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© by Ger aldo Kind erm ann

1!. edição: 2008

Capa: Mar cos Fisc hbom


Revisão: Roberto de Souz a Salg ado
Editoração: Gera ldo Kindermann

Fich a Cata lográ fica

K.5 1p Kindermann. Gera ldo, 1949 -


/ Gera ldo
Prolcçào de siste mas elétr icos de potê ncia
Ediç ão do auto r,
Kindermann. - Florianópolis - SC:
2008 .
v.3: n.
Bibliografia. ISBN: 978- 85-9 0085 -37-9
Energia
1. Sistemas de energia elétrica - Proteção. 2.
elélr icos. 4. Relé s de
elétrica - Gera ção. 3. Relé s
proteção . 1. Título.
CDU : 621-316. 9

e livro sem a a utor izaç ão


É proibida a repr odução total ou pa rcia l dest
do a utor .
í

~ '1

- l
-
Agradecimentos

i1
1 O autor agradece em especial

•!• A minha familia: Maria das Dores (esposa) e aos filhos:


Katiuze, Krisley e Lucas, pela ajuda na logística e na digitação
do texto.

•!• Ao Professor Roberto de Souza Salgado da UFSC, por ler


cuidadosamente o texto e dar importantíssimas conlribuições
técnicas.

•!• Aos engenheiros Adriano Pauli, Everton Pizolatti Medeiros.


Gio,•anni Baptista Fabris e Luís Roberto Fernandes da
Elerrosul, e Levi Souco Júnior da Tractebcl pelas discussões e
contribuições técnicas.

•!• Marcos Fischborn, pcln elaboração da capa e Mauricio


Sperandio pelo assessoramento de informárica.

•!· Aos inúmeros alunos. da Graduação e Pós-graduação, que


contribuíram com desenhos.

Agradecimento em especial ao LABPLAN. principalmente aos


professores, técnicos. analistas, mcst:randos e doutorandos, que de um modo
ou de outro sempre esliveram presentes na motivação, contribuição e
assessoramento na elaboração do livro.
Apresentação

O Lahoratório de Planejamento de Sistemas de Energia Elétrica -


LabPlan. do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de
Santa Catarina, tem por objeLivos realizar e promover o desenvolvimento de
..'
atividades de pesquisa, ensino e extensão na área de Sistemas de Energia Elétrica
(SEE) com ênfase nos aspectos de planejamento e análise, nos segmentos de
geração, transmissão e distribuição.
A atuação dos professores do LabPlan. desde a sua cons1i1uiçào em
1992, tem envolvido uma diversidade de atividades e contribuições à sociedade que
extrapolam em muito o escopo de atividades regulares nos corsos de graduação e
pós-graduação em Engenharia Elétrica. Dentre essas atividades destacam-se a
publicação de livros e artigos técnicos e a intensa interação com os diversos
agentes do setor elétrico brasileiro, realizada por meio de cursos de
aperfeiçoamento e de especialização, consultorias especializadas e projetos de
pesquisa e desenvolvimento.
O presente livro representa uma contribuição inédita do Professor
Geraldo Kindcrmann à sua extensa obra que abrange publicações nas áreas de
projetos elétricos. engenharia de segurança e proteção de sistemas elétricos de
potência. Especificamente. nesta obra são abordados os temas relacionados à
proteção de geradores síncronos, barramentos de subestações, reatores e bancos de
capaciiores. Os temas são descritos com a riqueza didática que caracteriza as
publicaçõec; du autor. devendo con1ribu1r tanto para fins acadêmicos quanto aos
diversos profissionais técnicos e engenheiros que esliverem envol\ idos com os
desafios do incorporação. ao sistemo elétrico brasileiro. dos ini11neros projetos de
geração de fout.es alternativos previstos para os próximos anos.
Seguindo a tradição de publicações anteriores, o desenvolvimento dos
temas da presente obra foi fortemente sustentado pela extensa experiência
acadêmica e prática do autor: vh enciada nos inúmeros cursos ministrados em
uni\'crsidades e empresas no Brasil, e em diversos países da América Latina e
África, bem como nos di\'ersos trabalhos de consultoria lécnica prestados à
Agência Nacional de Energia Eléoica.

Prof. Ildemar Cassana Oecker


Supervisor do LabPlnn - UFSC
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Indice Geral

Capítulo 1 - Proteção de Geradores Síncronos


1.1 Introdução···· ················· ·······-···········---~---······ ····-·········································· 1
1.2 Penurbaçõe s na Máquina Síncrona ···--··········································· .. ············· 2
1.3 A Proteção do Gerador Síncrono ................. ···-············································· 5
l.4 Tipos de Proteções do Gerador Síncrono .................. .................................... 5
1.5 Gcmdores Síncronos acoplados ao Sistema Elétrico ...................................... 8
1.6 Curto-Circuito na Bobina da Armadura do Gerador Síncrono ..................... 12
1.7 Proteção Diferencial do Gerador Sincrono ........ .................. ...................- .... 1<>
1.8 Trecho não Protegido pela Prol<..'ção 87 ···············--·······............................... 22
1.9 Proteção Contra Falhas entre Espiras······················-················· ·········-······· 25
1. 1O Proteção de Seqüência Negativa do Gerador Síncrono ................................ 28
1. 11 Relé de Subreexcitação do Gerador Sincrnno .................... - ........................ 35
1. 12 Proteção por Perda de Excitação .................................................................. 36
l .J 3 Proteção de Sobretcrnpe ratura .................. ..... ............................ ................... 39
1.14 Relé de Imagem Térmica.-. .................................... ...................................... 40
1.15 Proteção de Falha do Disjuntor do Gerador............................. _ ................... 41
1. 16 Tipos de Aterramentos dos Geradores Sincronos .................................. - ..... 43
1.17 Classificação do S istema Aterrado ···········-····· ······-··············· .. -··················· 4 8
ii

1. J 8 Defeito l~terra nos Tenninais do Gerador Sincrono ······-·························· 50


1. 19 Sistema Aterrado ... -·····························-············-·-··· ·································· 52
1.20 Sistema Isolado .......................................•.•................................................... 52
1.2 1 Sistema Aterrado e-0m Res istência ·······-···············-·········· ........................... 54
122 Sistema Aterrado com Resistência no I:010lameüfo ll Jo Trnns formaJor de
Atcrramento .................................................... .........•.................................... 71
1.23 TP Únie-0 ..........•......................................... ..............................................•.... 76
1.24 Aterrarnento Ressonante .................................................... ······················-·- 79
l.25 Sistema Aterrado com Baixa Impedância ...... -············-······························· 80
1.26 Sistema Aterrado .......................................................................................... 86
1.27 Proteção de Máquina Síncrona C-Om Aterramento Sólido ............................. 86
l.28 Proteção Diferencial da Máquina Síncrona com Aterramento por uma
Impedância........-·········································-································..············· 87
1.29 Proteção de M áquina Síncrona pe la 3ª Harmônica ............... ........................ 88
1.30 Proteção de Defeitos à Terra no Rotor.......................................................... 96
1.3 1 Energização Acidental do Gerador Síncrono ......·-·-······-···························· 98
1.32 Proteção de Retaguarda do Gerador Sincrono ··-·-············-···············-··· .. 100
1.33 Proteção de Mini ma Impedância········-··················-·-· ·····-·-···················· 1O1
1.34 Proteção de Sobrecorremc ·····················-·-································ ................ 106
1.35 Proreção de Perda de Potencial. .... ·························-········· ·······················- 107
1.36 Relé de Bloqueio ..................... ................................................................... 108
1.37 Proteçii.o de Sobrecorrente com Restrição de Tensão ................................. LL1
1.38 P roteção contra Motorização·······················-······· ··········· ················· ······· _ 11 2
1.39 Proteção dos Mancais ................................................................................ 11 3
1AO Proteção Contra Sobrevelocidadc ................... - .......................................... 115
1.-t 1 Proteção de Vibração ······································-·-....................................... 117
IA2 Grade de Tomada D"água ........................................................................... 117
1.43 Comporta de Tomada D ºágua ......................... - .......................................... l 18
1.44 Proteção contra Frcqüênc1a Anonnal .............. ........................................... 1 18
1.45 Efeitos da Freqüência na Turbina das Usinas Ténnicas ............................. 11 8
1.46 Sincronismo ............................................ .................................................... 124
Ili

Capítulo 2 - Proteção de Barras


2. 1 lntrodução ....................................................................................... - ....... -. 126
2.2 Deíeito na Barra....................................................-.............. - ........ ·-·········· 127
2.3 ProteÇàn para DefeiLo na B<iUa ................- ··········-·· ................................ 128
2.4 Proteção de Barras ··-···..·-·-·--·····-··-········································ .. ···-·-······· 129
2.5 Proteção Diferencial de Barras com Relé de Sobrecorrente ....................... 129
2.6 Proteção Diferencial Pcrcenrual de Barra ........................................ _......... 138
2.7 Proteção de Barra de Alta Impedância ....................................................... 141
2.8 Proteção de Barra por Comparação Direcional _........................................ 142
2.9 Proteção de Barra por Acoplador Linear ................................... ........... - .... 145
2. 1O Arranjos de Barras de Subestaç.ão .............................................................. 152
2.1 1 Barra Simples ............................................................................................. 153
2.12 Barra Simples Seccionada ................7................................................... -.... 155
2. 13 Barra em Anel Seccionada.......... - .............................................................. 161
2. 14 Arranjo Barra Principal e de Transferência .............. _................................ 165
2.15 Barra Dupla a 4 chaves .......- ............................................. _......_. __.......-... 170
2. 1G Barra Dupla a 5 chaves ........................................-·-······················· .. ········· 174
2.17 Disjuntor e Me10 .............·-·········-··············............................................. _. 175
2. 18 Arranjo Tipo Barra Dupla e Disjuntor Duplo ...... - .................................... . 179
2. 19 Arranjo Trpo Disj untor e um Terço ............................................................ 181

Capítulo 3 - Proteção de Reatores


3. 1 Reator de Linha ................................................................................... -...... 183
3.2 Rcatorde .Núcleo deAr .............................................................................. 185
3.3 Reator de Núcleo de Magnético com Gaps Imerso em Óleo................•..... 186
3A Proteção do Reator de Núcleo de Ar .............·-·-·········-···························· 187
3.5 Proteção do Reator a Óleo ................................................................. ·-·-··· 189

CapítuJo 4 - Proteção de Banco de Capadtores


4. 1 lntrodução ................................................................................................... 194
iv

4.2 Capacitor ........................................................·-·····························-··········· 196


4.3 Unidades Capacitivas ····································································- ·-········ 197
4.4 Caixas sem Elos Fusíveis............................................................................ 197
4.5 Caixas Capacitivas com E los Fusíveis Externos······· · · ············ ···· ··~-·-·· · ···· 199
-: ::- C;;.ixas C::.pncitivas com Elos Fusivcis internos ·······················-·.. ············· 20 1
4.7 Ligações dos Bancos de Capacilorc.-s ·····-····················-······························ 203
4.8 Características dos Capacitores ··············-································-···-··········· 204
4.9 Esquema (Instalação) de Grandes Bancos de Capacitores ......................... 206
4.1 O Banco de Capacitores Conectado em Estrela Aterrada .................•............ 208
4.1 J Banco de Capacitores Conectado em Estrela Não Aterrada ··········-·········· 2 J 3
4.12 Banco de Capacitores Conectado em Dupla Estrela Não Aterrada········-·· 215
4.13 Banco de Capacitores - Ligação Tipo H ·······································-···-······· 2 17
4.14 Energização de uma Unidade Capacitiva·······························-····-···-······· 2 18
4.15 Energização de uma Unidade Capacitiva em Paralelo ............................... 22 1
4.16 Proteç.ão de Banco de Capacitores Conectado em Estrela Aterrada········-· 226
4. J 7 Proteção de Banco de Capacitores Conectado em De lta ............................ 235
4.18 Proteção de Banco de Capacirores e m Estrela lsolada ·················-············ 237
4.19 Proteção de Banco de Capaci1ores Instalado em Dupla Estrela Isolada .... 242
4.20 Proteção de Banco de Capacitorcs Instalado em Dupla Estrela Aterrada .. 250

Apêndice A - Nomenclatura da Proteção .......................................252

Bibliografia ..................... -·-·······························-································-·-······ 273


,.

Capítulo 1

Proteção de Geradores Síncronos

1.1 In trodução

A máquma síncrona. operando como gerador, é um equipamento 'ital ao


sistema elétrico. Sua capacidade de geração limita a demanda que pode ser supnda.
O sistema elétrico é mantido por poucos geradores, sendo que sua carga está
dístribuída em mi lhares de pontos.
Sendo o gerador um equipamento complexo, o qual possui peçm. giran1es.
está sujeito a maiores riscos.
O princípio de func io namento da máquina slncrona. como gerador. está
s imbolicameme representado na figura 1.1. I.
2 Cn itulo 1

í
•..
+
Bateria Reostato

Excitatriz

Figura l. l.1 - Máquina Síncrona Operando como Gerador


A máquina síncrona é composta, basicamente, dos seguintes componentes:
~ Annadura: que corresponde ao estator, onde estão alojadas as bobinas
das fases. Essas bobinas, construlivameot e estão distribuídas ao longo do
estator, tendo uma em relação à outra uma defasagem mecânica de 120ª.
Deste modo, nas bobinas serão induzidas tensões elétricas defasadas de
120" elétricos.
~ Rotor: é a peça constituída por um núcleo magnético, e nvolvido por uma
bobina. A bobina é a limentada por corrente continua, para criar o campo
magnético de excitação, necessó.rio para induzir as tensões nas bobinas
do estator.
~ Excitação: é a fome de tensão contínua, necessária para gerar a corrente
de campo de exc1laçào da bobina do rotor. E:.xistem vário!. esquemas de
exciLat.riz, com escovas ou sem escovas (brush!ess).
~ Máquina primária: é a fonte geradora de potência mecânica motriz.
necessária para efetuar o giro do rotor da máquina síncrona. A máquin a
primária é a foole da energia que será transfonnada em energia elétrica.

1.2 Perturbações na Máquina Síncrona

A máquina síncrona, acoplada ao s istema elétrico, estâ sujeita a diversos


tipos d e perturbações provenientes do:
Proteção de Geradores Síncro nos 3

~ Sistema e létrico;

vA Da propna
· · maquina
• · s10crona
. {Armadura
Rotor

<- Da máquina primária.

As penurbações no sistema elétrico são decorrentes da:

• Retirada súbita de carga;


• Inserção de cargas pesadas;
• Retirada súbita de geração;
• Curtos-circuitos (3cj>, 3~ - t. 24>, 2~ - t e lcj> - l ) ;
• Sobrecargas:
• Abertura de fase;
• Cargas fortemente desequilibradas;
• Descargas atmosféricas diretas e indiretas.

