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DOCUMENTO: 150-1800XXX-S-MN-0001
X
1 RESERVA DE PROPRIEDADE
A WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S.A. considera que este manual de operação deve ser
dinâmico e que possa ser estabelecida a melhoria continuada pelo usuário final, porém é vedada
a distribuição para pessoas físicas ou jurídicas que não estejam envolvidas com o projeto,
operação e manutenção da Subestação, sem a prévia autorização expressa e formal da WEG.
Para tanto esta versão deve ser atualizada registrando-se no quadro abaixo as respectivas
revisões:
1-1
2 INTRODUÇÃO
IMPORTANTE:
Nota 1: Verificar as condições de garantia estabelecidas pela WEG Equipamentos Elétricos
S.A.
Nota 2: Para o atendimento em garantia é necessário o preenchimento e envio para a WEG
(e-mail: suporte-cns@weg.net) do documento “OGT – Ocorrência durante período
de Garantia Técnica”, conforme ítem 2.1 desse manual.
Nota 3: Na ocorrência de algum evento que provoque o desligamento (TRIP) da subestação
para que a WEG possa identificar a causa da ocorrência e para a manutenção das
condições de garantia, é imprescindível que o cliente envie para a WEG para
análise:
• O arquivo de todos os relés de proteção .RDB;
• O relatório de registro de eventos – SER;
• As oscilografias relativas ao evento, de todos os relés de proteção.
2-1
2.1 OGT – Ocorrência durante o período de Garantia Técnica
2-2
Ocorrência durante o Período de Garantia Técnica - OGT
Subestação: Cliente:
(Exemplo: SE Coletora, SE Elevadora, etc)
Equipamento ou componente: TAG Operacional:
(Exemplo: Disj, Sec, relé) (Exemplo: 52D1,36P4-4,UC3)
Numero de Série do equipamento e do componente: FABRICANTE:
Xxxxxxx (Exemplo: WEG ou SEL)
DATA e hora da ocorrência: LOCALIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO:
xx/xx/xxxx e xx:xx (Exemplo: Bay LT ou Bay TR01 ou PNL 4UA13-1)
Dados para contato: (Dados para retorno de atendimento)
Nome:
Telefone/Cel:
Email:
2-3
Ocorrência durante o Período de Garantia Técnica - OGT
Verificações realizadas
Descrever com detalhes todas as manobras ou verificações realizadas para constatar/sanar a anomalia.
•
•
Documento: Revisão:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Relação de arquivos enviados em anexo
Arquivos: Descrição:
1.
2.
3.
4.
5.
2-4
3 USO DE EPI´s e EPC´s
O uso de EPI´s e EPC´s é regulamentada pela NR-10 e seu complemento o SEP, sendo as exigências
mínimas:
EPI´s
• Uso de uniforme de material resistente ao fogo (Risco 2), calça e blusa para acesso a
subestação; Uso da vestimenta Risco 3 ou Risco 4 para manobras realizadas no pátio (Ex.: manobra
de chaves seccionadoras);
• Utilização de capacete apropriado para trabalhos elétricos;
• Utilização de botas de segurança (sem biqueira de aço) o uso de biqueiras de polipropileno é opção
de cada cliente;
• Óculos de segurança;
• Luvas Isolantes de borracha com classe de isolação definida para cada atividade;
EPC´s
• Bastão de manobra em fibra;
• Detector de tensão apropriado
• Faixas ou correntes de isolação de área;
• Conjuntos de aterramento provisório (a bitola dos cabos é em função do nível de curto-circuito);
• Dispositivos de bloqueio (cartões, cadeados e travas);
3-1
4 APRESENTAÇÃO GERAL
4.1 Unifilar
4-1
A subestação SE Sobrado I é composta de um bay de trafo de 69/34,5 kV “02T1”.
4-2
À saídas do transformador 02T1 são conectadas a dois alimentadores e uma saída para
alimentação do transformador de serviços auxiliares.
4-3
5 TRANSFORMADOR
5-1
Figura 5-2 Modelo básico de transformador
Num transformador trifásico todas essas relações continuam valendo, diferindo apenas que ao invés de ter-
se apenas um par de enrolamentos, existem três pares.
5-2
Cada par (primário/secundário) é enrolado um sobre o outro na mesma coluna, como mostrado
na figura abaixo.
5-3
No exemplo acima tem-se:
(a) A posição de cada enrolamento no núcleo;
(b) A ligação do primário em delta e o secundário em estrela;
(c) Os vetores de cada fase com defasagem de 120o cada um;
(d) Vetor resultante devido ao fechamento.
O número que representa a defasagem varia de 0 a 11. A referência é a bucha H1 que é colocado na
posição das 12 horas. O vetor considerado é sempre fase neutro, ou seja, quando o fechamento for delta,
a referência será em relação a um neutro virtual, como no exemplo acima.
Em seguida verifica-se qual a posição de X1 em relação a H1. Essa defasagem sempre será um múltiplo
de 30o e quando sobrepostos um ao outro, é possível visualizá-los como os ponteiros de um relógio.
Como dito anteriormente H1 ocupa a posição das 12 horas, portanto é só ler as horas que o vetor de X1
aponta.
5-4
5.2 Dados de placa do Transformador
5-5
Algumas das informações das placas dos transformadores 04T1 e 04T2 da SE SDB são:
5-6
Diagrama Fasorial: YNyn0d1
D – fechamento do primário (enrolamento H) em Delta;
y – fechamento do secundário (enrolamento X) em estrela;
n – centro estrela acessível (bucha X0);
1 – deslocamento angular entre primário e secundário de 30o.
Dispositivo destinado a coletar e armazenar o gás que por ventura esteja circulando do tanque principal para
o tanque de expansão. Esse gás (normalmente acetileno, CO e CO2) é gerado pelo mau funcionamento do
transformador: aquecimento de contatos, queima de papel isolante, centelha entre espiras). Basicamente é
uma câmara onde ao acumular o gás, o nível de óleo dentro da mesma vai baixando e com isso duas boias
montadas de dois níveis vão acompanhando esse nível atuando dois diferentes contatos, o primeiro de
sinalização de alarme e o segundo de desligamento – trip.
Caso um intenso fluxo de óleo tente passar pelo relé de gás ele também atua o contato de desligamento.
Isso ocorre através da atuação da válvula de fluxo.
Durante a montagem do transformador deve ser observado a posição do relé de gás pois existe um sentido
para o fluxo de óleo atuar a válvula de fluxo (no sentido do tanque principal para o tanque de expansão).
Na parte superior do relé existe uma pequena válvula de purga que permite retirar o ar de dentro do relé,
fazendo com que o óleo ocupe todo o espaço em fase de montagem. Para o transformador a operação é
possível conectar-se um dispositivo para coleta do gás acumulado para análise do mesmo.
Ainda na parte superior existe um botão que permite acionar mecanicamente os contatos de alarme e trip.
Esse botão destina-se a realização de testes de simulação desses sinais.
5-7
Figura 5-7 - Relé de gás
5-8
Figura 5-9 Desenho esquemático do interior do relé de gás
Caso o relé de gás do transformador 02T1 atue, o contato de alarme do dispositivo é transmitido via cabo
para o relé de proteção e o contato de desligamento também atua diretamente na entrada do relé de
proteção que através de sua lógica efetuando o desligamento do disjuntor 12T1 (disjuntor de 69 kV) e o
disjuntor 19T1 (disjuntor de 34,5 kV) e via protocolo informa ao supervisório a ocorrência do desligamento.
Ainda através da lógica o relé atua no acionamento do (86T), relé biestável que bloqueia a tentativa de
fechamento do disjuntor 12T1 e 19T1. Tanto o relé biestável quanto seu botão de reset ficam situados no
painel de proteção do transformador 02T1.
5-9
Figura 5-11 Contatos de alarme e trip do relé de gás
O relé biestável 86T serve para impedir uma tentativa remota de religamento dos disjuntores. O operador
deve verificar no local a ocorrência e após sanado o problema acionar o reset para que se possa desbloquear
os disjuntores.
Na ocorrência da atuação do relé de gás, primeiramente deve-se verificar se de fato há um acúmulo de gás
no interior do relé através do seu visor. Existindo gás, não se deve tentar energizar o transformador
novamente sem que se faça uma minuciosa análise do estado do transformador.
A primeira providência a se tomar é realizar uma análise do óleo e solicitar em seguida a intervenção do
fabricante.
5-10
5.4 Válvulas de Alívio
5-11
Figura 5-14 Válvula de alívio
Diferente do relé de gás, o DAP não possui dois estágios (alarme e trip), ou seja, ele possui dois contatos que
operam simultaneamente.
Apenas um dos contatos é enviado diretamente através de fiação elétrica ao relé de proteção, que por sua
vez envia ao sistema supervisório essa informação e ordena o desligamento dos disjuntores 12T1 (disjuntor
de 69 kV) e 19T1 (disjuntore de 34,5 kV).
A atuação do DAP sobre o relé de bloqueio 86T é idêntico ao relé de gás, bloqueando o comando de
fechamento dos disjuntores 12T1 e 19T1.
O desligamento dos disjuntores e a atuação sobre o relé de bloqueio 86T é idêntico ao relé de gás.
5-12
Figura 5-15 Mecanismo interno do DAP
5-13
Figura 5-18 Contatos do dispositivo de Alívio de Pressão - DAP
Em função da dilatação ou contração do óleo isolante do transformador causada pela temperatura ambiente
e pela variação da temperatura gerada pela parte ativa do transformador, o seu volume varia no interior do
tanque. Essa variação de volume vai para o tanque de expansão. O tanque de expansão é dividido em dois
compartimentos: tanque de expansão do tanque principal e do comutador.
O óleo isolante deve fluir livremente do tanque principal para o tanque de expansão, no entanto não deve
ter nenhum contato com o meio externo a fim de evitar a umidade. Sendo assim é necessário um mecanismo
de selagem do tanque de expansão para evitar esse contato.
Existem basicamente dois tipos de tanque de expansão, diferindo neles o tipo de selagem.
5-14
Os transformadores WEG utilizam a bolsa como forma de selagem.
Os indicadores desses níveis ficam em cada uma das laterais do tanque de expansão.
Os indicadores utilizados são indicadores magnéticos com contatos auxiliares. Dentro do tanque
de expansão é instalado uma boia que acompanha o nível do óleo e um ímã chamado “acionador”
é ligado ao eixo da boia. Um outro ímã fica ligado ao eixo do ponteiro, chamado de “acionado”.
Esse par de ímãs “acionado” e “acionador” fazem o acoplamento magnético de forma a não
precisar de uma comunicação física entre a boia e o ponteiro indicador, evitando assim furar o
tanque para a passagem de um eixo.
5-15
Existem no mercado vários modelos de INO que podem ser utilizados em transformadores.
Esses dispositivos são destinados a indicar o nível de óleo no interior do tanque de expansão, sinalizando
uma irregularidade no nível de óleo (tanto o mínimo como o máximo). Esse dispositivo não foi programado
para provocar desligamento do transformador, apenas geração de alarme para o supervisório, isso por que
em caso de vazamento do tanque principal em que possa comprometer o funcionamento do transformador,
esse vazamento deve expor o núcleo, mas antes que isso ocorra o relé de gás desligara o transformador. Já
o comutador externo não possui relé de gás, ou seja, em caso de vazamento, nenhuma proteção será atuada
e por esse motivo o indicador de nível do tanque de expansão do comutador possui um contato de
desligamento crítico. Esse contato de desligamento abrirá o disjuntor de 69 kV e o disjuntor de 34,5 kV, além
de atuar o relé de bloqueio.
5-16
Figura 5-23 Indicador de nível de óleo do tanque principal
Outra diferença entre os dois indicadores está no fato de que o reservatório do tanque de expansão do
comutador é bem menor portanto o movimento da boia é pendular.
5-17
5.6 Relé de ruptura de membrana
O relé de ruptura de membrana sinaliza para o relé SEL 787 que por sua vez avisa o sistema supervisório.
5-18
Figura 5-26 Atuação do relé de Ruptura de membrana
5.7 Secador de ar
Como visto anteriormente, existe uma bolsa dentro do tanque de expansão que isola o óleo do ar externo.
Dentro dessa bolsa entra e sai o ar que ocupa o espaço dentro do tanque e do lado de fora fica o óleo. Para
5-19
que o ar atmosférico não entre diretamente dentro da bolsa, ele é conectado através de tubos
a um secador de ar. Esse secador de ar trata-se de um compartimento contendo uma carga de
sílica-gel (cloreto de cálcio e sal de silício) com a função de absorver a umidade do ar externo. Essa
é uma precaução caso a bolsa dentro do tanque de expansão se rompa e o óleo entre em contato
com o ar de dentro dessa bolsa.
A sílica gel é um material altamente higroscópico, ou seja, tem a propriedade de reter a umidade
do ar. O processo pelo qual a sílica gel retém as moléculas de água é a adsorção.
O tamanho do secador é definido em função do volume de ar que o mesmo deve ser capaz de
secar para abastecer o tanque de expansão. Sendo assim, o conjunto menor é o secador de ar do
tanque de expansão do comutador e o conjunto com os dois secadores maiores é o do tanque
principal. A quantidade de janelinhas de inspeção ao longo do secador também é em função de
seu comprimento. Assim é possível acompanhar a evolução da saturação da sílica gel. Lembrando que o ar
entra pela parte de baixo do secador e sobe para o tanque de expansão. Com isso a tendência da sílica gel
na parte inferior do secador saturar mais rápido comparado com a porção superior do secador.
COLORAÇÃO
LARANJA SÍLICA GEL SÊCA
5-20
Figura 5-28 Fluxo de ar no interior do secador
A substituição da sílica-gel é feita inicialmente soltando o recipiente inferior do óleo. Em seguida gire o
secador para soltá-lo de sua tubulação. Feito isso, solte os tirantes que prendem a parte de cima com a parte
de baixo do recipiente de vidro.
5-21
Ao recolocar o secador no tubo, coloque fita teflon na rosca do tubo evitando assim a entrada
de umidade por esse ponto.
5-22
Figura 5-31 Tubo de Bourdon
Basicamente o fluído no interior do bulbo em contato com o óleo no interior do tanque do transformador
esquenta, dilatando-se. Essa dilatação do gás provoca uma deformação no tubo de bourdon causando um
deslocamento do ponteiro. Esse deslocamento do ponteiro é calibrado de tal forma que indique a variação
de temperatura sofrida pelo bulbo.
O dispositivo permite dois níveis de sinalização de temperatura, um de alarme e outro de desligamento.
5-23
5.8.2 Indicador de Temperatura do Enrolamento – ITE
Os ajustes dos vários níveis de temperatura de acionamentos dos contatos são feitos mecanicamente.
5-24
Figura 5-34 Ajustes dos níveis de temperatura
No modo automático o ITE é responsável por acionar o conjunto de motoventiladores para a refrigeração
forçada do óleo. O ITE aciona o conjunto VF1 ao atingir 70 oC e acrescenta a ventilação VF2 ao atingir 80oC.
O alarme de temperatura do óleo atua quando o medidor ITO atinge 95oC e na sequência o desligamento
(trip) é atuado quando a temperatura atinge 105oC.
De forma análoga os alarmes de enrolamento de baixa (X) atuam quando a temperatura do enrolamento
atinge 100oC e o desligamento ocorre quando temperatura do enrolamento atinge 110oC. O TC utilizado
para monitorar as correntes do enrolamento é o TC de bucha TC2 da bucha X2.
5-25
Alarme 95oC
Óleo
Desligamento 105OC
Alarme 100OC
Enrolamentos X2
Desligamento 110OC
Atuação VF1 (ONAF1) 70oC
Atuação VF1 e VF2 (ONAF2) 80oC
Na parte interna da porta, cada ventilador possui um conjunto de disjuntor motor para proteção de
sobrecarga e um contator para acionamento.
5-26
Figura 5-37 - Acionamento da Ventilação Forçada
Caso seja necessário os motoventiladores podem ser desligados individualmente, no entanto isso fará com
que um alarme no supervisório seja ativado, indicando falha na ventilação forçada.
Essa situação não deve ser prolongada uma vez que na eventualidade de uma falha real ocorra o operador
não ficará sabendo porque o alarme de falha da ventilação já estará atuado.
Para tanto proceda da seguinte forma:
• Localize o TAG do ventilador a ser tirado de serviço. O TAG fica localizado na lateral da proteção do
ventilador ou na traseira do motor;
5-27
• Procure no painel o conjunto de acionamento correspondente. As numerações dos
TAGs são coincidentes. Ex.: Q103 – conjunto disjuntor motor e contator / M103 – Motoventilador;
• Desligue o disjuntor motor;
• Solte a fiação do motoventilador e isole a fiação que ficou solta;
• Volte a ligar o disjuntor motor.
Esse último procedimento normaliza a subida de alarmes no supervisório e caso algum outro
motoventilador tenha sua proteção atuada irá sinalizar no supervisório.
5-28
Figura 5-40 Instalação do comutador no exterior do tanque
Apesar do comutador ser imerso em óleo o mesmo não tem contato com o óleo do tanque principal. E por
esse motivo possui tanque de expansão próprio e dispositivo de proteção apropriado (relé de pressão
súbita).
A correção da tensão é realizada pelo comutador alterando-se o número de espiras do enrolamento
primário, sem interromper o circuito de carga.
5-29
Figura 5-41 Interior do Comutador ABB do tipo UZ
5-30
5.10.1 O Comutador
- Contato Móvel: o contato móvel é composto de um contato principal de comutação e dois contatos de
transição. Na condição de repouso do comutador, a corrente de carga é levada pelo contato móvel principal.
- Engrenagem Genebra: A engrenagem Genebra converte o movimento contínuo do motor que movimenta
o comutador em um movimento de passos. Com isso o movimento da chave seletora ao invés de ser um
movimento contínuo, a energia desse movimento é armazenada e quando disparado executa o passo num
único movimento (como se fosse um tranco). A engrenagem Genebra também é usada para travar o sistema
de contato móvel quando em posição. Isso dá ao movimento da chave seletora rapidez e precisão.
5-31
Figura 5-44 Engrenagem Genebra
5.10.2 A comutação
Se o contato móvel simplesmente desse saltos de um contato fixo a outro, mesmo com a engrenagem
Genebra acelerando esse movimento, o comutador provocaria um grande faiscamento a cada movimento.
Para minimizar esse efeito existem dois contatos de transição montados juntamente com o contato
principal.
Por esse motivo o contato móvel é montado com um contato principal e dois contatos de transição.
(a) Posição inicial (posição 1) onde toda a corrente passa pelo contato principal;
(b) Quando o contato principal se desconecta, o contato de transição M2 entra em contato com a
posição 1;
(c) Na sequência o contato móvel faz contato também com a posição 2 através do contato de transição
M1. Nesse instante as posições 1 e 2 estão conectadas por uma resistência de transição;
(d) No instante seguinte o contato de transição M2 se desconecta da posição 1;
(e) Na posição final (posição 2), o contato principal está conectado e o contato de transição M1 já se
encontra aberto.
Como dito no início, o comutador tem uma posição central (posição 9) e oito posições para cima mais oito
posições para baixo. O que isso significa?
5-32
Num transformador, o lado onde é instalado o comutador é formado por um enrolamento fixo
e um enrolamento segmentado com várias derivações (Taps). É de se esperar que um
transformador com um comutador de 17 posições tivesse um enrolamento com 17 derivações.
No entanto o que ocorre é que para esse caso bastaria que ele tivesse 8 derivações e a partir da
posição central as oito posições sejam somadas ou subtraídas.
É intuitivo como são feitas as somas dos taps, no entanto a subtração utiliza o fato de que o fluxo que passa
pela bobina fixa e a bobina segmentada é o mesmo, portanto se conectarmos a bobina no extremo oposto
da bobina segmentada estaremos subtraindo a tensão ao invés de somar.
No comutador essa função é realizada pelo seletor de comutação. Esse seletor comuta entre uma
extremidade e outra do enrolamento segmenta do. Isso ocorre quando o comutador está na posição central
e é por esse motivo que a posição central possui as posições intermediárias, onde essa inversão ocorre.
