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SEGURANÇA EM

INSTALAÇÕES E SERVIÇOS

ELÉTRICOS – NR10

BÁSICO – 40 HORAS

MODULO – I

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Sumário

1. INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE. ........................................ 3

2. RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE ....................... 4

2.1 - DEFINIÇÕES.......................................................................................................... 4

2.2 – COMO OCORRE O CHOQUE ELÉTRICO ........................................................... 7

2.3 - FORMAS DE OCORRER O CHOQUE ELÉTRICO ............................................. 11

2.4 - MANIFESTAÇÕES DO CHOQUE........................................................................ 13

2.5 - PERIGOS DO ARCO ELÉTRICO (QUEIMADURAS E QUEDAS) ....................... 23

2.6 - EXPOSIÇÃO A CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS .................................. 26

3 - TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO. ..................................................................... 35

4 - MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO ............................................... 39

4.1 DESERNEGIZAÇÃO .............................................................................................. 39

4.2 ATERRAMENTO FUNCIONAL (TN/TT/ IT), DE PROTEÇÃO E TEMPORÁRIO ... 41

4.3 EQUIPOTENCIALIZAÇÃO ..................................................................................... 87

4.4 SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO ...................................... 88

4.5 DISPOSITIVOS A CORRENTE DE FUGA ............................................................. 89

4.6 EXTRA BAIXA TENSÃO ........................................................................................ 90

4.7 BARREIRAS E INVÓLUCROS ............................................................................... 91

4.8 BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS .......................................................................... 91

4.9 OBSTÁCULOS E ANTEPAROS............................................................................. 92

4.10 ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS ................................................................... 92

4.11 ISOLAÇÃO DUPLA OU REFORÇADA ................................................................ 93

4.12 COLOCAÇÃO FORA DE ALCANCE .................................................................... 93

4.13 SEPARAÇÃO ELÉTRICA ..................................................................................... 93

5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 94

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1. INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE.

A Norma Regulamentadora n°10 é uma norma do que estabelece as medidas


de controle, os sistemas preventivos, as técnicas e práticas de serviços
relacionadas a serviços realizados em instalações elétricas e nos serviços com
eletricidade. O objetivo dessa norma é garantir a segurança e a saúde
daqueles que realizam esses serviços e até mesmo dos consumidores finais.
Vamos iniciar com algumas medidas preventivas de ordem geral:

 Somente profissionais habilitados devem executar serviços em


instalações elétricas;
 Planeje seu trabalho antes de realizá-lo e siga sempre os procedimentos
estabelecidos na empresa e utilize os equipamentos e ferramentas
adequados para realização de trabalhos em instalações elétricas;
 Certifique-se de que as instalações não estejam energizadas, antes de
tocá-las. Use aparelho de teste e nunca toque em instalações elétricas,
com as mãos, pés ou roupas molhadas;
 Ao se deparar com fio elétrico solto na rua, mantenha-se afastado do
local, pois o mesmo poderá estar energizado;
 Chame a concessionária imediatamente;
 Oriente as crianças para soltar pipas longe dos fios da rede elétrica;
 Escolha lugares abertos e espaços livres;
 Na construção ou manutenção predial próxima a rede elétrica, mantenha
distância segura ao manobrar materiais e equipamentos;
 Somente com tempo bom, instale, desligue ou remova antenas;
 Calcule uma distância segura da rede elétrica para fixar a antena.
 Evite usar benjamins ou extensões. Muitos aparelhos ligados na mesma
tomada podem causar sobrecarga e curto circuito na fiação.
 Desligue o chuveiro antes de mudar a chave verão/inverno.
 Não coloque objetos metálicos (facas, garfos, chaves etc.) dentro de
equipamentos elétricos, se ocorrer desligue imediatamente o aparelho.
 Nunca manuseie equipamentos elétricos com mãos ou pés molhados.
 Nunca mexa no interior de aparelhos elétricos e televisores. Ao instalar
antenas, mantenha distância dos fios elétricos.

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2. RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

 Os riscos do choque elétrico e os seus efeitos estão diretamente


associados aos valores das tensões da instalação, e é bom lembrar que
apenas altas tensões provocam grandes lesões;

 Existem mais pessoas expostas à baixa tensão do que às

altas tensões e que leigos normalmente não se expõem às altas,

proporcionalmente, pode-se considerar que as baixas tensões

são as mais perigosas;

 O que torna a eletricidade mais perigosa do que outros riscos


físicos como o calor, o frio e o ruído é que ela só é sentida pelo
organismo quando o mesmo está sob sua ação. Para quantificar melhor
os riscos e a gravidade do problema apresentam-se alguns dados
estatísticos:

» 43% dos acidentes ocorrem em residências

» 30% nas empresas

2.1 - DEFINIÇÕES

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Choque elétrico

O choque elétrico é a sensação fisiopatológica (perturbação acidental),


quando percorrido por uma corrente elétrica, sentida por uma pessoa sujeita a
diferença de potencial entre as mãos, entre mão (s) e pé (s), entre os pés, ou
entre a cabeça e membro(s).

O choque elétrico está relacionado a tensão de toque é a tensão elétrica


existente entre os membros inferiores e superiores de um indivíduo quando o
mesmo toca em um equipamento com defeito na isolação ou na parte nua de
um condutor energizado.

Classificação da tensão de toque:

• Contato direto

• Contato indireto

Contato direto:

Ocorre quando o trabalhador toca, inadvertidamente ou não, nos


condutores energizados (fios, cabos elétricos, dentre outros) de instalação
elétrica ou de parte de equipamentos elétricos com falhas no material isolante

Contato indireto:

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É o contato de trabalhadores com massas (partes e peças de equipamentos)
que possam ficar energizados devido a uma falha de isolamento.

Medidas de Proteção

- Proteção contra contatos diretos

- Isolação das partes vivas


TOTAL
- Barreiras / Invólucros

- Obstáculos

- Colocação fora de alcance PARCIAL

- Uso de EPI’s
INDIVIDUAL

- Aparelhos sensíveis à corrente diferencial - residual resultante de um defeito


de isolamento.

- Emprego de equipamentos da classe II ou por isolação equivalente

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- Separação elétrica

2.2 – COMO OCORRE O CHOQUE ELÉTRICO

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Como acontece o choque elétrico?

Acontece pela passagem de uma corrente elétrica pelo corpo em contato com
um objeto eletrificado, o que pode provocar queimaduras, parada respiratória ou
mesmo parada cardiorrespiratória. Por conta da universalidade do uso da
energia elétrica e do fato dela ser invisível, qualquer pessoa menos avisada pode
vir a ser vítima de um acidente envolvendo eletricidade.

➔ Os danos físicos resultam dos efeitos diretos da corrente e conversão da


eletricidade em calor durante a passagem da eletricidade pelos tecidos.

A gravidade do acidente está ligada às características físicas da corrente e


condições do acidente, tais como: natureza da corrente (contínua ou alternada);
tensão; frequência; resistência do corpo humano à passagem da corrente
elétrica, que varia segundo as condições ambientais; percurso da corrente pelo
corpo e tempo de duração da passagem.

