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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE TECNOLOGIA

Ana Beatriz Alves Azevedo


Gabriel Sousa Marques
João Paulo Marques De Melo
Matheus Oeirense Ferreira Nunes
Samuel De Sousa Luz Leal

INVERSOR DE TENSÃO MEIA-PONTE (HALF-BRIGDE)

Teresina, PI
2023
2

ÍNDICE DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5
2 OBJETIVO ....................................................................................................................... 8

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 8

3 METODOLOGIA............................................................................................................. 8

3.1 ETAPAS DE OPERAÇÃO ......................................................................................... 9

3.1.1 INVERSOR MEIA PONTE COM DUAS FONTES DE TENSÃO (SEM


TEMPO MORTO) .............................................................................................................. 9
3.1.2 INVERSOR MEIA PONTE COM DUAS FONTES DE TENSÃO (COM
TEMPO MORTO) ............................................................................................................ 13
3.1.3 INVERSOR MEIA PONTE COM DIVISOR CAPACITIVO .......................... 15

4 SIMULAÇÃO ................................................................................................................. 16

4.1 INVERSOR MEIA PONTE COM DUAS FONTES DE TENSÃO ..................... 17


4.2 INVERSOR MEIA PONTE COM DIVISOR CAPACITIVO .............................. 18

5 RESULTADOS ............................................................................................................... 19

5.3 CIRCUITO SEM TEMPO MORTO ......................................................................... 19

5.3.1 INVERSOR MEIA PONTE COM DUAS FONTES DE TENSÃO .................. 19


5.3.2 INVERSOR MEIA PONTE COM DIVISOR CAPACITIVO .......................... 24

5.4 CIRCUITO COM TEMPO MORTO ........................................................................ 29

5.4.1 INVERSOR MEIA PONTE COM DUAS FONTES DE TENSÃO .................. 29


5.4.2 INVERSOR MEIA PONTE COM DIVISOR CAPACITIVO .......................... 34

6 CONCLUSÃO................................................................................................................. 40
7 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 42
3

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Inversor de tensão. ................................................................................................................................. 6
Figura 2 – Circuito equivalente do inversor de duas fontes. ................................................................................... 8
Figura 3 - Circuito equivalente para inversor meia ponte com divisor capacitivo .................................................. 9
Figura 4 – Primeira etapa de operação com chave 𝑆1 conduzindo........................................................................ 10
Figura 5 - Segunda etapa de operação com chave 𝑆2 conduzindo. ....................................................................... 11
Figura 6 - Forma de onda da saída do inversor de meia ponte sem tempo morto. ................................................ 11
Figura 7 - Primeira etapa de operação com chave 𝑆1 conduzindo. ....................................................................... 13
Figura 8 - Segunda etapa de operação com as chaves 𝑆1 e 𝑆2 abertas.................................................................. 14
Figura 9 - Terceira etapa de operação com chave 𝑆2 conduzindo e 𝑆1 aberta. ..................................................... 14
Figura 10 - Quarta etapa de operação com as chaves 𝑆1 e 𝑆2 abertas e diodo 𝐷1 conduzindo. ........................... 15
Figura 11 - Forma de onda da saída do inversor de meia ponte com tempo morto. .............................................. 15
Figura 12 - Malha de comando para a operação das chaves. ................................................................................. 16
Figura 13 - Ciclo de operação das chaves 𝑆1 e 𝑆2 sem tempo morto. .................................................................. 16
Figura 14 – Ciclo de operação das chaves 𝑆1 e 𝑆2 com tempo morto. ................................................................. 17
Figura 15 - Inversor com duas fontes e carga resistiva. ......................................................................................... 17
Figura 16 - Inversor com duas fontes e carga resistiva e indutiva. ........................................................................ 18
Figura 17 - Inversor com divisor capacitivo e carga puramente resistiva. ............................................................ 18
Figura 18 - Inversor com divisor capacitivo e carga resistiva e indutiva. ............................................................. 19
Figura 19 – Tensão nas chaves do circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão. .................................................................................................................................................................... 19
Figura 20 – Tensão de saída circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão. .................................................................................................................................................................... 20
Figura 21 – Corrente de Saída circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão. .................................................................................................................................................................... 20
Figura 22 – Corrente das fontes circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão. .................................................................................................................................................................... 21
Figura 23 - Frequência harmônica do circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes
de tensão. ............................................................................................................................................................... 21
Figura 24 – Tensão nas chaves circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão. .................................................................................................................................................................... 22
Figura 25 - Tensão de saída circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão. .................................................................................................................................................................... 22
Figura 26 - Corrente de Saída circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão. .................................................................................................................................................................... 23
Figura 27 - Corrente das fontes circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão. .................................................................................................................................................................... 23
Figura 28 - Frequência harmônica do circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas
fontes de tensão. .................................................................................................................................................... 24
Figura 29 - Tensão nas chaves circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor capacitivo.
............................................................................................................................................................................... 24
Figura 30 - Tensão de saída circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor capacitivo. 25
Figura 31 - Corrente de Saída circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor capacitivo.
............................................................................................................................................................................... 25
Figura 32 - Corrente das fontes circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo. ............................................................................................................................................................. 26
Figura 33 - Frequência harmônica do circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo. ............................................................................................................................................................. 26
Figura 34 - Tensão nas chaves circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo. ............................................................................................................................................................. 27
Figura 35 - Tensão de saída circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor capacitivo.
............................................................................................................................................................................... 27
Figura 36 - Corrente de Saída circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo. ............................................................................................................................................................. 28
Figura 37 - Corrente da fonte do circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo. ............................................................................................................................................................. 28
Figura 38 - Frequência harmônica no circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo. ............................................................................................................................................................. 29
Figura 39 - Tensão nas chaves circuito R com tempo morto. ................................................................................ 29
4