Quanto mais complexa essa manobra mais posições intermediárias podem existir (em alguns comutadores
existem até cinco posições intermediárias (Ex.: 9A, 9B, 9C, 9D e 9E, além da posição 9).
No exemplo a seguir, o comutador está na posição 8 (a), utilizando apenas o primeiro trecho do enrolamento
segmentado. Quando passa para a posição 9 (b) nada acontece com a o seletor de comutação e em apenas
um passo a chave seletora desconecta o primeiro trecho e apenas o enrolamento fixo fica sendo utilizado.
Caso o comutador queira voltar da posição 9 para a posição 8 (a), novamente o primeiro trecho do
enrolamento é acrescentado, mas se o comutador for passar da posição 9 para a posição 10, ele precisa
executar dois passos. No primeiro passo o seletor de comutação passa da posição AB para a posição AC e o
comutador indicará a posição 9A (c). No segundo passo, a chave seletora passa da posição 9A para a posição
10 (d). Nesse instante, perceba que o trecho acrescido ao enrolamento fixo é o trecho final do enrolamento
segmentado e ele é conectado com a sua polaridade invertida, o que dá o efeito subtrativo trecho.
5-33
Figura 5-47 Comutação da região central
5-34
Figura 5-48 Painel do comutador
5-35
Na parte inferior estão os comandos elétricos locais e o ponto de inserção da manivela para
acionamento mecânico.
5-36
5.10.6 Acionamento manual
A inserção da manivela aciona um contato de fim de curso que corta a alimentação do motor garantindo a
segurança do operador. O sentido de rotação encontra-se indicado no próprio frontal, sendo o sentido
horário para subir o TAP e sentido anti-horário para descer o TAP.
O AVR é um relé regulador de tensão responsável por manter o nível de tensão secundário (34,5 kV) estável.
No modo automático, o AVR lê a tensão no secundário do transformador e em função do valor, comanda a
subida ou descida dos Taps do comutador.
5-37
Figura 5-53 AVR - Regulador de tensão
Assim que o relé detecta que a tensão do secundário encontra-se abaixo do valor limite nele configurado,
ele sinaliza a necessidade de subir o TAP e envia o comando para o comutador.
Além de monitorar a tensão, o AVR monitora também a corrente no transformador. Através dessas
informações o AVR tem condições de bloquear a comutação dos TAPs em casos de falha, como por exemplo
sub e sobretensão, sobrecorrente ou até mesmo potência reversa. Esse bloqueio é importante pois por
exemplo em casos de curto-circuito, além da elevada corrente ocorre também o afundamento da tensão e
não é desejável que o relé tente compensar essa falha com a subida de TAP.
A ocorrência de uma dessas falhas é indicada nos leds do equipamento.
5-38
Figura 5-55 LED´s de sinalização
A ocorrência de bloqueio devido a potência reversa é detectado em função da informação fornecida ao relé
do ângulo de fase entre a tensão e a corrente fornecida.
Na ocorrência do bloqueio, a mensagem “Bloqueio CDC” será mostrada no display do equipamento.
Caso essa potência reversa não seja uma anomalia (nos casos de geração de energia) é possível corrigir a
tensão realizando a subida ou descida dos TAPs de forma manual.
5.11.1 Navegação
5-39
O resultado da navegação é mostrada no display luminoso de duas linhas:
5-40
5.11.2 Comando sobe/desce TAP
Opcionalmente é possível utilizar o AVR para medição da posição do CDC através de sua coroa
potenciométrica. Com isso o AVR consegue informar a posição do TAP do comutador e comandar
manualmente a subida e descida dos TAPs.
A leitura da posição do comutador encontra-se no display de navegação indicado por:
O comando de subida e descida do TAP é feito inicialmente passando-se o AVR para o modo LOCAL.
Isso é feito seguindo-se os seguintes passos:
• A partir da tela inicial, pressione a tecla
• Em seguida utilize as teclas de navegação para selecionar entre as opções:
➢ Operação do CDC
➢ Paralelismo
➢ Modo de Operação
➢ Reset TAP Mínimo
➢ Reset TAP Máximo
5-41
5-42
5.12 Relé de Pressão Súbita do comutador
Nesse dispositivo, assim como no DAP, apesar de possuir dois contatos um de alarme e outro de trip, eles
atuam simultaneamente, não existindo assim dois estágios.
Ao detectar uma brusca variação de pressão, o relé envia um sinal de alarme para o sistema de supervisão
através do relé SEL 787 e um sinal de desligamento é enviado aos disjuntores 12T1 (disjuntor de 69 kV) e o
disjuntor 19T1 (disjuntor de 34,5 kV). Ainda através da lógica o relé atua no acionamento do (86T) que
bloqueia o comando de fechamento dos disjuntores.
5-43
Figura 5-60 Contatos de alarme e trip do Relé de pressão súbita
Existe na lateral do corpo do relé uma válvula do tipo esférica destinada a teste do equipamento.
Com a manopla do registro na posição vertical, o relé encontra-se em serviço e com a manopla na posição
horizontal, o relé passa a poder ser acionado para teste por um dispositivo externo (utilize uma pequena
bomba de ar manual);
5-44
Atenção!
Não aplique pressão excessiva no dispositivo sob pena de danificar seu
diafragma. Sua pressão de trabalho é 0,5 kgf/cm 2.
5-45
Figura 5-63 Vista interna (bomba e elemento filtrante)
5-46
A manutenção do equipamento deve ser feita pelos seguintes acessos:
(b) Tampa do compartimento do elemento filtrante;
(c) Fixação da tampa do tanque principal para acesso a bomba;
(d) Porca borboleta para acesso ao filtro;
(e) Elemento filtrante;
5-47
A sinalização verde indica que o filtro encontra-se em funcionamento e a vermelha indica que o
disjuntor encontra-se desligado.
Como foi dito inicialmente, o comutador possui 17 posições e a posição central corresponde a
posição 9 e vale 69.000 V. Também foi visto que cada passo do comutador equivale a 862,5 V.
Portanto se a posição 9 do comutador é a de 69.000 V, a posição 8 vale 69.863 V e a posição 10
vale 68.138 V.
Mas se a tensão no secundário estiver em 33.000 V. Devemos subir o tap ou baixar para que a tensão volte
para 34.500 V?
Supondo que o secundário esteja medindo 33.000 V então a provável medida do primário será:
66.000V
Se quiser calcular, comece calculando qual a relação do transformador no tap onde ele se encontra. Estamos
supondo que o comutador está no tap 9 portanto:
69.000
𝑛= = 3,464
34.500
√3
E é por isso que se o secundário estiver com 33.000 V a tensão no secundário primário será:
33.000
𝑉𝑝 = 𝑛 = 19.052,56 · 3,464 = 66,000 V
√3
Portanto devemos levar o comutador até o tap 12. Como inicialmente o tap estava na posição 9, devemos
subir até o tap 14 e portanto:
Sobe tap sobe tensão.
5-48
5.14.1 Comutador sem carga TSA
O transformador do TSA possui um comutador a vazio de 5 posições, significando que para trocar-
se a posição do tap do comutador é preciso desligar o transformador.
5-49
5.15 Textos de referências
O texto apresentado nesse documento tem caráter orientativo. Toda e qualquer informação
quantitativa de parametrização, offset, ou ajustes devem ser consultados no(s) seguinte(s)
documento(s) fornecidos pelo fabricante:
WEG. 10004366935: Transformadores, Reatores e Autotransformadores de Força – Manual de
Instalação, Operação e Manutenção. Blumenau, WTD, 2016
WEG. 10005567510-Rev. 04: Diagrama dos equipamentos auxiliares. Blumenau, WTD, 2018.
ABB. 1ZSE 5492-104 pt,Ver. 9: Comutadores em carga, tipo UZ – Manual Técnico. Brasil, ABB,
2003.
MORAES, Fernado S. DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO FILTRO DE ÓLEO PARA COMUTADOR SOB CARGA.
Monografia (Especialização em Administração Industrial) - Escola Politécnica da USP, São Paulo, SP, 2007.
5-50
6 SECCIONADORAS
6-1
Figura 6-2 SE Coletora - Seccionadora 69 kV abertura central
6-2
6.1 Seccionadoras de 69 kV
Cada polo é composto por uma parte ativa, com 01 conjunto de lâmina macho e um conjunto de
lâmina fêmea, duas colunas de isoladores montados sobre mancais rotativos, interligados de
modo a proporcionar o movimento simétrico das lâminas.
As operações tanto de abertura como de fechamento de uma seccionadora na medida do possível devem
ter seus movimentos sincronizados nas três fases. Essa verificação é visual assim como a confirmação de sua
operação.
6-3
Sempre que uma seccionadora for manobrada o operador deve verificar no pátio e confirmar
a operação, não devendo apenas confiar na informação apresentada no relé ou supervisório. É
obrigatório a confirmação visual da operação.
Os contatos principais fixos e móveis da extremidade são equipados com um contato auxiliar de
sacrifício também conhecido como restritor para proteger os contatos principais contra danos
causados por arcos, oriundos do chaveamento de correntes durante as operações de abertura e
fechamento.
No painel de comando localizam-se os mecanismos e controles para acionamento tanto elétrico quanto
manual da seccionadora.
No lado externo da porta encontram-se duas placas de identificação. A primeira apresenta informações do
Mecanismo de Operação, no de série, ano de fabricação, potência do motor, torque, tempo de operação da
seccionadora propriamente dita com seu n o de série, ano de fabricação, capacidade de condução de
corrente.
6-4
Figura 6-6 Placa de Identificação
6-5
Figura 6-7 Painel de comando
Os comandos elétricos tanto de abertura como de fechamento devem ser dados com a chave seletora na
posição “LOCAL”, no entanto caso exista uma condição que impossibilite a sua operação o relé irá bloqueá-
la, por exemplo se o disjuntor estiver fechado. Sendo assim, se mesmo com a chave na posição “LOCAL”, a
6-6
seccionadora não responder ao comando dos botões, verifique na sala de comando o motivo
do bloqueio (intertravamento).
No interior do painel encontra-se o motor, o bloco de contatos auxiliares, o moto-redutor onde é inserido a
manivela para acionamento manual da seccionadora.
Na porta encontram-se os disjuntores de alimentações a saber:
6-7
Figura 6-9 Disjuntores de alimentações dos circuitos
6-9
Figura 6-12 Acionamento tipo alavanca
6-10
Figura 6-13 Acionamento a manivela com intertravamento elétrico
6-11
Nas seccionadoras
com acionamento motorizado
também é possível realizar o
acionamento manual como
forma alternativa.
Para introduzir a manivela de
acionamento manual, uma
bobina solenóide do
intertravamento elétrico deve
ser energizada.
Isso é feito pressionando o
botão preto no painel elétrico.
Para tanto coloque a chave seletora na posição local e pressione o botão de atuação do intertravamento
elétrico.
Após a operação acima descrita será permitida a introdução da manivela para operação manual. A
introdução da manivela desacopla mecanicamente o motor do redutor. A retirada da manivela restabelece
as condições normais de operação elétrica.
Na eventual necessidade de acionamento manual sem tensão no intertravamento elétrico a lingueta que
obstrui a introdução da manivela poderá ser acionada manualmente.
Nos modelos onde o acionamento da abertura é manual, não existirá nenhum intertravamento, ou seja,
basta girar o botão no sentido indicado.
6-12
Figura 6-15 Acionamento manual da abertura de inserção da
manivela
Atenção!
Em caso de acionamento da seccionadora através da manivela, como não existe
nenhum intertravamento elétrico, deve ser tomado cuidado redobrado.
Ligado ao mesmo eixo de movimento da seccionadora está ligado um conjunto de contatos auxiliares.
6-13
Figura 6-16 Arvore de contatos auxiliares
O primeiro contato é responsável por desligar o motor quando a seccionadora finaliza a operação de
abertura e o segundo contato desliga o motor quando a seccionadora finaliza o seu fechamento.
A intensão é de evitar manobras de abertura ou fechamento por exemplo durante período de manutenção.
Para tanto, coloque a secionadora na posição desejada. Insira o pino de bloqueio conforme figura acima.
Coloque o cadeado e sinalize com um cartão informando autor do bloqueio, motivo e qualquer outra
informação que achar necessário.
O bloqueio simplesmente sinaliza sua intenção de evitar que a seccionadora seja manobrada, no entanto ele
não é o suficiente. Se alguém tentar manobrar a seccionadora elétrica ou mesmo manualmente, ela
conseguirá, causando com isso grande estrago no mecanismo de acionamento.
Para evitar manobras acidentais ou mesmo propositais, é preciso desacoplar o mecanismo de acionamento.
O desacoplamento é feito extraindo-se o pino indicado na figura a seguir. Ao desacoplar o mecanismo, o
motorredutor fica liberado para movimentação mesmo com os polos bloqueados. Isso é extremamente útil
caso se queira testar a movimentação do motor sem que haja movimentação dos polos da seccionadora.
Exemplo: a troca do motor exige que se façam testes de acionamento do mesmo, mas nem sempre é possível
manobrar a seccionadora.
6-15
Para desacoplar a seccionadora:
• Para retirar o pino de acoplamento, é preciso retirar o peso exercido pelo polo sobre o
mecanismo. Coloque o pino de bloqueio se ainda não estiver colocado.
• Movimente a seccionadora lentamente com a manivela na direção oposta, ou seja, se ela está
aberta, movimente no sentido de fechá-la até que perceba que o movimento está forçando o pino
de bloqueio. Faça isso enquanto tenta movimentar o pino de acoplamento.
• Assim que perceber que o pino de acoplamento ficou liberado, pare de movimentar a
manivela e retire o pino de acoplamento.
6-16
Figura 6-20 Indicação da posição do acoplamento
Atenção!
O posicionamento inicial, fazendo coincidir a posição física
dos polos com a posição indicada pela seta é muito importante para
que depois de acoplado, um comando de fechamento não tente
girar o mecanismo no sentido de abrir ou que o mecanismo tente
fechar a seccioandora sendo que os polos já estão fechados.
É válido salientar que esse acoplamento é feito de forma a haver o mínimo de folga em sua conexão para
que isso não contribua para o desalinhamento durante as manobras. Com o passar do tempo, a oxidação e
o acúmulo de sujeira irão dificultar a manobra de extração desse acoplamento. Então, se o bloqueio da
seccionadora não exige que se faça manobras com o motor, existe uma segunda forma de se bloquear o
acionamento elétrico ou manual da seccionadora:
• Bloqueie a seccionadora na posição desejada inserindo o pino de bloqueio;
• Sinalize e coloque um cadeado no pino de bloqueio;
• Agora, para que não seja necessário desacoplar a seccionadora, desligue o disjuntor do motor da
seccionadora;
• Tranque a porta do painel e providencie que essa chave fique bloqueada por todos os integrantes da
intervenção.
Atenção!
O mecanismo de trava é um dispositivo de segurança para evitar a
movimentação dos polos da seccionadora mas não impede a execução de
manobras elétricas ou manuais, podendo danificar o seu mecanismo. Apesar
de óbvio, não tente manobrar a seccionadora com a mesma bloqueada pois
ocorrerão danos ao mecanismo.
6-17
Nas seccionadoras manuais não é necessário um mecanismo de desacoplamento, portanto
existe apenas o mecanismo de bloqueio da seccionadora. Para tanto, basta manobrar a
seccionadora para a posição na qual deve ser bloqueada, colocar o pino de bloqueio e colocar um
cadeado.
Uma chave de aterramento acoplada a um secionador serve para aterrar a parte do circuito secionado e
desenergizado. Sua função é eliminar cargas capacitivas ou ainda uma tensão induzida por linhas paralelas
energizadas próximas ao circuito aberto.
Atenção
Deve ser frisado que apesar de chamada de chave de aterramento, sua utilização não
substitui a necessidade de utilização de aterramento provisório para execução de
trabalhos tanto na linha como no interior da subestação.
Quanto aos procedimentos de operação, a chave de aterramento deve ser operada com o máximo de
precaução e sempre em comunicação com a outra extremidade da linha.
A chave de terra deve ser utilizada apenas em caso de necessidade (caso haja trabalho a ser executado na
linha) e mesmo assim não dispensando o uso de aterramento temporário pela equipe.
6-18
Figura 6-22 Chave de Aterramento
6-19
6.3 Intertravamentos
Existem diversos intertravamentos para que a chave não seja manobrada indevidamente, tanto
elétrico quanto mecânico.
O intertravamento basicamente evita que a lâmina de terra seja fechada quando a secionadora
estiver fechada e vice-versa.
No caso do intertravamento elétrico, um contato (normalmente fechado) da seccionadora é
colocado em série com o circuito de comando da chave de aterramento, impedindo que a chave
seja operada se a seccionadora estiver fechada.
Esse mesmo intertravamento pode ser colocado na lógica de acionamento nos relés.
Caso ocorra um acionamento manual tanto da seccionadora quanto da chave de aterramento, existe o
intertravamento mecânico.
Trata-se de um conjunto mecânico que impedem o movimento das hastes de acionamento uma da outra
dependendo da posição aberto/fechado das mesmas.
Todos esses intertravamentos apenas verificam a posição de uma seccionadora em relação a outra, mas não
existe o intertravamento para verificação se a outra extremidade da linha foi desligada ou não. Esse cuidado
6-20
deve ser tomado através de planejamento (plano de manobra) e comunicação com as demais
SE´s envolvidas.
Sendo assim, evite o uso desnecessário da chave de terra, por exemplo toda vez que a linha é
desligada.
6-21
6.4 Chave Seccionadora de 34,5 kV
As
6-22
6.4.1 Chaves isoladoras do disjuntor geral 39T1-4 e 39T1-5
As chaves isoladoras dos disjuntores são chaves monopolares de acionamento manual através de
bastão de manobra.
Instaladas na vertical, uma de cada lado no alto da estrutura.
A seccionadora 39T1-5 encontra-se entre o disjuntor 19T1 e o
transformador 02T1 e a seccionadora 39T1-4 encontra-se entre o
disjuntor 19T1 e a barra de 34,5 kV
As manobras dessas seccionadoras devem ser realizadas com o
máximo de cuidado pois não há nenhum intertravamento (nem
elétrico ou mecânico) que impeçam as mesmas.
Portanto, é imprescindível abrir inicialmente o disjuntor 19T1 antes
de iniciar qualquer operação
Confirmar a ausência de tensão no secundário do transformador
utilizando um detector de tensão.
Essas chaves não possuem painel de acionamento e portanto não
disponibilizam contatos auxiliares para supervisão de posição.
Essa chave, de abertura central tem funcionamento similar à chave seccionadora motorizada, diferindo
apenas no seu acionamento feito por alavanca.
6-23
Figura 6-28 Seccionadora tripolar de 34,5 kV
6-24
Apesar do acionamento manual, a chave possui um conjunto de contatos auxiliares permitindo
a supervisão de posição através do sistema supervisório.
A chave fusível possui um mecanismo que abre o circuito assim que o elemento fusível se rompe.
Basicamente o elemento fusível segura uma mola e ao romper-se faz com que a mola empurre a faca para
fora.
6-25
Figura 6-31 Chave fusível
6-26
Figura 6-32 Movimento de abertura do mecanismo
6-27
Figura 6-34 Inserção do elemento fusível no cartucho
03- Puxe toda a sobra de forma a manter o elemento fusível esticado por dentro do cartucho.
04- Levante o mecanismo que irá prender a ponta do fusível e utilize o grampo para mantê-lo nessa
posição.
6-28
05- Pressione o conjunto articulado de forma ao cartucho ficar armado.
06- Passe a sobra da cordoalha do fusível em volta do mecanismo de forma a segurá-lo armado.
A partir desse ponto, sempre mantenha a cordoalha esticada para que o mecanismo não fique
folgado.
07- Passe a cordoalha por entre os dentes do mecanismo que estão levantados pela presilha.