Avaliação da corrente elétrica que circula em um circuito

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Para avaliação da corrente elétrica que circula num circuito vamos utilizar a
Lei de Ohm, que estabelece o seguinte:

Lei de Ohm:
onde :
I = Corrente em Ampères
V
V = Tensão em Volts
I
R
R = Resistência em Ohms

Em um choque elétrico, o corpo humano participa como sendo uma carga


pois é condutor de energia elétrica. E não só pela natureza de seus tecidos, mas
também pela grande quantidade de água que contém.

O valor a resistência em Ohms do corpo humano varia de indivíduo para


indivíduo, e também varia em função do trajeto percorrido pela corrente elétrica.
Em média é medida da palma de uma das mãos à palma da outra, ou até a planta
do pé e da ordem de 1300 a 3000 Ohms.

VOCÊ SABIA?

A corrente que passa


por uma lâmpada
incandescente de 60 W
em 120V é 500 mA.

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A corrente de alta tensão geralmente causa danos mais graves, porém lesões
fatais podem ocorrer mesmo com a baixa voltagem das residências e/ou
indústrias.

Ri1  200 

INTERNA
 500 

A RESISTÊNCIA
Ri3  100 

Rit  500 

DO CORPO HUMANO

EXTERNA
pele úmida
0
Ri2  200 

pele seca
 de 1000 a 2000 

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2.3 - FORMAS DE OCORRER O CHOQUE ELÉTRICO

O choque estático: contato com equipamentos que possuem eletricidade


estática, como por exemplo, um capacitor carregado.

O choque dinâmico: através do contato ou excessiva aproximação do fio


fase de uma rede ou circuito de alimentação elétrico a descoberto.

O choque atmosférico: que é o recebimento de descarga atmosférica. Aqui


o choque surge quando acontece uma descarga atmosférica e esta entra em
contato direto ou indireto com uma pessoa, os efeitos desse tipo de choque são
terríveis e imediatos, ocorre casos de queimaduras graves e até a morte
imediata.

Conceitos básicos

• Qualquer atividade biológica é acompanhada (se funde e se confunde)


por uma atividade elétrica.

• Uma corrente elétrica “externa” superpondo-se à pequena corrente


fisiológica “interna” pode causar alterações nas funções vitais.

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Alterações provocadas no organismo humano pela superposição de

corrente elétrica externa;

DEPENDEM DA INTENSIDADE, DO PERCURSO E DA DURAÇÃO

DESSA CORRENTE

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2.4 - MANIFESTAÇÕES DO CHOQUE

• Contrações musculares;

• Comprometimento do sistema nervoso central,

podendo levar à parada respiratória;

• Comprometimento cardiovascular provocando a

fibrilação ventricular – "parada cardíaca";

• Queimaduras de grau e extensão variáveis, podendo chegar até a


necrose do tecido.

Acidentes podem ocorrer de 3 modos distintos:

• Pela ação direta da corrente elétrica no coração e órgãos respiratórios,


podendo ocasionar a interrupção do funcionamento dos mesmos;

• Por queimaduras, como conseqüência da exposição ao arco elétrico,


momento em que a energia elétrica é transformada em energia calorífica, cuja
temperatura chega a ser superior a mil graus centígrados;

• Pela ação indireta do choque elétrico, quando a vítima cai de uma escada
ou do alto de um poste, ou ainda por asfixia mecânica, quando a língua sob efeito
da corrente elétrica se enrola, fechando a passagem do ar que leva oxigênio
para os pulmões.

Efeitos principais

• Tetanização

• Parada respiratória

• Fibrilação cardíaca / ventricular

• Queimaduras

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Tetanização

Contração muscular sustentada por estímulos elétricos repetidos em


intervalos inferiores à duração da contração muscular produzida por um único
desses estímulos (movimento involuntário do músculo)

Parada Respiratória

Efeito provocado pela ação de uma corrente elétrica que causa a contração
dos músculos ligados à função respiratória e / ou uma paralisia dos centros
nervosos que comandam essa função.

Fibrilação Cardíaca

Fibrilação do músculo de uma ou mais das câmaras do coração, levando ao


distúrbio de algumas funções do órgão.

Quando limitada aos ventrículos (fibrilação ventricular), leva à circulação


insuficiente de sangue e à falha do coração.

Queimaduras

Desenvolvimento de calor, por efeito joule no corpo humano, provocado pela


passagem da corrente elétrica.

Dos efeitos principais a fibrilação ventricular e as queimaduras são


irreversíveis.

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A passagem de corrente pelos músculos pode causar violenta contração
muscular com fraturas e luxações. Pode haver lesão muscular e de nervos. A
lesão de órgãos internos como fígado e baço é rara. O dano tecidual profundo é
desproporcional ao aspecto da lesão.

A parada cardiorrespiratória por fibrilação ventricular ou assistolia é a


principal causa de óbito após a lesão elétrica. A parada respiratória pode ser
causada pela passagem da corrente elétrica pelo cérebro causando inibição da
função do centro respiratório, contração tetânica do diafragma e da musculatura
torácica e paralisia prolongada dos músculos respiratórios.

Efeitos da eletricidade no corpo humano

Dependem das seguintes circunstância:

1. Intensidade da Corrente - Quanto maior for a intensidade da corrente que


percorrer o corpo, pior será o seu efeito no mesmo. As correntes elétricas
de baixa intensidade provocam a contração muscular, situação em que a
vítima muitas vezes não consegue se desprender do objeto energizado.

2. Frequência - As correntes elétricas de alta frequência são menos


perigosas ao organismo humano do que as de baixa frequência.

3. Tempo de Duração - Quanto maior for o tempo de exposição à corrente


elétrica, maior será seu efeito danoso no organismo;

4. Natureza da Corrente - O corpo humano é mais sensível à corrente


alternada de frequência industrial (50/60 Hz) do que à corrente contínua.

5. Condições Orgânicas do Indivíduo - Os efeitos do choque elétrico variam


de pessoa para pessoa, e dependem principalmente das condições orgânicas

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da vítima. Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, mentais, deficiência
alimentar, etc., estão mais propensas a sofrer com maior intensidade os efeitos
do choque elétrico. Os idosos submetidos a uma intensidade de choque elétrico
relativamente fraca, podem sofrer sérias consequências;

6. Resistência do Corpo - A resistência ôhmica do corpo varia de indivíduo


para indivíduo. A epiderme seca tem uma resistividade que depende do seu
estado de endurecimento (calosidade). Esta é maior nas pontas dos dedos do
que na palma da mão, e maior nesta do que no braço. A pele molhada diminui a
resistência de contato, permitindo assim a passagem de maior intensidade de
corrente elétrica;

As extremidades geralmente sofrem maior dano, pois têm menor diâmetro e


resultam em maior fluxo de corrente. As lesões mais comuns são geralmente as
queimaduras da pele nos sítios de entrada e saída, geradas pelo arco elétrico.
As roupas do paciente podem se incendiar e causar queimaduras de pele
adicionais

Limiar de Sensação - Percepção

O corpo humano começa a perceber a passagem de corrente elétrica a partir


de 1 mA.

