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PROJETO DETALHE
BLOCO I – Caderno 2 / 2
CURSO DE PROTEÇÃO
Noções de Comportamento do Sistema e Anormalidades que
Afetam a Operação
Direitos Reservados: Autor: Instrutores: Total de Páginas
Virtus Consultoria e Serviços S/C Ltda. Paulo Koiti Maezono Paulo Koiti Maezono 110
Toshiaki Hojo
CURSO DE PROTEÇÃO
NOÇÕES DE SISTEMA E ANORMALIDADES
SOBRE O AUTOR
Formação
Graduado em engenharia elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo em 1969. Mestre
em Engenharia em 1978, pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá, com os créditos obtidos em 1974
através do Power Technology Course do P.T.I – em Schenectady, USA. Estágio em Sistemas Digitais de
Supervisão, Controle e Proteção em 1997, na Toshiba Co. e EPDC – Electric Power Development Co. de
Tokyo – Japão.
Engenharia Elétrica
Foi empregado da CESP – Companhia Energética de São Paulo no período de 1970 a 1997, com
atividades de operação e manutenção nas áreas de Proteção de Sistemas Elétricos, Supervisão e
Automação de Subestações, Supervisão e Controle de Centros de Operação e Medição de Controle e
Faturamento. Participou de atividades de grupos de trabalho do ex GCOI, na área de proteção, com ênfase
em análise de perturbações e metodologias estatísticas de avaliação de desempenho.
Atualmente é consultor e sócio gerente da Virtus Consultoria e Serviços S/C Ltda. em São Paulo –
SP. A Virtus tem como clientes empresas concessionárias no Brasil e na Colômbia, empresas
projetistas na área de Transmissão de Energia, fabricantes e fornecedores de sistemas de
proteção, controle e supervisão, Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas
da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, CEDIS – Instituto Presbiteriano Mackenzie.
Área Acadêmica
ÍNDICE
Histórico no País
Nos anos dos anos 50 aos anos 70, a oscilografia de falhas em sistemas elétricos era feita,
quando feita, através de registradores eletromecânicos a tinta. Naquele período era bastante
conhecido e utilizado o registrador S-41 (“Masson Carpentier” / “Thompson”). A partir dos
anos 70 e durante os anos 80 a tecnologia evoluiu para registradores oscilográficos que
utilizavam papel fotográfico, que eram utilizados apenas em sistemas de extra alta tensão
devido ao seu custo – um registrador de 32 canais analógicos tinha um preço superior a US$
80 mil e cada rolo de papel fotográfico um preço em torno de US$ 300 da época. E havia
uma dificuldade adicional referente à perda de sensibilidade do papel fotográfico exposto a
ambiente de temperatura elevada.
Os registradores com tecnologia digital foram introduzidos a partir da segunda metade dos
anos 80 e consolidados durante os anos 90. Com a evolução tecnológica, o barateamento do
hardware e ampliação do mercado, os recursos de oscilografia foram incorporados numa
grande parte dos relés digitais ofertados no mercado.
Compensadores Síncronos 38 38
Compensadores Estáticos 9 9
Sem Natureza Elétrica 1,1 1,1 3,4 4,4 1,2 1,0 1,2
Causas humanas
Continuando o exemplo, a mesma estatística do ONS mostra os desligamentos causados por
ação humana acidental, principalmente quando de testes e ensaios:
Transformadores 3,5 %
Barramentos 12,6 %
Desempenho da Proteção
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
Linha
75,0
Trafo
70,0
65,0
60,0
55,0
50,0
1983198419851986198719881989199019911992199319941995199619971998
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
Gerador
75,0
Barra
70,0
65,0
60,0
55,0
50,0
1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998
0,12
0,10
0,08
Por Terminal por Ano
0,06
Média
0,04
0,02
0,00 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19
85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98
101
99
97
95 Eletromecânica
93 Estática
91 Digital
89
87
85
1994 1995 1996 1997 1998
Este aspecto se torna evidente quando de deseja ter critérios objetivos para investimentos
(por exemplo, na modernização dos sistemas de proteção, controle e supervisão) ou na
otimização do processo de manutenção com priorização da aplicação ou alocação de
recursos humanos ou materiais.
Deve-se observar que a estatística ONS de desempenho da proteção, que fornece subsídios
para o gerenciamento da proteção às empresas concessionárias do sistema elétrico brasileiro
só se tornou possível, dentro da confiabilidade desejada, com o uso intensivo de recursos que
permitem identificar e diagnosticar as falhas e anomalias associadas aos sistemas protegidos.
2.1.1 Conceito
Toda carga que realiza trabalho ou produz calor, consome potência ativa (Watts). Num
sistema elétrico, a cada instante ocorre o equilíbrio:
Isto é, a cada instante, a energia consumida está sendo gerada em algum lugar do
sistema. No sistema de potência não se armazena energia na forma elétrica.
Portanto, deve ser lembrado, sempre, que a variação da energia ativa gerada ou
consumida (expressa em potência ativa – kW ou MW) está estritamente relacionada à
frequência do sistema.
a) Geradores Síncronos
Regulador Isócrono
São aqueles que mantém a mesma frequência (velocidade) para qualquer carga. A
figura a seguir mostra o princípio de funcionamento:
Referência
3
1 2
saída óleo
Pressão óleo
saída óleo
Abrir Fechar
Na figura acima, vamos supor a máquina girando à freqüência w1, consumindo uma
potência Pe1 e suprindo uma carga Ps1. Quando a carga diminui para Ps2 menor que
Ps1, a máquina tenderá a acelerar para uma rotação w2. O regulador atuará no sentido
de elevar o ponto 1 e também o ponto 2 considerando o ponto 3 fixo.
Haverá fluxo de óleo que atuará sobre o pistão no sentido de fechar o distribuidor,
reduzindo a potência de entrada para Pe2. A estabilidade do regulador mostrado só
será atingido quando a frequência voltar ao valor w1. Porisso esse regulador é
chamado de isócrono.
w1
Pe1
Pe2
tempo
Comportamento dinâmico
Frequência
W1
W3
Comportamento estático
Potência PMáx
Este tipo de regulador não serve para máquinas operando em paralelo, portanto só
aplicada a máquina isolada.
Frequência
60 Hz
∆f
∆P 1
∆P =
∆f R
P0 Potência
Realimentação
em Regime
Pressão óleo
Abrir Fechar
Esta figura mostra um regulador que pode fazer com que a máquina opere em paralelo
com outra similar, considerando que cada uma tem uma posição definida de válvula
em regime. No entanto, para um valor final de potência de saída, a freqüência não tem
como voltar ao valor inicial (no caso, 60 Hz).
Para que possa haver divisão de cargas entre máquinas e haja retorno de freqüência
ao seu valor de referência (60 Hz), algum tipo de controle comum às máquina é
necessário. A figura a seguir mostra esquematicamente esse controle comum:
∆P
P0
P01 P02
Turb 1 G1 G2 Turb 2
Distrib 1 Distrib 2
Controlador
Comum
Isto é, um sistema que olhe para o regulador de cada máquina e altere o ponto de
operação delas para o retorno da freqüência ao valor desejado.
Para que o controlador comum possa atuar no regulador, haverá necessidade de que o
regulador possua o que se chama de “variador de velocidade”, que atua sobre o ponto
de ajuste de velocidade do regulador, como mostrado na figura a seguir.