N. perturbações na máquina síncrona são:

® Na arruadura
• Falha na isolação entre espiras:

• Falha na isolação entre bobinas e carcaça:

• Movimentaçã o das espiras devido às forças elétricas e


magnéticas. provocadas pelas correntes de curto-circuito :
.. Aquecimento nas bobinas e materiais do estator,

• Não equalização de campos eléu ícos e magnéticos no


material do núcleo da armadura:
• Abertura de espiras.
® No rotor
..:. Falha na isolação entre espiras;

·=· Falha na isolação entre as bobinas e a carcaça:


4 Ca hulo 1

••• Movimentaçã o das espiras, devido às forças elétricas e


magnéticas provocadas pelas co rrentes dos curtos-
circuitos;
•!· Movimen!açà o dac; espiras, de•:!do à força centrifuga
prov::;_ada pe!" sc!::rc•!:::luci:!t1'ie ...,, rotor. _
•!• Aquecimento oas bobinas e material do rotor~
•!• Não equallzação de campos elétricos e magnéticos no
material do núcleo do rotor,
O:• Abertura de espiras;
<:• Perdas de campo (excitação);
O:· Problemas mecânicos e de aquecimento dos mancais do
rotor;
<:· Problemas na escova.
® Nos serviços auxiliares
Problemas nos equipamento s que compõem os serviços auxiliares,
próprios para a operação e regulação da máquina. afetam as
condições de operação do gerador slncrono.
® Máquina primária
Problemas em qualquer componente vital, principalmen te nas
turbinas, comprometem a operação do conjunto da geração. Os
problemas principais são os decorrentes da vtl>ração ou movimento
anômalo das palhetas nas turbinas ténnicas. e outros no
distribuidor.
Apresenta-se . na tabela l .2. 1, levantamento estatístico das laxas de falhas
dos equjpamento s de uma usina h idrel~trica.
Usina l lídrelétrica

Pcrcen1ual de
Equipamento
falhas

Gerador 28,73%

Regulador de Velocidade 21.28%

Turbina Hidráulica 12,23%


Proteção de Geradores Síncronos 5

Excitação 10, 10%

Adução/Sucçilo 8,5 1%
Mancai 13,JOo/o

Serviço Auxiliar
-
- 4..(Yo

Quadro de Comando 1,60%


Tabela J .2.1 - FalJ1as dos equipamentos de uma Usina Hidrelétrica (74)

1.3 A Proteção do Gerador Síncrono

A proteção utilizada no gerador slncrono é, principalmente, devido a:


a) Curto-circuito
~ Entre espiras;
~ Entre fases ;
tQ Fase e carcaça;
~ Trifásico.
b) Falha de funcionamento
® Perda de excitação:
® Carga desequilibrada;
® SobreveJocidadc:
® Vibração;
® Sobrecarga;
® Sobretensão.

1.4 Tipos de Proteções do Gerador Síncrono

Visando cobrir todos os defeitos e demais anom1alidades as proteções mais


utilizadas em geradores síncronos são as seguintes:
• Proteção de sobrecorrenlc (50,5 1):
• Proteção diferencial (87);
6 Ca itulo 1

• Proteção de subte nsão (27);

• Proteção de sobretensão (59);

• Proteção de seqüência negativa ( 46);


• Prc:.:.,:1!) de '.m.a~em ~11r.!:'I !4"1;
• Proteção de perda de excit.ação ( 40);

• Proteção de sobreexcitaçâo (24);

• Proteção de distância (21 ):

• Proteção direcional de potência (32);

• Proteção de freqüênc ia (8 1);

• Proteção de perda de sincronismo (78):

• Proteção de balanço de tensão (60);

• Proteção de terra (growul) (64);

• Proteção de balanço de.: corrente (6 1);

• Proteção de mancai (38);

• Proteção contra vibrações (39}.


Apresenta-se, na figura 1.4. 1. o diagrama unifilar de proteção de uma
unidade. gerador síncrono e Lransfonnador elevador, de grnnde porte, de uma usina
hidrelétrica.
A figurei 1.4.2 mostra o diagrama unifilar de uma unidade geradorn que
sofre wn cun o-circui10 no ponto F.

Figura 1.4.2 - Curto-circuito em t-

As correntes de c.urto-circui to fs.


i0 e que alimentam o defeito em F. são
provenientes dos 2 lados, isto é. do gerador síncrono e do sistema elétrico
conectado à barra.
Proteção de Geradores Síncronos
7

Figura 1.4. I - Proteção de um Gerador Síncrono e Transformador Elevador de urna Usina


Hidrelétrica
8 Capitulo l

O sistema de proteção existente abre prime iro o disjuntor 52 e. ponanto.


momentaneamen te a configuração da figura 1.4.2 passa a ser a da figura 1.4.3.

G ~ .t!
~~v----13t ., i-rnl- --
F T

Curto-
círcuíto
Figura 1.4.3 - Curto-circuito em F, com o Disjuntor 52 Aberto
Na figura 1.4.3 o estado aberto do ctisjuntor 52 está assinalado em negrito,
sendo que a partir do instante de sua abertura o sistema elétrico não contnõui mais
com corrente de curto-circuito. Porém, como o gerador síncrono está excitado e
girando, o curto-circuito continua a ser alimentado pela máquina síncrona.
Portanto, imediatamente após a abertura do disjuntor 52, dá-se à abertura do
disjuntor 41 , desligando o circuito de excitação do gerador sincrooo. Deste instante
cm diante, a corrente de curto-circuito proveniente da máquina se extingue
gradualmente (lentamente) devido à existência no roto r de magnetismo remanente.
Dependendo do porte da máquina sincrona, a corrente se extingue na faixa de 5s a
lOs. A figura 1.4.4 mostra as correntes de curto-circ uito, com a seqüencia dos
C\entos das aberturas dos disjuntores.
Corrente

lo ------~
,\
i !\
is : '
i '
i ',
1i ........ .... _
., l... --
Tempo
Abertura '7 Abertura
do
do
dis1untor 52 disjuntor 41

Figura 1.4.4 - Seqüência dos e•entos dns operações dos <lisjumores

1.5 Geradores Sincrooos acoplados ao Sistema El étrico


Os geradores sincronos têm sua Lcnsào tennioaJ determinada pelas
limitações construtivas e qualidade dos materiais isolantes utilizados na confecção
Proteção de Geradores Síncronos 9

da máquina. P ortanto, para se conectar ao sis1cma elétrico é necessário se adequar à


tensão de transmissão. Deste modo, dependendo das características do sistema
elétrico, é possível utilizar os seguintes ti pos de conexão:

a) Ge rartor sinc1Joo diretamente acoplado ao sistema


O gerador síncrono é diretamente acoplado ao sistema elétrico. quar.dn a
tensão gerada é igual a do sistema. Deste modo a conexão é feita simplesmente
pelo fechamento do disjuntor. A figura 1.5. I mostra este tipo de conexão.

Figura 1.5.1 -Gerador Síncrono Acoplado Direlamenrc ao Sistema Elétrico


Esta ligação é utilizada em sistemas elétricos de pequen o porte.

b) Gerador íocrono e transform ador acoplado ao sistema elétrico


Geralmente cada gerador síncrono esui acoplado a um trunsíonnador
elevador com a conexão ao sistema elétrico feita por meio de um disjuntor, como
mostra a figum l.5.2.
O ajuste de tensão catre o gerador e o sistema de polência conectado à
barra é feito pelo transformador. Esta conexão é a mais usual sendo empregada
quando o sistema de geração é de grande porte, com o gerador associado a um
transformador, formando uma unidade.
10 Capírulo 1

LT 1
t LT2

• -
t ~ 1
1 Barra

f ~~r
Disjuntor
a

~ T ransformadqr

(§ Gerador
Síncrono

Figura 1.5-2 - Unidade Geradora e Transformador Acoplado ao Sistema Elétrico

c) Genidor síncrono acoplado ao sistema elétrico através de um


lra nsform ador

Neste esquema a unidade geradora está acoplada ao s istema elétrico através


de um transformador. como mostra a figura 1.5.3. A diferença desta situação em
relação a anterior. é que o gerador pode ser desconectado do rransfonnndor.
Esta conexão é usada em geradores de médjo e pequeno porte.

d) Ger adore Sincrono acoplados a um transformad or

Nesta situação vários geradores sincronos são conectados ao siste ma


elétrico através de um transformado r. A figura 1.5.4 mostra este tipo de conexão.
Proteção de Geradores Síncronos
J1

'" 1

'" 1

t
12
Cnpilulo 1

Esta conexão é usada em gerad ores de peque no porte.

e) Gera dores siocr onos acopl ados a um trans forma


dor de 3 enrol amentos
Neste tipo de esque ma dois geradores fazem a
sua co::ex ão ao sistema
e!étr.co, al"2vé s de on Lransforma<l"...: '!~3 err~!emf'>!!.!.j
). _li fig•·;:a 1.5.5 019stra um
diagrama unifilar d ~te tipo de conexão.

Transformador
de 3 enrolamentos

Trans forma dor


auxíliar

Figura 1..5.S- Geradores Slncronos Acopl ados ao Trans


fonnador de 3 Enrolamentos
Obser va-se, na figura l.5.5. o transformador de serviç
o auxili ar conec tado
no lado de baixa tensão do tn msfon nad or de 3 enrola
mentos.

1.6 Curt o-Ci rcuito na Bob ina da Arm adur a


do Gera dor
Sínc rono

Casos de curto-circut to no sistema elétrico, nos ljUais


o gerador s incrono
faz parte, foram anali_sados na referência [5]. Aqui
se analisam os tipos de curtos -
circui tos que podem ocorr er em qualq uer ponto da
bobina da armad ura da máqu ina
síncro na. Na bobina (enro lamen to) da annad ura são
induzidas as tensõe s elétricas.
sendo que defeitos em algum ponto das espiras
provocarão correntes de curto -
circui to. A figura 1.6. I representa um gerad or síncro
no operando à vazio , com as
Proteç!o de Geradores Sincronos
13
bobi nas da arma dura cone ctad as em
Y. e aterrado no neut ro por uma impe
dânc ia
ZN ·
Bobinas da Ann adur a
_ _ _1'11_~
_ _j'XJ! lonn .; ..:::.
· ._ e
N
B
A

Figura 1.6. I -Gerador Siocrono Ligad


o em Y, Aterrado por uma Impedância ZN
Nest e gera dor sínc rono o defe ito pode
ocor rer a p% do enro lame nto da
bobi na do estat or.

C urto -circ uito Trifásico

Supo ndo n ocorrência de um defe ito trifá


sico a p% a partir do neut ro (N) da
bobina do estat or, con fon11e mos tra a
figura 1.6.2.

Bob inas da Armadura


e
N
B
A
pi~ Local do defeito
Figura 1.6.2 - Curto-circuito a p% do Enro
lame a10
Como o curto -círc ujto trifásico é equi
libra do. tem-se som eme a
repr esen tação do modelo de seqüênci
a positiva, com o está representado na
l.6.3 . figur a

Assim.

l «l+P = pE
-
E
'• X - =X- = 1cc1+ (1.6. I )
p o o
Capítulo 1
14

term inal

pE {1 - p)E

nto do Gera dor Síncr ono. para o Cuno -


Figura 1.6.J - Seqüência Positiva do Enrolame
circu ito a p%
ico. a corrente independe do
Observa-se que., para o curto-circuito trifás
reu o defeito e tem o mesmo valo r no
ponto da bobina do estator em que ocor
/o do enro lamento.
terminal da máquina sincrooa, isto é, a 1OOo

C urto -circ uito Bifásico


na figura 1.6.4 , supondo ter
Para o curto-circuito bifásico. mostrado
do estator das fases B e C, tem- se os
ocorrido num pont o a p% das bobinas a
cone ctados em para lelo. com o mostra
mod elos de seqü ência posit iva e nega tiva
figura 1.6.5.
Bobi nas da Armadura
e
N ~Local do defeito
i
r-...:....:..+-___.rm~~ B a p% da bobina

Figura 1.6..4 - Curto-cm:: u110 B1 fás1co

- ,
_:-:___ nomn__ _.l___:c J~
(1 -p)X,
(1 :-;;)E (1 - PIXo
pE

iva e Negativa Conectndo s em Paralelo


Figura 1.6.5 - Circuitos de SeqO cncia Posit
T
1
Proteção de Geradores Síncronos
15

Confor me o circuito da ligura 1.6.5, tem-se que:


. . pE
I ai =-1 ., = - - - - -
ª- pXG + pX2
r De acordo com [5] e ap:i,-;:ir.do a matriz tt:;osformação das compo
nentes de
l 01:>ré1It-se:
seqüên cias nas compo nentes de fases.
./3-E
.la =-l.c =-- --
Xo +X2
A intensi dade da corrent e de curtCK ircuito bifásic
a depend e do tipo de
rotor da máquin a síncron a, o qual pode ser:
~ Máquina síncron a de rotor liso
Neste caso Xa =X2 e, assim:
,,/3 E
lcc2+ = - · - -
2 X0
~ Máquin a sincron a de rotor saliente
Neste caso X G ;t; X 2 • tal que:

1 ~
./3-E
=- - - -
cc_t X G +X1
ircuito bifasica
Pon.anto, pode-se conclu ir que o valor da corrent e de curto-c
defeito oo enrola mento da
é o mesmo e indepe nde da localização do ponto de
bobina do esunor (armadura).

C urto-ci rcuito m onofásico à ter ra


(carcaç a). em
A ocorrê ncia de um curto-circuito monotã sico para a terra
da bobina do estator , é ilustrad a na figura 1.6.6.
um ponto p% do enrolamen10
a. que t:Stá aterrad a por um
Aprese nta-se uma máquina síncron a genéric
do aterram ento com os
impedâ ncia ZN _A máquin a pode apresen tar a impedância
seguint es ,·atores:
•!• Zero, ou seja, solidamente aterrada .
te de defeito
.:· Não muito elevad a. com o objetiv o de apenas Limitar a corren
a um valor considerado.
16 Capitulo 1

•!• Muito elevada. para limitar consideravelmente a corrente de defeito.


·:· ln finita; isto é, sem aterramento.

Bobinas da Armadura
e
N
000000 B
A

Curto-circuito
à carcaça
Figura 1.6.6 - Cun crcircuito Monofásico à Carcaça
Para este tipo de defeito os circuitos de seqüência positiva, negativa e zero
são conectados em série, como mostni a figura 1.6.7.

PX2

ia2 Seqüência negafiva

(1 - p)X 0

Seqüência zero

Figura l.6.7 - Circuitos de Scqüêncio Positivn. Negativa e Zero Conectados em Série


Proteção de Geradores Síncronos
17

Pelo circuito, as correntes de seqüênc ias são iguais e obtidas por.


. . . pE
l ao =Lal = la2 = ·
pXG + pX 2 + pX o + 3Z N

(1 .6.2)

Portanto , a corrente de curto-cir cuito monofás ica a terra depende rá do local


do defeito e da impedân cia conectad a ao neutro do gerador síncrono . Assim,
pode-
se an alisar os casos a seguir:
<• Mãquina slncrona solidame nte aterrada: neste caso a corrente de curto-
circuito será

. JE
l ccl4t-terra = _X_G
_ +_X
_ 2_+_X_o_ ( 1.6.3)

Portanto , a corrente de curto-ci rcuito independ e do local do defeito.


