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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS – CTG


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA –
PPGEE
MODELAGEM E CONTROLE DE CONVERSORES CHAVEADOS

Análise no tempo e em frequência dos conversores Buck e Boost no


modo de condução contínua

Professor: Leonardo Rodrigues Limongi


Aluno: Kaio Vítor Gonçalves de Freitas

Recife, 07 de outubro de 2020


ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Aplicação de um conversor CC/CC. ................................................................. 4


Figura 2: Conversor Buck. ................................................................................................ 5
Figura 3: Conversor Buck com a chave conduzindo. ....................................................... 5
Figura 4: Conversor Boost com a chave aberta. ............................................................... 6
Figura 5: Conversor Boost. ............................................................................................... 7
Figura 6: Conversor Boost com a chave conduzindo. ...................................................... 7
Figura 7: Conversor Boost com a chave aberta. ............................................................... 7
Figura 8: Gráfico da tensão no indutor e da corrente do indutor no Buck em MCC. .... 10
Figura 9: Conversor Buck no período da chave conduzindo .......................................... 11
Figura 10: Conversor Buck no período da chave em aberto ........................................... 11
Figura 11: Circuito modelo do Buck. ............................................................................. 14
Figura 12: Gráfico da tensão no indutor e da corrente do indutor no Boost em MCC. .. 14
Figura 13: Conversor Boost no período da chave conduzindo. ...................................... 15
Figura 14: Conversor Boost no período da chave em aberto .......................................... 16
Figura 15: Circuito modelo do Boost. ............................................................................ 17
Figura 16: Circuito chaveado do Buck no Simulink. ...................................................... 20
Figura 17: Circuito modelo do Buck no Simulink. ......................................................... 20
Figura 18: Corrente de entrada do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul). ......... 21
Figura 19: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul). ......... 21
Figura 20: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul). ............... 22
Figura 21: Corrente de entrada do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau na carga. .............................................................................................................. 22
Figura 22: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau na carga. .............................................................................................................. 23
Figura 23: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau na carga. .............................................................................................................. 23
Figura 24: Corrente de entrada do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau na tensão de entrada. ........................................................................................... 24
Figura 25: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau na tensão de entrada. ........................................................................................... 24
Figura 26: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modeo (azul) para um
degrau na tensão de entrada. ........................................................................................... 25
Figura 27: Corrente de entrada do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau no ciclo de trabalho............................................................................................. 25
Figura 28: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau no ciclo de trabalho............................................................................................. 26
Figura 29: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau no ciclo de trabalho............................................................................................. 26
Figura 30: Diagrama de Bode do Buck – Vo(s)/Vg(s) ................................................... 27
Figura 31: Diagrama de Bode do Buck - Vo(s)/d(s) ...................................................... 28
Figura 32: Circuito chaveado do Boost no Simulink. ..................................................... 28
Figura 33: Circuito modelo do Boost no Simulink. ........................................................ 29
Figura 34: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul). ......... 29
Figura 35: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul). ............... 30
Figura 36: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau na carga. .............................................................................................................. 30
Figura 37: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau na carga. .............................................................................................................. 31
Figura 38: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau na tensão de entrada. ........................................................................................... 31
Figura 39: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modeo (azul) para um
degrau na tensão de entrada. ........................................................................................... 32
Figura 40: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau no ciclo de trabalho............................................................................................. 32
Figura 41: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um
degrau no ciclo de trabalho............................................................................................. 33
Figura 42: Diagrama de Bode do Boost - Vo(s)/Vg(s) ................................................... 34
Figura 43: Diagrama de Bode do Boost - Vo(s)/d(s) ...................................................... 34
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Equações derivadas do circuito do conversor Buck. ........................................ 6


Tabela 2: Equações derivadas do circuito do conversor Boost. ....................................... 8
Tabela 3: Valores dos elementos do circuito Buck. ....................................................... 19
Tabela 4: Valores dos elementos do circuito Boost. ...................................................... 19
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
1.1. Sinal PWM ......................................................................................................... 4
1.2. Conversor Buck .................................................................................................. 5
1.3. Conversor Boost ................................................................................................. 7
2. OBJETIVOS.............................................................................................................. 9
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 10
3.1. Conversor Buck ................................................................................................... 10
3.1.1. Modo de Condução Contínua ....................................................................... 10
3.1.2. Circuito Buck variante no tempo com a chave fechada ................................ 11
3.1.3 Circuito Buck variante no tempo com chave aberta ...................................... 11
3.1.4. Equações médias do conversor ..................................................................... 12
3.1.5. Modelo de pequenos sinais ........................................................................... 12
3.1.6. Circuito do modelo ....................................................................................... 13
3.1.7. Função de transferência da planta ................................................................ 14
3.2. Conversor Boost .................................................................................................. 14
3.2.1. Modo de condução contínuo ........................................................................ 14
3.2.2. Circuito Boost variante no tempo com a chave fechada ............................... 15
3.2.3 Circuito Boost variante no tempo com chave aberta ..................................... 15
3.2.4. Equações médias do conversor ..................................................................... 16
3.2.5. Modelo de pequenos sinais ........................................................................... 16
3.2.6. Circuito do modelo ....................................................................................... 17
3.1.7. Função de transferência da planta ................................................................ 18
4. EQUACIONAMENTO DOS COMPONENTES....................................................... 19
5. RESULTADOS DA SIMULAÇÃO NO SIMULINK MATLAB® ........................... 20
5.1. Conversor Buck .................................................................................................... 20
5.1.1. Gráficos de tensão e corrente........................................................................ 20
5.1.2. Diagrama de Bode ........................................................................................ 27
5.1.3. AC Sweep ..................................................................................................... 28
5.2. Conversor Boost .................................................................................................. 28
5.2.1. Gráficos de tensão e corrente........................................................................ 28
5.2.2. Diagrama de Bode ........................................................................................ 33
5.2.3 AC Sweep .......................................................................................................... 34
6. CONCLUSÕES .......................................................................................................... 35
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 35
1. INTRODUÇÃO
Os conversores CC-CC são circuitos eletrônicos que convertem uma tensão CC
para diferentes níveis de tensão CC fornecendo sempre uma saída regulada. (DANIEL
W. HART, 2012).
Os circuitos focos desse trabalho são conversores que possuem semicondutores
de potência atuando como interruptores e elementos passivos (capacitores e indutores),
para controlar o fluxo de potência de uma fonte de entrada para uma fonte de saída.
Diferentemente do circuito de conversão linear, o divisor de tensão, os conversores
chaveados promovem a regulação da tensão, maior eficiência, possibilidade de gerar
tensões mais elevadas que a fonte de alimentação e a possibilidade de gerar tensões
negativas.
Um esquema de aplicação desses conversores pode ser visto na figura 1, em que
é usado um retificador não controlado para a conversão da corrente alternada para a
contínua, seguido de um filtro capacitivo para reduzir as variações de tensão e correntes
de alta frequência e, por fim, o conversor CC/CC para alimentar e regular uma carga como
o acionamento de um motor de corrente contínua, por exemplo.