Limiar de Não Largar

Está associado às contrações musculares provocadas pela corrente elétrica


no corpo humano, a corrente alternada a partir de determinado valor, excita os
nervos provocando contrações musculares permanentes, com isso cria se o
efeito de agarramento que impede a vítima de se soltar do circuito, a intensidade
de corrente para esse limiar varia entre 9 e 23 mA para os homens e 6 a 14 mA
para as mulheres.

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Limiar de Fibrilação Ventricular

O choque elétrico pode variar em função de fatores que interferem na


intensidade da corrente e nos efeitos provocados no organismo. Esses fatores
são apresentados a seguir:

Trajeto da corrente no corpo humano

Ligação de dois pontos com diferença de potencial elétrico por intermédio de


dois dedos de uma mesma mão. Neste tipo de percurso, denominado pequeno
percurso, não há risco de vida; poderá, no entanto, sofrer queimaduras ou perda
dos dedos.

No caso da corrente transitar de pé para


pé, através das pernas, coxas e
abdômen, o perigo neste tipo de
percurso é bem menor que nos dois
casos anteriores.

Sentirá, no entanto, perturbações dos


órgãos abdominais e os músculos
sofrerão alterações.

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A corrente entra por uma das mãos
e sai pela outra, percorre o tórax, e
atinge a região dos centros nervosos
que controlam a respiração, os
músculos do tórax e o coração. É um
dos percursos mais perigosos.
Dependendo do valor da corrente
produzirá asfixia e fibrilação
ventricular, ocasionando uma parada
cardíaca.

A corrente entra por uma das mãos e


sai por intermédio dos pés, percorre parte
do tórax, centros nervosos, diafragma e
órgãos abdominais. Dependendo da
intensidade da corrente produzirá asfixia
e fibrilação ventricular, e em
conseqüência ocasionará, igualmente,
uma parada cardíaca.

Em qualquer acidente com corrente elétrica, o tempo gasto para


prestar socorro é fundamental. Qualquer demora pode causar sérios
problemas. Muitas vezes a pessoa que leva um choque elétrico fica presa
à corrente elétrica.

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Métodos de estudo
tensões de passo e de toque

V toque

V passo

Tensão de Passo - Quando ocorre uma falta para a terra, a corrente de curto
circuito flui pelo aterramento. Esta passagem de corrente gera tensões no solo.
A malha de aterramento deve ser projetada de tal forma que as tensões de passo
na subestação e suas redondezas não atinjam valores superiores aos
permissíveis. A ABNT NBR 15751:2009 mostra através da figura abaixo em que
uma pessoa é representada por um circuito elétrico equivalente aos parâmetros
resistivos envolvidos.

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Tensão de Toque - A tensão de toque em uma subestação acontece quando
uma pessoa toca um componente energizado (não importando se em um tempo
curto ou longo). A ABNT NBR 15751 apresenta através da figura abaixo uma
pessoa e um componente energizado representados por um circuito elétrico
equivalente com os parâmetros resistivos envolvidos.

Proteção contra o choque elétrico

Como evitar o choque direto?

• Isolando a pessoa (ou piso + paredes)

• Colocando fora do alcance

• Equalizando os potenciais

• Colocando barreiras

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Sacadas próximas à rede elétrica merecem muita atenção. Cuidado com o
manuseio de objetos metálicos nesses locais

Tipos de locais

– Locais Condutores Restritos

• alta chance de contato acidental, sendo difícil a interrupção do mesmo

• ambientes de baixa resistência

– Locais com banheiras, piscinas, sauna

• a diminuição da resistência do corpo humano

• o baixo nível da tensão de risco

– Locais de uso médico

• a falta de reação do paciente

• o risco do músculo cardíaco.

Perigo x Locais – Ambientes

Risco de Contato

– Grandes áreas do corpo com locais que permitem a passagem de corrente


elétrica

– Risco de locais condutores contendo banheiras - piscinas - saunas

– Locais de uso médico

A Definição de Locais/Ambientes

– A validação do conhecimento empírico

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Características dos Locais Condutores
Restritos:

- Alta probabilidade de contato acidental.

-Dificuldade de interrupção de tal contato.

-Baixa resistência ambiental.

Locais com banheiras, chuveiros etc

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2.5 - PERIGOS DO ARCO ELÉTRICO (QUEIMADURAS E QUEDAS)

A energia liberada durante a ocorrência do arco elétrico gera uma radiação de


temperatura extremamente elevada, que pode causar queimaduras.

Queimadura com arco-voltaico

Um arco elétrico é formado quando a corrente flui de um eletrodo a outro


através de um canal de gás ionizado, e pode ser causado intencionalmente ou
acidentalmente.

Quando um arco é gerado intencionalmente, como, por exemplo,


dentro de um forno a arco, num interruptor ou num disjuntor, não oferece
riscos às pessoas, pois é confinado dentro de câmaras adequadas.

Já os arcos elétricos acidentais, sem confinamento e sem controle de suas


consequências, são prejudiciais e perigosos. Explosões podem ser provocadas

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e os efeitos do calor e da pressão podem causar danos às instalações e às
pessoas.

Um arco elétrico provocado por um curto-circuito é frequentemente a pior falta


que pode acontecer em um sistema de distribuição de energia elétrica.

Entre os diversos fatores que podem causar um arco voltaico acidental,


destacam-se os seguintes:

•Erro humano;

•Presença de pequenos animais nos barramentos;

•Sujeira;

•Envelhecimento da isolação e desgaste mecânico;

•Tensão elevada;

•Superaquecimento;

•Umidade; e

•Objetos estranhos esquecidos no cubículo.

A seguir, são relacionadas algumas medidas para garantir a proteção das


pessoas contra perigos resultantes de faltas por arco:

a) Utilização de um ou mais dos seguintes meios:

• Dispositivos de abertura sob carga;

• Chave de aterramento resistente ao curto-circuito presumido;

• Sistemas de intertravamento; e

• Fechaduras com chave não intercambiáveis.

b) Corredores operacionais curtos, altos e largos;

• Coberturas sólidas ou barreiras ao invés de coberturas perfuradas ou


telas;

• Equipamentos ensaiados para resistir às faltas de arco internas. No caso


dos cubículos, devem estar conforme a NBR 6979;

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• Emprego de dispositivos limitadores de corrente;

• Seleção de tempos de interrupção muito curtos que podem ser obtidos


através de relés instantâneos ou dispositivos sensíveis a pressão, luz ou calor,
atuando em dispositivos de interrupção rápidos;

• Operação da instalação a uma distância segura; e

• Uso de roupas especiais por parte dos operadores

Arco Voltaico

Além dos riscos de exposição aos efeitos térmicos do arco elétrico, também
está presente o risco de ferimentos e quedas, decorrentes das ondas de pressão
que podem se formar pela expansão do ar.

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Na ocorrência de um arco elétrico, uma onda de pressão pode empurrar e
derrubar o trabalhador que está próximo da origem do acidente.

Essa queda pode resultar em lesões mais graves se o trabalho estiver sendo
realizado em uma altura superior a dois metros, o que pode ser muito comum
em diversos tipos de instalações.

2.6 - EXPOSIÇÃO A CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS

Campo Eletromagnético (CEM)

• Campos elétricos e magnéticos variáveis no tempo são indissociáveis e


constituem em conjunto os chamados campos eletromagnéticos (CEM);

• CEM propagam-se no espaço sob a forma de ondas;

• Ondaspodem transportar energiaatravés do espaço.