••• Màquina síncrona aterrada com uma impedânc ia de valor elevado, tal
que ZN >>> (XG + X 2 + X ). nesse caso a corrente de curto-
0
circuito será

. pE
l cclt-tc!m l =- - ( 1.6.4 )
ZN
PortanLo. pela expressão 1.6.4, a corrente de cU1to-circui10 depende rá
da localiL.aç ão do defeito.
A Ggura 1.6.7 mostra, graficam ente, n coITcnte de curto -circuito à carcaça,
em função do ponto de defeito.
Como a corrente de curto-circuito à carcaça depende do ponto de de fe ito,
as espiras iniciais mais próximas do neutro não Iicarão cobertas pela
proteção
diferenc ia l (87). Isto ocorre porque as corrente s de defeito menores que o
ajuste do
relé 87 nào serão e liminadas. Ou seja, depende ndo da máquina slncrona
e da
impedância de aterramento. por exemplo , um percentu al de 5° o a 1O %
da bobina
da armadur a pode ficar sem proteção . Po rtanto necessita-se de outros esquema
s de
proteção para cobrir esses trechos.
18 CapiLulo 1

1..,,..... rr:1ti7

100% p% espiras
N
Terminal da Bobina
da Armadura

pelorelé87
Figuro 1.6.7 - Gráfico da Corrente de Curto-circuito em Função do Ponto de Defeito

C urto-circuito entre espiras

A figura 1.6.8 mostra o caso em que um curto-circuito ocorre entre espiras


de uma bobina da armadura da máquina síncrona..

Bobina da Armadura
e
N
B
A
u
=
~% espiras em
curto
Figura 1.6.8 - Cuno-clfcuito entre Espiras
O trecho de espiras em curto-circuito pode ser interpretado como
correspondendo a um pequeno gerador, separado do gerador principal. Nesse caso,
o curto-circuito é do tipo monofâsico para a carcaça e os circutLOs de seqüência
estão conectados em série, tal que as correntes de seqüência são dadas por

A corrente do defeito sení dada pela expressão 1.65.



Proteção de Geradores Síncronos 19

· 3E
roc entre espiras =X X X ( l.6.5)
G + 2 + O
Portanto, pela expressão 1.6.5, a corrente de curto-circuito entre espiras
indenenderá do local do defeito e terá o mesrn'> valor do curto-circuito '!lOnofásico
a te~ dâ-mãqiiina slncrona solidamente aterrada. -

1.7 Proteção Diferencial do Gerador Síncrono

A proteção diferencial (87). protege o gerador de defeitos na bobina do


estator (armadura). O esquema é o mesmo utilizado no transfonnador, mas com a
facilidade de que. na proteção do gerador, as correntes de entrada e saída são
iguais. lsto facilita a aquisição (compra) de TCs iguais. diminuindo os erros de
relaç.ão de transfoanaçào, tão comuns em transformadores de potência.
A figura J. 7. 1 mostra a proteção dlforcncial típica, utilizada na proteção
dos enrolamentos do es tator (armadura) da maquina síncrona.
Gerador Síncrono

(
(

87

Figura 1.7. I Proteção Difenmcia l dos 1:.nrolamcntos da Moqu1nn Síncrona


Essa protcçilo é adequada para de feitos que causam curto-circuito aos
enrolamentos da bobinas do estator, que sào:
20 Capitulo 1

$ Curto-circuito trifásico;
$ Cano-circuito bifasico;
t Curto-circuit o monofásico para a carcaça, em gerador síncrono com
atenameoto sólido do neutro;
i' Cun:o-c1rcullo monorastco para a ;:.;rcaça ttei a-:i: r •.:n .Jguur.~ restrição,
aos geradores que tenham aterramcnto com alta impedância no neutro.
Confoane apresentado no item 1.6, a proteção diferencial pode também
atuar para defeitos monofüsicos à carc.iça. com restrição nos geradores que têm
uma impedância considerável conectada no neutro dos seus enrolamentos.
Outro esquema de proteção diferencial do tipo autobalanço, utilizada em
máquinas de pequeno porte, é apresentado na fi gura L7.2..

Figura l.7.:Z- Prolcçiío D1ferenc1al Tipo AUlobalanço


A proteção util izada é de sobrecorrence que está fazendo a fun ção da
proleção diferencial. O TC é do upo janela. com núcleo turoidol, na qual. em
operação normal, as correntes e létricas de entrada e saída., são iguais. Um defeito
interno pro' oca um dcsbalanço de corrente, tal que, se a di ferença for maior do que
o ajuste da proteção, o relé de sobrecorrente atua. Nesse tipo de proteção pam
máquinas de pequeno porte é requerido que os T Cs sejam de baixa relação e. para
evitar a saturação. os relês utili7.ados. devem ser de baJxa carga (burden ). Note que
TC de baixa relação fornece no secundário uma corrente elétrica de amplitude mais
elevada, sensibilizand o melhor o relé de sobrccorrente .
A proteção apresentada na figura 1.7.1 é conl1ecida como proteção
diferencial curta~ isto é, especifica dos enrolamentos das bobinas da armadura.
Proteção de Geradores Sincronos 21

Quando a proteção difcrenciaJ engloba a unidade de geração, constituida pelo


conjunto gerador e transformador elevador, como apresentado na fi gura 1.7.3. a
proteção é chamada de diferencial longa.

:>
e
e<>
.9
..... ...
""
...
""
"'o
~

""'e
o"'

....

Figura 1.7.J - Proteção Diferencial Longa


22 Caplrulo L

Na figura 1.7.3 observa-se que o transformador elevador, conectado ao


gerador siocrono, é do tipo 6 - Y. Por esta razão as correntes de operação. no lado
primário e secundário, estão defasadas de ± 30°, o que faria a proteção diferencial
atuar desnecessariamente. Para contornar este problema há a necessidade de
a rotação -~~ -J: 30°. fazen~ a~ liear,3es dos TCs como indicado no
comor,nsar
--
item 4.8 da referência [52].
·-
~ -
Este Lipo de transformador é preferido porque todos os curtos-circuitos
monofásicos à terra. no lado do sistema elétrico, não passam pelo aterramento do
gerador síncrono; e as hannônicas de 3ª ordem e seus múltiplos, normalmente
geradas no gerador síncrono, não passam ao sistema elétrico.

l.8 Trecho não Protegido pela Proteção 87

Com o objetivo de limitar a corrente de curto-<:ircuito à terra, para que os


danos sejam minimizados. as máquinas síncronas devem operar com uma
impedância co nectada ao neutro. Esse procedimento prejudica a proteção
diferencial que não cobre mais 1000/o das espiras do enrolamento da armadura. O
trecho não protegido é devido ao valor da correnre de ajuste no relé 87, isto é, ao
J•JUSh~ uo rdc fl ..

A corrente d e defeito monofásico à carcaça. na bobinn da armadura da


máquina slncrona. é dada pe la expressão 1.6.4. isto é
pE
lcc1t-1cma =z N

O trecho desprotegido é limitado pela corrente de defe ito. a qual é igu al a


corrente de ajuste do relé 87. isto é

V
Como E = __!:L. lem-se
./3
Proteção de Geradores Síncronos 23

JJ-~
p= ·RTC · l 1Jlllku ( 1.8.1)
VLL

O trecho prolegido está mostrado na figura 1.6.7.

Exemplo 1.8.:: Um gerador ~~~ml ~.. ~61c= s:l!k!lte!:, hobinas da armadura


conectadns em V. 30MVA. l 3.8kV. 60Hz. esu\ funcionando à vazio. com tensão
nominal em seus tenninais. A reatãncia subtraositôria do eixo direto é ~gua l a 0,.2pu
e a reatãncia de seqüência negativa vale 0,25pu. A reatância de seqüência zero vale
0,08pu..
Calcular:
a) A corrente e a impedância base.

l - sbese
"- - .J3. Vi- (

30M (
1"- r.; z = (13,8k)1
v3 · l 3,8k (
i.sc 30M
l
1 Tba...,. = 1255A1 1 Z i-: = 6,348!1 1
b) A corrente de curto-circui to 3cj> nos terminais do ger ador sincrnno.

Utilizando-se a expressão 1.6. l , lcm-se

T~ =- E 1
= - = 5pu =51._ = 5·1255 = 6275A
x:. 0,2 (
e) A corrente de curto-circoil o 3cl> a 40% no enrolame nto da a rmad ura do
gerador síncrono.

f co+.a~. = leu+ = 6275A


d) A corrente de curto-drcuito 2cj> nas fases b e e, nos terminais do ger ador
síncrono.

JJ.1
3.845pu =3,845 x 1255 = 4825,4A
0,2+0,25
24 Capitulo 1

e) O valor da impedância de aterramento (ZN ), para que a corrente de


curto-drcuito lcj> - terra nos terminais do gerador síncrono, fique limitada
em 10A.
Desprezando-se as impedâncias do gerador s[ncrono e utilizando-se a
c.~:;r..,...~l\o ~ .6.4. lern··se
E
. =Z-
Ice1t- 1tm
"
10= 13,8k 13,8k
796,70
J3xz,., Fxto
f) No gerador síncrono utlllu-se a proteção diferencial, que é alimentada
por conjuntos de TCs de 1200/5. Qual o percentual do enrolamento da
armadura protegido pcla proteção 87, que tem I aJmtc 87 =0,2A?

Utilizando-se a expressão 1.8.1, tem-se

= ..fi.zN· RTC · l 87
= ../3x796,7_ 1200 ·02
p V 8JUW 13 8k 5 •
LL '

p =4 .80pu = 4800/o
Conclusão: A proteção diferencial não protege nenhum trecho do
enrolamento da bobina do estator para curto-circuito lei>- terra .

g) Repetir o item anterior para uma resistência de 50Q, conectada no neutro


do gerador síncrono.

= J3.zN. RTC- I . 87
= .J3 x50 . 1200 · O 2
p VLL •Jum 13,8k 5 '

p =0.3pu = 30%

Conclusão: Para um curto-circuito lei> - terra . a proteção di fereacial cobre


70% do enrolamento. a panir do 1cnninnl do gerador sincrono. Os 30% restantes do
enrolumemo, junto ao neutro, estão desprotegidos.
h) A corrente de curto-circuito lcj> - terra nos termina.is do gerador slncrono,
para o caso de neutro solidamente aterrado.
Proteção de Geradores Síncronos 25

Utilizando a expressão 1.6.3, tem-se

JE
l -------
CC1+-1cm - x· dl
+X + X
l o
·l -
l cm- leltll -= -- - = 5,6pu = 5,6 x 1255 = 7103.3A
0,20 + 0,25 + 0,08

l cci+-1m11 = 7 103,3A
i) A corrente d e falta no caso em que a bobina do estator está com d efeito e
ocorre um curto-circuit o 1«!>- terra a 20% do enrola mento. O gerador
s íncrono tem neutro solidamente aterrado.

rzoi. do~ =1CC•• •cm = 1103,3A

1.9 Proteção Contra Falhas entre Espiras

No esquema apresentado na figura 1.7 .1 a proteção diferencial 87, não é


sensivel para defeitos entre espiras. Isto ocorre porque as correntes de e ntrada e
salda nos TCs são iguais. Para obter-se a proteção de defeitos entre espiras, utitiz.a-
se uma proteção diferencial especial, chamada função 6 1, a qual pode ser realiz.ada
por vários relês, e que depende do pon e do gerador e do esquema adotado.
Ilá vários tipos de esquemas para a proteção de folhas entre espiras, que
pode ser aplicado n geradores síncronos que tem mais de um enrolamento por fase.
Um possível ~quema de proteção entre espiras está apresentado na ligura
1.9.l, de um gerador síncrono que tem fase dividida (Split ).
Aplicando-se a 1" lei de Kirchhoff no ponto k da figura 1.9. 1. obtêm-se

i, = i 2+ i relé6l
j rcle ti l = i 1 - Í2 =óT
Na operação normal. isto e. sem de feito. as com:mes de fase são divididas
e passam pelos enrolamentos da mesma fase. As correntes Í ~ i _ são iguais e
1
circulam nos sccw1darios dos T Cs, sem passarem pelo relé 61.
26 Caphulo 1

A B e

Figura 1.9. L- Proteção de F albas entre Espiras


Havendo defeito (curto-circuito) entre espiras, como está indicado na
figura 1.9.2, a diferença de corrente dos 2 enrolamentos da mesma fase passará
pelo relé 6 J, que atuará de modo instantâneo.
A B e

Figur<t 1.9.2-Cuno-circuito entre Espiras


Pro teção de Geradores Slncronos 27
••
1

Uma varianle do esquema de proteção da figura 1.9.1 é apresenLada n a


fi gura 1.9.3.

••e•
( •
(•

(

•..
(

(•
e•
Figurll 1.9.J - Proteção contra Curto-circuito entre Espiras
Outro esquema baseado na uti lização de um T C t.oroidal, que abraça de ..
.•,.
maneira transversa a mesma fase dos enrolament os da mfiqui na sincrona, é (
apresentad o na figura 1.9.4. (.
(

•r•
1
lt
e
••
,•.•
Z,
,.
Fig11rn l 9 4 - TC Toroldal par:i a Proteção contra Cuno-circuito emn: í:.spiras da mesma
Ili
Fase
'~
•li
li
28 Capltulo 1

Muitos geradores s:íncronos não usam proteção para defeito entre espi:ras,
por ser rara essa ocorrência. Outra razão deve-se ao aspecto construtivo da
máquina sincrona de grande porte, onde são colocadas. uma ou duas espiras por
ranhura. Desse modo, o nível da tensão elétrica entre espiras é baixo, não forçando
a isolação. Entretanto, se o gerador Tiào tiver proteção para ·lcfeito entre espiras, e
_ na ocorrêoci? ~sa falha, estl" -?..-feito ~vo!i.1i, :;.;t~ril' 0r~os dano~~ que só será
eliminado com atuação de alguma proteção existente. Geralmente. o defeito evolui
rapidamente para um curto-circuito à carcaça.