Figura 1: Aplicação de um conversor CC/CC.

Dentre os diversos circuitos de conversores CC/CC conhecidos, podemos citar o


Buck (elevador de tensão), Boost (abaixador de tensão), Buck-Boost (abaixador ou
elevador com inversão na polaridade da tensão de saída), Cùk (abaixador ou elevador
com inversão da tensão de saída e uso de um indutor de entrada como filtro pra
alimentação CC), SEPIC (configurado à partir de um conversor boost; abaixador ou
elevador com uso de indutor de entrada como filtro pra alimentação CC, porém sem
inverter a tensão de saída), Zeta (configurado à partir de um conversor buck; abaixador
ou elevador sem inversão de tensão na saída).

1.1. Sinal PWM


Os sinais PWM possuem uma aplicação muito flexível, de controle de luminosidade
de LEDs a controle de motores DC, fontes chaveadas, amplificadores de áudio, entre
outros. A modulação por largura de pulso, tradução do termo Pulse Width Modulation
(PWM), é um bom método para controlar a quantidade de energia fornecida a uma carga,
no caso desse projeto, a energia fornecida a circuitos TTL.
Nesse mesmo contexto, o PWM se dá por uma onda quadrada cuja largura de pulso
é variável segundo o valor do sinal aplicado, isso faz com que o valor médio do sinal
resultante tenha relação de proporcionalidade com o sinal que se deseja modular, por meio
de pulsos cujo tempo (largura) é proporcional a uma tensão (amplitude) aplicada. Logo,
tendo conhecimento sobre os parâmetros de período e largura de pulso, definimos duty
cycle (período de trabalho) como:
4
𝐿𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑢𝑙𝑠𝑜
𝐷𝑢𝑡𝑦 𝐶𝑦𝑐𝑙𝑒 =
𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜

1.2. Conversor Buck


Os conversores Buck são chamados, também, de "step-down", uma vez que a tensão
de saída é sempre menor do que a tensão de entrada. Na configuração básica, encontra-
se um transistor chaveado de forma constante, entregando pulsos a um circuito formado
por um indutor e um capacitor que possibilita a obtenção de uma tensão menor de saída.
Para efeito de análise de um circuito típico deste tipo, tem-se a demonstração do conversor
na figura 2.

Figura 2: Conversor Buck.

Para derivar as equações desse conversor é necessário admitir algumas condições


para melhor análise em regime permanente, que são: chaves e diodos ideais, operação
estável com formas de onda de corrente e tensão periódicas (além de tensão média nos
indutores e corrente média nos capacitores nulas), valores dos indutores muito altos e suas
correntes constantes, valores de capacitores muito altos e suas tensões constantes e para
um duty cycle (taxa de trabalho) D, a chave fica fechada por um tempo DT e aberta por
(1-D)T.
Durante o tempo que a chave fica fechada e o diodo, consequentemente,
bloqueado (reversamente polarizado), o circuito fica como a figura 3. Podemos notar que
ocorre o aumento linear da corrente sob o indutor L devido à tensão de entrada Vg.

Figura 3: Conversor Buck com a chave conduzindo.

5
Já no período de tempo em que a chave se abre e o diodo conduz, a corrente no
indutor decresce linearmente alimentando a carga enquanto a corrente 𝑖𝐿 for positiva, para
que a corrente no diodo não seja nula, o que faria com que ele parasse de conduzir.

Figura 4: Conversor Boost com a chave aberta.

As equações desse conversor, nas condições ideais dadas acima, são encontradas
por meio da análise de conservação de potência, análise de malha e nós de Kirchhoff,
resultando na tabela 1.

