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APOSTILA NR 10

SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE


1. INTRODUÇÃO A SEGURANÇA COM ELETRICIDADE
A eletricidade é definida como a parte da ciência que estuda fenômenos que ocorrem
graças à existência de cargas elétricas nos átomos que compõem a matéria.
Atualmente, é impossível imaginar como seria nossa vida sem a eletricidade. Ela está
presente em praticamente todos os momentos do nosso dia a dia, quando acendemos
uma lâmpada, quando guardamos um alimento na geladeira para conservá-lo, ao
assistirmos à TV e outros.
Com o passar dos anos, o homem aprendeu a “manipular” a eletricidade em prol de
seu conforto e comodidade. Criaram-se meios de gerar, transmitir e distribuir a energia
elétrica produzida, como demonstra a Figura 1, que apresenta um processo de geração
de energia elétrica proveniente de uma usina hidroelétrica até chegar no consumidor
final.
Figura 1 - Caminho da energia elétrica até o consumidor final.

Ao passo que ocorreu o aumento exponencial na utilização de energia elétrica,


provocando o crescimento do sistema elétrico de potência (SEP), surgiu a preocupação
em relação aos serviços realizados nas instalações elétricas pelo fato da eletricidade ser
um fenômeno que escapa aos nossos sentidos, ela é invisível, não tem cheiro, não tem
som e se entrar em contato direto ou indireto com uma pessoa, pode levar a morte.
Devido a estes fatores, os trabalhadores que diretamente ou indiretamente possuem
contato em seu trabalho com qualquer tipo de instalações ou equipamentos elétricos
devem estar cientes do risco iminente que estão expostos. Frente a isso, o trabalhador
deverá ser capaz de desenvolver capacidades especiais que o habilitem a analisar o
contexto de sua função e aplicar a melhor técnica de execução do serviço em função
das características de local, do ambiente e do próprio processo de trabalho.
De acordo com os dados da Associação Brasileira de Conscientização para os
Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL), aqui no Brasil, em 2015, 601 pessoas foram
vítimas de acidente de trabalho por choque elétrico, um número 4% menor ao ano
anterior (2014) que foi de 627 vítimas. Desta forma, ter noções básicas de segurança em
atividades que envolvam qualquer tipo de rede elétrica (baixa tensão, média tensão ou
alta tensão) é imprescindível para prevenir acidentes durante a execução de tarefas
especificas.

2. RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE


Há diferentes tipos de riscos devido aos efeitos da eletricidade e em relação ao meio
ambiente em que determinada atividade será executada. Na sequência deste capítulo
serão apresentados os principais riscos que os trabalhadores desta área são expostos.

a. O choque elétrico, mecanismos e efeitos.


O choque elétrico é um estímulo rápido no corpo humano, ocasionado pela passagem
da corrente elétrica. Essa corrente circulará pelo corpo onde ele tornar-se parte do
circuito elétrico, onde há uma diferença de potencial suficiente para vencer a resistência
elétrica oferecida pelo corpo.
O que determina a gravidade do choque elétrico é a intensidade da corrente circulante
pelo corpo. Além disso, o caminho percorrido pela corrente elétrica no corpo humano é
outro fator que determina a gravidade do choque, sendo os choques elétricos de maior
gravidade aqueles em que a corrente elétrica passa pelo coração, como demostra a
Figura 2 que apresenta alguns caminhos que podem ser percorridos pela corrente
elétrica no corpo humano. O tempo que essa corrente circula pelo corpo e as condições
orgânicas do individuo também irão influenciar no efeito desta corrente.

Figura 2 - Caminhos que podem ser percorridos pela corrente elétrica no corpo humano.
O choque elétrico poderá acontecer de duas maneiras, contato direto ou indireto.
 Contato direto: É o contato de pessoas ou animais diretamente com
partes energizadas de uma instalação elétrica. Um exemplo é a pessoa colocar a
mão em condutor que está desencapado.
 Contato indireto: É o contato de pessoas ou animais com partes metálicas
(equipamentos) que por falha de isolação ficaram acidentalmente energizados. Um
exemplo deste tipo de contato é o de uma pessoa colocar a mão na carcaça de um
motor estando energizada devido algum tipo de falha.
Quanto aos efeitos que o choque elétrico pode ocasionar estes variam de acordo com
a intensidade da corrente elétrica, logo, os efeitos vão desde os mais leves como
sensação de formigamento e pequenas contrações musculares, chegando a efeitos mais
graves como, por exemplo, parada respiratória, asfixia, fibrilação ventricular, transtornos
cardiovasculares, queimaduras internas e externas e outros.

b. Arcos elétricos
O arco elétrico, também conhecido como arco voltaico, é o resultado da passagem
de uma corrente elétrica pelo ar ou por meio isolante como o óleo por exemplo. Para
estes casos, considera-se que o meio isolante se refere ao meio que dificulta a
passagem de corrente elétrica.
Os arcos voltaicos são considerados a maior e mais intensa fonte de calor que pode
existir no planeta. Sua temperatura é extremamente elevada, podendo chegar até a
20.000ºC. Devido essa característica, as correntes elétricas assumem uma carga muito
grande de calor durante a ocorrência de um arco elétrico. Por apresentar essas elevadas
temperaturas, a principal consequência deste acontecimento é a ocorrência de
queimaduras nas pessoas que estão próximas ou expostas ao arco elétrico.
Além do risco de queimaduras, os indivíduos expostos a um arco elétrico correm um
risco de quedas, isso porque, quando uma corrente elétrica passa por um meio isolante,
é normal que ondas de pressão se formem pelo ar. Assim, se um trabalho for executado
em altura e o trabalhador não estiver com as devidas proteções, poderá este sofrer o
impacto desta onda que poderá leva-lo a uma queda.
Os eletricistas que trabalham na operação (manobras) e manutenção do Sistema
Elétrico de Potência (SEP) estão sujeitos as queimaduras provocadas pela radiação de
calor oriunda do arco elétrico. Para proteção destes eletricistas, utiliza-se roupas
especiais, ferramentas de interrupção sob carga (Loadbuster) e operações e forma
remota através de comandos automatizados.