6-29
Figura 6-38 Prendendo a cordoalha
08- Finalize dando algumas voltas no dente e passando a cordoalha para o outro lado, dando voltas no
dente para que fique simétrico e o dente prense a cordoalha por igual.
Essa finalização deve ser feita para que a cordoalha não volte com o passar do tempo, desarmando a
seccionadora indevidamente.
6-30
09- Por último, puxe a presilha para que o dente prenda a cordoalha.
O texto apresentado nesse documento tem caráter orientativo. Toda e qualquer informação quantitativa de
parametrização, offset, ou ajustes devem ser consultados no(s) seguinte(s) documento(s) fornecidos pelo
fabricante:
WEG. 10004506299-Rev 00: Secionadores Tripolares 15 a550 kV – Manual de Instruções para Instalação e
Manutenção. Itajaí, WTD, 2016.
WEG.10006337124-Rev 00: Secionador tripolar de abertura central,Horizontal (WSAC) 72,5 kV sem lâmina
de terra.Itajaí, WTD, 2019.
WEG.10006337124-Rev 00: Secionador tripolar de abertura central,Horizontal (WSAC) 72,5 kV sem lâmina
de terra.Itajaí, WTD, 2019.
WEG.10006337393-Rev 00: Secionador tripolar de abertura central,Horizontal (WSAC) 36,2 kV.Itajaí, WTD,
2019.
WEG.10006337393-Rev 00: Secionador monopolar de abertura Vertical (WSFC) 36,2 kV.Itajaí, WTD, 2019.
WEG.10006337393-Rev 00: Secionador monopolar de abertura tipo Forca Fusível (WSFF) 36,2 kV.Itajaí,
WTD, 2019.
WEG.10006345710-Rev 00: Caixa Comando 125Vcc 380 Vca 1200 – Diagrama Funcional.Itajaí, WTD, 2019.
6-31
WEG.10006468366-Rev 00: Caixa Comando WCMOT 125Vcc 125 Vcc 1200 – Dimensional da
Caixa.Itajaí, WTD, 2019.
WEG.10006345548-Rev 00: Caixa Comando Manual por Redutor 6 220 Vca – Diagrama de
fiação.Itajaí, WTD, 2019.
6-32
7 DISJUNTORES
7.1 Disjuntor de 69 kV
7-1
Figura 7-2 SE Coletora disjuntor de 69 kV
Disjuntores de classe de isolação de 72,5 kV possuem seus polos montados numa única base. Uma
consequência direta dessa construção é o fato de seu acionamento ser único para os três polos (molas de
abertura, fechamento e respectivas bobinas).
Um armário preso ao mesmo chassis dos polos envia os comandos para cada um dos polos através de uma
haste. Ainda nesse armário estão localizados os controles do disjuntor e o conjunto de comando local do
equipamento.
Individualmente, cada polo é composto por duas porcelanas montadas uma sobre a outra. Na parte superior
encontra-se a unidade interruptora. A parte inferior basicamente tem a função de isolação contra a terra.
(ABB, 1HYB 800001-25 Rev. C).
7-2
Figura 7-3 Visão geral disjuntor 69 kV
O disjuntor possui no interior de cada polo um contato fixo no topo da sua parte superior e logo abaixo
encontra-se o contato móvel.
7-3
Figura 7-4 Polo de disjuntor de 72 kV
O movimento do contato é dado por uma haste de material isolante e impulsionado por molas.
O disjuntor possui duas molas. A maior é a de fechamento e uma menor a de abertura.
Um motor carrega a mola de fechamento através de sua compressão. Quando essa mola é disparada pela
bobina de fechamento, a mola movimenta a haste, fechando o contato e ao mesmo tempo essa mola de
fechamento comprime a mola de abertura, carregando a mesma.
Sempre que a mola de fechamento é disparada, na sequência o motor torna a carregá-la, ou seja, em
condições normais de operação a mola de fechamento sempre se encontra carregada, tanto com o disjuntor
aberto quanto fechado. Já a mola de abertura somente é carregada quando o disjuntor é fechado (carregada
pela mola de fechamento) portanto enquanto o disjuntor estiver aberto a mola de abertura estará
descarregada.
Com essa lógica de funcionamento, garante-se que se o disjuntor estiver fechado, a mola de abertura estará
carregada, dando condições do disjuntor ser aberto quando necessário. Já a mola de fechamento pode não
estar carregada caso o motor não esteja operando. Isso impede o disjuntor de fechar, o que pode ser um
problema, no entanto um problema menor do que se o disjuntor estivesse fechado sem condições de abrir.
7-4
Como dito anteriormente, o mecanismo que dispara as molas tanto de abertura como de
fechamento são bobinas eletromecânicas. Uma bobina de fechamento, que dispara a mola de
fechamento e duas bobinas de abertura que simultaneamente disparam o mecanismo de
acionamento da mola de abertura. Essa redundância garante ainda mais a abertura do disjuntor
em caso de necessidade.
Durante a manobra de abertura do disjuntor sob carga, com a separação dos contatos, ocorre a
formação de um arco elétrico, independentemente de ser uma carga nominal, uma sobrecarga
ou uma falta.
No início da abertura, a pouca distância entre os contatos recém afastados provoca o início do arco que
devido ao calor intenso provoca a ionização do meio que por sua vez passa a ser mais condutor, facilitando
a continuidade e progressão do arco mesmo com o afastamento dos contatos.
7-5
Figura 7-5 Sequência de extinção do arco no interior do polo (VANGUARD, 2019)
A tendência do arco formado seria de continuar, no entanto, como o sinal é senoidal, assim que o semi-ciclo
passa pelo zero esse arco cessa.
Mas assim que o próximo semi-ciclo se inicia o arco voltaria a se formar pois a alta temperatura e o meio
ionizado ainda se mantem presente.
Para que isso não ocorra, um conjunto de válvulas e cilindros na parte inferior da unidade interruptora forma
um êmbolo que aproveita o movimento de abertura do disjuntor e pressiona o gás (SF6) na direção do ponto
onde os contatos se separaram.
Esse jato tem duas funções:
7-6
• Substituir o gás que foi ionizado pelo arco por uma nova quantidade de gás;
• Resfriar os contatos que foram aquecidos durante a formação do arco.
7-7
Para descargas atmosféricas indiretas, ou seja, nas proximidades da linha de transmissão, a
onda de tensão induzida chega a uma taxa de 10 kV/µs e o pico de tensão chega a valores
inferiores a 100 kV.
Para descargas ocorridas diretamente na linha de transmissão a taxa de crescimento pode variar
de 100 a 1.000 kV/µs. (MAMEDE, 2013)
Corrente nominal: 2000 A
Valor eficaz da corrente em regime permanente que o disjuntor deve suportar.
Corrente de interrupção nominal de curto-circuito simétrico: 31,5 kA
Valor eficaz da componente alternada da corrente de curto-circuito;
Corrente de interrupção nominal de curto-circuito assimétrico: -
Componente CC: 45%
Componente contínua da corrente de curto-circuito
Corrente suportável de curta duração: 31,5 kA 1s
Valor de pico da corrente suportada pelo disjuntor na posição fechada
7-8
7.1.4 Monitoramento da pressão de gás SF6
O disjuntor utiliza o gás SF6 (Hexafluoreto de Enxofre) como meio de isolação, extinção e
resfriamento no interior de suas câmaras.
A pressão do gás pode ser monitorada através do manômetro instalado em sua estrutura.
O densímetro disponibiliza dois contatos de sinalização:
ALARME: indica que a pressão está abaixo do nível de trabalho, mas ainda em condições de
operação.
TRIP: indica que a pressão está abaixo do nível de trabalho e não apresenta mais condições de
operação. Nesse ponto o disjuntor recebe um sinal de desligamento e seu comando de fechamento é
bloqueado evitando futuras manobras. Esse conjunto de operações é interno ao disjuntor, independendo
de lógica externa ou de operação do relé de proteção.
Bloqueio:
Em caso de uma densidade muito baixa do SF6, o bloqueio de função SF6 impede qualquer acionamento do
disjuntor, tanto de abertura como de fechamento, uma vez que a baixa densidade não garante a extinção
do arco bem como a isolação em caso de abertura.
Para saber quais são as pressões de trabalho, alarme e trip consulte o manual do fabricante da seção “Textos
de Referência”
7-9
7.1.5 Painel de Comando
No frontal existem duas pequenas alavancas que comandam mecanicamente o acionamento do disjuntor,
não necessitando de alimentação.
7-10
Figura 7-9 Mecanismo de acionamento
Também é possível carregar a mola manualmente acoplando-se uma manivela no ponto indicado na figura.
7-11
Figura 7-11 Circuito elétrico de acionamento
7-12
Ainda no painel encontram-se os comandos elétricos do disjuntor:
• Manopla de comando elétrico de fechamento e abertura do disjuntor;
• Chave seletora LOCAL/REMOTO;
Para efetuar o comando através desses botões, passe a chave seletora para a posição “LOCAL” e em seguida
manobre a manopla para realizar o fechamento e abertura.
Em condições normais de operação, a chave seletora deve ficar na posição “REMOTO” para que a sua
operação possa ser realizada pela sala de comando.
O disjuntor de 34,5 kV, similar aos disjuntores de alta tensão, também são responsáveis pela abertura e
fechamento do circuito durante sua energização. Também como no caso anterior, deve ser capaz de
interromper o circuito em caso de atuação da proteção.
Nos casos de uso externo, devem ter igual robustez para as condições de trabalho.
O setor de 34,5 kV possui três disjuntores:
• 19T1 disjuntor geral do secundário do transformador;
• 19F1 disjuntor de entrada (alimentado pelo parque;
• 19F2 disjuntor de entrada (alimentado pelo parque;
7-13
Figura 7-14 SE Coletora disjuntor de 34,5 kV
Os disjuntores de classe de isolação de 36 kV possuem seus polos montados também numa única base e
também possuem acionamento ser único para os três polos (molas de abertura, fechamento e respectivas
bobinas).
Um armário preso ao mesmo chassis dos polos envia os comandos para cada um dos polos através de uma
haste. Ainda nesse armário estão localizados os controles do disjuntor e o conjunto de comando local do
equipamento.
Individualmente, cada polo é composto por duas porcelanas montadas uma sobre a outra. Na parte superior
encontra-se a unidade interruptora. A parte inferior basicamente tem a função de isolação contra a terra.
(SIEMENS. 4P-0080-03-94900-001AA, 2019).
No interior da porcelana do disjuntor Siemens encontra-se uma ampola chamada de interruptor a vácuo,
composta de um contato móvel que se desloca por uma guia e é vedado por um fole metálico.
7-14
Figura 7-15 Interruptor a vácuo disjuntor 3AF01
A separação dos contatos durante a abertura do disjuntor provoca uma descarga de vapor metálico na forma
de plasma condutivo. Isso faz com que a corrente se estabeleça por esse vapor metálico condutivo até a
passagem do ciclo por zero. Nesse instante a corrente cessa e com isso o arco é extinto. O vapor metálico
por sua vez se condensa sobre as superfícies metálicas em um curto período de tempo (microssegundos).
O vapor metálico sendo condensado a rigidez dielétrica entre os dois contatos (fixo e móvel) é restabelecido.
A rápida dispersão do arco durante a interrupção de correntes elevadas se dá por dois princípios. O campo
magnético gerado pelo arco acaba deslocando o mesmo fazendo com que não ocorra um sobreaquecimento
excessivo dos contatos. Além disso, o fato do vapor metálico ser altamente condutor, faz com que a
diferença de potencial entre os contatos que se afastaram não passar de 20 a 200V. Isso diminui a duração
do arco pois dispersa rapidamente além de diminuir a energia do local da extinção.
7-15
7.2.2 Dados de Placa
7-17
7.2.3 Painel de comando
7-18
O conjunto elétrico encontra-se do lado direito.
O carregamento de mola é motorizado, onde a cada disparo de fechamento um motor volta a carregar a
mola.
No entanto, em caso de falha do motor, por qualquer motivo (queima do motor, mal contato da fiação de
alimentação...) é possível realizar o carregamento da mola de fechamento através de uma manivela.
Apesar de indicado no frontal do painel, junto ao ponto de inserção, o seu sentido de giro da manivela, seu
encaixe impede a tentativa de giro em sentido contrário.
7-19
Ainda no encaixe da manivela, existe um mecanismo que impede o solavanco em caso de
acionamento acidental do motor, fazendo com que o encaixe recue.
É possível realizar a operação manual de fechamento e abertura através do acionamento dos botões no
frontal do painel mecânico.
Lembre-se esse acionamento é totalmente mecânico e independe de intertravamentos elétricos ou do relé.
Atenção!
O acionamento mecânico deve ser utilizado apenas em caso de
manutenção com o circuito desenergizado. Nunca uma operação de
energização ou desenergização de circuito deve ser realizada pelo
painel do disjuntor. Essas operações sempre devem ser realizadas
remotamente.
Uma outra opção mecânica é a atuação direta sobre as bobinas de fechamento e abertura.
7-20
Basta pressionar o êmbolo das bobinas para acionar mecanicamente o disjuntor.
O disjuntor Siemens 3AF 01 permite uma modalidade diferenciada de manobras para fins de
manutenção. Trata-se do acionamento lento de fechamento e abertura.
Essa operação deve ser realizada em condições especiais:
• O início do procedimento deve ser feito com o disjuntor aberto;
• As molas de abertura e fechamento devem estar descarregadas;
• Os circuitos de alimentações dos comandos devem estar desligados;
• O circuito de alimentação do motor deve estar desligado.
O acionamento lento deve ser realizado apenas para manutenções preditivas, como por exemplo para
substituição de alguma peça ainda em operação. Isso porque para que se coloque o disjuntor em condições
para essas manobras devem ser realizadas as seguintes operações:
Se o disjuntor estiver aberto:
• Desligue a alimentação do motor de carregamento de mola;
• Feche o disjuntor;
• Agora abra o disjuntor;
Isso garante que ambas as molas estão descarregadas.
Caso o disjuntor esteja fechado:
• Desligue a alimentação do motor de carregamento de mola;
• Abra o disjuntor;
• Feche o disjuntor para descarregar a mola de fechamento;
• Abra novamente o disjuntor agora para descarregar a mola de abertura.
Garantidas as condições inicialmente propostas, para fechar o disjuntor através do acionamento lento,
posicione a alavanca conforme figura a seguir.
7-21
Figura 7-22 Manobra lenta
Com um movimento lento e sempre segurando pressionado a alavanca para baixo, movimente a alavanca
para baixo até que o mecanismo trave o disjuntor na posição fechado.
Para abrir o disjuntor, faça uma pressão inicial da alavanca para baixo e mantenha a pressão sobre a
alavanca. Pressione o botão de abertura mecânica do disjuntor mantendo a alavanca pressionada e
lentamente movimente a alavanca para cima até que a pressão diminua.
Atenção!
Essas manobras não devem ser realizadas com as molas de abertura ou
fechamento carregadas.
Nunca essas manobras devem ser realizadas para energizar o desenergizar
circuitos.
7-22
Figura 7-23 Disjuntores de Alimentação
Para a realização de manobras locais, ou seja, através dos botões do painel, passe a chave seletora do
disjuntor para a posição LOCAL.
Em seguida pressione os botões vermelho para ligar o disjuntor e verde para desligar o disjuntor.
Para a realização de comandos através do seu respectivo relé de proteção ou pelo sistema supervisório, a
chave seletora deve ser passada para a posição REMOTO.
7-23
Atenção!
Os disjuntores jamais devem ser operados diretamente através de seu painel
para energizar ou desenergizar circuitos, ou seja, para uma manobra segura,
abra as seccionadoras tanto a montante quanto a jusante do disjuntor antes
de realizar uma manobra local.
O texto apresentado nesse documento tem caráter orientativo. Toda e qualquer informação
quantitativa de parametrização, offset, ou ajustes devem ser consultados no(s) seguinte(s) documento(s)
fornecidos pelo fabricante:
ABB, 1HYB 800001-25 Rev. C: MANUAL DE PRODUTO – Disjuntor de potência para área externa – Modelo
de tanque vivo Tipo EDF SK 1-1, ABB, Gujarat, 20xx.
ABB, 2GDB212E1851087.001 Rev. C: Disjuntor Tripolar EDF72SK1-1 com mecanismo de operação FSA –
CADERNO DIMENSIONAL DO DISJUNTOR. ABB, 2019
ABB, 2GDB201E1851087.001 Rev. B: Disjuntor Tripolar EDF72SK1-1 com mecanismo de operação FSA –
DIAGRAMA FUNCIONAL. ABB, 2019
SIEMENS. ZSBR A7B10001328523 B: Disjuntor Tripolar a Vácuo para uso Externo – 36 kV. Siemens AG,
2019.
SIEMENS. 4P-0080-03-94900-001AA: Instruções de Operação – 3AF01 – Disjuntor a vácuo para uso ao
tempo 36/40,5 kV. Siemens AG, 2019.
MAMEDE Filho, João. Manual de Equipamentos Elétricos. LTC, Rio de Janeiro, 2013
VANGUARD.Youtube: Substation Circuit Breaker Testing. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=dW2YYABJAac. Acesso em 26 de jun de 2019.
7-24
8 PARA RAIO
Apesar do nome “para-raio”, a função desse equipamento não é apenas de proteger contra raios.
Instalados na entrada linha e próximo às buchas de alta do transformador, os para-raios protegem
esses pontos da subestação contra surtos de tensão oriundos da linha provocados por descargas
atmosféricas, sobretensão por efeito ferrante devido a capacitância da linha, desligamento
repentino de cargas elevadas.
Nos transformadores de potência quando desligados em vazio, toda sua energia magnética
acumulada não tem por onde se dissipar, afinal o primário foi aberto, ficando essa energia armazenada em
sua capacitância própria, que por sua vez, nos transformadores é muito baixa. Por outro lado, a elevada
indutância do transformador com o circuito aberto provoca uma elevada tensão que pode danificar as
isolações dos enrolamentos.
8-1
Figura 8-2 SE Coletora
Os para-raios, têm seu corpo produzido em óxido metálico com isolação de 72kV, e suportam correntes de
até 10kA, 60Hz. Os óxidos metálicos têm como principal característica a sua não linearidade de sua
resistência.
Nos para-raios ela é feita de forma a possuir resistência elevada para seu valor nominal de tensão, ou seja,
para tensões na faixa de 120 kV a corrente será de alguns mA, corrente essa incapaz de provocar
aquecimento no para-raio.
Para tensões acima desse valor o óxido metálico apresenta uma alta capacidade de condução de corrente
de surto, fazendo com que essa tensão baixe. O rápido reestabelecimento da alta resistência assim que essa
tensão baixa faz com que a corrente subsequente não seja elevada. Essa rápida atuação e rápido
reestabelecimento faz com que a tensão praticamente se mantenha constante no equipamento protegido.
No caso mais extremo como as descargas atmosféricas diretas, a corrente pode passar de 10 kA, chegando
algumas vezes a danificar o corpo do para raio. O limite para esses para raios é de 63 kA por um período de
0,2s.
8-2
Figura 8-3 Vista construtiva de um Para raio
O exterior de um para-raio pode ser de material cerâmico ou polimérico, existindo vantagens e desvantagens
em ambos os casos.
Durante a supressão do surto, uma alta corrente circula pelo interior do para-raio, o que significa dizer que
ocorre uma alta dissipação de energia no corpo do para-raio e consequentemente uma considerável geração
de calor. Sendo esse calor intenso pode provocar danos estruturais como nos poliméricos o estufamento e
o rompimento do seu corpo polimérico.
Já nas porcelanas existe o risco da pressão interna provocar a explosão da porcelana com grande risco dos
fragmentos atingirem outros equipamentos a sua volta.
Para-raios de corpo polimérico são leves, no entanto, possuem pouca resistência a flexão, podendo em
alguns casos vir a deformar até mesmo com o peso do cabo. Não devem nunca serem usados como
estruturas de apoio em substituição a um isolador de pedestal (IP).
