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Treinamento de NR 10

Segurança em instalações e
serviços em eletricidade
Apresentação

Eletricidade é fatal. Esta é uma forma bastante brusca, porém verdadeira.


Ao Efetuar qualquer tipo de tarefa com equipamentos elétricos ou com
instalações elétricas, você estará exposto aos risco da eletricidade ,isso ocorre tanto
no trabalho como em sua própria casa.
Nos EUA, por exemplo, o contato com a eletricidade é a causa de 5% dos
acidentes fatais que ocorrem no trabalho.
Tudo que você precisa saber sobre o treinamento da NR 10

  A NR 10 foi emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, por meio da


Portaria nº 3.214, de junho de 1978, e visa garantir a segurança dos
trabalhadores. Essa norma está diretamente ligada aos serviços com instalações
elétricas, área que apresenta altos índices de acidentes de trabalho. Só em 2018,
foram cerca de 1242 acidentes em todo o país, de acordo com a 
Associação Brasileira de Conscientização dos Perigos de Eletricidade.  Ou seja,
o treinamento da NR 10 garante a segurança necessária para a execução do
trabalho de risco.
Riscos em instalações e serviços com eletricidade

 Há diferentes tipos de riscos devido


aos efeitos da eletricidade no ser
humano e no meio ambiente. Os
principais são o choque elétrico , o
arco elétrico , a exposição aos
campos eletromagnéticos e o
incêndio.
Choque elétrico

 O choque elétrico é a perturbação de natureza e efeitos diversos que se manifestam no


organismo humano quando percorrido por uma corrente elétrica . Os efeitos variam e
dependem de ;
- percurso da corrente elétrica
- intensidade da corrente elétrica
- Tempo de duração
- área de contato
- frequência da corrente elétrica
- tensão elétrica
- condições da pele do indivíduo
- constituição física do indivíduo
-estado de saúde do indivíduo
Choque estático

 É obtido pela descarga de um capacitor ou devido á descarga eletrostática.


Um exemplo típico é o que acontece em veículos que se movem em climas
secos. Com o movimento, o atrito com o ar gera cargas elétricas que se movem em
climas secos. Com o movimento, o atrito com o ar gera cargas elétricas que se
acumulam ao longo da estrutura externa do veículo. Portanto, entre o veículo e o solo
haverá uma diferença de potencial.
Dependendo do acúmulo das cargas, poderá haverá de faiscamento ou de
pequenos choques elétricos no instante em que a pessoa toca na parte externa do
veiculo.
Choque dinâmico

 É o que ocorre quando se faz contato com um elemento energizado.


Este choque se dá devido ao;
 toque acidental na parte viva do condutor
 Toque em partes condutoras próximas aos equipamentos e instalações, que
ficaram energizados acidentalmente por defeito, fissura ou rachadura na isolação.
Causas do choque dinâmico
 Este tipo de choque é o mais perigoso, por que a pessoa fica energizada até
o fim do contato com o elemento energizado.
O corpo humano é um organismo resistente , que suporta bem o choque elétrico
nos primeiros instantes, porém com a corrente elétrica passando pelo corpo por um
determinado tempo acarreta consequências aos órgãos, tais como ;
- rigidez muscular
- pane geral no organismo
- comprometimento do coração
- alteração da qualidade do sangue
- comprometimento da respiração
- deslocamento dos músculos
- comprometimento de outros órgãos como rins, cérebro, vasos, e outros órgãos.
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Choque elétrico com media tensão


 A sensação de choque elétrico surge com correntes elétricas de intensidade
superior a 1 mA. Com correntes superiores a 10 mA, os músculos contraem-se, o
que dificulta, por exemplo, o pulo (salto). Correntes próximas de 20 mA tornam
a respiração mais difícil, a qual pode cessar com correntes que chegam a 80
mA. As correntes elétricas que chegam a matar são aquelas cuja intensidade está
compreendida na faixa entre 100 mA e 200 mA. Com intensidade próxima dos 100
mA, as paredes do coração executam movimentos descontrolados, o que é
chamado de fibrilação. As correntes que chegam a ultrapassar os 200 mA não são
tão perigosas quanto as de 100 mA, pois as contrações musculares do coração
são tão violentas que esse órgão fica paralisado, fato que acaba aumentando a
possibilidade de sobrevivência de um ser humano submetido a esse tipo de
choque elétrico
Tensão de toque