Figura 40 – Tensão de saída circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão, 2023. .......................................................................................................................................................... 30
Figura 41 – Corrente de Saída circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão, 2023. .......................................................................................................................................................... 30
Figura 42 – Corrente das fontes de tensão do circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com
duas fontes de tensão. ............................................................................................................................................ 31
Figura 43 - Frequência harmônica do circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes
de tensão. ............................................................................................................................................................... 31
Figura 44 – Tensão nas chaves circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão. .................................................................................................................................................................... 32
Figura 45 - Tensão de saída circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão. .................................................................................................................................................................... 32
Figura 46 - Corrente de Saída circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão. .................................................................................................................................................................... 33
Figura 47 - Corrente das fontes circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão. .................................................................................................................................................................... 33
Figura 48 - Frequência harmônica do circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas
fontes de tensão. .................................................................................................................................................... 34
Figura 49 - Tensão nas chaves circuito R com tempo morto. ................................................................................ 34
Figura 50 - Tensão de saída circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor capacitivo.35
Figura 51 - Corrente de Saída circuito R com tempo morto. ................................................................................. 35
Figura 52 - Corrente da fonte do circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo. ............................................................................................................................................................. 36
Figura 53 - Frequência harmônica do circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo. ............................................................................................................................................................. 36
Figura 54 - Tensão nas chaves circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo. ............................................................................................................................................................. 37
Figura 55 - Tensão de saída circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor capacitivo.
............................................................................................................................................................................... 37
Figura 56 - Corrente de Saída circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo. ............................................................................................................................................................. 38
Figura 57 - Corrente da fonte circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo. ............................................................................................................................................................. 38
Figura 58 - frequência harmônica do circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo. ............................................................................................................................................................. 39
5

1 INTRODUÇÃO
A eletrônica de potência é uma área da engenharia elétrica que trabalha com controle e
conversão de energia elétrica em diversas formas de maneira eficaz. Esta área engloba uma
diversidade de componentes e circuitos eletrônicos que possibilitam atender as necessidades
dos sistemas modernos, tais como sistemas de alimentação ininterruptos até veículos elétricos.
Atualmente, a eletrônica de potência é de suma importância na inserção da energia renovável
nas redes elétricas, nos sistemas de armazenamento de energia e nas tecnologias de rede
inteligente (Suntio, Messo, Puukko, 2018).
Os inversores são circuitos estáticos que convertem potência DC em potência AC com
a frequência e tensão ou corrente de saída desejada. A tensão de saída tem uma forma de onda
periódica que, embora não-senoidal, pode com uma boa aproximação, chegar a ser considerada
como tal. Há muitos tipos de inversores, classificados de acordo com o número de fases, com a
utilização de dispositivos semicondutores de potência, com os princípios de comutação e com
as formas de onda de saída (Ahmed, 2011). No geral, os conversores cc-ca podem ser
classificados por:
• Número de fases;
• Direcionalidade do fluxo de energia;
• Frequência de comutação dos interruptores;
• Modulação empregada;
• Isolamento;
• Número de Níveis;
• Sistema de controle;
• Comutação
• Tensão ou corrente;
O inversor de fonte de tensão (VSI) é o mais empregado. Nele a tensão da fonte de
entrada DC é essencialmente constante e independente da corrente exigida pela carga. A tensão
de entrada DC pode vir de uma fonte independente, como uma bateria, ou pode ser a saída de
um retificador controlado. A operação do circuito inversor de meia ponte funciona a base do
chaveamento de dois dispositivos semicondutores de potência que comutam alternadamente
entre si, o que possibilita a criação de uma onda de tensão com comportamento alternado na
saída. A frequência de chaveamento influenciará diretamente no módulo e frequência desta
forma de onda. Um capacitor é colocado em paralelo com a linha da fonte de entrada DC para
evitar que os chaveamentos dos semicondutores alterem a tensão aplicada ao inversor. Assim,
6

ele carrega e descarregam de acordo com a necessidade de fornecimento de uma saída estável.
O inversor converte a tensão de entrada DC em uma onda quadrada AC na saída da fonte
(Ahmed, 2011). A Figura 1 apresenta um inversor de tensão monofásico industrial.
Figura 1 – Inversor de tensão.

Fonte: Weg, 2023


Já no caso dos inversores de fonte de corrente (CSI), este por sua vez, é caracterizado
por manter uma corrente de entrada de fonte alternada com valores constantes durante todo o
período, mesmo que a tensão de entrada sofra alterações. Logo, para obtenção desta constância
em aplicações, utiliza-se um indutor de grande reatância em série com a fonte de tensão CC em
que o mesmo é responsável por evitar variações na corrente, mantendo em uma operação
constante e eficiente na malha de alimentação do sistema (Ahmed, 2011).
Em relação a sua classificação pela quantidade de fontes de tensão, pode-se definir em:
monofásico, bifásico e trifásico. O inversor monofásico é caracterizado por possuir apenas uma
fonte de tensão contínua na entrada e proporciona corrente alternada monofásica na saída. Além
disso, a utilização deste circuito é limitada a sistemas de baixa potência, tais como aparelhos
celulares e eletrodomésticos. Já no caso dos inversores bifásicos, há a presença de duas fontes
de tensão na entrada e fornecem uma corrente alternada bifásica. Destaca-se que a utilização
nos circuitos é menor, uma vez que não é tão eficaz quando comparado aos demais. Por fim, há
também os inversores trifásicos que apresentam três fontes de tensão e, por sua vez, são
utilizados em aplicações de grandes indústrias e motores de alta potência (Trzynadlowski,
2015).
Estes conversores também podem ser categorizados em relação à frequência: frequência
fixa e frequência variável. No caso da frequência fixa, como o próprio nome traz, estes possuem
um valor de frequência na saída estabelecido e são utilizados em equipamentos que não
7

