemplo, no es- Centro de massa

tado sólido o calor específico é de 0,5 cal/g oC; no estado Centro de massa de um corpo é dado por um ponto neste

líquido, 1 cal/g oC e no estado gasoso, 0,48 cal/g oC. corpo que represente toda sua massa.

Calor latente

Calor latente é o calor que, em vez de propiciar aumento de O → centro de massa


temperatura, provoca no sistema mudança de estado. O calor


latente depende também das características da substância e da


pressão a que a substância está submetida.


Calor sensível

É o calor trocado por um sistema com outro e que provoca


mudanças de temperatura. Exemplo: ao aquecermos água em


um recipiente, o calor responsável pelo aquecimento da água é


o calor sensível.

Caloria

A caloria (cal) é a quantidade de energia necessária para elevar


a temperatura de 1 g de água destilada, de 14,5ºC a 15,5ºC,


Para determinar as coordenadas do centro de massa para vários


à pressão de 1 atm.

pontos materiais de massas m1, m2, ..... , mn em relação a um


Calorimetria sistema cartesiano de coordenadas, sendo as coordenadas des-


A calorimetria trata das medidas das quantidades de calor.

ses pontos materiais dadas por (x1, y1),. (x2, y2) .......... (xn, yn)

Calorímetro procedemos da seguinte maneira:


Recipiente que impede as trocas de energia entre o exterior e o (m 1x 1 + m 2x 2 + ...+ m nx n)


interior. Devido a essa característica, pode ser utilizado em X =


m1 + m 2 + .......+ m n

experimentos de calorimetria.

Campo magnético (m 1y1 + m 2y2 + ...+ m nyn)


Dá-se o nome de campo magnético ao espaço no qual se exer- y =


cem forças magnéticas. Exemplos: o espaço que rodeia um ímã, m1 + m 2 + .......+ m n


a Terra, um eletroímã etc. Na região que envolve um ímã é


Choques elástico e inelástico

estabelecido um campo magnético, que chamaremos de B,


Choque elástico é aquele em que não há a presença de forças

chamado vetor indução magnética. A intensidade do vetor


dissipativas. Choque inelástico é o choque no qual há a presen-

indução magnética é medida pela unidade Tesla (T). As linhas


de um campo magnético que envolvem um ímã são apresenta- ça de forças dissipativas, como calor, som etc.

das na figura a seguir:


Ciclotron

Dispositivo que acelera partículas nucleares pela transferência


de energia.

Cinemática

A cinemática é a parte da física que estuda o movimento dos


corpos independentemente de suas causas. As grandezas bási-


cas utilizadas na cinemática são o comprimento e o tempo,


relacionados com as unidades metro (m) e segundo (s) do


Sistema Internacional.

77
Suplemento de Pesquisa e Informação

Classificação das substâncias magnéticas Condutância


As substâncias magnéticas podem ser classificadas por sua fa- É o inverso da resistência e representa a maior ou menor faci-


cilidade de imantação, da seguinte maneira: lidade com que a corrente elétrica atravessa um condutor. É


Substância ferromagnéticas: são aquelas que apresentam faci- dada pela expressão:


lidade de imantação quando em presença de um campo magné-


tico. Exemplos: ferro, cobalto etc. S = 1
R


Substância paramagnética: são aquelas em que a imantação é


difícil em presença de um campo magnético. Exemplo: madei- A unidade da condutância é o siemens (S).


ra, óleo etc. Condutores


Substância diamagnética: são as que se imantam em sentido Corpos condutores são os que possuem elétrons livres. Quan-


contrário ao vetor de indução magnética a que estão submeti- do eletrizados, a eletricidade se espalha por toda a superfície.


das. Exemplos: cobre, prata etc. Conservação da quantidade de movimento


Em um sistema isolado, a quantidade de movimento se


Coeficiente de restituição
conserva:


Em uma colisão, a relação entre as velocidades dos corpos é


chamada coeficiente de restituição e é expressa por: Qfinal = Q inicial


v final
Convecção

e = v
inicial

O termo convecção é empregado para a transmissão de calor de


um ponto para outro, realizada pelo deslocamento do próprio

Se a colisão for elástica, o coeficiente de restituição será igual


material aquecido. Como exemplos no ambiente temos a brisa

a 1; no caso de ser parcialmente elástica o coeficiente de resti-


marítima, a inversão térmica etc.

tuição terá seu valor variando entre 0 e 1 e no caso de uma


colisão inelástica, o coeficiente de restituição valerá zero. Corpo negro


Condensação Uma superfície que absorve toda energia incidente é a melhor


É a mudança da fase gasosa para a fase líquida. Esta transfor- superfície emissora possível. Tal superfície não reflete a ener-

mação se realiza com resfriamento e/ou compressão do gás. gia radiante de modo que parece ser negra. O corpo que
possui superfície negra ideal é chamado corpo negro ideal,

Condensador radiador ideal, radiador integral ou simplesmente um corpo


Se vários condutores eletrizados estão próximos uns dos ou- negro.


tros, o potencial de cada um deles é determinado não somente


Corrente elétrica
pela carga própria mas também é uma função das grandezas e

Define-se como corrente elétrica às cargas elétricas em


dos sinais de cargas nos outros condutores, bem como de suas

movimento ordenado. Para o estabelecimento de uma cor-


formas, tamanhos e localizações. Quando temos dois conduto-

rente elétrica, um dispositivo, chamado gerador ou fonte,


res próximos que possuem cargas iguais e sinais opostos, e

produz uma diferença de potencial e os pólos do gerador


ligamos os dois condutores inicialmente não eletrizados aos estando conectados ao circuito fechado permitem o esta-

terminais de uma bateria, há uma transferência de carga de um belecimento da corrente elétrica, ou seja, um fluxo de

condutor para outro. Aos dois condutores em conjunto damos cargas pelo circuito.

o nome de condensador.

Criometria

Condução Fenômeno do abaixamento do ponto de solidificação de um


Quando a energia térmica se propaga de uma molécula para a líquido pela dissolução de uma substância não-volátil. O abai-

seguinte, sem que as moléculas se movimentem, temos a con- xamento do ponto de solidificação produzido é diretamente

dução. Os metais são bons condutores de calor. proporcional ao número de partículas do soluto.


D


Decomposição de um vetor

Considerando o vetor no plano cartesiano ortogonal. É pos-


sível decompor este vetor projetando-o nos eixos x e y, produ-


zindo assim componentes desse vetor.






vy ⇒ v y = v sen θ

sen θ = cateto oposto/hipotenusa =


v

Podemos agora calcular as componentes vetoriais utilizando as


operações trigonométricas que utilizam o ângulo de inclinação v ⇒ vx = v cos θ


cos θ = cateto adjacente/hipotenusa = x

do vetor em relação aos eixos: v


78
Física

Densidade O coeficiente de dilatação linear (α), que depende do material


Densidade é a razão entre a massa m e o volume V de um corpo. que constitui a barra. A unidade de a no Sistema Internacional


Para a água (destilada a 4ºC) atribui-se o valor 1 g/cm3. Alguns é dada por 1/oC. Alguns materiais e seus respectivos coeficien-


outros valores de densidade são mostrados na tabela a seguir: tes de dilatação linear são mostrados na tabela a seguir:



Material α ( o C –1 ) Material α ( o C –1 )


Materiais Densidade (kg/m 3)
Alumínio 2,4 ⋅ 10–5 Ferro 1,2 ⋅ 10–5


Ar (20 oC e 1 atm) 1,2
Latão 2,0 ⋅ 10–5 Aço 1,2 ⋅ 10–5


Álcool etílico 0,79 ⋅ 103
1,9 ⋅ 10–5 0,9 ⋅ 10–5


Prata Platina
Gelo 0,92 ⋅ 10 3


Ouro 1,4 ⋅ 10–5 Vidro 0,9 ⋅ 10–5
1,00 ⋅ 10 3


Água Cobre 1,4 ⋅ 10–5 Vidro pirex 0,3 ⋅ 10–5


Vidro 2,60 ⋅ 10 3


Dilatação super ficial
Alumínio 2,70 ⋅ 103


Também só ocorre nos sólidos. Quando uma placa de um certo
7,60 ⋅ 103 material é aquecida, modificam-se duas dimensões do material,


Ferro
o comprimento e a largura. A expressão que corresponde a esse

Mercúrio 13,60 ⋅ 103
fenômeno é mostrada a seguir:

Ouro 19,30 ⋅ 103
∆A = A – A 0 = A 0 β ∆t

Platina 21,40 ⋅ 103


onde A0 corresponde a área da placa à temperatura t0 e A


Desintegração corresponde a área da placa à temperatura t. β é coeficiente de


dilatação superficial e se relaciona ao coeficiente de dilatação


Transformação nuclear ou processo de decomposição do núcleo
linear pela seguinte expressão: β = 2α.

que resulta em liberação de energia sob a forma de radiação.


Dilatação volumétrica ou cúbica


Diagrama de estado
Seja o plano cartesiano que representa pressão (p) na ordenada Verifica-se nos gases, líquidos e sólidos. Quando um bloco de

e temperatura (t) em abscissa. O plano assim formado pode ser um certo material é aquecido, modificam-se três dimensões do

dividido em três partes, as quais representam os estados de material, o comprimento, a largura e a altura. A expressão que

agregação da matéria, conforme mostra a figura a seguir: corresponde a esse fenômeno é mostrada a seguir:

∆V = V – V 0 = V 0 β ∆t

onde V0 corresponde ao volume do bloco à temperatura t0 e V


corresponde ao volume do bloco à temperatura t. γ é coeficiente


de dilatação volumétrica e se relaciona ao coeficiente de dilata-


ção linear pela seguinte expressão: γ = 3α.



Dinâmica

A dinâmica é a parte da mecânica que estuda a relação entre o


movimento e suas causas. Seu estudo iniciou-se há três séculos

por Galileu e Newton. Está fundamentada sobre três pilares a


partir dos quais está baseada a teoria:


A curva de número 1 representa a curva de fusão, separando as • Princípio da Inércia;


regiões que representam os estados sólido e líquido; a número • Lei Fundamental da Dinâmica;

dois representa a curva de vaporização, separando as regiões • Princípio da ação e reação.


que representam os estados líquido e gasoso e a número 3 é a


Dinamômetro
curva de sublimação, que separa as regiões que representam o Instrumento utilizado para medição de força, constituído por

estado sólido e gasoso. O ponto em que estas curvas se inter- uma mola de constante elástica conhecida. O valor da força

ceptam é chamado ponto tríplice, no qual os três estados de aplicada pode ser lido em uma escala presente no próprio

agregação podem se apresentar concomitantemente. instrumento.


Dilatação

Quando a temperatura de um corpo varia, ocorrem modifica-


ções de suas dimensões, quer se trate de sólido, líquido ou

gasoso. As dilatações podem ser lineares, superficiais ou


volumétricas.

Dilatação linear

Ocorre somente nos sólidos. Mede-se apenas a variação do


comprimento de uma das dimensões. Se tomarmos o compri-


mento L0 de uma barra metálica a temperatura t0, e aumentar-


mos a temperatura, que passa a valer t, o comprimento da barra Dióptro esférico


terá passado para L. Esse fenômeno pode ser expresso da se- O dióptro esférico é formado por dois meios transparentes de

guinte maneira: índices de refração diferentes (ar-vidro, ar-água, água-vidro


∆L = L – L 0 = L 0 α ∆t etc.) separados por uma superfície esférica.


79
Suplemento de Pesquisa e Informação

Dióptro plano e violeta, chamada espectro. Isto ocorre porque cada cor é ca-


O dióptro plano é formado por dois meios transparentes de racterizada por um comprimento de onda diferente (l) e se


índices de refração diferentes (ar-vidro; ar-água; água-vidro comporta de maneira diferente ao atravessar um material. O


etc.) separados por uma superfície plana. resultado é que ocorrem desvios em relação ao ângulo de in-


cidência. A esse fenômeno chamamos dispersão da luz. A dis-


Dispersão


Se a luz branca, luz solar, por exemplo, incidir sobre um pris- persão da luz do Sol em gotículas de água suspensas no ar e sua


ma triangular, veremos emergir luzes de várias cores, sempre posterior reflexão no interior delas levam à formação do arco-


na seqüência: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil íris.




E



Efeito Doppler corpo (B) eletrizado, ocorrerá uma separação de cargas em A,


Consideremos uma fonte de ondas e um observador recebendo como se pode verificar no esquema a seguir:


essas ondas. Se houver uma alteração da freqüência, notada Eletrização
pelo observador, em virtude do movimento relativo de aproxi- ○

mação ou afastamento entre fonte e observador, teremos o efei-


to Doppler. O mais comum é o efeito Doppler sonoro.


Einstein, Albert

Fenômeno por meio do qual um corpo neutro passa a ele-


Nasceu na Alemanha em 1879 e morreu em 1955. Criador da

trizado. Um corpo estará eletrizado quando a quantidade


Teoria da Relatividade.

de prótons e elétrons for diferente. Há três formas usuais


Elasticidade de eletrização: por atrito, por contato ou por indução


Após sofrer uma deformação, uma mola retorna exatamente à eletrostática.


posição inicial. A deformação é chamada elástica. Após sofrer Elétron


uma colisão, duas bolinhas de bilhar podem mudar suas dire- Subpartícula atômica de carga elétrica negativa. Percorre a

ções e sentidos em relação às suas situações iniciais, mas se eletrosfera, região externa do átomo.

mantiverem suas formas e massas iniciais terão sofrido uma Energia atômica

colisão elástica. Esses, entre outros exemplos, demonstram a


Denominação dada à produção de energia térmica em reatores

elasticidade. nucleares ou usinas atômicas.


Eletrização por atrito Energia cinética


Eletrizar consiste em tornar um corpo inicialmente neutro É a energia associada ao movimento. Seja m a massa de um

carregado eletricamente. Na eletrização por atrito, quando os corpo e v sua velocidade em um determinado instante, define-

corpos são atritados, uma quantidade de elétrons é passada de se energia cinética como sendo:

um corpo a outro, tornando um eletrizado negativamente e


outro positivamente.Vejamos o exemplo da lã e do vidro mos- mv 2


Ec =

trado na figura a seguir: 2


Energia nuclear

Energia liberada na desintegração do núcleo atômico.



Energia potencial elástica


Se uma mola é comprimida ou alongada em relação a sua po-


sição inicial, está-se realizando trabalho. Este trabalho repre-


senta a energia potencial armazenada na mola, tomando como


Eletrização por contato

referência a mola em sua posição natural:


Ao entrar em contato com um corpo eletrizado, um condutor

neutro também ficará eletrizado. Isso porque parte da carga (kx 2)


Ep =
elétrica do condutor eletrizado é transferida para o corpo 2

inicialmente neutro até que ambos entrem em equilíbrio de


Energia potencial gravitacional


cargas. Esse tipo de eletrização está ilustrado na figura a

Seja o exemplo da figura a seguir:


seguir:




Eletrização por indução


Esse processo consiste em eletrizar um corpo sem que este


entre em contato com um outro eletrizado. Se tomarmos um


condutor (A) inicialmente neutro e o aproximarmos de um


80
Física

Se o corpo de massa m for abandonado a partir de A, posição rência, geralmente as de fusão e de ebulição da água, chamadas


em que estava em repouso e onde se encontra a uma altura h em pontos fixos aos quais se atribuem valores arbitrários. A dis-


relação ao solo, o peso do corpo realizará trabalho (t = mgh) tância entre os dois pontos fixos é dividida de maneira a formar


e o corpo adquirirá energia cinética. a escala. Relação entre as escalas Celsius e Kelvin:


Energia t(K) = 273,15 + t(°C)


Energia é o trabalho que pode ser obtido de um sistema. A


Espaço
unidade de energia é a mesma do trabalho.


É uma grandeza que caracteriza a posição de um ponto material


Equação de Clapeyron sobre uma trajetória.


A equação de Clapeyron é dada pela seguinte expressão: Espelhos esféricos


PV = nRT São espelhos nos quais as superfícies refletoras são calo-


tas esféricas. Os espelhos podem ser côncavos ou conve-
onde P representa a pressão, V o volume, n é o número de mol,


xos conforme a superfície refletora seja interna ou externa
T a temperatura e R uma constante de proporcionalidade chama-


respectivamente.
da de constante universal dos gases perfeitos que tem como valor


Os elementos geométricos de um espelho esférico são os seguintes:
0,082 atm l/mol K ou, no Sistema Internacional, 8,317 J/mol K.


Equação de Torricelli

Com base nas funções horária e do espaço para o movimento

uniformemente variado, podemos deduzir a função que relacio- ○

na espaço e velocidade. Seja a função horária:


v = v0 + α t (1)

e a função da posição:

s = s0 + v0 t + α t
2

2 Onde V é o vértice ou centro da calota esférica, C é o centro de


Isolando t em (1) e substituindo em (2) obtemos a equação de


Torricelli:

v 2 = v 02 + 2α(S – S 0)

Equação horária do movimento circular e


uniforme

Tomando como base a equação do movimento uniforme e


divindo ambos os membros pelo raio R, temos: curvatura, R é o raio de curvatura e θ o ângulo de abertura.

S S0 t

= + Espelhos planos
R R R

São constituídos por superfícies planas polidas, capazes de


e se chamarmos S de ϕ chegamos a ϕ = ϕ0 - ωt, que é a chamada

refletir a luz.

R Espelhos

equação horária do movimento circular. São superfícies polidas capazes de refletir a luz. Quanto ao seu

Equivalente mecânico do calor aspecto geométrico, podem ser planos ou esféricos.


A energia sob forma mecânica é expressa em ergs, joules, Estados de agregação de um corpo

quilogrâmetros; a energia sob forma de calor é expressa em Classicamente existem três estados da matéria: sólido, líquido

calorias. As relações entre as unidades mecânicas e as uni- e gasoso. Entretanto, a título de curiosidade, vamos citar ou-

dades de calor podem ser determinadas por uma experiên- tros dois estados: o de plasma e o condensado de Bose-

cia em que uma dada quantidade mensurável de energia Einstein. O estado sólido se caracteriza pelo fato de o corpo ter

mecânica é convertida completamente em uma quantidade volume e forma bem definidos. No estado líquido, o corpo

de calor equivalente. Estas relações são muitas vezes ex- apresenta volume definido, porém forma indeterminada. No

pressas pelo equivalente mecânico do calor, que é igual estado de gás, o corpo tem volume e forma indefinidos.

4,186 J/cal. Estática


Escalas de temperatura A estática estuda o equilíbrio das forças. Em experiências de


A escala termométrica mais usada no mundo é a Celsius, po- estática, a maneira utilizada para aplicar forças consiste no uso

rém a recomendada pelo Sistema Internacional é a Kelvin. Para de molas, polias e pesos graduados incluindo sua própria for-

definir uma escala, são escolhidas duas temperaturas de refe- ça-peso exercida pela Terra.


F


Fissão Fluidos

Processo nuclear pelo qual o núcleo de um átomo é dividido em Fluidos são corpos que não apresentam forma própria. São

partes, liberando muita energia. considerados fluidos os gases e os líquidos.


81
Suplemento de Pesquisa e Informação

Fonte térmica Freqüência


Trata-se de um sistema que pode fornecer um fluxo de energia É definida como o número de vezes que o movimento se repete


calorífica sem que sua temperatura varie. Como exemplo de em uma unidade de tempo. Pode ser relacionado com a fre-


uma fonte térmica temos as “bocas” de um fogão. qüência pela expressão:



Fontes de calor 1
f =


O calor é a energia em trânsito. É possível obter calor dos combus- T


tíveis, das reações químicas, das mudanças de estado, do Sol etc. onde f é a freqüência do movimento e T é o período.