Os para-raios de porcelana por outro lado, apesar do seu peso superior, suportam maior carga lateral.
O para raio deve ter sua base aterrada, por onde a corrente de descarga irá fluir. Nessas condições o para
raio pode ser montado diretamente na estrutura tanto metálica como no capitel de concreto e o
aterramento pode ser executado com cabo de cobre nu. A bitola do cabo a ser utilizado bem como a
quantidade de cabos devem seguir um estudo.
Quando utilizado um contador de descarga, a instalação deve ser alterada nos seguintes pontos:
• A base do para raio deve ser isolado da estrutura e para tanto deve ser montado sobre isoladores;
• O contador de descarga deverá ser montado em série entre o para raio e o ponto de aterramento na
malha da subestação;
• O cabo que interliga o para raio e o contador de descarga deverá ser isolado;
• Apenas o trecho entre o contador de descarga e o ponto de aterramento poderá ser executado com
cabo de cobre nu.
8-4
Figura 8-5 Contador de descarga
8-5
8.5 Textos de referências
O texto apresentado nesse documento tem caráter orientativo. Toda e qualquer informação
quantitativa de parametrização, offset, ou ajustes devem ser consultados no(s) seguinte(s)
documento(s) fornecidos pelo fabricante:
BALESTRO. PBPE – Rev. 00: Guia de Manuseio e Instalação – Para-raios para subestação PBPE.
Balestro, 2019
BALESTRO. 4R502590/3: Conjunto de montagem para-raios poliméricos tipo estação MOD. PBPE
60/10/2/M/P – 10 kA Classe 2, Fixação por base 3 furos com base isolante e com conjunto
conector Tipo NEMA 4 furos. Balestro, 2015.
BALESTRO. 4K531936/4-Rev. 05: Placa de identificação Universal Para-raio tipo PBPE classe 2. Balestro,
2018.
MAMEDE Filho, João. Manual de Equipamentos Elétricos. LTC, Rio de Janeiro, 2013
8-6
9 TRANSFORMADOR DE CORRENTE
9-1
Figura 9-2 TC de 69 kV SESobrado
Serão tratados aqui os TC´s de baixa impedância (TC´s de barra), no entanto os de alta impedância (com
várias espiras no secundário) têm o mesmo princípio de funcionamento.
Considere P1 e P2 os terminais do primário e I1 a corrente que circula por esse primário. Seja ainda S1 e S2
os terminais do secundário e I2 a corrente que circula por esse enrolamento.
Sendo I1 uma corrente alternada, ao passar pelo enrolamento primário (barra), provoca um fluxo magnético
que encontra um caminho preferencial através do núcleo (toroide). Esse mesmo fluxo, também alternado,
corta as espiras do secundário, provocando a circulação de uma corrente I2.
9-2
Figura 9-3 TC de barra toroidal
A relação entre as correntes I1 e I2 é diretamente proporcional à relação entre suas espiras N1 e N2. Em
particular, no exemplo acima o primário é uma barra simples, passando apenas uma vez. Portanto N1 = 1.
A relação é portanto:
11 𝑁2
=
𝐼2 𝑁1
Uma característica dos TC’s de baixa impedância é a pouca quantidade de espiras. Por outro lado, são
equipamentos que trabalham com grandes valores de correntes, normalmente centenas e até mesmo
milhares de apères. Isso faz com que a intensidade do fluxo em relação à quantidade de espiras seja muito
grande. Isso equivale a dizer que a força contra-eletromotriz se necessária pode ser muito intensa, o que
acontece quando por exemplo o secundário de um TC é aberto.
É chamado de TC tipo “top core” quando seu núcleo é construído no topo do equipamento. Trata-se de um
compartimento hermeticamente fechado totalmente preenchido de óleo. Nele estão mergulhados o
enrolamento primário, os vários núcleos do tipo toroidal e os secundários do TC. A expansão do óleo causada
pela variação da temperatura é acomodada em uma membrana (fole) feita em aço inoxidável localizada no
topo do equipamento.
9-3
Figura 9-4 Corte transversal de um TC
Essa membrana possui um indicador de nível que permite acompanhar o estado da expansão do óleo ou
eventual anomalia em seu nível.
9-4
Figura 9-5 Membrana com indicador de nível
Uma vez que são necessários seguir normas para que sejam atendidas classe de exatidão, precisão,
requisitos térmicos entre outras características, é inviável a produção de TCs com relações arbitrárias. Sendo
assim, a ABNT normalizou valores de correntes primárias, como mostra a tabela a seguir:
9-5
9.1.4 Fechamentos do primário
Apesar do primário ser uma simples barra, é possível construir o equipamento com várias barras
e alterar seu fechamento.
9-6
E nos casos em que um mesmo TC será utilizado por vários equipamentos, é possível colocar-se
mais de um núcleo no TC.
A representação por escrito dessas variações de relações bem como as diversas combinações também foi
normalizada pela ABNT (ABNT, NBR6858, 1992).
Sinal Função
: Representar relações nominais
- Separar correntes nominais e relações nominais de enrolamento diferentes
X Separar correntes nominais e relações nominais obtidas por religação série ou paralelo
/ Separar correntes nominais e relações nominais obtidas por derivações
Tabela 9-2 – Sinais para representação de correntes nominais e relações nominais (ABNT, NBR6858, 1992 p11)
Exemplos:
a) TC com um enrolamento primário e um enrolamento secundário:
20:1
100-5A
b) TC de dois núcleos, com um enrolamento primário e dois enrolamentos secundários:
20:1-1
100-5-5 A
9-7
c) TC de um núcleo, com um enrolamento primário para ligação série e paralelo e um
enrolamento secundário:
20x40:1
100x200-5A
d) TC de um núcleo, com uma derivação no enrolamento primário ou no enrolamento
secundário:
20/40:1
100/200-5A
Obs.: Texto parcial retirada da norma (ABNT. NBR6858, 1992 p.11)
9-8
TPS – Transformador de corrente com baixo fluxo de dispersão, cuja performance é definida
pela característica de excitação secundária e os limites de erro da relação de espiras. Nenhuma
limitação para o fluxo remanescente.
TPX – O limite de exatidão é definido pelo erro instantâneo de pico durante um ciclo transitório
especificado. Nenhuma limitação para o fluxo remanescente.
TPY – O limite de exatidão é definido pelo erro instantâneo de pico durante um ciclo transitório
especificado. O fluxo remanescente não excede 10% do fluxo de saturação.
TPZ – O limite de exatidão é definido pelo erro da componente AC instantânea de pico durante
uma energização simples, com máximo deslocamento DC para uma constante de tempo
secundária especificada.
9-9
Proteção: significa que nos extremos do enrolamento (S1-S3)
para relação máxima 600:5A ou 800-5A (dependendo do fechamento
primário), a potência de carga máxima deve ser 45 VA, ou seja se a corrente
é 5 A e temos que P=I2.R temos então que a carga máxima poderá ser de R
= 1,8Ω para essa condição de carga, numa condição de falta onde I f = 20xIn = 20 x 5A = 100A. A
tensão nesse instante será V = 1,8Ω.100A = 180V. Portanto a tensão que o TC deve suportar em
seus terminais sem que ele sature é de 180V.
Os enrolamentos:
Enrolamento 1: Enrolamento de
medição, classe 0,3%. Os terminais
extremos S1-S3 tem a relação
400x800-5A e potência máxima de
45VA. Isso significa que se a carga nos
terminais não pode passar de 1,8
para que o equipamento possa
garantir a precisão, podendo
inclusive saturar o enrolamento.
Enrolamento 2 e 3: enrolamentos de
proteção, os extremos S1-S3, com
erro de até 10 % na condição extrema de 20xIn.
Sendo a potência de carga máxima de 45 VA, ou seja se a corrente é 5 A e temos que P=I 2.R teremos
então que a carga máxima poderá ser de R = 4,0Ω. Numa condição de falta onde If = 20xIn = 20 x 5A
= 100A. A tensão nesse instante será V = 1,8Ω x 100A = 180V. Portanto a tensão que o TC deve
suportar em seus terminais sem que ele sature é de 180V.
Com relação ao enrolamento primário do TC, ele é composto de duas barras, tendo assim opção de ser
ligados em série ou paralelo, atendendo ainda assim as correntes primárias de 300/600 e 400/800A.
9-10
Figura 9-10 Possibilidades de fechamento do primário do TC
9-11
Figura 9-11 Transformador de Corrente de 34,5 kV SE Sobrado
9-12
9.3.1 TC´s de entrada do transformador
• Enrolamento 1: Classe 5 a 50 VA 0,3: apresenta erro de até 0,3% para potência fornecida pelo
secundário entre 2,5 e 45 VA, para qualquer relação. Esse enrolamento é destinado à
medição, podendo inclusive ser utilizado para medição de faturamento;
• Enrolamento 2 e 3: Classe 45VA 10P20: permite erros de até 10% para uma corrente de até
20 x In. Enrolamento destinado a proteção.
9-13
9.3.2 TC´s Alimentadores
• Enrolamento 1 e 2: Classe 5 a 45 VA 0,3: apresenta erro de até 0,3% para potência fornecida
pelo secundário entre 2,5 e 45 VA, para qualquer relação. Esse enrolamento é destinado à
medição, podendo inclusive ser utilizado para medição de faturamento;
• Enrolamento 3: Classe 50VA 10P20: permite erros de até 10% para uma corrente de até 20 x
In. Enrolamento destinado a proteção.
9-14
9.4 Textos de referências
O texto apresentado nesse documento tem caráter orientativo. Toda e qualquer informação
quantitativa de parametrização, offset, ou ajustes devem ser consultados no(s) seguinte(s)
documento(s) fornecidos pelo fabricante:
BALTEAU. BBC185884V01: Transformador de Corrente TCR-72. Balteau, 2018.
BALTEAU. BBC185884V02: Placas de Características TCR-72. Balteau, 2018.
BALTEAU. BBA000001V0A-Rev4: Manual de Instruções-Transformador de Corrente Modelo
TCR. Balteau, 2017.
BALTEAU. D184542002-Rev2: Placas de Características. Balteau, 2019.
BALTEAU. D184543002-Rev2: Placas de Características. Balteau, 2019.
ABNT. NBR 6858 – Transformador de corrente. Rio de Janeiro, ABNT, abr/1992.
9-15
10 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
10-1
Figura 10-2 TC 69 kV SE Coletora
10-2
Figura 10-3 TPI e TPC
10-3
Para tensões acima de 138 kV, a dificuldade está na fabricação de enrolamentos com grande
quantidade de espiras em função da sua grande relação de transformação.
Ex.: um TP de 230.000V-115V a relação seria de a relação seria 2000:1 ou seja para cada 1 volta
de espira do secundário, o primário teria 2000. Se o secundário tiver 100 espiras (o que é pouco
para o secundário) o primário teria 200.000 espiras (o que já é muito).
Para contornar essa dificuldade, utiliza-se um divisor capacitivo para provocar uma queda de
tensão e acoplado a ele uma unidade indutiva para finalizar a transformação, apresentando a
tensão de 115V.
Uma segunda função do TPC é compor o filtro LC em conjunto com a bobina de sintonia para a teleproteção
utilizando um sinal modulado sobre a tensão transmitida pela linha.
Num TPC basicamente o divisor capacitivo é quem promove a queda de tensão, portanto para tensões
primárias maiores bastando acrescentar mais módulos capacitivos.
10-4
Figura 10-6 Montagem física do divisor capacitivo
Quando utilizado para teleproteção, é instalada na linha uma bobina para que juntamente com o TPC
formem um filtro LC. O sinal que irá para o painel de teleproteção sai do ponto HF (no final do divisor
capacitivo). Nessas condições a chave de aterramento do Carrier deve ficar na posição aberta e o
aterramento de referência para o TPC ficará por conta da bobina de drenagem. Quando o carrier não estiver
sendo utilizado a chave de aterramento deve ficar fechada.
Uma segunda chave de aterramento existente do lado oposto do tanque do TPC destina-se a curto-circuitar
o último capacitor do divisor capacitivo, zerando a tensão do transformador intermediário. Nessas
condições, o secundário do TPC fica zerado. Essa condição (com a chave de aterramento fechada) não deve
ser mantida por períodos prolongados pois expõe o restante do divisor capacitivo a uma sobretensão. O
fabricante sugere que esse período não passe de 6 horas.
10-5
10.1.2 Indicador de nível de óleo
O compartimento tanque/bucha de um TPI é completamente selado para que o óleo não tenha
nenhum contato com o ambiente externo. Isso traz um problema para a sua dilatação.
A principal função do óleo mineral dentro do TP é a de isolar as partes ativas em relação ao seu
compartimento. No entanto, uma função secundária é a de resfriar o núcleo do transformador.
Sendo assim, devido a essa troca de calor, o óleo acaba aumentando seu volume conforme
aumenta a sua temperatura.
Para que esse aumento de volume do óleo não prejudique a estanqueidade do equipamento, na
parte superior da bucha é montado um fole metálico capaz de expandir e comprimir aumentando
o espaço para o óleo expandir.
Uma pequena janela mostra o movimento de expansão e compressão do topo do fole servindo de indicador
de nível do óleo.
Grupo 1: destinados a serem ligados entre duas fases energizadas, possuindo a mesma classe de isolação
em H1 como em H2.
10-6
Figura 10-9 Grupos de TP´s
Grupo 2: Utilizados para conexão entre fase e neutro, o terminal H2 destinado a conectar-se a terra, tem
sua isolação bem menor.
Grupo 3: Também destinado a conectar-se entre fase e neutro, o terminal H2 é conectado internamente à
carcaça.
Nos TP’s de alta tensão, são comuns os grupos 2 e 3.
Para o grupo 2 o TP possui uma pequena bucha para conexão do H2, onde o aterramento deverá ser feito.
Normalmente o fabricante já fornece o equipamento com o H2 conectado à carcaça do tanque.
10-7
Figura 10-11 Bucha H2
Nos TP’s do grupo 3 o terminal H2 não está acessível pois sua conexão é interna ao tanque. Sendo assim, ao
realizar-se o aterramento do tanque, automaticamente H2 estará aterrado.
O aterramento do H2 se faz necessário como referência da medição (os TP’s do grupo 2 e 3 medem em
relação a terra).
Já o secundário do TP não necessitaria de terra como referência, mas o aterramento é feito por questões de
segurança.
O TP possui os enrolamentos isolados, portanto o fato do primário estar aterrado não implica que o
secundário também esteja.
Ao contrário dos TC´s, os secundários dos TPs não utilizados não devem ser curto-circuitados, mas nunca
devem deixar de ser aterrados num dos terminais.
10-8
10.1.6 Os enrolamentos
10-9
• Enrolamento 2: enrolamento de proteção, 2X1-2X2 com erro de até 0,6 % na condição
de consumo de carga de até 75 VA a relação será 350:1
As diversas formas existentes de TP´s são em função da aplicação. No geral com o corpo em resina
epoxy, no entanto podem variar conforme o uso:
• Aplicação interna/externa;
• Ligados a barramentos ou cabos;
• Ligados entre fases ou fase/neutro;
10-10
Figura 10-14 Placa de identificação
Os TP´s de uso externo diferenciam-se dos de uso interno pela bucha de porcelana ou polimérico. Isso se faz
necessário pois a porcelana lisa e normalmente esmaltada ou o material polimérico impedem que a poeira
e resíduos seguidos de chuva não se acumulem com facilidade no material. Também esses dois materiais
são mais resistentes à exposição seguida e alternada de chuva e sol. Nada impede que se utilize um TP de
uso externo para aplicações internas, no entanto o inverso não deve ser feito
10-11
Figura 10-15 Diferenças entre TP´s externos e internos
O texto apresentado nesse documento tem caráter orientativo. Toda e qualquer informação quantitativa de
parametrização, offset, ou ajustes devem ser consultados no(s) seguinte(s) documento(s) fornecidos pelo
fabricante:
10-12
11 Resistor de Aterramento
Num sistema trifásico equilibrado temos sempre que no seu centro estrela, quando existente, seu potencial
é zero.
Isso significa que em um transformador onde o fechamento for estrela e o mesmo estiver equilibrado seu
terminal H0 (se for na alta) ou X0 (se for na baixa) pode ser aterrado, pois seu potencial é zero.
Mas não é por isso que aterramos esses terminais. O raciocínio é o inverso. Queremos fixar o potencial do
centro estrela para que num eventual desequilíbrio das fases (por exemplo um curto fase-terra) não haja um
deslocamento do centro estrela, pois desloca consequentemente as outras fases, provocando uma
sobretensão nas mesmas.
Sendo assim aterrar solidamente com um cabo o centro estrela parece uma excelente solução... Mas não.
11-1
Quando desequilibramos o sistema, a somatória das três correntes deixa de ser zero, ou seja,
temos o início de uma circulação de corrente de neutro.
E para ser mais exato a corrente de neutro é exatamente o resultado do desequilíbrio, portanto no caso de
uma falta a terra, a corrente de neutro será exatamente o valor dessa falta.
Uma solução para minimizar o problema está no meio termo entre deixar o neutro isolado e aterrá-lo
solidamente a terra.
A instalação de um resistor de aterramento dificulta, diminuindo a circulação da corrente de neutro mas em
contrapartida devido a queda de tensão sobre o mesmo, causa uma pequena elevação de tesão no neutro
e respectiva sobretensão nas demais fases.
Literalmente uma resistência, o resistor de aterramento é composto de várias pequenas lâminas de aço inox
conectadas em série, formando um zig-zag dessas folhas. Uma peculiaridade do resistor de aterramento é
que em uma de suas extremidades em caso de falta, terá sobre ele uma tensão podendo chegar a alguns
milhares de volts.
Ao contrário de quando aterramos a bucha X0 diretamente à terra onde normalmente é utilizado um cabo
de cobre nu, no caso da utilização de um resistor de aterramento, devido ao surgimento de uma tensão,
essa conexão deve ser protegida utilizando cabos de média tensão com terminações apropriadas. Da mesma
forma, no resistor de aterramento, o lado
que é conectado à bucha X0 deve ser
protegida evitando assim contatos
acidentais.
11-2
Figura 11-4 Interior de um Resistor de Aterramento
11-3
Tensão do sistema: 34,5 kV
Corrente Nominal: 400 A
Resistência a 40oC: 50
Tempo de carga na corrente nominal: 10s
O resistor de aterramento deve ser ensaiado sempre que for realizada a manutenção preventiva
da subestação.
Devem ser conferidas a sua resistência nominal e sua resistência de isolação.
Devem ser conferidas as conexões, principalmente o aterramento da extremidade oposta da resistência pois
um mal contato desse ponto pode fazer com que a carcaça do resistor sofra uma flutuação de tensão
apresentando assim grande risco ao toque.
O texto apresentado nesse documento tem caráter orientativo. Toda e qualquer informação quantitativa de
parametrização, offset, ou ajustes devem ser consultados no(s) seguinte(s) documento(s) fornecidos pelo
fabricante:
OHMIC. 70070100022: Resistor de Aterramento 34,5 kV 400A – Desenho Dimensional, OHMIC, 2019.
11-4
12 INTRODUÇÃO A REDE DE COMPUTADORES
WAN: caracterizam-se por ser um conjunto de redes LAN. Normalmente conectadas por roteadores;
12.3 Topologias
Barramentos (Bus): são ligados no mesmo cabo e precisam de terminador em cada ponta para eliminar
reflexões do sinal. (cabos coaxiais). Desvantagens em caso de rompimento do cabo
Anel (Ring): é preciso de duas interfaces de rede em cada equipamento. Nessa configuração, cada
equipamento é ligado ao seu adjacente, um em cada interface. A sutil diferença com o barramento é que
nele é necessário apenas uma interface de rede por equipamento.
12-1
Estrela: nesse caso cada equipamento é conectado a um dispositivo concentrador, podendo
ser um switch ou um roteador. Uma solução simples utilizada antigamente eram os Hubs.