1.1 OProteção de Seqüência N egativa do Gerador Síncrono

Quando o sistema opera desequllibrado ou em curto-árcuito diferente do


3<!>. a componente de sequência negativa estará sempre presente. Os estudos
envol.vendo as compon entes de seqüências positiva, negativa e zero estão
apresentados na referência [5]. A componente de seqüência negativa é dada pela
expressão.

i 22 =_!_(ta + â 2 Í b +âíc) (1.10. 1)


3
Desenvolvendo a expressão 1. 11. 1 obtém-se

Í 112 = ~[i0 -Íc -Íb L60° + icL60°]


3ja2 = l 3 -ic + ((. - Íh }L.60° ( 1.10.2)

Deve-se utilizar conexões com T Cs principais e auxiliares para Sl:


conseguir obter a expressão 1.1 1.2. 1al que o re lé 46 seja sensibilizado pela
seqüência negativa. Um exemplo de esquema é apresentado na figura 1.10.1 .
Proteção de Geradores Sincrooos 29

A li C

• • •
o TC awuHar com •
1.- 1 ~ ctols prirnérios 1, - ~ f

)X R' R
,,-.
---l 5 9 -- -
Função46
Figura 1.10.1 - Esquema para o Relé de Seqüência Negativa
Neste esquema, para que o relé de sobretensão 59 opere como a função de
proteção 46, isto é, para ttue o mesmo seja sensibiJjzado pela componente de
seqUência negativa, o módulo da impedância deve ser Z = R. isto é

Z=R' + jX = ZL 60° =RL60°


R'= ~
2

X = .J3. R
2
Pdo esquema da figura 1.1O. l o relé 46 sera sensível a

Relé 46 = R(i. - iJ+(ic- tb)RL60º


30 Capítulo 1

Considerando a expres ão 1.11.2, obtém-se

jlLRelé46 ~3Ri,, JI {1.11.J)

Portanto, de acordo com a ex:pressào UO.J o relé 46 é sensibilizado pela


componente de seqüência negativa. Se a subestação uúliza relés eletromecânicos
paro a proteção de seqüência negativa ( 46), o circuito correto da liE,rura 1. 10. 1 deve
ser instalado. Isto sempre representou a dificuldade para esse tipo de proteção com
relés eletromecânicos, sendo por isso raramente utiliz.ada.
Para os atuais relês digitais multifunção a inoorporação da função 46, isto
é, de seqOência negativa., é obtida pelo algoritmo desenvolvido pelo fabricante. O
relé processa. de acordo com o seu algoritmo interno, o módulo da corrente da
expressão 1. 1O.1; ou seja,

. . )1
l ,elc4ii = 31('e. + a. 2·rb+are ( l.10.4)
1
O conteúdo l re1é 46 corresponde somente a componente de sequencia
negativa., tal que. se a corrente for maior que o valor ajustado. o relê 46 atua.
Esta proteção é própria para defeitos de alta impedància. inclusive para
auxiliar ou funcionar como redundànci:i para defeito à terra de a lta impedância.
Apesar do gerador síncrono ser projetado para gerar tensões de seqüência
positiva. na operação podem acontecer várias anormalidades que produzem
componentes de seqüência negativa. O aparecimento d a componente de seqüência
negativa é causado por:
® Qualquer curto-<:ircuito diferente do trifásico:
® Cargas desbalanceadas:
® Abenura de fase na rede elétrica:
® Abertura de pó lo do disjuntor:
® Rompimeoto de um e lo fusivel na rc<le de dislnbuição;
® Falha no enrolamento do estalor.
Proteção de Geradores Slncronos 31

As componentes de seqüencia n egativa representam um conjunto de 3


fasores equilibrados, que giram nn velocidade sincrona, mas em sentido contrário
ao da velocidade síncrona da sequencia positiva. Portanto, a freqüência relativa da
seqüência negativa, em relação á seqüência positiva, ê de 120Hi As correntes de
sequencia negativa. dentro da ~áquina sln c•-ooa, agem como freios
eletromagn éticos que produzem vibrações e aquecimento:
~ nos enrola mentos do estator,
~ no enrolamento do rotor;
~ no núcleo do material ferromagnétic o e nas ferragens que compõem a
estruturo da máquina_
Os aquecimentos, no enrolamento do rotor. núcleo e fermgens são devido a
freqüência da coerente de seqüência negativa ser l20Hz. o q ue acentua a geração
de correntes induzidas de Foucaull e o aumento de perdas por histerese.
O gerador slncrono apresenta, para as correntes de seqüência negativa, dois
limites de suportabilidade.. devido principalmen te aos efeitos térmicos, definidos
como:
x Limite de suportabilidadc cm regime pennanente (regime contínuo}; (
x Limite de suportabilidade dinâmico (de curta duração).
A suportabilida dc em regime con tínuo caracteriza o fato de que o gerador
síncrono poder admitir a corrente de sequ ência negativa 1 , sem danos. cujo valor
1
é apresentado na ta bl!la 1.10. 1.
Note que as correntes de seqüência negativa. no limite mostrado na tabela
l . lO. I. niio produzem danos ao gerador sincrono, mas diminuem sua capacidade
operativa.
A suportabilida de para correntes de sequência negativa severas é
caracterizada pelo aquecimento no rotor, que deve ser Limitado no tempo fornecido
pela expressão.
ll.10.5)
Onde: L

t ~ tempo de defeito da corrente de seqüência negati'~

l~ ~ corrente de seqllência negativa:


32
Capitulo 1

K ~ parâmetro característic o do gerado r síncrono,


relativo a suportabilidade
térmic a

Gerador Corrente de
Síncrono Caracterlstica seqüência negativa
• - - i 2 cm % 1N
Com enrolamento
amortecedor 10%
Pólos SaJieores
Com enrolamento
amortecedor desconectados 5%

Resfriamento indireto LO%

.S 960MVA com
resfriamento direto 8%
Rotor Cilíndrico
961 a 1200MV A com
resfriamento direto 6%

1201a1 500JlvfVA com


resfriamento direto 5%

Tabela l _lQ. I - Suportabílidade da Corrente de Seqüência Negati


va em Regime
Pennanente [56J
A energia dissipada em uma resistência R é dada,
generi camen te, por
RJh . Este valor é limitado pela temperatura de saportabilidade dos compo
nentes
da máquina síncrona. O valor que representa R é genéri
co e está distrfüuido em
vários locais da máqui na sincro na. Portanto, esta limitaç
ão só é determinada pelo
fabricante. após ensaio s e medições com injeção de seqüên
cia negati 'a na máqui na
síncro na.
O valor de K dep ende do porte e do projet o da máqui
na síncrona. Seus
valores são fornecidos na tabela 1.10.2.
Para máquinas que niio se enquadram na tabela o
fabrica nte de\ e ser
consu ltado .

Em relaçã o às tabelas 1.1 0 .1 e 1. 10.2 note que se


síncrono pode se danifi car.
1; x l ~ K . o gerado r
Proteção de Geradores Síncronos 33

Máquina
Síncrona Refrigeração Valores de K

Pólos Salientes 40

. c.~!:!'.;.ensado•.
Síncrono
- - .;o

Resfriamento indireto 20

~ 800MVA com
Rotor Cillndrico 10
resfriamento direto
801 a 1600MVA com 1O- 6,25x.l 0-1(S-
resfriamento direto 800)
Tabela 1.1 0.2 - Valores de K
Onde:
S ~ potência aparente em MVA da máquina síncrona
A proteção da seqüência negativa é fe ita por um re lé de sobrecorrente
temporizado, conectado a um filtro de seqüência negativa, corno mostra a figura
l.l0.2.

Figura 1. 10.1 - l'rolCçào de Sequencia Nega11va


Geralmente o relé de sobrecorrente tem duas temporizaçõe s. uma de tempo
inverso e outra de tempo definido, conforme apresentado na figura 1.10.3.
A te mporização com tempo inverso é feita. para n proteção de seqüência
negativa. ac ima do limite pennisslvel de regime contínuo, e o aj uste do relé 46 é ta l
qu e

( 1.10.6)
34 Capítulo 1

~
1
1
-
1-

Figura 1.10.3 - Curva de Atuação do Relé 46


Recomenda-se a escolha do ajuste mais próximo possivel da igualdade da
expressão Ll0.6. sendo o valor de f 2 pemi>w,-,l obtido na tabela U0.2.

Para correntes de seqüência negativa severas a atuação do relé 46 é em


tempo definido, com o seguinre ajuste

l~JUSle46(lCmpo íde fimdo) = (0,8 a 1)1Nonunnl ( l.l 0.7)

Para essas correntes de seqüência negativa severas pode-se, na proteção,


zerar o tempo definido, tomando--0 instamâneo ou. dependendo da filosofia da
empresa, deixar uma pequena temporização paro discretízar a .atuação no tempo.
Isto facilita o diagnóstico na oscilografia e a seqüência de eve!lltos para o estudo
pós-defeito. Além disso, observa-se também que o ajuste do instantâneo causa o
problema de perda de seletividade para curto-circuito na linha de transmissão.
Portanto, conclui-se que o enrolamento do rotor da máquina síncrona é
extremamente sensível às componentes de seqüência negativa e zero. oriundas da
operação desequilibrada ou dos defeitos. inclusive à terra.
A corrente de seqiiéncia negativa, na armadura, irá dar origem a um campo
girante, com a mesma velocidade, porém em sentido contnirio ao campo criado
pelo rotor. induzindo correntes parasitas de freqüência dupla na massa mer.ílica do
rotor. Da mesma forma, uma componente de seqüência zero, na annadura, irá
induzir uma corrente à freqüência fundamental no rotor.
Posto que estas correntes irão circular pelos anéis de retenção, em ambas
extremidades, estabelecendo um caminho de baixa resistência, e toda a saperftcie
ProLeç!!o de Geradores Síncronos 35

do rotor e seus componentes estarão sujeitos a uma forte elevação de temperatura.


As corren tes de seqüência negativa produz irão vibrações no rotor. as quais são
perniciosas aos mancais.
D:>ssa fonna, para se avalfar a extensão dos possíveis danos causados pela
..ipe~i;-:!o .ieSef!uilibrada. assim com:> eslllbelec.cr 10.lit!S paD éste tipo de o~ctação,
é de suma importância o conhecimento da componente de seqüência negativa da
corrente de carga. A figura l . l 0.4 apresenta estes limites operativos.

Região de Open1çio
Admisalvel

OdO O!lO 0 60 010 oao 000


Coo'Mte oe campo (~o0)

Figura 1. 10.4 - Limites Operativos Impostos pela Componente de Scqllência Negativn

1. 11 Relé de Sob reexcitação do Gerador Síncrono

Os fundamentos em que se baseia a proteção de sobreexcnação, função 24,


foi desenvolvida no item 1.12 do volume 2 dessa coleção.
O fl uxo magnético máximo no interior do núcleo do transformador ou na
V
estrutura da máquina síncrona é d iretamente proporcional ao termo - ; isto é.
f

(J.11.1 )
36
Capitulo l

Portanto, de acordo com a expressão 1.12.


1, sob freqüência nominal, um
aume nto na tensão, provoca um aumento
no íluxo magnético. produzindo um
aquecimento não desejado no núcleo do crans
formador ou da máquina sincrona.
Todos os transformadores estão sujeitos
a aquecime cros no núcleo,
provocados pelo excesso de fluxo ma~ ~tico.
mas e rru•.!vr ruicl;o~,.., d~ve- sç_ter no
caso· de trans foan adores de grand e porte, princ
ipalmente os acoplados a unidades
geradoras. Estes transformadores estão mais
sujeitos a sobre tensõ es provocadas,
principalmente, por problema na excitação
das máqu inas slncronas. Estas
sobre tensões aplicadas às bobinas pode m eleva
r excessivamente o fluxo magnético
do núcleo do transfonnador, provocando aque
cimento, com eleva ção acentuada da
temperatura, comp rometendo o núcleo e princ
ipalmente os materiais componentes
da isola ção.
Os transformadores e geradores síncronos, depe
ndendo da tecno logia e dos
materiais empregados na sua fabricação,
os mesm os apresentam uma curva de
danos em relação ao exce sso de fluxo magn
ético, ou seja, da relaç ão de V/Hz..
Com o os mode rnos reles digitais têm o recur
so de "pers onalizar'" curvas de
atuação, pode -se ajustar uma curva de atuaç
ão que seja uma réplica da curva de
dano do trans formador ou do gerad or slncr
ono, deslocada para baixo em torno de
200/ti.

1.12 Pro teçã o por Per da de Excitação

Na operação normal do gerador síncrono.


conectado ao siste ma elétrico,
toda transferên cia de energia é fei ta pelo acop
lamento magnético do camp o girante
do rotor com o camp o girante da arma dura.
Ou seja, a máquina primária transfere
energia através do rotor. que gira fortemen
te acoplado ao camp o girante da
anna dura. O campo girante do rotor é mant
ido pela excitatriz.. A excitatriz é a fonte
DC que g era uma corrente de camp o necessári
a para a criação do camp o magnético
no rotor. A máquina primaria é responsável
pela geração do Iorque necessário para
manter o rotor girando na velocidade síncrona.
A perda da excitação provoca sérias
conseqüê ncias na máquina sincrona e. porta
nto, deve -se prov er uma prote ção para
esta finalidade.
Apresentam-se as causas que pode m provocar
a perda de excitação:
® Cunos-circ uitos na bobina do campo do rotor;
® Aben ura na bobina de campo do rotor,
® Falh a no circuito da excitatriz;
Proteção de Geradores S incronos 37

® Abertura acidenta] (indevida) do d isjuntor de campo (41 );


® Mau contato nas escovas (se tiver) da excitatriz:
® Operação indevida da proteção de perda de excitação (40);
_ ..JE· Erro de oper:iç.ão.
As prmctpais conseqüência s da perda de excitação são:

~ Súbita sobrevelocidade do rotor;


~ Sobreaquecim ento no rotor. O aquecimento no rot0r de máquinas
síncronas de rotor Liso é mais acentuado, devido a niio existência de
enrolamento amortecedor. Este aquecimento pode provocar sérios
danos ao rotor. no periodo de 2 a 3 minutos.
~ Sobreaquecim ento no estator de qualquer tipo de máquina, isto
porque, na perda da excitação devido a um curto-circuito nos
terminais da bobina de campo, o rotor, devido a sobrevelocid ade,
gira numa velocidade maior que o campo girante dns correntes
estatóricas mantidas pelas correntes do sistema elétrico. Portanto, o
rotor passa a funcionar como um gerador de indução (assíncrono).
Nesle caso, as correntes no estator podem atingir magnitude
variando de 2 a 5 vezes o valor oominaJ.
~ Se, na operação nonnal, o gen1dor síncrono esti ver fornecendo
reativo ao sistema elétrico. a perda da excitação fará com que:
CE> O gerador passe a absorver grande quantidade de
reativo do sistema elétrico. A absorção de reativo pode
ir ate! 7 vezes a potência nominal da maquina:
CE> Haja queda de tensão nos seus terminais.
~ Produz perturbação. de modo a comprometer a estabi lidade das
máquinas da mesma usina, colocando em risco o sistema elétrico.
Na operação de uma máquina síncrona conectnda no sislemn elétrico. a
impedância represenla um ponto distante da mâqttina, que está representada na
figum 1.12.1 pelo lugar geométrico das cargas.
Numa máquina síncrona operando normalmente, a perdn súbita de
excitação resulta em que a trajetória da impedância seja, por e~emplo, aquela
êndicada para os pontos l , 2 e 3 assinalados na figura 1.1 2.1, estabili7ando -se na
região do lugar geométrico de perda de excitação.
38 Capitulo l

jX

V ' X X
.A , 2 X
/ .. l / ,~
/ -' / X

cxciução

Figura 1.12. l - Ponto de Operação Longe da Impedância da Máquina Slncrona


Isto é, s.e m excitação a impedância da máquina síncrona é quase que
puramente reativa e está posicionada sobre a parte negativa do eixo jX da figura
1.12. 1. É por is.c;o, que na perda de excitação. a máquina passa a absorver muito
reativo do sistema elétrico, afundando a tensão elétrica no barramento da
subestação, colocando em riscos os outros geradores síncronos da usina.
Para prover a proteção contra perda de excitação utiliza-se a função de
proteção 40. que é realizada pela proteção de admitância, como está representada
na figura 1. 12.2.
Transformador

~--<. [ ~
li 1-

-- 1P
Figura 1. 12.2 - Proteção com a Função 40
O relé de distância 2 1, tipo admitância, está fazendo a função 40; isto é, a
proteção contra perda de excitação da máquina síncrona. Este relé de admitância 21
está direcionado para o interior da máquina síncrona e seu ajuste deve cobrir a zona
do lugar geométrico das impedâncias de perda de excitação da figura 1. 12. 1. Isto é
conseguido com o relé de admitância que tenha um deslocamento (offset) de
-X<l / 2 e ajustado com o valor de Xd , como mostra a figura l.1 2.3.
39
Proteção de Geradores Slncronos

JX

Jt

R
X

Figuro 1.12.3 - Ajuste da Proteçã o de Admitância

Onde:
xd -+ realància síncrona do eixo direto da máquina síncrona;
x:i-+ reatância transitória do eixo direto da máquina sincrona.
Observa-se, ainda.. que quando ocorre a perda de excitação a impedància
da
na zona de atuação da proteção de admitân cia (2 L), o qual
máquina síncrona entra
opera de modo instantâneo.