Fontes de luz


Freqüência natural
As fontes de luz podem ser de dois tipos: primárias, são aque-


Os sistemas oscilantes possuem uma freqüência natural de
las que emitem luz própria como o Sol e secundárias, que oscilação que depende dos parâmetros de cada sistema. Esse


apenas refletem a luz das fontes primárias, tal como a Lua. conceito se estende a edificações fixadas no solo, como um


Força centrífuga edifício, pontes etc. Se por algum motivo uma edificação sofrer


Embora fictícia, a força centrífuga produz efeitos estáticos a ação de uma força que tenha a mesma freqüência natural que


equivalentes aos de uma força real, devido ao movimento rela- ela, será destruída completamente.


tivo quando um observador, que gira com o corpo em estudo,

Função do espaço do movimento circular
quer observar os efeitos dinâmicos desta força. Força centrípeta

uniformemente variado
é aquela que se contrapõe à força centrífuga de mesmo valor e ○

A função do espaço no movimento uniformemente variado é


de sentido contrário ao seu.

dada por:

Força de resistência do ar
αt2

Ao se mover o corpo sofrerá influência do meio em que está S = S0 + v0 t +


2

inserido. Seja na água ou no ar, esses meios exercerão in-


fluência no movimento do corpo. Quando no ar, a força de resis- Como a toda grandeza escalar corresponde uma grandeza an-

tência terá intensidade igual a F = k v2, onde k é a constante aero- gular, temos a seguinte correspondência:

dinâmica do corpo, e v, o módulo da velocidade instantânea. S → ϕp


Força de tração em um fio V→ω


Um fio aplica sobre o ponto em que está fixada uma força, α→γ

chamada força de tração. Como se trata de uma força, é neces- Substituindo na equação do movimento uniformemente varia-

sário caracterizá-la, com suas respectivas direção, sentido e do, temos então:

intensidade. Logo a força de tração tem a direção do fio, sen-


γ t2

tido de uma extremidade a outra e terá a mesma intensidade nos ϕ = ϕ0 + ω0 t +


dois extremos do fio. 2


Força normal e força de atrito No instante t = 0 o móvel ocupa a posição γ0; no instante t

Se aplicarmos uma força F a uma corpo em repouso de peso posterior, a posição do móvel corresponde ao espaço γ, dessa

P, verificaremos uma resistência ao movimento. Essa resis- maneira, sua posição varia sobre a trajetória. ω0 corresponde à

tência se deve a uma força de resultante R que pode ser de- velocidade angular do móvel no instante t = 0 e γ corresponde

composta nas forças normal e de atrito. Tanto em movimento à aceleração angular.


quanto parado, a força de atrito estará atuando. No primeiro Função do espaço do movimento uniforme-

caso a força de atrito será dinâmica, enquanto no segundo mente variado


será estática. No instante t = 0 o móvel ocupa a posição S0; no instante t


posterior, a posição do móvel corresponde ao espaço S, dessa


maneira, sua posição varia sobre a trajetória. V0 corresponde à


velocidade do móvel no instante t = 0 e α corresponde à acele-


ração. A função do espaço no movimento uniformemente vari-


ado que relaciona essas informações é dada por:


αt2

S = S0 + v 0 t +

2

Função horária do movimento circular


uniformemente variado

Força A função horária no movimento uniformemente variado é dada


Ao empurrarmos ou puxarmos um corpo, estamos exercendo por:


sobre o mesmo uma força. Os objetos em repouso também v = v0 + αt


exercem e estão sob a ação de forças, é o chamado equilíbrio


estático. Exemplos: uma mola esticada que exerce forças sobre Como a toda grandeza escalar corresponde uma grandeza an-

os corpos que a ela se prendem, o ar comprimido no interior gular, temos a seguinte correspondência:

de uma câmara de pneu. As forças são grandezas vetoriais. S→ϕ


Portanto, para caracterizá-las, é preciso conhecer sua direção, V→ω


seu sentido e seu módulo. α→γ


82
Física

Substituindo na equação do movimento uniformemente varia- (espaço inicial) e no instante t o espaço é S. Dessa manei-


do, temos então: ra temos:


∆S S – S 0


ω = ω0 + gt v = vm = =
∆t


t-t 0
onde ω é a velocidade angular no instante t, ω0 é a velocidade


Caso t0 = 0 então temos:
angular no instante t = 0 e γ é a aceleração angular.


∆S S – S0 S - S0


Função horária do movimento uniformemen- v = vm = = ⇒ v = ⇒ S = S0 + vt
∆t t-t0 t


te variado


A função horária no movimento uniformemente variado é dada Quando a velocidade instantânea do móvel for positiva, ou seja,


ele está se movendo no sentido definido como positivo na tra-
por: jetória, o movimento é denominado progressivo. Quando o


v = v 0 + αt móvel está se deslocando em sentido contrário ao determinado


como positivo, o movimento é denominado retrógrado.


onde v é a velocidade no instante t, v0 é a velocidade no instante


Fusão
t = 0 e α é a aceleração.


A fusão de uma substância é o fenômeno pelo qual a substância


Função horária no movimento uniforme passa da fase sólida para a fase líquida.

A equação matemática que relaciona a variação de espaço ○
Fusão nuclear
com o tempo é chamada de função horária. Nesse caso, o Processo em que núcleos pequenos reúnem-se para formar um

móvel tem sua distância alterada em relação a um núcleo maior. Esse processo é o que explica o funcionamento

referencial em repouso. No instante t 0 = 0, o espaço é S0 da bomba de hidrogênio.




G


Galilei, Galileu

Nasceu na Itália em 1564 e morreu em 1642. É o fundador da


física moderna, descobridor da lei que governa a queda dos


corpos.

Galvanômetro

Qualquer instrumento usado para indicar ou medir uma cor-


rente é chamado galvanômetro.


O é a origem dos espaços e P, a posição do móvel no instante

Gerador t. O espaço angular ϕ é o ângulo de vértice C que se relaciona


De um modo geral chamaremos gerador a qualquer disposi-


ao arco de trajetória OP. Sendo o arco OP o espaço S, o ângulo


tivo que, interposto num fio percorrido por uma corrente elé- ϕ em radianos é dado por:

trica, ajuda a aumentar a intensidade da corrente e, assim, for-


S
necer à corrente uma quantidade de energia na unidade de tem- ϕ = ou S = ϕ R

po, que é a potência do gerador. R


No Sistema Internacional a medida de um ângulo é dada em


Geradores de eletricidade
radianos.

São chamados geradores de eletricidade os aparelhos capazes


de produzir uma forma particular de energia, a energia elétrica. Grandezas escalares


A energia elétrica é, geralmente, proveniente da energia quími- Grandezas escalares são aquelas que independem da direção e

ca ou da energia mecânica. Os geradores mais utilizados po- do sentido. São definidas por um valor numérico e por uma

unidade. Por exemplo, o comprimento, a massa e o volume de


dem ser agrupados em pilhas e acumuladores e as máquinas

um corpo.
baseadas na indução.

Grandezas vetoriais

Grandezas angulares São grandezas que dependem de direção e sentido. Para defini-

Seja um móvel em trajetória circular de raio R e centro las são necessários um valor numérico, uma unidade, direção

C, orientada no sentido anti-horário. Veja a figura a e sentido. São exemplos de grandezas vetoriais o peso de um

seguir: corpo, a velocidade de um móvel e uma força.




H


Hidrodinâmica É o estudo dos fluidos em repouso.


É o estudo dos fluidos em movimento.


Hidrostática

83
Suplemento de Pesquisa e Informação


I




Imagens definir dois tipos de intensidade sonora: a intensidade ener-


As imagens podem ser: reais, e nesse caso são formadas pela gética e a intensidade fisiológica. A intensidade física do som


convergência dos raios emergentes e virtuais, que são formadas (I) é dada pelo quociente entre a potência da fonte (P) pela área


pela convergência dos prolongamentos dos raios emergentes. (S) onde o som é encontrado a cada instante, e é expressa ma-


Impulso de uma força constante tematicamente por


Impulso é uma grandeza vetorial. Seja um ponto material su- I = P


→ S
jeito a uma força F constante em um intervalo de tempo ∆t. O


A unidade da intensidade é o W/m2. Pode-se também definir o
impulso é definido como sendo:


→ → nível sonoro (L). Trata-se de uma grandeza medida em bel (B)
I = F ∆t


e é definida pela relação:


A unidade do impulso no Sistema Internacional é o N s. I


Intensidade da corrente elétrica L = 10 log


I0
Considere um condutor sendo atravessado por uma cor-
○ Este nível é conhecido como nível sonoro. Alguns exemplos de
rente elétrica. Um secção desse condutor é atravessada em ○

um intervalo de tempo Dt por uma quantidade de cargas nível sonoro são mostrados no quadro a seguir:

nq. A intensidade da corrente é determinada pela seguinte


expressão: Relógio de parede 10 dB


Conversa à meia voz 40 dB


nq
I =

Rua com tráfego intenso 70 a 90 dB


∆t

Buzina a ar 100 dB
Intensidade do som

Estádio do Morumbi lotado


A intensidade é a qualidade do som que nos permite classificar

na hora do gol 100 dB


o som como forte ou fraco. Esta característica está relacionada

Avião a jato aterrissando 140 dB


com a quantidade de energia transportada pela onda. Pode-se


J


dias atuais a unidade de medida para a energia mecânica é o


Joule, James Prescott


Joule.

Nasceu na Inglaterra em 1818 e morreu em 1889. Foi capaz de


medir pela primeira vez o equivalente mecânico do calor. Até os



L


Lattes, Cesar samente proporcionais ao quadrado da distância entre


Físico brasileiro nascido em 1924 em Curitiba, Brasil, que elas:



conseguiu em 1948 produzir artificialmente o méson pi. F = K q1 q2


Lei de Biot-Savar t r2

A intensidade do vetor campo magnético em qualquer ponto onde F é a intensidade da força elétrica, q1 e q2 são os valores das

do campo magnético produzido por uma corrente elétrica que cargas, r é a distância que as separa e K, chamada de constante

percorre um fio condutor é proporcional à intensidade da cor- eletrostática, é a constante de proporcionalidade que depende

rente e inversamente proporcional à distância do ponto ao fio. do meio onde as cargas se encontram. A constante eletrostática

Essa Lei é expressa da seguinte maneira: no vácuo vale:


B = K i K = 9 x 10 9 N m 2

r C2

onde
K = µ . i

Lei de Gravitação Universal


2π r A lei da gravitação universal desenvolvida por Newton fornece


onde µ é a permeabilidade magnética do meio. a força gravitacional que um corpo de massa m1 exerce sobre
outro de massa m2. Ela é dada pela expressão:

Lei de Coulomb

As interações de duas cargas elétricas puntiformes são F = G m1 m2


diretamente proporcionais ao produto das cargas e inver- d2


84
Física

Onde F é a força de atração gravitacional, m1 e m2 as massas dos Sejam PA e PB as pressões nos pontos A e B. A diferença das


corpos, d a distância entre os mesmos e G é a constante da pressões nesses dois pontos está diretamente relacionada à


gravitação universal cujo valor é G = 6,67 x 10 –11 Nm2/kg2. densidade (d) do líquido em que os mesmos estão submersos,


à aceleração da gravidade (g) e à diferença de nível entre os


Lei de Hooke
pontos A e B. Dessa maneira, essa Lei é expressa da seguinte


Em seus experimentos, Robert Hooke experimentou a apli-


cação de forças em molas e concluiu que a deformação sofrida maneira:


pelas mesmas era proporcional à força aplicada segundo a PB – P A = d g h


expressão:
Quando a superfície do líquido está sujeita à ação da pressão


F = k x atmosférica, a expressão fica assim:


Onde k representa a constante elástica da mola em N , F a


P = P atm + d g h
m


força aplicada sobre a mola e x a deformação sofrida. Leis de Kirchof f


A soma algébrica das intensidades das correntes que passam


por um nó qualquer de uma rede de condutores é nula.A soma


algébrica das forças eletromotrizes é igual à soma algébrica das

quedas de potencial que se encontram em qualquer malha de


uma rede.
Lente esférica

Consiste em um conjunto de três meios homogêneos e


transparentes, separados por duas superfícies não simul-


taneamente planas. Um delas pode ser plana e a outra


esférica ou ambas podem ser esféricas. Sua utilização é


Lei de Lenz vasta. Como exemplo temos os óculos, as lunetas, os


A Lei de Lenz enuncia que: o sentido da corrente elétrica microscópios etc. As lentes esféricas podem ser bicôn-

induzida é tal que seus efeitos tendem a se opor à causa que lhe cavas, convexo-côncavas e plano-convexas. Seu formato

deu origem.
pode ser verificado na figura a seguir:

Lei de Snell-Descar tes


Observemos a figura a seguir que mostra um raio de luz


incidindo na superfície de fronteira entre dois meios M1 e M2


e sofrendo refração:




bicôncava convexo-côncava plano-côncava




Linhas de força

São denominadas linhas de força de um campo elétrico um


ente geométrico responsável pela possibilidade de se


i, na figura, é o ângulo de incidência, e r, o ângulo de refração.A


visualizar a atuação deste campo no espaço. São linhas em

Lei de Snell-Descartes enuncia que a razão entre os senos dos


que cada ponto tem mesma direção e sentido do vetor cam-

ângulos de incidência e refração é uma constante.


sen i po elétrico.

= n 2-1 Linhas de indução


sen r

Do mesmo modo que o campo elétrico, o campo magnético


A constante n2-1 representa o índice de refração do meio 2 em pode ser representado por linhas chamadas linhas de indução,

relação ao meio 1.
cujas direções, em cada ponto, coincidem com as do vetor

Lei de Stevin indução magnética. Por convenção, o número destas linhas por

Se considerarmos um líquido em equilíbrio no interior de um unidade de área normal à direção do campo é igual à grandeza

recipiente, como no da figura a seguir: da indução magnética.



Lupas

As lupas são sistemas convergentes de alguns centímetros de


distância focal; são constituídas geralmente por uma ou duas


lentes e fornecem uma imagem que o órgão visual pode obser-


var sob um ângulo maior. Este ângulo será, por exemplo, de


2 a 25 vezes maior que o obtido naturalmente.


85
Suplemento de Pesquisa e Informação


M




Manômetros Méson


Os manômetros são instrumentos que servem para medir a Partícula de peso intermediário entre o elétron e o próton.


pressão de gases, vapores e líquidos comprimidos. Existem duas espécies de mésons: pi e mu. É o méson pi


Máquinas de indução positivo o responsável pela coexistência do próton e do nêu-


tron no núcleo. O méson pi pesa 276 vezes mais do que o
As máquinas de indução transformam a energia mecânica em


elétron. O méson mu pesa 212 vezes mais do que o elétron.
energia elétrica.


Momento de uma força


Máquinas simples
Define-se momento de uma força em relação a um ponto O,


Máquinas simples são aquelas nas quais a potência e a resistên-
também chamado pólo, como o produto da intensidade da força


cia estão aplicadas num mesmo corpo. Na realidade, é um F pela distância d do pólo à linha de ação da força.


aparelho que pode multiplicar forças.


Máquinas


Máquinas são instrumentos destinados a transmitir a ação das forças.

Marcador ○

Pequena quantidade de material radioativo adicionada a deter-


minada substância para se descobrir seu mecanismo de reação.



Massa crítica

A quantidade exata de material radioativo capaz de manter a


reação em cadeia. Como podemos observar, convenciona-se utilizar o sinal po-


Massa de um corpo sitivo para a rotação no sentido anti-horário e negativo para o


Uma das propriedades gerais da matéria. A lei fundamental da sentido horário de rotação.

dinâmica define a massa de um corpo como o quociente m = F/ Movimento curvilíneo


a onde m corresponde à massa; F à força e a à aceleração. A trajetória é uma linha curva.



Matéria

É tudo que ocupa espaço e possui massa. Exemplos: água, ar


atmosférico etc.

Mecânica

A Mecânica é a parte da física que estuda os movimentos e as


circunstâncias em que estes ocorrem. A mecânica pode ser di-


vidida em cinemática, estática e dinâmica.



Medição das massas


Sejam dois corpos em um mesmo lugar da Terra, P1 e P2, seus


pesos, e m1 e m2, as massas respectivas. A experiência (tubo de São exemplos do movimento circular uniforme os ponteiros de

Newton) demonstra que a aceleração g da gravidade é a mesma um relógio, o movimento de rotação da Terra, o movimento da

para todos os corpos que se encontram no mesmo lugar. Logo, roda de um veículo entre outros.

pela segunda lei da Dinâmica: Movimento harmônico simples


P1 = m 1 g e P 2 = m 2 g Trata-se de um movimento periódico, possuindo dessa ma-


neira uma freqüência f e um período T. A freqüência é o


Um aparelho capaz de comparar os pesos por medição direta, o

número de vezes que um movimento se repete e é represen-


dinamômetro, também é capaz de medir diretamente as massas.

tado no Sistema Internacional pela unidade Hertz e o perí-


Medição de forças odo T é o intervalo de tempo no qual o movimento se repe-


A medição do módulo de uma força pode ser efetuada tanto te. Assim, as relações para o movimento harmônico simples

estática como dinamicamente. são:


Estaticamente: a força a ser medida produz uma deformação 1


f = e w = 2 π f

elástica e é equilibrada pela força elástica de restituição que esta T


deformação provoca. São utilizados para este tipo de medição


os dinamômetros. Ou a força a ser medida é equilibrada por onde w representa a pulsação e sua unidade no Sistema Inter-

uma força-peso padrão colocada em posição conveniente. Exem- nacional é o Hertz. A função horária para o movimento no

plo de instrumento para esse tipo de medição: as balanças. movimento harmônico simples é dada por:

Dinamicamente: mede-se a força pela variação de velocidade x = A cos (wt + ϕ0)


que produz ao atuar sobre um corpo de massa conhecida. O onde A é a elongação máxima e mínima do movimento, ou seja,

método não é preciso pois a força produz oscilações; portanto, sua amplitude, ϕ0 é denominada a fase inicial e (ωt + ϕ0) é

a força é instantânea. denominado fase.


86
Física

Movimento ondulatório tempo, ou, em outras palavras, aquele em que ocorrem varia-


Quando uma extremidade da mola é forçada a vibrar periodi- ções de velocidade iguais em intervalos de tempo iguais. Nesse


camente, o deslocamento varia com o tempo. Durante um meio tipo de movimento, a aceleração instantânea é igual a aceleração


ciclo, um deslocamento numa direção se propaga através do médida. Caso a trajetória do movimento seja retilínea, o movi-


meio e, durante o meio ciclo seguinte, se propaga um desloca- mento é chamado movimento retilíneo uniformemente variado.


mento na direção oposta. Chama-se onda à seqüência de per-


turbações resultante que se desloca com uma velocidade que Movimento variado


depende das propriedades do meio. A propagação de uma onda É denominado movimento variado a todo movimento no qual


não tranporta matéria, somente energia. a velocidade varie ao longo do tempo. Para descrever de que


Movimento periódico
maneira a velocidade varia, é utilizada a grandeza chamada ace-


É o movimento que se repete em intervalo de tempo iguais. leração. Nos movimentos variados, o movimento caracteriza-


Exemplos são o movimento dos ponteiros de um relógio, o se como acelerado quando o valor absoluto da velocidade cres-


movimento de pêndulos entre outros. ce ao longo do tempo. Nesse movimento, os sinais da veloci-


dade e da aceleração são iguais. O movimento caracteriza-se


Movimento retilíneo uniforme como retardado quando o valor absoluto da velocidade decres-


O movimento é caracterizado como retilíneo e uniforme, se a ce ao longo do tempo. Nesse movimento, os sinais da veloci-


trajetória do movimento for retilínea. Caso o corpo seja im-
dade e da aceleração são contrários.

pulsionado no espaço e coisa alguma se oponha ao seu mo- ○

vimento, ele entrará em movimento retilíneo e uniforme. Mudanças de estado


Movimentos rígidos Desde que não se decomponham nas altas temperaturas,


É o movimento de um corpo rígido. É mais complexo que o de todas as substâncias podem existir em qualquer das três

um simples ponto material porque os diversos pontos se mo- fases ou estados (sólido, líquido e gasoso), sob condições

vem conservando suas distâncias mútuas e satisfazendo assim adequadas de pressão e temperatura. As transições de uma

a condição de indeformabilidade. Em um corpo rígido são fase para outra são acompanhadas de absorção ou liberação

possíveis os seguintes movimentos rígidos: de calor e, em geral, por uma variação de volume. Estas

Translação: todos os pontos do corpo experimentam, durante o transições são denominadas mudanças de estado. As tran-

movimento, deslizamentos iguais em módulo, direção e sentido. sições de estado podem ser esquematizadas da seguinte

Rotação: todos os pontos do corpo descrevem trajetórias cir- maneira:


culares, tendo um eixo comum, o eixo de rotação.


Movimento uniforme

O movimento uniforme se caracteriza como aquele em que o


móvel tem velocidade instantânea igual à velocidade média para


qualquer intervalo de tempo. No movimento uniforme, o móvel


percorre distâncias iguais em intervalos de tempo iguais.


Movimento uniformemente variado


É chamado movimento uniformemente variado o movimento


no qual a velocidade varia de maneira uniforme ao longo do




N



Newton, Isaac

Nasceu na Inglaterra em 1642 e morreu em 1727. Descobre


que a luz branca pode ser decomposta com a utilização de um


prisma.