A vantagem consiste na estabilidade do sistema e rapidez de localização do problema
Malha: Nessa topologia cada nó possui mais de uma conexão. Como essas conexões algumas até
redundantes precisam ser gerenciadas, elas são feitas por roteadores, sendo assim mais
encontradas em WANs e dificilmente em LANs.
Os roteadores podem alterar o caminho para evitar trechos com defeito ou com tráfego intenso,
procurando então uma rota alternativa.
Híbrida: quando mais de uma topologia é integrada à rede, por exemplo duas redes estrelas
conectadas a um “back bone”.
12.4 TCP/IP
Classes de Endereços
12-2
Classe A
Primeiro octeto de 1 a 126 (o bit mais significativo do primeiro octeto é zero)
Máscara padrão: 255.0.0.0
Classe B
Primeiro octeto varia de 128 a 191 (o bit mais significativo do primeiro octeto é 1 e o segundo é
zero)
Máscara padrão: 255.255.0.0
Classe C
Primeiro octeto varia de 192 a 223 (os dois primeiros bits do primeiro octeto são 1 e o terceiro é zero)
Máscara padrão: 255.255.255.0
Endereços reservados
Endereços públicos: usados na internet
Endereços privados: utilizados em redes internas:
Classe A: do 10.0.0.0 até 10.255.255.255
Classe B: do 172.16.0.0 até 172.31.255.255
Classe C: 192.168.0.0 até 192.168.255.255
Endereço Loopback: usado para teste: 127.X.X.X
Endereço de auto-configuração: 169.254.X.X – o equipamento adota esse endereço quando configurado
para receber automaticamente um IP e não encontra o servidor de DHCP.
Considera-se um domínio simples de colisão quando dois ou mais equipamentos estão conectados entre si
através de um hub, portanto cada equipamento (por exemplo computadores) compartilha a banda de rede
disponível com os demais (enquanto um transmite os demais precisam aguardar). Os switches são utilizados
12-3
para separar esse único domínio de colisão em vários domínios melhorando assim a
performance e a estabilidade da rede.
12.7 Hub
Hub ou concentrador é um dispositivo que interliga diversos dispositivos para que funcionem
num mesmo seguimento de rede (domínio de colisão). Uma rede cujos equipamentos são
interligados por um hub tem sua topologia em estrela, portanto como se todos os equipamentos
estivessem conectados a um único barramento.
Em termos de camadas os hubs trabalham na camada 1, ou seja, na camada física do modelo OSI.
Sempre que um equipamento deseja comunicar-se com outro, ele distribui essa informação para todos os
integrantes da rede (broadcast) e somente o computador destinatário responde a ele. Nesse intervalo em
que ele envia o broadcast nenhum outro computador pode enviar uma mensagem. Cada equipamento que
queira enviar uma mensagem precisa aguardar sua vez para enviar um broadcast para todos os outros para
localizar seu destinatário.
Sendo assim para um hub é indiferente em qual porta um computador é conectado pois ele não tem um
controle de onde cada equipamento está conectado e justamente por isso a cada pacote ele é obrigado a
enviar para todas as suas portas.
12.8 Switch
Um switch de camada 2 melhora a performance da rede devido a redução do domínio de colisão. O switch
nas primeiras tentativas de modo análogo ao hub, envia a mensagem para todas as suas portas e aguarda a
resposta. Quando a resposta é recebida ele armazena em uma tabela o endereço MAC de quem respondeu
e a porta por onde essa resposta chegou. Num segundo envio de mensagem para esse mesmo endereço
MAC, ele já sabe para qual porta enviar não precisando mais disparar um broadcast.
Mas e se você mudar o computador de porta? Na realidade o switch quando envia um pacote diretamente
para uma determinada porta que já consta em sua tabela, ele confere se o endereço MAC é o mesmo de sua
tabela. Caso não seja o endereço esperado ele adota o procedimento inicial e envia para todas as portas
novamente em busca do destinatário.
12.9 VLAN
Uma VLAN (Virtual Local Area Network) é uma forma de estrutura uma rede de forma que seu tamanho não
afete o desempenho. Com a configuração de VLANs em uma rede é possível separar vários equipamentos
conectados ao mesmo switch de forma que um grupo não consiga comunicar-se com outro.
Isso pode aumentar a segurança pois consegue separar um sistema com dados sigilosos do resto da rede
evitando acessos não autorizados.
12-4
Aumenta o desempenho em função da ocupação da largura de banda pela diminuição de
equipamentos.
Limita a propagação de um broadcast para equipamentos que não fazem parte da VLAN.
As VLANs nos switches são configuradas nas portas, portanto, da mesma forma que o isolamento
entre redes é uma vantagem, se um equipamento for trocado de porta ele pode ficar fora de sua
VLAN e consequentemente perderá a comunicação com os outros equipamentos.
O comando ping disparou quatro pacotes de 32 bytes para um equipamento com endereço
192.168.100.200 (uma impressora de rede).
O primeiro pacote levou 41 ms até chegar ao destino e remotamente ser acionado e retornar com a
informação. O último pacote levou 2 ms.
Ao final é apresentado um pequeno resumo informando quantos pacotes foram enviados e quantos
foram perdidos assim como a média dos tempos de resposta dos pacotes.
O campo TTL (Time to Live) é um cronômetro regressivo do tempo de vida que um pacote tem na
rede. A cada roteador que ele passa (chamado de salto ou hop) seu valor é decrementado em 1. Caso
essa contagem atingir o valor zero o pacote é descartado para evitar que fique perdido em looping
na rede sem achar o seu destino.
12-5
O sistema operacional por padrão define os seguintes valores de TTL:
O comando ipconfig permite verificar quais placas de rede estão presentes no seu computador e informa
quais os endereços e mascara de rede estão configuradas em cada uma.
12-6
12.12 Rede da SE Seccionamento
12-7
12.12.2 Painéis PIHM, PLTF e PPCBM
12.12.3 PMF
O painel de medição e faturamento possui quatro medidores, sendo dois para cada alimentador, um
principal e outro retaguarda.
Eles encontram-se ligados em estrela a dois switches SEL-2725, que por sua vez está conectado via fibra do
DIO ao painel de PMF da SE Seccionamento.
O texto apresentado nesse documento tem caráter orientativo. Toda e qualquer informação quantitativa de
parametrização, offset, ou ajustes devem ser consultados no(s) seguinte(s) documento(s) fornecidos pelo
fabricante:
• Desenho de Arquitetura Geral do Sistema
12-8
13 Relés de Proteção
Os relés utilizados na subestação são relés da SEL - Schweitzer Engineering Laboratories e mais
especificamente a família 700.
- Relé de proteção da linha (UPCL1) – SEL 751
Essa relé é responsável por detectar faltas na linha e para isso estão configuradas as seguintes
proteções:
• Sobrecorrentes de fase instantâneas e temporizadas (50/51);
• Sobrecorrente de neutro residual instantâneo (50G);
• Subtensão (27);
• Sobretensão (59).
- Relé de proteção Diferencial de trafo (UPCT1 e UPCT2) – SEL 787
O relé de proteção diferencial tem como função principal a proteção do transforamdor.
As funções configuradas nesse relé são:
• Proteção diferencial de trafo (87T);
• Proteção de falha restrita a terra (REF em algumas literaturas 87G) do secundário;
• Sobrecorrente de fase instantânea e temporizada (5051) do primário;
• Sobrecorrente de fase instantânea e temporizada (5051) do secundário;
• Sobrecorrente residual instantânea de neutro (50G) do primpario;
• Sobrecorrente residual temporizado e instantânea de neutro (50/51G) do secundário;
- Relé de proteção de Alimentadores Entradas (UPCE1 e UPCE2) – SEL 751
São as proteções do secundário (23,1 kV) dos transformadores TR1 e TR2:
• Sobrecorrentes de fase instantâneas e temporizadas (50/51);
• Sobrecorrente de neutro residual instantâneo (50G);
• Subtensão (27);
• Sobretensão (59).
- Relé de proteção de Alimentadores Saídas (UPCS1 e UPCS2) – SEL 751
São as proteções dos cubículos alimentadores da fábrica
• Sobrecorrentes de fase instantâneas e temporizadas (50/51);
• Sobrecorrente de neutro residual instantâneo (50G);
• Subtensão (27);
• Sobretensão (59).
18
13.1 Família SEL 700
É possível através do frontal do relé acessar as suas diversas funcionalidades como verificar
leituras, navegar pela lista de eventos ou até mesmo trocar sua configuração.
Existem basicamente três regiões distintas no frontal do relé:
• IHM em tela de cristal líquido
• LEDs de sinalização
• Botões do comando
Esses dois últimos apresentam de forma simplificada informações de atuações das proteções e o
estado do sistema (relé em local/remoto, teleproteção ligado/desligado)
A tela inicial do relé consiste de um display de duas linhas onde é possível navegar utilizando-se o teclado,
conforme indicado a seguir.
19
Figura 13-2 Tela frontal
Esse menu apresenta diversas possibilidades de operações, no entanto vamos explorar apenas algumas de
suas opções.
A navegação pelos menus é feita basicamente pelo teclado
O menu consiste de vários itens dos quais apenas dois de cada vez aparecem nas duas linhas do display. Com
as setas para cima e seta para baixo é possível fazer com que os outros itens apareçam no
display. O item selecionado é aquele marcado pelo prompt, o sublinhado na primeira letra. Na figura abaixo
é o item Meter.
Para acessar os submenus do item apontado pelo prompt basta pressionar a tecla ENTER
Para voltar de qualquer submenu para o menu anterior basta pressionar a tecla ESC (escape)
20
Figura 13-4 Menu principal.
Fundamental: apresenta os valores das principais grandezas (tensão, corrente, potências) apenas da
frequência fundamental (60 Hz) não levando em consideração eventuais harmônicos.
Demand: apresenta as leituras das potências aparente, ativa e reativa, além do fator de potência.
Energy: O submenu Energy apresenta um segundo submenu com as opções de Display e Reset. A primeira
apresenta a leitura das energias desde o último reset. A segunda reseta os registros zerando seus valores.
21
Figura 13-6 Opção de Display/Reset
Max/Min: Registra os valores máximos e mínimos ocorridos desde o último reset dos valores de tensão,
corrente, potência. Assim como o submenu Energy, esse ítem também apresenta as opções de Display e
Reset.
O item seguinte é o Events que permite visualizar a lista de eventos com a informação de data e hora da
ocorrência do evento.
Conforme visto anteriormente para a opção Reset, a opção de Clear limpa os eventos da lista.
O item Target mostra os valores das variáveis binárias do relé desde bits indicativos de ocorrência de alguma
atuação de trip até valores de entradas e saídas digitais.
22
Pelo fato do relé possuir apenas duas linhas de apresentações a informação é apresentada de
forma resumida. O relé mostra uma linha de oito bits sendo cada bit correspondente a uma
variável. A tabela completa da sequência com que essas linhas são apresentadas deve ser
consultada no manual.
Os comandos do menu Control podem ser utilizados quando o bloco interno do disjuntor é configurado.
Passando assim a aceitar os comandos de abertura e fechamento através do menu.
O cadeado apontado nas opções indica que uma senha será solicitada durante a operação.
13.1.6 Set/Show
23
Figura 13-10 Menu Set/Show
13.1.7 Status
O item Status mostra informações referentes ao relé (no de série, part number)
24
Figura 13-12 Menu Breaker
Para realizar determinadas tarefas como alterar valores de parametrização ou comandar equipamentos,
uma senha será solicitada:
Para digitar a senha percorra letra por letra com as setas do teclado e pressione ENTER a cada letra
selecionada e ao final da senha selecione Accept (localizado no topo da tabela) e por fim ENTER.
A senha solicitada é a de Nivel 2: TAIL.
Para futuras consultas:
Usuário de nível 1 : ACC Usuário de nível 2 : 2AC
Senha de nível 1 : OTTER Senha de nível 2 : TAIL
25
13.1.10 Conjunto de Pushbuttons
O conjunto de pushbutton (oito em alguns modelos e 4 em outros) são botões configuráveis que
possibilitam interagir com a lógica do relé.
Podem interagir comandando equipamentos (abertura/fechamento) ou alterando status
(Locar/Remoto) bloqueando e desbloquenado funções (79, 86, 50N).
Cada botão possui dois leds agregados que possibilitam indicar o status das operações
executadas. Os leds ainda podem ter suas cores configuradas e alteradas em tempo de execução.
26
14 Relés de Proteção
Os relés utilizados na subestação são relés da SEL - Schweitzer Engineering Laboratories e mais
especificamente a família 400.
- Relé de proteção Diferencial de Linha (87L) – SEL 411L
O relé de proteção diferencial de linha trabalha aos pares, ou seja, cada relé fica em uma
extremidade da linha lendo o valor de corrente e comparando esses valores. Caso a diferença
entre esses valores lidos ultrapassar um limite definido o relé interpreta como sendo uma falta
ocorrida na linha.
- Relé de proteção Diferencial de Trafo (87) – SEL 487
A proteção diferencial de trafo de forma similar ao diferencial de linha, verifica a corrente que passa
pelo primário e compara com a corrente do secundário do trafo, faz considerações em relação a
relação de transformação, relações dos TC´s e diagrama fasorial e com isso consegue detectar através
da diferença dessas correntes uma falha interna do transformador.
- Unidade de Controle – SEL 451
Esse relé além de possuir funções básicas de proteção (sobrecorrente, sub e sobretensão, sub e
sobrefrequência entre outros) também é responsável por controlar a lógica de abertura e
fechamento dos equipamentos de pátio.
É possível através do frontal do relé acessar as suas diversas funcionalidades como verificar leituras, navegar
pela lista de eventos ou até mesmo trocar sua configuração.
Existem basicamente três regiões distintas no frontal do relé:
• IHM em tela gráfica de cristal líquido
• LEDs de sinalização
• Botões do comando
Esses dois últimos apresentam de forma simplificada informações de atuações das proteções e o estado do
sistema (relé em local/remoto, teleproteção ligado/desligado)
18
Figura 14-1 Frontal do Relé SEL-400
A tela inicial do relé, dependendo de sua função, pode ser o diagrama unifilar simplificado (se for uma UC –
unidade de controle) ou pode apresentar uma série de valores, normalmente leituras de tensão e corrente
(se for um relé de proteção F1 ou F2).
A partir de uma das telas iniciais, pressione o botão “ENTER” para entrar na tela de menu.
19
Esse menu apresenta diversas possibilidades de operações, no entanto vamos explorar apenas
algumas de suas opções.
A navegação pelos menus é feita basicamente pelo teclado
O menu consiste de vários itens dos quais ficam listados na tela gráfica. Com as setas para cima e seta
para baixo é possível fazer com que o cursor (um retângulo em volta do item) se mova para os outros
itens do display. O item selecionado é aquele marcado pelo cursor, o retângulo sobre o item. Na figura
abaixo é o item Meter.
Para acessar os submenus do item apontado pelo cursor basta pressionar a tecla ENTER
Para voltar de qualquer submenu para o menu anterior basta pressionar a tecla ESC (escape)
20
14.1.2 Fazer leituras das medições
Uma das funções básicas que podemos executar nos relés são as verificações das leituras de seus
valores.
O item seguinte é o Events que permite visualizar a lista de eventos com a informação de data e hora da
ocorrência do evento.
21
Figura 14-7 Visualização da lista de eventos
Conforme visto anteriormente para a opção Reset, a opção de Clear limpa os eventos da lista.
Esse item permite visualizar os diversos alarmes referentes ao disjuntor. O manual do relé específico deve
ser consultado para saber quais são as informações que cada um pode fornecer.
22
Figura 14-8 Menu Relay Elements
Este item permite comandar equipamentos (disjuntor), alterar valores de variáveis ou até mesmo forçar
valores das saídas do relé.
23
Figura 14-11 Comando de Disjuntor
14.1.7 Set/Show
24
Figura 14-13 Set/Show
25
14.1.9 View Configuration
Esse item serve para testar tods os pixels da tela. Ao entrar nela, pressionado-se a tecla
ENTER a tela alterna invertendo os pixels acesos com os apagados.
Para retornar ao menu principal basta pressionar a tecla ESC
Essa tela tem a função similar ao Logout, ou seja, caso tenha sido inserida a senha de nível 1 ou 2 para acesso
a alguma tela do relé esse item permite abandonar esse nível sem que seja necessário aguardar o timeout
do sistema.
Outra possibilidade é o comando dos equipamentos através da navegação direta na tela do relé.
Através dessa navegação é possível abrir e fechar disjuntores e seccionadoras do pátio sem a necessidade
do sistema supervisório.
A partir do menu principal navegue com as setas até a opção ONELINE DIAGRAM. Ela é a última opção e não
fica visível na tela. Navegue com a seta para baixo até chegar na opção, ou se estiver posicionado na primeira
opção do menu principal, pressione apenas uma vez a seta para cima.
26
Figura 14-16 Seleção da Navegação
27
Figura 14-18 Comando de equipamento
Para realizar determinadas tarefas como alterar valores de parametrização ou comandar equipamentos,
uma senha será solicitada:
28
Figura 14-19 Disposição dos caracteres
Para digitar a senha percorra letra por letra com as setas do teclado e pressione ENTER a cada letra
selecionada e ao final da senha selecione Accept (localizado no topo da tabela) e por fim ENTER.
A senha solicitada é a de Nivel 2: TAIL.
Para futuras consultas:
Usuário de nível 1 : ACC Usuário de nível 2 : 2AC
Senha de nível 1 : OTTER Senha de nível 2 : TAIL
O conjunto de pushbutton (oito em alguns modelos e 4 em outros) são botões configuráveis que possibilitam
interagir com a lógica do relé.
Podem interagir comandando equipamentos (abertura/fechamento) ou alterando status (Locar/Remoto)
bloqueando e desbloquenado funções (79, 86, 50N).
29
Cada botão possui dois leds agregados que possibilitam indicar o status das operações
executadas. Os leds ainda podem ter suas cores configuradas e alteradas em tempo de execução.
30
15 Software de acesso aos relés
15-1
Um teste rápido para verificação se o seu computador está na mesma rede do relé é
utilizar o comando “ping” através de uma janela de “Prompt de Comando”.
Agora é só configurar o programa QuickSet para conectar-se ao relé desejado, da seguinte forma:
No programa QuickSet vá para o menu:
Comunicação →Parâmetros
Na janela Parâmetros de Configuração preencha as seguintes informações:
Tipo de Conexão Ativa: Rede
Endereço IP do Host: 192.168.101.11 número de IP do relé
Opção de Transferência do Arquivo: FTP
ID do Usuário: 2AC
Senha: TAIL
Senha Nível Um: OTTER
Senha Nível Dois: TAIL
Obs.: procure não mexer nas demais configurações a menos que saiba o que está fazendo.
15-2
Figura 15-3 Configuração do AcSELerator QuickSet
Utilizando o programa QuickSet é possível visualizar de forma fácil algumas medições, para isso acesse o
botão de IHM do programa.
15-3
Na tela de IHM selecione o item Phasors para poder visualizar as medições.
Também é possível fazer leituras de informações do relé através de sua janela de comandos, similar
à janela de Prompt de Comandos do Windows.
15-4
Na janela de comandos aparecerá inicialmente um prompt “=”, digite na sequência
“ACC” e em seguida pressione a tecla “ENTER”.
Exemplo:
=ACC <ENTER>
Password:
Digite a senha “OTTER”. Quando o prompt “=>” aparecer a janela estará pronta para receber
comandos.
Teste os seguintes comandos:
• MET
• MET DIF (apenas no relé SEL 787 e SEL 411L
• STA
• SHO
• SER 100
Esse último comando mostra a lista de sequencial de eventos, ou seja no exemplo os últimos 100 eventos
registrados pelo relé.
15.3 Oscilografia
Nesse instante o programa irá buscar uma lista de todas as oscilografias registradas. Você precisará saber a
data e o horário da oscilografia desejada.
Selecione a oscilografia desejada e em seguida pressione o botão “Obter Eventos”.
15-5
Figura 15-9 Lista de eventos registrados pelo relé
Com o Internet Explorer localize o diretório onde foi salvo a oscilografia e com dois clicks abra o arquivo.