Variador
de
Velocidade
Pressão óleo
Abrir Fechar
Figura 2.06 – Esquema de regulador de velocidade com mecanismo motorizado de ajuste do ponto
de referencia de velocidade
Hz
Ajuste Ajuste
Inicial Final
60
∆f
∆P
P0 Potência
60 Hz
w1
Pe1
Pe2
tempo
Um grande sistema de potência ao qual está conectada uma máquina síncrona pode
ser considerada, para a máquina em questão, como sendo uma barra infinita. Isto é, o
sistema de potência pode ser considerada uma enorme e estável máquina com
regulação isócrona.
Hz
Característica isócrona
de uma “barra infinita”
60
Pmáq Potência
É porisso que uma máquina com regulador isócrono não pode ser paralelado com o
sistema pois a intersecçao (característica horizontal com característica horizontal) não
seria definida (ponto de Potência gerada) e a máquina ficaria instável.
Muitas cargas alimentadas pelo sistema elétrico são sensíveis à freqüência. Por
exemplo, motores apresentam uma queda média de 2% ou mais de potência para cada
1% de queda na freqüência. Por outro lado, cargas para aquecimento e iluminação são
praticamente invariáveis com a freqüência.
60
Característica
Característica de
de Carga P
Carga P + ∆P
Inclinação = D
Potência
∆PL
∆P-∆PL ∆P
60 Hz
P0
∆f2
∆f1
∆P 1
Inclinacao = =
∆f1 R
Hz
∆PL
Inclinacao = =D
∆f 2
Potência
∆f1 = ∆PxP 1
ou ∆f1 = ∆Px( ) (1)
1
R
∆PL = Dx∆f 2 (2)
SISTEMA B
SISTEMA D
SISTEMA A
SISTEMA C
Exemplificando, a tabela a seguir mostra o que ocorre quando uma carga de 100 MW é
repentinamente adicionada ao sistema A que inicialmente estava servindo 900 MW e
tem uma capacidade girante (geração) de 1000 MW:
∆P 100
∆f (%) = = = 0,00473% = 0,00284 Hz (regime)
1 +D 21.110
R
∆Pger = ∆f x (1/R) 0,947 MW 94,7 MW 95,69 MW
∆Pcarga = ∆f x (D) 0,047 MW 4,26 MW 4,31 MW
Nova Geração 900 + 0,947 MW 90.000 + 94,7 MW 90.900 – 95,69 MW
Nova Carga 1.000 – 0,047 MW 90.000 – 4,26 MW 91.000 – 4,31 MW
Nova (Geração - Carga) -100 + 0,947 + 0,047 = 0 + 94,7 + 4,26 = + -100 + 100 = 0
- 99 MW 99 MW
ACE (Erro de Controle - 99 – (-210)(-0,004737) + 99 – (-20.900)(-
de Área) = -100 MW 0,004737) = 0
Verifica-se que os sistemas B+C+D estão servindo 90.000 MW de carga com uma
capacidade de 100.000 MW. O exemplo é autoexplicativo e mostra que a ACE de
B+C+D = 0 e o ACE de A = -100 MW.
A área A deve, então, tomar 100 MW de carga para que a frequência volte ao normal e
o intercâmbio volte ao anteriormente programado. Essa geração extra deverá então ser
alocada aos diferentes geradores (usinas) no Sistema ª
Assim é que se mantém a freqüência do sistema (cada centro é responsável pelo seu
subsistema).
K∆f
Supervisão e
Controle de
BACK UP DIGITAL Estações
Remotas
∆W
Interface
Sinal de
Controle Unitário
Gera-
dor
MW Unidade COMPUTADOR
DIGITAL
Interconexões MW sendo
Gerado
kWH de Unidade
e Interconexões
2.2.1 Conceito
A energia associada a um campo magnético chama-se energia reativa. Assim cada motor
ou transformador, que são os equipamentos mais representativos do universo de cargas,
“consome” potência reativa (VAr).
Essa energia reativa pode ser e é, em parte, “fornecida” pelos geradores síncronos do
sistema de geração.
Por outro lado, deve ser observado que, para toda diferença de potencial existente, há um
campo elétrico (representado matematicamente por uma capacitância). Há diferenças de
tensão, por exemplo, em linhas de transmissão, entre fases ou entre cada fase e a terra.
Assim, uma outra parte da potência reativa que os motores e transformadores necessitam
vêm dos campos elétricos das linhas de transmissão. No caso de ser insuficiente a
potência reativa possível de ser fornecida pelos geradores e pelas capacitância das linhas,
são utilizados bancos de capacitores, seja em subestações ou nas redes de
subtransmissão ou distribuição, para suprir a potência reativa necessária à carga. No
sistema de transmissão são também utilizados os compensadores estáticos e os
compensadores síncronos que têm a flexibilidade de absorver ou suprir potência reativa,
conforme a necessidade através de sistemas de regulação automáticos.
A figura a seguir mostra o conceito de troca de energias entre campos elétricos e
magnéticos num sistema elétrico de potência, associado ao fluxo de energia ativa:
Fluxo de Potência
Rede
Linhas
Distribuição
Caso haja excesso de energia reativa em uma área do sistema, há SOBRETENSÃO nesse
sistema.
Portanto, deve ser lembrado, sempre, que a variação da energia reativa suprida ou
consumida (expressa em potência reativa – kVAr ou MVAr) está estritamente relacionada à
tensão do sistema.
Gerador Síncrono
jX
E
E i V δ jX.i
V
i
Considerando que E seja a f.e.m de um gerador sícrono (cujo módulo pode ser controlado
pela excitação do mesmo) e V seja um Sistema Elétrico de Potência de grande porte (V
não é praticamente afetado pelos reguladores da máquina – portanto uma “barra infinita”),
tem-se:
E.V
P= . sen δ Watt nos terminais de saida (em V)
X
EV cos δ − V 2
Q= Var nos terminais de saída (em V)
X
Atuando na excitação da máquina pode-se alterar o módulo de E. Assim,
A figura a seguir mostra um típico sistema de excitação de uma máquina síncrona para
controle do campo:
Transformador
de Excitação
TC's Auto
Regulador Manu
Unidade de
de Tensão e
Comando
Limitadores
Automático
Automáticos
TP's
Regulador Unidade de
de Corrente Comando
(Manual) Manual
=
=
Proteção de Excitação
Sobretensão de Partida
Retificadores
controladores
Desexcitação
Serviço Auxiliar
Compensador Síncrono
Máquina rotativa, síncrona, sem torque no eixo, apenas com circuito de excitação e
regulador de tensão. Opera suprindo ou consumindo reativo, conforme a necessidade.
Reator Shunt
É uma indutância ligada entre a fase e a terra. Tem portanto a finalidade de absorver
potência reativa (regular a tensão no sentido de diminuí-la).
Banco de Capacitores
É uma capacitância ligada entre a fase e a terra. Tem portanto a finalidade de fornecer
potência reativa (regular a tensão no sentido de aumentá-la).
Compensador Estático
Pode operar tanto como reator ou como capacitor. Juntamente com o regulador de tensão
opera automaticamente chaveando sub-unidades de reatores e capacitores através de
tiristores.