c. Queimaduras
A corrente elétrica atinge o organismo através do revestimento cutâneo. Por esse
motivo, as vitimas de acidente com eletricidade apresentam, na maioria dos casos
queimaduras.
As características das queimaduras provocadas pela eletricidade diferem daquelas
causadas por efeitos químicos, térmicos e biológicos. Em relação às queimaduras por
efeito térmico, aquelas causadas pela eletricidade são geralmente menos dolorosas,
pois a passagem da corrente poderá destruir as terminações nervosas. Não significa,
porém que sejam menos perigosas, pois elas tendem a progredir em profundidade,
mesmo depois de desfeito o contato elétrico ou a descarga.
A queimadura causada por choques elétricos, de maneira geral, poderá ocasionar os
seguintes efeitos e sintomas:
 queimaduras de 1º, 2º ou 3º graus nos músculos do corpo;
 aquecimento do sangue, com a sua consequente dilatação;
 aquecimento, podendo provocar o derretimento dos ossos e cartilagens;
 queima das terminações nervosas e sensoriais da região atingida;
 queima das camadas adiposas ao longo da derme, tornando-se
gelatinosas.

d. Quedas
Pelo fato de diversas vezes as atividades e serviços realizados em instalações
elétricas serem efetuados em altura, como em postes da rede elétrica de distribuição ou
torres de transmissão, o risco de quedas está presente na execução de algumas
atividades. Dependendo da altura da queda as consequências podem variar desde uma
pequena fratura, como fraturas mais graves ou até mesmo ocasionar a morte.
Desta forma, os trabalhos desempenhados em altura devem ganhar uma atenção
especial seguir determinados procedimentos expostos na NR 35 para serviços
realizados em altura.

e. Campo eletromagnético
É gerado quando da passagem da corrente elétrica nos meios condutores. O campo
eletromagnético está presente em inúmeras atividades humanas, tais como trabalhos
com circuitos ou linhas energizadas, solda elétrica, utilização de telefonia celular e
fornos de microondas.
Os trabalhadores que interagem com Sistema Elétrico Potência estão expostos ao
campo eletromagnético, quando da execução de serviços em linhas de transmissão
aérea e subestações de distribuição de energia elétrica, nas quais se empregam
elevados níveis de tensão e corrente.
Os efeitos no organismo humano decorrente da exposição ao campo
eletromagnético são de natureza elétrica e magnética. Onde o empregado fica exposto
ao campo onde seu corpo sofre uma indução, estabelecendo um diferencial de potencial
entre o empregado e outros objetos inerentes às atividades.
Embora não haja comprovação científica, há suspeitas de que a radiação
eletromagnética possa provocar o desenvolvimento de tumores. Entretanto, é certo
afirmar que essa exposição promove efeitos térmicos e endócrinos no organismo
humano.
Especial atenção deve ser dada aos trabalhadores expostos a essas condições que
possuam próteses metálicas (pinos, encaixes, hastes), pois a radiação promove
aquecimento intenso nos elementos metálicos, podendo provocar lesões. Da mesma
forma, os trabalhadores que portam aparelhos e equipamentos eletrônicos (marca-
passo, amplificador auditivo, dosadores de insulina, etc.) devem se precaver dessa
exposição, pois a radiação interfere nos circuitos elétricos, podendo criar disfunções nos
aparelhos.

3. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO


Os acidentes são materializações dos riscos associados a atividades,
procedimentos, projetos e instalações, máquinas e equipamentos. Para reduzir a
frequência de acidentes, é preciso avaliar e controlar os riscos. Deve-se fazer algumas
indagações:
 O que pode acontecer errado?
 Quais são as causas básicas dos eventos não desejados?
 Quais são as consequências?
A análise de riscos é um conjunto de métodos e técnicas que aplicado a uma
atividade identifica e avalia qualitativa e quantitativamente os riscos que essa atividade
representa para a população exposta, para o meio ambiente e para a empresa, de uma
forma geral. Os principais resultados de uma análise de riscos são a identificação de
cenários de acidentes, suas frequências esperadas de ocorrência e a magnitude das
possíveis consequências.
A análise de riscos deve incluir as medidas de prevenção de acidentes e as medidas
para controle das consequências de acidentes para os trabalhadores e para as pessoas
que vivem ou trabalham próximo à instalação ou para o meio ambiente.
Quando trabalha-se com análise de risco é fundamental saber a diferença entre
perigo e risco.
PERIGO: Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão,
doença, dano à propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a combinação destes.
RISCO: Combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um
determinado evento perigoso.
De maneira resumida, perigo é a fonte geradora e o risco é a exposição a esta fonte.
As principais técnicas de análise de risco são:
 Análise Preliminar dos Riscos (APR): Método de estudo preliminar e
sumário de riscos, normalmente conduzido em conjunto com o grupo de
trabalhadores expostos, com o objetivo de identificar os acidentes potenciais
de maior prevalência na tarefa e as características intrínsecas destes. É um
método de estudo de riscos realizado durante a fase de planejamento e
desenvolvimento de um determinado processo, tarefa ou planta industrial, com
a finalidade de prever e prevenir riscos de acidentes que possam acontecer
durante a fase operacional e de execução da tarefa.
 Análise de Falha Humana: Método que identifica as causas e os efeitos dos
erros humanos observados em potencial. O método também identifica as
condições dos equipamentos e dos processos que possam contribuir para
provocar esses erros.
 Método de Análise de Falhas e de Defeitos: Método específico de análise
de riscos, concebido para ser utilizado em equipamentos mecânicos, com o
objetivo de identificar as falhas potenciais que possam provocar
acontecimentos ou eventos adversos e também efeitos desfavoráveis desses
eventos.
 Análise de Segurança de Sistemas: É a técnica que tem por finalidade
avaliar e aumentar o grau de confiabilidade e o nível de segurança intrínseca
de um sistema determinado, para os riscos previsíveis. Como a segurança
intrínseca é o inverso da insegurança ou nível de vulnerabilidade, todos os
projetos de redução de riscos e de preparação para desastres concorrem para
incrementar o nível de segurança.
 Árvore de Eventos: Técnica dedutiva de análise de riscos utilizada para
avaliar as possíveis consequências de um acidente potencial, resultante de
um evento inicial tomado como referência, o qual pode ser um fenômeno
natural ou ocorrência externa ao sistema, um erro humano ou uma falha do
equipamento. É um método que tem por objetivo antecipar e descrever, de
forma sequenciada, a partir de um evento inicial, as consequências lógicas de
um possível acidente. Os resultados da análise da árvore de eventos
caracterizam sequências de eventos intermediários, ou melhor, um conjunto
cronológico de falhas e de erros que, a partir do evento inicial, culminam no
acidente ou evento topo ou principal.
 Árvore de Falhas: Técnica dedutiva de análise de riscos na qual, a partir da
focalização de um determinado acontecimento definido como evento-topo ou
principal, se constrói um diagrama lógico que especifica as várias
combinações de falhas de equipamentos, erros humanos ou de fenômenos ou
ocorrências externas ao sistema que possam provocar o acontecimento.