Mecanismos de acoplamento entre campos e o corpo humano

• Acoplamento a campos elétricos de baixa frequência;

• Acoplamento a campos magnéticos de baixa frequência;

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• Absorção de energia de campos eletromagnéticos.

Acoplamento a campos elétricos de baixa frequência

A interação de campos elétricos variáveis no tempo, com o corpo humano,


resulta em:

• fluxo de cargas elétricas (corrente elétrica);

• na polarização de cargas ligadas (formação de dipolos elétricos);

• na reorientação dos dipolos elétricos já presentes no tecido.

As amplitudes relativas destes diferentes efeitos dependem das propriedades


elétricas do corpo:

• condutividade elétrica (que rege o fluxo da corrente elétrica);

• e da permissividade (que rege a amplitude dos efeitos de polarização).

A condutividade elétrica e a permissividade variam com o tipo do tecido do


corpo e também dependem da frequência do campo aplicado. Os campos
elétricos externos ao corpo, induzem no mesmo uma carga superficial; assi,
resultando em correntes induzidas no corpo, cuja distribuição depende das
condições de exposição, do tamanho e forma do corpo, e da posição deste no
campo.

Acoplamento a campos magnéticos de baixa frequência

A interação física de campos magnéticos variáveis no tempo, com o corpo


humano, resulta na indução de campos elétricos induzidos e correntes elétricas
circulantes. As amplitudes dos campos induzidos e a densidade da corrente são
proporcionais ao laço (caminho fechado) escolhido, à condutividade elétrica do
tecido, à taxa de variação e à amplitude da densidade do fluxo magnético. Para
uma dada amplitude e freqüência do campo magnético, os campos elétricos mais
intensos são induzidos onde as dimensões do laço são maiores; sendo que o

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caminho exato e a amplitude da corrente induzida em qualquer parte do corpo,
dependerão da condutividade elétrica do tecido.

Absorção da energia de campos eletromagnéticos

A exposição a campos elétricos e magnéticos de frequência baixa resulta


em uma absorção de energia desprezível, sem elevação mensurável da
temperatura do corpo.

A exposição a campos eletromagnéticos de frequências acima de


aproximadamente 100 kHz, pode conduzir a uma absorção significativa de
energia e a um aumento de temperatura.

Com respeito à absorção da energia pelo corpo humano, os campos


eletromagnéticos podem ser divididos em quatro faixas (Durney et al. 1985):

• frequências - 100 kHz a 20 MHz: a absorção no tronco decresce


rapidamente, pode

ocorrer uma absorção significativa no pescoço e nas pernas;

• frequências - 20 MHz a 300 MHz: absorção relativamente alta no corpo


todo;

• frequências - 300 MHz a vários GHz, nas quais ocorre absorção local
significativa e não uniforme;

• frequências acima de 10 GHz, nas quais a absorção de energia


ocorre principalmente na superfície do corpo.

Potências transmitidas

 Densidade de potência: S [W/m2]


 Taxa de absorção específica – SAR [watt/kg]
 Em um ponto medido à distância r de um emissor de CEM

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Ex: medidas junto a um forno de microondas

(5 cm) , S  1 mW/m2

(50 cm) , S  0,01 mW/m2

Como ocorre a radiação

Cabos de alta tensão emitem energia no espaço ao seu redor, criando


campos invisíveis em forma de ondas.

Isso se chama campo eletromagnético, que é medido em Gauss e Tesla.

Causa deformação durante o processo de renovação das células,


provocando doenças. Há controvérsias no meio científico, mas há pesquisas que
associam os campos eletromagnéticos com doenças como leucemia, câncer no
cérebro e mal de Alzheimer.

Pode afetar o metabolismo do organismo e prejudicar marcapassos.

100 m é a distância da rede necessária para fugir dos efeitos da radiação.

10m é a distância que separa as casas da região da rede da alta tensão

Até quanto chega a radiação na região em miligauss = unidade de medida de


campo eletromagnético sob a linhas?

- 0,125 Gauss Sob as linhas

- 0,045 Gauss Diante das casas

- 0,030 Gauss Dentro das casas

Segundo o IEE, a radiação na região está dez vezes superior ao limite


tolerável nos países desenvolvidos.

Controle de campos magnéticos

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SAR - WATT/KG

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Efeitos biológicos dos CEM

 Efeito: resposta do sistema biológico a um estímulo.


 Efeito varia com a Densidade de Potência e com a Frequência dos
CEM.

Ex: CEM na frequência da luz visível causam o efeito de sensibilizar a retina.

 Baixas frequências (<100 kHz): indução de correntes elétricas no


tecido (choque);
 Altas frequências (>10 MHz): efeito térmico;
 Rádio-frequências (100 kHz < RF < 10 MHz): efeito combinado.
 Energia dos CEM está associada à sua frequência: E= hƒ [eV];
 CEM de altas energias podem arrancar elétrons dos átomos tornando-
os íons;
 CEM se propagam no espaço (irradiam-se) levando energia (não é
radioatividade);
 Frequência define radiações não ionizantes (CEM de baixas energias:
até a luz visível) e radiações ionizantes (CEM de altas energias f >
2,4·1015 Hz: UV, raios-X, raios γ);
 Se a densidade de potência for elevada, o aumento de temperatura
poderá ser excessivo, levando a queimaduras, mas o efeito será
sempre térmico, sem qualquer possibilidade de provocar ionização;
 A exposição do corpo humano a RF e micro-ondas só resulta em
aumento de temperatura;
 Efeito é imediato e cessa com a interrupção da exposição.
 Estudos de efeitos cancerígenos sobre a promoção ou o crescimento
de tumores já existentes (estudos epidemiológicos, simulação,
animais, “phantoms”, voluntários, cultura de tecidos) não são
conclusivos.

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Efeitos biológicos dos CEM

Parâmetros que caracterizam os campos eletromagnéticos

1- Potência

2- Tensão

3- Corrente

4- Freqüência

5- Fase

6- Pulsátil ou não pulsátil

7- Tipo de onda: senoidal, etc.

Acresce:

a- tempo de exposição

b- local da exposição

Principais aplicações médicas dos campos eletromagnéticos não


ionizantes e não térmicos:

1- Câncer

2- Osteoartrite

3- Regeneração de tecidos 4- Cicatrização de feridas

5- Estimulação do sistema imune

6- Modulação neuro endócrina

7- Condições degenerativas associadas à idade

8- Não união de fraturas, osteonecrose

9- Dor intratável

10-Estados psicofisiológicos (epilepsia e dependência de drogas)

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Principais aplicações médicas dos campos eletromagnéticos não
ionizantes e não térmicos:

11-Paralisia cerebral ( redução da espasticidade)

12-Lesão da medula espinhal 13- Doença de Parkinson

14-Dificuldade de aprendizado

15-Estimulação nervosa

16-Infecções crônicas

17-Osteoporose

18-Pseudoartrose congênita

19-Aumento da síntese de neurotransmissores

Risco dos CEM

 Conhecido o efeito, pode-se avaliar o risco:


 Elétrico (baixas frequências), térmico (RF);
 Definição de limiares fisiológicos de risco;
 Introdução de margens de segurança;
 Exposição controlada (ocupacional);
 Exposição não controlada (público em geral);
 Exposição diferenciada em partes do corpo.