Regulador
Controlador
O uso de tiristores para chaveamento é justificado pelo fato de os mesmos não sofrem
desgaste para a elevada frequência de chaveamentos que é necessária para inserir ou
desinserir reatâncias indutivas ou capacitâncias no sistema para controle de tensão. E
também pelo fato deles introduzirem menos transitórios quando do chaveamento.
O custo dos compensadores estáticos é alto. Assim os mesmos não serão econômicos
para pequenos sistemas elétricos de potência.
circuito radial alimentado. São específicos para regulação e permitem mais flexibilidade
que os comutadores de taps do próprio transformador de potência.
A operação do sistema através dos seu operadores e despachantes nas salas de controle
locais (usinas e subestações), nos Centros Regionais de Controle e no Centro de Operação
do Sistema (sistema hierarquizado) efetuam a cada instante o controle em tempo real do
sistema elétrico.
• Segurança
• Qualidade
• Confiabilidade
• Economia
Para atingir os objetivos citados, cada vez mais se torna necessário o uso de recursos
computacionais e de automação. A tendência para grandes sistemas interligados, como o
Pré Operação
O planejamento é feito a longo (anos), médio (ano, quadrimestre) e curto (mensal) prazos.
A programação é o detalhamento daquilo planejado, adaptando a operação às condições a
médio ou curto prazo, principalmente aos aspectos imprevistos.
- Previsão de Carga
- Programação da manutenção
- Estudos elétricos de fluxo de potência, curto-circuito, estabilidade, transitórios e
sobretensões de energização, religamento automático e suas conseqüências, etc.
- Estudos de ajustes e seletividade da proteção.
- Estudos de rejeição de carga.
- Determinação da reserva girante de geração
- Avaliação de intercâmbios entre regiões
- Coordenação da geração hidro-térmica com gerenciamento das reservas nas bacias
hidrográficas em usinas de reservatório e uso econômico de combustível em usinas
térmicas
- Programação de despacho de geração
• Despacho da geração
Pós Operação
3.1 CONCEITOS
O sistema de potência é altamente não linear, que opera em um ambiente que varia a cada
instante, como a carga suprida, a geração e a topologia da rede. Um distúrbio, isto é uma
alteração nas condições, pode ser de pequeno, médio ou grande porte.
Variações nas cargas, que ocorrem continuamente, podem ser chamadas de distúrbios de
pequeno porte. O sistema eletroenergético deve então, continuamente, se ajustar às
condições instantâneas.
Por outro lado, o sistema será INSTÁVEL caso não se atinja um ponto de equilíbrio e haja
ocorrência de perda de controle e chegue a um estado precário. Isto é, um progressivo
aumento na separação angular entre rotores de máquinas (perda de sincronismo entre
grupos de geração) ou uma progressiva diminuição do nível de tensão em áreas do sistema
(insuficiência ou perda de controle do fluxo de reativos). Um estado INSTÁVEL pode levar a
desligamentos forçados em cascata e desligamento de grandes proporções do sistema.
Sincronismo
Uma INSTABILIDADE também pode ocorrer sem que haja perda de sincronismo. Por
exemplo, pode ocorrer uma perda de controle de fluxo de potência reativa num grande
sistema, com afundamento de tensão em determinadas regiões.
Classificação da Estabilidade
Estabilidade de Tensão
A instabilidade que pode ocorrer resulta de uma progressiva queda ou aumento de tensão
em uma área do sistema. Isso geralmente pode estar a associado a limites de transmissão
de potência ativa e ou reativa entre regiões.
Estabilidade de Freqüência.
Z
EC2
EC1
Eixo de
EA1 referência
EA2
1 2
Eixo de
referência
EB2
EB1
Figura 3.01 – Representação simplificada de corrente, tensão e impedância num sistema trifásico
A DIFERENÇA DE ÂNGULO entre as tensões causa fluxo de corrente ATIVA entre eles.
A transferência de potência ativa entre os pontos 1 e 2 pode ser dada pela equação a
seguir:
E1 .E 2
P= .sen γ .sen δ 12
Z
Onde E1 e E2 são os módulos das tensões, Z o módulo da impedância, γ o ângulo da
impedância Z ( 90 graus para puramente indutivo) e δ12 o ângulo entre as tensões.
E1 .E 2
P= .sen δ 12
X
E valor da máxima potência ativa entre os pontos 1 e 2 é dada então para o ângulo 90
graus entre as tensões, isto é:
E1 .E 2
P=
X
O gráfico de potência ativa entre os pontos 1 e 2 pode ser desenhado:
0o 90o 180o
δ
Figura 3.02 – Gráfico de Potência (Ativa) vs. Ângulo entre as tensões
XG XS
ET
Barra Infinita com
X = 0 e E = 1,0
I
EG
ET E = 1,0 pu
jXG jXS
I.XG
δG
I
EG I ET
δS
I.XS
E = 1,0 pu
Figura 3.03 – Geração conectada a um grande sistema através de uma linha de interligação (S)
EG
P= .sen(δ G + δ S )
XG + XS
Alterando-se a excitação, altera-se a tensão atrás da reatância de eixo direto Xd (ou Xeq se
saturado). Isto é, altera-se o módulo do EG na figura anterior.
Alterando-se EG alteram-se os ângulos. Altera-se o valor limite da potência que pode ser
transferida.
Ta = Tm − Te
d 2δ
M .( 2 ) = Pm − Pe
dt
Onde M é a constante de inércia, sendo na verdade um momento angular.
Considera-se uma rede simplificada constituída de uma reatância série X que conecta uma
máquina a uma barra infinita.
E
jX
I.X
δ I
E V
E.V
P= .sen δ
X
e o gráfico de potência em função do ângulo é dado por:
P
E.V/X
0o
π
π/2
Considera-se que as mudanças elétricas que ocorrem quando de um distúrbio são muito
mais rápidas que as mudanças mecânicas associadas. Assim, considera-se que a Pm
(potência mecânica) é constante para esta análise.
P
Pe
Pm
0o
δ0 π/2 π−δ0 π
Vamos assumir agora que ocorra uma mudança na operação, de tal maneira que o ângulo δ
sofra uma variação de ∆δ.
∆δ Para essa operação próxima ao ângulo δ0 , Pe > Pm e d2δ / dt2 se
tornará negativo. Assim o valor de δ é diminuído retornando ao ponto δ0 . Diz-se então que
esse ponto é um ponto de equilíbrio estável.
Assim, se o sistema está operando num estado de equilíbrio suprindo uma potência elétrica
Pe0, com a correspondente potência mecânica Pm0, então:
Pe0 = Pm0
Vamos supor agora que a potência mecânica é aumentada para Pm1 como mostrado na
figura a seguir.
P
Pe
Pm1
Pm2
0o
π
δ0 δ1 δ2 δ3
Neste caso Pm > Pe e a aceleração ocorre de tal maneira que o ângulo δ aumenta. O ângulo
aumenta, tendendo ir até um novo ponto de equilíbrio estável (onde Pm = Pe), que é o δ1.