Entre as metodologias de análise de riscos descritas, a principal e amplamente


aplicada no setor elétrico é Análise Preliminar de Riscos (APR). É uma técnica
qualitativa cujo objetivo consiste na identificação dos riscos/perigos potenciais
decorrentes de novas instalações ou da operação das já existentes. Em uma dada
instalação, para cada evento perigoso identificado em conjunto com as respectivas
consequências, um conjunto de causas é levantado, possibilitando a classificação
qualitativa do risco associado, de acordo com categorias preestabelecidas de frequência
de ocorrência do cenário de acidente e de severidade das consequências.
A APR permite uma ordenação qualitativa dos cenários de acidentes encontrados,
facilitando a proposição e a priorização de medidas para redução dos riscos da
instalação, quando julgadas necessárias, além da avaliação da necessidade de
aplicação de técnicas complementares de análise. Os principais objetivos da APR são:
a) Identificar os riscos;

b) Orientar os colaboradores dos riscos existentes em suas atividades no trabalho;

c) Organizar a execução da atividade;

d) Estabelecer procedimentos seguros;

e) Trabalhar de maneira planejada e segura;


f) Prevenção dos acidentes de trabalho;

g) Sensibilizar e instruir os trabalhadores sobre os riscos evolvidos na execução do


trabalho.

A APR deve ser sempre desenvolvida com a participação dos trabalhadores e


implantada antes da execução de determinadas atividades, seja para trabalhos
realizados pela própria empresa ou através de empresas contratadas. É importante a
participação de toda equipe de trabalho na elaboração da APR, dessa forma passam a
conhecer os procedimentos de trabalho, os riscos identificados e os controles
necessários à prevenção de acidentes.

4. MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO


a. Desenergização
A desenergização é um conjunto de ações coordenadas, sequenciadas e
controladas, destinadas a garantir a efetiva ausência de tensão no circuito, trecho ou
ponto de trabalho, durante todo o tempo de intervenção e sob controle dos trabalhadores
envolvidos. Os procedimentos sempre devem ser realizados por no mínimo duas
pessoas.
Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para
trabalho, mediante os procedimentos apropriados, seguindo a seguinte ordem:
 Seccionamento;
 Impedimento de reenergização;
 Constatação da ausência de tensão;
 Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos
condutores dos circuitos;
 Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada;
 Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para


reenergização, devendo seguir os seguintes procedimentos:

 Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;


 Retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no
processo de reenergização;
 Remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções
adicionais;
 Remoção da sinalização de impedimento de reenergização;
 Destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.

b. Aterramento funcional, de proteção e temporário


Segundo a ABNT, aterramento elétrico significa colocar instalações e equipamentos
no mesmo potencial, de modo que a diferença de potencial entre a terra e o
equipamento seja o menor possível.
O aterramento pode ser de três tipos:
 Aterramento Funcional: é o aterramento de um ponto (do sistema, da
instalação ou do equipamento) destinado a outros fins que não a proteção
contra choques elétricos. Em particular, no contexto da seção, o termo
"funcional" está associado ao uso do aterramento e da equipotencialização
para fins de transmissão de sinais e de compatibilidade eletromagnética.
Normalmente, o condutor aterrado é o neutro.
 Aterramento de proteção: ligação a terra das massas e dos elementos
condutores estranhos na instalação. Tem o objetivo de evitar o choque
elétrico.
 Aterramento temporário: é utilizado para proteção dos trabalhadores
envolvidos durante o trabalho em redes desenergizadas, cuja finalidade é
curto-circuitar e aterrar a rede elétrica contra uma eventual energização
acidental.

De acordo com a NBR 5410/2004, as instalações elétricas de baixa tensão devem


obedecer, quanto aos aterramentos funcional e de proteção, a três esquemas de
aterramento básicos (TT, TN e IT).

 Esquema de aterramento TT (neutro aterrado): Um ponto (geralmente o


centro da estrela de um enrolamento BT ligado em estrela) da fonte é ligado
diretamente à terra. Todas as partes metálicas expostas e todas as partes
metálicas estranhas a instalação são ligadas a um eletrodo de terra separado
na instalação, conforme apresenta a Figura 3.

Figura 3 - Esquema de aterramento TT.


 Esquema de aterramento TN: Um ponto da instalação, em geral o neutro, é
diretamente aterrado e as massas dos equipamentos são ligadas a esse
ponto por um condutor. Este esquema divide-se em:

o TN-S: condutor neutro e proteção são separados ao longo de toda


instalação, de acordo com o esquema da Figura 4.

Figura 4 - Esquema de aterramento TN-S

o TN-C: As funções de neutro e de condutor de proteção são


combinadas em um único condutor ao longo de toda a instalação,
como é possível verificar na Figura 5.

Figura 5 - Esquema de aterramento TN-C

o TN-C-S: As funções de neutro e de condutor de proteção são


combinadas em um único condutor em uma parte da instalação, como
ilustrado na Figura 6.
Figura 6 - Esquema de aterramento TN-C-S

 Esquema de aterramento IT: Conforme a Figura 7, no esquema IT todas as


partes vivas são isoladas da terra ou um ponto da alimentação é aterrado
através de impedância. As massas da instalação são todas aterradas.

Figura 7 - Esquema de aterramento IT

c. Equipotencialização
É o procedimento que consiste na interligação de elementos especificados, visando
obter a equipotencialidade necessária para os fins desejados. Todas as massas de uma
instalação devem estar ligadas a condutores de proteção. Em cada edificação ou
instalação elétrica deve ser realizada uma equipotencialização principal, em condições
especificadas, e tantas equipotencializações suplementares quantas forem necessárias.
Assim, todas as massas da instalação situadas em uma mesma edificação ou
instalação elétrica devem estar vinculadas à equipotencialização principal da
edificação e, dessa forma, a um mesmo e único eletrodo ou malha de aterramento.

d. Seccionamento automático da alimentação


O seccionamento automático possui um dispositivo de proteção que deverá
seccionar automaticamente a alimentação do circuito ou equipamento por ele protegido
sempre que uma falta (contato entre parte viva e massa, entre parte viva e condutor de
proteção e ainda entre partes vivas) no circuito ou equipamento der origem a uma
corrente superior ao valor ajustado no dispositivo de proteção, levando-se em conta o
tempo de exposição à tensão de contato.
Cabe salientar que estas medidas de proteção requer a coordenação entre o
esquema de aterramento adotado e as características dos condutores e dispositivos de
proteção. O seccionamento automático é de suma importância em relação a:
o Proteção de contatos diretos e indiretos de pessoas e animais;
o Proteção do sistema com altas temperaturas e arcos elétricos;
o Quando as correntes ultrapassam valores estabelecidos para o circuito;
o Proteção contra correntes de curto-circuito;
o Proteção contra sobretensões;

e. Dispositivos a corrente de fuga


Esse dispositivo tem por finalidade desligar da rede de fornecimento de energia
elétrica, o equipamento ou instalação que ele protege, na ocorrência de uma corrente
de fuga que exceda determinado valor, sua atuação deve ser rápida, menor do que
0,2 segundos (Ex.: DDR), e deve desligar da rede de fornecimento de energia o
equipamento ou instalação elétrica que protege. É necessário que tanto o dispositivo
quanto o equipamento ou instalação elétrica estejam ligados a um sistema de terra.