Parâmetros

 Limiar fisiológico de 4W/kg (ΔT  1 a 2 °C)


 Exposição ocupacional máxima: 0,4 W/kg (1/10)
 Exposição do público: 0,08 W/kg (1/50)

 A 100 MHz (FM): 0,08 W/kg 0,2 mW/cm2


 Potência de emissão100 kW, antena a 80 m;

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 Pessoa na rua recebe: 0,12 mW/cm2.

 A 870 MHz (celular): 0,08 W/kg 0,435 mW/cm2


 Potência de emissão < 100 W;
 Pessoa a 3 m da antena recebe: 0,09 mW/cm2.

Normatização

• Não estabelecem limites para exposição ocupacional

• Adotam-se os limites da ACGIH (30 kHz a 300 GHz) – American


Conference of Governmental Industrial Hygienists

• Normas Regulamentadoras NR-15, anexo 7 e NR-9 da Portaria 3214/78


do Ministério do Trabalho;

• ANATEL- Agência Nacional de Telecomunicações adotou as


recomendações da ICNIRP – International Commission on Non Ionizing
Radiation Protection

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3 - TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO.

Análise De Riscos

Definição

É o desmembramento ordenado e gradativo das etapas de trabalho,


analisando-se os riscos e os impactos ambientais envolvidos, com o objetivo de
determinar um método eficiente e seguro para execução do trabalho.

Passos básicos para a realização

▪ Selecionar o trabalho.

▪ Dividir o trabalho em etapas.

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▪ Identificar riscos em cada etapa.

▪ Estabelecer maneiras corretas e seguras.

▪ Definir os responsáveis para recomendações.

Para realização deve haver

▪ Participação de todos os envolvidos na tarefa.

▪ Troca de informações e experiências.

▪ Cumprimento das recomendações determinadas.

Obrigatoriedade

Obrigatória, para todas as atividades não previstas em padrões de operação,


procedimentos ou que não possua matriz.

Análise De Riscos Validade

É restrita ao serviço, horário e duração para a qual foi emitida.

Análise De Riscos Tempo De Arquivamento

➔ Até 48 horas após a execução do serviço.

➔ Ocorrendo um acidente a análise de riscos deverá ser anexada à análise


de acidente e enviada para Coordenação de Segurança.

➔ Caso ocorra um acidente ambiental durante a execução da atividade,


a análise de riscos deverá ser enviada para o Gestor a fim de ser arquivada.

Vantagens

➔ Eficiente ferramenta utilizada na prevenção.

➔ Refletir e sintonizar-se antes de iniciar o trabalho.

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➔ Discutir maneiras seguras para executar a tarefa.

➔ Evidenciar os riscos através de debates.

➔ Planejar a melhor metodologia de execução (senso de planejamento).

➔ Conhecer o local, equipamentos e interferências relativas ao trabalho.

➔ Ações que eliminem ou minimizem a possibilidade de acidente pessoal,


ambiental ou com equipamento.

➔ Oportunidade de aprendizagem.

Irregularidades Identificadas Em Auditorias

➔ Realização de uma análise de riscos muito geral (superficial).

➔ Realização da análise apenas para cumprir a norma e não como


ferramenta de prevenção.

➔ Não envolvimentode todos os responsáveisna execução.

➔ Falta de preenchimento das informações básicas da folha de rosto (ex:


Ponto de urgência).

➔ Falta de identificação de todas as tarefas, seus respectivos riscos e


recomendações de segurança e meio ambiente correspondentes.

➔ Falta de assinatura dos participantes nas análises.

➔ Falta de preenchimento de todos os campos do cabeçalho da Análise de


Riscos.

➔ Falta de preenchimento das recomendações no verso da Análise de


Riscos.

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➔Marcação com “X”, no campo de identificação dos procedimentos
aplicáveis à tarefa, no verso da Análise de Riscos.

➔ Falta ou ineficiência na divulgação da análise entre os envolvidos

Exigências

➔ A Análise de Riscos deverá estar na frente de trabalho durante todo o


período de realização da atividade.

➔ Todos os participantes da atividade deverão conhecer o conteúdo da


Análise de Riscos.

➔ Todos os participantes da atividade deverão conhecer os Pontos de


Urgência e os telefones úteis para possíveis emergências.

➔ Todas as recomendações de segurança deverão ser rigorosamente


seguidas.

➔ Todos os campos das análises deverão ser preenchidos.

➔ Envolver todos os responsáveis pela tarefa na elaboração das análises.

➔ Identificar todas as tarefas, seus respectivos riscos e as recomendações


de Segurança e nas análises.

➔ Todos os participantes da elaboração da análise deverão assiná-la.

38
Lembre-se

Toda a vez, em que há falha no planejamento da atividade, aumenta a


improvisação e consequentemente o risco de acidentes.

4 - MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO

4.1 DESERNEGIZAÇÃO

O sistema elétrico periodicamente precisa receber manutenções, preventivas


e corretivas, e diversas vezes o sistema, como um todo, não pode ser
completamente desligado.

Isso acarretaria, por exemplo, no corte do fornecimento de energia para toda


uma cidade.

39
Uma forma de realizar as atividades necessárias, reduzindo os riscos ao
máximo, é realizando a desenergização.

Esse processo não é o simples desligamento do sistema, mas a supressão


da energia na instalação – o que o torna mais seguro.

O sistema elétrico periodicamente precisa receber manutenções, preventivas


e corretivas, e diversas vezes o sistema, como um todo, não pode ser
completamente desligado.

4.1.1 Desenergização - Seccionamento


O seccionamento representa o ato de promover a descontinuidade elétrica
total, com afastamento adequado entre um circuito ou dispositivo e outro.

Ele é obtido mediante o acionamento de dispositivos apropriados.

Através de dispositivos, como uma chave seccionadora, um interruptor ou um


disjuntor – por meios manuais ou automáticos ou através de ferramental
apropriado e procedimentos específicos.

É importante observar qual é a função no sistema do circuito que é


seccionado e também ter ciência que seccionar não é o mesmo que desligar.

4.1.2 Desenergização - Passos


• Seccionamento

• Impedimento de reenergização

• Desenergização: constatação da ausência de tensão

• Desenergização: Instalação de aterramento temporário com


equipotencialização dos condutores dos circuitos

• Desenergização: Proteção dos elementos energizados existentes na zona


controlada

• Desenergização: Instalação da sinalização de impedimento de


reenergização

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4.2 ATERRAMENTO FUNCIONAL (TN/TT/ IT), DE PROTEÇÃO E
TEMPORÁRIO

Aterramento Elétrico

O que é um aterramento elétrico?

• A terra representa um ponto de

referência (ou com potencial zero);

• Todas tensões podem ser

referidas ao terra;

Objetivos:

• Aterrar o sistema: ligar intencionalmente o condutor

neutro à terra – controle da tensão em relação a terra;

• Oferecer um caminho para a circulação de corrente que irá permitir a


detecção de uma ligação indesejada entre condutores vivos e a terra
(operação dos dispositivos de proteção e remoção da tensão);

• Proteger as pessoas e o patrimônio contra uma falta (curto-circuito) na


instalação;

• Oferecer um caminho seguro, controlado e de baixa impedância em


direção à terra para as correntes induzidas por descargas atmosférica.

