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1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
1.1. Sinal PWM ......................................................................................................... 4
1.2. Conversor Buck .................................................................................................. 5
1.3. Conversor Boost ................................................................................................. 7
2. OBJETIVOS.............................................................................................................. 9
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 10
3.1. Conversor Buck ................................................................................................... 10
3.1.1. Modo de Condução Contínua ....................................................................... 10
3.1.2. Circuito Buck variante no tempo com a chave fechada ................................ 11
3.1.3 Circuito Buck variante no tempo com chave aberta ...................................... 11
3.1.4. Equações médias do conversor ..................................................................... 12
3.1.5. Modelo de pequenos sinais ........................................................................... 12
3.1.6. Circuito do modelo ....................................................................................... 13
3.1.7. Função de transferência da planta ................................................................ 14
3.2. Conversor Boost .................................................................................................. 14
3.2.1. Modo de condução contínuo ........................................................................ 14
3.2.2. Circuito Boost variante no tempo com a chave fechada ............................... 15
3.2.3 Circuito Boost variante no tempo com chave aberta ..................................... 15
3.2.4. Equações médias do conversor ..................................................................... 16
3.2.5. Modelo de pequenos sinais ........................................................................... 16
3.2.6. Circuito do modelo ....................................................................................... 17
3.1.7. Função de transferência da planta ................................................................ 18
4. EQUACIONAMENTO DOS COMPONENTES....................................................... 19
5. RESULTADOS DA SIMULAÇÃO NO SIMULINK MATLAB® ........................... 20
5.1. Conversor Buck .................................................................................................... 20
5.1.1. Gráficos de tensão e corrente........................................................................ 20
5.1.2. Diagrama de Bode ........................................................................................ 27
5.1.3. AC Sweep ..................................................................................................... 28
5.2. Conversor Boost .................................................................................................. 28
5.2.1. Gráficos de tensão e corrente........................................................................ 28
5.2.2. Diagrama de Bode ........................................................................................ 33
5.2.3 AC Sweep .......................................................................................................... 34
6. CONCLUSÕES .......................................................................................................... 35
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 35
1. INTRODUÇÃO
Os conversores CC-CC são circuitos eletrônicos que convertem uma tensão CC
para diferentes níveis de tensão CC fornecendo sempre uma saída regulada. (DANIEL
W. HART, 2012).
Os circuitos focos desse trabalho são conversores que possuem semicondutores
de potência atuando como interruptores e elementos passivos (capacitores e indutores),
para controlar o fluxo de potência de uma fonte de entrada para uma fonte de saída.
Diferentemente do circuito de conversão linear, o divisor de tensão, os conversores
chaveados promovem a regulação da tensão, maior eficiência, possibilidade de gerar
tensões mais elevadas que a fonte de alimentação e a possibilidade de gerar tensões
negativas.
Um esquema de aplicação desses conversores pode ser visto na figura 1, em que
é usado um retificador não controlado para a conversão da corrente alternada para a
contínua, seguido de um filtro capacitivo para reduzir as variações de tensão e correntes
de alta frequência e, por fim, o conversor CC/CC para alimentar e regular uma carga como
o acionamento de um motor de corrente contínua, por exemplo.
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Já no período de tempo em que a chave se abre e o diodo conduz, a corrente no
indutor decresce linearmente alimentando a carga enquanto a corrente 𝑖𝐿 for positiva, para
que a corrente no diodo não seja nula, o que faria com que ele parasse de conduzir.
As equações desse conversor, nas condições ideais dadas acima, são encontradas
por meio da análise de conservação de potência, análise de malha e nós de Kirchhoff,
resultando na tabela 1.
Tensão de saída 𝑉𝑜 = 𝑉𝑔 𝐷
Ciclo de trabalho 𝑉𝑜
𝐷=
𝑉𝑔
Variação da tensão em C 1−𝐷
∆𝑉𝐶 = 8𝐿(𝐶/𝑉0 )𝑓²
Capacitância 1−𝐷
𝐶 = 8𝐿(∆𝑉 /𝑉 )𝑓²
𝑜 𝑜
Corrente média em L 𝑉0
𝐼𝐿 =
𝑅
Variação da corrente em L 𝑉0 (1−𝐷)
∆𝐼𝐿 = 𝐿𝑓
Tabela 1: Equações derivadas do circuito do conversor Buck.