Tensão de saída 𝑉𝑜 = 𝑉𝑔 𝐷

Ciclo de trabalho 𝑉𝑜
𝐷=
𝑉𝑔
Variação da tensão em C 1−𝐷
∆𝑉𝐶 = 8𝐿(𝐶/𝑉0 )𝑓²

Capacitância 1−𝐷
𝐶 = 8𝐿(∆𝑉 /𝑉 )𝑓²
𝑜 𝑜

Corrente média em L 𝑉0
𝐼𝐿 =
𝑅
Variação da corrente em L 𝑉0 (1−𝐷)
∆𝐼𝐿 = 𝐿𝑓
Tabela 1: Equações derivadas do circuito do conversor Buck.

6
1.3. Conversor Boost
No conversor boost, o valor médio da tensão de saída será sempre igual ou maior que
a tensão média de entrada. Para efeito de análise de um circuito típico deste tipo, tem-se
a demonstração do conversor na figura 5.

Figura 5: Conversor Boost.

Para derivar as equações desse conversor, é necessário admitir as mesmas condições


para melhor análise em regime permanente do conversor Buck.
Quando a chave é ligada, o diodo fica reversamente polarizado e a tensão Vg
carrega o indutor L. O circuito fica como a figura 5.

Figura 6: Conversor Boost com a chave conduzindo.

Já no período de tempo em que a chave se abre e o diodo conduz, a saída recebe


energia do indutor bem como da entrada, assim tem-se o aumento da saída.

Figura 7: Conversor Boost com a chave aberta.

As equações desse conversor, nas condições ideais dadas acima, são encontradas
por meio da análise de conservação de potência, análise de malha e nós de Kirchhoff,
resultando na tabela 2.

7
Tensão de saída 𝑉𝑔
𝑉𝑜 =
1−𝐷
Ciclo de trabalho 𝑉𝑜 − 𝑉𝑔
𝐷=
𝑉𝑔
Variação da tensão em C 𝐷
∆𝑉𝐶 = 𝑅(𝐶/𝑉0 )𝑓

Capacitância 𝐷
𝐶 = 𝑅(∆𝑉 /𝑉 )𝑓
𝑜 𝑜

Corrente média em L 𝑉𝑔
𝐼𝐿 =
(1 − 𝐷)²𝑅
Variação da corrente em L 𝑉𝑔 𝐷𝑇
∆𝐼𝐿 = 2𝐿
Tabela 2: Equações derivadas do circuito do conversor Boost.

8
2. OBJETIVOS
Nesse trabalho será feita a implementação no Simulink de um conversor Buck e Boost
em modo de condução contínua, juntamente com um sinal PWM no gatilho de sua chave.
Com os circuitos montados, serão determinados os parâmetros e pontos de operação do
conversor, encontrado o circuito modelo para pequenos sinais, compara a dinâmica dos
circuitos (modelo e chaveado) aplicando degrau na tensão de entrada, carga e ciclo de
trabalho. Feito isso, será plotado o resultado do AC Sweep do circuito chaveado em
conjunto com o diagrama de BODE das funções de transferência encontradas com o
modelo de pequenos sinais.

9
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O modelo de pequenos sinais será feito usando como base os circuitos do Buck e
Boost demonstrados nas figuras 2 e 5, respectivamente, para uma dada carga R na saída.
Serão desenvolvidas as funções de transferência do tipo SISO (Single Input Single
Output) que são, para ciclo de trabalho invariante em frequência, a tensão de entrada e
tensão de saída, e para a tensão de entrada invariante em frequência, o ciclo de trabalho e
a tensão de saída.

3.1. Conversor Buck


Neste tópico será realizada toda abordagem teórica e matemática suficiente para
encontrar os circuitos a serem simulados do conversor Buck.

3.1.1. Modo de Condução Contínua


Para considerar o indutor no modo de condução contínua, a sua corrente deve flui
continuamente, ou seja, 𝑖𝐿 (𝑡) > 0. Quando a chave está ligada, a tensão no indutor será
𝑣𝐿 (𝑡) = 𝑣𝑔 (𝑡) − 𝑣0 (𝑡). Quando a chave fecha, a tensão sobre o indutor será 𝑣𝐿 (𝑡) =
−𝑣0 (𝑡).

Figura 8: Gráfico da tensão no indutor e da corrente do indutor no Buck em MCC.

Para garantir a operação do conversor neste modo, deve-se dimensionar os


componentes do circuito de forma que a corrente no indutor não se iguale a zero dentro
dos períodos de chaveamento. O valor mínimo para a corrente do indutor no modo de
condução contínua pode ser encontrado a partir do ciclo de trabalho, resistência da carga
e frequência de chaveamento, da seguinte forma:

(1 − 𝐷)𝑅
𝐿𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 =
2𝑓𝑠

10
3.1.2. Circuito Buck variante no tempo com a chave fechada
Durante o período 𝑡𝑜𝑛 , o circuito funciona da seguinte maneira:

Figura 9: Conversor Buck no período da chave conduzindo

Sabemos que:
𝒊𝒈 (𝒕) = 𝒊𝑳 (𝒕)

Equação para a tensão de saída do circuito:


𝒗𝟎 (𝒕) = 𝒗𝑪 (𝒕)

Na malha, temos:
𝑑𝑖𝐿1 (𝑡)
−𝑣𝑔 (𝑡) + 𝐿1 + 𝑣0 (𝑡) = 0
𝑑𝑡
𝒅𝒊𝑳 (𝒕)
𝑳 = 𝒗𝒈 (𝒕) − 𝒗𝟎 (𝒕)
𝒅𝒕

Relação entre correntes:


𝑖𝐶 (𝑡) = 𝑖𝐿 (𝑡) − 𝑖0 (𝑡)
𝒅𝒗𝑪 (𝒕) 𝒗𝟎 (𝒕)
𝑪 = 𝒊𝑳 (𝒕) −
𝒅𝒕 𝑹

3.1.3 Circuito Buck variante no tempo com chave aberta


Durante o período 𝑡𝑜𝑓𝑓 , o circuito funciona da seguinte maneira:

Figura 10: Conversor Buck no período da chave em aberto

Sabemos que:

11
𝒊𝒈 (𝒕) = 𝟎

Equação para a saída do circuito (𝑣0 ):


𝒗𝟎 (𝒕) = 𝒗𝑪 (𝒕)

Na malha, temos:
𝒅𝒊𝑳 (𝒕)
𝑳 = −𝒗𝟎 (𝒕)
𝒅𝒕

Relação entre correntes:


𝑖𝐶 (𝑡) = 𝑖𝐿 (𝑡) − 𝑖0 (𝑡)
𝒅𝒗𝑪 (𝒕) 𝒗𝟎 (𝒕)
𝑪 = 𝒊𝑳 (𝒕) −
𝒅𝒕 𝑹

3.1.4. Equações médias do conversor


Por conseguinte, as equações médias do conversor será o modelo médio das
equações anteriores, fazendo uma soma ponderada pelo ciclo de trabalho. Os termos do
tópico 3.1.2 deste trabalho são encontradas durante o período 𝑡𝑜𝑛 enquanto os termos com
do tópico 3.1.3 são encontradas durante o período 𝑡𝑜𝑓𝑓 . Assim, a equação média resultante
para a tensão no indutor é a seguinte:
𝑑〈𝑖𝐿 (𝑡)〉 𝑇𝑠
𝐿 = 𝑑(𝑡)(〈𝑣𝑔 (𝑡) 𝑇𝑠 〉 − 〈𝑣0 (𝑡)〉 𝑇𝑠 ) + (1 − 𝑑(𝑡))(−〈𝑣0 (𝑡)〉 𝑇𝑠 )
𝑑𝑡
𝒅〈𝒊𝑳 (𝒕)〉𝑻𝒔
𝑳 = 𝒅(𝒕)〈𝒗𝒈 (𝒕)𝑻𝒔 〉 − 〈𝒗𝟎 (𝒕)〉𝑻𝒔 )
𝒅𝒕

Para a tensão no capacitor, temos:


𝑑〈𝑣0 (𝑡)〉 𝑇𝑠
𝐶 = 𝑑(𝑡)( 〈𝑖𝐿 (𝑡)〉 𝑇𝑠 − 〈𝑣0 (𝑡)〉 𝑇𝑠 ) + (1 − 𝑑(𝑡))( 〈𝑖𝐿 (𝑡)〉 𝑇𝑠 − 〈𝑣0 (𝑡)〉 𝑇𝑠 )
𝑑𝑡
𝒅〈𝒊𝑳 (𝒕)〉𝑻𝒔 〈𝒗𝟎 (𝒕)〉𝑻𝒔
𝑪 = 〈𝒊𝑳 (𝒕)〉𝑻𝒔 −
𝒅𝒕 𝑹

A corrente de entrada possui a seguinte equação média:


〈𝒊𝒈 (𝒕)〉𝑻𝒔 = 𝒅(𝒕)〈𝒊𝑳 (𝒕)〉𝑻𝒔

3.1.5. Modelo de pequenos sinais


A construção do modelo necessita da consideração de que as grandezas variantes
no tempo apresentadas são formadas por uma componente contínua e uma perturbação,
de valor muito inferior à grandeza DC. Ou seja,
〈𝒗𝒈 (𝒕)𝑻𝒔 〉 = 𝑽𝒈 + 𝒗
̂(𝒕),
𝒈 𝑽𝒈 ≫ 𝒗 ̂(𝒕)
𝒈
̂
𝒅(𝒕) = 𝑫 + 𝒅(𝒕), ̂
𝑫 ≫ 𝒅(𝒕)
〈𝒊𝑳 (𝒕)𝑻𝒔 〉 = 𝑰𝑳 + 𝒊̂𝑳 (𝒕), 𝑰𝑳 ≫ 𝒊̂𝑳 (𝒕)
〈𝒗𝟎 (𝒕)𝑻𝒔 〉 = 𝑽𝟎 + 𝒗 ̂(𝒕),
𝟎 𝑽𝟎 ≫ 𝒗̂(𝒕)
𝟎
〈𝒊𝒈 (𝒕)𝑻𝒔 〉 = 𝑰𝒈 + 𝒊̂𝒈 (𝒕), 𝑰𝒈 ≫ 𝒊̂𝒈 (𝒕)

12
̂ (𝒕) = 𝑫′ − 𝒅(𝒕)
𝒅′ (𝒕) = 𝟏 − 𝒅

Aplicando as perturbações na equação da tensão no indutor,


𝑑(𝐼𝐿 + 𝑖̂𝐿 (𝑡))
𝐿 = (𝐷 + 𝑑̂(𝑡))(𝑉𝑔 + 𝑣
̂(𝑡))
𝑔 − (𝑉0 + 𝑣
̂(𝑡))
0
𝑑𝑡
𝒅(𝒊̂𝑳 (𝒕))
𝑳 = (𝑫𝑽𝒈 −𝑽𝟎 ) + (𝑫𝒗 ̂(𝒕)
𝒈
̂ (𝒕) − 𝒗
+ 𝑽𝒈 𝒅 ̂(𝒕))
𝟎 + (𝒅̂ (𝒕)𝒗
̂(𝒕))
𝒈
𝒅𝒕