Requisitos da ligação à terra

• Impedância que satisfaça o conceito “sistema solidamente ligado à terra”

• Resistência de aterramento que independa de condições climáticas e que


possibilite a atuação de dispositivos de proteção

• não permite a formação de arcos entre condutores energizados

• não produz aumento de temperatura excessivo durante o tempo que


conduz a corrente de falta - curto

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• Resistente à corrosão

• Custo acessível

Funções básicas:

• Segurança Pessoal: Falha na isolação dos equipamentos. A corrente de


falta passa através do condutor de aterramento ao invés de percorrer o corpo
de uma pessoa que esteja tocando o equipamento:

• Desligamento Automático: Oferecer caminho de baixa impedância de


retorno para a terra da corrente de falta – operação automática, rápida e segura
do sistema de proteção;

• Controle de tensões: controlar as tensões de passo, toque e

transferida quando ocorre um curto-circuito;

42
• Estabilizar a tensão durante transitórios no sistema elétrico provocados
por faltas para a terra, chaveamentos, etc.;

Tensões de Risco

• Necessidade de cálculo e análise para dimensionar o risco ao ser humano

• Tipos de tensão:

• Tensão nominal do sistema/terra - Uo - Valor da tensão entre um condutor


fase e a terra

• Tensão de Falta - Uf - aparece por falha no isolamento - só entre massa


e eletrodo de aterramento

• Tensão de contato - Ub - tensão acidental, quando há falha no isolamento

• Tensão de Passo - Up - aplicada em pessoas quando nas proximidades


do eletrodo.

Aterramento Elétrico

Conceitos Importantes

• Tensão de contato: tensão que aparece quando ocorre a falha da isolação


entre partes acessíveis;

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• Tensão de toque: tensão entre mãos e pés quando uma pessoa toca um
equipamento sujeito a uma tensão de contato. Como conseqüência tem-se a
passagem de uma corrente elétrica pelo braço, tronco e pernas;

44
Esquemas padronizados

Padronização Brasileira

 (380 / 220 V) ou  (220 / 127 V)

• O Neutro é que é aterrado:

• Outros tipos: (estão sendo modificados)

 (208 / 120 V);

 ( 230/115 V); 220 V sem terra

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Níveis de Risco

• Esquema TT:

– usado em diversos países do mundo

– mais utilizado por pequenos consumidores

• Esquema TN-S

– consumidores de alta tensão e redes subterrâneas

– desaconselhável em locais de risco de incêndio e mesmo em locais


molhados, devido ao valor alto da corrente de falta

• Esquema IT

– consumidores que possuem trafo próprio – industrias;

54
– limitação no comprimento dos circuitos.

55
56
Aterramento NBR14039

1a - neutro da instalação em relação à terra; .

2a - massas da instalação.

T = massas estão ligadas diretamente à terra,

N = massas ligadas ao pto de alimentação aterrado,o neutro.

3a - massas da subestação de alimentação

R = ligadas ao eletrodo de aterramento do neutro e ao das massas da


instalação;

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N = ligadas ao eletrodo de aterramento do neutro, mas não ao das

massas da instalação;

S = eletrodo separado do neutro e daquele das massas da instalação

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59
60
Malha de Aterramento

O aterramento

• Definição: ligação intencional à terra, através da qual

correntes elétricas podem fluir

• Pode ser:

– Funcional: ligação através de um dos condutores do sistema - Neutro

– de Proteção: ligação à terra das massas e dos elementos condutores


estranhos à instalação

61
– de trabalho: ligação provisória, possibilitando uma ação de manutenção
ou serviço geral.

• O que aterrar:

• subestações

• torres e linhas de transmissão e distribuição

• torres de micro-ondas

• linhas de eletrificação rural

• redes de distribuição

• redes de comunicação

• instalações de equipamentos eletroeletrônicos

• elementos que podem se tornar condutores em operações de


manutenção - aterramento de trabalho.

Objetivos do aterramento:

• estabelecer valores de resistência/impedância adequados entre fase e


terra, durante as faltas - Transmissão/Distribuição

• fornecer ao sistema uma via de baixa impedância de curto-circuito à terra,


de forma a obter uma operação rápida dos elementos de proteção

• conduzir à terra as correntes atmosféricas

• evitar tensões perigosas entre estruturas, equipamentos e solo, no caso


de falta ou em condições normais

• servir como condutor de retorno à instalações elétricas, ligações de


neutros, circuitos de comunicação, transmissão em corrente contínua.

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Regras básicas para o projeto de um sistema de aterramento

➢Deverá ser prevista malha geral de aterramento, através de cabo de cobre


nu e hastes de aterramento de aço revestido por camada de cobre (Barras
Copperweld), em quantidade suficiente para se obter uma resistência a terra
mínima de 5 ohms;

➢ Todas as partes metálicas não condutoras da instalação, inclusive torres,


cercas, esteiras, quadros de energia etc., deverão ser conectadas à malha geral
de aterramento;

➢ O neutro da Concessionária, o neutro do gerador, juntamente com as


barras de terra e de neutro do Quadro Geral de Entrada (QGE), deverão também
ser conectados à malha de aterramento, através de uma única barra de cobre
centralizadora dessas conexões;

➢ A partir da barra de terra do QGE, será provida interligação com cabo


isolado à barra de terra do Quadro de Energia. A partir dessa barra de terra,
deverão ser providos cabos isolados para aterramento individual de todos os
sistemas independentes internos à estação. Os quadros eletrônicos também
devem ser aterrados através desse cabo isolado;

➢ Deverá ser previsto poços de inspeção para medição de

resistência de terra;

• Deverá ser previsto um sistema de proteção contra descargas


atmosféricas (SPDA), tipo Franklin, projetado de acordo com as normas

ABNT/NBR-5419 - Proteção de estruturas contra descargas


atmosféricas

• As descidas do sistema de proteção atmosférica deverão ser efetuadas


com cabo de cobre nu, devidamente protegidas.

63
• Componentes

• Eletrodo de aterramento

• Condutor de aterramento

• Condutor de equipotencialidade

– Principal

– Suplementares

• Condutor de proteção principal

• Condutor de proteção das massas

• Terminal de aterramento principal

A terra deve ser considerada um elemento do circuito por onde pode circular
uma corrente, seja ela, proveniente de uma falta ou descarga atmosférica.

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Eletrodos de aterramento

• Um único elemento/conjunto de elementos

• percurso rápido e fácil através dos terrenos para a corrente de fuga - baixa
R de aterramento

• dependência da resistividade do solo

• varia com o tipo do terreno, umidade, quantidade de sais, temperatura


ambiente

– comprimento das hastes

– volume de dispersão

– número de hastes

Tipos de aterramento

A norma de instalação elétrica de Baixa Tensão classifica os aterramentos


em dois tipos, segundo a sua função na instalação elétrica:

• aterramento funcional: aterramento de um condutor vivo (normalmente o


neutro), objetivando o correto funcionamento da instalação;

• aterramento de proteção: aterramento das massas e dos elementos


estranhos, objetivando a proteção contra choques (contatos indiretos).