Entretanto, nesse processo, quando se atinge o ângulo d1, a diferença de velocidade entre
o rotor e o sistema, nesse ponto, não será zero e o ângulo continua a aumentar,
ultrapassando δ1. Num determinado ângulo acima de δ1, a diferença de velocidade será
zero, e pela equação de swing, a aceleração será negativa e o ângulo começa a decair. Na
volta, ultrapassa-se o valor d1 até que o torque contrário faz com que o ângulo comece a
aumentar de novo.
Finalmente, após oscilação em torno do δ1, se atingirá o equilíbrio nesse ponto. Isso ilustra
o que ocorre com a máquina quando de uma brusca variação no lado direito da equação de
swing.
Nota-se que qualquer alteração no sistema elétrico (por exemplo, saída de uma ou mais
linhas ou equipamentos) altera o valor do X de transferência. Tem-se após distúrbio, novo
valor de X = Xeq, com a equação:
E.V
P= .sen δ
X eq
P
Pe com um
circuito fora
Pm2
Pm1
0o
δa δ b δc π
δ δ
Estabilidade transitória:
ESTÁVEL
Estabilidade transitória:
INSTÁVEL
tempo tempo
P
Pe = Pmáx.sen δ
A1 c
A2
b
Pm1
a
Pm0
0o
π
δ0 δ1 δmax
Figura 3.10 – Critério de Áreas Iguais para um degrau de variação na potência mecânica
O rotor não pode acelerar instantaneamente mas traça uma curva até o ponto b onde
deveria haver equilíbrio com o ângulo δ1. Como ao passar por b a velocidade do rotor é
ainda maior que a velocidade síncrona, o ângulo continua a aumentar. Além do ponto b, Pe
> Pm e então o rotor desacelera até atingir o ponto c com o valor de ângulo δmax. E então,
começa a retornar no sentido de b. Ocorre oscilação em torno de b, até se estabilizar no
ponto de equilíbrio.
Mostra-se que o sistema será estável com a área A1 igual à área A2. A área A1 sendo maior
que a área A2 , a estabilidade é perdida pois haverá excesso de energia para aceleração do
rotor.
Pe - Pré falta
P
Pe - Pré falta Pe - Pós falta
P
Pe - Pós falta A1 Pe - Durante a falta
A1 Pe - Durante a falta d e
d e a
Pm
Pm a
c
c A2
b
b
0o
δ0 δc1 δm
0o
δ0 δc1 δm
δ
δ
tempo
tempo
Figura 3.11 – Critério de Áreas Iguais para uma falta no sistema seguida de desligamento de circuito
Análise do Sistema
• Oscilações entre áreas interligadas são associadas com elos de transmissão fracos e
grandes transferências de potência.
• Ajuste cuidadoso dos estabilizadores nas maiores unidades geradoras (ajustes dos
parâmetros de máquinas associados aos seus reguladores de tensão e velocidade e
sistemas de excitação e distribuição)
4.1 SOBRETENSÃO
É a ocorrência do aumento da tensão em freqüência industrial (60 Hz), acima dos valores
nominais, que se manifesta em partes do Sistema de Potência, inclusive linhas de
transmissão.
Sobretensão Dinâmica (60 Hz)
V nominal
kV B
kV A
km
Surtos de Manobra
Tanto no caso de sistemas de alta tensão como no caso de circuitos auxiliares de controle,
todos os chaveamentos ocasionam o aparecimento dos chamados surtos de manobra. Isto
é, toda mudança brusca do estado de um circuito indutivo ou capacitivo provoca
transitórios que, em maior ou menor grau afetam o circuito elétrico chaveado e
adjacências.
No caso de Alta Tensão, os chaveamentos que merecem mais atenção são aqueles de
circuitos capacitivos ou indutivos, como bancos de capacitores ou mesmo linhas de
transmissão (em vazio). Energização ou desenergização de capacitores de acoplamento
utilizados como divisores de tensão em TP´s de linhas também merecem atenção.
V Vg Vc C
L
Io
V Vg Vc C
Essa acomodação de energias entre campos elétricos (C) e magnéticos (L) não ocorre
apenas à frequência fundamental (60Hz). Há componentes em alta frequência
relacionados à oscilação entre os campos, numa frequência que depende das indutâncias
e capacitâncias envolvidas.
1
ωa = radianos/s
LC
Pode ser demonstrado que a componente transitória de oscilação entre os campos, que se
sobrepõe à tensão fundamental é aproximadamente igual a:
ua = −U . cos(ω a .t )
Onde U é a fundamental e ua é a parte transitória (oscilação em alta frequência), como
mostrado na figura a seguir, separadamente:
Te
ns
1
ao
no
0.5
Dis
jun
0
tor
(P
-0.5
or
Uni -1
da
Nos terminais do disjuntor aparece então a soma das tensões U e ua, conforme mostrado
na figura a seguir.
1.5
1
Por Unidade
0.5
0
Corrente
-0.5 Interrompida
-1
-100 -0,075 -0,050 -0,025 -0,000 0,025 0,050 0,075 0,100 0,125 0,150 0,175 0,200 0,225 0,250 0,275 0,300 0,325
t/s
-200
-100 -0,075 -0,050 -0,025 -0,000 0,025 0,050 0,075 0,100 0,125 0,150 0,175 0,200 0,225 0,250 0,275 0,300 0,325
t/s
-200
-100 -0,075 -0,050 -0,025 -0,000 0,025 0,050 0,075 0,100 0,125 0,150 0,175 0,200 0,225 0,250 0,275 0,300 0,325
t/s
-200
-100 -0,075 -0,050 -0,025 -0,000 0,025 0,050 0,075 0,100 0,125 0,150 0,175 0,200 0,225 0,250 0,275 0,300 0,325
t/s
-200
Caso o disjuntor não esteja adequado à interrupção de corrente como num circuito
mostrado anteriormente, pode haver reacendimento sucessivo de arco entre os terminais
do disjuntor, em função do transitório mostrado.
1.5
1
0.5
0
-0.5
-1
Fonte i
L
VA VC C
VC
VA
VC
i
Fechamento
20000
0
20000
0
20000
0
20000
10000
0
15000
10000
5000
0
15000
10000
5000
0
4 8
Cycles
Referência: Thomas Grebe, Eletrotek Concepts, Inc. – “Evaluation of Utility Capacitor Switching
Transients
www.pqnet.electroteck.com/pqnet/main/backgrnd/tutorial/utilcap/utilcap.htm
Fonte i
L
VA VC C
VA + VC
VA = V C
VA
VC
Referência: Thomas Grebe, Eletrotek Concepts, Inc. – “Evaluation of Utility Capacitor Switching
Transients
Neste caso, a corrente precisa ser limitada através do uso de reatores série (solução
usual). Reatores/resistores de fechamento no disjuntor podem ser meios alternativos para
limitar essa corrente. O uso de sincronizadores de fechamento podem ser possíveis para
determinados tipos de disjuntores. Esses dispositivos procuram fazer com que as fases
fechem sequenciamente no sentido de fechar cada fase na condição mais favorável, como
ilustra a figura a seguir.