O programa QuickSet cria um arquivo de extensão .CEV. Caso precise de um arquivo no formato CONTRADE,
basta que abra o arquivo CEV e o próprio programa converte esse arquivo.
15-6
Figura 15-10 Arquivo de oscilografia gravado
Pressionando o botão Pref (fica bem escondido por uma falha do programa) é possível personalizar a
visualização da oscilografia.
15-7
16 INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE PROTEÇÃO
As falhas que ocorrem com frequência no sistema elétrico de potência (SEP) originam-se do curto-
circuito, provocando assim as circulações de correntes de alta intensidade. As causas podem ser
variadas:
• Queda de linhas de transmissão;
• Defeitos em equipamentos (falha em TC´s, TP´s, Transformadores);
• Descarga atmosférica;
• Falha do consumidor;
Além do curto circuito, temos ainda a sobretensão, subtensão, sobrecarga como causas de falhas do sistema.
Como consequência temos:
• Desligamento de equipamentos (Transformadores, Reatores, Bancos de capacitores);
• Desligamento de linhas de transmissão;
• Desligamento de subestações;
• Desligamento cascata (blackout);
O objetivo do sistema de proteção é então isolar o foco do problema desconectando a parte contendo a
falha de forma a preservar os equipamentos envolvidos e ao mesmo tempo minimizar essas porções a serem
desligadas.
Requisitos básicos de um sistema de proteção moderno conforme Mamede, 2016 [1]:
• Seletividade: consiste em projetar-se o sistema de proteção de forma que a porção desligada seja a
menor e mais próxima do defeito;
• Zonas de atuação: na ocorrência de uma falta o sistema de proteção deve ser capaz de identificar se
a natureza da falha encontra-se dentro ou fora da zona protegida. Estando a causa da falha dentro
dos limites da zona protegida os elementos de desconexão devem isolar essa zona em seu tempo
definido. Caso a falha esteja localizada fora da zona protegida o sistema deve ser capaz de não atuar,
mesmo que detectando sua influencia (falta passante);
• Velocidade: Uma vez definida pelo sistema que que o tempo de atuação da desconexão deve ser o
mínimo possível de forma a reduzir as avarias do sistema, reduzir o tempo de afundamento da tensão
durante a ocorrência da falha;
• Sensibilidade: consiste na precisão com que o sistema reconhece os valores de operação ao não
operação.
• Confiabilidade: é a propriedade do elemento de proteção atuar com exatidão as funções que lhe
foram confiadas;
1
Mamede Filho, João PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA Editora LTC, 2016
16-1
• Automação: é a propriedade que define ao relé operar automaticamente na ocorrência
de um evento se assim for definido pelo projeto e retornar sem auxílio humano, se assim for
habilitado a fazer.
Como o próprio nome indica, essa função de proteção atua com a ocorrência de uma corrente
superior à estabelecida.
A função de sobrecorrente (direcional ou não) pode ser a função principal de proteção como por
exemplo em alimentadores ou redes de distribuição, mas também pode ser ajustada como função
retaguarda de uma outra. Nesse caso é desejável que a função de sobrecorrente atue após a atuação de
uma função principal. Por exemplo, na proteção de uma linha de transmissão, a função que primeiro deve
tirar uma linha de operação é a proteção de distância ou o diferencial de linha, mas se por algum motivo
essa proteção não atuar, a sobrecorrente pode ser ajustada para para desligar a mesma antes que a
ocorrência danifique a linha ou seus equipamentos.
A proteção principal de um transformador é o diferencial, mas o mesmo tem a função de atual apenas na
ocorrência de um defeito interno. Uma ocorrência de curto-circuito no secundário do transformador (em
sua carga) não deve atuar a proteção diferencial e nesses casos uma proteção de sobrecorrente tanto na
alta como na baixa pode complementar essa proteção sendo inclusive mais seletivo, desligando por exemplo
apenas o secundário se isso eliminar a falta.
Uma das grandes vantagens da proteção de sobrecorrente é o baixo custo e facilidade de ajuste na sua
implementação.
Em contrapartida a sua grande desvantagem é a necessidade de constante reajuste a cada alteração da carga
a ser protegida.
Quanto ao tipo os relés podem ser:
• Relés Primários: fazem leitura direta da corrente e atuam na abertura do disjuntor de forma
mecânica;
• Relés Secundários: Fazem a leitura da corrente através dos secundários de TC´s. A atuação sobre o
disjuntor é feito através de um contato auxiliar sobre a bobina do disjuntor;
Quanto a tecnologia dos relés:
1 Relés Mecânicos: são mecânicos a maioria dos relés primários e também os relés eletromagnéticos.
Este último não requer alimentação externa pois a própria corrente de leitura sensibiliza o conjunto
eletromagnético (um êmbolo acionado por um eletroímã);
2 Relés secundários de Indução: seu acionamento e feito por um disco movido pelo campo magnético
gerado pela corrente, similar aos leitores de energia residenciais.
3 Relé Estáticos: são relés construídos de componentes estáticos (transistors e circuitos integrados). Por
serem eletrônicos são de baixo consumo de energia. Outra característica importante é a faixa de ajuste
contínua o que possibilita sua fácil coordenação com os demais relés.
16-2
4 Relés digitais: são relés microprocessados e por isso na maioria permitem a
implementação de lógicas de atuação dos seus contatos. Atualmente podem ser ligados em rede
permitindo comunicação entre relés e computadores (para supervisão) e também permite a
comunicação entre relés (inclusive de fabricantes distintos) aumentando assim sua flexibilidade
na implementação de lógica e consequentemente diminuindo a necessidade de fiação entre os
mesmos.
As desvantagens dos relés digitais sâo:
• Durabilidade menor (estima-se de 10 a 15 anos) em contrapartida ainda encontram-se relés
eletromecânicos em operação, passando de 30 anos;
• Com a facilidade com que os hardwares evoluem os relés rapidamente ficam obsoletos,
precisando o profissional constantemente atualizar-se para poder trabalhar com os mesmos;
• Por serem eletrônicos sofrem mais interferência eletromagnética (problema superado pela
maioria dos relés atuais).
Quanto ao tempo de atuação, as curvas características de um relé de sobrecorrente podem ser divididas em
dois tipos: de tempo definido e de tempo dependente.
2
Em alguns casos, para atender a coordenação entre curvas, o tempo de atuação da sobrecorrente instantânea é
ajustado em um tempo de operação superior ao tempo mínimo permitida pelo relé.
16-3
Figura 16-1 Sobrecorrente de tempo definido
3
Se por um lado na sobrecorrente de tempo definido o tempo é ajustado diretamente como parâmetro, na
sobrecorrente de tempo dependente também chamada de sobrecorrente temporizada, o ajuste é feito selecionando
a curva.
16-4
Figura 16-2 Sobrecorrente inversamente proporcional
Num sistema onde duas subestações são interligadas por uma linha de transmissão exclusiva para elas, se
apenas uma delas possui fonte de geração e a outra apenas consumidores, verifica-se facilmente que em
caso de falta, independentemente do ponto onde ela ocorra, o sentido de fluxo de corrente é único. Isso
significa que:
16-5
Na situação (A) onde a falta ocorre na linha, o disjuntor enxerga apenas uma corrente residual,
caso a falta não seja franca, mas com certeza abaixo do seu ajuste de pick-up.
No caso (B) o disjuntor D2 enxerga uma corrente próxima a corrente que o disjuntor D1 enxerga
e que deve ser superior ao seu ajuste de pick-up.
Em ambos os casos o sentido de carga que D2 enxerga é no mesmo sentido e na situação (A) nem
é necessária a sua atuação, não pelo menos em função do nível de corrente.
Um complicador surge quando uma segunda fonte contribui para a falta.
Na situação (A) a corrente tem sentido da falta, ou seja, saindo da barra S2 em direção à linha. Na situação
(B) a corrente em D2 será a mesma que D1, contrária ao sentido da situação (A).
Nesse exemplo simplificado provavelmente o disjuntor D2 abriria em ambas as situações pelo simples fato
da intensidade das correntes superar o seu valor de ajuste de pick-up.
Existem situações no entanto que a simples mudança de direção da corrente é indício de que ocorreu uma
falha no sistema e nesses casos esperar que a corrente atinja o nível ajustado de pick-up não é o suficiente.
Portanto uma função de sobrecorrente direcional deve funcionar de forma seletiva, ou seja, em uma direção
definida. Significa que na direção desejada a sobrecorrente deve funcionar de forma similar às proteções
50/51 conhecidas, mas no sentido contrário a função simplesmente deve ser bloqueada.
Definir o sentido que a função atuará chamamos de polarizar. E a solução natural para utilizarmos para a
polarização do sentido da corrente deveria ser a própria tensão de fase. Corrente na fase A polarizada pela
tensão na fase A, corrente na fase B polarizada pela tensão da fase B e assim por diante.
O inconveniente dessa solução é que numa falta fase-terra monofásica da fase A, justamente a tensão dessa
fase sofrerá um afundamento, podendo chegar a níveis que muitas vezes comprometem a tensão de
polarização. Para contornar esse problema utiliza-se como tensão de polarização da corrente Ia as tensões
das fases B e C:
⃗ −𝐶
𝐵
que corresponde ao vetor -𝐴.
16-6
16.3 Proteção Diferencial de Transformador (87T)
De forma simplificada, se considerado como resolvido o problema da relação entre primário e secundário e
também sua defasagem angular, então temso que:
Se I1 = I2 então teremos que i1 = i2
Portanto teremos no sensor R = i1-i2 = 0
Mas se por algum motivo existir um defeito interno ao transformador de forma que I1 ≠ I2 então teremos
também que i1 ≠ i2 e assim a leitura de R será
R = i1 – i2 ≠ 0
A essa leitura chamamos de corrente diferencial ou Idif.
Na prática não podemos simplesmente considerar que Idif ≠ 0 seja condição necessária e suficiente para
indicar falha do transformador.
Se considerarmos um transformador típico, temos que o enrolamento do primário é pelo menos dezenas de
vezes maior que o secundário, significando que a diferença de grandeza entre I1 e I2 é de pelo menos dezena
de vezes. Com isso os TC´s também terão essa diferença.
Por exemplo:
138
Num transformador 138 ± 10 x 1,25% /34,5 kV teríamos uma relação n=34,5 = 4
16-7
Na prática teríamos no primário um TC com classe de isolação de 138 kV de 800:1 de coluna e
no secundário um TC de classe 34,5 kV de 3000:1 de epóxi. Com certeza equipamentos de
diferentes construções, diferentes fabricantes e com isso provavelmente diferentes precisões.
Somado a isso, temos o fato de que seu primário possui um comutador o que significa que a
relação de transformação “n” varia com a mudança dos taps.
O problema de precisão agrava-se ainda mais com o aumento das correntes consideradas.
Para resolver esses problemas de variação da relação de transformação, variação da precisão em
função da intensidade das correntes, diferentes fabricantes de relés apresentam diferentes
algorítimos.
Um algoritmo típico é o que considera duas medidas:
Idif = I1 – I2 e
𝐈𝟏+𝐈𝟐
Irest =
𝟐
Com isso o algorítimo do relé considera a atuação ou não atuação da proteção considerando a seguinte
curva:
16-8
Figura 16-5 Curva característica de Proteção Diferencial
Como o próprio nome indica, consiste de uma proteção que se restringe a falhas a terra. Comumente
utilizada como proteção retaguarda da proteção diferencial, também é considerada uma proteção
diferencial.
Considerando que a proteção detecta a falha para terra, o primeiro requisito é que o transformador tenha
uma conexão a terra, ou seja um enrolamento fechado em delta não possibilita o uso dessa proteção.
A proteção consiste em se comparar duas correntes de neutro, uma medida e outra calculada: a calculada
através das três correntes fornecida pelos TCs 1, 2 e 3 e comparada com a corrente medida pelo TC4.
Portanto se tivermos:
I1 + I2 + I3 = Io
Significa que a corrente calculada tem o mesmo sentido da corrente medida significando que a falta é
externa mas se:
I1 + I2 + I3 = -Io
Significa que as correntes tem sentidos opostos ou melhor ambas estão entrando no transformador ou seja
a falta é interna.
16-10
16.5 Proteção distância (21)
Um relé com ajuste de sobrecorrente numa primeira análise parece ser a solução mais simples
para a proteção de uma linha de transmissão. O grande inconveniente dessa solução é a
dependência das condições operacionais do sistema para a definição de seu ajuste, por exemplo
o momento de geração em determinada usina, o número de linhas de transmissão em operação.
Quanto mais longa a linha, mais sua impedância se aproxima do valor de sua carga, dificultando a
coordenação de sua proteção.
A proteção de distância possibilita alcançar a corrdenação desejada numa linha de transmissão,
independentemente de qualquer condição operacional.
Se considerarmos que uma impedância qualquer pode ser dada por:
𝑉
𝑍=
𝐼
Temos ainda que uma impedância é composta de uma parte resistiva e uma parte reativa, ou seja:
Z = R + jX
Uma impedância de linha de transmissão também possui portanto uma parte resistiva, que depende do
material (cobre ou alumínio) e dimensões (bitola do condutor) e uma parte reativa capacitiva originada pela
formação física da linha que correm em paralelo uma fase em relação a outra.
Comercialmente a impedância de um cabo é dado em [Ω/km], sendo dessa forma inclusive que uma falta é
localizada pois durante a falta um ponto da linha é aterrada e portanto sua impedância alterada. De posse
dessa nova impedância da linha e sabendo qual a impedância por kilômetro é possível calcular a quantos
quilômetros ocorreu a falta.
16-11
Podemos representar a impedância de uma linha através de um diagrama R-X, lembrando que
para uma frequência fixa (60 Hz) temos uma relação entre R e X constante, ou seja, a inclinação
é fixa.
No entanto somado a essa impedância da linha temos as impedâncias das cargas a ela conectada.
Lembrando que uma falta não tira 100% da carga ou seja um curto fase-terra não necessariamente leva o
ponto a zero:
• Resistência de arco (vencer a isolação de uma cadeia de isoladores ou a distância entre fases);
• Resistência de pé de torre (sistema de aterramento da torre e do cabo guarda);
• Resistência de contato com arvores, água, rochas, etc.
Sendo assim os pontos de falta na linha não necessariamente percorrem sobre a linha mas sim uma região.
Portanto um relé deve cobrir uma região e não apenas essa linha.
Baseado nas condições apresentadas, estudos e fabricantes definiram algumas curvas pré-definida das áreas
cobertas pelos relés.
16-12
Característica MHO
Verifica-se que essa característica é inerentemente direcional, ou seja, voltada para a linha e com
pouca sensibilidade para ângulos próximos à carga. Essa curva teve origem nos relés
eletromecânicos por questões construtivas e mantidas nos relés estáticos e digitais.
Característica Quadrilateral
Com o poder de processamento dos relés modernos (microprocessados) foi possível criar curvas que
aderissem melhor às necessidades da proteção.
16-13
Figura 16-11 Curva característica do relé SEL 421
A proteção diferencial de linha utiliza o mesmo princípio da proteção diferencial de Trafo, ou seja, ela mede
a corrente numa extremidade da linha e compara com a corrente da extremidade oposta. Uma condição
para a aplicação dessa proteção é que os relés utilizados nas duas extremidades sejam do mesmo fabricante
pois é desejável que tenham o mesmo algoritmo a fim de que tenham o mesmo tempo de resposta. O outro
motivo é que precisam manter comunicação entre si, informando um ao outro a corrente que está sendo
lida na extremidade oposta além de enviar um sinal de Transferência de Atuação Direta (DTT).
A proteção diferencial de linha é utilizado para suprir a deficiência da proteção de distância quando se trata
de linhas curtas.
É considerado uma linha curta linhas na ordem de dezenas de quilômetros onde um curto na mesma provoca
um afundamento na tensão acentuado tornando o cálculo da impedância impreciso.
A lógica de SOTF é destinada às situações de fechamento do disjuntor sobre um defeito já existente, por
exemplo um aterramento temporário esquecido após a manutenção.
Uma vez constatado o curto-circuito, o mesmo deve ser eliminado imediatamente, sem que haja uma
temporização e o religamento deve ser bloqueado.
A lógica SOTF permite selecionar os elementos de proteção que devem dar trip.
16-14
Um exemplo de aplicação habilitar a função através do comando de fechamento do disjuntor
e utilizar o pick-up do trip de 2a zona da proteção de distância combinada com uma sobrecorrente
instantânea para dar o trip.
Existem proteções com elementos direcionais polarizados por tensão que poderiam operar
incorretamente na ausência da tensão do TP.
Em particular os relés da família SEL-400 não verificam simplesmente a ausência de tensão ou
somente a condição do contato auxiliar do disjuntor do secundário dos TPs. A lógica LOP verifica
se há uma alteração brusca na tensão de sequência positiva sem a correspondente mudança nas correntes
de sequência zero ou positiva,
16-15
17 ESQUEMAS ELÉTRICOS PARA SUBESTAÇÕES
Existem diversos fatores que devem ser considerados na escolha do esquema elétrico de uma
subestação além do fator financeiro:
• A análise do custo vs benefício vão definir se o fornecimento ininterrupto de energia será
motivo suficiente para implantação.
• Permitir realizar manutenções nos disjuntores com a subestação em funcionamento;
• Permitir que um equipamento do circuito permaneça desligado até que seja reparado ou
permitir uma interrupção momentânea para manobra para um equipamento auxiliar.
A principal característica do esquema de barra simples é o baixo custo de implantação, grande simplicidade
e facilidade de compreensão. Requer espaço mínimo para implementação.
• Tem como principais desvantagens:
• Baixa flexibilidade;
• Requer desligamento de toda a barra para manutenção ou ampliação;
17-1
17.2 Barra dupla disjuntor simples
17-2
17.3 Barra principal e Transferência
17-3
17.4 Barra dupla a 4 chaves
• Essa configuração permite trabalhar com os bays distribuídos entre as barras 1 e 2, dando
maior estabilidade;
• Permite a manutenção do disjuntor sem a retirada do bay de serviço;
• Apenas a barra 2 pode ser utilizada para realização da transferência do bay;
17-4
17.5 Barra dupla a 5 chaves
17-5
17.6 Disjuntor e meio
• Configuração exigida pelo ONS para as subestações de EAT acima de 500 kV;
• Apresenta grande flexibilidade de manobras;
• Alta complexidade na implementação da proteção envolvendo composição de mais de um
conjunto de TC´s para a atuação em um único disjuntor.
• Obrigatório a implementação da proteção através de proteção de barra;
Essa manobra é necessária quando se deseja retirar o disjuntor do bay de serviço, ou seja, se tivermos que
colocá-lo em manutenção.
Vamos supor que precisamos retirar o disjuntor da linha de serviço para manutenção. Lembrando que para
essa manobra o disjuntor ainda precisa estar operacional. Em caso de falha do disjuntor o procedimento
deve ser diferente pois provavelmente o bay já estará fora de serviço.
17-6
Nessas condições o disjuntor do bay de transferência deve assumir a função de proteger o bay.
17-7
17.8 A subestação Coletora – SE Sobrado
Vamos imaginar que toda a operação será feita a partir do parque. Se a operação for pelo “COS –
Centro de Operações”, siga as instruções intercalada das observações indicadas.
Tenha sempre em mente que a subestação só pode ser ligada e desligada pelo disjuntor, portanto jamais
ligue ou desligue a linha ou o transformador através de suas chaves seccionadoras.