Eletrodos de aterramento

Resistência de aterramento:

A resistência de aterramento (RT) é a resistência elétrica entre o TAP e a


Terra de Referência.

Tipo de solo resistivo (ohm.m):

• Terreno orgânico úmido 10 a 100

• Terreno orgânico não úmido 100 a 200

65
• Terreno arenoso 400 a 800

• Terreno rochoso > 1000

Eletrodos de aterramento

São qualidades esperadas de um bom eletrodo: Baixo valor de resistência e


impedância de aterramento,

• Invariância da resistência e impedância de aterramento,

• Distribuição espacial conveniente.

Hastes

• Devem injetar a corrente no solo;

• Introdução na vertical

– Corrente se dispersa para baixo;

66
• Seção Cilíndrica, maciça ou tubular;

• A parte superior deve situar-se a uma profundidade

mínima de 0,5m - evitar possíveis danos externos.

Aterramento - critérios para dimensionamento

Observar:

» Material a ser usado

» Forma e dimensão do eletrodo

» Colocação topográfica

Hastes:

» Introdução na vertical

» Injetam a corrente no terreno

Condutor de proteção:

» Vias de cabos multipolares

» Condutores isolados/cabos unipolares junto à condutores vivos ou


independentes

67
68
Medição do aterramento

Consiste em aplicar uma tensão entre o sistema a ser medido e um terra


auxiliar;

Conectar os eletrodos C1 e P1 na malha;

Conectar o eletrodo P2 no ponto onde deseja-se medir a resistência de terra;

O eletrodo C2 deve ser posicionado a uma distância da malha de terra tal


que a densidade de corrente no local seja desprezível;

O valor de Ra é igual ao valor da resistência obtida quando o eletrodo P2 é


posicionado a uma distância média entre C2 e a malha.

Precauções durante a medição da Resistência de Terra:

1. Devem ser desconectados do terra a ser medido, os cabos de aterramento


de transformadores e do neutro do transformador;

2. Evitar medições sob condições atmosféricas adversas. Isto decorre da


possibilidade de ocorrência de descargas atmosféricas;

3. Utilizar calçados e luvas;

4. Não tocar nos fios e eletrodos;

5. Evitar a presença de animais e pessoas alheias ao serviço;

6. Dar preferência para se efetuar a medição em dia seco.

O Aterramento - Condutor de proteção

» Eletrodutos metálicos

» proteções metálicas/blindagem de cabos

» certos elementos condutores

Atenção!! Devem ser identificados pela dupla coloração verde-amarela ou


pela cor verde

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– No esquema TN-C = Condutor PEN deve ter cor azul-claro com indicações
verde-amarelo

• A relação de bitolas depende do condutor fase

- Tabela

• NBR 5410: considerando critério mecânico, se o condutor não faz parte


do mesmo cabo ou do mesmo invólucro dos condutores vivos, S maior ou igual
a 2,5mm2,se possui proteção mecânica, do contrário maior que 4mm2. No caso
de condutor PEN, S maior ou igual a 10mm2

NBR5410

• A NBR5410 determina as seções mínimas para os condutores de


proteção, como:

S(mm2) dos Condutores Seção mínima do condutor

fase - S de proteção

correspondente

S  16 S

16 < S  35 16

S > 35 S/2

70
O Aterramento

• Critério Térmico:

2
S = seção em mm

2
I .t I = valor eficaz da corrente no caso de falta

S fase -massa

K t = tempo de atuação do dispositivo de


proteção em s

K = constante - tabela

Observações

• A corrente I pode ser calculada, aproximadamente, por:

– Esquema TT

• I = Uo / Ra;

– Ra é a resistência de aterramento das massas e

– Uo é a tensão Fase-Neutro

– Esquema TN

• I = Uo / Zs

– Zs é a impedância do trajeto da corrente de falta

71
O Aterramento

Condutor de aterramento

– Instalado em separado, não se relaciona com condutores de fase ou


proteção

– Sujeito à riscos de corrosão e danos mecânicos

– S mínima atende aos critérios anteriores e tabela

• Condutores de equipotencialidade

– Evitam contato do usuário com duas ou mais massas que apresentem


diferença de potencial entre si

– S mínima atende aos critérios anteriores e tabela.

72
73
Aterramento Temporário

Aterramento na
própria estrutura

Estruturas adjacentes

74
Estruturas adjacentes

Estruturas adjacentes

75
A - aterramento da própria estrutura
B - aterramento do trecho

Sistemas de aterramentos temporários nos sistemas de distribuição de energia


em manutenção preventiva e emergencial

76
77
78
79
1º) Abrir as chaves fusíveis do transformador que alimenta o circuito;

2º) Verificar com o voltímetro, ausência de tensão;

3º) Conectar o grampo de uma das extremidades ao neutro;

4º) Conectar os demais grampos nos outros condutores.

80
BASTÃO de aterramento temporário da rede secundária

Instalar com firmeza segurando-o pela empunhadura


de fibra de vidro

81
Grampos de Aterramento

82
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84
85
Manutenção e Conservação

86
4.3 EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

A equipotencialização é o conjunto de medidas utilizadas na proteção contra


descargas atmosféricas com o objetivo de reduzir as tensões causadas por elas,
não a zero, mas a níveis que possam ser suportados para as instalações e seus
equipamentos.

Ela é realizada através da interligação entre as partes metálicas da edificação


e destas ao Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA),
diretamente através de condutores, ou indiretamente através de Dispositivos de
Proteção contra Surtos (DPS).

O Barramento de Equipotencialização Principal (BEP) tem o objetivo de


possibilitar a interligação de todos os elementos da edificação que possam ser
incluídos na equipotencialização principal.

Ele é definido na ABNT NBR 5419:2015, Proteção contra descargas


atmosféricas, e será o ponto de interligação dos elementos de
equipotencialização ao subsistema de aterramento.

Esta interligação deverá ser realizada por condutores de baixa impedância


através de ligações as mais curtas e retilíneas possíveis.

87
4.4 SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO

É o corte da energia elétrica por intermédio de equipamentos e deve ser


acionado sempre que uma falta no circuito ou equipamento der origem a uma
corrente superior ao valor ajustado no equipamento de proteção.

88
Ocorrendo em qualquer ponto uma falta de impedância desprezível entre um
condutor de fase e o condutor de proteção ou uma massa, um dispositivo de
seccionamento automático deve desligar o circuito em um tempo bastante
reduzido e seguro.

Podem ser usados para o seccionamento automático visando proteção


contra choques elétricos tanto os dispositivos de proteção a sobrecorrente
(disjuntores ou fusíveis), quanto os dispositivos de proteção a corrente
diferencial-residual (dispositivos DR).

A NBR 5410 prescreve o uso de dispositivos de proteção a corrente


diferencial-residual com corrente diferencial-residual nominal igual ou inferior a
30 mA como proteção adicional contra choques elétricos em alguns locais.

A proteção adicional provida pelo uso de dispositivo diferencial-residual de


alta sensibilidade visa casos com os de falha de outros meios de proteção e de
descuido ou imprudência do usuário.