Referência: Thomas Grebe, Eletrotek Concepts, Inc. – “Evaluation of Utility Capacitor Switching
Transients – www.pqnet.electroteck.com/pqnet/main/backgrnd/tutorial/utilcap/utilcap.htm
i(t)
V v
j.X = j (ω.L)
Considerando a tensão v = |Vm| . sen (ωt + α) , a equação diferencial para o circuito acima
será:
di
| V m | . sen(ω .t + α ) = R.i + L.
dt
A solução para a equação mostra que a corrente i em função do tempo será:
| Vm | − Rt
i= .[sen(ω .t + α − θ ) − e L . sen(α − θ )
|Z |
i (t)
t (s)
0.5
-0.5
0 1 2
Ciclos
Instante do Fechamento
de Circuito Indutivo
Tensão
Corrente (- 90 graus)
Para um circuito puramente indutivo a corrente está atrasada de 90 graus. Caso haja
fechamento da chave no instante em que a tensão passa por Zero, a corrente naquele
instante deveria estar a –0,5 p.u. (figura anterior). Mas, como antes do fechamento a
corrente era Zero e ela deve continuar a obedecer a lei do eletromagnetismo que diz que a
corrente é 90 graus atrasada a qualquer instante, a senóide da corrente se desenvolve
com deslocamento do eixo conforme mostrado.
Outra fonte de surtos que podem atingir subestações é a descarga atmosférica. Uma
descarga atmosférica ocorrendo diretamente numa linha de transmissão ou mesmo nas
suas proximidades ocasiona o aparecimento de cargas em movimento (surtos) que
trafegando através dos condutores de energia podem chegar a subestações. A própria
subestação está sujeita a descargas atmosféricas. Ou ainda, estas cargas descarregadas
nos aterramentos das torres de transmissão podem causar sobretensões transitórias.
A proteção principal numa subestação para surtos que chegam através das linhas é feita
através de pára-raios de potência que são instalados nas entradas das linhas e dos
transformadores de potência. Esses mesmos equipamentos pára-raios servem de proteção
contra surtos de manobra. Para transformadores são também utilizados “gaps” (chifres)
para descarga à terra.
Descarga Atmosférica
pára-raio
Uma vez atenuado pela descarga no equipamento pára-raios, a parcela de surto que
chega a atingir o terminal do transformador ou outro equipamento é insuficiente, na maioria
dos casos, para provocar danos, pois os equipamentos de potência são especificados para
suportar até um determinado nível de surto (coordenação do isolamento).
Transitórios nos circuitos primários (alta tensão) também afetam circuitos secundários
através dos pontos em comum como os aterramentos, TP´s, TC´s, indução eletrostática e
indução eletromagnética.
cada etapa toma direção diferente da anterior, formando um trajeto sinuoso característico
de descarga atmosférica. As duas figuras a seguir ilustram o descrito:
Na sua caminhada em direção à terra, o Raio Guia, ao atingir uma certa altura acima da
superfície terrestre, tem o seu poder de penetração no ar reduzido. Quando ele chega nas
proximidades do solo ou de alguma construção alta, desenvolvem-se desses pontos raios
guia orientados para cima.
O encontro dos raios guia ascendente e descendente provoca fluxo elevado de corrente de
neutralização, fluindo para cima, denominado Raio de Retorno. Este segue o mesmo
caminho percorrido pelo raio guia descendente. A neutralização progressiva de cargas
positivas do Raio de Retorno com as cargas negativas espaciais é que provoca o fluxo de
elevada corrente, e portanto a descarga atmosférica propriamente dita, como ilustrado na
figura a seguir:
Estas correntes variam desde algumas centenas de Ampères até valores superiores a 200
kA, dependendo da densidade de carga transportada pelo raio guia.
Neste processo, quando os raios atingem o centro de carga original, eles se propagam
através do mesmo trajeto percorrido pela primeira descarga. Entretanto, estes últimos
caminham sem apresentar aquelas Etapas Sinuosas verificadas quando da primeira
descarga. Consequentemente, é um processo bastante rápido. Como anteriormente, o raio
guia atingindo a terra, estabelece raio de retorno como ilustrado nas figuras a seguir:
4.2 CURTO-CIRCUITO
Pode-se definir um curto-circuito como a conexão anormal entre partes energizadas de uma
instalação, com ou sem envolvimento de terra, isto é, aquela parte não energizada com
potencial equivalente ao do solo. Na ocorrência de curto-circuito, a corrente associada pode
ser muito grande ou quase insignificante, dependendo da configuração da instalação ou do
seu tipo.
Descarga Atmosférica
Dos eventos mencionados, o que com maior freqüência pode causar curto-circuito na linha
de transmissão é a descarga atmosférica. A descarga em si provoca direta ou indiretamente
surtos de carga elétrica no cabo pára-raios ou nas fases condutoras que, por sua vez,
causam diferenças de potencial que desencadeiam aberturas de arco elétrico entre partes
energizadas da linha e a terra, culminando em curto-circuito à freqüência industrial. Numa
subestação, é muito rara a ocorrência de curto-circuito em instalações energizadas de
potência devido a descarga atmosférica.
Do mesmo modo que se acumulam cargas na superfície terrestre (incluindo aí o cabo terra),
são acumuladas cargas nas linhas de transmissão, em cabos condutores. A figura a seguir
mostra o campo elétrico sobre uma linha de transmissão LT criado por uma nuvem carregada.
O campo consiste de uma região A entre a nuvem e a terra, e a região B entre a nuvem e a
linha isolada.
Nuvem Carregada
LT
N u ve m C arreg ad a
LT
A intensidade deste campo entre a linha e a terra e por conseguinte a tensão induzida
depende da altura da linha sobre a terra, da intensidade do campo antes do raio indireto e
da rapidez da descarga da nuvem.
A intensidade da tensão induzida pelo raio indireto tem, relativamente, uma velocidade de
crescimento pequena e o valor de pico encontra-se, geralmente, abaixo dos 100 kV.
Estas sobretensões causadas por raios indiretos desenvolvem-se em todas as fases da LT.
As descargas indiretas são inofensivas na maior parte dos casos, para linhas de
transmissão com isolamento para tensão nominal superior a 33 kV.
Por outro lado, o raio direto na LT tem uma severidade maior, caracterizada por uma
velocidade de crescimento do surto bem maior da ordem de 100 a 1000 kV por
microsegundo (frente de onda pouco inclinada). A Linha recebe uma carga muito elevada
que cria, em correspondência, uma tensão muito elevada.
Para uma descarga no cabo terra, haverá também diferença de potencial entre o condutor e
a terra e poderá haver descarga de energia para o condutor, caracterizando uma situação
que é chamada de descarga em “marcha a ré”.
Figura 4.26 – Descarga atmosférica direta no cabo terra. Frente de onda íngreme.
1) Descarga (surto)
2) Ionização do ar
2) Ionização do ar
3) curto-circuito
FOGO
Uma Proteção deve, portanto, ser adequada para detectar de modo rápido e preciso a
natureza elétrica da anormalidade. No caso de curtos-circuitos, deve detectar aqueles entre
fases e entre fase(s) e terra.
A probabilidade de curtos bifásicos ou trifásicos, nos cabos é menor. Tais curtos podem
ocorrer com maior probabilidade em conectores destes cabos a outros dispositivos como
reguladores ou transformadores.
pode sofrer redução acentuada, por exemplo, devido a vitrificação da areia. É um problema
que deve ser considerado com atenção, tendo em vista os problemas de segurança
envolvidos.
Caso não seja detectado a tempo, o defeito pode evoluir para uma situação mais grave, com
curto- circuito pleno, com maiores danos.