f. Extra baixa tensão


É comum o emprego da tensão de 24V para condições de trabalho desfavoráveis,
como trabalho em ambientes úmidos. Tais condições são favoráveis a choque elétrico
nestes tipos de ambiente, pois a resistência do corpo humano é diminuída e a isolação
elétrica dos equipamentos fica comprometida. Equipamentos de solda empregados em
espaços confinados, como solda em tanques, requerem que as tensões empregadas
sejam baixas.
A proteção por extra baixa tensão consiste em empregar uma fonte de baixa
tensão ou uma isolação elétrica confiável, se a tensão extra baixa for obtida de circuitos
de alta-tensão. Alguns critérios devem ser observados quanto ao uso de extra baixa
tensão:
o Não aterrar o circuito de extra baixa tensão;
o Não fazer ligações condutoras com circuitos de maior tensão;
o Não dispor condutores de extra baixa tensão em locais que possuem
condutores de tensões mais elevadas.
g. Barreiras e invólucros
São destinados a impedir todo contato com as partes vivas da instalação elétrica,
ou melhor, as partes vivas devem estar no interior de invólucros ou atrás de barreiras.
As barreiras e invólucros devem ser fixados de forma segura e também possuir
robustez e durabilidade suficiente para manter os graus de proteção e ainda
apresentar apropriada separação das partes vivas. As barreiras e invólucros podem:
o Impedir que pessoas ou animais toquem acidentalmente as partes vivas;
o Garantir que as pessoas sejam advertidas de que as partes acessíveis
através da abertura são vivas e não devem ser tocadas intencionalmente.

h. Bloqueios e impedimentos
Bloqueio é a ação destinada a manter, por meios mecânicos um dispositivo de
manobra fixo numa determinada posição, de forma a impedir uma ação não autorizada,
em geral utilizam cadeados.
Dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o acionamento ou religamento
de dispositivos de manobra. (chaves, interruptores). É importante que tais dispositivos
possibilitem mais de um bloqueio, ou seja, a inserção de mais de um cadeado, por
exemplo, para trabalhos simultâneos de mais de uma equipe de manutenção. Toda ação
de bloqueio deve estar acompanhada de etiqueta de sinalização, com o nome do
profissional responsável, data, setor de trabalho e forma de comunicação. As empresas
devem possuir procedimentos padronizados do sistema de bloqueio, documentado e de
conhecimento de todos os trabalhadores, além de etiquetas, formulários e ordens
documentais próprias.

i. Obstáculos e anteparos
Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas
não o contato que pode resultar de uma ação deliberada e voluntária de ignorar ou
contornar o obstáculo. Os obstáculos devem impedir:
o Uma aproximação física não intencional das partes energizadas;
o Contatos não intencionais com partes energizadas durante atuações sobre
o equipamento, estando o equipamento em serviço normal.

Os obstáculos podem ser removíveis sem auxílio de ferramenta ou chave, mas


devem ser fixados de forma a impedir qualquer remoção involuntária.
j. Isolamento das partes vivas
São elementos construídos com materiais dielétricos (não condutores de
eletricidade) que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura que
esta energizada, para que os serviços possam ser executados com efetivo controle
dos riscos pelo trabalhador.
O isolamento deve ser compatível com os níveis de tensão do serviço. Esses
dispositivos devem ser bem acondicionados para evitar acumulo de sujeira e umidade,
que comprometam a isolação e possam torná-los condutivos. Também devem ser
inspecionados a cada uso e serem submetidos a testes elétricos anualmente.
Alguns exemplos são os tapetes isolantes e as coberturas (mantas) isolantes.

k. Isolação dupla ou reforçada


A utilização de isolação dupla ou reforçada tem como finalidade propiciar uma
dupla linha de defesa contra contatos indiretos. A isolação dupla é constituída de:
o Isolação básica: Isolação aplicada às partes vivas, destinada a assegurar
proteção básica contra choques.
o Isolação Suplementar: Isolação independente e adicional à isolação
básica, destinada a assegurar proteção contra choques elétricos em caso
de falha da isolação básica (ou seja, assegurar proteção supletiva).
Comumente, são utilizados sistemas de isolação dupla em alguns
eletrodomésticos e ferramentas elétricas portáteis (furadeiras, lixadeiras,
etc.). Neste caso, em sua plaqueta de identificação haverá um símbolo
indicativo gravado, ou seja, dois quadrados de lados diferentes, paralelos,
um dentro do outro.

l. Colocação fora de alcance


A colocação fora de alcance destina-se somente a impedir os contatos involuntários
com as partes vivas. Quando há o espaçamento, este deve ser suficiente para que se
evite que pessoas circulando nas proximidades das partes vivas possam entrar em
contato com essas partes, seja diretamente ou por intermédio de objetos que elas
manipulem ou transportem.

m. Separação elétrica
Consiste em abaixar a tensão para níveis seguros (extra baixa tensão: menor que 50
V para ambientes secos e menor que 25 V para ambientes úmidos e molhados) através
do uso de transformador de separação.

5. NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS (NBR 5410, NBR 14039 E OUTRAS)


No Brasil, as normas técnicas oficiais são aquelas desenvolvidas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e registradas no Instituto Nacional de Metrologia
e Qualidade Industrial (INMETRO). Essas normas são o resultado de uma ampla
discussão de profissionais e instituições, organizados em grupos de estudos, comissões
e comitês. A sigla NBR que antecede o número de muitas normas significa Norma
Brasileira Registrada. A ABNT é a representante brasileira no sistema internacional de
normalização, composto de entidades nacionais, regionais e internacionais.

a. NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão


A NBR 5410 é uma referência obrigatória quando se fala em segurança com
eletricidade. Ela apresenta todos os cálculos de dimensionamento de condutores e
dispositivos de proteção. Nela estão as diferentes formas de instalação e as influências
externas a serem consideradas em um projeto.
Os aspectos de segurança são apresentados de forma detalhada, incluindo o
aterramento, a proteção por dispositivos de corrente de fuga, de sobretensões e
sobrecorrentes. Os procedimentos para aceitação da instalação nova e para sua
manutenção também são apresentados na norma, incluindo etapas de inspeção visual e
de ensaios específicos. Esta norma aplica-se as instalações elétricas em:
o Em áreas descobertas das propriedades, externas às edificações;
o Reboques de acampamento (trailers), locais de acampamento (campings),
marinas e instalações análogas;
o Canteiros de obra, feiras, exposições e outras instalações temporárias;
o Aos circuitos elétricos alimentados sob tensão nominal igual ou inferior a
1000V em corrente alternada, com frequências inferiores a 400 Hz, ou a
1500 V em corrente contínua;
o Aos circuitos elétricos que não os internos aos equipamentos, funcionando
sob uma tensão superior a 1000 V e alimentados através de uma
instalação de tensão igual ou inferior a 1000 V em corrente alternada (por
exemplo, circuitos de lâmpadas a descarga e outros.);
o A toda fiação e a toda linha elétrica que não sejam cobertas pelas normas
relativas aos equipamentos de utilização;
o As linhas elétricas fixas de sinal (com exceção dos circuitos internos dos
equipamentos).

b. NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV


A NBR 14039 abrange as instalações de consumidores, incluindo suas
subestações, dentro da faixa de tensão especificada. Ela não inclui as redes de
distribuição das empresas concessionárias de energia elétrica. Além de todas as
prescrições técnicas para dimensionamento dos componentes dessas instalações, a
norma estabelece critérios específicos de segurança para as subestações
consumidoras, incluindo acesso, parâmetros físicos e de infra-estrutura.
Procedimentos de trabalho também são objeto de atenção da referida norma que,
a exemplo da NBR 5410, também especifica as características de aceitação e
manutenção dessas instalações.
Esta norma se aplica: Na construção e manutenção das instalações elétricas de
média tensão de 1,0 a 36,2 kV a partir do ponto de entrega definido pela legislação
vigente incluindo as instalações de geração, distribuição de energia elétrica. Devem
considerar a relação com as instalações vizinhas a fim de evitar danos às pessoas,
animais e meio ambiente.

c. NBR IEC 60079-14 – Instalações elétricas em atmosferas explosivas


Fixa condições exigíveis para seleção e aplicação de equipamentos, projeto e
montagem de instalações elétricas em atmosferas explosivas por gás ou vapores
inflamáveis.

d. NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas


Fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas de
proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas, bem como de pessoas e
instalações no seu aspecto físico dentro do volume protegido.
6. REGULAMENTAÇÕES DO MINISTÉRIO DO TRABALHO
a. NR’s
Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem na
Constituição Federal que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluiu entre eles a
proteção de sua saúde e segurança por meio de normas específicas.
Coube ao Ministério do Trabalho estabelecer essas regulamentações (Normas
Regulamentadoras –NR) por intermédio da Portaria nº 3.214/78. A partir de então, uma
série de outras portarias foram editadas pelo Ministério do Trabalho com o propósito de
modificar ou acrescentar normas regulamentadoras de proteção ao trabalhador,
conhecidas pelas suas iniciais: NR.

b. NR 10
Sobre a segurança em instalações e serviços em eletricidade, a referência é a
NR-10, que estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos
empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas,
incluindo elaboração de projetos, execução, operação, manutenção, reforma e
ampliação, em quaisquer das fases de geração, transmissão, distribuição e consumo
de energia elétrica.
A NR-10 exige também que sejam observadas as normas técnicas oficiais
vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais. A fundamentação legal,
que dá o embasamento jurídico à existência desta NR,
está nos artigos 179 a 181 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

c. Qualificação, habilitação, capacitação e autorização


Entre as prescrições da NR-10 estão os critérios que devem atender os
profissionais que atuem em instalações elétricas, que considera: Profissional
qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica
reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino. Profissional legalmente habilitado aquele
previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.
É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes
condições simultaneamente:
o seja treinado por profissional habilitado e autorizado;
o trabalhe sob a responsabilidade de um profissional habilitado e autorizado.
São considerados autorizados os trabalhadores habilitados ou capacitados com
anuência formal da empresa. Todo profissional autorizado deve portar identificação
visível e permanente contendo as limitações e a
abrangência de sua autorização. Os profissionais autorizados a trabalhar em instalações
elétricas devem ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado da
empresa.
Os profissionais e pessoas autorizadas a trabalhar em instalações elétricas devem
apresentar estado de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas.
Os profissionais e pessoas autorizadas a trabalhar em instalações elétricas devem
possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia
elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas. Os
trabalhadores ainda deverão possuir aproveitamento satisfatório nos cursos de NR-10
Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer
alguma das situações a seguir:
o Troca de função ou mudança de empresa;
o Retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a 3
meses;
o Modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos e/ou
processos de trabalhos.
O trabalho em áreas classificadas deve ser precedido de treinamento específico de
acordo com o risco envolvido. Os trabalhadores com atividades em proximidades de
instalações elétricas devem ser informados e possuir conhecimentos que permitam
identificá-las, avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis.

7. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA


Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e
adotadas prioritariamente medidas de proteção coletiva para garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores. As medidas de proteção coletiva compreendem
prioritariamente a desenergização elétrica, e na sua impossibilidade, o emprego de
tensão de segurança, conforme estabelece a NR-10.
Essas medidas visam à proteção não só de trabalhadores envolvidos com a atividade
principal que será executada e que gerou o risco, como também à proteção de outros
funcionários que possam executar atividades paralelas nas redondezas ou até de
passantes, cujo percurso pode levá-los à exposição ao risco existente.
Alguns exemplos de equipamentos de proteção coletiva são: Conjunto de
aterramento, tapetes de borracha isolante, cones e bandeiras de sinalização, placas de
sinalização e outros.

8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva
forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser
adotados equipamentos de proteção individual (EPIs) específicos e adequados às
atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR-6, a norma
regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego relativo a esses equipamentos.
As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, considerando-se,
também, a condutibilidade, a inflamabilidade e as influências eletromagnéticas.
É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em
suas proximidades, principalmente se forem metálicos ou que facilitem a condução de
energia. Todo EPI deve possuir um Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego.
O EPI deve ser usado quando:
 Não for possível eliminar o risco por outros meios;
 For necessário complementar a proteção coletiva;

Alguns exemplos de EPI’s são: óculos de segurança, capacetes de segurança, luvas


isolantes, calçados, cinturão de segurança, protetores auriculares,
máscaras/respiradores e outros.