O


Ondas eletromagnéticas Ondas sonoras


Pelo fato de os campos elétrico e magnético serem vari- O som é uma forma de energia. Trata-se uma onda mecânica

áveis ao longo de tempo, essa variação determina uma longitudinal que ao se propagar afeta o meio de propagação (o

perturbação eletromagnética na forma de uma onda ele- ar, a água etc.). As ondas elásticas no ar, de freqüência audível

(compreendidas entre 20 e 20.000 hertz), são chamadas de


tromagnética que se propaga no espaço. Uma onda ele- ondas sonoras. As ondas elásticas no ar, de freqüência inaudí-

tromagnética não depende de meio material para se pro- vel, são chamadas infra-sons quando possuem freqüência me-

pagar, podendo se propagar no vácuo a velocidade de nor que 20 Hz, e ultra-sons quando possuem freqüência maior

300.000 km/s. que 20.000 Hz ou 20 KHz.


87
Suplemento de Pesquisa e Informação

Óptica física Óptica


A óptica física estuda os fenômenos de interferência, difração Originariamente, a óptica tinha por objeto o estudo dos fenô-


e polarização. Destes fenômenos, deduziu a natureza menos luminosos, o que equivale a dizer aqueles fenômenos


ondulatória da luz a qual obedece às leis de propagação por que percebemos por meio do olho, órgão da visão, e que atri-


ondas e que estas ondas são transversais. buímos a um ente hipotético chamado luz. Os corpos que nós


“vemos” enviam luz a nosso olho, ou, como se diz, radiações


Óptica geométrica


A óptica geométrica se baseia em conceitos geométricos do luminosas. A descoberta de fenômenos que se atribuem a ra-


raio luminoso e nas leis, também da geometria, às quais sua diações luminosas, porém invisíveis, estendeu amplamente os


propagação está sujeita. limites da óptica.




P



Padrão Período


A definição de uma unidade é chamada padrão. Exemplo: o padrão É definido como o intervalo de tempo em que o movimento se

internacional de comprimento é uma barra de platina iridiada ○
repete. Pode ser relacionado com a freqüência pela expressão:
com seção transversal em forma de X, chamada metro-padrão.
f = 1

Paquímetro T

É um comparador calibrado muito simplificado, construído onde f é a freqüência do movimento e T é o período.


especialmente para a medição dos diâmetros externos e inter-


nos de tubos cilíndricos. Pilhas e acumuladores


Nas pilhas e nos acumuladores, a energia elétrica é produzida


Pêndulo balístico por meio de reações químicas. Quando uma pilha ou um acu-

Trata-se de um dispositivo utilizado para a determinação da mulador está em funcionamento, sua composição química está

velocidade de projéteis. se modificando devido às reações que estão ocorrendo. O des-


gaste da pilha deve-se ao consumo dos reagentes. Caso as re-


ações sejam reversíveis, a pilha pode ser carregada com energia


elétrica.

Poder de resolução

O valor de um instrumento de observação depende principal-


mente da sua capacidade de fornecer uma imagem detalhada de


um objeto, isto é, seu poder de resolução.


Nele o bloco de massa M é atingido pelo projétil de massa m


Ponte de Wheatstone
a uma velocidade v e atinge uma altura h. Para determinar a

O circuito da ponte de Wheatstone é muito usado para medi-


velocidade do projétil utiliza-se a seguinte expressão:

das rápidas e precisas da resistência. Vejamos um exemplo na


v = M + m 2gh figura a seguir:


m

Pêndulo

Um pêndulo é composto por uma haste fixa por uma extremi-


dade que oscila em torno de um eixo horizontal, que não passa


pelo seu centro de gravidade. Se as diferenças angulares entre


as posições extremas do pêndulo forem pequenas, diz-se que,


se a amplitude não é muito grande, os períodos de oscilações


são iguais e as oscilações são ditas isócronas. Nesse caso, o


movimento realizado pelo pêndulo é um movimento harmôni-


co simples. O período do pêndulo é dado pela expressão:



T = 2π L
Sejam Rx a resistência que se quer medir, R1 um reostato, R2 e

g
R3 resistências e A um amperímetro. Então, para se determinar

Onde T é o período, g a aceleração da gravidade e L o compri- a resistência Rx utiliza-se a expressão:


mento do pêndulo.
R R

Penumbra Rx = 1 2

R3
Se uma fonte luminosa não é suficientemente pequena para ser

considerada puntiforme, a sombra tem duas regiões distintas. Ponto de ebulição


A região interior, que não recebe luz alguma da fonte, é chama- A temperatura em que um líquido ferve quando se lhe for-

da sombra propriamente dita. Em torno da sombra se encontra nece calor, à pressão atmosférica, é chamada de ponto de

a penumbra que recebe apenas parte da luz da fonte. ebulição.


88
Física

Ponto de fusão Pressão atmosférica


A temperatura em que um sólido se funde quando é a ele forne- Pressão atmosférica é a força que a atmosfera exerce sobre a


cido calor, à pressão atmosférica, é chamada de ponto de fusão. superfície de todos os corpos que nela se encontram.


Ponto material Pressão dos fluidos


Um corpo é considerado um ponto material quando suas dimensões Define-se, na estática dos fluidos, a pressão P como o quoci-


físicas podem ser desprezadas para o estudo de seu movimento. ente F da força que age sobre uma face de um corpo e sua área.


S


Posição de um ponto material
No Sistema Internacional, a unidade de pressão é o Pascal (Pa)


Posição de um ponto material em um determinado sistema é
definida por meio de coordenadas em relação a um referencial. que equivale ao newton por metro quadrado (N/m2).



Princípio da conservação de energia


A energia nunca é criada nem destruída. Em um sistema iso-
lado, o total de energia existente antes de uma transformação é


igual ao total que se obtém depois dela.



Princípio de Fermat


Potência elétrica A trajetória que um raio luminoso percorre, segundo as leis da


É a razão entre o trabalho realizado e o intervalo de tempo para óptica geométrica, para unir um ponto A a um ponto B é o

a realização do mesmo. É dada pela expressão: caminho óptico mínimo (ou máximo).

τ Princípio de inércia

P = Princípio da inércia no movimento: o movimento retilíneo e


∆t

uniforme é o movimento de um corpo que não se acha subme-


Como a diferença de potencial U é dada pela razão entre o tido a força alguma. Princípio da inércia no repouso: um corpo

trabalho realizado pela força elétrica e uma carga elétrica q, em repouso permanece indefinidamente neste estado, se ne-
podemos encontrar U da seguinte maneira: nhuma força agir sobre ele.

U = τq

Princípio de Arquimedes

O princípio de Arquimedes é enunciado da seguinte maneira:


Potência Um corpo mergulhado em um fluido em equilíbrio recebe um


A potência média da força F que realiza um trabalho t no inter- empuxo vertical, de baixo para cima, cuja intensidade é igual ao

valo de tempo ∆t, é definida como a relação entre o trabalho e peso do fluido deslocado pelo corpo.

o intervalo de tempo, ou seja: Princípio de Pascal


τ O princípio de Pascal é dado por: A variação de pressão pro-


Pm = vocada em um ponto de um líquido é transmitida integralmente


∆t

a todos os pontos do líquido e das paredes do recipiente que


No Sistema Internacional, a unidade de potência é o W (watt). o contém.


1 W = 1 J/s. A potência instantânea é por sua vez definida como

Princípio dos vasos comunicantes


o limite da potência média em um intervalo de tempo muito

pequeno, tendendo a zero. Se ligarmos um número qualquer de vasos de diferentes formas


(vasos comunicantes) entre si, constatamos que um líquido der-


τ

P = lim ramado num deles atingirá o mesmo nível em todos os demais.


∆t → 0 ∆t

Prisma

Prefixos do SI Um prisma é um meio transparente compreendido entre dois


O prefixo k, utilizado antes do símbolo de unidade m, por exemplo, planos não paralelos que formam um diedro. O ângulo forma-

multiplica a unidade metro por 1.000. Da mesma maneira, os pre- do pelos dois planos é chamado ângulo de refringência (A).

fixos a seguir são utilizados no SI como fatores de multiplicação: Vejamos na figura a seguir um prisma no qual incide um raio

Prefixo Símbolo Fator de multiplicação de luz monocromático (apenas uma cor).


Ex a E 10 18

Peta P 10 15

Tera T 10 12

Giga G 10 9

Mega M 10 6

Quilo k 10 3

Hecto h 10 2

Deca da 10 Na figura, i representa o ângulo de incidência na primeira face


Deci d 10 -1 e r, o ângulo de refração. r’ é o ângulo de incidência na segunda


face e i’ o de refração, denominado particularmente de ângulo

Centi c 10 -2
de emergência.Tendo em vista a figura, pode-se estabelecer as

Mili m 10 -3
seguintes relações:

Micro m 10 -6
• A soma dos ângulos de refração na primeira face e de inci-

Nano n 10 -9
dência na segunda é igual ao ângulo de refringência (A). r

Pico p 10 -12
+ r’ = A

Femto f 10 -15 • raio luminoso ao atravessar o prisma sofre um desvio an-


Atto a 10 -18 gular ∆ dado pela expressão: ∆ = i + i’ – A


89
Suplemento de Pesquisa e Informação

Propagação de calor netismo. Levando ao extremo limite a divisão do ímã, chega-se


Para que haja propagação de calor é necessário que exista dife- aos átomos, que são ímãs elementares definitivos. Esses áto-


rença na temperatura entre dois corpos ou sistemas. O calor se mos imantados existem no aço comum, por exemplo, mas seus


propaga do corpo de maior para o de menor temperatura. Essa eixos magnéticos são orientados em todos os sentidos. A ope-


propagação pode-se dar de três maneiras distintas: ração da imantação consiste em orientá-los todos no mesmo


• Por condução; sentido.


• Por convecção;


Propriedades gerais da corrente elétrica
• Por indução.


A corrente elétrica se manifesta por um conjunto de proprie-


Propagação retilínea da luz dades intrínsecas umas das outras. Algumas características são:


A sombra e a penumbra produzidas por corpos opacos e os aquecimento do fio percorrido por uma corrente elétrica;


eclipses são comumente citados como fenômenos que compro- eletrólise de uma solução contendo um ácido, uma base ou um


vam a propagação retilínea da luz, desde a fonte até o anteparo sal e o desvio de uma agulha imantada, livremente suspensa,


sobre o qual são observadas. quando se faz passar uma corrente num fio colocado nas pro-


Propriedade de inseparabilidade dos pólos ximidades, pois uma corrente cria em torno de si própria um


Caso um ímã seja dividido em n pedaços, de cada pedaço será campo magnético.


obtido um novo ímã, com pólos norte e sul. Em conseqüência, Próton

um corpo eletrizado por indução pode separar os pólos posi- ○ É um dos constituintes básicos da estrutura do núcleo do áto-
tivo e negativo, enquanto os pólos magnéticos são inseparáveis. mo, juntamente com os nêutrons. Apresenta carga elétrica

Essa é uma diferença fundamental entre a eletricidade e o mag- positiva e tem massa aproximadamente igual à do nêutron.


Q


Qualidades de uma balança de precisão Quantidade de movimento


As qualidades essenciais de uma balança dita de precisão são O produto da massa pela velocidade de um corpo é chamado de

exatidão, fidelidade e sensibilidade. quantidade de movimento. Sendo m a massa e v a velocidade, temos



Exatidão: o equilíbrio não pode ser perturbado quando se Q = m v


adicionam pesos iguais nos pratos. A unidade da quantidade de movimento no SI é dada por kg m/s.

Fidelidade: quando a balança obtém o mesmo resultado toda Quilocaloria


vez que a mesma mesma pesagem é repetida. A quilocaloria (Kcal) é a quantidade de calor que deve ser

Sensibilidade: uma balança é sensível quando é possível deter- fornecida a um quilograma de água para elevar sua temperatura

minar massas muito pequenas. de 14,5ºC para 15,5ºC, isto é, de um grau Celsius.


R



Radiação Raios X

O termo radiação se refere à transmissão contínua de energia Radiação eletromagnética penetrante, usualmente produzida

calorífica da superfície de um corpo denominado radiador. pelo bombardeio de um alvo de metal por elétrons de grande

Esta energia é chamada radiante e se apresenta sob forma de energia.


ondas. Propriedades:

· são invisíveis (comprimento de onda muito pequeno);


Radioatividade

· impressionam chapas fotográficas;


Fenômeno que consiste na desintegração espontânea dos áto- · possuem alto poder de penetração;

mos das substâncias chamadas radioativas, provocando a for- · possuem a propriedade de destruir células, sendo usados

mação de átomos diferentes. na cura do câncer incipiente (doses pequenas). Em doses


Raios cósmicos
elevadas, os raios X destroem a medula óssea, os glóbulos

vermelhos e podem produzir a leucemia.


Partículas de grande energia vindas do espaço. Elas induzem a

reações nucleares na atmosfera da Terra, contribuindo assim Reflexão


para a radiação de fundo. Esta radiação é tanto mais intensa Quando um raio luminoso incide sobre uma superfície de se-

paração de dois meios e uma porção de luz muda de direção,


quanto maior é a altitude.


mantendo, porém, o mesmo ângulo de incidência, diz-se que

Raios gama houve a reflexão da luz. A reflexão pode ser regular, caso em

Radiação eletromagnética de grande penetração e energia, que a superfície, sendo perfeitamente polida, plana e regular,

emitida por certos núcleos radioativos. seja atingida por um feixe de raios luminosos paralelos, a re-

90
Física

flexão decorrente irá também refletir raios paralalelos e pode dessa parábola dependerá do sinal da aceleração, como é mos-


ser difusa, ocorrendo no caso de a superfície não ser regular, trado a seguir:


e nesse caso o feixe de raios paralelos irá refletir e produzir


raios luminosos em várias direções.



Refração


Quando um raio luminoso incide sobre uma superfície, uma


parte da luz atravessa a superfície e penetra no segundo meio


que, no caso de ser transparente, é por ela atravessado segundo


uma direção bem determinada, e a outra parte sofre reflexão.
No caso da parcela refratada, sua velocidade muda em função


do novo meio e pode ter sua direção alterada.



Refração atmosférica Já o vértice da parábola corresponde ao instante em que a ve-
locidade do móvel se anula, ou seja, o instante em que o móvel


A atmosfera terrestre vai se rarefazendo à medida que aumenta
muda de sentido na trajetória. No caso em que a aceleração é


a altitude em relação ao solo. Como o índice de refração é
maior que zero, até a mudança de sentido, o movimento é re-


maior quanto maior a densidade, a luz de um astro distante,
tardado; após esse ponto, o movimento passa a ser acelerado.

observada da Terra, vai se refratando à medida que atravessa as
Vejamos um exemplo:

camadas atmosféricas, desviando-se assim de sua direção ori- ○

ginal até atingir o observador.










Outros fenômenos que podem ser assim explicados são as


poças de água que vemos ao longe sobre o asfalto das estradas


Analisando a figura podemos deduzir que: espaço inicial é

em dias quentes ou as miragens do deserto.


dado por S 0 = 4 m; móvel muda de sentido no instante

Regra da mão esquerda t = 2s e nesse instante a velocidade é nula;movimento é


Para determinar o sentido do vetor força magnética atuante retardado entre 0 e 2s e acelerado após 2s.Tendo a parábola

num fio percorrido por corrente elétrica, podemos usar a re- concavidade para cima, podemos deduzir que a aceleração é

gra da mão esquerda. O indicador representa o sentido do positiva.


vetor campo magnético, B, o dedo médio, o sentido de v, a


Representação gráfica da função horária no


velocidade com que uma carga q se move no campo magnético,

movimento uniformemente variado


e o polegar o sentido do vetor força magnética, F. Um esquema

é mostrado a seguir: No movimento uniformemente variado, a representação gráfi-


ca da equação da velocidade é uma reta. Vejamos um exemplo


de um movimento acelerado. Seja a função horária do movi-


mento dada por S = -5 +4t. O gráfico correspondente a essa


função horária é dado por:





Rendimento

As máquinas utilizadas nos dias atuais utilizam energia que


deve estar a uma determinada potência, denominada potência


total, Pt e fornecem energia transformada com outra potência


denominada potência útil, Pu. A diferença entre essas duas é


chamada potência dissipada, Pd. Assim, com base no princípio


de conservação de energia: Podemos verificar que o coeficiente linear (onde a reta corta o

eixo dos y) corresponde ao valor numérico de V0 , a velocidade


Pt = P u – P d

inicial, nesse caso V0 = -5 m/s. O coeficiente angular (o ângulo


Para calcular o rendimento, divide-se a potência útil pela po- formado entre a reta e o eixo dos x) nos fornece a aceleração do
móvel, nesse exemplo, α = 4 m/s2.

tência total. O rendimento é adimensional.


Representação gráfica da função do espaço Representação gráfica no movimento


no movimento uniformemente variado uniforme


No movimento uniformemente variado, a representação gráfi- No movimento uniforme, a representação gráfica do movimento

ca da equação da velocidade é uma parábola. A concavidade é uma reta. Vejamos um exemplo de um movimento progressivo.

91
Suplemento de Pesquisa e Informação

Seja a função horária do movimento dada por S = 2 + t. O gráfico U1 - U2 aplicada a um fio e a intensidade de corrente que o


correspondente a essa função horária é dado por: percorre, ou seja, para um mesmo fio:


U – U2


R = 1


i


Como esta razão constante depende do fio, quanto maior o seu


diâmetro, menor a intensidade da corrente elétrica que o per-


corre. O fio opõe-se à passagem da corrente elétrica, e, por
isso, recebe o nome de resistência elétrica.



Ressonância


Trata-se de um fenômeno físico que ocorre quando é aplicada


uma força externa com a mesma freqüência natural do sistema.


Ao aplicarmos essa força e nos aproximarmos da freqüência
natural, a energia mecânica no sistema aumenta rapidamente


dependendo das limitações físicas do sistema.



Resistência elétrica Ruídos


Estudando experimentalmente a corrente elétrica, pode-se ve- São perturbações sonoras nas quais falta um caráter preciso de

rificar que é constante a razão entre a diferença de potencial ○


periodicidade.

S


Sistemas conservativos A soma desses vetores resulta em:


Nos sistemas conservativos somente forças conservativas rea-


lizam trabalho. Dessa maneira, todo aumento de energia


cinética representa uma diminuição de energia potencial ou


vice-versa. Assim, a energia mecânica no sistema é constante.


A expressão que traduz isso é a seguinte:



Em = E c + E p

Podemos verificar que a extremidade de um vetor é o ponto


Sistema internacional inicial do próximo até que o vetor soma ligue o ponto de par-

Desde 1960 foi adotado o Sistema Internacional de Unidades tida do primeiro vetor à extremidade do último.Na soma de

(SI), que estabeleceu unidades padrão, a fim de uniformizar dois vetores, é comum utilizarmos a regra do paralelogramo:

sua utilização em nível internacional.


São as seguintes as unidades do sistema internacional:


Grandeza Nome da unidade Símbolo


Comprimento metro m

Massa quilograma kg

Tempo segundo s

Intensidade de ampère A

corrente elétrica Na subtração de vetores, utiliza-se o método de somar o vetor


Temperatura kelvin K com seu oposto, da seguinte maneira:


termodinâmica

Quantidade de mol mol


matéria

Intensidade candela cd

luminosa

Soma e subtração de vetores


A soma e a subtração de vetores são operações geométricas.


Consideremos os vetores:

No caso de vetores perpendiculares entre si, podemos utilizar


o Teorema de Pitágoras para somá-los:








92
Física

Sombra Sublimação


Um dos primeiros fenômenos ópticos a ser estudado foi o da Sob condições adequadas de pressão e temperatura, uma subs-


sombra. Um objeto iluminado por uma pequena fonte lumino- tância pode mudar diretamente da fase sólida para a fase gaso-


sa tem sua sombra com a mesma forma do objeto. As retas, que sa, sem passar pela fase líquida. A mudança de sólido a vapor


partem da fonte luminosa e tangenciam os contornos do obje- é chamada sublimação.


to, limitam a sombra.




T





Teorema do impulso • Onda eletromagnética: originária de cargas elétricas acele-
radas. Exemplos: ondas luminosas, raios gama, raio X etc.


O impulso da força resultante sobre um corpo durante um
Em relação à direção de propagação, as ondas podem ser:


intervalo de tempo é igual à variação da quantidade de movi-
• Transversais: a vibração do meio é perpendicular à direção


mento do corpo no mesmo intervalo de tempo. Sendo I o im-
→ → de propagação. Exemplos: ondas luminosas, ondas em uma

pulso da força resultante entre os instantes t1 e t2, e Q1 e Q2, as corda tensa etc.