Já na equação da corrente no capacitor,


𝑑(𝑉0 + 𝑣 ̂(𝑡))
0 (𝑉0 + 𝑣̂(𝑡))
0
𝐶 = (𝐼𝐿 + 𝑖̂𝐿 (𝑡)) −
𝑑𝑡 𝑅
𝒅(𝒗̂(𝒕))
𝟎 𝑽𝟎 ̂(𝒕)
𝒗 𝟎
𝑪 = (𝑰𝑳 − ) + (𝒊̂𝑳 (𝒕) − )
𝒅𝒕 𝑹 𝑹

Por fim, para a corrente de entrada,


𝐼𝑔 + 𝑖̂𝑔 (𝑡) = (𝐷 + 𝑑̂ (𝑡))(𝐼𝐿 + 𝑖̂𝐿 (𝑡))
̂ (𝒕)) + (𝒅
𝒊̂𝒈 (𝒕) = (𝑰𝒈 + 𝑫𝑰𝑳 ) + (𝑫𝒊̂𝑳 (𝒕) + 𝑰𝑳 𝒅 ̂ (𝒕)𝒊̂𝑳 (𝒕))
Nota-se que cada modelo médio possui 3 componentes: uma componente DC,
uma componente de 1ª ordem (linear) e uma componente de segunda ordem (não-linear).
As componentes não-lineares poderão ser desconsideradas visto que a multiplicação entre
dois sinais muito pequenos tem um resultado consideravelmente inferior ao termo com
funções lineares. A componente contínua poderá ser desconsiderada pois ela dá apenas
um offset nas equações, sem nenhuma mudança prática na análise do modelo.
Logo, as equações para pequenos sinais do conversor linearizadas podem ser
vistas a seguir:
𝒅(𝒊̂𝑳 (𝒕))
𝑳 ̂(𝒕)
= (𝑫𝒗 𝒈 + 𝑽𝒈 𝒅 ̂ (𝒕) − 𝒗̂(𝒕))
𝟎
𝒅𝒕
𝒅(𝒗̂(𝒕))
𝟎 𝒗̂(𝒕)
𝟎
𝑪 = (𝒊̂𝑳 (𝒕) − )
𝒅𝒕 𝑹
𝒊̂𝒈 (𝒕) = (𝑰𝒈 + 𝑫𝑰𝑳 ) + (𝑫𝒊̂𝑳 (𝒕) + 𝑰𝑳 𝒅 ̂ (𝒕)) + (𝒅̂ (𝒕)𝒊̂𝑳 (𝒕))

3.1.6. Circuito do modelo


A partir das 3 equações linearizadas anteriores, é montado um circuito sem chaves
com dinâmica semelhante ao circuito chaveado. Utilizando a lógica inversa da análise de
nós e malhas e Kirchhoff, temos o seguinte circuito modelo para o conversor Buck:

13
Figura 11: Circuito modelo do Buck.

3.1.7. Função de transferência da planta


Por conseguinte, tendo em mãos a as equações linearizadas do modelo de
pequenos sinais do conversor, para se encontrar a função de transferência é necessário
transformar os termos para o domínio Laplace (s). Os inputs serão 𝑑̂ (𝑠) e 𝑣
̂(𝑠),
𝑔 para o
output 𝑣
̂(𝑠),
0 resultando na seguinte função de transferência:

𝑣
̂(𝑠)
0 = 𝐺𝑣0−𝑑 (𝑠). 𝑑̂ (𝑠) + 𝐺𝑣0−𝑣𝑔 (𝑠). 𝑣
̂(𝑠)
𝑔
𝐷 𝐷
𝑣
̂(𝑠)
0 = 𝑑̂ (𝑠) + .𝑣
̂(𝑠)
𝑔
2 𝑠𝐿 𝑠𝐿
𝐿𝐶𝑠 + 𝑅 + 1 𝐿𝐶𝑠 2 + 𝑅 + 1

3.2. Conversor Boost


Neste tópico será realizada toda abordagem teórica e matemática suficiente para
encontrar os circuitos a serem simulados do conversor Boost.

3.2.1. Modo de condução contínuo


Quando a chave estiver fechada, a tensão no indutor será 𝑣𝐿 (𝑡) = 𝑣𝑔 (𝑡) e sua
corrente crescerá linearmente. Quando a chave s é aberta, a energia armazenada em L é
transferida para C e sua tensão será 𝑣𝐿 (𝑡) = 𝑣𝑔 (𝑡) − 𝑣0 (𝑡). No regime permanente a
tensão média no indutor é zero, logo as áreas A e B são iguais.

Figura 12: Gráfico da tensão no indutor e da corrente do indutor no Boost em MCC.

14
Para garantir a operação do conversor neste modo, deve-se dimensionar os componentes
do circuito de forma que a corrente no indutor não se iguale a zero dentro dos períodos
de chaveamento. O valor mínimo para a corrente do indutor no modo de condução
contínua pode ser encontrado a partir do ciclo de trabalho, resistência da carga e
frequência de chaveamento, da seguinte forma:

𝐷(1 − 𝐷)²𝑅
𝐿𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 =
2𝑓𝑠

3.2.2. Circuito Boost variante no tempo com a chave fechada


Durante o período 𝑡𝑜𝑛 , o circuito funciona da seguinte maneira:

Figura 13: Conversor Boost no período da chave conduzindo.