necessitam do controle da velocidade. Os inversores de frequência variável têm como principal


função o controle da velocidade de motores elétricos devido o ajuste na frequência e neste caso
tem como ponto positivo a redução da energia necessária para seu funcionamento devido a
existência desse controle de velocidade (Trzynadlowski, 2015).
Dentre os diferentes tipos de inversores destaca-se o inversor de meia ponte. Esse
circuito utiliza dois dispositivos de comutação em configuração de meia-ponte para gerar a
forma de onda CA e é fundamental em circuitos de baixa potência (Braga, 2017). O princípio
de funcionamento deste tipo de inversor está diretamente relacionado ao chaveamento
controlado dos dispositivos utilizados, cabe destacar que não se trata de chaves de operação
mecânica e sim de dispositivos de comutação controlados como MOSFET (Metal-Oxide-
Semiconductor Field-Effect Transistors) ou IGBT (Insulated Gate Bipolar Transistors) que se
caracterizam pelo alto desempenho (Pomilio, 1998). Através da comutação destes dispositivos,
a tensão varia entre um valor positivo, zero e um valor negativo e esse comportamento permite
o surgimento de uma forma de onda alternada na saída.
No entanto, é importante ressaltar que a forma de onda na saída do inversor não
apresenta comportamento senoidal puro; mas sim um comportamento de onda retangular ou
quadrada, o que faz com que apresentem elevado conteúdo harmônico. Contudo, com o
desenvolvimento dos dispositivos semicondutores, o conteúdo harmônico das formas de onda
da saída pode ser minimizado utilizando técnicas específicas de modulação e filtragem
(Batschauer, 2022).
Vale ressaltar as inúmeras aplicações que este conversor CC/CA permite das quais pode
ser citado: sistemas de energia solar e eólica, sistemas de energia embarcados em meios de
transporte marítimos e aéreos, controle de velocidade em motores síncronos e de indução bem
como sua utilização em fontes de alimentação ininterrupta ou Nobreak (Santos, 2017). Neste
caso, é notório a importância deste componente na modernização da infraestrutura elétrica, em
que possibilita a utilização da energia elétrica de modo eficiente e versátil.
O IGBT é um semicondutor utilizado como dispositivo de comutação nos conversores
CC/CA e a escolha na maioria das vezes ocorre por este componente possuir um tempo de
comutação menor que o do TBJ de potência e o funcionamento pode acontecer em potências
de valores maiores que as dos MOSFETs. A estrutura básica de um IGBT inclui três regiões
principais: a região de derivada do tipo N, a região de base do tipo P e a região do coletor do
tipo N (Zahyka,2015).
8

2 OBJETIVO
O propósito deste trabalho consiste em compreender o comportamento e avaliar a eficácia
na conversão de corrente contínua em corrente alternada na utilização do inversor meia ponte
através de um comparativo entre um circuito com duas fontes de tensão de entrada CC e um
circuito com uma única fonte de tensão de entrada CC com um divisor capacitivo.
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Estudar a topologia do circuito inversor de tensão de meia ponte com duas fontes de
tensão e uma fonte de tensão com divisor capacitivo;
• Realizar o equacionamento matemático do inversor meia ponte;
• Verificar o funcionamento do inversor de meia ponte com duas fontes de tensão e uma
fonte de tensão com divisor capacitivo;
• Realizar simulação computacional dos circuitos.
• Comparativo entre as simulações.

3 METODOLOGIA
O controle do fluxo de potência entre uma fonte de tensão contínua e outra alternada
ocorre através da modulação de largura de pulso (PWM - Pulse Width Modulation) envolvendo
os dispositivos de comutação. A figura 2 apresenta o circuito equivalente para o inversor com
duas fontes de tensão e a figura 3 apresenta o circuito equivalente meia ponte com divisor
capacitivo.
Figura 2 – Circuito equivalente do inversor de duas fontes.

Fonte: Autor, 2023


9

Figura 3 - Circuito equivalente para inversor meia ponte com divisor capacitivo

Fonte: Autor, 2023

Nos conversores CC/CA o funcionamento se baseia no chaveamento entre dois


dispositivos de comutação. Idealmente deveria existir um tempo pequeno denominado de
tempo morto entre os sinais de gatilho em que S1 abre e S2 é chaveado. Desse modo, evita-se
que os dois interruptores estejam fechados simultaneamente e provoquem um curto-circuito na
fonte de alimentação. Nas simulações realizadas em softwares este período de comutação não
é levado em questão, dado que os dispositivos são considerados ideais.
Com isso, é possível destacar que existem duas maneiras de implementar o inversor de
meia ponte, tanto o inversor com duas fontes, quanto o inversor com divisor capacitivo. No
caso do inversor sem tempo morto há a presença de duas etapas de operação que estão listadas
no tópico 3.1.1 e para o caso com tempo morto, o princípio de funcionamento acontece em
quatro etapas que estão listadas no item 3.1.2.
3.1 ETAPAS DE OPERAÇÃO
3.1.1 INVERSOR MEIA PONTE COM DUAS FONTES DE TENSÃO (SEM TEMPO
MORTO)
O conversor de meia ponte ideal de onda quadrada, desconsiderando o tempo morto,
opera em duas etapas:
• 1ª ETAPA
O funcionamento acontece no intervalo de tempo [0, D𝑇𝑆 ]. Neste caso a chave 𝑆1 , vista na
Figura 4, está no modo de condução, também conhecida como modo on, e a chave 𝑆2
está aberta, ou seja, não permite a passagem de corrente por este ramo do circuito. Logo, a
10

tensão na carga 𝑉0 será igual ao valor de tensão da fonte 𝑉𝑎 , fonte essa que proporciona a
magnetização do indutor (𝐿0 ).
Desta forma, pode-se definir o período de comutação da chave S1 através da sua
frequência:
1
Ts = 𝐹𝑠 (1)