No entanto, é importante destacar que a utilização desses DRs de alta


sensibilidade nestes locais não é reconhecida como constituindo em si uma
medida de proteção completa e não dispensa, em absoluto, o emprego de uma
das outras medidas de proteção descritas (principalmente o uso do condutor de
proteção em todos os circuitos).

4.5 DISPOSITIVOS A CORRENTE DE FUGA

Esse dispositivo tem por finalidade seccionar a energia elétrica que alimenta
determinado circuito, na ocorrência de uma corrente de fuga que exceda
determinado valor, sua atuação deve ser rápida, menor do que 0,2 segundos.

Este tipo de dispositivo é conhecido como DR de Diferencial Residual que é


o princípio de funcionamento falado anteriormente.

O DR é constituído por um transformador de corrente toroidal, um disparador


e o mecanismo de seccionamento dos contatos. Por este transformador de
corrente passam os condutores fase e neutro da instalação elétrica do circuito a

89
ser protegido. Este transformador de corrente é quem detecta o aparecimento
da corrente de fuga através do desequilíbrio da corrente

4.6 EXTRA BAIXA TENSÃO

Define-se como:

A. SELV (do inglês “separated extra-low voltage”): Sistema de extra baixa


tensão que é eletricamente separada da terra de outros sistemas e de tal modo
que a ocorrência de uma única falta não resulta em risco de choque elétrico.

B. PELV (do inglês “protected extra-low voltage”): Sistema de extra baixa


tensão que não é eletricamente separado da terra mas que preenche, de modo
equivalente, todos os requisitos de um SELV.

A segurança de um Sistema de Extra Baixa Tensão deriva da baixa voltagem


apresentada por ele, um Sistema de Extra Baixa Tensão Protegido tem as
mesmas características, diferenciado somente por não ser eletricamente
separado da terra.

Em ambos a voltagem não deve exceder 120 volts em corrente contínua e 50


volts em corrente alternada, de maneira que ela seja sempre muito baixa para
causar uma corrente com potência suficiente para causar um choque elétrico
nocivo ao ser humano.

Para ser considerado como um Sistema de Extra Baixa Tensão, uma


instalação deve apresentar as seguintes condições:

1 – Deve ser impossível para a o sistema de extra baixa tensão entrar em


contato com um sistema de baixa voltagem. Para isso a instalação deve ter os
terminais protegidos contra o surgimento de uma baixa voltagem.

2 – Não deve existir nenhuma conexão, seja entre as partes vivas do


sistema e a terra, seja entre o sistema de proteção contra correntes de baixa
voltagem. O perigo nessa situação é que o aterramento ou outro sistema pode
apresentar aumento na voltagem da tensão em condições de falha e essa tensão
ser absorvida no sistema.

90
3 – Deve existir uma separação física entre os condutores do sistema.

4 – Plugs e soquetes não devem ser interligáveis com aqueles do sistema,


isso previne que o sistema seja acidentalmente conectado a um sistema de baixa
voltagem.

5 – Plugs e soquetes não devem ter uma proteção de conexão.

6 – Acopladores de suporte para luminárias com sistema para aterramento


não devem ser utilizados.

4.7 BARREIRAS E INVÓLUCROS

São dispositivos que impedem qualquer contato com partes energizadas das
instalações elétricas.

São componentes que possam impedir que pessoas ou animais toquem


acidentalmente as partes energizadas, garantindo assim que as pessoas sejam
advertidas de que as partes acessíveis através das aberturas estão energizadas
e não devem ser tocadas.

4.8 BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS

Dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o acionamento ou


religamento de dispositivos de manobra (chaves, interruptores).

Bloqueio é a ação destinada a manter, por meios mecânicos um dispositivo


de manobra fixo numa determinada posição, de forma a impedir uma ação não
autorizada, em geral utilizam cadeados.

É importante que tais dispositivos possibilitem mais de um bloqueio, ou seja,


a inserção de mais de um cadeado, por exemplo, para trabalhos simultâneos de
mais de uma equipe de manutenção.

91
Ação do bloqueio e impedimento de reenergização deve, sempre, ser
sinalizada por algum sistema de identificação que contenha no mínimo o nome
do profissional responsável, data, setor de trabalho e a motivação do bloqueio.

Esta ação deve fazer parte do conjunto de procedimentos padronizados de


sistema de bloqueio da empresa, sendo documentado e de conhecimento de
todos os trabalhadores. Estes procedimentos devem também conter os modelos
de formulários, sistema de sinalização e ordens documentais próprias.

Um cuidado especial deve ser dado ao termo “Bloqueio”, pois no SEP


(Sistema Elétrico de Potência), há um dispositivo que é conhecido como
RELIGADOR e tem a função de religar a energia de um determinado circuito
(normalmente de distribuição de energia elétrica), na ocorrência de um
desligamento (seccionamento) que tenha ocorrido por qualquer motivo.

4.9 OBSTÁCULOS E ANTEPAROS

Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes


vivas, mas não o contato que pode resultar de uma ação deliberada e voluntária
de ignorar ou contornar o obstáculo.

Os obstáculos devem impedir:

A. Uma aproximação física não intencional das partes energizadas;

B. Contatos não intencionais com partes energizadas durante atuações sobre


o equipamento, estando o equipamento em serviço normal.

4.10 ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS

São elementos construídos com materiais dielétricos (não condutores de


eletricidade) que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura
que estão energizadas, para que os serviços possam ser executados com efetivo
controle dos riscos pelo trabalhador.

92
4.11 ISOLAÇÃO DUPLA OU REFORÇADA

Este tipo de proteção é normalmente aplicado a equipamentos portáteis, tais


como furadeiras elétricas manuais, os quais por serem empregados nos mais
variados locais e condições de trabalho, e mesmo por suas próprias
características, requerem outro sistema de proteção, que permita uma
confiabilidade maior do que aquela oferecida exclusivamente pelo aterramento
elétrico.

4.12 COLOCAÇÃO FORA DE ALCANCE

Devem ser observadas as distâncias mínimas a serem obedecidas nas


passagens destinadas a operação e/ou manutenção, quando for assegurada a
proteção parcial por meio de obstáculos.

4.13 SEPARAÇÃO ELÉTRICA

Uma das medidas de proteção contra choques elétricos previstas na NBR


5410/2004, é a chamada "separação elétrica."

Ao contrário da proteção por seccionamento automático da alimentação, ela


não se presta a uso generalizado. Pela própria natureza, é uma medida de
aplicação mais pontual.

Uso de transformador isolador Aplicações:

▪ Salas cirúrgicas;

▪ Laboratórios,

▪ Equipamento de telecomunicação, etc.

93
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Norma Regulamentadora NR 10, Seguranca em Instalações e Servicos em


Eletricidade.

NBR-5410 - Norma Técnica Brasileira de Instalações Elétricas de Baixa


Tensão.

NBR-5419 - Norma Técnica Brasileira de Proteção de Estruturas contra


Descargas

Atmosféricas.

NBR-14039 - Norma Técnica Brasileira de Instalações Elétricas de Media


Tensão.

NBR-5444 - Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais.

NBR 5418 - Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas.

94

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