9. ROTINAS DE TRABALHO – PROCEDIMENTOS


Todos os serviços em instalações elétricas devem ser planejados, programados e
realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específico e adequado. Os
trabalhos em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço com
especificação mínima do tipo de serviço, do local e dos procedimentos a serem
adotados.

a. Instalações desenergizadas
Para realizar a desenergização de um circuito ou equipamento para manutenção
os seguintes passos devem ser seguidos:
 Seccionamento: Confirmar se o circuito desligado é o alimentador do
circuito a ser executada a intervenção, mediante a verificação dos
diagramas elétricos e folha de procedimentos e a identificação do mesmo
em campo.
 Impedimento de reenergização: Verificar as medidas de impedimento de
reenergização aplicadas, que sejam compatíveis ao circuito em
intervenção, como: abertura de seccionadoras, retirada de fusíveis,
afastamento de disjuntores de barras, relés de bloqueio, travamento por
chaves, utilização de cadeados.
 Constatação da ausência de tensão: É feita no próprio ambiente de
trabalho através de: instrumentos de medições dos painéis (fixo) ou
instrumentos detectores de tensão (observar sempre a classe de tensão
desses instrumentos), verificar se os EPIs e EPCs necessários para o
serviço estão dentro das normas vigentes e se as pessoas envolvidas
estão devidamente protegidas.
 Instalação de aterramento temporário: Verificar a instalação do
aterramento temporário quanto à perfeita equipotencialização dos
condutores do circuito ao referencial de terra, com a ligação dos mesmos a
esse referencial com equipamentos apropriados.
 Proteção de elementos energizados existentes na zona controlada:
Verificar a existência de equipamentos energizados nas proximidades do
circuito ou equipamento a sofrer intervenção, checando assim os
procedimentos, materiais e EPIs necessários para a execução dos
trabalhos, obedecendo à tabela de zona de risco e zona controlada. A
proteção poderá ser feita por meio de obstáculos ou barreiras, de acordo
com a análise de risco.
 Instalação da Sinalização de Impedimento de Energização: Confirmar
se foi feita a instalação da sinalização em todos os equipamentos que
podem vir a energizar o circuito ou equipamento em intervenção. Na falta
de sinalização de todos os equipamentos, esta deve ser providenciada.

b. Liberação para serviços


Tendo como base os procedimentos expostos no item anterior, o circuito ou
equipamento estará liberado para intervenção, sendo a liberação executada pelo técnico
responsável pela execução dos trabalhos.
Somente estarão liberados para a execução dos serviços os profissionais
autorizados, devidamente orientados e com equipamentos de proteção e ferramental
apropriado. Após a conclusão dos serviços e com a autorização para reenergização do
sistema, deve-se:
 Retirar todas as ferramentas, utensílios e equipamentos;
 Retirar todos os trabalhadores não envolvidos no processo de
reenergização da zona controlada;
 Remover o aterramento temporário da equipotencialização e as proteções
adicionais;
 Remover a sinalização de impedimento de energização;
 Destravar, se houver, e realizar os dispositivos de seccionamento.

c. Sinalização
A sinalização de segurança consiste num procedimento padronizado destinado a
orientar, alertar, avisar e advertir as pessoas quanto aos riscos ou condições de perigo
existentes, proibições de ingresso ou acesso e cuidados e identificação dos circuitos ou
parte dele.
É de fundamental importância a existência de procedimentos de sinalização
padronizados, documentados e que sejam conhecidos por todos os trabalhadores
(próprios e prestadores de serviços). Os materiais de sinalização constituem-se de cone,
bandeirola, fita, grade, sinalizador, placa, etc.

d. Inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento


As inspeções regulares nas áreas de trabalho, nos serviços a serem executados,
no ferramental e nos equipamentos utilizados, consistem em um dos mecanismos mais
importantes de acompanhamento dos padrões desejados, cujo objetivo é a vigilância e
controle das condições de segurança do meio ambiente laboral, visando à identificação
de situações “perigosas” e que ofereçam “riscos” à integridade física dos empregados,
contratados, visitantes e terceiros que adentrem a área de risco, evitando assim que
situações previsíveis possam levar a ocorrência de acidentes.
Essas inspeções devem ser realizadas, para que as providências possam ser
tomadas com vistas às correções. Em caso de risco grave e iminente (exemplo:
empregado trabalhando em altura sem cinturão de segurança, sem luvas de proteção de
borracha, sem óculos de segurança, etc.), a atividade deve ser paralisada e
imediatamente contatado o responsável pelo serviço, para que as medidas cabíveis
sejam tomadas.
10. DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Todas as empresas estão obrigadas a manter diagramas unifilares das instalações
elétricas com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e
dispositivos de proteção, fazendo sempre as devidas atualizações quando necessário.
Os estabelecimentos com potência instalada igual ou superior a 75 kW devem
constituir Prontuário de Instalações Elétricas, de forma a organizar o memorial contendo,
no mínimo:
o Os diagramas unifilares, os sistemas de aterramento e as especificações
dos dispositivos de proteção das instalações elétricas;
o O relatório de auditoria de conformidade à NR-10, com recomendações e
cronogramas de adequação, visando ao controle de riscos elétricos;
o O conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de
segurança e saúde, implantadas e relacionadas à NR-10 e descrição das
medidas de controle existentes;
o A documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra
descargas atmosféricas;
o Os equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental
aplicável, conforme determina a NR-10;
o A documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação,
autorização dos profissionais e dos treinamentos realizados;
o As certificações de materiais e equipamentos utilizados em área
classificada.

As empresas que operam em instalações ou com equipamentos integrantes do


sistema elétrico de potência ou nas suas proximidades devem acrescentar ao prontuário
os documentos relacionados anteriormente e os a seguir listados:

o descrição dos procedimentos de ordem geral para contingências não


previstas;
o certificados dos equipamentos de proteção coletiva e individual.

O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido pelo


empregador ou por pessoa formalmente designada pela empresa e permanecer à
disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviço em eletricidade. O
Prontuário de Instalações Elétricas deve ser revisado e atualizado sempre que
ocorrerem alterações nos sistemas elétricos.
Todos documentos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser
elaborados por profissionais legalmente habilitados.