→ →
respectivas quantidades de movimento, temos I = Q2 – Q1. ○

• Longitudinais: a vibração do meio ocorre na mesma direção


que a propagação. Exemplos: ondas sonoras etc.

Timbre sonoro

O timbre é a qualidade do som que permite ao ouvido humano Trabalho das forças dissipativas

distinguir dois sons de mesma altura e intensidade emitidos As forças dissipativas são as que sempre realizam trabalho re-

por instrumentos diferentes. sistente, em qualquer deslocamento. Em conseqüência disso,


Tipos de ondas eletromagnéticas


em sistema onde estão presentes estas forças, a energia mecâ-

nica diminui, sendo transformada, por exemplo, em calor.


As ondas eletromagnéticas diferem entre si dependendo de sua

Assim a expressão que mostra o trabalho realizado por forças


freqüência e comprimento de onda. A variedade de freqüências

dissipativas é a seguinte:
de ondas eletromagnéticas existentes é chamada espectro ele-

tromagnético. Podemos ver a seguir uma faixa abrangente de tdissipada = E mfinal - E minicial

freqüências e comprimentos de onda:


Trabalho de uma força constante


O olho humano é capaz de distinguir comprimentos de onda

Seja F uma força cujo ponto de aplicação se desloca de A para


na faixa de 3,6 x 10-7 e 7,8 x 10–7m.

B sendo d o vetor deslocamento e θ o ângulo formado entre os


→ → → →
Freqüência Hz Comprimento de onda, m
vetores F e d. Trabalho de uma força F no deslocamento d é

definido como:

23
10

τ = F d cos θ
22 –14
10 10

21 –13
10 Raios gama 10
20
10
–12
Assim, o trabalho resulta em uma grandeza escalar. De

10
10
19
10–11 acordo com o ângulo θ podemos definir o trabalho de três

18
maneiras:
–10
10 10 1Å

Raios X
17 –9
10 10 1 mm

16 –8
10 10
Ultravioleta

10
15
10–7
VISÍVEL

1014 10
–6
1m m
13

–5
10 Infravermelho 10
–4
10 12 10

–3
10
11
10

–2
10
10 10 1 cm

Ondas curtas –1
109 10

10 8
10 1m
Televisão e FM

10
7 101
Ondas em Am 2

1 Mhz106 10
3
10 1 km

105
104 Ondas longas 104

5
1 kHz 10
3
10

10
2 106
No Sistema Internacional a unidade do trabalho é o Joule.

10 107

Trabalho de uma força elástica


Aplicando-se uma força →

F a uma mola elástica (ou seja, quando


Tipos de ondas

retirada a ação da força, a mesma retorna à posição inicial), a


As ondas podem ser classificadas em: →

• Onda mecânica: originária da deformação de um meio ma- mola responde com uma força reativa Fel, que se opõe à defor-

terial. Exemplos: ondas na superfície de líquidos, onda mação, tendendo a trazer a mola para a posição inicial. Pela Lei

sonora etc. de Hooke a força elástica é dada por Fel = k x, onde k é a cons-

93
Suplemento de Pesquisa e Informação

tante elástica da mol, cuja unidade é o N/m. Assim o trabalho cipiente cujas paredes são isolantes (vidro, madeira, borra-


da força elástica é dado pela expressão: cha) e num tempo suficientemente pequeno para que não


seja possível uma troca de energia térmica entre o corpo


k x2
τ= que se estuda e o exterior. Devido à natureza das paredes e


2 à rapidez da transformação, diz-se que o corpo está isolado


O trabalho realizado é denominado motor quando restitui a termicamente.


mola à posição inicial, e resistente quando a mola é alongada ou


Transformação isobárica
comprimida pela ação de alguma outra força.


É a transformação que ocorre à pressão constante. Quase todas


Trajetória as transformações que se realizam em recipientes abertos, isto


É o conjunto de posições ocupadas por um ponto material ao é, sob a pressão atmosférica, são isobáricas.


longo do tempo. Transformação isocórica


É a transformação que ocorre a volume constante. As combus-


tões e, em geral, as reações químicas que se realizam entre


gases em um recipiente hermeticamente fechado constituem os


melhores exemplos.



Transformação isotérmica
É a transformação que se realiza à temperatura constante. Por

exemplo, a fusão do gelo à temperatura constante.


Transformação adiabática Tubo de luminescência


É uma transformação que se realiza sem troca de energia Lâmpada de descarga cheia de hélio ou néon (tubo de néon)

térmica entre o corpo considerado e o exterior. São adiabá- que, a uma tensão alta e pressão baixa, é excitada até emitir luz.

ticos os processos e fenômenos que se realizam em um re- Muito usados nos anúncios comerciais.


U



Ultra-som medicina para exame cardiológico, exame de útero para estudo de


Ondas sonoras com freqüências superiores a 20 kHz. Não são fetos, na física molecular, no exame de estruturas materiais, para

audíveis e são produzidas por fontes especiais. São utilizadas em limpeza de cavidades, para eliminar gases de líquidos etc.


V


Vaporização das outras, melhor a propagação do som. Assim, a velocidade


É a passagem de uma substância da fase líquida para a gasosa. das ondas sonoras é maior nos sólidos e menor nos gases.

Velocidade angular Como as características dos materiais dependem da tempera-


A velocidade angular média ωm é definida como sendo a razão tura, a velocidade de propagação no meio também está sujeita

entre o deslocamento angular ∆ϕ e o intervalo de tempo ∆t: a ela.


∆ϕ Velocidade instantânea

ωm = Seja um móvel que se desloca de uma posição S1 para uma


∆t posição S2 num intervalo de tempo t1 até t2. Define-se velocida-


A velocidade angular instantânea é dada pelo limite da veloci- de instantânea como sendo o quociente entre a variação do

dade angular média em um intervalo de tempo muito pequeno, espaço e uma variação muito pequena de tempo, ou seja, que

tendendo a zero. tenda a zero. Assim a velocidade instantânea pode ser definida

como a operação limite:


ωm = lim ∆ϕ

V = lim ∆S
∆t → 0 ∆t

∆t→0 ∆t

A unidade da velocidade angular no SI é o rad/s.


Velocidade média

Velocidade da luz Seja um móvel que se desloca de uma posição S1 para uma

A velocidade da luz no vácuo é de aproximadamente 3 x 1010 cm/ posição S2 num intervalo de tempo t1 até t2. Define-se velocida-

s ou 300.000 km/s. de média como sendo o quociente entre a variação do espaço e


Velocidade de propagação das ondas o intervalo de tempo gasto.A expressão que fornece a velocida-

sonoras de média é a seguinte:


A velocidade de propagação de uma onda sonora depende do ∆S


vm =
meio. Quanto mais próximas as partículas do meio estão umas ∆t

94
Física

Vetor



No sentido exato, vetor é sinônimo de segmento orientado AB.


O vetor é um segmento no qual são distintos o ponto de origem r



A e o ponto extremo B. Tal segmento tem um comprimento AB,


uma direção (a da reta r que passa por) e um sentido (o de A B


para B). A é o ponto de aplicação e r é a linha de ação. Vejamos


a seguir a representação gráfica de um vetor: A



W





Watt


Abreviação W. Unidade de potência, de fluxo de calor e de


energia. 1W = 1 J/s (Joule/segundo).



Z


Zero absoluto

Menor temperatura que se pode atingir (conclusão teórica).


Corresponde a -273,15 ºC.






































95
Matemática


A




Adição e subtração de arcos trigonométricos Submúltiplos


Sendo os arcos a e b de uma circuferência, temos: Decímetro quadrado — 1 dm2 = 10 –2 m 2


• sen (a + b) = sen a . cos b + sen b . cos a Centímetro quadrado — 1 cm2 = 10 –4 m 2


• sen (a – b) = sen a . cos b – sen b . cos a Milímetro quadrado — 1 mm 2 = 10 –6 m 2


• cos (a + b) = cos a . cos b – sen a . sen b Área do círculo


• cos (a – b) = cos a . cos b + sen a . sen b Ac = π . r2, onde r é o raio e π é um número irracional que vale


Sendo os arcos a, b e a + b ≠ π + R π; R e Z, temos: aproximadamente


2 3,14159...


• tg (a + b) = (tg a + tg b) • tg ( a – b) = (tg a – tg b) Lembremos, ainda, que o comprimento da circunferência é


1 – tg a . tg b 1 + tg a . tg b dado pela fórmula:


Aplicação à taxa variável


Quando um capital tiver aumentos sucessivos com taxas não-

constantes, o montante é dado pelo produto deste capital pelos C=2.π.r r

fatores de aumento. Esse valor é obtido a partir da expressão: ○


o
M = C (1 + i1) . (1 + i 2) . ... . (1 + i n)

Exemplo: Um capital de R$ 5.000,00 foi aplicado às seguintes Área da coroa circular


taxas de juros compostos: 8% no primeiro mês, 10% no segundo A área da coroa circular é igual a diferença entre as áreas dos

e 15% no terceiro. Determinar o montante após esses três meses. círculos maior e menor. Assim:

Acc = π . R 2 – π . r 2 = π . (R2 – r 2), onde R é o raio da


M = 5.000 . 1,08 . 1,10 . 1,15 ⇒ M = R$ 6.831,00 circunferência maior e r é o raio da circunferência menor.

Arco metade

Sendo a um arco trigonométrico, temos que:


Î(1 + cos a)

r
• cos a = ±

2 2 o

• sen a = ± Î(1 – cos a)


2 2
Î(1– cos a)

• tg a = ± R

2 (1 + cos a)

Arcos múltiplos Área do hexágono inscrito


Sendo a um arco trigonométrico, temos que: l=r


• sen 2a = 2 . sen a . cos a E D



• cos 2 a = cos2a - sen2a = 2 . cos2 a – 1 = 1 – 2 . sen2a h = 3 , onde l é o lado do

l

• tg 2a = 2 . tg a r 2 hexágono

1 – tg2 a F C
O

• sen 3 a = 3 sen a – 4 sen2a = sen a (4 cos2 a – 1) l A = 3 l 2Î 3


• cos 3 a = 4 cos 3a – 3 cos a = cos a (1 – 4 sen 2a) h


2

• tg 3a = (3 tg a – tg2 a)/(1 – 3 tg 2 a) A B (área de 6 triângulos


• sen ma = sen a cos (m – 1) a + sen (n – 1) a cos a eqüiláteros)


• cos ma = cos a cos (m – 1) a – sen a sen (m – 1) a


• tg ma = (tg a + tg (m – 1)a)/(1 – tg a tg (m – 1) a) Área do losango


Área

Medir uma superfície é compará-la com a medida de outra


superfície considerada como um padrão. A medida de uma


superfície é denominada área. A unidade legal de área é o metro


quadrado (m2), que corresponde à área de um quadrado com


um metro de lado.

Múltiplos

Quilômetro quadrado — km2 = 10 6 m 2


Hectômetro quadrado — hm2 = 10 4 m 2 A= d.D


Decâmetro quadrado — dam2 = 10 2 m 2 2


Metro quadrado — m2 (área do losango de diagonal menor d e diagonal maior D)


99
Suplemento de Pesquisa e Informação

Área do paralelogramo Área do setor circular




Asetor = π . r2 . α


360o





A=b.h


(área do paralelogramo de base b e altura h) Área do trapézio


Área do polígono regular


A


A F
B


H
2


3 2
3 o 1 4 o1


E C G

B l 5a 8
l 4 6

5a 6 7
a ○

C D F
A = (b + B) . h

D
E 2

(área do trapézio de base menor b, base maior B e altura h)


A área do polígono regular é dada pela soma das áreas dos


Área do triângulo

triângulos:

Ap = A 1 + A 2 + A 3 + ... + A n

Mas: A1 = A2 = ... An = l . a

2

sendo que n é o número de lados (igual ao número


de triângulos no polígono); p é o perímetro; A p é a


área do polígono regular; l é a medida do lado e a é a


medida do apótema.

Então: Ap = n . A A= b.h
n

2
p.a
Ap = n . l . a , mas n . l = p. Logo A p = (área do triângulo de base b e altura h)

2

2 Área do triângulo retângulo


Área do quadrado

A= b.c

2

A = l . l = l2 (área do triângulo retângulo, onde


(área do quadrado de lado) b e c são os catetos do nABC)






Área do quadrado inscrito


D Área do triângulo eqüilátero


l = rÎ2

r a l

a = r Î2 , onde l é o lado do

A r o r C 2 quadrado ABCD

r

A = 2r2

B

Área do retângulo

A altura h do triângulo eqüilátero é h = l .Î 3 , e a área,


A=b.h

(área do retângulo de base b e 3


A = l .Î 3 ,

altura h)
4

onde l é o lado do triângulo.


100
Matemática

Área do triângulo eqüilátero inscrito Área total


A É a soma das áreas das faces e das bases de um sólido.


l = rÎ 3


Área total de um prisma


l A área total de um prisma é dada pela soma das áreas das figuras
a = r , onde l é o lado do


l 2 triângulo ABC
geométricas que o compõem. Uma expressão geral para a área


do prisma é a seguinte:


a A = lÎ3


At = Al + 2 Ab
4


B l C


Onde At é a área total do prisma;


Área lateral Al é a área lateral do prisma;


É a soma das áreas das faces de um sólido. Ab é a área da base do prisma.



B ○

Baricentro ○

Bhaskara
O baricentro (G) de um triângulo é o ponto de intersecção das Nasceu em 1114 e morreu em 1185, na Índia. Astrônomo,

medianas do triângulo. Tendo os vértices do triângulo coorde- dedicou-se ao desenvolvimento da matemática e foi responsável

nadas A(x1, y1), B(x2, y 2) e C(x3, y3), o baricentro é calcu- por vários avanços nas área da aritmética, geometria plana e

lado da seguinte maneira: combinatória.



Binômio de Newton
31 2 1
G x1 + x2 + x 3 , # y1 + y 2 + y 3
24

Trata-se da expressão geral do desenvolvimento da potência de


3 3 um binômio:

A (x + a)n = Cn,0 a0 xn + Cn,1 a x n –1 + ... + C n,n a n x 0


Exemplo:

G (x + 2)2 = C2,0 x 2 + C 2,1 2 x2 –1 + C 2,2 2 2 x 2 –2 =


1x2 + 2 . 2 x + 1 22 = x 2 + 4 x + 4

B M C


C


Cálculo da geratriz Submúltiplos:


Toda dízima periódica pode ser representada pela fração Decilitro – dL = 10-1 L

geratriz. Veja a seguir exemplos de como se determinar fração Centilitro – cL = 10-2 L


geratriz de uma dízima: Mililitro – mL = 10-3 L


1) Seja x = 1,333333... Classificação de uma progressão aritmética


Multiplicando 1,3333... por 10, temos 13,33333333... Uma progressão aritmética pode ser classificada em:

Se efetuarmos a subtração

Crescente: caso a razão seja um número positivo. Exemplo:


10x – x = 13,3333333... – 1,33333... = 12 = 9x

(2, 4, 6, 8...) seqüência na qual a razão é igual a 2.


Logo x = 12/9 ou x = 4/3.

Decrescente: caso a razão seja um número negativo. Exemplo:


2) Seja x = 0,353535... (9, 6, 3, 0, –3...) seqüência com a razão igual


Multiplicando 0,353535... por 100 temos 35,353535... a –3.


Se efetuarmos a subtração 100x – x = 35,353535... – Constante: caso a razão seja igual a zero. Exemplo: (1, 1, 1,

0,353535... = 35 = 99x 1...) onde a razão é igual a zero.


Logo x = 35/99 Classificação de uma progressão geométrica


Capacidade, medidas de Uma progressão geométrica pode ser classificada em:


Para as medidas de capacidade é utilizada a unidade litro, seus Crescente: caso a razão seja um número positivo. Exemplo:

múltiplos e submúltiplos. O litro pode ser considerado como (2, 4, 8, 16 ...) seqüência na qual a razão é igual a 2.

equivalente a 1dm3 = 1kg. Decrescente: caso a razão seja um número entre zero e um.

Múltiplos Exemplo: (9, 3, 1, 1/3 ...) seqüência na qual a


Hectolitro – hL = 102 L razão é igual a 1/3.


Decalitro – daL = 10 L Alternante: caso a razão seja um número negativo. Exemplo:


Litro – L (1, –1, 1, –1 ...) onde a razão é igual a –1.


101
Suplemento de Pesquisa e Informação

Classificação de trapézios Área da base:


Os trapézios podem ser: Ab = π r 2


• isósceles: os lados não-paralelos são iguais. Área lateral:


• escaleno: os lados não-paralelos são desiguais. Al = 2 π r h


• retângulo: as bases são perpendiculares a um dos lados. Assim a área total fica definida como:


• obliquângulo: as bases não são perpendiculares aos lados. At = Al + 2 A b



Classificação de triângulos Onde: At é a área total do cilindro;


Triângulo é o polígono que possui três lados. Al é a área lateral do cilindro;
Ab é a área da base do cilindro.


O triângulo pode ser:
Ou ainda, At = 2 π r (h + r)


• eqüilátero: três lados e três ângulos iguais.


• isósceles: dois lados iguais. O volume do cilindro é dado pela seguinte expressão:


• escaleno: três lados desiguais.
V = π r2 h


• retângulo: um ângulo reto.


• acutângulo: três ângulos agudos. Circunferência


• obtusângulo: um ângulo obtuso. É o conjunto dos pontos do plano equidistantes de um ponto


Ciclo trigonométrico fixo O, denominado centro da circunferência.

O ciclo trigonométrico é uma circunferência orientada de ○

raio 1. A orientação é positiva no sentido anti-horário e nega-


tiva no sentido horário. O ciclo trigonométrico é dividido em


quadrantes determinados pelos eixos cartesianos.





A medida da distância de qualquer ponto da circunferência ao


centro O é sempre a mesma e é chamada de raio.



Coeficiente

Trata-se de um número que multiplica um monômio ou um


termo. O coeficiente de um monômio pode ser definido em


relação a uma, a várias ou a todas as letras.


Coeficiente angular

O primeiro quadrante contém a extremidade dos arcos Chama-se coeficiente angular de uma reta r o ângulo formado

entre 0 e 90° ou 0 e π rad. pela reta com o eixo dos x. Se a reta r passa pelos pontos

2

A (x1, y1) e B (x2,y2), então o coeficiente é dado pela expressão:


O segundo quadrante contém a extremidade dos arcos

m = . y2 – y1
entre 90° e 180° ou π e π rad.

x2 – x 1
2

O terceiro quadrante contém a extremidade dos arcos Coeficiente linear


Dada a equação da reta sob a forma reduzida y = ax + b, é


entre 180° e 270° ou π e 3π rad.

2 chamado coeficiente linear da reta o coeficiente b, que indica o


O quarto quadrante contém a extremidade dos arcos ponto em que a reta intercepta o eixo dos y.

entre 270° e 360° ou 3π e 2π rad.


Complexo aritmético
2

Denominação genérica para os sistemas de medida não-decimais.


Cilindro Exemplos:

Cilindro é o sólido geométrico que tem como bases duas cir- • medida de tempo: 5 anos, 2 meses e 9 dias.

cunferências. Vejamos a figura a seguir: • medida de ângulo: 59º 26’ 9”.


Comprimento da circunferência

Seja a circunferência de raio r, representada pela figura a


seguir:


o

r

d = 2r é chamado diâmetro da circunferência. O comprimento


Para determinarmos as áreas no cilindro utilizamos as seguin- da circunferência é dado pela expressão:

tes expressões: C=2πr


102
Matemática

Condição de alinhamento de três pontos Conjuntos, diferença


Para verificar se três pontos A(x1,y1), B(x2,y 2) e C(x3, y3) A diferença de dois conjuntos A e B é o conjunto dos elementos


estão alinhados, conforme ilustra a figura a seguir, basta cal- que pertencem a A mais que não pertencem a B. Representa-se


cular o determinante: por A – B.


Y x1 y1


1
y3 C
D= x2 y2


1
y2 B


x3 y3 1
y1 A


A B
Se D = 0, temos que os três pon-


0 x x2 x3 x tos estarão alinhados.


1
Cone


Se imaginarmos um triângulo retângulo em movimento circu-


lar em torno de um de seus catetos teremos uma idéia bastante A – B está sombreado


aproximada de um cone. Entretanto, vejamos a figura a seguir


Conjuntos, igualdade
e seus elementos:


Dois conjuntos A e B são iguais se possuem os mesmos ele-


mentos. A igualdade é representada pela expressão A = B.

