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Belo Horizonte
2021
Álvaro Francisco de Oliveira Costa
Belo Horizonte
2021
Agradecimentos
Esse trabalho apresenta um estudo relativo às TRT’s, pautado nos aspectos teóricos do
fenômeno e em dados reais provenientes de uma subestação de 230 kV. As simulações
para os estudos dessas sobretensões foram realizadas utilizando o software ATPDraw (
Alternative Transient Draw) seguindo as diretrizes estabelecidas no Sub módulo 23.3 dos
procedimentos de redes do ONS.
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.1 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.2.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.2.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3 Estrutura do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.1 Equações de Propagação em Linhas de Transmissão . . . . . . . . . 19
2.2 Sobretensões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.2.1 Sobretensões de Manobra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.2.1.1 Tensão de Restabelecimento Transitório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.2.1.2 Representação da TRT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.3 Diretrizes dos Estudos Frente o ONS - Sub Modulo 23.3 . . . . . . 30
2.3.1 Aspectos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.3.1.1 Programas Permitidos para Representação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.3.1.2 Validação do Modelamento Transitório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.3.1.3 Análise de Abertura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.4 ATPDraw . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.4.1 Geradores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.4.2 Linhas de Transmissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.4.3 Transformadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.4.4 Para-Raios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.4.5 Disjuntores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.0.1 Visão Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.0.2 Representação do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.0.2.1 Fontes de Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.0.2.2 Linhas de Transmissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.0.2.3 Transformadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.0.2.4 Para-Raios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.0.2.5 Disjuntores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.0.2.6 Capacitâncias Parasitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.0.3 Casos Simulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.1 Resultados e Discussões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.1.0.1 Comparação entre os Modelos Eletromagnético (ATPDraw) e Linear ( ANAFAS) 41
4.1.0.2 Resultado das Tensões de Restabelecimento Transitórias . . . . . . . . . . . . 41
4.1.0.3 Caso 1 e 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.1.0.4 Caso 3, 4 e 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.1.0.5 Caso 6, 7 e 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.1.0.6 Caso 9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5.1 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5.2 Sugestão para Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
15
1 Introdução
1.1 Motivação
1
No dia 1 de Janeiro do ano de 2021 os procedimentos de rede sofreram reestruturação. O conteúdo
técnico dos mesmos não foram alterados, apenas a numeração de disponibilização. Como o estudo da
Usina de Jaguatirica II foi realizado no ano de 2020 ( modulo 23.3 vigente), o texto irá referenciar à
antiga numeração do procedimento de rede
16 Capítulo 1. Introdução
1.2 Objetivos
• Realizar uma revisão bibliográfica sobre o caráter ondulatório das tensões e correntes
em linhas de transmissão;
2 Revisão bibliográfica
As correntes e tensões em uma linha longa são dadas em função do tempo e posição
(v(x,t), i(x,t)).
Devido ao caráter ideal do solo é possível utilizar o método das imagens para o
cálculo das tensões e correntes do sistema Figura 2.
• O comprimento de onda que se propaga nas linhas é muito maior que a distancia
entre os dois condutores;
∮︁
𝜕 ∮︁
𝐸.𝑑𝑙 = − 𝐵.𝑑𝑆 (2.1)
𝐿 𝜕𝑡 𝑆
𝑟 𝜕𝑣 𝑟 𝜕Φ
𝑖. 𝑑𝑥 + 𝑣(𝑥, 𝑡) + 𝑑𝑥 + 𝑖. 𝑑𝑥 − 𝑣(𝑥, 𝑡) = − (2.2)
2 𝜕𝑥 2 𝜕𝑡
A suposição que a onda viajante possui comprimento de onda muito maior que a distancia
entre os dois condutores permite aproximar a equação do fluxo magnético em ABCD,
fazendo com que o mesmo seja proporcional à corrente, que é constante ao longo do
comprimento do condutor.