11. RISCOS ADICIONAIS


Segundo o glossário da NR 10, riscos adicionais são todos os demais grupos ou
fatores de risco, além dos elétricos, específicos de cada ambiente ou processos de
Trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no
trabalho. Entre os principais riscos adicionais temos:

a. Altura
Trabalho em altura é qualquer atividades onde o trabalhador atue acima do nível do
solo e/ou desníveis de pisos. Para trabalhos acima de 2 metros de altura, o trabalhador
deverá obrigatoriamente utilizar EPI’s, possuir exames específicos para exercer a
função, ter perfeitas condições físicas e psicológicas, possuir treinamento de NR 35 e
estar ciente de todos os riscos envolvidos. Muitos trabalhos que envolvem eletricidade
são realizados em redes de distribuição ou transmissão de energia, desta forma o curso
de NR 35 para trabalhos em altura torna-se indispensável.

b. Ambientes confinados
É qualquer área não projetada para ocupação continua, a qual tem meios
limitados de entrada e saída e a ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes perigosos e/ou deficiência de oxigênio que possam existir ou se
desenvolver. São exemplos de espaços confinados dutos de ventilação, minas,
containers, silos e outros. Portanto, o trabalhador que realizará algum tipo de trabalho
em um ambiente assim, deverá estar apto e consciente dos riscos e possuir treinamento
especifico para espaços confinados (NR 33)

c. Áreas classificadas
São consideradas áreas classificadas, ambientes em que existe a possibilidade
de vazamento de gases inflamáveis em situação de funcionamento normal devido a
razões diversas, como por exemplo, o desgaste de algum equipamento. Em outras
palavras, é um local sujeito a probabilidade de formação/existência de uma atmosfera
explosiva.
Assim, em trabalhos que englobam eletricidade em áreas classificadas uma série
de cuidados deve ser tomado para ter total controle do risco, atentando-se também para
os materiais a serem empregados que deverão ser especiais para aplicação em
atmosferas explosivas.

d. Umidade
Deve-se considerar que todo trabalho em equipamentos energizados só deve ser
iniciado com boas condições meteorológicas, não sendo assim permitidos trabalhos sob
chuva, neblina densa ou ventos. Podemos determinar a condição de umidade favorável
ou não com a utilização do termo-higrômetro ou umedecendo levemente com um pano
úmido a superfície de um bastão de manobra e aguardar durante aproximadamente 5
minutos. Desaparecendo a película de umidade, há condições seguras para execução
dos serviços.
A existência de umidade no ar propicia a diminuição da capacidade disruptiva do
ar, aumentando assim o risco de acidentes elétricos. Deve-se levar em consideração,
também, que os equipamentos isolados a óleo não devem ser abertos em condições de
umidade elevada, pois o óleo isolante pode absorver a umidade do ar, comprometendo,
assim, suas características isolantes.

e. Descargas atmosféricas
O raio é um fenômeno da natureza absolutamente imprevisível tanto em relação às
suas características elétricas como em relação aos efeitos destruidores decorrentes de
sua incidência sobre as edificações, as pessoas ou animais.
Nada em termos práticos pode ser feito para impedir a "queda" de uma descarga em
uma determinada região. Assim sendo, as soluções aplicadas buscam tão-somente
minimizar os efeitos destruidores a partir de instalações adequadas de captação e de
condução segura da descarga para a terra. Devido a estes fatores, em dias com grande
incidência de raios, não se deve executar serviços em equipamentos e instalações
elétricas internas e externas.

12. PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS


A proteção contra incêndio é um elemento preponderante que possibilita a segurança
das construções e das pessoas que nelas estão presentes. Para tanto, criou-se
legislações especificas que estabelecem diretrizes e regras a serem seguidas nos
projetos de edificações com a finalidade de evitar grandes tragédias. Assim, o
conhecimento mínimo sobre este assunto possibilita que um pequeno incêndio venha a
se tornar um incêndio de grande proporção.
a. Noções básicas
O fogo é uma reação química, denominada combustão, que é uma oxidação
rápida entre o material combustível, líquido, sólido ou gasoso e o oxigênio do ar,
provocado por uma fonte de calor, que gera luz e calor. A NBR 13860/97 define fogo
como sendo um processo de combustão caracterizado pela emissão de calor e luz.
Desta forma, para a realização do processo de combustão, é necessário a
existência de três elementos: combustível, comburente e calor. A combinação destes
três elementos em proporções adequadas irá formar o fogo e da origem ao triângulo
do fogo, conforme Figura 8.

Figura 8 - Triângulo do fogo

O combustível é considerado todo tipo de material passível de queimar e


propagar o fogo. O combustível pode apresentar 3 estados, o sólido, líquido e o gasoso.
A queima do combustível em sua forma sólida tem como características a formação de
resíduos devido à quebra de ligações químicas constituintes do material, alguns
exemplos são papéis, madeiras e borrachas. Já a queima de combustíveis líquidos
(derivados do petróleo, acetona e outros) ocorre com o aquecimento e a evaporação do
produto que ao misturar-se com o oxigênio do ar, constitui uma combinação inflamável.
Os combustíveis gasosos por sua vez, tem grande facilidade para originar uma
combustão por já estarem em fase gasosa, não sendo necessária a vaporização. São
exemplos de combustíveis gasosos o GLP, metano e o hidrogênio.
Os comburentes são todos os elementos químicos que ativam e intensificam o
fogo. Dentre estes elementos, o oxigênio do ar atmosférico, pelo fato de ser obtido de
forma natural é o comburente mais comum. Estima-se que na composição química do
fogo, 21% são do oxigênio do ar. Já o calor, é o elemento responsável pelo início do
processo de combustão, que mantem e incentiva o processo de propagação das
chamas. O calor é a ignição que provoca a associação entre o combustível e o
comburente, possibilitando assim, a formação do fogo.
b. Classes de incêndio

 Classe A: abrange os incêndios em materiais combustíveis comuns que


queimam em superfície e em profundidade, tais como madeiras, papéis,
tecidos, plásticos, borracha, etc. O método de extinção a ser empregado é por
resfriamento pela ação da água e por abafamento como ação secundária. Após
a queima, em razão do volume, esses combustíveis deixam resíduos como
brasas e cinzas.
 Classe B: Este tipo de incêndio origina-se da mistura do ar com os vapores
provenientes da superfície dos líquidos combustíveis inflamáveis, como a
gasolina por exemplo. Estes líquidos têm como característica queimar em sua
superfície não deixando resíduos. Para sua extinção é necessário fazer a
quebra da sua reação química em cadeia ou realizar a retirada do material
combustível. O melhor agente extintor a ser empregado para este tipo de
classe é a espuma mecânica, porém outros meios como água nebulizada e
líquidos vaporizantes também são agentes eficazes.
 Classe C: São os incêndios que ocorrem em equipamentos elétricos
energizados. Logo, caracteriza-se pelo grande risco que oferece ao
responsável pela sua extinção, sendo necessário a utilização de produtos que
não conduzem eletricidade. O agente extintor mais indicado para esta classe
de incêndio é o pó químico.
 Classe D: São incêndios que ocorrem em metais combustíveis, chamados de
pirofóricos, como magnésio, titânio, lítio, alumínio, entre outros. Estes metais
queimam mais rapidamente, reagem com o oxigênio atmosférico, atingindo
temperaturas mais altas que outros materiais combustíveis. O combate exige
equipamentos, técnicas e agentes extintores especiais para cada tipo de metal
combustível, que formam uma capa protetora isolando o metal combustível do
ar atmosférico.