Falhas em Comutadores
Comutadores de taps em transformadores possuem partes móveis que operam sob carga.
Evidentemente este é um fator de desgaste e risco. Portanto, curtos-circuitos podem
ocorrer.
Falhas em Conexões
Conexões são pontos fracos em qualquer circuito elétrico. Aspectos mecânicos estão
envolvidos em conjunto, às vezes, com correntes elevadas com grande potencial de
aquecimento. Eventuais rompimentos e consequentes curtos-circuitos podem ocorrer.
Tipos de Curto-circuito
Há vários tipos de curto-circuito que podem ocorrer, em decorrência das situações citadas,
envolvendo terra ou não:
• Fase - Terra
• Bifásico - Terra
• Trifásico - Terra (com desequilíbrio)
• Bifásico
• Trifásico
• Evolutivos, de fase-terra para bifásico-terra, de bifásico para bifásico-terra, etc.
Subestação A Subestação B
IA
IB = 0
IC
O desequilíbrio entre fases, que teoricamente pode ser explicado pelo componente de
seqüência negativa é a conseqüência que se manifesta.
4.4 SOBRECARGA
0
C
T∞
} 63 % de (T∞ -T0)
T0
τ
t=0 t=τ Tempo
Onde:
IA IB IC VA VB VC
2000
0
IA
-2000
2000
0
IB
-2000
2000
0
IC
-2000
250
-0
VA
-250
250
-0
VB
-250
250
-0
VC
-250
4 8 12 16 20 24
O conjunto todo pode ter sua frequência elevada quando há excesso de geração (MW), ou
reduzida quando há falta de geração (MW). Esta variação existe a todo instante, dentro de
uma faixa razoável de regulação de carga e frequência determinada pelos CAG (Controle
Automático de Geração).
Ou pode ocorrer perda brusca de grandes blocos de carga, com aumento brusco de
frequência, caracterizando-se uma situação de SOBREFREQUÊNCIA.
Frequências baixas ou elevadas, de modo acentuado, caso persistam por muito tempo,
provocam danos ou até problemas de controle nas cargas.
Turbina a Vapor
Para as turbinas que não aquecem, a menos que o gerador passe a funcionar como motor
síncrono (motorização), o problema pode ser resolvido com relé direcional de potência
conectado ao gerador.
Turbinas Hidráulicas
O problema de motorização pode causar cavitação nas pás da turbina. A cavitação ocorre
em função do baixo fluxo de água pela turbina, por exemplo por bloqueio do distribuidor.
Máquinas Diesel
Turbinas a Gás
A potência requerida para a motorização de uma turbina a gás varia entre 10 e 50% da sua
potência nominal, dependendo da turbina e do projeto da instalação. A proteção é aplicada
em função do sistema elétrico ao qual está ligada o gerador, ao qual pode ser indesejável a
motorização.
Quando há súbita perda de carga para um gerador, tem-se como consequência imediata
uma sobrevelocidade (e consequentemente sobrefrequência) e uma sobretensão dinâmica.
Há imediata atuação dos sistemas reguladores de velocidade e de tensão que atuam sobre
a energia mecânica ou térmica na turbina e sobre o sistema de excitação.
Além dos problemas de isolação, uma sobretensão nos terminais do gerador causa também
saturação e excesso de fluxo no transformador elevador.
Sobretensão
Sobrevelocidade
Sobrefrequência
e = -n(dφ/dt)
B = φ / S weber/
m2
Fmag = H.l Ampères-espiras
Imag
imag = Fmag / N Ampères
Essas correntes surgirão desde que haja caminho físico para as mesmas. Por exemplo, se
não houver conexão triângulo nem estrela aterrada, não haverá caminho para a 3ª
harmônica e seus múltiplos. Não havendo caminho, não aparecerão. Consequentemente
haverá deformação da densidade de fluxo / tensão.
Se a fase for fechada quando teoricamente a corrente está passando por zero, não há
transitório para esta fase, sendo que a forma de onda da corrente de magnetização segue
seu curso normal. Se, entretanto, o fechamento da fase é fora deste instante, ocorrerá
deslocamento da corrente no eixo vertical para acomodar a situação. Isto é, aparece
componente dc, como já visto no chaveamento de um circuito RL. E o deslocamento do
eixo da corrente pode levar a saturação do núcleo
2500
2000
1500
1000
Ia, Ib, Ic (A)
500
-500
-1000
-1500
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Tempo (s)
1.5
1
Tensão fase A em p.u.
0.5
-0.5
-1
-1.5
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
Tempo (s)
2.5
1.5
Fluxo em p.u.
0.5
-0.5
-1
-1.5
-2
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Tempo (s)
-500
500
0
IB
-500
500
0
IC
-500
0
3I0
-50
-100
IAMag IBMag ICMag
750
500
250
0
VC VB VA
50
0
-50
4 8 12
Cycles
Figura 4.39 – Oscilograma real de uma energização de um Transformador Trifásico – Baixa taxa de
amostragem do oscilógrafo
Ip Ip' TC Is
Ideal
Rs / n 2 Rc / n 2
Xm Imag
N1:N2
Ip
N2 / N1 = n
Ip = Corrente primária.
Xm = Reatância de magnetização.
Imag = Corrente de magnetização (em condições normais desprezível).
Rs = Resistência da cablagem secundária
Rc = Resistência da carga ligada no TC (burden).
n = relação de espiras.
Já foi visto que pode haver deslocamento do eixo na corrente primária, que na sua condição
máxima pode ser expresso por:
-t / τ
Ip = Ip (sen ωt + e )
φ = 10 /N1 . ∫ v.dt
8 2 2
e v = ip (Rs / n + Rc / n )
Analisando o efeito do transitório DC, considerando inicialmente que não haja saturação,
pode-se deduzir que:
-t / τ
φDC = -10 . (N1/N2 ).(RS+RC).τ.( e
8 2
)
Ainda sem saturação, analisando somente as componentes DC, tem-se a figura seguinte:
Ip Imag
Is'
.
Figura 4.41 – Componentes DC da corrente, em um TC
Ainda sem considerar a saturação, haveria fluxo DC somado ao fluxo AC, conforme figura a
seguir:
Fluxo
t
.
Figura 4.42– Desenvolvimento do Fluxo no núcleo do TC considerado sem saturação
Imag
t
.
Figura 4.43 – Corrente de magnetização do TC considerado sem saturação
Mas, se o Núcleo pode não desenvolver o fluxo, isto é, pode-se saturar dependendo das
suas características.
4
2
Iprim / 400 A
-2
-4
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2
Satura com 10 p.u.)
1
P.U. de Fluxo (TC
0.8
0.4
-0.4
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2
.
Figura 4.44 – Resposta de TC sem Saturação – Simulado
6
Iprim / 400 A 4
-2
0 0.05 0.1 0.15 0.2
Tempo (s)
15
P.U. de Fluxo no TC
10
-5
0 0.05 0.1 0.15 0.2
Tempo (s)
.
Figura 4.45 – Resposta de TC com Saturação - Simulado
Iprim e Isec
nível de saturação
fluxo real
fluxo em regime
Utilizando a matemática de Fourier, pode-se mostrar que qualquer forma de onda pode ser
representado por uma somatória de uma série de senóides de amplitudes e frequências
diversas.