○ Exemplo: Sejam A = {3, 5, 7, 9} e B = {7, 3, 5, 9}, portanto
A = B pois possuem os mesmos elementos.

Conjuntos, notação

Os conjuntos são em geral representados por letras maiúsculas


A, B, C, ... X, Y, Z. Os elementos do conjunto, por letras


minúsculas a, b, c, ... x, y, z. Assim, o conjunto V das vogais


será representado por:


V = {a, e, i, o, u}

Podemos definir algumas relação entre esses elementos: Para representar um elemento qualquer de um conjunto, uti-

g2 = h2 + r 2 lizamos a letra minúscula x.


onde g é a geratriz, h é a altura e r é o raio da base. Dessa forma, o conjunto infinito A = {1, 3, 5 ...} terá a seguinte

A expressão que dá a área do cone é a seguinte: representação:


At = Al + Ab

A = { x | x é ímpar}

Onde At é a área total do cone; Conjuntos, propriedade da álgebra


Al é a área lateral do cone; 1) Leis idempotentes


Ab é a área da base do cone. A∪A=A


Como Al = πrg e a Ab = πr2, temos: A∩A=A


At = πr (g + r)

2) Leis associativas
(A ∪ B) ∪ C = A ∪ (B ∪ C)

E o volume é dado por:


(A ∩ B) ∩ C = A ∩ (B ∩ C)

V = 1 π r2 h

3 3) Leis comutativas

A∪B=B∪A

Conjunto A∩B=B∩A

Conjunto é uma coleção ou classe de objetos bem definidos. Esses 4) Leis distributivas

objetos são chamados elementos ou membros do conjunto. A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C)


Conjunto, complemento de um A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)

O complemento de um conjunto A é o conjunto de elementos


Conjunto imagem
pertencentes ao universo U que não pertencem a A, isto é, é o

Dada uma relação R do conjunto A no conjunto B, chama-se


conjunto diferença U – A e é representado por A’.

conjunto imagem ao conjunto dos elementos de B que são


Representando em um diagrama temos:

imagem de algum elemento de A. O conjunto imagem é repre-


U sentado pela notação I(R).


Conjunto produto

A’ Dados dois conjuntos A e B, cujo produto consiste em todos


A os pares ordenados (a, b), onde a e A e b e B.


O produto desses conjunto é representado por A x B.


A x B = {(a, b) | a e A e b e B}.

Exemplo: Seja A = {1, 2, 3} e B = {5,7} então A x B =


{(1, 5); (2, 5); (2, 7); (3, 5); (3, 7)}

103
Suplemento de Pesquisa e Informação

Conjunto Universo Coordenadas car tesianas


Todos os conjuntos são subconjunto de uma conjunto defini- Consideremos dois eixos, que se interceptam num ponto cha-


do. Este conjunto é denominado Universo de estudo ou mado origem. As coordenadas de um ponto são determinadas


conjunto universo, o qual é representado pela letra U. pela utilização de linhas paralelas a esses eixos. O valor algébri-


co do vetor que une um ponto ao eixo dos y é chamado abscissa


Conjunto vazio
ou coordenada x. O valor algébrico do vetor que une um ponto


Também chamado de nulo, é aquele que não contém elementos
e é representado por ∅ ou { }. ao eixo x é chamado ordenada ou coordenada y.



Exemplo: O conjunto de habitantes da Terra que tenham mais


de 5 m de altura. Como não há pessoas com essa característica,


este conjunto é vazio.


y1 p
Conjuntos disjuntos


Se dois conjuntos A e B não possuem elementos comuns, eles


são chamados disjuntos.



Exemplo: A = {1, 3, 5, 7, 9} e B = {2, 4, 6, 8}


A e B são disjuntos pois não possuem elementos em comum.

Conjuntos equivalentes ○

o y1
Dois conjuntos são equivalentes se pudermos estabelecer uma x

correspondência biunívoca entre seus elementos.


Coordenadas car tesianas retangulares


Exemplo: Se {a, b, c, d, e} = {1, 2, 3, 4, 5}, Diz-se do sistema de coordenadas cartesianas em que os eixos

então a = 1, b = 2, c = 3, d = 4 e e = 5. x’ 0 x e y’0 y são perpendiculares. Denominam-se, também,


coordenadas cartesianas ortogonais.


Conjuntos finitos e infinitos

Os conjuntos podem ser finitos ou infinitos se tiverem ou não Coordenadas do vér tice de uma parábola

um número limitado de elementos diferentes. O vértice da função de 2o grau, f(x) = ax2 + bx + c, cuja repre-

sentação gráfica é uma parábola, é dada por


Contradomínio
5
V = –b; –∆
6

Dada uma relação do conjunto A no conjunto B, chama-se 2a 4a


contradomínio o conjunto imagem, nessa caso, B. O


Coordenadas polares

contradomínio é representado por C(R).


Seja uma semi-reta Px (denominada eixo polar), tendo por ori-

Conversão de um complexo aritmético gem P (pólo). Chamamos coordenadas polares de um ponto A


Para converter um complexo aritmético, multiplicam-se as do plano dessa semi-reta a distância r = PA (coordenada linear

unidades superiores pelo número de unidades subseqüente- ou raio vetor ou ângulo polar) que o eixo polar forma com PA.

mente inferiores, e ao resultado somam-se as unidades


inferiores imediatas que já existem. Realiza-se esse procedi- Correspondência biunívoca


mento até que todo o número passe para a mesma unidade. Também chamada de correspondência um para um, ocorre

Exemplo: Converter 3h 40 min e 12 s em segundos quando se associa cada elemento de um conjunto a um só ele-

3 . 60 . 60 + 40 . 60 + 12 = 10 800 + 2 400 + 12 = 13 212 s mento de um outro conjunto.


Assim, 3h 40min 12s equivalem a 13 212 s Cossecante de um arco


Coordenadas Define-se cossecante como o inverso do seno de um arco.


Conjunto de grandezas que determina a posição de um ente cossec a = 1 , sendo sen a ≠ 0 e, portanto, a ≠ k π, k ∈ Z.

geométrico no plano ou no espaço. sen a


Cosseno de um arco

Coordenadas bipolares
Observemos a figura a seguir:

Sejam dois pontos P e P’ fixos de um plano, chamado de pólos.


Chamamos raios vetores de um ponto A, pertencente ao mes-


mo plano de P e P’, as distâncias d e d’ de A aos pólos. Este


sistema também é chamado de bivetorial ou bilinear. B


P

x
P1

O M A

d

A

d’

Ao arco AB está associado ao ângulo a, e sendo o triângulo


P2 OMB retângulo, podemos determinar o cosseno de:


cos = cateto adjacente/hipotenusa


P’ cos = OM

104
Matemática

Assim, sempre que quisermos saber o cosseno de um arco, Cubo


basta projetá-lo no eixo dos x, o eixos dos cossenos. O cubo é um caso particular de paralelepípedo retângulo, pois


Como o ciclo trigonométrico tem raio 1, –1 ≤ cos α ≤ 1. suas bases e faces laterais são quadrados e dessa maneira suas


Quanto ao sinal que o cosseno assume, os arcos que têm extre- dimensões são iguais a = b = c.


midades no primeiro e quarto quadrantes possuem cossenos


positivos, já aqueles com extremidades no segundo e terceiro


quadrantes, possuem cossenos negativos.


Cotangente de um arco c=a


Define-se cotangente como a razão entre o cosseno e o seno de


um arco.


cotg = cos a , sendo sen a ≠ 0, e portanto a ≠ k π, k ∈ Z.


sen a b=a



Cramer, Gabriel Assim, as expressões que fornecem a área e o volume do cubo


Nasceu em 1704 em Geneva (agora Suíca), e morreu em 1752 ficam reduzidas à:


em Bagnols-sur-Cèze, na França. Cramer trabalhou em aná- Área total:


lise combinatória e determinantes. Cramer tornou-se profes- At = 6 a2

sor em Geneva. Suas maiores contribuições estão na resolução ○
Volume:
de determinantes e suas aplicações em geometria análitica. V = a3


D


Definição de poliedro b) A e B conjuntos disjuntos


Define-se poliedro como o sólido limitado por polígonos


planos que têm, dois a dois, um lado comum.


A
vértice

B

aresta

c) Seja A = {a, b, c, d, e} e B = {d, e, f, g, h}


face

A B

f

Desconto comercial a
c
d

É o desconto sobre o valor nominal do título e é dado por: e g


b h
D=N.i.n

onde D é o desconto comercial, N é o valor nominal do título, A ∩ B = {d, e}


i é a taxa de desconto e n o número de períodos entre a data da


A ∪ B = {a, b, c, d, e, f, g, h}

operação de desconto e a data do vencimento.


Diferença
Exemplo: Vide Valor atual ou líquido.

É o resultado da operação subtração. Também é denominada


Diagrama de Venn-Euler resto ou excesso.


Para representar graficamente as diversas relações entre os


Diferença entre quadrados

conjuntos, utilizamos os chamados diagramas de Venn-Euler.


A diferença entre os quadrados de dois números inteiros e

Em geral são representados por uma superfície plana, em par-


consecutivos é igual ao dobro do menor mais uma unidade.

ticular por um círculo.


a2 – (a – 1)2 = 2 a + 1

Exemplos:
Exemplo: 52 – 42 = 2 . 4 + 1 = 9

a) A,B (lê-se: A está contido em B) A diferença entre os quadrados de dois números é igual

a= x1 e c = x2

b d

B Se x1 = x 2, então

a= c

b d

Essa sentença é lida como: a está para b assim como c está para d.

A Assim pode-se dizer que os números a, b, c e d formam uma


proporção e os termos da mesma são denominados segundo sua


posição. Veja a seguir:


105
Suplemento de Pesquisa e Informação

a : b = c : d ou a/b = c/d Como x + y + z = 340 então


assim, b e c são chamados meios e a e d, extremos. x = y = z ⇒ x + y + z = 340 = 20, portanto:


Daí podemos concluir a propriedade fundamental das


proporções: 4 6 7 4 + 6 + 7 17 1
20 = x ⇒ x = 80



Em toda proporção o produto dos extremos é igual ao 1 4


produto dos meios e vice-versa. Do mesmo modo, y = 120 e z = 140


Distância entre dois pontos de um plano


Dados dois pontos A(x1, y1) e B(x2, y2) a distância entre eles Divisões inversamente proporcionais


é calculada pela seguinte expressão: Podemos definir uma divisão inversamente proporcional pelo


Î seguinte exemplo:


d(A,B) = (x2 – x1)2 + (y2 – y1)2


Consideremos o número 380. Queremos dividi-lo de forma


Distância entre um ponto e uma reta inversamente proporcional aos números 2, 5 e 4.


(expressão analítica) Chamemos então de x, y e z os números obtidos desta divisão.


É a distância da perpendicular que une o ponto e a reta. Assim teremos, duas sucessões (x, y e z) e (2, 5 e 4).


Consideremos uma reta r, cuja equação é a x + by + c = 0 e um Então x = y = z

ponto P(x1, y1), fora de r. A expressão da distância d(P, r) do ○

1/2 1/5 1/4


ponto à reta é dada por: Como x + y + z = 380 então

d(P, r) = | a x1 + b y1 + c|
x = y = z ⇒ x+y+z = 380 = 400, portanto:

Î a2 + b 2 1/2 1/5 1/4 1/2 + 1/5 + 1/4 19/20


400 = x ⇒ x = 400 . 1 ⇒ x = 200


Divisor 1 1/2 2

Denomina-se o número que divide outro, de modo que a dessa


Do mesmo modo, y = 80 e z = 100


divisão não sobre resto.

Exemplo: 6 divide 24 quatro vezes. Nessa divisão, não há resto.


Dízima periódica

Divisões diretamente proporcionais Dízima periódica é uma fração escrita sob a forma decimal,

Podemos definir uma divisão proporcional pelo seguinte exemplo: cujos números repetem-se indefinidamente. Denomina-se pe-

Consideremos o número 340. Queremos dividi-lo de forma ríodo o grupo de algarismos que se repete.

proporcional aos números 4, 6 e 7. Exemplos: 0,2222222 ... (período = 2)


Chamemos então de x, y e z os números obtidos desta divisão. = 0,35353535 ... (período = 35)

Assim teremos, duas sucessões (x, y e z) e (4, 6 e 7).


Então x = y = z.

4 6 7

E


Elementos de um poliedro 2a ordem quando a incógnita for de segundo grau e de ordem


Em um poliedro podemos definir três elementos distintos: n quando a incógnita for um expoente de n-ésimo grau.

a) Faces: são as regiões poligonais que limitam o sólido. Exemplo: 2x = 32


b) Arestas: representam a intersecção de duas faces. 2x = 2 5


c) Vértices: representam a intersecção de três ou mais arestas. x=5



Equação geral da circunferência


A equação geral da circunferência é de ordem 2 e possui duas


vértice incógnitas:

x2 + y 2 + Ax + By + C = 0

Equação modular

aresta face
Para resolver equações modulares, utilizamos a definição de

módulo. Exemplo: Resolva a equação |2x| = 14


Se o módulo de 2x é 14 então a função y = 2x pode tanto


assumir o valor 14 como –14.


Assim 2x = 14 ⇒ x = 7 ou 2x = –14 ⇒ x = –7. S= {–7, 7}.

Equação exponencial Esfera


Equação exponencial é toda equação que possui uma ou mais Se imaginarmos uma circunferência em movimento circular

incógnitas como expoente. Uma equação exponencial é de em torno de seu diâmetro, teremos uma idéia bastante aproxi-

106
Matemática

mada de uma esfera. Entretanto, vejamos a figura a seguir e Com base nesta pesquisa, os jornais B e C podem concluir


seus elementos: que seus produtos devem sofrer algum tipo de alteração


para ganhar público.


b) Gráfico: As representações gráficas dos dados estatísticos


facilitam a “leitura” dos resultados, que tornam-se bem mais


visíveis do que em tabelas. Os gráficos mais utilizados são:


• Gráfico de segmentos de reta:






A área da esfera é dada pela expressão: A = 4 π r2


E o volume é dado por: V = 4 π r3


3



Estatística


Estatística é a ciência que utiliza números para descrever fatos. • Gráfico de barras ou histograma:

Nessa ciência, chamamos dados estatísticos os dados numé- ○
No de pessoas
ricos que nos permitem descrever e avaliar os fatos para fazer-

mos previsões, estimativas ou tomadas de decisões. Os dados Jornal 1400


estatísticos podem ser representados por meio de tabelas ou


gráficos.

B 360
a) Tabelas: As tabelas dispõem os dados estatísticos de modo

C 240
comparativo. Por exemplo: para determinar a preferência

A No de pessoas
pelos jornais A, B ou C, foram entrevistadas 2.000 pessoas.

240 360 1400


A pesquisa revelou o seguinte: A C B Jornal

• Gráfico de setores
Jornais No de pessoas % das pessoas

A representa 70%

A 1.400 70%
B representa 12%

B 240 12% C representa 18%


C 360 18%

Total 2.000 100%





F


Fatorial

Denomina-se fatorial do número natural n, o produto dos


primeiros números naturais até n (excetuando o 0). A forma



simbólica do fatorial é n!.


Exemplo: 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120

Convencionou-se: 1! = 1e 0! = 1.

Fibonacci, Leonardo

Leonardo Fibonnaci (1170 – 1250), italiano nascido em Pisa,


popularizou o atual sistema decimal de numerais e em sua maior


obra, o Liber Quadratorum (1225, O livro dos números qua-


drados), deixou uma grande contribuição para a teoria dos


números. Seu nome é hoje conhecido também pela seqüência


de números 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13..., obtida pela seguinte regra: Fórmula do termo geral de uma progressão

o próximo número na seqüência é o resultado da soma dos dois aritmética


últimos números. Essa é a chamada seqüência de Fibonacci. A fórmula para determinação geral de uma progressão aritmé-

Essa seqüência aparece como o padrão de formação de muitos tica é dada por:

esquemas naturais, como a disposição de pétalas de algumas


flores e as espirais de algumas conchas. an = a 1 + (n + 1) r


O padrão da espiral da concha do nautilus relaciona-se com a onde an é termo que se quer determinar, r é a razão, a1 é o

seqüência de Fibonacci. primeiro termo e n é o número de termos da progressão aritmética.


107
Suplemento de Pesquisa e Informação

Fórmula do termo geral de uma progressão Função do 2 o grau


geométrica Chama-se função de 2o grau ou função quadrática, de domínio


A fórmula para determinação geral de uma progressão geomé- R e contradomínio R, a função f(x) = ax2 + bx + c onde a, b,


trica é dada por: c são números reais e a Þ 0.



an = a 1 . q n–1 Função exponencial
A função exponencial f, de domínio R e contra-domínio R,


onde an é termo que se quer determinar, q é a razão, a1 é o primeiro
é definida por y = ax, onde a > 0 e a Þ1. São exemplos de


termo e n é o número de termos da progressão geométrica.


funções exponenciais: y = 5x, y = ex.
Fourier, Jean Baptiste Joseph


Nasceu em 1768 e morreu em 1830. Foi um matemático francês Função identidade


conhecido por suas contribuições para a matemática e a física. Foi Considerando a forma geral da função de 1o grau y = ax + b,


conselheiro científico de Napoleão Bonaparte e professor. temos a função identidade quando a = 1 e b = 0, então x = y.


Exemplo: para x = y temos a chamada bissetriz dos quadrantes


Função ímpares:


Função é a relação de A em B, tal que para todo elemento de A


corresponde um único elemento de B, obedecendo a uma lei de y
1o quadrante

formação.

Exemplos: ○

1) A B 1 y=x

0

1
1 x

A

3o quadrante

2
B

3 Para x = –y obtemos a chamada bissetriz dos quadrantes pares:


C

y

2o quadrante

É função pois a cada elemento de A corresponde um único


elemento de B. 1

2) A B

–1 O

1
A
y=–x

2
B 4o quadrante

3 Função injetora

C
Uma função é injetora se para dois elementos distintos do

domínio temos duas imagens diferentes no contradomínio.


D
Vejamos o diagrama a seguir:

Não é função, pois D, elemento de A, não tem correspondente em B. A B



1
Função bijetora 0
6

Um função é bijetora quando é ao mesmo tempo sobrejetora e 2


1
injetora. Ver função sobrejetora e função injetora. 9

Função constante 5

2
15
Considerando a forma geral da função de 1o grau y = ax + b temos

10
a função constante quando a = 0, dessa forma y = b, sendo b e R. 3

Exemplo: na função ax + 4 = 0, para a = 0, temos y = 4. Logo


teremos o seguinte gráfico:


Como podemos verificar todos os elementos de A tem um


correpondente distinto em B.

Função linear

Considerando a forma geral da função de 1o grau y = ax + b,


temos a função linear quando b = 0, a Þ 0 e a Þ1, a e b e R.


Função do 1º grau São exemplos: y = 2x, y = 3x + 2.


Chama-se função do 1o grau a função f: R → R definida por Função modular


y = ax + b, com a e b números reais e a ≠ 0, sendo a o coeficiente Função modular é toda função f, de domínio em R e contra-

angular da reta e b o coeficiente linear da reta. domínio em R, tal que f(x) = |x| ou y = |x|.

108
Matemática

Função polinomial A B


Chama-se função polinomial ou polinômio a toda função P: R -> R,


1
0
definida por uma equação do tipo:


2
P(x) = anxn + an–1 xn–1 + ... + a2x2 + a1x + a0, onde P(x) é o polinômio 1


em x e (an, an–1 ... a0) e N


5
Exemplos: P(x) = 2x4 – 5x3 + x2 +1 é função polinomial 2


P(x) = x–2 + 5x – 4 não é função polinomial pois –2 e N. 10


3

Função sobrejetora


Uma função é sobrejetora quando seu conjunto imagem é o


próprio contradomínio. Vejamos um exemplo:


Como podemos verificar todos os elementos de B possuem um
Seja f(x) = x2 +1 onde A = {0, 1, 2, 3} e B = {1, 2, 5, 10}.


correspondente em A. Dessa maneira, o conjunto imagem é o
Calculando os valores da função f(0) = 1, f(1) = 2, f(2) = 5 e


próprio contradomínio da função.
f(3) = 10 temos o seguinte diagrama:



G ○

Geratriz da dízima periódica ○

Gráfico da função exponencial


É a fração que dá origem à dízima periódica. Seja a função y = 3x. O gráfico dessa função é mostrado a

Exemplo: 4/3 = 1,3333333333... seguir:



Gráfico da função de 2 o grau x y = 3x


A construção do gráfico da função de 2o grau requer alguns


passos, tal como a determinação das raízes da função, determi- –2


12
3 –2 = 1 2 = 1

nação do vértice da parábola e também determinar em que 3 9


ponto a parábola corta o eixo dos y. Vejamos um exemplo práti-


co: construa o gráfico da função de 2o grau y = 2x2 – 3x + 1. –1


12
3 –1 = 1 1 = 1

Resolução: 1o passo: Determinar as raízes da função, igualando-a 3 3


a zero. 0 30 = 1

2x2 – 3x + 1 = 0 ⇒ ∆ = (– 3)2 – 4 . 2 . 1 ⇒ ∆ = 9 – 8 = 1
1 31 = 3

Î ∆ = 1 ⇒ x = –(–3) + 1 2 32 = 9

2.2 3 33 = 27

Gráfico da função modular


x1 = 3 + 1 = 1

x=3+1 O gráfico da função modular pode ser obtido de dois modos.