 É quando os membros inferiores e superiores do indivíduo se toca a um ponto


energizado.
 Caso haja falhas em uma torre de transmissão e um cabo energizado seja
rompido e esteja tocando na parte metálica, haverá uma corrente de curto-circuito
fluindo pela estrutura da torra. No solo, essa corrente gerará potenciais distintos
desde a base da torra até uma determinada distância.
Tensão de passo
No momento em que ocorre uma falta para a terra, a corrente de curto circuito flui
pelo aterramento. Esta passagem de corrente gera tensões no solo. A malha de
aterramento deve ser projetada de tal forma que as tensões de passo na subestação
e suas redondezas não atinjam valores superiores aos permissíveis.
Ressalta-se que a tensão de passo diminui à medida que a pessoa se afasta do
ponto onde ocorre o aterramento. Isso significa que ela será máxima apenas quando
um dos pés do indivíduo estiver junto à haste do aterramento e o outro, afastado de
um metro daquele.
Proteção contra choques elétricos

 Norma NBR 5410/ 2004- Fundamenta as medidas de proteção contra choques


elétricos em duas partes.
 Partes vivas na instalações elétricas não devem ser acessíveis.
 Massas ou partes acessíveis não devem oferecer perigo, sejam em condições
normais, seja , em particular, em caso de alguma falha que as torne
acidentalmente vivas.
Efeitos dos choques elétricos em função do
trajeto

 Outro fator que influencia nas consequências do acidente por choque elétrico é o
caminho que a corrente circula pelo corpo do acidentado.
Quando uma corrente elétrica passa pelo corpo humano, pode-se sentir os
seguintes efeitos: pequeno formigamento, dores, espasmos musculares, contrações
musculares, alteração nos batimentos cardíacos, parada respiratória, queimaduras e
morte. Os danos são provenientes do fato de o movimento dos músculos e as
transmissões de sinais nervosos ocorrerem pela passagem de pequenas correntes
elétricas. Outro fator que pode causar danos ao corpo humano é o trajeto que a
corrente faz. O fato de ela passar pelo coração, que é um músculo, causa os
espasmos que alteram o ritmo cardíaco, deixando-o irregular.
Corrente contínua

Na corrente contínua (CC) é mais provável que o resultado seja uma única
contração convulsiva, que muitas vezes empurra a vítima para longe da fonte atual.
Nos casos de choque com corrente contínua, o principal efeito é o de parar o
coração. Quando a corrente de choque é interrompida, um coração parado tem mais
chance de recuperar os batimentos normais do que um coração fibrilante.
Corrente alternada

 Como a corrente alternada afeta o corpo?


Depende da sua frequência, mas saiba que a corrente alternada de baixa
frequência (50 a 60 Hz) pode ser mais perigosa do que a corrente alternada de alta
frequência.
Quando comparada à corrente contínua de mesma intensidade, ela pode ser de
3 a 5 vezes mais perigosa. Isso acontece porque a corrente alternada (CA) de baixa
frequência resulta na contração muscular prolongada, que pode grudar a mão na
fonte energizada, prolongando a exposição.
As características da corrente alternada fazem ela ter uma tendência maior para
colocar o coração em uma condição de fibrilação, que é basicamente quando a
frequência cardíaca fica irregular, sem condições de bombear o sangue.
Diferença na sensação provocada

Corrente continua Corrente alternada

 Superior a 5mA  Sensação de formigamento


 Sensação de aquecimento  Superior a 1mA
Resistência da pele do corpo humano

Tensão contínua Tensão alternada


 Aproximadamente 120vcc  Aproximadamente 50vca
Resistência elétrica do corpo humano

 A pele humana apresenta uma resistência elétrica, medida em ohms


(Ω), extremamente alta, da ordem de 100.000 Ω e 600.000 Ω . Como
consequência, a corrente elétrica formada pelo corpo quando exposto a um
choque de 220 V é de aproximadamente 0,002 A. No entanto, se a pele
estiver molhada, sua resistência elétrica é reduzida para aproximadamente 15000
Ω até 1000 Ω. Nesse caso, uma descarga elétrica de 220 V pode promover uma
corrente elétrica de  0,2A,  possivelmente fatal.
 Entre os efeitos da corrente elétrica, podemos listar
grande dor muscular, paralisia, queimaduras devido ao Efeito Joule e até mesmo
paradas cardíacas. Um dos choques mais letais é aquele que tomamos
no braço esquerdo, pois ele está no mesmo caminho dos músculos cardíacos.
Arco elétrico