Sabemos que:
𝒊𝒈 (𝒕) = 𝒊𝑳 (𝒕)

Equação para a tensão de saída do circuito:


𝒗𝟎 (𝒕) = 𝒗𝑪 (𝒕)

Na malha, temos:
𝒅𝒊𝑳 (𝒕)
𝑳 = 𝒗𝒈 (𝒕) − 𝒗𝟎 (𝒕)
𝒅𝒕

Relação entre correntes:


𝒅𝒗𝑪 (𝒕) 𝒗𝟎 (𝒕)
𝑪 =
𝒅𝒕 𝑹

3.2.3 Circuito Boost variante no tempo com chave aberta


Durante o período 𝑡𝑜𝑓𝑓 , o circuito funciona da seguinte maneira:

15
Figura 14: Conversor Boost no período da chave em aberto

Sabemos que:
𝒊𝒈 (𝒕) = 𝒊𝑳 (𝒕)

Equação para a saída do circuito (𝑣0 ):


𝒗𝟎 (𝒕) = 𝒗𝑪 (𝒕)

Na malha, temos:
𝒅𝒊𝑳 (𝒕)
𝑳 = 𝒗𝒈 (𝒕) − 𝒗𝟎 (𝒕)
𝒅𝒕

Relação entre correntes:


𝒅𝒗𝑪 (𝒕) 𝒗𝟎 (𝒕)
𝑪 = 𝒊𝑳 (𝒕) −
𝒅𝒕 𝑹

3.2.4. Equações médias do conversor


Por conseguinte, as equações médias do conversor será o modelo médio das
equações anteriores, fazendo uma soma ponderada pelo ciclo de trabalho. Os termos do
tópico 3.1.2 deste trabalho são encontradas durante o período 𝑡𝑜𝑛 enquanto os termos com
do tópico 3.1.3 são encontradas durante o período 𝑡𝑜𝑓𝑓 . Assim, a equação média resultante
para a tensão no indutor é a seguinte:
𝒅〈𝒊𝑳 (𝒕)〉𝑻𝒔
𝑳 = 𝒅(𝒕)〈𝒗𝟎 (𝒕)𝑻𝒔 〉 − 〈𝒗𝟎 (𝒕)〉𝑻𝒔 )
𝒅𝒕

Para a tensão no capacitor, temos:


𝒅〈𝒊𝑳 (𝒕)〉𝑻𝒔 〈𝒗𝟎 (𝒕)〉𝑻𝒔
𝑪 = 〈𝒊𝑳 (𝒕)〉𝑻𝒔 − − 𝒅(𝒕)〈𝒊𝑳 (𝒕)〉𝑻𝒔
𝒅𝒕 𝑹

3.2.5. Modelo de pequenos sinais


A construção do modelo necessita da consideração de que as grandezas variantes
no tempo apresentadas são formadas por uma componente contínua e uma perturbação,
de valor muito inferior à grandeza DC. Ou seja,
〈𝒗𝒈 (𝒕)𝑻𝒔 〉 = 𝑽𝒈 + 𝒗
̂(𝒕),
𝒈 𝑽𝒈 ≫ 𝒗 ̂(𝒕)
𝒈
̂
𝒅(𝒕) = 𝑫 + 𝒅(𝒕), ̂
𝑫 ≫ 𝒅(𝒕)
〈𝒊𝑳 (𝒕)𝑻𝒔 〉 = 𝑰𝑳 + 𝒊̂𝑳 (𝒕), 𝑰𝑳 ≫ 𝒊̂𝑳 (𝒕)

16
〈𝒗𝟎 (𝒕)𝑻𝒔 〉 = 𝑽𝟎 + 𝒗 ̂(𝒕),
𝟎 ̂(𝒕)
𝑽𝟎 ≫ 𝒗 𝟎
〈𝒊𝒈 (𝒕)𝑻𝒔 〉 = 𝑰𝒈 + 𝒊̂𝒈 (𝒕), 𝑰𝒈 ≫ 𝒊̂𝒈 (𝒕)
𝒅′ (𝒕) = 𝟏 − 𝒅̂ (𝒕) = 𝑫′ − 𝒅(𝒕)

Aplicando as perturbações na equação da tensão no indutor,


𝒅(𝒊̂𝑳 (𝒕))
𝑳 = (𝑽𝒈 −𝑽𝟎 +𝑫𝑽𝟎 ) + (𝒗̂(𝒕)
𝒈 −𝒗̂(𝒕)
𝟎 + 𝑫𝒗̂(𝒕)
𝟎 + 𝑽𝒅̂ (𝒕)) + (𝒅
̂ (𝒕)𝒗
̂(𝒕))
𝟎
𝒅𝒕

Já na equação da corrente no capacitor,


̂(𝒕))
𝒅(𝒗 𝟎 𝑽𝟎 ̂(𝒕)
𝒗 𝟎
𝑪 = (𝑰𝑳 − − 𝑫𝑰𝑳 ) + (𝒊̂𝑳 (𝒕) − ̂ (𝒕)) + (𝒅
− 𝑫𝒊̂𝑳 (𝒕) − 𝑰𝑳 𝒅 ̂ (𝒕)𝒊̂𝑳 (𝒕))
𝒅𝒕 𝑹 𝑹