O ciclo de trabalho da chave S1 é dado por:


𝑉𝑜 1 𝑇𝑜𝑛 1
D= +2= + 2 (2)
𝑉𝑖 𝑇𝑠

E com isso, definir os intervalos de condução e bloqueio da chave S1:


Ton(S1) = Ts ⋅ D (3)
Toff(S1) = Ts ⋅ (1 – D) (4)
Sabendo que Va = Vb e elas são definidas no projeto, a tensão média da 1ª etapa é:
1 𝐷⋅𝑇𝑠 1 1
Va(med) = 𝑇𝑠 ∫0 𝑉𝑎 ⋅ 𝑑𝑡 = 𝑇𝑠 [𝑉𝑎]𝐷⋅𝑇𝑠
0 = [𝑉𝑎(𝐷 ⋅ 𝑇𝑠) − 𝑉𝑎(0)] = 𝑉𝑎 ⋅ 𝐷 (5)
𝑇𝑠

Figura 4 – Primeira etapa de operação com chave 𝑆1 conduzindo.

Fonte: (Pomilio, 1998). Modificado.

• 2ª ETAPA
O tempo de funcionamento para esta etapa ocorre no intervalo de tempo [D𝑇𝑠 , 𝑇𝑠 ]. Logo,
apresenta semelhança à etapa descrita anteriormente em que neste cenário, a chave 𝑆1 está
aberta e a chave 𝑆2 está fechada (Figura 5) permitindo a condução de corrente neste ramo. A
tensão na carga é dada por 𝑉𝑏 . Além disso, também ocorre a desmagnetização do indutor. Da
mesma forma, o Duty Cycle da chave S2 é dada por:
DS2 = (1 – D) (6)
E assim, os intervalos de condução e bloqueio de S2 são dados por:
Ton(S2) = Ts ⋅ (1 – D) (7)
Toff(S2) = Ts ⋅ D (8)
Assim, a tensão média da 2ª etapa pode ser encontrada:
11

1 (1−𝐷)𝑇𝑠 1 (1−𝐷)𝑇𝑠 1
Vb(med) = 𝑇𝑠 ∫0 −𝑉𝑏 ⋅ 𝑑𝑡 = 𝑇𝑠 [−𝑉𝑏]0 = 𝑇𝑠 [−𝑉𝑏((1 − 𝐷)𝑇𝑠) − (−𝑉𝑏)(0)]

=−𝑉𝑏(1 − 𝐷) = −𝑉𝑏 + 𝑉𝑏 ⋅ 𝐷 (9)


Figura 5 - Segunda etapa de operação com chave 𝑆2 conduzindo.

Fonte: (Pomilio, 1998). Modificado.


Após análise das etapas de operação acima, a Figura 6 apresenta a forma de onda de
tensão que se apresenta na carga. O 𝑉𝑂 máximo corresponde ao valor máximo que a fonte de
tensão Va fornece. O mínimo corresponde ao valor máximo que a fonte de tensão 𝑉𝑏 fornece.
Nos casos em que não ocorre tempo morto, o sinal na saída apresenta apenas 2 níveis de
operação.
Figura 6 - Forma de onda da saída do inversor de meia ponte sem tempo morto.

Fonte: (Ahmed, 2011). Modificado.


E assim, a tensão média entre os pontos “a” e “b” pode ser encontrado através da soma
das tensões médias encontradas:
Vab(med) = (Va ⋅ D) + (-Vb +Vb ⋅ D) = (Va + Vb)D – Vb (10)
Sabendo que Va = Vb e chamando essas tensões de Vi, pode-se simplificar a equação para:
Vab(med) = (Va + Vb)D – Vb = (Vi +Vi)D – Vi = (2Vi)D – Vi = Vi(2D – 1) (11)
Portanto, através dessa equação teremos 3 casos singulares para valores de D, sendo:
D = 0; Vab(med) = - Vi (12)
D = 0,5; Vab(med) = 0 (13)
D = 1; Vab(med) = + Vi (14)
12

• DIMENSIONAMENTO DO INDUTOR
O valor médio da corrente no indutor será igual ao da corrente de saída, enquanto a do
capacitor será nula:
𝑉𝑎𝑏
ILo = Io = (15)
𝑅𝑜

ICo = 0 (16)
Além disso, sabe-se que a tensão média no indutor ao final da inversão, será nula,
portanto, para dimensionar corretamente o indutor, deve-se levar em conta apenas uma etapa.
Nesse caso, utiliza-se como base a 1ª etapa de operação:
𝑑𝐼𝑙𝑜(𝑡) ∆𝐼𝑙𝑜
VLo = Lo ⋅ = Lo ⋅ (17)
𝑑𝑡 ∆𝑡
𝑉𝐿𝑜 𝑉𝑖 − 𝑉𝑎𝑏 𝑉𝑖 − [𝑉𝑖(2𝐷−1)]
∆𝐼𝑙𝑜 = ⋅ ∆𝑡 = ⋅ Ton(S1) = ⋅ 𝐷 ⋅ 𝑇𝑠 (18)
𝐿𝑜 𝐿𝑜 𝐿𝑜