4

4 Vamos desenvolver como exemplo o gráfico de y = |x + 1|.


x2 = 3 + 1 = 2 = 1

Resolução:

4 4 2 1o modo – Aplicando a definição de módulo:


se x + 1 é positivo ou zero, conservamos o sinal.


x + 1 ≥ 0 ⇒ x ≥ – 1 . Então |x + 1| = x + 1se x ≥ – 1

portanto, a parábola corta o eixo Ox nos pontos (1, 0) e 1, 0


1 2 se x + 1 é negativo, troca-se o sinal.
x+1<0⇒ x<–1

2
2o passo: Determinar o vértice da parábola.

Então |x + 1| = – x – 1 se x < – 1

xv = –b = –(–3) = 3 e y v = –∆ = –1 = –1 ∴ v = 3 , –1
1 2 x + 1 se x $ –1 (I)

2a 2 . 2 4 4a 4 . 2 8 4 8 5
Assim, temos: |x + 1| = –x –1 se x , –1 (II) 6

3o passo: O ponto em que a parábola corta o eixo Oy é c = 1.


Como a = 2 (a é positivo) a concavidade da parábola está vol- Substituímos x por – 1, e por valores maiores que – 1

tada para cima. Note que, ao projetarmos qualquer ponto da na equação (I): y = x + 1

parábola sobre o eixo Oy, encontraremos sempre valores de y se x = – 1 então y = – 1 + 1 = 0 e teremos o ponto (– 1, 0)

maiores ou igual a –1. se x = 0 então y = 0 + 1 = 1 e teremos o ponto (0 , 1)


8



Im = {y ∈ R| y ≥ –1}

8

Marcamos os pontos obtidos no plano cartesiano, traçando


uma semi-reta com origem no ponto (– 1, 0).


109
Suplemento de Pesquisa e Informação

Atribuímos a x valores menores que – 1, substituindo na função (II): Como o módulo de um número é sempre positivo, os pontos


y = – x – 1, se x = – 2 então y = – (– 2) – 1 = 2 – 1 = 1 e teremos abaixo do eixo Ox, onde y é negativo, não pertencem ao grá-


o ponto ( – 2, 1) fico de |x + 1|. Tomamos, então, pontos simétricos em rela-


Marcamos esse ponto no plano cartesiano, unindo-o ao ponto ção ao eixo Ox ou, em outras palavras, “rebatemos” o gráfi-


(– 1, 0): co. Observe:



y



1





x


–1
2o modo – Por simetria em relação ao eixo dos x.


Queremos o gráfico de y = |x + 1|; para isso, traçamos o gráfico


de y = x + 1:


Grau do polinômio

O grau do polinômio é dado pelo maior expoente de x com


coeficiente diferente de zero. Assim, no polinômio


P(x) = anxn + an–1xn–1 + ... + a2x2 + a1x + a0 , se a0 ≠0 o grau


do polinômio P(x) é o maior valor de n. Exemplo:


No polinômio P(x) = 2x4 – 5x3 + x2 +1, o grau é 4.




I


Identidade de polinômios f(x)> 0, f(x) < 0, f(x) ≥ 0 ou f(x) ≤ 0. Vejamos um exemplo


Dois polinômios são iguais quando seus coeficientes são iguais, prático. Resolver a inequação: x2 – 4x +3 > 0.

ou seja, se A(x) = anx n + an-1xn-1 + ... + a2x 2 + a1x + a0 ∆ = (– 4)2 – 4 . 1 . 3 = 16 – 12 = 4 ⇒ Î ∆ = + 2


e B(x) = b nx n + b n–1x n–1 + ... + b2x 2 + b 1x + b 0,


A(x) ≡ B(x) quando an = bn, an–1 = bn–1, ..., a2 = b2, a1 = b1, x1 = 4 + 2 = 3


a 0 = b 0. x = –b +Î∆ = 4 + 2 2

2a 2.1 x2 = 4 – 2 = 1

Inequação do 1 o grau

A inequação de 1o grau tem como característica a presença do 2


sinal de desigualdade. Relembrando a propridades das desi- As raízes são 1 e 3 e, como a = 1, a concavidade da parábola está

gualdades, vamos resolver um exemplo prático. voltada para cima. Vamos verificar os sinais da função:

Resolva a inequação 3x – 4 > 5 e descubra quais são os valores que, Na inequação inicial x2 – 4x + 3 > 0, queremos os valores de x

substituídos em x, conservam válido o sentido da desigualdade. para que a função seja positiva, portanto a solução são os in-

tervalos em que aparece esse sinal:


3x – 4 + 4 > 5 + 4

S = {x e R | x < 1 ou x > 3}
3x > 9

x>9 ⇒x>3

3

Portanto S = {x e R | x > 3}

Inequação do 2 o grau

Uma função de 2o grau f(x) = ax2 + bx + c, onde a 0 e a ,b e c


são números reais, é um inequação do segundo grau quando




J


Juros compostos M = C . (1 + i)n


Chamam-se juros compostos ao tipo de transação em que, a


cada período de juros produzidos, esses são aplicados sobre onde M é o montante, C é o capital, i é a taxa de juros e n o

o capital do período anterior. É dado por: período de tempo.


110
Matemática

Exemplo: Ricardo aplicou R$ 150.000,00 a juros compostos Exemplo:


de 8% ao mês. Que quantia ele terá após 6 meses de aplicação?


Gilberto empregou seu capital de R$ 7.200,00 durante 5 anos


Sendo M = 15.000, i = 0,08 e n = 6, temos: a uma taxa de 40% ao ano. Calcular os juros produzidos nestas


M = 23.803,11 condições deste capital.


Portanto, Ricardo terá a quantia de R$ 23.803,11. Sendo C = 7.200, n = 5 anos e i = 40% ao ano, temos:


J=C.i.n


Juros simples
J = 7.200 . 0,40 . 5


Chama-se a operação financeira de juros simples àquela em
J = 14.400


que os juros são calculados apenas sobre o capital inicial para


todo o número de períodos de capitalização. É dado por: Portanto os juros produzidos foram de R$ 14.400,00


M = C . (1 + i . n)


Onde M representa o montante, C o capital, i a taxa de juros e


n o período de tempo.



L ○

Logaritmo Designando por V o preço de venda, C o preço de custo ou de


Dados dois números reais positivos, a e b, com a 1, existe um compra, L o lucro e P o prejuízo, temos

único número real x de modo que ax = b. Este número x é V=C+L


chamado de logaritmo de b na base a, que é indicado pela


notação logab. para uma transação com lucro e


V=C–P

Logaritmos decimais

Denominam-se logaritmos decimais àqueles definidos pela para uma transação com prejuízo.
equação 10 x = N em que N é um número dado e x o seu

Exemplo: Um equipamento comprado por R$ 3.000,00 deve-


logaritmo. Exemplos: log 2, log 20. rá ser vendido a que preço para que proporcione um lucro de

Logaritmos neperianos 25% sobre a venda?


Os logaritmos neperianos, também chamados naturais ou Nesse caso, C = R$ 3.000,00.


hiperbólicos, são definidos pela equação ex = N na qual a base


L = 25% de C portanto, L = 0,25 . 3.000,00 = R$ 750,00.

e representa o limite da série:


1 + 1 + 1 + 1 + ... + 1 Portanto o equipamento será vendido por V = 3.000,00


1 1.2 1.2.3 1. ... . n + 750,00 = R$ 3.750,00.


quando n cresce indefinidamente (e = 2,7182818284...).


Lucro e prejuízo

Podem ocorrer em transações comerciais.



M


Massa Matriz

A massa de um corpo é a quantidade de matéria que ele contém Matriz é uma tabela de números reais dispostos segundo linhas

independente da posição em que se encontre no espaço. O que horizontais e colunas verticais. Como exemplo podemos

é medido com a balança é a massa de um corpo. Na linguagem mostrar o consumo de sucos em uma lanchonete em forma de

comum, emprega-se a palavra peso para designar a massa de matriz:


um corpo.

A unidade do sistema internacional de massa é o quilograma (kg). laranja mamão abacaxi maracujá

Múltiplos Mesa I 5 2 3 1

Tonelada – t = 10 6 g Mesa II 3 4 6 2

Quilograma – kg = 10 3 g Mesa III 7 1 0 5


Hectograma – hg = 10 2 g
O conjunto ordenado dos números da tabela acima forma o

Decagrama – dag = 10 g
que é denominado matriz.

Grama –g

Submúltplos Matrizes, adição


Decigrama – dg = 10 –1 g Para somarmos duas matrizes, somam-se os elementos corres-


Centigrama – cg = 10–2 g pondentes das matrizes, portanto, as matrizes devem ter a


Miligrama – mg = 10 –3 g mesma ordem.


111
Suplemento de Pesquisa e Informação

Exemplo: A = 7 –2 1 e Matriz, tipo ou ordem


0 4 –3 As matrizes são classificadas de acordo com o seu número de


linhas e de colunas.


B= 2 1 4
Exemplo: A matriz a seguir 5 2 3 1


8 0 –5
3 4 6 2


Portanto C = A + B = 7 1 0 5


é denominada matriz do tipo, ou ordem, 3 x 4, pois possui três


= 7+2 –2 +1 1+4 = 9 –1 5
linhas e quatro colunas.


0+8 4 –0 –3 + (–5) 8 4 –8


Matriz, classificação Matrizes, igualdade


As matrizes são classificadas de acordo com o número de li- Duas matrizes são ditas iguais quando apresentarem a mesma


nhas e colunas que possuem. Algumas recebem denominações ordem e seus elementos correspondentes forem iguais.


especiais. Por exemplo: matriz retangular, matriz quadrada, Exemplo: Se


matriz linha, matriz coluna ou matriz nula. A= 3 5


8 4
Matriz, diagonais


Para matrizes quadradas, podemos definir duas diagonais para B= 5–2 1+4


a matriz: diagonal principal e diagonal secundária. 6+2 2 .2


Logo A = B
Exemplo: D = 1 2 3 diagonal secundária
Matriz, multiplicação por um número real

4 5 6
Sendo k e R e A a matriz de ordem m × n, a matriz k. A é obtida

7 8 9 diagonal principal
multiplicando-se todos os elementos de A por k.

Matriz, elemento

Chama-se elemento a cada número pertencente à matriz. Exemplo: Sendo A = 2 –1


5 3
Exemplo: 5 é elemento da matriz 5 2 3 1

3 4 6 2 a matriz 5 . A é dada por:


7 1 0 5 5 . A = 5 2 –1 = 10 –5

5 3 25 15

Matriz, forma genérica de representação


Para indicar uma matriz qualquer, de modo genérico, usamos Matrizes, condição para multiplicação

a seguinte notação: Para que possa ser realizada a multiplicação entre duas matri-

A = [aij] m × n zes, por exemplo A e B, é necessário verificar se o número de


colunas de A é igual ao número de linhas de B.


Onde i representa a linha e j, a coluna em que se encontra o

Exemplo genérico: A m . n X B n . p = C m . p
elemento. As letras m e n representam a ordem da matriz.

Podemos observar com base no exemplo que a matriz produto


Matriz, forma genérica de representação terá o número de linhas de A e o número de colunas de B.


dos elementos Matrizes, multiplicação


Para indicarmos os elementos de uma matriz pela mesma letra Sejam duas matrizes de ordem 2 (satisfazendo assim a condição
que a denomina, utilizamos a mesma letra que representa a

para multiplicação de matrizes) A e B, obtém-se o produto


matriz, mas em minúscula. A linha e a coluna em que se encon-

A . B, multiplicando-se ordenadamente os elementos da linha de


tra o elemento são indicadas no lado inferior direito da letra

A pelos elementos da coluna de B e, em seguida, adicionando-se


que representa o elemento.

esses produtos.
Exemplo: a13

Exemplo: Sejam as matrizes


Matriz, notação A = 2 –3 , B = 4 2 e seja C = A . B, temos


Para indicar uma matriz, são utilizadas três formas de notação. 5 1 6 3


5 6
a) entre colchetes 5 2 3 1 c 11 é obtido somando-se os produtos dos elementos da

3 4 6 2 linha 1 de A pela coluna 1 de B: c 11 = 2 . 4 + (–3) . 6 = –10


7 1 0 5 c 12 é obtido somando-se os produtos dos elementos da


3 4
b) entre parênteses 5 2 3 1 linha 1 de a pela coluna 2 de B: c 12 = 2 . 2 + (–3) . 3 = –5

3 4 6 2 c 21 é obtido somando-se os produtos dos elementos da


7 1 0 5 linha 2 de a pela coluna 1 de B: c 21 = 5 . 4 + 1 . 6 = 26


c 22 é obtido somando-se os produtos dos elementos da


3 4
c) entre barras duplas 5 2 3 1
linha 2 de A pela coluna 2 de B: c 22 = 5 . 2 + 1 . 3 = 13

3 4 6 2

7 1 0 5 Portanto C = –10 –5

Matriz, representação genérica 26 13


Costuma-se representar uma matriz por uma letra maiúscula (A, Matrizes, propriedades da adição

B, C ...), indicando sua ordem no lado inferior direito da letra. Sendo A, B e C matrizes de mesma ordem, tem-se:

Quando se deseja representar a ordem de uma matriz de um a) A + B = B + A (comutativa)


modo genérico, faz-se uso de letras minúsculas. Exemplo: b) (A + B) + C = A + (B + C) (associativa)


A m × n (m, n ∈N*). c) A + 0 = A (elemento neutro), onde 0 corresponde à matriz nula.


112
Matemática

d) A + (–A) = 0 (elemento oposto), onde –A é a matriz Matriz oposta


oposta de A, obtida trocando-se os sinais de todos os É a matriz obtida multiplicando-se todos os elementos da


elementos de A. matriz A por –1.



Matrizes, propriedades da multiplicação Exemplo: Seja A = –9 1


Sendo A, B e C matriz e sendo possível o produto entre elas, 3 –5


temos: então –A = 9 –1


a) A . (B . C) = (A . B) . C (associativa) –3 5


b) A . (B +C) = A . B + A . C (distributiva à direita)
Matriz quadrada


c) (B + C) . A = B . A + C . A (distributiva à esquerda)
Um tipo de classificação de matriz. A matriz é dita quadrada


Matriz coluna quando o número de linhas é igual ao número de colunas, ou


Um tipo de classificação de matriz. A matriz é dita seja, m = n.


coluna quando possui apenas uma coluna (n = 1). Exemplo:


Exemplo:
A= 5 –1 0


H= 3 2 4 10


2 –1 3 6

A matriz H é de ordem 2 × 1.


A matriz A é de ordem 3.
Matriz diagonal A matriz quadrada também pode ser de um dos seguintes tipos:

Um tipo de classificação da matriz quadrada. A matriz é dita triangular, diagonal, identidade.


diagonal quando todos os elementos acima ou abaixo da Matriz retangular


diagonal principal são nulos.


A matriz é classificada como retangular quando o número de

Exemplo: linhas é diferente do número de colunas (m ≠ n).


A= 2 0 0 Exemplo:

0 3 0

A= 6 5
0 0 –5 diagonal principal

2 3

Matriz identidade 1 4

Um tipo de classificação da matriz quadrada. A matriz é dita A matriz A é do tipo 3 × 2.


identidade quando todos os elementos da diagonal principal


Matriz transposta

são iguais a 1 e todos os outros elementos são iguais a 0.


É a matriz obtida pela troca ordenada de linhas por colunas de

Exemplo:
uma matriz. Dada uma matriz A de ordem m × n, obtém-se uma

A= 1 0 0 outra matriz de ordem n × m, chamada de transposta de A. Esta


0 1 0 matriz é indicada por A’.


0 0 1

Exemplo: Seja A = 1
Matriz inversa

2
Uma matriz A, quadrada de ordem n, admite inversa quando

3
existe uma matriz A–1 de mesma ordem, tal que:

então A’ = |1 2 3|
An . A n –1 = A n–1 . A n = I n

Matriz triangular

Exemplo: Seja A = 3 0 Um tipo de classificação da matriz quadrada. A matriz é dita


0 1 triangular quando os elementos acima ou abaixo da diagonal


determinar A–1. principal são todos nulos.


Exemplo:

Basta multiplicar as matrizes e igualar à matriz I 2.


Matriz linha A= 2 0 0
8 3 0

Um tipo de classificação de matriz. A matriz é dita


7 9 –5 diagonal principal

linha quando possui apenas uma linha (m = 1).


Exemplo: A matriz A é nula pois todos os elementos acima da diagonal


F= 3 1 principal são nulos.


2 Máximo divisor comum (m.d.c.)


A matriz F é de ordem 1 × 2. Máximo divisor comum (m.d.c.) de dois ou mais números é o


maior de seus divisores comuns. O m.d.c. pode ser obtido quer


Matriz nula
por decomposição dos números dados em fatores primos, quer

Um tipo de classificação de matriz. A matriz é dita nula quando


pela divisão sucessiva dos números uns pelos outros.

tem todos os elementos iguais a 0.


Exemplo: O m.d.c.(24, 8) pode ser calculado da seguinte maneira:

Exemplo:
24 = 23 . 3

Z= 0 0 0 8 = 23

0 0 0 O m.d.c. entre 24 e 8 será dado pelo fator primo em comum


A matriz Z é nula pois A ij = 0 aos dois que tiver o maior expoente, nesse caso 23 = 8.

113
Suplemento de Pesquisa e Informação

Média aritmética Dessa maneira, podemos também calcular y, substituindo em


É a medida de tendência central mais usada. A média aritmética uma das equações iniciais:


é o cociente entre a soma de n valores e o número n de valores 3x + y = -4


desse conjunto. Exemplo: 3 . –26 + y = –4


Maísa teve as seguintes notas nas provas de Matemática do 1° 11


bimestre: 6,5; 7,0; 9,5; 4,0 e 8,0. –78 + y = –4 ⇒ y = –4 + 78


Para obter uma nota que representará seu aproveitamento no 11 11


bimestre, calculamos a média aritmética (Ma) de suas notas; y = –44 + 78 = 34


6,5 + 7,0 + 9,5 + 4,0 + 8,0 = 35 = 7 11 11


5 5 S = {–26/11, 34/11}



Média geométrica Metro
É dada pela raiz n-ésima, com n igual ao número de elementos


Unidade de medida ou de comprimento.
da seqüência do produto dos n elementos. Exemplo: Dada a


seqüência de notas 3, 6, 8, 9, a média geométrica é dada por: Múltiplos


Quilômetro – km = 103 m


G = 4 3. 6 .8 . 9 =6 Hectômetro – hm = 102 m


Decâmetro – dam= 10 m
Média ponderada ○

Metro – m
É dada pelo somatório do produto de cada elemento pelo seu Submúltplos

respectivo peso, dividida pela soma do total de pesos. Decímetro – dm = 10 –1 m


Vamos ver um exemplo: as notas da disciplina Cálculo Numé- Centímetro – cm = 10 –2 m


rico têm diferentes pesos na média final. Eduardo obteve as Milímetro – mm = 10 –3 m


seguintes notas: 4 que tinha peso 2; 8 que tinha peso 5; 9 que


tinha peso 1. Sua média final ficou assim: Mínimo múltiplo comum

N = 4 . 2 + 8 . 5 + 9 = 8 + 40 + 9 = 57 = 7,125 Mínimo múltiplo comum de dois ou mais números é o menor


2+5+1 8 8 de seus múltiplos comuns. O m.m.c. (8, 9) é dado por:


Mediana 8,9 2

Mediana de um conjunto de n valores é o valor que ocupa a 4,9 2


posição central quando esses dados são colocados em ordem 2,9 2


crescente ou decrescente. 1,3 3


Exemplo: Entre os números 98, 54, 35, 984, 2 948, 34, 2 1,1 3

temos sete elementos que colocados em ordem crescente, nos Assim, m.m.c (8, 9) = 2 . 2 . 2 . 3 . 3 = 72

fornecerão o termo central da seqüência numérica, assim te-


mos: 2, 34, 35, 54, 98, 984, 2 948. Como a mediana é dada Moda

pelo termo central da seqüência temos Md = 54. A moda de um conjunto de n números é o valor que ocorre com

maior freqüência, isto é, o valor mais comum.