Uma harmônica pode ser definida como sendo uma senóide com frequência múltipla da
frequência fundamental do sistema, no caso 60 Hz.
Segunda Harmônica
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 Hz
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 Hz
Observa-se que a resultante não é simétrica com relação ao eixo do tempo (horizontal).
Terceira Harmônica
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
2 Ciclos em 60 Hz
1
Por Unidade
0.5
0
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 Hz
Observa-se que neste caso a resultante é simétrica com relação ao eixo do tempo. As
harmônicas de ordem ímpar dão resultantes simétricos com relação ao eixo horizontal.
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 hz
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 hz
Quinta Harmônica
0.8
0.6
0.4
Por Unidade
0.2
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
Dois Ciclos em 60 Hz
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 Hz
Sétima Harmônica
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 Hz
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 Hz
Nona Harmônica
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 Hz
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 Hz
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 Hz
0.5
Por Unidade
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 Hz
A forma de onda acima pode estar mascarada devido à simulação utilizada para gerá-la,
com quantidade insuficiente de amostragens por segundo por ciclo. Mas é uma maneira de
mostrar que, eventualmente, um registrador com baixa taxa de amostragem pode registrar
uma forma de onda semelhante.
A B C A B C
Por outro lado, as harmônicas que não são múltiplas de 3 (não triplas) são quantidades
trifásicas, algumas com sequência de fases positiva e outras com sequência de fases
negativa. A tabela a seguir mostra o mencionado:
Verifica-se que as harmônicas não triplas aparecem entre fases e não entre fase e neutro.
Assim, os parâmetros do sistema elétrico que têm a ver com essas harmônicas são os de
sequência positiva e sequência negativa.
E aqueles parâmetros que têm a ver com as harmônicas triplas são as de sequência zero.
UR UC UL
UL UC
U
UR = U
U = cos(ω n .t ) U = U R + U L + UC
E
e a amplitude da corrente é I= e esta corrente pode ser muito alta.
R
A amplitude da tensão no capacitor (e indutor) é igual a k.E e este fator é expresso por:
L.ω n
k= = 1
R R.C.ω n
U R C L
Trata-se de um fenômeno elétrico complexo que, identificado desde o início dos anos 20
do século passado, permanece ainda hoje com alguns aspectos não compreendidos. Ela
tem sido conhecida como sendo responsável por danos em equipamentos e falhas de
operação de proteções.
Ela é difícil de ser analisada pois, em parte, não ocorre de modo regular e previsível em
resposta a um estímulo específico. Em resposta a um transitório de tensão (de manobra ou
atmosféricas), a um curto circuito fase-terra, abertura de disjuntor, energização ou
desenergização de equipamento, ou qualquer outra alteração, o sistema pode subitamente
passar de uma situação em regime para uma situação de severa sobretensão com elevada
distorção harmônica, que pode danificar equipamentos.
Modos de Ferroressonância 1
1) Modo Fundamental
2) Modo Subharmônico
3) Modo Quase-Periódico
4) Modo Caótico.
Modo Subharmônico. Os sinais são periódicos com um período n.T, isto é, múltiplo do
período do sistema. Este estado é conhecido como de subharmônica n ou harmônica 1/n.
Estados de ferroressonância subharmônica são normalmente de ordem ímpar. O spectrum
do sinal apresenta uma fundamental igual a f0/n onde f0 é a frequência fundamental do
sistema e n é um inteiro.
Modo Caótico. O espectro correspondente é contínuo, isto é, ele não pode ser cancelado
por qualquer frequência.
500 kV 230 kV
13,8 kV
Cabos Isolados
Transformador
S. Auxiliar
n.Xg
Xm
Xc/n n = ordem da harmônica
R En de ressonância
(quinta ou sétima)
En0
A figura anterior mostra que a tensão atua através de um circuito com Xm em série com
(n.Xb e Xc/n) em paralelo.
X g .X c
= −Xm
n. X g + X c / n
Xc
n.Xb = Xc/n , isto é, n=
Xg
0.5
-0.5
-1
Dois Ciclos em 60 Hz
C0 C0 C0
Relé
Resistência de
Estabilização
Poderá haver ressonância entre a capacitância dos cabos e enrolamento indutivo do TP.
Trata-se de uma situação não muito rara. Essa ferroressonância dependerá de:
Situações análogas podem ocorrer quando de fusão de elo fusível em uma ou duas fases,
mantendo o transformador energizado pelas fases remanescentes.
Referência: www.dstar.org/figure1.htm
Referência: www.dstar.org/figure1.htm
DIAGNÓSTICO
Os transformadores mais susceptíveis (não quer dizer que ocorra) ao fenômeno são:
• Aqueles com potência inferior a 300 kVA.
• Os projetados com baixa perda (W) no núcleo.
• Aqueles com conexão Estrela Não Aterrada ou Delta no primário.
Para bancos com conexão delta ou estrela não aterrada, a probabilidade de
ferroressonância é muito baixa em sistemas com tensão de operação de 15 kV ou
menor. A 25 ou 35 kV, entretanto, a probabilidade é alta (ver referência em
www.mikeholt.com/Newsletteers/Ferroresonance.htm).
Algumas empresas adotam, nos níveis de 25 a 35 kV, a conexão estrela aterrada /
estrela aterrada ou estrela aberta / delta aberto para eliminar o problema.
• Aqueles com conexão Estrela Aterrada com núcleo de 4 ou pernas.
Para transformadores construídos com 4 ou 5 pernas, a unidade de fase é
magneticamente acoplado às demais unidades desde que são montados no mesmo
núcleo. O acoplamento magnético entre as fases oferece caminho para a indutância
não linear que é colocada em série com a capacitância para a terra do cabo de
2
Cooper Power Systems – SETUP Journal, summer of 1996
-50 -0,2 -0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4
t/s
Figura 4.69_A – Curto circuito fase terra seguido de desligamento e religamento automático
1
0
-1 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90
-2 t/s
1
0
-1 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90
-2 t/s
1
0
-1 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90
-2 t/s
K1:IN RPR1/kA
1
0
-1 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90
-2 t/s
ressonância transitório de
chaveamento
K1:VAN RPR1 B/kV
50 t/s
0,600 0,625 0,650 0,675 0,700 0,725 0,750 0,775 0,800
0
-50
-50 0,600 0,625 0,650 0,675 0,700 0,725 0,750 0,775 0,800
t/s
-50 0,600 0,625 0,650 0,675 0,700 0,725 0,750 0,775 0,800
t/s
Decibel (dB)
O decibel é utilizado para expressar a relação entre duas quantidades. Essas quantidades
podem ser: tensão, corrente ou potência.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
O ganho em dB = 10 log 10 = 10
Emissão Irradiada
Emissão Conduzida
Atenuação
Ruído (Noise)
Ruído elétrico ou simplesmente ruído é um sinal elétrico indesejável que produz efeitos
indesejáveis nos circuitos onde ocorrem.
É o ruído que está presente, igualmente e em fase em cada circuito condutor de corrente
com respeito ao plano de terra. O ruído de modo comum pode ser causado por emissão
irradiada de uma fonte de EMI. O ruído de modo comum pode também ser acoplado de um
circuito para o outro por meio indutivo ou capacitivo. Descargas atmosféricas podem
também produzir ruídos de modo comum na fiação.