Colocando o Lo em evidência, encontra-se a seguinte equação:


𝑉𝑖
𝐿𝑜 = 2 ⋅ 𝐷 ⋅ (1 − 𝐷) (19)
∆𝐼𝑙𝑜⋅𝐹𝑠

Através dessa equação, pode-se afirmar então que quando D = 0,5 a ondulação da corrente no
indutor será máxima.
• DIMENSIONAMENTO DO CAPACITOR DE SAÍDA:
Utilizando a mesma lógica para dimensionar os capacitores em conversores CC-CC tem-se
que:
4⋅∆𝐼𝑙𝑜
∆𝑉𝑐𝑜 = (20)
𝜋 3 ⋅𝐶𝑜⋅𝐹𝑠

Fazendo as devidas substituições e colocando Co em evidência, pode-se dimensionar o


capacitor de saída através da equação:
2⋅𝑉𝑖
𝐶𝑜 = (21)
𝜋 3 ⋅∆𝑉𝑐𝑜⋅𝐿𝑜⋅𝐹𝑠2

• HARMÔNICAS
As componentes harmônicas, são geradas pelos tipos de cargas existentes em um sistema
elétrico, que em função de sua forma de operação interferem na forma de onda senoidal da
frequência fundamental do sistema, trazendo distorções nas ondas senoidais da corrente e
tensão, ou seja, é um componente de uma onda periódica cuja frequência é um múltiplo
inteiro da frequência fundamental. Desta forma o cálculo de harmônicas é dado pela série de
Fourier (pois é um sinal de onda quadrada):
4⋅𝑉𝑖
𝑉𝑜(𝑡) = ∑∞
𝑛=1,3,5… 𝑛⋅𝜋 ⋅ sin(𝑛 ⋅ 𝜔𝑡) (22)

A primeira harmônica, componente fundamental da tensão pode ser calculada por:


4⋅𝑉𝑖 4⋅𝑉𝑖
𝑉1ℎ(𝑡) = ⋅ sin(1 ⋅ 𝜔𝑡) = ⋅ sin(𝜔𝑡) (23)
1⋅𝜋 𝜋
13

• DISTORÇÃO HARMÔNICA TOTAL (THD):


A Distorção Harmônica Total – THD (Total Harmonic Distortion, na sigla em inglês) causa
influência na onda de tensão da concessionária (considerando inversores fotovoltaicos
conectados à rede). A THD está relacionada com o quanto o sistema de acoplamento é robusto,
ou seja, quanto maiores os níveis de curto-circuito, menores serão as distorções harmônicas no
ponto de acoplamento. Logo, a verificação da distorção de corrente também se faz importante
para a determinação de bancos de capacitores pois podem ocorrer ressonâncias paralelas
indesejáveis no sistema. A norma NBR 16149 traz um limite de 5% ao conteúdo de harmônicos
em inversores fotovoltaicos conectados à rede. Desta forma, pode-se calcular o THD através da
equação:

𝐼𝑠 2
𝑇𝐻𝐷 = √(𝐼𝑠1) − 1 (24)

Is - Valor eficaz da componente fundamental da corrente de entrada;


Is1 - Valor eficaz da corrente de entrada.
3.1.2 INVERSOR MEIA PONTE COM DUAS FONTES DE TENSÃO (COM TEMPO
MORTO)
Analisando a operação do conversor CC/CA do tipo meia ponte real de onda quadrada
e considerando o tempo morto, temos quatro etapas:
• 1ª ETAPA
O funcionamento acontece no intervalo de tempo [0, D𝑇𝑠 ]. Neste período, a chave 𝑆1
está fechada permitindo a circulação da corrente de carga por este circuito e a chave 𝑆2 está
aberta (Figura 7). Logo, a tensão na carga 𝑉𝑜 é o valor 𝑉𝑎 da fonte de tensão e o indutor está
sofrendo a magnetização.
Figura 7 - Primeira etapa de operação com chave 𝑆1 conduzindo.

Fonte: (Pomilio, 1998). Modificado.


14

• 2ª ETAPA
O intervalo de tempo para este caso é dado por 𝑇𝑚1 e fica alocado dentro do tempo
[0,D𝑇𝑠 ]. Nesta etapa de operação, as chaves 𝑆1 e 𝑆2 encontram-se abertas e o indutor sofre o
efeito da desmagnetização, em que sua corrente irá circular pelo diodo denominado 𝐷2 presente
em paralelo a chave 𝑆2 (Figura 8). A tensão na carga é -𝑉𝑜 em que 𝑉𝑜 é o valor máximo da
fonte de tensão 𝑉𝑏 .
Figura 8 - Segunda etapa de operação com as chaves 𝑆1 e 𝑆2 abertas.

Fonte: Autor, 2023.

• 3ª ETAPA
O tempo de funcionamento para esta etapa ocorre no intervalo de tempo [D𝑇𝑠 , 𝑇𝑠 ]. A
chave 𝑆1 está aberta e a chave 𝑆2 está conduzindo (Figura 9). A tensão na carga é -𝑉𝑜 em que
𝑉𝑜 corresponde ao valor máximo da fonte de tensão 𝑉𝑏 . Além disso, acontece o efeito da
desmagnetização do indutor.
Figura 9 - Terceira etapa de operação com chave 𝑆2 conduzindo e 𝑆1 aberta.

Fonte: (Pomilio, 1998). Modificado.