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1.3. Conversor Boost
No conversor boost, o valor médio da tensão de saída será sempre igual ou maior que
a tensão média de entrada. Para efeito de análise de um circuito típico deste tipo, tem-se
a demonstração do conversor na figura 5.
As equações desse conversor, nas condições ideais dadas acima, são encontradas
por meio da análise de conservação de potência, análise de malha e nós de Kirchhoff,
resultando na tabela 2.
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Tensão de saída 𝑉𝑔
𝑉𝑜 =
1−𝐷
Ciclo de trabalho 𝑉𝑜 − 𝑉𝑔
𝐷=
𝑉𝑔
Variação da tensão em C 𝐷
∆𝑉𝐶 = 𝑅(𝐶/𝑉0 )𝑓
Capacitância 𝐷
𝐶 = 𝑅(∆𝑉 /𝑉 )𝑓
𝑜 𝑜
Corrente média em L 𝑉𝑔
𝐼𝐿 =
(1 − 𝐷)²𝑅
Variação da corrente em L 𝑉𝑔 𝐷𝑇
∆𝐼𝐿 = 2𝐿
Tabela 2: Equações derivadas do circuito do conversor Boost.
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2. OBJETIVOS
Nesse trabalho será feita a implementação no Simulink de um conversor Buck e Boost
em modo de condução contínua, juntamente com um sinal PWM no gatilho de sua chave.
Com os circuitos montados, serão determinados os parâmetros e pontos de operação do
conversor, encontrado o circuito modelo para pequenos sinais, compara a dinâmica dos
circuitos (modelo e chaveado) aplicando degrau na tensão de entrada, carga e ciclo de
trabalho. Feito isso, será plotado o resultado do AC Sweep do circuito chaveado em
conjunto com o diagrama de BODE das funções de transferência encontradas com o
modelo de pequenos sinais.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O modelo de pequenos sinais será feito usando como base os circuitos do Buck e
Boost demonstrados nas figuras 2 e 5, respectivamente, para uma dada carga R na saída.
Serão desenvolvidas as funções de transferência do tipo SISO (Single Input Single
Output) que são, para ciclo de trabalho invariante em frequência, a tensão de entrada e
tensão de saída, e para a tensão de entrada invariante em frequência, o ciclo de trabalho e
a tensão de saída.
(1 − 𝐷)𝑅
𝐿𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 =
2𝑓𝑠
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3.1.2. Circuito Buck variante no tempo com a chave fechada
Durante o período 𝑡𝑜𝑛 , o circuito funciona da seguinte maneira:
Sabemos que:
𝒊𝒈 (𝒕) = 𝒊𝑳 (𝒕)
Na malha, temos:
𝑑𝑖𝐿1 (𝑡)
−𝑣𝑔 (𝑡) + 𝐿1 + 𝑣0 (𝑡) = 0
𝑑𝑡
𝒅𝒊𝑳 (𝒕)
𝑳 = 𝒗𝒈 (𝒕) − 𝒗𝟎 (𝒕)
𝒅𝒕
Sabemos que:
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𝒊𝒈 (𝒕) = 𝟎
Na malha, temos:
𝒅𝒊𝑳 (𝒕)
𝑳 = −𝒗𝟎 (𝒕)
𝒅𝒕
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̂ (𝒕) = 𝑫′ − 𝒅(𝒕)
𝒅′ (𝒕) = 𝟏 − 𝒅
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Figura 11: Circuito modelo do Buck.