1.13 Proteção de Sobre temperatura


a
Várias são as causas que geram aquecimento no interior da máquin
síncrona. Geralmente, os aquecimentos são causado s por:
® Curto-circuito interno;
® Curto-circuito externo:
® Sobrecarg~

® Falha na refrigeração;
® Contato s entre Lâminas no núcleo do estator,
® Descargas parciais intennitentes no interior da estrutura da máquina;
® Falha na isolação dos materiais da estrutura metálica do esrntor.
40
Capitulo 1

Os aquecimenros gera dos provocam elev


ação de temperatura, porta mo, os
tenn ôme tros deve m ser estrategicame
nte colo cado s nos pont os mais quen
máq uina síncrona. Os termôme tros além tes da
de med ir a temperatura, podem agir com
disp osití vo de prot eção, na sinalização o
(alarme) ou até o desligamento da máq
síncrona 3e necessário. uina

C· kaIDÔUletrc, funç ão 26, é utilizaà\) para


med ir a temperatura no loca l da
sua instalação , que pode ser dentro dos
enro lame ntos das bobi nas do estator,
do transformador elev ador [52] . roto r e

Em máq uina sínc rona , os tean õme tros


mais utiJj zado s são do Lipo:
• A term opar, o qual gera uma
tensão elétr ica, que acio na um
gaJvanômetro, cuja defle xão indica a
temp eratu ra. e se o termôme tro
for digital, a tens ão elétrica gerada é
utilj;zada para a med ição da
temperatu ra;
• Term ôme tro RTD (Resistence Tem
pera ture Detector). em que a
resistênc ia mod ifi ca o seu valo r com a
temp eratu ra.
O tenn õme tro aloc ado no enro lame
nto do roto r gira na velo cida de da
máq uina síncrona. port anto, suas med
idas, deve m ser traus müíd as via sinal
rádi o o u por proc esso óptic o. de

Geralmente. o fator que dete nnin a a capa


cidade de transmiss ão de potê ncia
no gera dor e no trans form ador é a
temperatura limi te do material de isola
utiliz.ado na fabricaçã o. ção

O nível de temperatura é estab eled do


pelo grau de diss ipaçã o da energia
térm ica gerada como perd a nos dive rsos
componentes do transformador de acor
com as exigências oper ativa s do siste do
ma elétrico.

1.14 Rel é de Imagem Térmica

O relé de imag em térmica, função 49.


dete cta a tempe ratura do ponto mais
quen te do gera dor sínc rono ou do
trans formad or oper ando com sobrecar
regi me permanente. A sobr ecarga ga cm
provoca aque cime nto nos enrolame
esta tor e do rotor. no mate rial magnétic nlos do
o e em toda estru tura da máquina sínc
O aque cime nto nos enro lame ntos do rona .
transformador, utili zand o a pror eção
imag em térmica é apre sent ado na refer por
ência [52].
A prot eção de imag em térm jca 49 em
gera dore s síncrono s, identicamente a
proteção de trans fonn ador es, pode
ser feita indiretam ente pela info nnaç
ão da
Proteção de Geradores Síncronos
41

corrente de carga. Mas, como a instalaç.ào de tennômctros do tipo RTD é


mais
facilitad a na máquina síncrona. a proteção de temperatura é coberta
pelos
termômetros, e a proteção de imagem térmica não é muito usual.

1.15 PN ~eção ~e Falha do Disj untor do Geradflr

Na proteção de fa lha do disjuntor do gerador ou do conjunto gerador e


transformador, não se pode contar com a proteção de sobrecor rente
50BF
apresentada na referência [52], isto porque o seu ajuste não cobre todos os defeitos
no gerador e no transfonnador. Ou seja, pequenos defeitos internos ao conjunto
gerador e transfonnador. não sensibiliz.arào a proteção de sobrecorrente SOBF.
Deste modo, o relé de bloqueio 86 faz a função do 50BF, corno mostra a
figura
1.1 5.1.

+
Proteçao do

T=•~<>< "h

86

62
I
J::
~
86

62X
62BF

51a .52a S2a

Figura 1. 15. I - Fallia do Disjunlor em Gerador


N esse esquema. o relé de hloqucio 86 só será ativado pela atuação de
alguma proteção do grupo gerador e transformador. Com o fechamento do contato
do re lé de bloqueio, a bobina de abertura seni ativada, com a conseqüente abertura
do disjunto r. Geralme nte o tempo de abertura do disjumo r dá-se em até IOOms.
Se
o diSJu:nto r falhar, isto é. não conseguir eliminar o defeito interno ao conjunto
gerador e transform ador. a proteção de falha do disjunto r deverá atuar. lsto ocorre
na seguinte seqüência:
~ A proteção do gerador ou Lransform ador atua, ativando o relé de
bloqueio 86:
~ O relé de bloqueio 86 fecha o seu contato 86. ativando SLmultaneamente
a bobina de abertura do disjuntor e o relé auxiliar 62X;
'l> O relé auxiliar 62X fecha o seu contato 62X~
42 Capitulo 1

~ Como o disj untor falha. o defeito (corrente de cuno-circ uito) no


transfonn ador ou gerador continua a existir e, com o fechameoto do
contato 62X. o relé de tempo 62B F é ativado;
~ Transcorrido o tempo ajustado (geralmen te de l 50ms a 200ms) no relé
de tempo 6~BF, o seu conlPlo é fe~bado:
~ Com o fechamento do contate 62BF ativa-se o rei~ de bloqueio 86BF.
que promove a seqüência programa da de abertura dos disjuntore s, de
modo a eliminar o defeito.
Note que o tempo ajustado no relé 62BF é maior que o tempo de aberrura
do disjuntor, isso para não interferir na operação normal do disjuntor.
Salienta-se a não utilização de religamen to automático para defeitos no
conjunto gerador e transformador.
Apenas para exemplifi car, a figura 1.15..2 mostra uma usina com 3
unidades geradoras conectada s a uma barra, com 2 saídas de linhas de transmissão.
Nesta usina, supõe-se que haja um defeito no gerador 1, que foi detectado pela
proteção, mas houve falha na abertura do disjuntor l.

Figura l 15.2 - Defeito no Gcrndor Sincrono l. com Falha no Disjuntor l


Como o dísjw1tor 1 faíhou. o esquema de proteção de falha de disjuntor
deve pro' idenciar a aberturas dos disjuntore s 2, 3. 4 e 5: nesse caso. toda a usina e
desligada. Por comando manual local ou remoto, a equipe de operação da usina
deve pro idenciar a abertura das seccionad oras do disjW1tor 1 e. após. recompor a
normalidade de operação do restante da usina com o sistema elétrico. Geralmen te,
ProLeção de Geradores Síncronos 4)

por segurança, há um inlertravamento d o disjuntor com suas scccionado ras; isto é,


as seccionado ras só poderão ser abertas após a abertura do disj untor. E no caso de
faTha do disjuntor, deve-se providenci ar um esquema para a Liberação da abertura
das seccionado ras do disjuntor fa lhado. Para essa Libernção geralmente se utilizam
os contatos auxiliares do relé de bloqueio 86BF.

1.16 Tipos de Aterramentos dos Gerador es Síncronos

Quando o gerador síncrono lem um aterramento sólido a proteção


diferencial 87 é adequada, mas quando o aterramento é fe ito com uma altn
impedância . essa proteção fica prejudicada . Por essa rnzào, as seguintes medidas
complemen tares devem ser implementadas para assegurar a proteção para os
defeitos l ccit-1m11 que podem ocorrer:

• no circuito Lenninal do gerador síncrono até as bobinas primárias do


tran sformador elevador:
• nas esp iras à carcaça, na bobina do estator.
Para a proteção contra fal ha à terra nas bobinas ou no circuito terminal do
gerador até os enrolament os da bobina primária do trnnsfonnad or ele\ ndor. há
vários tipos de esquemas de proteção que dependem do ti po de aterramcnto
executado.
Os aterramento s da máquina síncrona podem ser:

a) l\láquin a sincr ona solida mente at errada

Neste caso. ZN = O. A figura 1.J 6.1 apresenta este caso.

Figura l . l 6. l - Máquina Síncrona Solidamente Aterrada


44 Capítulo 1

b) Máquina síncrona aterrada por uma impedância

A figura l.162 representa um gerador síncrono aterrado com uma


impedância genérica ZN .
-------~---_...;;'----------- .. a
e

Fígurn 1. 16.2- Máquina Síncrona Aterrada por uma lmpedâa cia

e) Máquina síncrona aterrada por uma resistência

A figura l . J6.3 mostra wna máquina sincrnna aterrada por uma res istência.

Figura 1.16.3 - Máquina Síncrona Aterrada por uma Resistência

d) Máquina síncrona aterrada por uma reatância

A figura 1.1 6.4 mostra uma máquina síncrona aterrada através de uma
reatância.
Proteção de Geradores Síncronos 45

\_
estator

Reatância

A

Flgura 1. J6.4 - Máquina Slncrona Aterrada por l1m3 Reatãncia

e) Máquina sincrona aterrada por um transformador


A figura l.16.5 mostra uma máquina síncrona aterrada através de um
transformador.

- B

Transformador
de Distribuição
Figura 1. 16-5 - Máquina Síncrona Atemida por um Trnn:.fonnador
O trans formador utifü.ado é um transformador monolãsico de distribuição.
Este tipo de aterramento é idênuco ao do item e, apenas que a resiscência efetiva
vista pelo aterramento do gerador é a que esuí colocada no secundário do
46 Capítulo l

transformador de distribuição, refletida ao primário, cujo valor é obtido pela


expressão 1.16.1.

R Alcrr~ = Rprun.irlo = ( N yRsecundário


p (1.16. 1)
. - N. J
Portanto, quando ocorre um defeito 1cci+-iarn , a resistência efetiva do
aterramento tem o valor dado pela expressão 1. 16. 1. No modelo de seqilência zero
a resistência efetiva do aterrameoto é multiplicada por 3.

f) Máquina Síncrona aterrada por um capacitor

O esquema de uma máquina síncrona aterrada por wn capacitar está


representado aa figura 1.16.6.
~------------___. B

~------ e

Figura 1. 16.6- Máquina Síncrona Aterrada por um Capacitar

g) Máquina síncrona isolada


A figrna l.16.7 apresenta urna máquina síncrona isolada.

~--------------•B

--------- e

do
Estator

Figura 1.1 6.7-Máquina Síncrona Isolada


47
Proteção de Geradore s Síncrono s

Em qualquer sistema e létrico sempre há o efeito da capacna ncia dos


elementos dos componentes entre si e em relação à carcaça (terra). No sistema
Mas,
aterrado a influência dessas capacitâncias é desprezlvel e é desconsiderada.
consider ada. As
no sistema isolado a influência das capacilâncias deve ser
capacitãncias existentes na máquina síncrona podem ser simbolic amente,
~presen1adas cc:nu indk3do na flv1•a. l. l lí.8.

TI Te_..,.
Figura 1. 16. - Capac itâncins da Máquina Síncrona
Nesta figura as capacitâncias entre as bobinas do estator foram
para a
rep resentadas formando uma ligação em ll. Mas. na modelagem utilizada
isolada, a represen tação das capacitii ncias
análise de defeito nu máquina síncrona
Y. é mais adequada . Essa rep resentaç ão esta
entre as bobinas do estator. em
mostrada na figura l.16.9.

T e-.. .
Figura 1.16.9 - Capacitã ncins da Máquina Síncrona
48 Capítulo 1

b) Ate rramento Ressonante

Neste caso, a mãquina síncrona é aterrada por meio de uma bobina


especialme nte projetada, tal que entra em ressonânci a com as capacitãnci as
e'!•livalentes estator-terra. Essa bobina recebe várias denominaçõ~. uma delas é
ôuuih~ .:.. Pe!'!rscn O esquema p;u-a a máqill<ía ;;lac:c-oa com a bobtI1a de
aterrameoto ressonante é o mesmo da figo.rn 1. 16.4.

1.17 Oassificação do Sistema Aterrado

O sistema elétrico pode ser aterrado através do neutro da ligação do


gerador síncrono, podendo ser classificado como:
~ solidament e aterrado;
~ com resistência;
~ com indutância;
~ com capacitância;
~ aterramento ressonante.
Geralmente, sem muitos detalhes, a classificaçã o dos sistemas elétricos
aterrados ou isolados é feita da seguinte forma:
7 o sistema é considerad o aterrado quando X 0 ~ 3X 1 e R 0 < X, ,
sendo que nessa condição a tensão fase ã terra não ultrapassa a 38,5%
de sobretensão em relação à sua tensão nominal durante o deleito 1lj>-
tecra;

7 Sistema é considerad o isolado quando X 0 > 3X 1 e R 0 ~ X 1,


sendo que nessa condição a tensão fase à terra ultrapassa a 38.5% de
sobretensão em relação à sua tensão nominal durante o defeito lcj>-
Lecra.
Note que:

X 1 ~ é a reatància de seqüéncia positiva total do sistema elétrico até o ponto de


defeito;

X 0 ~ é a reatância de seqüência zero total do sistema elétrico até o ponto de


defeito_ No reatância X 11 já esLâ incluída a reatância 3X ,... do aterrament o;
49
Prote ção de Geradores Síncronos

sistema elétrico até o ponto de


R 0 -> é a resistência de seqüência zero total do
ência 3R N do aterramento.
defeito. Na resistência R 0 já está incluída a resist
do loc.al do defci10 lei>-
Salienta-se que, num sistema elétrico, dependendo
os.
_ terra. pode l•~'.'er trechos aterrados e trechos isolad
o, com mais detalhes é
Uma classificação geral de sistemas de aterrament
apresentada na tabela l.1 7 .1.