Método de eliminação para a resolução

Exemplo: Na seqüência numérica: 5, 5, 5, 9, 9, 9, 9, 15, 15, 19


de sistemas de equações lineares

a moda é 9, pois é o número que aparece com maior freqüência


Para aplicar este método, multiplica-se uma das equações por

(Mo = 9).
fatores convenientes de modo a se obter, para uma mesma in-

cógnita, coeficientes simétricos; a seguir, somam-se os resul- Módulo de um número real


tados, eliminando-se assim uma incógnita e uma equação; e O módulo de um número real x é dado por: x se x for positivo

assim sucessivamente até que a equação restante possa ser re- e –x, se x for negativo. Ou seja:

solvida por se tratar de uma única equação com uma incógnita. x se x ≥ 0


|x| =
Exemplo: Resolver o sistema de duas equações e duas incóg- 5 –x se x < 0

nitas a seguir:

Exemplos:
5 3x + y = –4

4x + 5y = 6 |–4| = 4

2x, se 2x > 0 ⇒ x ≥ 0
Multiplicando a primeira equação por –5 temos:
|2x| =
5

–2x se 2x < 0 ⇒ x < 0


5

–15x + –5y = 20
4x + 5y = 6 Montante

O montante é capital resultante da soma do capital inicial e do


Somando-se as duas equações resulta em: juro aplicado ao fim do período financeiro, e é dado por:

–11x = 26 ⇒ x = –26

11 M=C+J

N


Nomenclatura dos polígonos Quadrilátero, ao polígono de quatro lados;


É denominado: Pentágono, ao polígono de cinco lados;


Triângulo, ao polígono de três lados;


114
Matemática

Hexágono, ao polígono de seis lados; Portanto:


Heptágono, ao polígono de sete lados; cos θ = a = Î 22


Octógono, ao polígono de oito lados; ρ


Eneágono, ao polígono de nove lados; sen θ = b = Î 22


Decágono, ao polígono de dez lados; ρ


Undecágono, ao polígono de onze lados;


Dodecágono, ao polígono de doze lados; Portanto o ângulo cujos valores de seno e cosseno são iguais


Pentadecágono, ao polígono de quinze lados;
Î


Icoságono, ao polígono de vinte lados. a 2 é 45º.


2


Números binomiais


Sejam dois número n e p pertencentes ao conjunto dos número Número complexo, características


naturais, com p menor ou igual a n; denominam-se números Sendo z = a + bi um número complexo, temos:


binomiais às combinações simples entre esses n elementos, a) a + bi é chamada forma algébrica.


tomados p a p. b) a é denominada a parte real de z, onde a e R; a = R e(z).


A notação dos números binomiais é: c) b é denominada a parte imaginária de z, onde b e R; b =


12
n = Cn,p = n!
p p!(n-p)! ○


Im(z).
d) i é a unidade imaginária: i = –1 Î
Número complexo, adição Número complexo, conjugado

Para somarmos dois números complexos, basta somar sepa- O número conjugado de um dado complexo z = a + bi é dado

radamente sua parte real e sua parte imaginária. por z = a – bi. Assim temos:

Exemplo: Dados dos complexos z = 5 + 2i e w = –2 + 9i, Exemplo: Seja z = 3 + 4i, determinar seu conjugado.

determinar z + w. z = 3 – 4i

z + w = 5 + (-2) + (2 + 9)i = 3 + 11i Número complexo, definição


Número complexo, argumento Dada a equação


Dado um número complexo z = a + bi, com z ≠ 0 e sendo P o Î


x2 + 1 = 0 ⇒ x 2 = –1 ⇒ x = ± – 1

afixo de z, denomina-se argumento do complexo z o ângulo q


para que equações como essa tivessem solução, os matemáticos


(0o ≤ θ ≤ 360o ), formado por OP com o eixo real 0x, medido

ampliaram o campo dos números, criando um novo número,


Î

no sentido anti-horário, como podemos observar no gráfico


não-real, chamado de unidade imaginária, i, –1

abaixo:
Notação: θ = arg(z), onde θ é o ângulo e arg(z) é o argumento de z.

Exemplo: Encontrar as raízes da equação x2 – 4x + 13 = 0.


P
∆ = b2 – 4ac = – 42 – 4 . 1 . 13 = –36

y

P Î –36

b x=4±

2

θ
x = 4 ± 6i

a x 2

0

Sendo r = a2 + b 2o módulo de z, e observando o triângulo x’= 2 + 3i


destacado no gráfico, podemos escrever: x’’= 2 – 3i


cos θ = cateto adjacente = a S = {2 + 3i; 2 –3i}


hipotenusa ρ

Número complexo, módulo


Considerando o complexo z = a + bi, representado pelo ponto


sen θ = cateto oposto = b

P(a,b), o módulo desse número é dado pelo Teorema de Pitágoras:


hipotenusa ρ
Î a2 + b2

ρ=
Por meio do seno e do cosseno de θ, podemos determinar o

ângulo q usando os valores da tabela trigonométrica. Exemplo: Determinar o módulo do complexo z = 3 + 4i.
Î 9 + 16

Exemplo: Determinar o argumento do complexo ρ=


z= 2 +i 2 Î 25

ρ=

a= 2 eb= 2

ρ=5

Número complexo, multiplicação


|z| = ρ = a2 + b2 = 2 + 2 = 2 ⇒ ρ = 2

Para multiplicarmos dois números complexos, utilizamos a


regra da multiplicação de binômios (vale lembrar que i2 = -1).


Sendo z = a + bi e w = c + di, temos:


115
Suplemento de Pesquisa e Informação

z . w = (a + bi) . (c + di) = ac + adi + bci + bdi2 Números complexos, igualdade


Dados dois números complexos z = a + bi e w = c + di, com a,


Portanto:
b, c, d e R, temos que z e w são iguais quando a+ bi = c + di ou


z . w = (ac – bd) + (ad + bc)i ainda a = c e b = d.


Exemplo:


Exemplo: Calcular o valor de a e b, tal que os números
Dados z = 3 + 4i e w = 2 + 5i, efetuar z . w.


z = a + bi e w = –3 + 5i sejam iguais.


z . w = (3 + 4i) . (2 + 5i) = 6 + 15i + 8i + 20i2
Para que z = w, a = –3 e b = 5.


z . w = 6 + 23i – 20 i2


z . w = –14 + 23i Números complexos, divisão
A divisão de dois números complexos z por w, com w ≠ 0, é obtida


Número complexo, subtração


Para subtraírmos dois números complexos, basta subtrair se- utilizando a representação fracionária e, em seguida, racionalizan-


paradamente sua parte real e sua parte imaginária. do essa fração por meio do conceito de conjugado de w:


Exemplo: Dados dos complexos z = 5 + 2i e w = –2 + 9i, z=zxw


determinar z – w. w wxw



z – w = 5 – (–2) + (2 – 9)i = 7 – 7i Exemplo: Sejam z = 4 + 5i e w = 2 + 3i, calcular z

Números complexos, potências de i ○
w
A tabela a seguir fornece os valores de in, n ∈ N. z = (4 + 5i) = (4 + 5i) . (2 – 3i) . (2 – 3i) =

Potência w (2 + 3i) (2 + 3i)


= (8 – 12i + 10i – 15i2) = (8 – 12i + 10i + 15) =


i0 1

(22 – 3 2i 2) (4 – 9i2)

i1 i
= (23 – 2i) = (23 – 2i)

i2 –1

i3 –i (4 + 9) 13

Logo: z = 23 – 2i
i4 1

i5 i w 13 13

números complexos, forma polar


i6 –1

Podemos escrever o número complexo z = a + bi na forma


i7 –1
polar, a qual depende do módulo de z e de seu argumento. Ou

Observe que: seja, z = ρ cos θ + i ρ sen θ.


i0 = i 4 = i 8 = i 12 ........= 1

Exemplo: Obter a forma trigonométrica do número complexo


i1 = i 5 = i 9 = i 13.........= i

z = Î3 + i.; sendo a = Î3 e b = 1
i2 = i 6 = i10 = i 14........= –1

i3 = i7 = i 11 = i15........= – i |z| = p = Î a2 + b 2 =

= Î(3)2 + 1 2 = Î 4 = 2

Podemos concluir que para determinarmos o valor de in, n ∈


N, basta dividir o expoente por 4 e considerar o valor do resto Calculando o argumento de z:


dessa divisão.
sen θ = b e cos θ = a = 3 ⇒ θ = 30o ou π.

Exemplo: i1 000 ρ ρ 2 6

1 000 : 4 = 250 e tem como resto 0. Portanto i1000 = i0 = 1


Logo, z = 2 (cos π + i sen π ou z = 2 (cos 30o + i sen 30 o)

Número complexo, representação gráfica 6 6


no plano de Argand-Gauss

O número complexo z = a + bi pode ser representado no plano Números complexos, propriedades


de Argand Gauss por meio do ponto P(a, b). do módulo


Dados z = a + bi e w = c + di temos:

a) o módulo de um número complexo é um número racional,


não negativo, ou seja: |z| ≥ 0.


y b) o produto de dois números complexos é igual ao produto


dos módulos dos complexos fatores, ou seja:


z . w| = |z| . |w|.

c) os módulos de um número complexo e de seu conjugado


são iguais:
P(a, b)

d) o módulo do quociente de dois números complexos é igual


b ao cociente do módulo do complexo dividendo pelo módulo


do complexo divisor. Assim: |z/w| = |z|/|w|, com w ≠ 0.


z =z

a x w w

116
Matemática


P




Paralelepípedo A área total de uma pirâmide é dada pela soma da área de sua


Paralelepípedo é o prisma quadrangular no qual seis faces são base e sua área lateral de acordo com a seguinte expressão:


paralelogramos. At = Al + Ab


Onde: At é a área total da pirâmide;


Al é a área lateral da pirâmide;


Ab é a área da base da pirâmide.



O volume da pirâmide é dado pela expressão:


V = 1 Ab .h


Paralelepípedo retângulo 3


Onde a altura (h) é definida com sendo a distância entre o
O paralelepípedo retângulo é o prisma no qual as seis faces são


vértice V e o plano da base, como mostra a figura a seguir:
retangulares a as faces opostas são congruentes. Suas dimen-

sões são dadas pela altura, comprimento e largura, como

mostra a figura a seguir: ○





Polinômio identicamente nulo


Podemos também relacionar essas dimensões e definir a medi- Um polinômio é dito identicamente nulo quando todos os seus

da da diagonal do paralelepípedo retângulo: coeficientes são iguais a zero e indicamos por P(x) = 0. Seja

A(x) = a nx n + a n–1xn–1 + ... + a2x 2 + a 1x + a0,


Î a2 + b2 + c2

an = a n–1 = a2 = a 1 = a 0 = 0
D=

Ponto médio de um segmento


Relacionando ainda essas três dimensões podemos definir a As coordenadas do ponto médio M(x, y), do segmento deter-

área total e o volume do paralelepípedo retângulo: minado pelos pontos A(x1, y1) e B(x2, y2), são dadas por:

Área total:
1
M x1 + x2, y1 + y2
2

At = 2 (ab + ac + bc)

Volume: 2 2

V=a.b.c

Pirâmides

As pirâmides podem ser classificadas com base no número de


lados do polígono da sua base como mostram as figuras a


seguir:


Ponto que divide um segmento em uma determinada razão


Dada a razão r, os pontos A(x 1, y1), B(x2, y2) e o ponto


M(zm/ym), que divide o segmento AB, temos que as coorde-


nadas desse ponto serão dadas por:


M 5(rx 2 + x 1)/(1+r), (ry2 + y 1)/(1+r) 6



pirâmide pirâmide

triangular quadrangular




Porcentagem

É uma razão centesimal ou porcentual onde o conseqüente é


igual a 100.

Exemplo: 25% (lê-se: vinte e cinco por cento) pode também


pirâmide pirâmide ser representado por 25 ou 0,25.


pentagonal hexagonal 100


117
Suplemento de Pesquisa e Informação

Posições relativas de duas retas b) Se o centro está sobre o eixo dos x, ou seja C(x, 0), então


Sejam duas retas r1 e r2 no plano cartesiano. De acordo com


(x – a)2 + y 2 = R 2
suas posições relativas podemos ter:


1) Retas concorrentes. Representa-se por r1 x r2. Se r1 e r2


são concorrentes, os ângulos formados por elas em relação


ao eixo dos x são diferentes, portanto seus coeficientes an-


gulares também serão diferentes.



a




c) Se o centro está sobre o eixo dos y, ou seja C(0, y), então:


x2 + (y – b)2 = R2






2) Retas paralelas. Representa-se por r1 // r2. Se r1 e r2 são ○
b
paralelas, os ângulos formados por elas em relação ao eixo

dos x são iguais, logo seus coeficientes angulares também


serão iguais. Porém, para serem paralelas e não coincidentes,


elas têm que possuir coeficientes lineares diferentes.



Posição relativa entre circunferências


Para duas circunferências que forem exteriores, a distância de


seus centros será maior que a soma de seus raios.


dC1C 2 > R + r


C1 R r C2


3) Retas coincidentes. Se r 1 e r2 são paralelas, os ângulos


formados por elas em relação ao eixo dos x são iguais; logo,


seus coeficientes angulares também serão iguais. Além dis- dC 1C 2


so, seus coeficientes lineares também são iguais. Para duas circunferências que forem interiores, a distância de

seus centros será menor que a diferença de seus raios .



dC1C 2 < R – r

C1 C 2 r




Posição da circunferência no plano


car tesiano dC 1C2


a) Se o centro da circunferência está na origem dos eixos de


Para duas circunferências que forem tangentes externamente, a

coordenadas, ou seja C(0, 0), então


distância de seus centros será exatamente igual à soma de seus

x2 + y2 = R2 raios.

dC1C 2 = R + r



C1 R r C2




dC1C2

118
Matemática

Para duas circunferências que forem tangentes internamente, a 1) (a ± b) 2 = a 2 ± 2ab + b2


distância de seus centros será exatamente igual à diferença de 2) (a + b) (a – b) = a2 – b 2


seus raios. 3) (a ± b)3 = a 3 ± 3a2b + 3ab2 ± b 3


4) (a – b)(a2 – ab + b2) = a3 – b 3


5) (a + b)(a2 – ab + b2) = a3 + b 3


6) (a2) + b2 (p2 + q2) = (ap – bq)2 + (aq + bq)2, expressão


de Fibonacci


R 7) (a2 + b)2 = (a2 – b2)2 + (2ab)2, expressão de Platão muito


r usada para determinar triângulos retângulos cujos lados


C1 sejam números inteiros.
C2


Progressão aritmética


Toda seqüência em que a partir de um termo conhecido é so-


mada uma constante para obter-se o termo seguinte é chamada


progressão aritmética. À constante que é somada aos termos


Para duas circunferências que forem secantes, a distância de subseqüentes, dá-se o nome de razão.


seus centros será menor que a soma e maior que a diferença dos Progressão geométrica


raios. Toda seqüência que em de um termo conhecido é multiplicado

○ por uma constante para obter-se o termo seguinte é chamada
progressão geométrica. À constante que multiplica um termo

para se obter o termo subseqüente, dá-se o nome de razão.


Proporção

R

Chama-se proporção à sentença matemática que expressa uma


igualdade entre duas razões. Sejam os números racionais a, b,


r
1
C

c e d com b e d diferentes de zero, vamos determinar as razões:


Propriedades da desigualdade

2
C

Se somarmos um mesmo valor em ambos os membros de uma


desigualdade ela se mantém:


Exemplo: 3 < 4 ⇒ 3 + 5 < 4 + 5


Para duas circunferências que forem concêntricas, a distância


de seus centros será nula. O mesmo ocorre se multiplicarmos ou dividirmos ambos os


membros de um desigualdade por um número positivo:

Exemplo: 3 < 4 ou 3 . 5 < 4 . 5


5 5

Entretanto, se multiplicarmos ou dividirmos ambos os mem-


C1 = C2

bros de uma desigualdade por um número negativo, ela muda


r

de sentido:
Exemplo: 3 < 4 ou 3 . –1 > 4 . –1

–1 –1

R

Propriedades de potências

No produto de potências de mesma base, conserva-se a base e


Prisma somam-se os expoentes.


Seja a figura do prisma mostrada a seguir: am . a n = a m + n


Exemplo: 52 . 5 6 = 5 2 + 6 = 5 8

2o) No cociente de potências de mesma base, conversa-se a base


e subtraem-se os expoentes.

am : a n = a m – n

Exemplo: 56 : 5 2 = 5 6 – 2 = 5 4

3o) A potência de toda base real elevada a zero é igual a 1.


a0 = 1

Exemplo: 1020 = 1

4o) Na potência de outra potência, conserva-se a base e mul-


Onde h é chamada de altura do prisma. tiplicam-se os expoentes.


Observe que:
(am) n = a m . n

a) as bases de um prisma são polígonos congruentes;


b) os prismas recebem nomes especiais segundo o número de Exemplo: (52)3 = 5 2 . 3 = 5 6


lados dos polígonos da base. Uma fração elevada a um expoente tem tanto numerador como

Produtos notáveis denominador elevados a esse expoente.


Para facilitar o trabalho com função, é importante ter à mão (2)4 = 24 = 16


algumas das igualdades a seguir: (3) 34 81


119
Suplemento de Pesquisa e Informação

6o) Potenciação com expoente fracionário Propriedades operatórias dos logaritmos


• Logaritmo do produto: O logaritmo na base a (a > 0 e


Exemplo:
a ≠ 1) do produto m . n, aplicando a definição de logaritmo


Uma base elevada a um expoente fracionário fica da seguinte é dado por:


maneira: loga(m . n) = logam + logan, sendo m > 0, n > 0


Exemplo: log106 = log10(2 . 3) = log102 + log103


m n • Logaritmo do cociente: O logaritmo na base a (a > 0 e
a n = Î am 2¾ = 4Î 2 3


Exemplo:
a ≠ 1) da divisão m : n, aplicando a definição de logaritmo


é dado por:


Propriedades dos logaritmos loga(m : n) = logam - logan, sendo m > 0, n > 0


Sejam dois números reais positivos, a e b, com a; 1, existe um Exemplo: log1010 = log10(10:2) = log1010 - log102


único número real x de modo que ax = b. Este número x é • Logaritmo da potência: O logaritmo na base a (a > 0 e


chamado de logaritmo de b na base a, que é indicado pela a ≠ 1) do produto m x n, aplicando a definição de logaritmo,


notação logab. Com base nessa condição de existência, valem as é dado por:


seguintes propriedades: logamp = p logam, sendo p e R, m > 0


a) Logaam = m, a > 0 e a ≠ 1 Exemplo: log1025 = 5 log102


Exemplo: Log335 = 5 • Mudança de base: lognm = logam, sendo m > 0, n >

b) Loga1 = 0, a > 0 e a ≠ 1 ○
logan
Exemplo: Log31 = 0 0, n ≠ 1, a > 0 e a ≠ 1

c) a logab , sendo b > 0, a > 0 e a ≠ 1 Exemplo: log128 = log8 = 1


Exemplo: 2 log27 = 7 log12 log812



R


Radiano Exemplo: –2x2 + x –5


É denominado radiano (rad) o arco tomado sobre a circunfe- ∆ = – 39


rência que possui a mesma medida do raio. S=∅



Raiz ou zero da função de 1 o grau Razão


Chama-se razão de dois números racionais a e b, com b ≠ 0,

A raiz ou zero da função de 1o grau é o valor de x para o qual


o cociente de a por b. É representada por a(lê-se: a está para

y = f(x) = 0. No gráfico podemos identificá-la como o ponto


b

que corta o eixo dos x. Portanto, para determinar a raiz da b), onde a é chamado antecedente e b, conseqüente.

função basta igualá-la a zero: Exemplo: Uma equipe de futebol com 28 vitórias em 60 jogos,
F(x) = ax + b ⇒ ax + b = 0 ⇒ ax = –b ⇒ x = –b/a

ou seja,
Exemplo: Determine a raiz da função: f(x) = 3x + 5

Basta fazermos 3x + 5 = 0 ⇒ 3x = –5 ⇒ x = –5/3 28 = 7


60 15

Raízes da função do 2 o grau


Para determinarmos as raízes da função de 2o grau devemos igualar portanto, 7 vitórias a cada quinze jogos.

f(x) a 0. A expressão assim obtida é denominada equação do 2o Razões inversas


grau, e as raízes podem ser determinadas pela fórmula de Bhaskara: Duas razões são inversas quando o antecedente da primeira for

igual ao conseqüente da segunda ou vice-versa. Nesse caso, o


x = – b ± Î ∆ , onde ∆ = b2 – 4ac

produto de ambas é igual a zero.