𝑣
̂(𝑠)
0 = 𝐺𝑣0−𝑑 (𝑠). 𝑑̂ (𝑠) + 𝐺𝑣0−𝑣𝑔 (𝑠). 𝑣
̂(𝑠)
𝑔
𝐷 𝐷
𝑣
̂(𝑠)
0 = 𝑑̂ (𝑠) + .𝑣
̂(𝑠)
𝑔
2 𝑠𝐿 𝑠𝐿
𝐿𝐶𝑠 + 𝑅 + 1 𝐿𝐶𝑠 2 + 𝑅 + 1
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Para garantir a operação do conversor neste modo, deve-se dimensionar os componentes
do circuito de forma que a corrente no indutor não se iguale a zero dentro dos períodos
de chaveamento. O valor mínimo para a corrente do indutor no modo de condução
contínua pode ser encontrado a partir do ciclo de trabalho, resistência da carga e
frequência de chaveamento, da seguinte forma:
𝐷(1 − 𝐷)²𝑅
𝐿𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 =
2𝑓𝑠
Sabemos que:
𝒊𝒈 (𝒕) = 𝒊𝑳 (𝒕)
Na malha, temos:
𝒅𝒊𝑳 (𝒕)
𝑳 = 𝒗𝒈 (𝒕) − 𝒗𝟎 (𝒕)
𝒅𝒕
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Figura 14: Conversor Boost no período da chave em aberto
Sabemos que:
𝒊𝒈 (𝒕) = 𝒊𝑳 (𝒕)
Na malha, temos:
𝒅𝒊𝑳 (𝒕)
𝑳 = 𝒗𝒈 (𝒕) − 𝒗𝟎 (𝒕)
𝒅𝒕
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〈𝒗𝟎 (𝒕)𝑻𝒔 〉 = 𝑽𝟎 + 𝒗 ̂(𝒕),
𝟎 ̂(𝒕)
𝑽𝟎 ≫ 𝒗 𝟎
〈𝒊𝒈 (𝒕)𝑻𝒔 〉 = 𝑰𝒈 + 𝒊̂𝒈 (𝒕), 𝑰𝒈 ≫ 𝒊̂𝒈 (𝒕)
𝒅′ (𝒕) = 𝟏 − 𝒅̂ (𝒕) = 𝑫′ − 𝒅(𝒕)
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3.1.7. Função de transferência da planta
Por conseguinte, tendo em mãos a as equações linearizadas do modelo de
pequenos sinais do conversor, para se encontrar a função de transferência é necessário
transformar os termos para o domínio Laplace (s). Os inputs serão 𝑑̂ (𝑠) e 𝑣
̂(𝑠),
𝑔 para o
output 𝑣
̂(𝑠),
0 resultando na seguinte função de transferência:
𝑣
̂(𝑠)
0 = 𝐺𝑣0−𝑑 (𝑠). 𝑑̂ (𝑠) + 𝐺𝑣0−𝑣𝑔 (𝑠). 𝑣
̂(𝑠)
𝑔
′2
𝐷′ 𝑉𝑔 𝐷 − 𝑠𝐿/𝑅
𝑣
̂(𝑠)
0 = 𝑑̂ (𝑠) + ( ) .𝑣
̂(𝑠)
𝑠𝐿
𝐿𝐶𝑠 2 + 𝑅 + 𝐷′² 𝐷′² 𝐿𝐶𝑠 2 + 𝑠𝐿 + 𝐷′² 𝑔
𝑅
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4. EQUACIONAMENTO DOS COMPONENTES
Utilizando o software Power Stage Designer Tool 4.0, da Texas Instrument, foi
encontrado os valores dos elementos passivos que garantem modo de condução contínua
antes e depois do degrau de tensão de entrada, ciclo de trabalho e carga do circuito
utilizando os dados do circuito escolhidos pelo aluno.
Vg (tensão fs (frequência de R R1 L C D
de entrada) chaveamento) (resistência (resis (indutâ (capaci (cicl
da carga) tência ncia) tância) o de
em trab
paral alho
elo )
com a
carga
)
20 V 1e-3 20 ohms 2 50 mH 0.125 𝜇 0.5
ohms F
Tabela 3: Valores dos elementos do circuito Buck.
Vg (tensão fs (frequência de R R1 L C D
de entrada) chaveamento) (resistência (resis (indutâ (capaci (cicl
da carga) tência ncia) tância) o de
em trab
paral alho
elo )
com a
carga
)
20 V 1e-3 20 ohms 2 12.5 0.25 𝜇F 0.5
ohms mH
Tabela 4: Valores dos elementos do circuito Boost.