Antes de iniciar as manobras de energização propriamente dita, verifique os seguintes itens:
• Verifique se os disjuntores geral de 34,5 kV da entrada e alimentadores estão abertos;
• Faça uma inspeção visual por todo pátio, verificando se não há nenhuma anomalia (verifique se
ninguém deixou uma escada de pé, se não há nenhuma corda pendurada nos barramentos,
aterramentos temporários). Tente verificar quais foram as atividades que foram realizadas durante
o período em que a subestação ficou desligada e verifique se tudo foi normalizado corretamente;
• Comunique a energização ao centro de operação (COS);
• Inicie a energização pelas seccionadoras. (é sempre prudente uma primeira energização após uma
intervenção ser feita remotamente a distância). Ligue as seccionadoras pela sequência (a sequência
não é obrigatório):
✓ Seccionadora de linha 32X1-5;
✓ Chave faca 39T1-51;
✓ Chave faca 39T1-4;
✓ Chave fusível 49T2-4;
• Vá até o pátio e verifique se as seccionadoras fecharam corretamente, se todos os contatos estão
devidamente fechados;
• Tente verificar se não há nenhum ruído anormal vindo dos TC´s e TP´s;
• Ligue os disjuntores 12T1 de 69 kV (lembre-se que essa operação obrigatoriamente é feita no modo
remoto;
• Realize uma nova inspeção no pátio para verificar eventuais anomalias.
1
As chaves facas são de acionamento manual e monopolar feitas com bastão de manobras. É prudente, mas não
obrigatório, manobra-las com o circuito desenergizado.
17-8
Figura 17-8 Pátio de 69 kV
17-9
17.8.2 Manobra de desenergização do pátio de 69 kV
• Nunca opere o disjuntor diretamente do seu painel de comando para energizar ou desenergizar a
subestação. Esse botão deve ser utilizado apenas para manobras durante a manutenção.
• Não tente manobrar as seccionadoras do trafo com os disjuntores ligados (32T1-5, 39T1-5 e 39T1-4).
Antes de iniciar a energização das saídas dos alimentadores, verifique quais chegadas de parques não serão
energizadas e bloqueie esses alimentadores.
Para bloquear os alimentadores não utilizados:
• Abra a seccionadora do alimentador;
• Bloquei a sua manobra colocando o cadeado.
• Tranque o painel da seccionadora e coloque um cartão de bloqueio.
Energização dos alimentadores:
• Inicie as manobras energizando o disjuntor geral 19T1 (secundário do transformador de força);
• Feche a seccionadora principal do alimentador;
• Ligue o disjuntor;
Para energizar o transformador de serviços auxiliares caso ele não esteja ainda energizado:
• Passe o automatismo do painel de serviços auxiliares para manual;
• Desligue a entrada de serviços auxiliares no painel PCSA-CA que vem do TSA;
• Energize o transformador de serviços auxiliares manobrando as chaves fusíveis2;
2
Não se afobe tentando realizar essa manobra rápido. É preferível uma manobra mais lenta mas certeira.
17-10
• Energize o painel de serviços auxiliares ligando o disjuntor da entrada 1.
Suponha que um disjuntor recebeu um comando de trip do relé mas ele não abriu.
Para o nosso exemplo o disjuntor 12T1 recebeu um sinal de trip do relé mas não abriu. Isso é constatado
pelo relé:
• O relé enviou um comando de trip mas continua circulando corrente (50BF);
• O relé enviou um comando de trip mas o contato do disjuntor continua fechado (62BF);
Para uma das situações acima, o relé temporiza (por exemplo 250 ms) e passado esse tempo, ele manda
abrir todos os disjuntores que estejam contribuindo para essa falta.
No exemplo acima, temos que as duas contribuições são a linha 02P3 e o transformador 02T1.
17-11
A proteção da linha enviará um comando de abertura para o disjuntor 12P3 (Coelba) e o
disjuntor 19T1 também será aberto.
Com esses dois disjuntores abertos, o disjuntor defeituoso fica isolado, mas também os
disjuntores 12P3 e 19T1 ficam bloqueados enquanto a falha do disjuntor permanecer.
Para normalizar essa situação é preciso isolar o disjuntor com defeito. Para isolar esse disjuntor,
devemos abrir a seccionadora 32T1-5. Perceba que essa manobra implica em abrir uma
seccionadora com seu disjuntor fechado. A lógica do relé prevê que se ocorrer uma falha no
disjuntor mas a tensão for eliminada a manobra da seccionadora será liberada para que se possa
isolar o disjuntor.
A abertura dessa seccionadora desfaz o bloqueio do BF.
17-12
Figura 17-10 Isolando disjuntor defeituoso
17-13
Figura 17-11 Falha no disjuntor geral de 34,5 kV
17-14
Figura 17-13 Atuação de 50BF no alimentador
Nesse exemplo faz sentido o desbloqueio do BF, pois até que esse desbloqueio seja realizado, os disjuntores
19T1 e 19F2 ficam bloqueados e impedidos de religar.
Para desbloqueá-los basta abrir a seccionadora 39F1-4, isolando assim o disjuntor com defeito e pressione
o botão de reset do 86BF no relé FF1.
17-15
18 RETIFICADORES
Retificadores tiristorizados convertem uma tensão de entrada CA trifásica em tensão CC através de uma
ponte hexafásica a tiristores com disparos controlados por microcontrolador. A potência do retificador é em
função direta dos componentes que o formam, como por exemplo dos tiristores da ponte.
Um retificador chaveado utiliza módulos individuais que realizam a conversão de energia CA em CC através
de tecnologia de chaveamento em alta frequência microcontrolada. Isso faz com que o sistema se torne
compacto, apresentando alto rendimento de saída e alto fator de potência. Uma vantagem dos retificadores
chaveados é que a potência fornecida pelo retificador é em função da quantidade de módulos.
O retificador fornece energia simultaneamente para carregar o banco de baterias e ao consumidor através
das unidades retificadoras.
Em caso de falha da alimentação CA do retificador, o consumidor será alimentado pelas baterias.
Assim que a alimentação é reestabelecida o retificador reassume a alimentação do consumidor e volta a
carregar o banco de baterias. Mas caso a falha da alimentação persista até que a descarga da bateria faça
sua tensão chegar ao seu limite mínimo o sistema desliga a alimentação do consumidor.
18-1
Figura 18-1 Retificador Chaveado
O retificador é alimentado por uma tensão trifásica CA da rede ou do GMG e faz a distribuição de alimentação
para as URs.
18-2
A unidade retificadora (FlatPack2) é responsável pela conversão da energia CA em CC. Tem o
mesmo princípio das fontes chaveadas, sendo microcontroladas ela utiliza chaveamento em alta
frequência, tornando-se compacta e apresentando excelente característica de saída e alto
rendimento.
A potência CC fornecida é função da quantidade de unidades que compõem o retificador. A
alimentação dos módulos é distribuída entre as três fases CA.
A unidade de supervisão de retificadores (SmartPack2) controla os parâmetros do sistema e faz a
interface homem-máquina. Ela é responsável pelo controle das unidades retificadoras que
compõem o sistema. Também é a unidade que executa comandos como carregar as baterias,
supervisionar e emitir alarmes de falhas do sistema.
Na falta da alimentação CA, o consumidor é alimentado diretamente pelas baterias, no entanto, numa falta
prolongada onde a tensão das baterias atinge um nível crítico, um sistema desconecta as mesmas evitando
assim uma descarga profunda.
18-3
Figura 18-4 Retificador modular chaveado
Inicie a energização do retificador pelos quatro disjuntores monopolares que alimentarão os módulos
retificadores FlatPack2. Assim o primeiro disjuntor for ligado o sistema soará um alarme informando que os
demais estão em falha, na verdade ainda desligados.
18-4
É possível silenciar o alarme pressionando o botão no interior do painel instalado diretamente
em uma das placas de controle.
18.3.2 IHM
Detalhes de sua operação podem ser consultados em seu manual (Anexo I);
18-5
18.4 Baterias
Tipicamente uma bateria selada utilizada em retificadores é de 2,0V (mas podem haver variações).
Para obter-se 125 Vcc utilizam-se várias baterias em série (para o caso de baterias de 2,0 V, utilizam-se 60
células) ao que chamamos de banco de baterias.
Bancos de baterias ventiladas emitem gases nocivos e combustíveis e por esse motivo devem ser instaladas
em salas especiais, preferencialmente exclusiva para elas com sistema de exaustão e instalações elétricas de
iluminação anti-explosão. Já as baterias seladas não requerem instalação especial, podendo ficar na mesma
sala que os demais equipamentos.
A capacidade de carga de uma bateria é dada em Ah/10h ou seja, uma bateria de 400 Ah é capaz de fornecer
uma carga de 20A por:
400
= 20ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
20
Uma condição inerente às baterias é a sua auto-descarga em função de sua resistência interna, corrente
admitida e viscosidade do eletrólito que por sua vez variam com a variação da temperatura.
Para que as baterias mantenham a carga enquanto não são exigidas elas devem ser carregadas de forma a
compensar essa auto-descarga. A essa tensão de carga chamamos de tensão de flutuação.
Um retificador na condição de flutuação das baterias deve fornecer corrente para o consumidor ao mesmo
tempo que fornece corrente para as baterias para compensar a auto-descarga.
18-6
Valores genéricos adotados para células de 2,0V como tensão de flutuação variam de 2,2 a
2,3V, salvo informação contrária do fabricante.
A correta seleção da tensão de flutuação na carga de uma bateria reflete diretamente em sua vida
útil. Por exemplo, se a tensão de carga em flutuação for ajustada para um valor muito alto, uma
corrente além da corrente de auto-descarga irá circular através da bateria provocando um
crescimento acelerado da placa (corrosão) o que reduz a vida útil da bateria. Por outro lado se a
tensão de carga de flutuação for abaixo da necessária para compensar a auto-descarga, sua carga
não será mantida. Isso causa o acúmulo de sulfato de chumbo, causando também a redução da
vida útil da bateria.
Para temperaturas na faixa de 5oC a 30oC), a tensão de flutuação por elemento deve ser de 2.25V
a 2.30V. Se fixarmos a tensão de flutuação em 2,27V, para as variações de temperatura deve ser
adota a seguinte correção:
Coeficiente de compensação de – 3 mV/°C, ou seja, tensão de flutuação = [2,27 – 0,003(t-25)] x n.
18-7
18.5 Textos de referências
O texto apresentado nesse documento tem caráter orientativo. Toda e qualquer informação
quantitativa de parametrização, offset, ou ajustes devem ser consultados no(s) seguinte(s)
documento(s) fornecidos pelo fabricante:
ELTEK. 350002.013-Rev. 8v1: User´s Guide Flatpack2 Rectifier & Converter Modules. Eltek, 2013.
ELTEK. 350020.013: User´s Guide Smartpack2 Master Controller. Eltek, 2014.
18-8
19 GMG – GRUPO MOTOR GERADOR
A produção dessa energia elétrica é controlada por instrumentos de medições e diversas proteções, tais como
fusíveis, disjuntores, e um painel de comando.
A partida do GMG pode ser dada de diversas formas:
Partida direta através da chave de ignição (quando disponível);
Através do painel de comando do gerador;
Através do automatismo controlado pelo painel PCSA;
19-1
19.1 O Motor Diesel
É por onde o ar entra no motor para a combustão. Sua entrada é protegida por um filtro que impede que
partículas (poeira) entrem nos pistões.
19-2
O elemento filtrante deve ser trocado com periodicidade a depender do uso. Inspeções
periódicas devem ser realizadas e ao constatar-se que o elemento se encontra impregnado com
partículas, a troca do mesmo deve ser providenciada. O elemento filtrante excessivamente sujo
pode acarretar no mal desempenho do motor, incluindo aumento do consumo de combustível.
O nível de combustível deve ser sempre verificado para que não falte. Caso o nível de combustível fique
baixo a bomba de combustível pode puxar o ar ao invés do combustível, causando assim o efeito
popularmente chamado de entrada de ar. Caso isso ocorra, esse gerador não necessita realizar a “sangria”.
O sistema possui uma pequena bomba elétrica na parte superior do filtro de combustível que ao dar partida
puxa o combustível para dentro do distribuidor.
Procedimento:
19-3
• Abastecer o tanque de combustível;
• Dê a partida normal através da IHM;
• O gerador não conseguindo partir tenta mais duas vezes;
• Não conseguindo, repita a partida pela IHM.
O filtro de combustível fica situado próximo ao sistema de injeção. Esse filtro também deve seguir a sua
troca conforme indicação do fabricante.
19-4
19.1.4 Sistema de lubrificação
O sistema de lubrificação consiste de um circuito composto de uma bomba de óleo que fica
mergulhado no interior do cárter (compartimento onde fica armazenado o óleo) e o filtro. O nível
de óleo no interior do cárter deve ser verificado periodicamente´(a), conforme o uso do GMG e
seu óleo trocado totalmente também periodicamente. Juntamente com a troca do óleo, deve
ocorrer a troca do filtro (b).
Como visto na Figura 19-9, o abastecimento é feito pela parte superior do radiador e seu acesso é feito pela
parte externa superior da carenagem.
19-6
Figura 19-10 Painel de IHM
O painel ainda permite alterar e configurar parâmetros de controle do gerador, no entanto isso já vem de
fábrica configurado e é altamente recomendado que não sejam alterados.
Para dar partida no gerador:
• Desligue o disjuntor geral de saída;
• Deixe a IHM no modo local utilizando o botão “Auto” seu led deve estar apagado. Caso o led esteja
aceso, o comando deverá ser dado remotamente pelo painel PCSA;
• Dê a partida no gerador pressionando o botão verde;
• Quando a leitura de tensão na tela de IHM estabilizar, ligue o disjuntor geral de saída;
19-7
19.3 Parada de emergência
Em caso de necessidade, o gerador pode ser parado pelo botão de emergência localizado na porta.
O acionamento desse botão para imediatamente o gerador, inclusive o motor. Isso significa que o gerador
não aguarda o período de 3 minutos de resfriamento. Esse botão bloqueia uma nova tentativa de partida do
gerador. Para resetar esse bloqueio, pressione uma vez o botão vermelho de parada da IHM.
19-8
19.5 Textos de referências
O texto apresentado nesse documento tem caráter orientativo. Toda e qualquer informação
quantitativa de parametrização, offset, ou ajustes devem ser consultados no(s) seguinte(s)
documento(s) fornecidos pelo fabricante:
MODASA. MODASA-de-s-47-8: GMG-75/68KVA-380/220Vca-60Hz – DIAGRAMA ELÉTRICO DO
COMANDO. Modasa, 2019.
GALDINO, J. C. da Silva. Disciplina: Grupo Motor Gerador. Curso (Manutenção de ferrovia –
Eletrotécnica II) – Instituto Federal Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte, 2011.
•
19-9
20 PAINÉIS DE SERVIÇOS AUXILIARES CA E CC
20-1
Na barra essencial então conectados alimentações de motores de acionamento dos
equipamentos como ventiladores do transformador, comutador, carregamento de mola, além de
iluminação da sala de controle.
Na barra não essencial estão ligados iluminação tomadas e calefações de painéis, algumas
tomadas de pátio.
O painel PDSA-CA é alimentado por duas fontes de origens distintas, a saber:
TSA: vem do transformador 09T4;
GMG: Gerador Diesel;
20-2
20.1.1 Troca de fontes manual
Como regra geral, apenas uma fonte deve ser ligada por vez. Sendo assim, o intertravamento impede que
duas fontes sejam ligadas simultaneamente.
Para transferir por exemplo do TSA para o GMG, devemos inicialmente desligar o TSA e em seguida ligar o
GMG.
Quando for utilizada a fonte alimentada por gerador e o chaveamento for manual, é necessário que se parta
o gerador manualmente no local.
Portanto, vá até o gerador, dê a partida e depois ligue o disjuntor geral do gerador. Em seguida dirija-se ao
painel PDCA-CA e faça a manobra desejada.
No modo Manual/Remoto as manobras são realizadas pelo supervisório, mas a sequência será a mesma que
a realizada em modo local.
Obs.: Pelo supervisório é possível partir e desligar o GMG.
20-3
Para que o gerador assuma, a partida do gerador aguarda uma temporização para que a fonte
que apresentou falha retorne. Caso ela não retorne após a temporização, o gerador é partido e
então passa a alimentar o sistema.
Quando a fonte primária retorna (TSA), o sistema aguarda uma nova temporização para confirmar
que a fonte primária esteja estável e em seguida realiza a transferência. Após a ocorrência da
transferência, o comando de desligamento é enviado ao gerador, que por sua vez aguarda 3
minutos para o resfriamento até que desligue o motor em definitivo.
Uma particularidade quando o sistema está sendo alimentado pelo GMG é que o automatismo
desliga as cargas não essenciais de forma a poupar o gerador.
Em situação emergencial, se precisar ligar as cargas não essenciais pelo gerador, proceda da seguinte forma:
• Passe a chave Local/Remoto para a posição Local;
• Dê a partida manual no GMG e deixe seu disjuntor geral ligado;
• Volte ao painel PDCA-CA e desligue a fonte1 (TSA);
• Ligue a entrada do GMG;
Obs.: nesse instante o disjuntor que liga as cargas não essenciais se abrirá.
• Para religar esse disjuntor, abra o painel e coloque esse disjuntor em modo local (basta abrir a
janelinha de inserção da manopla;
20-4
Figura 20-5 Opere o disjuntor utilizando a chave
Ao contrário do painel PCSA-CA que sempre trabalha com apenas uma fonte conectada ao sistema, o painel
PCSA-CC possui dois barramentos que podem ser alimentados por duas fontes distintas.
Os dois barramentos trabalham de forma isolada de modo a fornecer redundância de fonte para os painéis
de proteção.
20-5
Figura 20-6 Barramento do painel PCSA-CC
20-6
Figura 20-7 Frontal do painel PT1E
Atualmente como só existe um retificador, os dois barramentos encontram-se conectados via cabo, não
havendo nenhum tipo de automatismo.
No modo local (chave seletora em “LOCAL”) é possível ligar e desligar a fonte CC dos painéis.
20-7
21 Manutenção preventiva/corretiva dos equipamentos
21-1
21.1.1 O tipo de equipamento
• Capacidade de tirar imagens à grandes distâncias. A maioria dos equipamentos mais baratos, mesmo
gerando imagens térmicas, trabalham à pequenas distâncias (até 3 a 5 metros). Com esse tipo de
equipamento você teria dificuldades em fotografar os barramentos aéreos da subestação. As
imagens não teriam precisão suficiente.
21-2
Figura 21-3 Equipamento de termovisão
A aquisição de um equipamento sofisticado que possa fazer todos os tipos de análise pode se tornar inviável
frente ao pouco uso que o equipamento terá. Avalie a possibilidade de adquirir um equipamento mais
simples para fazer as análises mais corriqueiras e contrate o serviço de um profissional para trabalhos mais
específicos como o pátio e a linha de transmissão.
Lembre-se de que a ideia principal é verificar os pontos quentes causados por mau contato e para isso duas
coisas precisam ser observadas:
21-3
Existe potência suficiente no sistema para que haja corrente suficiente para causar um
aquecimento dos contatos? A precisão das leituras serão mais relevantes quanto maior for a
corrente que circula pelo sistema, sendo nessas condições possível de se localizar até mesmo um
princípio de mau contato. Ou seja, as circulações de baixas correntes só possibilitam a localização
de falhas apenas em estágios avançados.
Lembre-se que apesar de energizada, numa subestação nem sempre as cargas se distribuem por
igual. Transformadores em vazio praticamente não produzem aquecimento. Bays de transferência
nem sempre têm correntes circulando por eles. Analise a possibilidade de realizar manobras para
forçar a circulação de corrente por esses pontos.
Novamente, se seu equipamento não tem o recurso de compensar os efeitos do sol, opte por
fazer os ensaios em dias nublados ou à noite. Mas lembre-se é preciso ter carga.
21.1.3 Periodicidade
Assim que a subestação for energizada e tiver carga suficiente em seu sistema faça uma primeira leitura de
todos os pontos.
Períodos:
• Após energizado e com pelo menos 40% da carga nominal;
• A primeira vez com 100% de carga;
• Após uma semana de energização (com carga mínima possível);
• Após um mês;
• Após seis meses;
• A cada 6 meses;
Locais fechados ou blindados onde não são possíveis de se realizar a termografia, como por exemplo o
secundário dos transformadores (quando houver caixa de conexão), interiores de dutos de barramentos de
média tensão, pontos de difícil acesso, nesses casos devem ser adotados procedimentos diferenciados.