15

• 4ª ETAPA
O intervalo de tempo para este caso é dado por 𝑇𝑚2 e fica alocado dentro do tempo
[D𝑇𝑠 , 𝑇𝑠 ]. As chaves 𝑆1 e 𝑆2 estão abertas, ou seja, não permite a circulação de corrente de
carga por elas. A corrente de carga neste caso possui valor negativo e sua circulação acontece
pela utilização do diodo 𝐷1 que está em paralelo com a chave 𝑆1 (Erro! Fonte de referência n
ão encontrada.). O valor da tensão de carga é o valor máximo da fonte de tensão 𝑉𝑎 .
Figura 10 - Quarta etapa de operação com as chaves 𝑆1 e 𝑆2 abertas e diodo 𝐷1 conduzindo.

Fonte: Autor, 2023.


A tensão de saída resultante e as etapas de operação podem ser vistas na Figura 11
Figura 11 - Forma de onda da saída do inversor de meia ponte com tempo morto.

Fonte: (Ahmed, 2011). Modificado.


3.1.3 INVERSOR MEIA PONTE COM DIVISOR CAPACITIVO
As etapas de operação de um inversor meia ponte com divisor capacitivo com e sem
tempo morto são idênticas aos itens 2.2.1 e 2.2.2. Destaca-se que a topologia é mais simples e
que os capacitores devem ser de alta capacitância para se ter uma baixa ondulação (ripple) de
16

tensão sobre eles. Caso os capacitores apresentem um desbalanço de tensão ou as quedas de


tensão forem diferentes, um deles assumirá um valor superior de tensão em relação ao outro.

4 SIMULAÇÃO
A modulação por largura de pulso foi utilizada para realizar o controle de tensão de saída dos
conversores estáticos. Dessa forma, é realizado o ajuste das chaves, determinando o tempo em
que essas estão ativas (ou comutadas). A Figura 12 apresenta o circuito responsável por
controlar as chaves das montagens desse experimento. Uma frequência de 60 Hz foi adotada
para o circuito, e com base nisso, o ciclo de trabalho das chaves foi estabelecido. O período 𝑇𝑠
é dividido em 360 unidades, para o caso sem tempo morto a largura do pulso para a chave 𝑆1 é
[0, 180] e para a chave 𝑆2 é de [180, 360] como mostra a Figura 13. Já para o caso com tempo morto,
a largura de pulso da chave 𝑆1 é [3, 178] e para a chave 𝑆2 é de [183, 358]. Isso introduz um
intervalo de tempo inativo entre as operações das chaves, garantindo que elas não conduzam
simultaneamente (Fonte: Autor, 2023.
Figura 14).
Figura 12 - Malha de comando para a operação das chaves.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 13 - Ciclo de operação das chaves 𝑆1 e 𝑆2 sem tempo morto.

Fonte: Autor, 2023.


17

Figura 14 – Ciclo de operação das chaves 𝑆1 e 𝑆2 com tempo morto.

Fonte: Autor, 2023.


4.1 INVERSOR MEIA PONTE COM DUAS FONTES DE TENSÃO
Para a simulação e análise foi utilizado o software PSIM para elaborar dois circuitos
com cargas diferentes, um com carga puramente resistiva (Figura 15) e outro com carga RL
(Figura 16). As fontes de tensão utilizadas foram de 100V e o chaveamento foi feito através de
um barramento com dois IGBTs ideais. Destaca-se que para o funcionamento adequado dos
circuitos houve a necessidade de implementação de um circuito de controle para o chaveamento
dos dispositivos, este circuito foi apresentado na Figura 12. A resistência adotada para a carga
foi de 10 Ohm e para o caso de carga RL (Figura 16), foi adotado um valor de 10 mH para a
indutância.
Figura 15 - Inversor com duas fontes e carga resistiva.

Fonte: Autor,2023.
18

Figura 16 - Inversor com duas fontes e carga resistiva e indutiva.

Fonte: Autor, 2023.


4.2 INVERSOR MEIA PONTE COM DIVISOR CAPACITIVO
Para a simulação do inversor meia ponte com divisor capacitivo utilizou-se o software
PSIM. Foram elaborados dois circuitos com cargas diferentes, um com carga puramente
resistiva (Figura 17) e outro com carga resistiva e indutiva (Figura 18). A malha de comando
para a operação das chaves nestes sistemas está representada na Figura 12. A fonte CC utilizada
possui uma tensão na entrada de 40V, um barramento capacitivo dividido (dois capacitores de
10 mF) e um barramento com duas chaves IGBTs ideais. Adotou-se uma carga resistiva na
saída de 10 Ohm e no caso da carga RL, adotou-se um indutor de 10 mH.
Figura 17 - Inversor com divisor capacitivo e carga puramente resistiva.

Fonte: Autor, 2023.


19

Figura 18 - Inversor com divisor capacitivo e carga resistiva e indutiva.

Fonte: Autor, 2023.

5 RESULTADOS
A partir das simulações realizadas foram obtidas as formas de onda para tensão das
chaves, tensão de saída, corrente de saída, corrente das fontes e frequência harmônica.
5.1 CIRCUITO SEM TEMPO MORTO
5.1.1 INVERSOR MEIA PONTE COM DUAS FONTES DE TENSÃO
• CARGA R
A seguir são apresentadas as formas de onda obtidas mediante simulação para a
configuração do circuito inversor meia ponte com duas fontes de tensão com carga puramente
resistiva sem tempo morto. Obteve-se o comportamento dos valores de tensão nas chaves de
comutação; tensão e corrente de saída do circuito; corrente de saída das fontes de tensão e
frequência harmônica que estão representadas nas Figuras 19, 20, 21, 22 e 23, respectivamente.
Figura 19 – Tensão nas chaves do circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão.

Fonte: Autor, 2023.


20

Figura 20 – Tensão de saída circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 21 – Corrente de Saída circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão.