2a
Redução ao 1 o quadrante

∆ é chamado discriminante da equação. Os problemas de redução ao primeiro quadrante consistem em


Se ∆ > 0 a equação terá duas raízes reais e distintas obter os valores das linhas trigonométricas de um arco posi-

Exemplo: –7x2 + 6x + 1 = 0 tivo maior de 90º, em função das linhas trigonométricas de


∆ = 64 arcos entre 0º e 90º.


x=–6±8 A redução ao 1o quadrante de um arco do 2o quadrante é feita


–14 por meio das seguintes relações:


x’ = –1 e x” = 1 sen (180º – a) = sen a


7 cos (180º – a) = – cos a


S = –1, 1
57 6 tg (180º – a) = – tg a

cotg (180º – a) = – cotg a


Se ∆ = 0, a equação terá raízes reais e iguais sec (180º – a) = – sec a


Exemplo: x2 + 2x + 1 = 0 cosec (180º – a) = cosec a


∆ =0 ou

X = –2 sen (90º + b) = – cos b


S = {–2} cos (90º + b) = – sen b


Se ∆ < 0 não existem raízes reais (∃ x ∈ R) tg (90º + b) = – cotg b


120
Matemática

cotg (90º + b) = – tg b Regra prática para o estudo do sinal


sec (90º + b) = – cosec b da função de 2 o grau


cosec (90º + b) = – sec b


Regra prática para o estudo do
A redução ao 1o quadrante de um arco de 3.º quadrante é feita


sinal da função de 2o grau


por meio das seguintes relações: Dada a função f(x) = y = ax2 + bx + c, para saber


sen (270º – a) = – cos a os sinais de y determinamos as raízes (se existirem)


cos (270º – a) = – sen a e analisamos o valor do discriminante. Poderemos ter:
a) Se ∆ > 0 então as raízes são x1 ≠ x2:


tg (270º – a) = cotg a


cotg (270º – a) = tg a se a > 0 temos se a < 0 temos
x < x1 ou x > x2 ⇒ y > 0 x < x1 ou x > x2 ⇒ y < 0


sec (270º – a) = cosec a
x1 < x < x 2 ⇒ y < 0 x1 < x < x 2 ⇒ y > 0


cosec (270º – a) = – sec a
x = x1 ou x = x2 ⇒ y = 0 x = x1 ou x = x2 ⇒ y = 0


ou


sen (180º + b) = – sen b


cos (180º + b) = – cos b


tg (180º + b) = tg b

cotg (180º + b) = cotg b

sec (180º + b) = – sec b b)Se ∆ = 0 então as raízes são x1 = x2:



cosec (180º + b) = – cosec b se a > 0 temos: se a < 0 temos:


x = x1 ⇒ y = 0 x = x1 ⇒ y = 0

Finalmente, a redução ao 1o quadrante de um arco do 4 o


∀ x eR | x ≠ x1 ⇒ y > 0 ∀ x e R | x ≠ x1 ⇒ y < 0

quadrante é feita por meio das seguintes relações:


sen (360º – a) = – sen a


cos (360º – a) = cos a


tg (360º – a) = – tg a

cotg (360º – a) = – cotg a


sec (360º – a) = sec a


cosec (360º – a) = – cosec a


c) Se ∆ < 0 então não existem raízes reais:

ou

se a > 0 temos se a < 0 temos


sen (270º + b) = – cos b ∀xeR ⇒y>0 ∀xeR ⇒y<0

cos (270º + b) = sen b


tg (270º + b) = – cotg b

cotg (270º + b) = – tg b

sec (270º + b) = – cosec b


cosec (270º + b) = – sec b


Regra prática para o estudo do sinal


da função de 1 o grau

Relação

Regra prática para o estudo de sinal da função Considera-se relação de A em B a todo subconjunto de AxB

f(x) = ax + b: que obedece a uma lei de formação. Exemplo: Sejam os conjun-


o
1 ) determinamos a raiz da função, igualando-a a zero to A = {1,2,3} e B = {–3, –1,0} então A × B = {(1,–3), (1, –1),

(1,0), (2,–3), (2, –1), (2, 0), (3, –3), (3, –1), (3, 0)}.
(raiz: x = – b )

a Relação de Euler

Em qualquer poliedro, a soma do número de vértices (V) ao


número de faces (F) é igual ao número de arestas (A) mais 2.


A+2=V+F

A soma dos ângulos internos de todas as faces de um poliedro


convexo é igual a:

2o) verificamos se a função é crescente (a > 0) ou decrescente S = 360º (V – 2), sendo V = número de vértices.

(a < 0); temos então duas possibilidades: Relação entre os elementos dos poliedros

a) a função é crescente b) a função é decrescente regulares


–b Poliedros

–b
Se x = então y = 0 Se x = então y = 0. Regulares F V A n p

a a
Tetraedro 4 4 6 3 3

–b
Se x < –b então y < 0 Se x < então y > 0.

a Hexaedro 6 8 12 4 3
a

Octaedro 8 6 12 3 4
–b
Se x > –b então y < 0.

Se x > a então y > 0 Dodecaedro 12 20 30 5 3


a

Icosaedro 20 12 30 3 5

121
Suplemento de Pesquisa e Informação

F é igual ao número de faces, V é igual ao número de vértices,


A é igual ao número de arestas, n é igual ao número de lados


de cada face, p é igual ao número de arestas de cada ângulo


sólido.



Relação fundamental da trigonometria


Na figura, no ciclo trigonométrico, o arco AM tem ângulo
central α.


Aplicando o teorema de Pitágoras:


No triângulo retângulo OPM, sendo o raio 1, temos que: PM2 + OP2 = 1


sen α = PM Substituindo: sen2 α + cos2 α = 1


cos α = OP


Essa igualdade é a relação fundamental da trigonometria.



S





Secante de um arco – maior ou igual

Define-se secante como o inverso do cosseno de um arco. – menor ou gual



sec a = 1 , sendo cos a ≠ 0, e portanto a ≠ π + k π, k ∈ Z. – função de A em B



cos a 2 – existe

– qualquer que seja


Seno de um arco

| – tal que
Observemos a figura a seguir: U

– conjunto-universo
N

– conjunto dos números naturais


Z

– conjunto dos números inteiros


R

– conjunto dos números reais


C

– conjunto dos números complexos.


Sistema de numeração binário


No sistema de numeração binário, ao contrário do sistema de


numeração decimal, na qual a base é 10, são utilizados apenas


dois dígitos, o zero e o 1 para representar todos os números.


O sistema de numeração binário é utilizado muito freqüente-


Ao arco AB está associado ao ângulo α. Sendo o triângulo

mente nos dias atuais, pois é a base de funcionamento dos


OBC retângulo , podemos determinar o seno de α:

computadores. Como o computador é um equipamento ele-


sen α = cateto oposto/hipotenusa

trônico, ele entende apenas os sinais elétricos que passam


sen α = BC por ele e assim o 1 do sistema de numeração binário significa


Assim, sempre que quisermos saber o seno de um arco, basta que está passando corrente elétrica e o 0 significa que não

projetá-lo no eixo dos y, o eixos dos senos. está passando corrente elétrica no momento. Todas as infor-

Como o ciclo trigonométrico tem raio 1, –1 ≤ sen α ≤ 1. mações que passamos para o computador, letras, números

etc. são transformados para seqüências de 0 e 1. Esse sistema


Quanto ao sinal que o seno assume, acima do 0 no eixo dos y, o foi desenvolvido pelo matemático inglês George Boole

seno assume valores positivos e abaixo do 0, valores negativos. (1815-1864).


Símbolos

Sistema de numeração decimal


Os símbolos mais usuais em Matemática são:

No sistema de numeração decimal são utilizados dez dígitos


∈ – pertence

para representar todos os números. O sistema de numeração


∉ – não pertence

decimal é a base para os nossos cálculos do cotidiano.


= – é; é o mesmo que; é igual a

≠ – é diferente de Sistema de numeração hexadecimal


⊂ – está contido; é subconjunto de No sistema de numeração hexadecimal, ao contrário do sistema


⊄ – não está contido de numeração decimal, na qual a base é 10, são utilizados de-

⊃ – contém zesseis dígitos para representar todos os números; são eles:


⊃ – não contém 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F. O sistema de


∅, { } – conjunto vazio numeração hexadecimal é utilizado muito freqüentemente pe-


∩ – interseção los programadores, analistas e engenheiros de sistema, pois


∪ – união representa um sistema que é uma potência do binário, que é a


⇒ – implica base de funcionamento dos computadores. Com isso, reduz-se


≡ – equivale o número de algarismos da representação e minimiza-se a ocor-


< – maior que rência de erros. No sistema hexadecimal cada quatro bits são

> – menor que representados por um algarismo hexadecimal.


122
Matemática

Sistema de numeração octal Representamos cada solução numa reta, e efetuamos a


No sistema de numeração octal, ao contrário do sistema de intersecção:


numeração decimal, na qual a base é 10, são utilizados oito S = {x e R | – 1 ≤ x -<8 }


dígitos para representar todos os números, são eles 0, 1, 2, 3, 9


4, 5, 6, 7. O sistema de numeração octal é utilizado muito -1


x > -1
-8
__
freqüentemente pelos programadores, analistas e engenheiros


9 -8
de sistema, pois representa um sistema que é uma potência do x < __


9
binário, que é a base de funcionamento dos computadores.


S
Com isso, reduz-se o número de algarismos da representação


-1 -8
__
e minimiza-se a ocorrência de erros. No sistema octal cada três 9


bits são representados por um algarismo octal.


Soma dos termos de um progressão


Sistema de inequações do 1 o grau
aritmética finita
Ao resolver um sistema de inequações do 1o grau com uma


A soma dos n termos de uma progressão aritmética finita é dada


incógnita, o objetivo é determinar o conjunto de valores que ao
pela fórmula:


mesmo tempo satisfaçam as duas desigualdades. Vejamos como
S = (a1 + an) n

resolver o exemplo a seguir.

2
x + 3 ≥ –2x

5
onde a1 é o primeiro elemento e an o último elemento da se-

–x + > 4x + 5 qüência.

2 Soma dos termos de um progressão


geométrica finita

Resolução: A soma dos n termos de uma progressão geométrica finita é


Resolver um sistema é determinar o conjunto de valores de x


dada pela fórmula:

que podem ser substituídos nas duas equações, tornando-as


S = a1 (q n – a 1)

verdadeiras. Para isto, resolvemos separadamente cada uma das


inequações e efetuamos a intersecção dos resultados. q –1


x + 3 ≥ – 2x

–x + 1 > 4x + 5
x + 2x ≥ – 3 onde q é a razão da progressão geométrica e a1 é o primeiro

2
3x ≥ – 3 termo da seqüência.

–x + 2 > 8x + 10
x≥–1

2 2 Soma dos termos de um progressão


geométrica infinita
– x – 8x > 10 – 2

A soma dos n termos de uma progressão geométrica infinita é


– 9x > 8 (–1) dada pela fórmula:

S= a1

(multiplicamos por – 1 e invertemos o sinal)


-8 q –1
9x < – 8 ⇒ x <

9 onde 0 < |q| < 1.



T



Teorema Segundo o enunciado do teorema, temos:


Teorema é uma verdade que tem que ser provada por meio de a2 = b 2 + c 2 – 2 . b . c . cos Â
^

demonstração. b2 = a 2 + c 2 – 2 . a . c . cos B
^

c2 = a 2 + b 2 – 2 . a . b . cos C
Teorema da decomposição de um polinômio

Consideremos a relação a2 = b2 + c2 – 2 . b . c . cos Â. Para


Todo polinômio P(x) = anxn + an-1xn-1 + ...+ a2x2 + a1x + a0

demonstrá-la, devemos considerar três casos:


de grau n > 0, pode ser decomposto em um produto de n

1) Â é ângulo reto
fatores do tipo (x – a), onde a é raiz de P(x).

Aplicando o teorema dos cossenos ao lado a


P(x) = a n (x – a1) (x – a2)... (x – a n), onde a1, a2 ... a n

a2 = b 2 + c 2 – 2 . b . c . 0, pois cos 90° = 0


são raízes de P(x).

a2 = b2 + c2 (teorema de Pitágoras)

Teorema de Pitágoras

Em todo triângulo retângulo a soma dos quadrados das medi-


das dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.


Teorema dos cossenos


Em qualquer triângulo, o quadrado da medida de um lado é


igual à soma dos quadrados das medidas dos outros lados


menos o dobro do produto das medidas desses lados pelo


cosseno do ângulo formado por eles.


123
Suplemento de Pesquisa e Informação

Teorema fundamental da álgebra


Toda equação algébrica P(x) = 0, de grau n > 0, admite pelo



menos uma raiz real ou complexa.


Termo geral do Binômio de Newton


O termo geral do Binômio de Newton é dado pela fórmula


(com p ∈ N e n ∈ N, com p ≤ n ):


2) Â é ângulo agudo Tp+1 = Cn, p ap x n – p


A altura h, relativa ao lado AB, divide o triângulo ABC em dois Entretanto, para o binômio diferença (x + a)n ,temos dois


triângulos retângulos. Aplicando o teorema de Pitágoras aos casos:


triângulos AHC e BHC, temos: b2 = h2 + x2 (I)


a2 = h2 + (c – x)2 = h2 + c2 – 2cx + x2 • Quando n é par, o sinal que precede o termo geral é +.


a2 – c2 + 2cx = h2 + x2 (II) • Quando n é ímpar, o sinal que precede o termo geral é –.


como (I) = (II) ⇒ b 2 = a 2 – c 2 + 2cx (III) Assim, a fórmula do termo geral fica:


Observando a figura, temos cos  = , portanto, x = b . cos Â. Subs- Tp+1 = (–1)p Cn,p ap xn-p


tituindo em (III), temos: b2 = a2 – c2 + 2 . c . b . cos Â, de onde:

Exemplo: Calcular o 10o termo da expressão (x - y)12. Se

a2 = b 2 + c 2 – 2 . b . c . cos  ○
n = 10 então p+1 = n logo p+1 = 9. Assim:
T10 = (–1)9 C12,9 y9 x12-9

T10 = –1 220 y9 x3

Transformação de somas e diferenças


em produtos de arcos trigonométricos


Sendo p e q arcos, temos que:


• sen p + sen q = 2 sen (p+ q) . cos (p – q)


3) Â é ângulo obtuso
2 2

Novamente, ao traçarmos a altura h, relativa ao lado AB, temos


• sen p - sen q = 2 cos (p+ q) . sen (p – q)

dois triângulos retângulos. Aplicando o teorema de Pitágoras


aos triângulos AHC e BHC, temos: b2 = h2 + x2 (I) 2 2


a2 = h2 + (c + x)2 = h2 + c2 + 2cx + x2 • cos p + cos q = 2 cos (p+ q) . sen (p – q)


a2 – c2 – 2cx = h2 + x2 (II) 2 2

como (I) = (II) ⇒ b2 = a2 – c2 – 2cx ou a2 = bx2 + c2 + 2cx (III) • cos p - cos q = = –2sen (p+ q) . sen (p – q)

2 2

Da figura, determinamos cos (180o – Â) = b


• tg p + tg q = sen (p + q)

Como cos (180o – Â) = – cos Â, temos que: x = – b . cos Â


cos p . cos q
Substituindo em (III), temos: a2 = b2 + c2 – 2 . b . c . cos Â

• tg p - tg q = sen (p – q)

cos p . cos q

• cotg p + cotg q = sen (p + q)


sen p . sen q

• cotg p - cotg q = – sen (p – q)



sen p . sen q

Triângulo retângulo

Teorema dos senos Chamamos triângulo retângulo ao triângulo que possui ângu-

Em qualquer triângulo, as medidas dos lados são proporcio- lo reto (90o). Como a soma dos ângulos internos de um tri-

nais aos senos dos ângulos opostos. ângulo é 180o, então os ângulos agudos em um triângulo re-

Assim, segundo o teorema dos senos, temos que: tângulo são complementares, ou seja, somam 90o . No triân-

gulo retângulo, o lado oposto ao ângulo de 90o é chamado


hipotenusa e os outros dois lados são chamados catetos.


a b c
= =

sen Aˆ sen B
ˆ sen C
ˆ








124
Matemática


V





Valor atual ou líquido [–1, 1]. Assim como na função seno, o período da função
cosseno é 2π.


Um título resgatado antes do vencimento pode ter um descon-


to, que é dado pela seguinte expressão: Tabelando valores de cossenos de arcos entre 0 e 2π, temos:


A=N–D



Onde A é o valor atual, N é o valor nominal e D o desconto.


Exemplo: Uma nota de valor nominal R$ 7.500,00 foi descon- O gráfico da função cosseno é chamado de cossenóide.


tada 20 dias antes do vencimento, à taxa de 7% ao mês. Calcular


o desconto simples comercial e o valor líquido (atual) recebido.



D = 7.500 . 7 . 2/3 = 350


A = 7.500 – 350 = 7.150 A = R$ 7.150,00

Valor nominal ○

É a importância declarada no título e que será paga na data de


vencimento.

período 2π

Valor numérico de um polinômio D=R


Quando em um polinômio P(x) substituímos x por um núme- Im = [–1, 1]


ro a (a e R), obtemos um valor ao qual chamamos de P(a).


Caso o valor numérico de P(x) para x = a seja igual a zero, Variação e gráfico da função tangente

dizemos que a é a raiz ou o zero desse polinômio. É toda função que associa um número real x a tg x: f(x) = tg x
P(a) = 0 ⇔ a é raiz de P(x).

Devemos lembrar que a função tangente não está definida para


π
arcos que têm como arcos côngruos– e 3 π , portanto esses

Exemplo: P(x) = 2x4 – 5x3 + x2 +1, para x = 2 temos:


P(2) = 2 x 16 – 5 x 8 + 4 + 1 = 32 – 40 + 4 + 1 = –3 2 2
devem ser excluídos do domínio da função.

Assim P(2) = –3 Na função tangente, note que os valores se repetem a cada π rad,

Variação e gráfico da função seno então o período da função tangente é π.


A função seno é a função que associa a cada número real x o


seno de x: f(x) = sen x


Como x é um número real, dizemos que o domínio da função


é R. Os valores de sen x estão entre –1 e 1. Neste caso, a


imagem da função é o intervalo [–1, 1].


Todos os valores do seno se repetem após uma volta completa,


então o período da função seno é 2π.


Para fazer o gráfico, tabelamos alguns valores do seno de arcos


entre 0 e 2π.

Tabelando valores da tangente, temos:


A curva que representa a função é chamada de tangentóide.




A partir da tabela, construímos o gráfico. A curva obtida é


chamada de senóide.








período 2π

D=R

Im = [–1, 1]

Variação e gráfico da função cosseno período π


É toda função que associa um número real x ao cos x: f(x) = cos x D = – { π– + k . π, k e Z} e Im = R


O domínio da função é R, e o conjunto imagem é o intervalo 2


125
Suplemento de Pesquisa e Informação

Volume Submúltiplos


Volume de um corpo é a porção de espaço ocupada por esse Decímetro cúbico – dm3 = 10–3 m 3


corpo. A 1o unidade legal de volume é o metro cúbico (m3), e Centímetro cúbico – cm3 = 10–6 m 3


para volumes de líquidos e gases usa-se o litro (L). O metro Milímetro cúbico – mm3 = 10–9 m 3


cúbico é o volume de um cubo de aresta igual a um metro. O litro


Volume do prisma
é o volume de um quilograma de água destilada e isenta de ar, à


O volume do prisma é calculado multiplicando-se a área da
temperatura de 4° centígrados e sob pressão atmosférica normal.


base pela sua altura.
Para fins legais, o litro pode ser considerado como equivalente


a um decímetro cúbico.



Múltiplos
Quilômetro cúbico – km3 = 109 m 3


Hectômetro cúbico – hm3 = 106 m 3


Decâmetro cúbico – dam3 = 103 m 3


Metro cúbico – m3















































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