Nota-se que cada modelo médio possui 3 componentes: uma componente


DC, uma componente de 1ª ordem (linear) e uma componente de segunda ordem (não-
linear). As componentes não-lineares poderão ser desconsideradas visto que a
multiplicação entre dois sinais muito pequenos tem um resultado consideravelmente
inferior ao termo com funções lineares. A componente contínua poderá ser
desconsiderada pois ela dá apenas um offset nas equações, sem nenhuma mudança
prática na análise do modelo.
Logo, as equações para pequenos sinais do conversor linearizadas podem ser
vistas a seguir:
𝒅(𝒊̂𝑳 (𝒕))
𝑳 ̂(𝒕)
= (𝒗 𝒈 −𝒗̂(𝒕)
𝟎 ̂(𝒕)
+ 𝑫𝒗 𝟎 + 𝑽𝒅 ̂ (𝒕))
𝒅𝒕
̂(𝒕))
𝒅(𝒗 𝟎 ̂(𝒕)
𝒗 𝟎
𝑪 = (𝒊̂𝑳 (𝒕) − ̂ (𝒕))
− 𝑫𝒊̂𝑳 (𝒕) − 𝑰𝑳 𝒅
𝒅𝒕 𝑹

3.2.6. Circuito do modelo


A partir das 3 equações linearizadas anteriores, é montado um circuito sem chaves
com dinâmica semelhante ao circuito chaveado. Utilizando a lógica inversa da análise de
nós e malhas e Kirchhoff, temos o seguinte circuito modelo para o conversor Boost:

Figura 15: Circuito modelo do Boost.

17
3.1.7. Função de transferência da planta
Por conseguinte, tendo em mãos a as equações linearizadas do modelo de
pequenos sinais do conversor, para se encontrar a função de transferência é necessário
transformar os termos para o domínio Laplace (s). Os inputs serão 𝑑̂ (𝑠) e 𝑣
̂(𝑠),
𝑔 para o
output 𝑣
̂(𝑠),
0 resultando na seguinte função de transferência:

𝑣
̂(𝑠)
0 = 𝐺𝑣0−𝑑 (𝑠). 𝑑̂ (𝑠) + 𝐺𝑣0−𝑣𝑔 (𝑠). 𝑣
̂(𝑠)
𝑔
′2
𝐷′ 𝑉𝑔 𝐷 − 𝑠𝐿/𝑅
𝑣
̂(𝑠)
0 = 𝑑̂ (𝑠) + ( ) .𝑣
̂(𝑠)
𝑠𝐿
𝐿𝐶𝑠 2 + 𝑅 + 𝐷′² 𝐷′² 𝐿𝐶𝑠 2 + 𝑠𝐿 + 𝐷′² 𝑔
𝑅

18
4. EQUACIONAMENTO DOS COMPONENTES
Utilizando o software Power Stage Designer Tool 4.0, da Texas Instrument, foi
encontrado os valores dos elementos passivos que garantem modo de condução contínua
antes e depois do degrau de tensão de entrada, ciclo de trabalho e carga do circuito
utilizando os dados do circuito escolhidos pelo aluno.

Vg (tensão fs (frequência de R R1 L C D
de entrada) chaveamento) (resistência (resis (indutâ (capaci (cicl
da carga) tência ncia) tância) o de
em trab
paral alho
elo )
com a
carga
)
20 V 1e-3 20 ohms 2 50 mH 0.125 𝜇 0.5
ohms F
Tabela 3: Valores dos elementos do circuito Buck.

Vg (tensão fs (frequência de R R1 L C D
de entrada) chaveamento) (resistência (resis (indutâ (capaci (cicl
da carga) tência ncia) tância) o de
em trab
paral alho
elo )
com a
carga
)
20 V 1e-3 20 ohms 2 12.5 0.25 𝜇F 0.5
ohms mH
Tabela 4: Valores dos elementos do circuito Boost.

19
5. RESULTADOS DA SIMULAÇÃO NO SIMULINK MATLAB®
Foi utilizado o MATLAB como software base para simulação do circuito
chaveado e modelo dos dois conversores, assim como para a análise em frequência da
função de transferência em malha aberta e diagrama de BODE.

5.1. Conversor Buck


Todos os resultados de simulação realizados com o conversor Buck serão
mostrados nesse tópico.

5.1.1. Gráficos de tensão e corrente


O conversor Buck chaveado foi montado da seguinte forma, conforme figura 16.

Figura 16: Circuito chaveado do Buck no Simulink.

E o circuito modelo, no mesmo arquivo, conforme figura 17.

Figura 17: Circuito modelo do Buck no Simulink.

Utilizando um scope para os valores da corrente de entrada, corrente no indutor e


tensão no capacitor dos dois circuitos simultaneamente, temos a seguinte resposta sem
aplicação de nenhum degrau. Observando as figuras 18, 19 e 20, nota-se a semelhança na
resposta dos dois circuitos, ao considerar a média dos valores das curvas em amarelo,
causados pelo chaveamento, em comparação às curvas azuis. Esse resultado é mostrado
nas figuras 18, 19 e 20.

20
Figura 18: Corrente de entrada do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul).

Figura 19: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul).

21
Figura 20: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul).

A tensão de saída atingiu o valor médio esperado, de 10V, visto que a tensão de
entrada possui valor 20V e o PWM está chaveando com ciclo de trabalho 0,5. Ao inserir
uma resistência de 4 ohms em paralelo com a saída do circuito, para alterar a carga no
tempo de 0,05 segundos, as correntes aumentam seu módulo, porém a tensão de saída
permanece constante, visto que ela depende apenas da tensão de entrada e ciclo de
trabalho. Essa condição foi implementada nos gráficos das figuras 21, 22 e 23.