Fonte: Autor, 2023.


21

Figura 22 – Corrente das fontes circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 23 - Frequência harmônica do circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes
de tensão.

Fonte: Autor, 2023.

• CARGA RL
A seguir são apresentadas as formas de onda obtidas mediante simulação para a configuração
do circuito inversor meia ponte com duas fontes de tensão com carga RL sem tempo morto.
Obteve-se o comportamento dos valores de tensão nas chaves de comutação; tensão e corrente
de saída do circuito; corrente de saída das fontes de tensão e frequência harmônica que estão
representadas nas Figuras 24, 25, 26, 27 e 28, respectivamente.
22

Figura 24 – Tensão nas chaves circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 25 - Tensão de saída circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão.

Fonte: Autor, 2023.


23

Figura 26 - Corrente de Saída circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 27 - Corrente das fontes circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão.

Fonte: Autor, 2023.


24

Figura 28 - Frequência harmônica do circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com duas
fontes de tensão.

Fonte: Autor, 2023.


5.1.2 INVERSOR MEIA PONTE COM DIVISOR CAPACITIVO
• CARGA R
A seguir são apresentadas as formas de onda obtidas mediante simulação para a
configuração do circuito inversor meia ponte com divisor capacitivo e uma carga puramente
resistiva sem tempo morto. Obteve-se o comportamento dos valores de tensão nas chaves de
comutação; tensão e corrente de saída do circuito; corrente de saída das fontes de tensão e
frequência harmônica que estão representadas nas Figuras 29, 30, 31, 32 e 33, respectivamente.
Figura 29 - Tensão nas chaves circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


25

Figura 30 - Tensão de saída circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 31 - Corrente de Saída circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


26

Figura 32 - Corrente das fontes circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 33 - Frequência harmônica do circuito R sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.

• CARGA RL
A seguir são apresentadas as formas de onda obtidas mediante simulação para a
configuração do circuito inversor meia ponte com divisor capacitivo e uma carga RL sem tempo
morto. Obteve-se o comportamento dos valores de tensão nas chaves de comutação; tensão e
corrente de saída do circuito; corrente de saída das fontes de tensão e frequência harmônica que
estão representadas nas Figuras 34, 35, 36, 37 e 38, respectivamente.
27

Figura 34 - Tensão nas chaves circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 35 - Tensão de saída circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


28

Figura 36 - Corrente de Saída circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.

Figura 37 - Corrente da fonte do circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


29

Figura 38 - Frequência harmônica no circuito RL sem tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


5.2 CIRCUITO COM TEMPO MORTO
5.2.1 INVERSOR MEIA PONTE COM DUAS FONTES DE TENSÃO
• CARGA R
A seguir, são apresentadas as formas de onda obtidas mediante simulação para a
configuração do circuito inversor meia ponte com duas fontes de tensão com carga puramente
resistiva. Obteve-se o comportamento dos valores de tensão nas chaves de comutação; tensão
e corrente de saída do circuito; corrente de saída das fontes de tensão e frequência harmônica
que estão representadas nas Figuras 39, 40, 41, 42 e 43 respectivamente.
Figura 39 - Tensão nas chaves circuito R com tempo morto.
30

Figura 40 – Tensão de saída circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão, 2023.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 41 – Corrente de Saída circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão, 2023.

Fonte: Autor, 2023.


31

Figura 42 – Corrente das fontes de tensão do circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com
duas fontes de tensão.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 43 - Frequência harmônica do circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes
de tensão.

Fonte: Autor, 2023.

• CARGA RL
A seguir, são apresentadas as formas de onda obtidas mediante simulação para a
configuração do circuito inversor meia ponte com duas fontes de tensão com carga resistiva e
indutiva. Obteve-se o comportamento dos valores de tensão nas chaves de comutação; tensão e
corrente de saída do circuito; corrente de saída das fontes de tensão e frequência harmônica que
estão representadas nas Figuras 44, 45, 46, 47 e 48, respectivamente.
32

Figura 44 – Tensão nas chaves circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão.

Fonte: Autor, 2023.

Figura 45 - Tensão de saída circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão.

Fonte: Autor, 2023.


33

Figura 46 - Corrente de Saída circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão.

Fonte: Autor, 2023.

Figura 47 - Corrente das fontes circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas fontes de
tensão.

Fonte: Autor, 2023.


34

Figura 48 - Frequência harmônica do circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com duas
fontes de tensão.

Fonte: Autor, 2023.


5.2.2 INVERSOR MEIA PONTE COM DIVISOR CAPACITIVO
• CARGA R
A seguir, são apresentadas as formas de onda obtidas mediante simulação para a
configuração do circuito inversor meia ponte com divisor capacitivo com carga puramente
resistiva. Obteve-se o comportamento dos valores de tensão nas chaves de comutação; tensão
e corrente de saída do circuito; corrente de saída das fontes de tensão e frequência harmônica
que estão representadas nas Figuras 49, 50, 51, 52 e 53, respectivamente.
Figura 49 - Tensão nas chaves circuito R com tempo morto.

Fonte: Autor, 2023.


35

Figura 50 - Tensão de saída circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 51 - Corrente de Saída circuito R com tempo morto.

Fonte: Autor, 2023.


36

Figura 52 - Corrente da fonte do circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 53 - Frequência harmônica do circuito R com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.