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5. RESULTADOS DA SIMULAÇÃO NO SIMULINK MATLAB®
Foi utilizado o MATLAB como software base para simulação do circuito
chaveado e modelo dos dois conversores, assim como para a análise em frequência da
função de transferência em malha aberta e diagrama de BODE.
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Figura 18: Corrente de entrada do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul).
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Figura 20: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul).
A tensão de saída atingiu o valor médio esperado, de 10V, visto que a tensão de
entrada possui valor 20V e o PWM está chaveando com ciclo de trabalho 0,5. Ao inserir
uma resistência de 4 ohms em paralelo com a saída do circuito, para alterar a carga no
tempo de 0,05 segundos, as correntes aumentam seu módulo, porém a tensão de saída
permanece constante, visto que ela depende apenas da tensão de entrada e ciclo de
trabalho. Essa condição foi implementada nos gráficos das figuras 21, 22 e 23.
Figura 21: Corrente de entrada do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na carga.
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Figura 22: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na carga.
Figura 23: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na carga.
Nas figuras 24, 25 e 26, estão os gráficos para um degrau de tensão na metade do
período amostrado, elevando a tensão de entrada de 20V para 30V.
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Figura 24: Corrente de entrada do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na tensão de entrada.
Figura 25: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na tensão de entrada.
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Figura 26: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modeo (azul) para um degrau na tensão de entrada.
A próxima sequência de gráficos, figuras 27, 28 e 29, foi plotada com a condição
de ciclo de trabalho realizando um degrau no tempo de 0,05 segundos, elevando seu valor
de 0,5 a 0,55.
Figura 27: Corrente de entrada do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau no ciclo de trabalho.
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Figura 28: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau no ciclo de trabalho.
Figura 29: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau no ciclo de trabalho.
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5.1.2. Diagrama de Bode
O código utilizado para plotar o diagrama de BODE é mostrado a seguir,
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Figura 31: Diagrama de Bode do Buck - Vo(s)/d(s)
5.1.3. AC Sweep
Utilizando o circuito chaveado para plotar os mesmos dados do diagrama de
BODE porém utilizando a dinâmica do circuito chaveado, temos, para a entrada ciclo de
trabalho e saída tensão na carga:
Considerando a entrada ciclo de trabalho e a saída tensão na carga, por fim, temos:
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Figura 33: Circuito modelo do Boost no Simulink.
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Figura 35: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul).
A tensão de saída atingiu o valor médio esperado, de 40V, visto que a tensão de
entrada possui valor 20V e o PWM está chaveando com ciclo de trabalho 0,5. Ao inserir
uma resistência de 4 ohms em paralelo com a saída do circuito, para alterar a carga no
tempo de 0,05 segundos, as correntes aumentam seu módulo, porém a tensão de saída
permanece constante, visto que ela depende apenas da tensão de entrada e ciclo de
trabalho. Esse resultado é mostrado nas figuras 36 e 37.
Figura 36: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na carga.
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Figura 37: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na carga.
A seguir, nas figuras 38 e 39, serão plotados gráficos para um degrau de tensão na
metade do período amostrado, elevando a tensão de entrada de 20V para 30V.
Figura 38: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na tensão de entrada.
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Figura 39: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modeo (azul) para um degrau na tensão de entrada.
Figura 40: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau no ciclo de trabalho.
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Figura 41: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau no ciclo de trabalho.
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Figura 42: Diagrama de Bode do Boost - Vo(s)/Vg(s)
5.2.3 AC Sweep
Utilizando o circuito chaveado para plotar os mesmos dados do diagrama de
BODE porém utilizando a dinâmica do circuito chaveado, temos, para a entrada ciclo de
trabalho e saída tensão na carga:
Considerando a entrada ciclo de trabalho e a saída tensão na carga, por fim, temos:
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6. CONCLUSÕES
À partir dos resultados obtidos com as simulações, é importante destacar a
complexidade de implementação do conversor em diferentes modelos e análise em
frequência com o AC Sweep e o quão importante é o aprendizado em como realizá-lo,
uma vez que o diferencial de conhecimento em um assunto dessa complexidade é de
grande relevância para o futuro profissional de um engenheiro eletricista.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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