𝜑 = 𝑙.𝑑𝑥.𝑖 (2.3)
𝜕𝑣 𝜕𝑖
− = 𝑟𝑖(𝑥, 𝑡) + 𝑙 (2.4)
𝜕𝑥 𝜕𝑡
𝜕𝑖
A diferença da corrente que entra no condutor i(x,t), e que sai, i(x,t) + 𝜕𝑥 𝑑𝑥, pode
ser representada através de uma corrente proporcional à tensão estabelecida entre os dois
condutores conforme Figura 4 regido pela Equação 2.5.
𝜕𝑞 𝜕[𝑐.𝑑𝑥.𝑣(𝑥, 𝑡)] 𝜕𝑣
= = 𝑐.𝑑𝑥. (2.6)
𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝜕𝑡
Com isso, a equação de continuidade pode ser representada por:
𝜕𝑖 𝜕𝑣
𝑖(𝑥, 𝑡) 𝑑𝑥 + 𝑣(𝑥, 𝑡.𝑔.𝑑𝑥) − 𝑖(𝑥, 𝑡) = −𝑐.𝑑𝑥 (2.7)
𝜕𝑥 𝜕𝑡
Obtendo
𝜕𝑖 𝜕𝑣
− = 𝑔𝑣(𝑥, 𝑡) + 𝑐 (2.8)
𝜕𝑥 𝜕𝑡
A Equação 2.8 significa que a variação de corrente ao longo da linha é proveniente
das cargas que se deslocam para o próximo condutor(a linha é representada por parâmetros
distribuídos) e das cargas que estão chegando para cruzar o condutor.
As equações Equação 2.4 e Equação 2.8 representam as propagações de ondas
eletromagnéticas em linhas monofásicas:
𝜕𝑣 𝜕𝑖
− = 𝑟𝑖(𝑥, 𝑡) + 𝑙 (2.9)
𝜕𝑥 𝜕𝑡
2.2. Sobretensões 23
𝜕𝑖 𝜕𝑣
− = 𝑔𝑣(𝑥, 𝑡) + 𝑐 (2.10)
𝜕𝑥 𝜕𝑡
Onde:
2.2 Sobretensões
Figura 6 – Tensão de restabelecimento transitória quando a corrente passa pelo valor zero.
A natureza das TRTs sofridas pelos disjuntores varia de acordo com o tipo de cir-
cuito (resistivo, indutivo ou capacitivo) que está sendo desacoplado. Essas características
podem gerar tensões com diferentes formas e valores.
(100%, 60%, 30% e 10% ) à capacidade de interrupção nominal dos disjuntores, e apre-
sentam em forma de tabela os valores que devem ser utilizados para construção de cada
envoltória em cada caso.
A partir das características citadas é possível determinar qual envoltória deve ser
usada para atestar a suportabilidade frente às tensões de restabelecimento transitórias.
As representações possíveis são:
• Método de 2 Parâmetros;
• Método de 4 Parâmetros.
√︃
2
𝑢𝑐 = 𝑘𝑎𝑓 .𝑘𝑝𝑝 .𝑈𝑟 . (2.11)
3
• 𝑈𝑟 - Tensão nominal;
′ ′
𝑢
• 𝑡 = 𝑡𝑑 + 𝑅𝑅𝑅𝑉
.
√︃
2
𝑢1 = 0, 75.𝑘𝑝𝑝 .𝑈𝑟 . (2.12)
3
√︃
2
𝑢𝑐 = 𝑘𝑎𝑓 .𝑘𝑝𝑝 .𝑈𝑟 . (2.13)
3
𝑡2 = 4𝑡1 (2.14)
• 𝑈𝑟 - Tensão nominal;
𝑢1
• 𝑡1 - Tempo para alcançar 𝑢1 em microsegundos, seu valor é dado pela relação 𝑡1
=
𝑅𝑅𝑅𝑉 ;
• 𝑡2 - Tempo para alcançar 𝑢𝑐 em microsegundos, tem valor de 4𝑡1 para T100 e 6𝑡1
para T60;
• 𝑘𝑎𝑓 - Fator de amplitude de abertura,valores de 1,4 para T100 e 1,5 pata T60;
′ 𝑢1
• 𝑢 = 3
;
O submódulo 23.3 invoca o submódulo 18.2 que trate dos programas computa-
cionais permitidos para se realizar a analise dos sistemas de acordo com cada tipo de
estudo.