Figura 21: Corrente de entrada do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na carga.

22
Figura 22: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na carga.

Figura 23: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na carga.

Nas figuras 24, 25 e 26, estão os gráficos para um degrau de tensão na metade do
período amostrado, elevando a tensão de entrada de 20V para 30V.

23
Figura 24: Corrente de entrada do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na tensão de entrada.

Figura 25: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na tensão de entrada.

24
Figura 26: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modeo (azul) para um degrau na tensão de entrada.

A próxima sequência de gráficos, figuras 27, 28 e 29, foi plotada com a condição
de ciclo de trabalho realizando um degrau no tempo de 0,05 segundos, elevando seu valor
de 0,5 a 0,55.

Figura 27: Corrente de entrada do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau no ciclo de trabalho.

25
Figura 28: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau no ciclo de trabalho.

Figura 29: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau no ciclo de trabalho.

26
5.1.2. Diagrama de Bode
O código utilizado para plotar o diagrama de BODE é mostrado a seguir,

Para a entrada sendo a tensão de entrada e saída a tensão na carga, temos o


diagrama de Bode da figura 30.

Figura 30: Diagrama de Bode do Buck – Vo(s)/Vg(s)

Para a entrada sendo o ciclo de trabalho e a saída a tensão na carga, temos o


diagrama de Bode da figura 31.

27
Figura 31: Diagrama de Bode do Buck - Vo(s)/d(s)

5.1.3. AC Sweep
Utilizando o circuito chaveado para plotar os mesmos dados do diagrama de
BODE porém utilizando a dinâmica do circuito chaveado, temos, para a entrada ciclo de
trabalho e saída tensão na carga:

Considerando a entrada ciclo de trabalho e a saída tensão na carga, por fim, temos:

5.2. Conversor Boost


Todos os resultados de simulação realizados com o conversor Buck serão
mostrados nesse tópico.

5.2.1. Gráficos de tensão e corrente


O conversor Boost chaveado foi montado da seguinte formam conforme figure
32.

Figura 32: Circuito chaveado do Boost no Simulink.

E o circuito modelo, no mesmo arquivo, conforme figura 33.

28
Figura 33: Circuito modelo do Boost no Simulink.

Utilizando um scope para os valores da corrente no indutor e tensão no capacitor


(a corrente de entrada é igual a corrente do indutor durante todo período de chaveamento)
dos dois circuitos simultaneamente, temos a seguinte resposta sem aplicação de nenhum
degrau. Observando as figuras 34 e 35, nota-se a semelhança na resposta dos dois
circuitos, ao considerar a média dos valores das curvas em amarelo, causados pelo
chaveamento, em comparação às curvas azuis.

Figura 34: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul).

29
Figura 35: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul).

A tensão de saída atingiu o valor médio esperado, de 40V, visto que a tensão de
entrada possui valor 20V e o PWM está chaveando com ciclo de trabalho 0,5. Ao inserir
uma resistência de 4 ohms em paralelo com a saída do circuito, para alterar a carga no
tempo de 0,05 segundos, as correntes aumentam seu módulo, porém a tensão de saída
permanece constante, visto que ela depende apenas da tensão de entrada e ciclo de
trabalho. Esse resultado é mostrado nas figuras 36 e 37.

Figura 36: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na carga.

30
Figura 37: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na carga.

A seguir, nas figuras 38 e 39, serão plotados gráficos para um degrau de tensão na
metade do período amostrado, elevando a tensão de entrada de 20V para 30V.

Figura 38: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau na tensão de entrada.

31
Figura 39: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modeo (azul) para um degrau na tensão de entrada.

A próxima sequência de gráficos, figuras 40 e 41, implementou-se a condição de ciclo de


trabalho realizando um degrau no tempo de 0,05 segundos, elevando seu valor de 0,5 a
0,55.

Figura 40: Corrente no indutor do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau no ciclo de trabalho.

32
Figura 41: Tensão de saída do circuito chaveado (amarelo) e modelo (azul) para um degrau no ciclo de trabalho.

5.2.2. Diagrama de Bode


O código utilizado para plotar o diagrama de BODE é mostrado a seguir,

Para a entrada sendo a tensão de entrada e saída a tensão na carga, temos:

33
Figura 42: Diagrama de Bode do Boost - Vo(s)/Vg(s)

Para a entrada sendo o ciclo de trabalho e a saída a tensão na carga, temos:

Figura 43: Diagrama de Bode do Boost - Vo(s)/d(s)

5.2.3 AC Sweep
Utilizando o circuito chaveado para plotar os mesmos dados do diagrama de
BODE porém utilizando a dinâmica do circuito chaveado, temos, para a entrada ciclo de
trabalho e saída tensão na carga:

Considerando a entrada ciclo de trabalho e a saída tensão na carga, por fim, temos:

34
6. CONCLUSÕES
À partir dos resultados obtidos com as simulações, é importante destacar a
complexidade de implementação do conversor em diferentes modelos e análise em
frequência com o AC Sweep e o quão importante é o aprendizado em como realizá-lo,
uma vez que o diferencial de conhecimento em um assunto dessa complexidade é de
grande relevância para o futuro profissional de um engenheiro eletricista.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ERICKSON, R. W., MAKSIMOVIC, D. Fundamentals of Power Eletronics.


Springer, 3ª edição, 2020.

HART, D. W. Eletrônica de Potência: análise e projeto de circuitos. AMGH Editora


Ltda, 1 edição, 2012.

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