• CARGA RL
A seguir, são apresentadas as formas de onda obtidas mediante simulação para a configuração
do circuito inversor meia ponte com divisor capacitivo com carga resistiva e indutiva. Obteve-
se o comportamento dos valores de tensão nas chaves de comutação; tensão e corrente de saída
do circuito; corrente de saída das fontes de tensão e frequência harmônica que estão
representadas nas Figuras 54, 55, 56, 57 e 58, respectivamente.
37

Figura 54 - Tensão nas chaves circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 55 - Tensão de saída circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


38

Figura 56 - Corrente de Saída circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


Figura 57 - Corrente da fonte circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


39

Figura 58 - frequência harmônica do circuito RL com tempo morto em um inverso de meia ponte com divisor
capacitivo.

Fonte: Autor, 2023.


40

6 CONCLUSÃO
Em resumo, o inversor de meia ponte é fundamental para diversas aplicações, desde
sistemas de alimentação simples em que se exija alimentação CA até inversores de frequência
robustos para acionamento de motores. A análise das diferentes configurações do mesmo
circuito ao longo do presente trabalho permitiu comparar aspectos construtivos e operativos da
topologia básica.
Desse modo, foi fundamental a análise das aplicações com e sem tempo morto, de modo
que se compreendeu a importância deste período para garantir que um curto-circuito seja
evitado em circuitos experimentais. Vale destacar que mesmo com a definição do tempo morto
os circuitos com carga RL não apresentaram uma diferença no período de comutação entre as
chaves e neste caso seria necessária a aplicação de um período maior para que este seja
visualizado. Notou-se a partir dos gráficos que quando a chave está conduzindo, ela funciona
como um curto-circuito (0V) e, com isso, a tensão sobre a chave corresponde a soma das tensões
das entradas CC (200V) e isso vai acontecendo mediante as comutações das chaves.
Analisando o comportamento da tensão sem tempo morto, verificou-se que ela apresenta
apenas dois níveis na tensão de saída nas cargas puramente resistivas. Já no caso das cargas RL,
a tensão sofre variações entre o valor máximo de pico (100V) e o valor mínimo de pico (-100V)
ao decorrer do tempo. A corrente sem tempo morto nos casos de carga puramente resistiva e
carga RL foram análogas a forma de onda das suas respectivas tensões.
Para a análise do comportamento da tensão e corrente na carga com tempo morto, notou-
se que o comportamento da tensão de saída foi de três níveis: o pico negativo de tensão, o zero
e o pico positivo de tensão. Percebeu-se inclusive a existência de um tempo morto de operação
que legitima o nível zero de tensão na saída. Quanto a corrente de saída, o comportamento foi
semelhante ao observado para a tensão de saída o que era esperado para uma configuração em
que a carga é puramente resistiva. Para uma carga RL, a tensão segue o comportamento da
corrente do indutor. Além disso, destaca-se que para os casos de inversor de meia ponte com
divisor capacitivo a tensão aplicada a carga foi a metade da tensão total do barramento CC.
Além disso, é importante destacar sobre o comportamento harmônico observado durante a
simulação. Analisando os diferentes circuitos apresentados acima, percebeu-se que o número
de componentes harmônicos é menor quando se utiliza o inversor de meia ponte com divisor
capacitivo, em que o barramento capacitivo em paralelo com tensão DC de entrada funcionam
como um filtro melhorando as distorções que esta fonte pode apresentar.
Logo, após diversas análises teóricas e gráficas, pode-se concluir que a utilização do
inversor de meia ponte com divisor capacitivo é recomendável em sistemas de baixa potência
41

(limitações dos capacitores em uso) e nos sistemas que não necessitam de um controle robusto.
Já para casos que necessitam de um controle preciso e eficiente da direção e velocidade da
carga, é recomendável a utilização de um inversor de meia ponte com duas fontes de tensão.
42

7 BIBLIOGRAFIA
[1] AHMED, Ashfaq. Eletrônica de potência. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2000.
[2] BATSCHAUER, Alessandro. Capítulo 4: Inversor meia-ponte, 2022. Disponível em:
https://docplayer.com.br/23491045-Eletronica-de-potencia-ii-capitulo-4-inversor-meia-
ponte.html. Acesso em: 12 ago. 2023.
[3] BRAGA, Marília. Projeto de microinversor para conexão de módulo fotovoltaico a rede
elétrica. Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Departamento de Engenharia Elétrica
e Eletrônica da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do título de
Bacharelado em Engenharia, Florianópolis, 2017.
[4] NEU, Felipe Wilke. Projeto e implementação de um inversor de topologia meia ponte
utilizando controle digital. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de
Graduação em Engenharia de Controle e Automação da Universidade Federal de Santa Maria,
2017.
[5] POMILIO, José Antenor. Eletrônica De Potência - Introdução Ao Curso. Campinas,
1998. 14 slides, color. Disponível em: 1 (unicamp.br). Acesso em: 12 ago. 2023.
[6] PETRY, Clovis Antonio. Curso básico de eletrônica de potência. [S. l.: s. n.]. E-book.
Disponível
em: https://www.professorpetry.com.br/Ensino/Eletronica_Potencia/Capitulo_21.pdf. Acesso
em: 10 ago. 2023.
[7] SANTOS, Wesley Baldin. Estudo, reprodução e análise de um inversor de tensão em
ponte completa chaveado em alta frequência com saída senoidal pura. Campo Mourão,
2017.
[8] SUNTIO, T.; MESSO, T.; PUUKKO, J. Power Electronic Converters: Dynamics and
Control in Conventional and Renewable Energy Applications. [S.l.]: John Wiley & Sons,
2018.
[9] TRZYNADLOWSKI, A. M. Introduction to Modern Power Electronics. [S.l.]: John Wiley
& Sons, 2015
[10] ZAHYKA, M. V. "Comando e proteção de IGBTs em paralelo" Dissertação de
Mestrado em Engenharia Elétrica - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, 2015.

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