Relação entre os parâmetros das


seqOéncias ioo+--. V tMcCCl._rara
C lasse do aiemunemo Xo &_ Ro V liutRP
Í co+
x, x1 Xo
0 -3 O- l >0,60 52
Efetivamente
Aterrados Muito 0-0,l >0,95 < 1.5
0-1
efetivamente
Baixa ~2 < 0,25 <2.5
O- 10
Pouco restStência
Isolados Baixa 0-1 > 0,25 <2.3
3-10
impedância
Ahn .$ (-1) < 0,01 5 2,73
> 100
resistência
AJra <2 < 0.25 5 2.73
> 10
Isolados impedância
Resistência >2 <0, 10 ~ 2,73
> 10
e indutância
< O.OI 5 2,73
Ressonante
< 0.08 :S 3
Isolad os < -40
> 0,08 >3
capacitivos -4-0aO
amcntos
Tabela 1. 17. 1- Classificação dos Sistem as de At:crr
50 Capitulo 1

1.18 Defeito 14>-terra nos Termina is do Gerador Síncrono


1:
1
Representa-se, na figura 1.18. l , o esquema contendo os elementos
necessários para a análise de defeitos lcj>-terra nos terminajs do gerador síncrono.

1
1
1
Terminal

1' T T 1' I 1

Te...;__.

Figura 1.8.1 - Representaç ão Trifilar do Gerador Sincrono


Onde:
Ccswor -+ é a capacitància. por fase, na representação em \' das capacitâncias
exislentcs entre duas bobinas do estator do gerador sincrono;
e____ -+ é a capacitãnc ia, por fase, da bobina do estator à carcaça (terra).
As capacitãncias da figura 1.18. 1 são as mesmas representadas na figura
l.16.9.
A figura 1.1 8.2 mostra um cuno-circu ito l lj>-1erra o.a fase "a". no 1em1inal
do gerador síncrono operando a vazio. com tensão nominal_
Pa:ra esse lipo de curto-circu ito os modelos de sequencia são ligados em
série, como mostra a figura 1. 18.3.
As capacitânci as de sequência positiva e negativa são iguais e são obtidas
por:
c = c2 =e_
1
+ c __ ian
Proteção de Geradores Síncronos 51

Figura 1. 18.2 - Cuno-circui10 1f-tcrra nos Tenninais do Gemdor Síncrono

e,

Figura 1. 18.3 - Mo<ldos das Seqüências Ligados em Séne


A capacitância de seqüência zero é:

Co = C- --
As reatâncias capacici\'as são

1 1
X 0 =X, ., = --= - - -
roC1 2nfC1
l
X co=-- = - --
wC0 2n f C0
Do circuito da figura l.J 8.3 1cm-se

i

1
= í =i 0 =
ol •
v..
2[CR, + jX,)//(-jX c,>]+ [R , +3RN + j(Xg T3Xw)]ll C- jXco)
( 1 18. l)
52 Capitulo 1

A corrente verdadeira, que flui da fase ·'a" para a terra, é dada por:

i. = l cc•+-ima = i10 + Ía1+ Ítl= 3i 11


Analisando-se a expressão 1. 18. 1. pode-se considerar as ri uas situações
apresentadas a segui!".
r~trema;;,

1.19 Sistema Aterrado

No sistema aterrado a reatância capacitiva apresenta um valor muito


elevado e não influencia as impedâncias equivalentes de seqüência positiva,
negativa e zero. Assim, as correntes de seqüência são obtidas desconsiderando os
efeitos capacitivos; é são dada, genericamente, pela expressão 1. 19. l.
. . .
l 11 - 1 2 - 1 -
v•• (1.19. 1)
- ' - ªº - 2(R 1
+ jX1 ) + (R1 + 3R" + j(X1 +3X ,.,)j
Pela expressão 1.19.1 pode-se considerar os sistemas aterrados. de acordo
com sua classe (tabela 1. J 7. 1), que são:
"l> Solidamente aterrados, onde R'-1 ;:;; O e X N = O.
~ Aterrados com resistência, onde X N = O.

~ Aterrados com reatância, onde RN =O.

Nesses tipos de sistemas as correntes de cuno-ci:rcuito são elevadas e podem


comprometer a integridade dos componentes da instalação.

1.20 Sistema Isolado

O sistema fonemente isolado tem o seu aterramenro efetuado por uma alta
impedância. Neste caso, ZN ;:;; R N + jX"' tem um valor comparável ao valor da
realâocia capacitiva da seqüência posillva e z.ero. Portanto, o efeito capacilivo
natural dos componentes da insLalação do gerador síncrono não pode ser
desconsiderado. Mas, pode-se desprezar os parâmetros série. resistivo e indutivo,
da bobina do estato r do gerador sincrono. que são muito pequenos. Assim, a
expressão l.18. I se toma
53
Proteção de Ger.idores Sln crooos

.1 ~ .1 = .l = v•• ( 1.20. L)
il i2 (3R N + j3XN) //(-jX co)
io

Este tipo de sistema isolado pode ser feito com:


~ A.L erra'Tlento resistivo;
~ Aterramcnto indutivo;
~ Aterrameato capacitivo;

~ Alerramento por uma impedância ZN =R N + jX,.., .


transitório elevado
Um dos problemas dos siS1emas fortemente isolados é o
de tensão que surge devido a:
® abertura e fechamento de disjuntores;
® disrupção de arcos elétricos;
® atuação de pára-raios;
® defeitos ao sistema;
® abertura de fases:
® ferro-ressonância ;
® descargas parciais.
geralmente. fazem
Esses transitórios produzem desgastes na isolação e.
transi tórios de tensão . com valores
surgir outros arcos elétricos que geram novos em risco
A isolaç ão fragi lizada coloca
ainda mais elcvadoi.. danific~ndo a isolação. r. causando o
o de grand e pone pode ocorre
o sistema de geração. porque um defcn
desligamen to do sistema.
o-se o surgimento
Pode-se, assim, fazer uma análise extremista. comparand
as fortem ente aterra dos e nos sistemas
dos transitórios de tensão nos sistem
de tensão gerados são
fortemen te isolados. No sistema aterrado os transitórios
que este sistema·· egura...,
meno res e mais referenciados à terra; e. por isso. diz-se
os. qualquer arco elétrico
(mantém) a tensão. Já nos sistemas fortemente isolad
ca a re1gn.ição do própri o arco
gerado cria transitórios elevados de tensão, que provo
ia. surgem , sucessivamente. novos
ou geram º º'os arcos elétricos. Em conseqllênc
os, até danifi car (romper) a isolação.
tr.msi tórios de tensão, cada vez mais elevad
ente isolado não "segu ra"' a tensão.
Ponanto, diz-se que o sistema fortem
54 Capítulo 1

O problema de tensões elevadas é wna camctcristica de sistemas


fortemente isolados. mas na realidade o sistema tem algum aterramento e pode-se
observar que, com a melhoria da qualidade do aterramento. os valores dos
transitórios de tensões diminuem. Essa consideração será analisada com mais
detalhes na seção seguinte. 4

f Outro problema do sistema isolado é que, na ocorrência do primeiro defeito


1~terra, há uma elevação na tensão das fases não envolvidas no defeit0 (ver figura
1.21.J ), aumentando o gradiente de potencial na isolação das fases sãs com a
carcaça (terra). Esse aumento pode acelerar os danos e faci litar o surgimento de
novos arcos elétricos nos poolos mais fragilizados da isolação. Sendo esse um dos
motivos pelo qual as tensões dos geradores síncron os de sistemas isolados não
devem ser muito altas.
De um modo geral o nível dos transitórios de tensão depende da relação
X co
3Zl'i.

Geralmente, nesse tipo de sistema, as correntes elétricas de defeito silo


menores que SOA. mas os valores mais comuns vão de até 25A

1.21 Sistema Aterrado com Resistência

Este caso é apresentado na figura 1. 18.2. onde o aterramento é e fetuado


somen1e pela resistênc ia R " . O circuito de seqüência, para o defeito l cj>-terra da
figura 1.18.3, é o circuito simplificado que esui apresentado na figura l .2 1.1.

Figura 1.21. I - C ircuito Simplificado para o Sistema Aterrado com uma Elevada
Resistência R 'J
Protei,".ào de Geradores Síncronos 55

Nesse caso, a expressão 1.18. 1 fica sendo a expressão 1.21. 1.

( 1.21.1 )

A Cl'..rrente dP curto-circuito 14fi --í~qa é dada por·


V11 _ 3V~1
(3R N)// (- jXc0 ) RN j Xco
. _v. 1
J CC lt- tem - - - - . -
3V11
- (1.21.2)
RN JX co
A primeira parcela da expressão l.2 12 é a corrente que flui (sobe) através
do aterramen lo resistivo; e a segunda parcela é a corrente que passa no aterramento
fictício das capacitâncias do estator à terra {ver figura l .21.2).
Ra Xg

i..

Figura 12 12 - Distribuição das Correa1es do Defeito 1~terra


A corrente que sobe no aterramento do gerador é dada pela expressão
)
1.2 1.J.

i = v.1 (1.213)
N R
N J
A corrente que sobe no at~rramento das capacitân.cias fictícias é dada pda
)
expressão 1.21.4.
)
{1.21.4)

)
56 Capítulo 1

Note que a sorna das correntes nos capacitores fi ctícia fornece


ico = i.b +i.., ( L2 1.5}

N~ l.)peração normal do gerador, is to é, antes da ocorrência do defeito, as


.en~~· ü .." fa~ mantêm o ponto üeutro no mes;-::o poren:;ial da t<!rra, co;ii"orme
ilustrado na figura 1.21.3.

N : terra
v. = terra
terra
v.
Figura 12 13 - Referência à Terra

Na ocorrência do defeito l <P-terra, na fase "a". o seu potencial lica idêntico


ao da terra (ver figura 1.2 1.3). Portanto, pode-se observar que a tensão na
resistência R,., é idêntica a tensão de fase do gerador síncrono. Verifica-se, também,
que há mna sobretensão aplicada rui isolação das fases s;"is de .JJvr.,,,· Essa é a
mesma tensão aplicada nas capacirâncias do estator à carcaça. que são
desequilibradas, gerando caminhos para as correntes de seqüência zero. como
mostra a fi gura 1.2 1.2.
As tensões aplicadas nas fases capacitivas geram as correntes mostradas na
figura 1.21.4.

ice
v -
'· ~'-
'

N
" o•
v, terra

/
v.•
....
Figura 1.2 1.4 - Comntes nas Capacitáncias
cro nos
Pro teç ão de Geradores Sín

figura pode-se ob ser var


qu e a cor ren te r.,
está
De aco rdo com esta
para a cor ren te i"*', que
1 acliantada de 90° em rel açã o a ten são V., . O mesmo oco rre
são Vab . Por tan to, con sid
era nd o a expressão
es1!adi ant ada de 90° em rel açã o ten a
t ! S ~a 6gun> !.21.4. cc,!lcl
=.tL
ui-se qu e
(1.11 6)

1

.
. - lcoL30
o
( l.21.7)
~
1ab - J3

'1 Co m a int rod uçã o da res istê nci a R N , no aterramento do


ger ado r síncrono,

end e da rel açã o X co .


Es ta
i a-s e qu e o nív el dos transitórios de tensão dep 3R ,.
ver ific
na figura 1.2 l.5.
- rei.ação está apr ese nta da
J
v1 _
---'==--' ~ 400
v,._ . T_ _. .. \
~
300 ...... ........
200

100 15 20
05 10

Função de RN
Transitório de Tensão em
Figura 1.21 .S - Valores do
a
s de R N qu e satisfazem
1.21.5 que . par a val ore
Verifica-se. na figura ittd os a val ore s
os tra nsi tór ios existente s na inscalação fi cam lim
inequação l .21 .. mal do ger ado r síncrono.
s de pic o da tensão nom
de ate 25 0% dos valore
X<o ~ 1 CI :?I 81
3R -i
ue reacender e nem
nív el de uan sit óri os de tensão não se con seg
Neste se dan os na isolação.
os no sistema, evirando-
ger ar no vo s arc os elé tric
58 Capilulo 1

Além da caracterfstica anterior, procura-se efetuar um aterramento com


uma resistência R:. que satisfaz a inequação na igualdade; assim

(1.2 1.9)
Essa consideração aufere ao r.i.ct"\lllS e!~trico aterrado r 0m uni_n resistêrv·:i.
R" elevada as seguintes vantagens:

@ Diminui o deslocamento do neutro;


t
1
© Limita as sobretensões trans itórias a valores seguros;
1 © Reduz a excitação nos T Ps;
@ Reduz a possibilidade de ferro-ressonância. que pode ocorrer entre as
capacitâncias naturais e as indutâncias dos equipamento s (TCs, TPs,
transfonnado res e bobinas do gerador ) da instalação:
@ Reduz a possibilidade de inversão do neutro;
@ Produz sensibilidade para a operação dos relés para defeitos 1~-terra,
exceto para defeitos na bobina do estator, próximos ao neutro do
gerador slncrono. Os relés podem ser utilizados para alarme e/ou
abenura do disjuntor:
@ Limita as correntes de defeito l ~-tclTll no sistema para valores de até
20A.
A desvantagem desta prática é a utilização de uma resistência de valor
elevado, projetada para atuar no mesmo nível da tensão nominal do gerador
sincrono.
Para contornar o problema da alta resistência. diretamente conectada no
neutro do gerador slncrono, pode-se utilizar um transformado r de distri buição com
o enrolamento primário diretamente conectado nesse neutro e a terra, com u ma
resistên cia de pequeno valor conectada no se u secundário. conforme apresentado
na figura 1.21.6.
A resisténcia R8 • a ser conectada ao secundário do trans formador de
distribuição, deve ser taJ que tenha o mesmo efeito da resistên cia de terra RN ligada
no neutro do gerador s incrono. Seu valor é dado por
2 2

Rs =(N
Ns) R =(V
p
V"'-s ) R
N " NP
( 1.2 1.1 O)
59
Proteção de Gerndores Síncronos

Tnmsfonruodor
Gcndo c Sincrooo
'Jli 1; ,- - ; - 6 - -y- - :i
D

í. 1U.. .. f ~
'Trã';;Srormador de
D1stnbuição

Figura 1.21 .6 - Transfom1ador de Distribuiçã


o no Aterramento do Gerador Síncrono

Onde :

l N s ~ é o número de espiras do enrolamen


d istrib uição;
N P ..... é o núme ro de espir as do enrol
to secun dário do trans form ador de

amen to pri mârio do transformador de

.1 distribuição:
V, 5 ..... é a tensão nomi nal do secundário do
Lmns fonn ador de distribujção;

de distribuição.
VNP ~ é 11 tensão nomi nal do primário do trans fomm dor
e e!ilã submetida ao mesmo nlvcl
A res istência Rs tem um valor bem baixo
buição.
da tensão secundária do trnns foana dor de distri
dário do transformador de
A corrente de defeito. que passa no secun
distribuição. é