Para transitórios eletromagnéticos, o ONS apenas permite o uso do programa ATP.
2.4 ATPDraw
Criado na Bonneville Power Adiministration (BPA) em Portland, a versão gratuita
do programa de calculo de transitórios eletromagnéticos surgiu graças a divergência dos
pesquisadores Meyer e Liu quanto aos modelos de comercio do produto, dando orgiem a
versão utilizada nesse trabalho.
O ATPDraw é uma derivação gráfica do programa "Alternative Transient Program
"(ATP) "Electromagnetic Trandients Program"(EMTP).
O software permite a construção de sistemas complexos, possibilitando analises de
circuitos no domínio do tempo configurando uma ferramenta poderosa para investigação
de fenômenos transitórios.
Cada elemento do sistema é transformado em um equivalente matemático conforme
(DOMMEL, 1984), e o sistema é simulado através da integração trapezoidal.
2.4.1 Geradores
O software traz diversas representações para maquinas síncronas possibilitando
escolher o modelo de acordo com o escopo do problema e os dados de entradas fornecidos.
Outra maneira de representar geradores, é através de uma fonte ideal a qual tem sua
potência de curto-circuito limitada pelo valor da reatância subtransitória do elemento
real.
32 Capítulo 2. Revisão bibliográfica
2.4.3 Transformadores
A representação de transformadores pode ser separada em 3 grandes grupos no
software: Ideais, saturáveis e avançados.
O primeiro grupo como o nome sugere, representa os equipamentos de forma ideal,
já o segundo grupo possibilita a inclusão de informações sobre a saturação do transforma-
dor e o terceiro proporciona descrições minuciosas desses equipamentos, como especificar
as geométricas dos núcleos de transformadores dentre outras informações.
2.4.4 Para-Raios
O software apresenta vários dispositivos não lineares em sua biblioteca, podendo
representar diversos componentes.
Os para-raios podem ser representados a partir do elemento não linear denomina-
dos no software como tipo 92.
Esse elemento permite a inclusão da curva de resposta VxI do para-raios.
2.4.5 Disjuntores
O programa apresenta uma variedade de chaves (controlados por tempo, tensão,
chaves estatísticas e programáveis através de MODELS).
Para representação de disjuntores normalmente é utilizada chaves controladas no
tempo utilizando o comando de abertura na hora desejável.
Para certos problemas é possível utilizar chaves estatísticas onde é possível deter-
minar qual será a distribuição ( Uniforme ou Gaussiana) que comandará sua abertura ou
fechamento.
33
3 Metodologia
uma vez que não havia maiores informações para constituir modelos mais elaborados.