É o ruído presente entre os fios que alimentam uma carga. É referenciado entre um fio
para outro de um circuito, incluindo o fio neutro. A figura a seguir mostra a diferença entre
os ruídos de modo comum e de modo transverso.
LInha
RUÍDO DE RUÍDO DE
MODO COMUM MODO
TRANSVERSO
Neutro / retorno
Terra
1 Volt
Ruído de Modo
Comum
10 mV
Ruído de Modo
Transverso
Ruído de modo comum é convertido para ruído de modo transverso pode ser problemático
em equipamentos sensíveis de baixa potência. Filtros ou transformadores de isolação com
blindagem reduzem a quantidade de conversão de modo comum para modo transverso.
Largura de Banda
Qualquer filtro que visa filtrar ruídos deve ser projetado para uma determinada largura de
banda.
Filtro
Blindagem
Um invólucro metálico ou superfície metálica para evitar interação do ruído com uma peça
susceptível do equipamento. A blindagem pode ser aplicada no lado da fonte (se a fonte é
conhecida) ou no lado do equipamento susceptível.
Devido à baixa frequência, esses campos não interagem facilmente com outros circuitos
de potência, controle ou de sinais. Os campos elétricos à frequência industrial não
acoplam facilmente outros circuitos devido às capacitâncias entre cabos de controle, que
são relativamente baixas. Os campos magnéticos podem acoplar circuitos, induzindo
tensões à frequência industrial nesses circuitos.
Saté-
lites
Mar Terra
Ar
Eqto Eqto
sensível sensível
Verifica-se que o sistema de energia elétrica de alta tensão é uma fonte de ruídos de alta
frequência, geralmente decorrentes de surtos de chaveamento e de surtos atmosféricos
que chegam à subestação através de linhas de força. Todos os fenômenos mostrados
anteriormente como surtos de manobra e descargas atmosféricas afetam, de uma maneira
ou outra, os circuitos secundários.
Os transitórios que ocorrem no lado de Alta Tensão afetam os lados secundários através
de conexões elétricas comuns como os circuitos de “terra”, indução eletrostática e
eletromagnética, TP’s e TC’s.
Indução Eletrostática
CM
Vn
sinal fio
RS CC RL RR
VL = (C M ).VN
C M + CC
Tanto a blindagem de cabos, com os adequados aterramentos, como a separação de
circuitos ruidosos é utilizada para cancelar ou reduzir os efeitos da indução eletrostática.
Indução Eletromagnética
RR
Vn
sinal
espúrio
RL
RS
RR
Vn
sinal espúrio ~ 0
RL
RS
Transposição de cabos de sinal
(trançado)
Outros procedimentos preventivos devem ser adotados, como por exemplo nas figuras a
seguir o acoplamento do ruído depende da área entre o cabo de sinal e o cabo terra. O
ruído é mantido no mínimo, mantendo a área pequena.
:
Sinal / Sinal /
dados dados
Área pequena
para ruído
Plano Terra
Figura 4.76 – A localização do fio ou plano terra pode afetar o efeito da EMI devido à área de
acoplamento de terra
Dispositivo
Sensível
“Vítima” da EMI
M Ruído
Irradiado
Fonte de EMI
Para o controle da emissão irradiada, blindagem pode ser aplicada na fonte (se
identificada e se possível) e no dispositivo sensível. A blindagem metálica faz com que a
EMI esteja presente fora da mesma e não dentro da mesma,
Filtros são meios efetivos para prover um certo grau de atenuação para emissões
conduzidas. Eles não eliminam completamente o ruído, mas podem reduzi-lo para níveis
toleráveis.
L1
C2
C1 C1
Linha Carga
R
L1 C2
Terra Terra
L2
Figura 4.78 – Esquema típico para filtro de EMI. Por exemplo, introduz 60 dB de atenuação em modo
comum e 50 dB de atenuação em modo transverso, para a faixa de 100 kHz a 1 MHz.
Sabe-se que os campos elétrico e magnético diminuem sua intensidade com o quadrado
da distância entre a fonte e o dispositivo afetado. E muito frequentemente, a EMI é
direcional.
As vezes, colocando o dispositivo que pode ser afetado por uma fonte, em uma localização
adequada, pode-se eliminar aquela EMI. Isso é válido quando a fonte da emissão e o
dispositivo afetado estão relativamente próximos.
Cabos blindados são freqüentemente utilizados para cabos de controle e cabos de dados.
A configuração da blindagem e seu aterramento são importantes para a função requerida.
Mesmo que se siga uma orientação geral para blindagem, deve-se observar que cada
caso é um caso, que deve ser analisado devido à variação no parâmetros como:
comprimento do cabo, freqüências dos ruídos, freqüências dos sinais úteis conduzidos e
metodologia de aterramento. Blindagens e aterramentos impróprios podem até piorar a
situação.
Um cabo com blindagem sem aterramento não produz benefícios. Geralmente, com a
blindagem aterrada em apenas um ponto não se obtém uma atenuação significativa do
ruído. Um cabo blindado em ambas as extremidades, como o mostrado na figura a seguir
provê razoável atenuação do ruído.
blindagem
Blindagem:
A
blindagem
pode Não há solução
conduzir genérica. Cada
parte da caso deve ser
corrente de
terra e
analisado para a
induzir ruído melhor solução
no condutor
O uso de par trançado para cabo de sinal (“twisted”) pode reduzir significativamente esse
acoplamento.
Como regra geral, o aterramento em dois ou mais pontos da blindagem pode se tornar
necessário para grandes comprimentos de cabos blindados. Fazendo isso a impedância
da blindagem é reduzida a valores tais para efetivamente drenar qualquer ruído induzido.
Tanto a abertura como o fechamento de bobina de relé (circuito RL) geram surtos de
tensão que podem afetar os dispositivos instalados. A abertura de bobina de relé é
ilustrada na figura a seguir:
E L
Quando de fechamento pode haver tensão transitória acoplada em outro circuito, devido à
capacitância entre circuitos, conforme mostra a figura a seguir:
C
V+
RL VR
V-
V Positivo
Saturação de TC
Sobrecarga
Bloqueio de Rotor
Um motor girando dissipa muito mais calor do que em condição de rotor bloqueado. Durante
uma falha de partida, ou demora na aceleração após ter sido energizado, um motor está
sujeito a condição de extremo aquecimento (cerca de 10 a 50 vezes mais que a condição
nominal), seja no enrolamento estatórico como no rotor.
Assim, diferentemente do caso de uma sobrecarga em que o calor pode ser absorvido no
decorrer do tempo pelos condutores, chaparia e estrutura, um motor na condição de rotor
bloqueado produz significativo calor em seus condutores sem tempo para transferir para
outras partes. Assim, ocorre extremo aquecimento que pode ser tolerado pelo motor apenas
por um tempo muito limitado (depende da tensão aplicada e do seu limite I2t.
Curto-circuito em enrolamento
Redução de Tensão
Reversão de Fase
Fase Desbalanceada
Perda de Excitação
Para motores síncronos, a perda de excitação é uma anomalia que deve ser imediatamente
detectada pela proteção.
Para motores síncronos, a perda de sincronismo é uma anomalia que deve ser
imediatamente detectada pela proteção.