Ís =( ~: )1N=(~:}N
dime nsionado para supo rtar a
O trans form ador de distribuiçã o deve ser
nais do gerad or síncrono. duran te o
corrente de curto-circuito l lji-terra nos tem1i
cia apare nte do transfom1ador e igual à
temp o de abertura do disjuntor. A potên
o: isto é
potência dissipadn no resistor de aterrameot
t 1..2 1.111
t>U Capitulo 1

Portanto, o valor nominal da potência aparente do transfonna dor de


distribuição depende do tempo cm que o transformador fica exposto à sobrecarga
do curto-circu ito. A suportabili dade do transformador de distribuição, com respeito
à sobrecarga. está relacionada aos efeitos lérmico e eletromagn ético. A sobrecarga
no transfonna dor de distribuição, por um período c urto de tempo, é dada pela
tabela 1.21.1(51], ou mais precisamen•e .:~10 Prático d11 f.ti•'11 t 'lL7.
!
Múltiplo da Potência
Duração da Sobrecarga Nominal do
Transformad or

1
I Os
li 10.5

1 60s
li 4,7

1
IOmin
li 2,6

1
30min
li 1.9

1
2b
li 1,4

Tabela 1.21 . I - Fator de Sobrecarga Permissivel por um Curto Período T empo do


Transíonna dor de Distribuição Conectado no Neutro do Gerador Sincrono

-..
-~ ...... :
- ..
E ,.
- .
~

g~1 ..... '

_g ',•
o .. -

..
ã. .
=.,
-
·:::J •
~
Mimt~
.
. a l • t • f I
li
• IS IO .JO ~ "°«:» IO IGO
Tempo
Figura 1.2 1. 7 - Fator de Sobrecarga 1•eT:Tut Tempo da Sobrecarga
As tensões secundária s do transfonnad or de distribuição, mais utilizadas.
são de 120V e 240V.
UI
Proteção de Gerad ores Síncronos

fonnador de distribuição
O esquema do resistor de aterr amento com o trans
ente onde o gerador slncrono está
é muito uu1izado nas usinas geradoras, principalm
acoplado a um trnnsformador elevador.
A seguir apresenta-se um exemplo
completo do utilização do
de uma ~iti~de geradora
transform::i.rlor de distribuição no aterramento
numa usina coafonne o esquema
Exemplo .i .2 l.l : Um gerador s:incrono opera
.
apresentado no diagrama unifil ar da figura 1.21.8

Figura 1.2 L.8 - Diagrama Unlfilar


são:
Os parâmetros dos equipamentos da instalação
~ Gerador síncrono (G): 1OOMV A.
13,8kV, 60Hz.. Xd = X2 = O, l 6pu, Xo
= O, 1Opu, 0,30µF/íase-terra:
13,8.1230kV. Xr = O, IOpu,
"t Transformador principal {Tl): WOMVA,
0.08~1F/fasc-cerra no lado !i;
): 4SkVA. 13,8kV/240V,
"t Transformador de serviço auxíliar (TSA
0.(l09µf/fase-teJTil no lado de AT:
"t TP: 0.001 µF/fasc-terra;
~ Pára-raios (cubículo de surto): 0,2µF
/fase-terra;
1~LF/fase-terra .
"t Cabo s da instalação no nível de l 3.8kV: 0,0
icas nominais e opera sem
O g~rador síncrono cs15 com suas caracterlst
carga.
uito 3+ na barr a A.
a) Calc1tlar a corrente para um c1trlo-circ
l
10 .:J • = - -= 6,25pu
0,16
62
Capítulo 1

Ss- _ IOOM
4l83,6 A
.fiv°* -Jj · 13,Sk
Ico• =!>,25 x 4 l 83.6 =26,l 5kA
Curtos-circuitos 3' têm correntes elevad as, porém a ocorrência
desse tipo
de defeito é rara.
b) Calcul ar a corren te para um co_rto-circuito I+-ter ra
na barra A.
considerando aterra mento sóUdo no gerado r síncrono.

3
Lei+ =0,16 +0,16 = 7.143pu
e; - =a +0,10

lccit-iem =29,9kA
A corrente de curto-c ircuito 1+-terra é e levada. porque o neutro
do gerado r
sincrono está solidamente aterrado e sua reatãnc ia interna é muito
baixa.
e) Calcul ar a resistência Rr.i que se den conect ar no neutro
, na ligação \' do
gerado r síncrono, de modo que tenha o mesmo efeito
da reatân cia
capacitiva ü terra da instalação.
A tabela 1.2 1.2 apresenta as capacitâncias fase à terra
dos elemen tos da
instala ção do gerado r s íncrono.

Capactlâ:ncins
Compo acmes
µF/fase -temi
Gerador síncrono 0.30
Tmnsform:1dor 0.08
Transfo rmador
auxiliM 0,009

TP 0,001
Pára-raios 0.20
Cabos O.O I
Total 0,60
Tabela 1.21.l Capncllàncin.s Naturnis dos Componentes dll lnst.alação
63
Proteçã o de Geradores Síncronos

A reatància capacitiva loll!I é


1
Xco = - - = = - - - - - 4420,9 7_Q_
ro · C0 2nfC0 27t x 60 x 0,6µ fase

Considerando 6.5.9, lem-se


3RN= Xco

R = X 00 = 4420,9 7
N 3 3

1 R ,.. =1473,6 560 1


instala çio para
d) Para o caso do item e, CJllcoJar as corren tes que fluem da
um defeito l cl>-terra na barna A.
Transformando R Ne X co cm pu, 1em-se

z = v;_ = (n,sk) 1,90440


ii-: S&.... 100M

4420 97
X • = 2321 •45p u
= 19044
co ,
R = 1473,656
N 1,9044

R N == 773,82 pu
s que os
Note-se que os valore s anteriores. em pu. são muitas vezes maiore
mentos . Desse modo, os valores caracte rislicos
valores caracteristicos dos equipa
sid!.--rados. Portan to, para e
ess. tipo de cuno-c ircuito
dos equipamentos são descon
seqüên cia são conect ados em série, mas o único que
l lj>-terra, os J modelos de
me apresen tado na
limita a corrente de curto-c ircuito é o d3 seqüência zero, confor
tigum 1.21.9.
As correntes de seqüên cia são

· lL Oº
l = 4 30,76µ pu = 1,8A
1(1) 2321,45
64
Cap itul o 1

Íco ia
- jXc o
2321,45pu
ico
T -j2321,45pu
i,1 =i,2 = Í , 0

Figura 12 1.9 - Circuito de


Seqüência para o Cur to-d rcu ito 14>-terra
.
fco = .u~ . 0,76 µp u =
- j 23 21,45
= j43 l,8 L9 0 ºA

t o= ial = ja.i =fRO + ico


• •
110 = I. 1 = f,. 2 = l,8 + Jl.8
.
=2,5455L 45 oA
A cor ren te que sob e no ate
rra me nto do ger ado r sín cro no
é
j 1<m1 do Gerador =3lRo =J X 1,8 = 5.4A
A cor ren te qu e sob e
no ate rra me nto das cap
ins tala ção à terra é acit.âncias nat ura ís da
• .
llc:tn d•• c-.poc1Uinc1as = 31c u
n =3 X l.8 L 90 = 5,4 L9 0 oA
A corrente que sai da fas
e "a" par a a terra é a pró
circ uit o Jcl>-tcrrn_ isto é pri a cor ren te de cun o-

i Cl l H <tUI =J i.11= 3 X 2,5455L4511 = 7.636L 45°


A
A figu ra 1.21.l O apr ese nta
a d istn õui ção das cor ren tes
dur ant e a falt a.
A s correntes nas Cases
cap aci tivas são ca lcu lad
ex pre ssõ es 1.2 1.6 e 1.21.7 ns com aux ílio das
; isto é
.
. r,ern 1las ""P""it.lnall>L -3 0
o
5.4 L9 0° X lL - 30°
1.. = J3 = -J3
ilC' = 3.1 17L 60 °A
Proteção de Geradores Slncroaos
65

,_
5,4A
a
TO
c:J Rs =0,445iU O 7,636L4S1 A
3 10,SA 0.6µF~
! 5,4L90° A -

Figura 1.21 .10 - Corrcnlesn a Instalação paro o Defeito 14)-tcrra na Bnrra A

5,4L 90° x l L30°


J3
i.b = 3,l l 7L120°A
e) Dimensio nar o transform ador monofásico de distribuição que deverá er
usado como um transform ador de aterrame nto (figura 1.21.1 l ), de modo
que uma reslstêncfa colocada no seu secundár io tenha o mesmo efeito da
resistência de terra do item e. O transform ador de di.'itribuição deverá
suportar , sem problemas, o defeito l <j>-tcrra por um 1empo de 10min.

Figurn 1.2 1.1 1 - Transformador de Atcrmrnento


Confonne explicado anterionn cnle, na conc;1deraçào da figuro 1.21.3. a
tensão no prim<írio do transfommdor de aterramento pode ter o mesmo valor da
tensão de fase do gerador síncrono; mas. para considerar todos os tipos de defeitos,
Capítulo 1
66

utiliza-se a tensão de linha do gerador sincrouo, isto é, l 3,8kV. Portanto. a relação


de lran:sfonn ação adotada deve ser de 13,8kV/24 0V.
Durante o curto-circuito 1~-terra, a potência aparente no resistor de
:>1crramemo é a sua própria potência ativa. que vale
s,. ,.,.) Clrmnto = RNl ~ dn c......i.i.
2
Scurto-am11io = 1473,656 x5,4 = 42,97 lkVA
O valor nominal da potência do transform ador de clislribuiç ão vai depender
do tempo da sobrecarga de 1Omin, considerada nesse exemplo. Portanto, pela
tabela L.2 1. 1, o fator de sobrecarga é de 1,6 . Assim,
s _ s~'° _ 42,97
No1111ul - 2,6 - i,6

1 SNomin•t =16,53 kVA


Deve-se escollier o transfonnador de aterramento próximo dessa potência
nominal
l) Dimensio nar a resistência a ser colocada no secundár io do transform ador
de atcrr amento de modo que tenha o mesmo efeito da resistência de ter ra
do item e.
Neste caso, basta transferir a resistência do primário para o secundári o, isto
é

=(
2
240
R ) 1473•656
s 13800

ll Rs= 0,4457!2 11
Verifica-s e que o pequeno valor da resistência no secundári o produz o
mesmo efeito da a lta resistência colocada no primário, o que é wna elas van tagens
dessa prática.
I~
g) C aJcular o \•ailor da tensão na resistênc ia do secundár io, para o defeito
terra na barr.a A.
Este valor é
67
nos
Pro teção de Gemdores Sín cro

Ys =Rs1s
=13800 1 = 13800 xS 4
1
24 0 '
'S 24 0 tara do G<uOOr

l s =310,5A

Vs = 0,4 457 x 3 l 0,5

1 Vs =138,39Volts l (

l~terra em qualquer
ponto da ins tala ção na
Portanto, para um def eito isto r terà sem pre o me sm o
r sín cro no. a ten são no sec undário do res
saida do ger ado o (59) com um aJUSle (
ta ent ão utiliza r uma proteção de sobretensã
"aJ or. Ass im. bas Como esse def eito ocorre
Po r exe mp lo, ajuste de 60 Vo lts. (
ioferio r a este val or. iza r o relé de sob rete nsã o
to-circuito, pode-se tem por
com pequena corrente de cur (
59.
tãocias nat ura is da (
lcu Jar a cor ren te de fuga ao solo, pelas capaci
b) Cu em reg ime per ma neor.e.
instala ção do ger ado r sín cro no ope ran do (

lfu = l3, 8k = 48 ~ (
"" Jj x 442 0 ,77 fase
operaç ão normal do
a, pelas capacitiincias . na (
As corren tes naturais de fug
sis tema. são: . o
i 0 = 1,8 L- 30° A lc= l,8 L- 150 A
i \ =l,8L 90° A (
tes de fuga e a
ra l .2 1.12 mo stra o dja gra ma fasorial das 3 corren l
A figu
rentes nns cap aci t:incias.
figura 1.2 l.l 3 mo stra as cor
jA l

Fasorial
Fig uro 1.21.1 2 - Dia gra ma
68
Capirulo 1

Figura L2l .13- Cor rent eS nas Cap


acitâncias
A corrente de seqüência zero , na
capacitância.. é

ico = l,8L 90° A


As correntes de seq üên cia nas
cap acit ânc ias estã o apre sent ada
l.21.14. s na figu ra

e b a

Figura 1.2 1. 14 - Correntes de Seq


lienc ia na~ Capacilâncias
As correnres verdndeiras (5] são
obti das por

( 1 2 1.10)
Por tanto. pela s fig uras 1.2 1. 12
e 1.2 1. 13, pod e-se faze r
• . .
1At verduddrol = lc11- 1., + = l.8L 90 o li
- 1.8L 90 =O
. • .
l nirn·dlldc•fllt= lc.0 - 10 + = 1,8L90 o -l,8L - 30 ti = 3.11 o
7L120 A
• . .
Ic1 , ..c1>t1eira i = lco - Ic-+ =l.8L90o - l,8L - 150 li =3.1 17 o
L60 A
Proteção de Geradores Si11crnI1os 69

As correntes nas capacitâncias estão apresentadas na figura 1.2 1.1O.

Exercício proposto 1.ll.l : Um sistema elétrico é representado pelo d iagrama


unifilar da figura 1.21.LS.

Figuro l .l l .15 - Dlllgrama Unililar


Gerador síncrono: 160MVA, 18kV, 60Hz. )(,i = X2 = 0.21pu. ~ = O, IOpu,
0,24 µF/ fase-terra ;
Transforma dor principal: 160MVA. 18/345kV, X r = O, l 5pu. 0 ,03µF/fase-te rra
no lado ll e 0,0 l 2 µF/fase entre ATe BT;
Tran formador auxil.iar: l 5MV A, l 8kV/2 40V, 0.004µF/ fase·terra no lado
de AT ;
TP: 0 ,0005µF/ fase-terra:
Pára-raios: 0,25µ F/ fase-terra;
C abos: da instalação no nível de l8kV: 0,00.tµFlfase-terra;
Sistema elétrico cquh•aJentc: IOOMV A. 345kV. X 1 = X~= 4%. Xt1 = 12°0:
Trans formador d e distribuiç:io: 18kV/240V.

a) Calcular a corrente de cuno-circuito J~ na Barra A.