Nesses casos, sempre que ocorrer uma parada com a desenergização desses locais, realize um reaperto
torqueando todas as conexões.
Um acionamento através de botoeira parou de funcionar, ou seja, você aperta o botão e a contatora não
atraca.
Como procurar o erro nesse circuito?
21-4
Obviamente primeiro você precisa do desenho funcional. Também é obvio que você precisará
de um multímetro. Algumas ferramentas como chave de fenda, chaves allen ou chaves
combinadas para abrir alguma caixa... enfim, junte a princípio esses itens.
Vamos tomar como exemplo um circuito bem simples:
21-5
Podemos constatar qual o problema de duas formas:
Sem apertar o botão B1 medimos com o multímetro o
ponto X1-1.
Sabemos que X1-2 tem -Vcc, pois medimos A1
anteriormente.
Se X1-1 também tiver -Vcc, significa que os dois pontos
estão interligados pelo intertravamento.
Se -Vcc não estiver presente em X1-1 então o
intertravamento está aberto.
Se -Vcc está presente no borne X1-1, então também
estará presente no ponto 2 do botão B1, ou a fiação
que interliga esses dois pontos está com problema.
Portanto agora é só testar se quando pressionamos B1
a tensão no ponto 2 passa de -Vcc para +Vcc.
Esse pequeno exemplo mostra como devemos seguir um desenho e testar um circuito. Na prática a
complexidade é maior, muitas vezes temos que seguir mais de um desenho e muitas vezes analisar o
desenho funcional juntamente com o desenho lógico. Portanto o segredo está em se familiarizar com todos
os desenhos para agilizar as consultas.
A manutenção de um transformador requer equipamentos muito específicos para execução de seu reparo,
principalmente problemas internos ao seu tanque. Muitas vezes são necessários equipamentos como:
• Equipamento de termovácuo para retirada de umidade do óleo;
• Secador de ar;
• Bomba de vácuo;
• Bomba de circulação de óleo;
• Instrumentos de teste.
Além, é claro do conhecimento específico para a execução dos trabalhos.
No entanto é possível fazer-se um diagnóstico prévio para um direcionamento mais preciso do problema do
que simplesmente dizer: “O transformador pifou!”.
Como dito anteriormente, o acionamento de qualquer das proteções intrínsecas (relé de gás, Válvula de
alívio de pressão, relé de pressão súbita do comutador) causa o desligamento dos disjuntores do primário e
do secundário do transformador além de bloquear o seu religamento.
21-6
A primeira providência a se tomar é verificar a veracidade de suas atuações. Verifique se de
fato há acúmulo de gás no interior do relé Buchholz, verifique se de fato a Válvula de alívio atuou
e o óleo saiu pela sua tubulação, analise as oscilografias a procura de variações bruscas de
corrente.
Nunca religue o equipamento sem antes ter certeza do que ocorreu, e se de fato uma falha
ocorreu no interior do transformador, isole-o e chame a assistência técnica.
Caso fique constatado que os equipamentos de segurança não atuaram, passe a procurar por
falhas elétricas como mau contato ou curto-circuito. Verifique as caixas de conexão dos relés de
gás ou válvula de alívio à procura de umidade que possam oxidar os contatos. Consulte o desenho
funcional e percorra o caminho do sinal à procura do ponto com a irregularidade (pontos onde
deveria haver tensões mas não há ou vice-versa).
O problema mais comum de ocorrer com a indicação de temperatura é a falha no sensor (PT100) e a falha
mais comum no PT100 é o mau contato de sua fiação.
Desconecte a fiação do PT100 na traseira do monitor e meça com um multímetro a continuidade do circuito
do PT100 (você deve encontrar um valor inferior a 100 Ω.
Se a temperatura do enrolamento estiver igual a temperatura do óleo, provavelmente o circuito de corrente
do TC de imagem térmica encontra-se aberto. Confirme a leitura de corrente no monitor de temperatura.
A atuação indevida de indicação de ruptura da bolsa do tanque de expansão pode ocorrer com a entrada de
água na bolsa. A falha na vedação da escotilha na parte superior do tanque de expansão pode provocar a
entrada de água no interior da bolsa, atuando o rele de ruptura.
Abra a escotilha e faça uma inspeção para verificar se no interior da bolsa tem óleo ou água.
21-8
Lembre-se que o disjuntor tem duas bobinas de abertura e redundância de relés em sua
atuação. Uma falha elétrica deve ser uma das últimas possibilidades a ser analisada.
Se o disjuntor se encontra energizado, primeiro desligue o disjuntor acima dele.
Lembre-se um disjuntor nunca deve ser operado manualmente se estiver energizado.
Assim que o disjuntor estiver desenergizado, isole o mesmo abrindo as seccionadoras a montante
e a jusante.
Passe o disjuntor para comando local e faça os testes:
Verifique se todas as alimentações CC estão presentes.
Dê os comandos de abertura através dos botões do painel e verifique se o relé auxiliar está
respondendo ao comando. Siga o desenho funcional fornecido pelo fabricante e certifique-se que o circuito
não esteja interrompido por algum intertravamento.
Acompanhe o circuito pelo desenho e procure pelo ponto com alguma inconsistência.
Dica: Mantenha uma cópia do desenho funcional fornecido pelo fabricante dentro do equipamento pois é
sempre ai que você vai precisar dele.
21-9
21.4.1 Verificações periódicas
As seccionadoras por serem um equipamento majoritariamente mecânico, quanto maior sua classe de
isolação, mais facilmente apresentam problemas de desalinhamento, perdendo assim seu ajuste.
As operações de abertura e fechamento sempre devem ser acompanhadas pelo operador do pátio da
subestação.
Se observado que as três fases não fecharam ou não terminaram de abrir, o operador deve solicitar à
operação que refaça a operação.
Caso a diferença final entre as fases seja pequena, como último recurso pode ser utilizada a manivela para
finalizar a operação. Mas esse não deve ser tomado como operação padrão, e sim como solução
emergencial, devendo imediatamente ser solicitada uma intervenção.
Lembre-se que tanto para a posição de aberto como para a posição de fechado, cada polo tem um fim de
curso mecânico e forçar com a manivela um polo que não terminou de fechar pode forçar os demais que já
estão fechados.
Outro componente sujeito a perder o ajuste são os contatos auxiliares que giram junto com o eixo que
movimenta a seccionadora.
Cada uma dessas chaves possui um correspondente par de bornes identificados no desenho funcional
fornecido pelo fabricante. Para verificar se um determinado contato perdeu ou não seu ajuste, proceda da
seguinte forma:
• Identifique no desenho funcional do equipamento (fornecido pelo fabricante) os bornes
correspondentes ao contato auxiliar que deseja testar;
• Posicione a seccionadora na posição aberta e verifique por exemplo se esse contato deve indicar por
exemplo que a seccionadora está aberta então esse contato deve estar fechado e portanto o mesmo
sinal que se encontra num dos bornes deve estar presente no outro.
• Quando fechar a seccionadora esse contato deve se abrir e o sinal deve ser interrompido nos bornes.
21-10
• Se isso não ocorrer, posicione a seccionadora girando com a manivela até o ponto exato
onde o contato auxiliar deveria mudar.
• Nesse ponto, com uma chave allen, solte os parafusos de ajuste e gire o bloco até que a
sinalização esteja correta e aperte novamente os parafusos de ajuste.
O ponto de inserção da manivela é protegida por uma portinhola, podendo ser de dois modelos:
acionamento manual ou acionamento elétrico.
A portinhola com acionamento manual possui um botão giratório que abre o acesso à manivela.
21-11
A diferença fundamental quando comparado com o acionamento elétrico é que além da
existência de um botão para acionamento da abertura da portinhola é que a abertura está
vinculada ao fato de existir ou não um intertravamento que impeça a operação da seccionadora.
Portanto caso exista algum intertravamento que impossibilite a operação da seccionadora, ela também não
permitirá que a manivela seja inserida.
O acionamento dessa abertura é feito por um pequeno eletroímã e que por ser elétrico está sujeito a avarias.
Mantenha a manutenção constante do acionamento do contrário quando acionado e o mesmo não abrir a
portinhola não se saberá se existe um intertravamento ou uma falha no eletroímã.
Já o fechamento dessa portinhola tanto no modelo elétrico como no manual é feito por uma pequena mola.
Com o passar do tempo, a portinhola perde sua lubrificação e a mola passa a não ser mais o suficiente para
fechá-la.
O problema reside no fato que um fim de curso é instalado para indicar que a portinhola está aberta e nesse
caso impede o motor de movimentar a seccionadora.
O motor apesar de possuir um moto-redutor ainda assim pode sofrer esforços além do seu limite. Por esse
motivo possui uma proteção térmica (disjuntor motor ou relé térmico).
Caso a seccionadora não responda ao comando de abertura ou fechamento, verifique se esses dispositivos
de proteção não estão atuados, mas principalmente o motivo pelo qual ele atuou. Uma forma simples é
verificar com a manivela o local e o motivo da carga excessiva.
Também já foi dito que se a manivela estiver inserida ou se a portinhola não estiver fechada, isso impedirá
o funcionamento do motor.
21-12
Mas a mais provável causa para o não funcionamento do motor é o intertravamento lógico.
Lembre-se uma seccionadora não pode operar com seu disjuntor fechado.
Atenção!
Caso você decida fazer um jumper no ponto onde é instalado o
intertravamento para realizar testes, tenha certeza de não estar
correndo riscos acionando a seccionadora.
Cuidado com as lubrificações em excesso. Não ponha graxa onde originalmente não havia.
Nunca passe graxa nos pontos de contato da seccionadora por mais que pareça necessário.
Apenas limpe os contatos com material de baixa abrasão (utilize lixas de alta granulometria ou placas de
fibra abrasivas tipo Scoth Brite).
Não aplique nenhum produto nos contatos (graxa, vaselina ou mesmo pasta cobreada).
Confira o reaperto dos parafusos periodicamente.
Qualquer dúvida quanto a produtos a serem utilizados ou procedimentos, o manual do equipamento deve
ser consultado ou mesmo o fabricante.
Verifique com frequência o funcionamento da calefação. A temperatura deve estar ajustada em
aproximadamente 35oC.
Evitar umidade e manter a limpeza do painel da seccionadora garante a durabilidade dos contatos auxiliares.
21-13
ANEXO I
I-1
Manual do Usuário
Retificadores Chaveados
Sistemas de Energia CC Flatpack2
350002.013
Erro! Estilo não definido. Erro! Estilo não definido.
As informações neste documento estão sujeitas a alteração sem aviso prévio e não
representam um compromisso da Eltek Energy.
Nenhuma parte deste documento pode ser reproduzida ou transmitida de alguma forma
ou meio - eletrônica ou mecânica, incluindo fotocópia e gravação — para nenhum
propósito sem autorização explícita por escrito da Eltek Energy.
Precauções de Segurança
Publicado 2007-02-07Mfm
Conteúdo
1. Introdução 4
Sobre este Manual ........................................................................................................4
Diagrama do Sistema Sistema de Energia CC Flatpack2 .........................................4
2. Retificador Flatpack2 5
Características ..............................................................................................................5
Aplicações Típicas ........................................................................................................5
Gerenciamento de aquecimento - Fluxo de Ar sentido Frente para Atrás ..............................6
Retificador Flatpack2 24V, 2000W ............................................................................6
Retificador Flatpack2 48V, 200W ..............................................................................6
Retificador Flatpack2 48V, 3000W ............................................................................6
Retificador duplo Flatpack2 24V, 4000W ..................................................................6
Retificador duplo Flatpack2 48V, 4000W ..................................................................6
Gerenciamento de Aquecimento - Fluxo de Ar de Trás para Frente........................................7
Retificador Flatpack2 48V, 2000W BF ......................................................................7
4. Operação 11
Interface do Painel Frontal .................................................................................11
LEDs Indicadores ................................................................................................11
5. Especificações Técnicas 12
Especificação: Retificador Flatpack2 48V, 2000W ......................................................12
Especificação: Retificador Flatpack2 48V, 3000W ......................................................13
Especificação: Retificador Flatpack2 24V, 2000W ......................................................14
Especificação: Retificador Flatpack2 48V, 4000W Duplo ............................................15
Especificação: Retificador Flatpack2 24V, 4000W Duplo ............................................16
1. Introdução
O módulo retificador Flatpack2 é um potente sistema de alimentação utilizado no Sistema
de Energia CC Flatpack2 da Eltek, com ótimo custo benefício.
Flatpack2
Barramento CAN (retificadores)
LVLD
Equipamento
Telecom
Seletor de
alimentação
CA
Fusíveis CA
externos
(230VCA ou Fusíveis da
Simetria carga
400VCA Alarme & LVBD & MCBs
Sensor Temp.
Distribuição
Alimentação CC
CA Alimentação
(Mono - ou CC
trifásico) Bateria (24V, 48V
Fusíveis de or 60V*)
Bateria
2. Retificador Flatpack2
O modulo retificador Flatpack2 é um equipamento “hot-pluggable” (pode ser conectado e
desconectado com o sistema energizado), chaveado e com tecnologia digital de
monitoração e controle. O retificador foi projetado para carregar baterias e alimentar
com alta qualidade equipamentos telecomunicações e aplicações similares de tensão CC.
O retificador trabalha individualmente ou em paralelo com outros retificadores,
comunicando através do barramento CAN com a unidade de supervisão do sistema
Smartpack e outros retificadores. Os Sistemas de Energia CC Flatpack2 são
implementados com a montagem de retificadores em compartimentos de 23” ou 19” no
power rack, com 5 ou 4 retificadores respectivamente.
O retificador Flatpack2 possui varias características importantes, que são mencionadas
abaixo.
Características
Aplicações Típicas
Telecomunicações: celular, central fixa e dados.
Atualmente com o desenvolvimento da tecnologia de comunicação requer equipamentos
compactos com custo eficiente. Flatpack2 oferece um produto líder em densidade de
potência 22W/in3 com alta confiabilidade e o menor custo.
Opções de Retificadores
O retificador Flatpack2 está disponível em várias opções, oferecendo diferentes
características de desempenho.
3000
2000
Fluxo de Ar
Retificador duplo Flatpack2 48V, 4000W
Os Sistemas de Energia CC Flatpack2 são implementados pela
montagem dos retificadores nos power racks com compartimentos
de 19’, através de 2 retificadores.
Leia o capítulo “Especificação: Retificador Flatpack2 48V, 4000W ”
na página 15.
2000
1500
Removendo as tampas
Liberar os cantos direito e esquerdo da tampa inserindo uma pequena chave de fenda
na lateral esquerda superior do painel e cuidadosamente pressioná-la para baixo e
alavancando a tampa para fora. Repita o processo na lateral direita. Ver o guia rápido
do sistema Flatpack2 para mais informações.
Conexões
Todas as conexões são implementadas inserindo o módulo Flatpack2 completamente no
power rack, assim conectando o retificador aos terminais de conexão (hot-pluggable).
Retificador Flatpack2
(conector traseiro)
Conexão Bus
Módulo (CAN-L)
Entrada de
conexão CA
Módulo (Fase2) Conexão Bus
Módulo (CAN-H)
Entrada de
conexão CA
Módulo (Fase1)
Conexão CC
Módulo (+)
Conexão CC
Módulo (-)
Saída CC Saída CC
Power rack (+) Power rack (-)
Para detalhes sobre os outros sinais do power rack, tipos de power racks, etc., leia o
manual do Sistema de Retificadores adquirido, ou entre em contato com o representante
Eltek.
4. Operação
O modulo retificador Flatpack2 está projetado para operação em paralelo no sistema. Os
LEDs do painel frontal fornecem informações sobre os retificadores como status e
atividade do barramento CAN.
Frontal
LEDs Indicadores
Os seguintes eventos poderão ser ativados nos LEDs do painel frontal do retificador
Flatpack2:
5. Especificações Técnicas
Normas Internacionais
Segurança Elétrica IEC 60950-1
UL 60950-1
CSA 22.2
EMC ETSI EN 300 386 V.1.3.2 (telecommunication network)
EN 61000-6-4 (emission, industry)
EN 61000-6-3 (emission, light industry)
EN 61000-6-2 (immunity, industry)
EN 61000-6-1 (immunity, light industry)
Telcordia NEBS GR1089 CORE
Harmônicas EN 61000-3-2
Ambiente ETSI EN 300 019-2
ETSI EN 300 132-2
Telcordia NEBS GR63 CORE Zone 4
RoHS compliant
As especificações estão sujeitas a alteração sem aviso prévio.
241115.001.DS3 v.05
Normas Internacionais
Segurança Elétrica IEC 60950-1
UL 60950-1
CSA 22.2
EMC ETSI EN 300 386 V.1.3.2 (telecommunication network)
EN 61000-6-1 (immunity, light industry)
EN 61000-6-2 (immunity, industry)
EN 61000-6-3 (emission, light industry)
EN 61000-6-4 (emission, industry)
Telcordia NEBS GR1089 CORE
Harmônicas EN 61000-3-2
Ambiente ETSI EN 300 019-2 (-1, -2, -3)
ETSI EN 300 132-2
Telcordia NEBS GR63 CORE Zone 4
RoHS compliant
As especificações estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.
241115.100.DS3 v.02
Regulação estática ±0.5% de 10% à 100% de carga Temperatura de -40 à +75°C (-40 à +158°F)
de tensão operação
Regulação dinâmica ±5.0% de 10-90% ou 90-10% de Temperatura de -40 à +85°C (-40 à +185°F)
de tensão variação de carga, tempo de armazenamento
regulação < 50ms Resfriamento 2 ventiladores (fluxo de ar sentido frente
Tempo de Hold up > 20ms; tensão de saída > 21 VCC para atrás)
com 1000W de carga. Velocidade dos Regulados pela temperatura e corrente
ventiladores
Ripple e Ruído < 100 mV pico à pico
< 0.96 mV rms psofométrico MTBF > 200, 000 hours Telcordia SR-332 Issue
I, method III (a)
Normas Internacionais
Segurança Elétrica IEC 60950-1
UL 60950-1
CSA 22.2
EMC ETSI EN 300 386 V.1.3.2 (telecommunication network)
EN 61000-6-4 (emission, industry)
EN 61000-6-3 (emission, light industry)
EN 61000-6-2 (immunity, industry)
EN 61000-6-1 (immunity, light industry)
Telcordia NEBS GR1089 CORE (pending)
Harmônicas EN 61000-3-2
Ambiente ETSI EN 300 019-2
ETSI EN 300 132-2
Telcordia NEBS GR63 CORE Zone 4 (pending)
RoHS compliant
As especificações estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.
241115.200.DS3 v.01
Normas Internacionais
Segurança Elétrica IEC 60950-1
UL 60950-1
CSA 22.2
EMC ETSI EN 300 386 V.1.3.2 (telecommunication network)
EN 61000-6-1 (immunity, light industry)
EN 61000-6-2 (immunity, industry)
EN 61000-6-3 (emission, light industry)
EN 61000-6-4 (emission, industry)
Harmônicas EN 61000-3-2
Ambiente ETSI EN 300 019-2 (-1, -2, -3)
ETSI EN 300 132-2
RoHS compliant
As especificações estão sujeitas a alteração sem aviso prévio.
241115.500.DS3 v.01
Normas Internacionais
Segurança Elétrica IEC 60950-1
UL 60950-1
CSA 22.2
EMC ETSI EN 300 386 V.1.3.2 (telecommunication network)
EN 61000-6-4 (emission, industry)
EN 61000-6-3 (emission, light industry)
EN 61000-6-2 (immunity, industry)
EN 61000-6-1 (immunity, light industry)
Harmônicas EN 61000-3-2
Ambiente ETSI EN 300 019-2
ETSI EN 300 132-2
RoHS compliant
As especificações estão sujeitas a alteração sem aviso prévio.
241115.400.DS3 v.01
e-mail: informacoes@eltekenergy.com.br
www.eltekenergy.com