 O arco elétrico é a passagem de corrente elétrica por um meio isolante, como ar,
por exemplo. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o arco acontece 
quando o circuito é aberto e também quando ele é fechado.
Quais as características do Arco Elétrico?
 Entre outros fatores, o arco elétrico é proporcional à intensidade da corrente
elétrica que passa pelo circuito. Logo, quanto maior  a corrente elétrica, maiores
os efeitos causados pelo arco. Quando desligamos o disjuntor de uma residência,
o arco elétrico também acontece. Contudo, nós não conseguimos ver em função
do invólucro que protege o disjuntor. Para extinguir o arco dentro do disjuntor,
existe a câmera de extinção do arco voltaico, que pode conter: óleo, SF6, vácuo
ou ar comprimido.
 Os arcos elétricos, quando ocorrem em situações como as citadas anteriormente,
são inofensivos, entre tanto, em circuitos em que as correntes são muito altas, os
riscos são muito maiores.
 Os arcos elétricos são muito quentes, são a mais intensa fonte de calor na Terra, sua
temperatura pode chegar a 20.000 °C. Durante o arco, a corrente elétrica atinge
valores muito altos. Em função disso a ocorrência de queimaduras severas é comum
a pessoas expostas ao arco voltaico. Quando uma corrente elétrica circula por um
meio antes isolante, ondas de pressão podem se formar pela expansão do ar, logo, 
além de queimaduras pode também provocar ferimentos em função da queda. Esses
ferimentos são agravados quando o trabalhador está exercendo uma atividade em
altura.
 Em uma subestação por exemplo, um arco elétrico pode ser provocado, quando uma
chave seccionada é aberta sobre carga, ou seja com o circuito energizado . Sempre
que houver risco , o trabalhador deve estar devidamente protegido, inclusive:
cabeça, pescoço, braços e antebraços, que na maioria das vezes são esquecidos
Ponto de fulgor

 Ponto de fulgor, ou ponto de Inflamação, é a menor temperatura  na qual um


combustível liberta vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura
inflamável por uma fonte externa de calor. O ponto de fulgor, ou de inflamação,
não é suficiente para que a combustão seja mantida.
Umidade

 Deve-se considerar que todo trabalho em equipamentos energizados só deve ser


iniciado com boas condições meteorológicas, não sendo assim permitidos
trabalhos sobre chuvas, neblinas ou ventos fortes.
Descargas atmosféricas

 Descarga atmosférica é definida na NBR 5419 (Proteção de estruturas contra


descargas atmosféricas) como uma descarga elétrica de origem atmosférica entre
uma nuvem e a terra ou entre nuvens, consistindo em um ou mais impulsos de
vários quiloampères. Ou seja as descargas atmosférica seriam os raios, apesar de
tecnicamente segunda a mesma norma o raio ser apenas um dos impulsos
elétricos de uma descarga atmosférica para a terra.
 O raio, que também pode ser chamado de relâmpago, é um fenômeno natural, é
uma forma de percebermos a energia elétrica sendo manifestada em um efeito
visível aos olhos de forma luminosa. A descarga atmosférica provoca uma
corrente elétrica de imensa intensidade que ao longo do seu percurso ioniza o ar e
cria um plasma que emite radiação eletromagnética, em parte sob forma de luz.
Sobretensões transitórios
 Sobretensões transitórias, ou surtos de tensão, são elevações da diferença de potencial em
um sistema elétrico, de energia ou sinal, causadas por descargas atmosféricas que atingem
uma edificação contendo a instalação eletroeletrônica, o terreno onde ela se encontra, as
redes de energia ou sinal ligadas à edificação, ou ainda por chaveamentos nas próprias
instalações ou na rede de distribuição de energia.
Ao contrário das sobretensões temporárias, não é possível evitar que as sobretensões
transitórias aconteçam, nem é necessário interrompê-las, já que os fenômenos que
as originam tem curta duração. Por isso, o objetivo da proteção contra sobretensões,
tema deste blog, é limitar os seus efeitos, evitando danos totais ou parciais às
instalações eletroeletrônicas e seus equipamentos
Proteções contra descargas atmosféricas

 Terminais Aéreos - conhecidos como para-raios, que são hastes instaladas acima do ponto
mais alto de uma edificação .
 Condutores de descida - Cabos que conectam as hastes ao sistema de aterramento
 10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas
liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a
sequência abaixo: a) seccionamento; b) impedimento de reenergização; c)
constatação da ausência de tensão; d) instalação de aterramento temporário com
equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) proteção dos elementos
energizados existentes na zona controlada (Anexo II); (Alterada pela Portaria
MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016) f) instalação da sinalização de impedimento
de reenergização.

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