c. Métodos de extinção
Considerando que para ocorrer o fogo é necessário a presença de seus três
elementos, combustível, comburente e calor, formando o triângulo do fogo ou o tetraedro
do fogo se considerar a reação química em cadeia, para extinguir o fogo se faz
necessário a eliminação de um desses elementos ou interromper a reação em cadeia.
Assim, os quatro meios de extinção do incêndio são:
 Resfriamento: Consiste basicamente na retirada do elemento calor através
de um agente extintor a fim de resfriá-lo, sendo a água o agente mais
utilizado neste método. Este meio é o mais comum para extinguir o
incêndio em edificações. De acordo com Brentano (2010), quando o
material não é mais capaz de gerar gases e vapores em quantidade
suficientes para se misturar com o oxigênio do ar e alimentar a mistura
combustível necessária para manter a reação química em cadeia, é porque
a perda de calor para o agente extintor é maior que o recebido do fogo,
este começa a ser controlado até a sua completa extinção.
 Abafamento: É o meio de extinção mais difícil, pois consiste na retirada do
comburente (oxigênio), com exceção de incêndios pequenos que pode ser
eliminado com a utilização de panos, tampas de vasilhames e cobertores.
Um incêndio de grandes proporções requer a utilização de agentes de
gases inertes como o gás carbônico (CO2) e o gás nitrogênio.
 Isolamento: Tem como finalidade a retirada do material combustível,
isolando-o, impedindo assim a formação do triângulo. Porém em algumas
situações de incêndio torna-se praticamente impossível de realizar tal
método.
 Extinção química: Atua na quebra da reação química da combustão com o
lançamento do agente extintor ao fogo. As moléculas do agente extintor se
dissociam devido ao calor, formando átomos de radicais livres, que entra
em contato com a mistura inflamável proveniente do gás liberado do
material combustível com o comburente, resultando em uma mistura não
inflamável, interrompendo a reação de combustão.

d. Agentes extintores
Um agente extintor é considerado toda substância que aplicada ao fogo, interfere
em sua reação química provocando um enfraquecimento do incêndio. Para Fagundes
(2013), o agente extintor a ser utilizado deve ser adequado para cada material
combustível, pois cada material possui propriedades de combustão diferente, assim, o
agente extintor a ser empregado deve ser apropriado para que sua ação seja rápida e
eficaz, causando o mínimo de danos possível. Os principais agentes extintores são os
seguintes:
 Água: É o agente mais utilizado no combate a incêndios por ser a mais abundante
na natureza e consequentemente a mais barata. Possui grande poder de
absorção do calor e é um agente extintor não corrosivo e não tóxico. Sua principal
desvantagem é de não ser adequado para fogos de origem elétrica e também
pela possibilidade de alastrar o incêndio quando há líquidos em chamas na água
em que as chamas flutuam sobre a mesma.
 Espuma mecânica: É excelente no combate ao incêndio de líquidos inflamáveis,
porém deixa resíduos úmidos e não é adequado para fogos elétricos. Como a
espuma é mais leve e flutua sobre o líquido combustível, irá apagar o fogo por
resfriamento, devido a água, e abafamento pelo fato da espuma formar uma
espécie de cobertor sobre o fogo. A espuma mecânica é formada por bolhas de
gás, geralmente, o ar, através da agitação mecânica da água com um líquido
gerador de espuma.
 Pó químico seco: São geralmente produzidos com bicarbonato de sódio ou
bicarbonato de potássio, misturados com produtos que dão solidez ao pó e a
combinação. Este agente extintor atua resfriando e abafando o fogo, levando ao
rompimento da reação química de combustão. É altamente recomendado para
incêndios elétricos por não ser condutor de eletricidade, porém em equipamentos
eletrônicos pode provocar a oxidação das placas devido a umidade do ar. Deve-
se ter cuidado em seu manuseio, pois atingem temperaturas em torno de -80ºC e
logo, não se deve encostar-se no seu difusor.
 Gases Inertes: Os gases inertes mais utilizados nas composições são o dióxido
de carbono, o nitrogênio, o argônio e outros. Desses, o mais usado, barato e um
dos mais efetivos é o próprio dióxido de carbono, anídrico carbônico ou gás
carbônico. São recomendados no combate de incêndio de equipamentos elétricos
e em outros materias quando não se quer que o agente extintor não danifique os
materiais.

13. ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA


Podemos classificar os acidentes de trabalho relacionando-os com fatores humano
(atos inseguros) e com o ambiente (condições inseguras). Essas causas são apontadas
como responsáveis pela maioria dos acidentes. No entanto, deve-se levar em conta que,
às vezes, os acidentes são provocados pela presença de condições inseguras e atos
inseguros ao mesmo tempo.
 Ato Inseguro: Os atos inseguros são, geralmente, definidos como causas de
acidentes do trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto é,
aqueles que decorrem da execução das tarefas de forma contrária às normas
de segurança. É a maneira como os trabalhadores se expõem (consciente ou
inconscientemente) aos riscos de acidentes.
 Condições Inseguras: São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho,
põem em risco a integridade física e/ou mental do trabalhador, devido à
possibilidade deste acidentar-se. Tais condições manifestam-se como
deficiências técnicas, são exemplos disso: ferramenta defeituosa ou
inadequada, máquinas apresentando defeito, instalações elétricas impróprias
ou com defeitos.

Em suma, os acidentes de origem elétrica podem ter duas causas:

a. Causas diretas: Classificam-se como causas diretas de acidentes elétricos


as propiciadas pelo contato direto por falha de isolamento, que poderá
ocorrer por um contato físico direto ou indireto.
b. Causas indiretas: São originadas por descargas atmosféricas, tensões
induzidas eletromagnéticas e tensões estáticas.

14. RESPONSABILIDADES
As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos
contratantes e contratados envolvidos. É de responsabilidade dos contratantes manter
os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto
aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados. A
empresa na ocorrência de algum acidente que envolve os serviços em eletricidade, deve
propor e adotar medidas preventivas e corretivas.
Já os trabalhadores possuem as seguintes responsabilidades:
o zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser
afetadas por suas ações ou omissões no trabalho;
o responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições
legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de
segurança e saúde;
o comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as
situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras
pessoas.

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