De maneira análoga à representação dos geradores, uma fonte de tensão limitada
por impedância foi utilizada para representar o equivalente de thevenin do sistema de 230
kV. Foram utilizados os módulos e ângulos dos curtos-circuitos trifásicos e monofásicos do
barramento de Boa vista 230 kV. Esses valores foram obtidos através do banco de dados
disponibilizados pelo ONS utilizando o software ANAFAS . A seguir são apresentados os
valores de curto-circuito monofásico e trifásico utilizados:
Curto-circuito Trifásico: 1, 17] − 84, 7 kA
Curto-circuito Monofásico: 1, 62] − 85, 6 kA
O modelo Bergeron foi escolhido para representar a LT. A linha de Transmissão que
liga a subestação de Jaguatirica II 230 kV à subestação existente de Boa Vista II possui
7,24 km sendo composta por estruturas conforme Figura 12 com cabos de características
informadas na Tabela 3
Características Construtivas
Material do Condutor Liga Alumínio 6201
Tipo do Condutor Circular, encordado
Tipo de Cabo Flint
Características Dimensionais
Bitola 740,8 kcmil
Secção transversal 374,52 mm2
Diâmetro do fio 3,59 mm
Diâmetro do condutor 25,13 mm
Raio médio geométrico 0,00966 m
Características Elétricas
Resistência elétrica máxima CC a 20𝑜 𝐶 0,0894 Ohm/km
Resistência elétrica máxima CA 60 Hz 75𝑜 𝐶 0,108 Ohm/km
Reatância indutiva 0,3499 Ohm/km
Reatância capacitiva 0,2089 MOhm.km
Ampacidade 790,0 A
3.0.2.3 Transformadores
3.0.2.4 Para-Raios
Fonte:Dados do fabricante.
3.0.2.5 Disjuntores
3AP1 FI
Tensão nominal 245 kV
Tipo de isolamento SF6
Tensão ao impulso atmosférico 1050 kVp
Frequência nominal 60 Hz
Corrente nominal 4000 Arms
Corrente de curta duração 50 kArms/s
Distância de escamento 25mm/kV
Fonte:Dados do fabricante.
TRT Uc TCTRT
Critério I
(kV) (kV) (kV/us)
Abertura de linhas à vazio I≤ 125 A eficaz 546 - ≤ 0,075
Falta terminal - 459 - ≤ 7,0
Falta quilométrica - 280 ≤ 280 ≤10,9
Fonte: Produzido pelo Autor
4 Resultados e Discussões
Como pode ser observado no Figura 17, o modelo do sistema elétrico simulado no
software ATPdraw está condizente com a solicitação imposta pelo procedimento de rede,
conforme seção 2.3.
A Figura 18, apresenta uma síntese dos valores de TRT e taxas de crescimento
calculados para o sistema de Jaguatirica II.
42 Capítulo 4. Resultados e Discussões
4.1.0.3 Caso 1 e 2
4.1.0.4 Caso 3, 4 e 5
Já para o caso 5, por se tratar de uma falta monofásica, não são percebidas tantas
alterações nas formas de ondas das sobretensões sobre o disjuntor, visto que as outras
duas fases continuam sãs.
As máximas correntes de curto-circuitos passantes no disjuntor de entrada da
subestação Jaguatirica II possuem valores inferiores a 5 kA. Devido a isso a envoltória de
10% foi aplicada nos Casos 4, 5 e 6
4.1.0.5 Caso 6, 7 e 8
Os Casos 6,7 e 8 são referentes às faltas terminas dos disjuntores que realizam a
proteção do transformador de 65 MVA 230/13,8 kV. Os formatos de ondas das sobreten-
4.1. Resultados e Discussões 45
sões nos disjuntores sofrem várias deformações provenientes das reflexões sofridas pelas
ondas de tensão quando as mesmas se "chocam"com o transformador. O modelo de trans-
formador saturado, assim como a representação das capacitâncias entre os enrolamentos
cria uma impedância que altera consideravelmente as formas de ondas.
A máxima corrente de curto-circuito passante nos disjuntores de 245 kV dos trans-
formadores 230/13,8 kV, da SE UTE Jaguatirica II é inferior a 2 kA eficaz, na data de
entrada do empreendimento. Portanto, pode ser aplicado a envoltória de 10%.
Nesse caso, a TRT máxima suportável pelos disjuntores, para interrupção de faltas
terminais poderia chegar até 459 kV.
4.1.0.6 Caso 9
5 Conclusão
Referências
IEEE. IEEE Std C37.01 1- IEEE Application Guide for Transient Recovery Voltage for
AC High-Voltage Circuit Breakers Rated on a Symmetrical Current Basis. 2019. Citado
na página 26.