Resposta: 48.6kA
b) Calcular a corrente no gerador sincrono, para um cuno-circ ui to 3$ na Barra
A.
Re~ posta: 24.67kA
e) Calcular a r.:sistência elétrica a ser conectada no secundário do
transfonnado r de distribuição. de modo que a resistência equivalente no
70 Capítulo l

aterramento do gerador sín crono tenha o mesmo valor da reatãncia


capacitiva da instalação.
Resposta: 0,2974Q
d) Pa~ um ~urto-ciTri.;iín J $-t"rrn na brrn A , cr;ku]!!!r a r.imt:ntc e létrica q;~
sobe no aterr.imenlo do gerador síncrono.
=
Resposta: 6,21A

e) Para um cuno-circuito 14>-terra na barra A. calcular a corrente elétrica que


sobe na capaátãncia da fase "sã"".
Resposta: 3.585A

t) Para um curto-circuito t+.terra na barra A. calcular a tensão elétrica na


resistência secundária.
Resposta: 138.51 V
g) Dimensionar o transfonnador de distribuição', de modo a suponar o curto-
circuito t+.terra na barra A. por 5min.
Resposta: 21.5kVA
h) Calcular a corrente de fuga ao solo, pelas capacitâncias naturais da
instalação do gerador síncrono, operando em regime permanente.
Resposta: 2.07 A
1) Qual o valor da tensão na fase "'s.1''. em relação à terra. para um curto-
circuito 1$-terra na barra A .
Resposta: 18kV

j) Qunl a corren1e de cuno-<:trcuilo lcj>-terra na barra B.


Resposta: 2879,89A

k) Para o cuno-drcuito !+.terra na barra B, utilizando a capacitãncia de


acoplamcmo entre as fases A T e BT do transformador principal.
dc1cnninar a tensão clétnca no relé 59. isto é. a tensão sobre a resistência
Rs.
Resposta: 11 ,54 V

Observação: Nesse tipo de s istema. aterrado com alta resistência. o defeito lcp-terra
no lado de AT do transformador principaJ foi detectado pela proteção 59 (função
64S}, conectada em paralelo com a resistência Rs. Portanto. o ajuste de tensão da
71
Proreção de Geradores Síncronos
l tj>-terra na barr a de
a tens ão obti da para o defe ito
pro teçã o 59 deve ser mai or que na barra de baix a
ão obtida para o defeito l tj>-terra
alta tens ão e men or que a tens 59, dev e ser
figu ra 1.2 1.15, o ajus te da prot eção
tensão. No caso do esqu ema da

ll,54V < V,..1uncc1os9 < 138,51V


(
V Aj115Le do S9 = 60V
(
ência no En rolamento 6. do
1.22 Sistema Aterrado com Resist
Transformador de Aterramento (
urna
isoladas ou são aterradas com
Nas máquinas slnc rona s que operam terra não prov oca m curt o-ci rcui to (
mon ofás icos à
imp edâ ncia elevada, os defe itos proteçõ es de l
to baix as, prej udic and o a sensibilidade das
ou as corr entes são mui é apresentado na
protcçãí> adeq uad o parn este caso (
sob reco rren te. Um esquem a de
figura 1.22.1. l
Tra nsfo rma dor

61----....l'--f:----<] lt------1
(

G
T /\-- TPs
ô 'fi
'
~ do
Sinc rono Isola
Figl1ra 1.22 .1 - Proteção de Ger ador
a é apre sent ado na figura 1.22.2.
O diagrama trifi lar des te esq uem
ado s. qac
o em gera dore s sínc rono s isol
Ess e esquema é mai s utilizad tipo de liga ção
a um tran sfor mad or elev ado r. Esse
ope ram em para lelo, con ecta dos ram ento liga do em
atrn vés do tran sfom mdo r de ater
apre senta uma conexã o à terr a stênc ia Rs. Pon anto.
!.\ estã o conectados a uma resi
Y -Ll . ond e os enrolamento s do trad o na figura
elo de seqü ência zero , é o mos
o efei to dest a resistên cia. no mod
1.22.3.
72
Capítulo 1

ligad o em ô
ooem Y não
aterrado

- - - 59 >-- --

Funç ão 64
1.22.2 - Proteção de Tensão de Seqoênc1a figur a
Zero no Gera dor Síncrono Isolado

Figura 1.22.3 Transformador de ALerrnme


nlo com Resis têncLa dcn110 do l'l e o seu
Modelo de Seqüência Zero
Nesse esquema de ligação, com 3 TPs
conecllldos em Y - ó aberto. podc-
se 'erif icar, por exemplo, que se o defo
iro !~terra ocorre na fase " a". o diag
fasorial das teru;ões é o mos trado na fi gura rama
L22 .4 .

..5" v. =terra
Figura 122. 4 Diagrama Faso nal das Tensões Submetida
s a~1s TPs
Proteção de Geradores Siocronos 73

As tensões nas bobinas p rimárias dos TPs são :


v• = 0
vb=vba
- -v =V C C1

Portanto, supondo que as tensões já estão referidas ao secundário dos TPs,


tem-se
v rc1rn =3v.0 =v. + v"+ v. = v"" + vª
Pe lo diagrama fasorial da figura 1.22.4, obtém-se
. r:; o
V"''tS9 = 2v3VUl cos30

V reicS9 = 3VUl
Para as redes secundarias 3cj> de 220V ou 120V, usualmente utilizad as na
su bestações, a relação do TP pode ser de:
~ Sis tcma 3cjl de 220V: relação de VLNll 27V:
~ Sistema 341 de 120V: relação de VLN/69,3V.
O valor da resistência Rs deve ser dímensionado para se ler a mesma
reatãncia capacitiva da instalação elétrica, mas como é difícil e imprecisa a
obtenção desses valores, pode-se fazer a adoção da ta bela 1.22.1. cujos valores
foram r..:sultados de ex periência prática.

Rcs1s1êncin Rs
rensão nomJnal 1 1
Relação de
du ).istcma trnnsformação

[] Po1ênc1a em Rs para
o defdto lf-.terra no
sistema

2,4kV 2400/ 120 250n L75 W


1 1
~. 1 6kV 42001120 1250 350W
1 1
7.!kV 7200/ 120 850 S IOW
1 1
13,8kV
1
13800/ 120 ssn 5 10W
1
Tabela 1.22. 1 - Valores Tlp icos de R~
r
1
Caphul o 1 1
74

do exemplo l.21.l ,
Exemp lo 1.22.1: A instalação do gerado r slncrono é a mesma
cia secundária
mas o atcrramento é feilo por um transformador Y - ~ com resístéo
tituido por 3 unidades
Rs dentro do A. O transformador de atcrram ento é cons
munofãsicas. com relação ~e transformação de 13.8kV / 120V.
do A; isto é. no
;i ,..:licula1- o valor da rbistê ncia Rs a ser coloca do dentro
efeito no primár io
secund ário do transf ormad or d e aterram enro, para que seu
do gerado r sfncro no.
seja equiva lente à reatin cia capaci tiva da instala çJo

Considerando que X co = 4420.9 7 ~;


fase
e, pelo modelo de seqüência zero

da figura 1.22.3, tem-se que


Rs(no primino)
3
R S(oo pinW-io)=3X 4420.97 = 13262,9 1o
R S(no prim~noJ = 13262,9 JO

Transferindo a resistência R S(oo prlmiínoi para o secund ário. na unidade

monoi ãsica. lelll-se


1 2

R 5 =(-VN.S) = - 120- ) 13262.91


(
R S(oo pám.inoJ
VNP 13800

Rs = 1,0020
te elétric a que obe
b) Paca um defeito l ~terra na barra A. calcul ar a corren
no aterra mento do tra n ~"formador de aterram ento.
no exemplo
Todas as correntes, para esse tipo de defeito, foram calcula das
transfo rmador é a mesma
1.21.1 . Pon.anto. a corrente que sobe no aterramento do
o do exemp lo 6.5. 1. isto é
que sobe pelo aterramcnto do gerado r sJncroo
j tem .s.1 Tl"IDSfonmdot =3j RO =3X1.8 =5,4A
lransfo rmado r de
e) Calcu lar a corren te elétrica que passa no secund ário do
aterra mento.
corrente de
Note que, no transformado r de atemun ento, só passa a
fase. no primár io, as corrent es são iguais a
seqüência zero e, portanto, em cada
75
Proteção de Gerad ores S íncronos

dárias são todas iguais e são


iRo =l,8A Cons eqüentemente, as corre ntes secun
dada s por
j = 1380 0 X18
so i:w •
(

resistênc ia R,s, dun mte a ocor rê ncia


d ) C alcula r a tensã o elétr ica Imposta na
do defei to l cj>-ten a na b arra A.
Ys =3V 0
= R 5 i 50 = l,002 x20 7
(
V5 = 207,41V (
está fazendo a função 64. em
Portanto, deve -se ajust ar a prote ção 59, que
Gera lmen te, aj usta-se o a prote ção 59
um valor bem abaix o do valor calculado. l
, o ajuste é
para o valor de 113 da tensã o calculada. Assim
(
V . = V = 207,41 = 69•14V
AJUSltd.! W )
3
do tran sform ad or de aterr ame nto, d e
e) Dime nsion ar as unid ades m onofá.~icas
o Jcj>-te rra por um temp o de Srniu . (
mod o a supo rtar, sem prob lema s, o d efeit
des munofásicas deve m suprir
Durante o curto-circuito l lj>-terra, as 3 unida
.
a potência dissi pada na resistência R5• Assim {

3S"""I) = R 51; 0
(
S
urcuun
= l.002 xJ 2072 = 14,3 l2kVA
cuno
l
Assim, l
Pela tabel a l .2 1.1 , o fa tor de sobrecarga é 3.
s =s . wt.......clrcuuo = 14,3312
~~~ 3

SNu muul =4.77 kVA


o próximo dessa potência
Deve-se escollier o lransformador mono fásic
nominal.
76
Capitul o 1

f) Fazer o d iagrama trifilar, contendo todas as corren tes


do defeito l ~erra na
barra A.
O diagrama trifilar está mostrado na figura 1.22.4.
- --- -b
e
l,8A 1,8A
i.. - 3,117

7,636L4s• A

l07A

Função6 4

Figura J.22.4 - Diagrama Trifilar

1.23 TP Único

Para alarme ou proteção de um sistema 1Soludo pode-se utilizar um


simph:s
TP. como indicado na figura 1.23.l.
e ~~~~~~~~~
~~~~

Figura 1.23. 1 Simples rr


Proteção de Geradores Síncronos 77

Em regime de operação normal a tensão no secundário do TP é igual à


1 tensão de fase, isto é

-~ ~-~--
Pn:rn u111 defoilo l~-I~rra. 110 :.istem~. pode oev,ãCr a seb~int."' s::-..a~;:-
a) Oefeiro na fase "a"

Nesse caso a tensão da fase vai a zero. Portanto. a tensão no relé é

vrdt =o
b) Defeito na fase "b" ou "e"

Supondo defeito lljl-tcrra na fase "b", esta tensão cai a zero e o dragrama
fasorial de tensões é o mostrado na ligura 1.23.2.

v.

Figura 1.23.2 - Diagrama Fasorial de Tensões


Portanto. a tensão na proteção é

V"'" =V 1 _ 1ttD = V,b = .J3Vu. (l.23.11

Esse \'alor é o mesmo se o defeito for na fase "e...


Portanto, nesse esquema deve-se utilizar uma proteção dl! sobretensão e
subtcnsàu (59/ 27) com os seguintes ajustes:

Vrr.Jc l? ~ (50 - 70)%VLN


78 Capitulo 1

O inconveniente da adoção desse esquema, na proteção de sistema isolado,


é a possibi lidade de ocorrência de fe rro-ressonância, quando a reat:ância capacitiva
(Xd do sistema isolado for igual ou próxima da reatância de excitação C°X<r) do
TP. A equação que e,x_pressa o efeito de ferro-ressonância r•::\ tensão aplicada no TP
é
V - ..J3-vt1
rc1t - X (l.13.2)
3--C'
X.r
Apenas como análise, supor a ocorrência dos seguintes casos:
a) Siruaçào extrema. em que Xc = 3XeT; teoricamente a tensão no relé vai
para o infinito. mas na realidade a saturnçào do TP luruta este valor.
b) Se Xc = 2,5X.,T , tem-se

V .= .J3V =6V
rele 3-25 .
LL
L:

A ferro-ressonância causa os seguintes efeitos:


® Saturnçào do TP;
® Distorção da onda de tensão;
® Inversão do neutro. fazendo a rensão no relé subir acentuadamente.
Para evitar a ferro-resso nância, tão comum no sistema isolado, deve-se
instalar uma resistência Rs no secundário do TP. a qual deve ter valor elevado,
para neutralizar o surgunento de ferro-ressonância entre o sistema e o TP. A figura
L23.3 apresenta a instalação do TP com a resistêucia Rs no secundário.
e

p "·Í <?::
Figura 1.23.3 - T P com a Resistênci a Rs
r
79
Proteção de Geradores Síncronos
1

1.24 A terrameoto Ressonante

ll O aterramento é ressona nte quando o reator instalado no neutro do gerador


s lncrono tem uma reatância que entra em ressonância com à reatânci
i::sbl~ . Nesse case, ..:Xamin ando a !:~!.!!'<! 1.~Sl }, ·1e!°!5L11 -~e ~·
a Cap acitiva da
::: o trecho do
ia zero. apresen ta. uma resultan te de impedân cia infinita.
modelo de seqüênc
zero é
A impedâ ncia equival ente do paralelo . do trecho de seqOência
síncron o está verdade irament e isolado da terra.
infin ita e, portant o, o gerador
n" ou
O reator. nessa situação , também é conheci do por " Bobina de Peterso (
izador de Defeito l +-terra' ', porque a corrent e de
o sistema é dito "Sistema Neutral (
defeito à terra em qualque r local da instalaç ão, é zero.
dano no (
Na prática essa corrente de defeito é muito pequena e não produz
por ventura venham a
gerador , inclusiv e nào consegu e sustenta r arcos elétrico s que
podem ser ajustad os até
r
aparece r. O reator tem tops, que durante o defeito à terra
(
que a corrente seja zero.
utilizar
O reator é o mesmo do apresentado na figura 1.16.4. mas pode-se
valor, com o empreg o da instalaç ão via secundá rio de um
um realor de menor l
transfo rmador de d istnõuição, como mostra a figura 1.24. 1.

l
l

_. _W Reator
,.-- - ·~

f igura l.24 1 - Rc~tor no Se:cw1dá n o dn Transformador de Distrihuiçào


de
Quando o esquema de ateaam ento ressona nte é utilizad o no s istema
em se estabele cer à ressonà ncia. ls10 é devido à
distribuição hã a dificuld ade
deste sistema , de variar sua configu ração pelas manobr as de
característica própria
80
Capitulo 1

chaves. ocasionando sempre correntes nos defeitos à terra


Essa pequena corren te
pode ser detectada por uma proteção de sobrec orrente que
aciona um alanne . Se o
alarme persistir, por exemp lo, por 15 a 25s, proced
e-se o chaveament o, curto-
circuitando o reator parcialmente ou totalmente. Assim.
a corrente de defeito torna-
• se alta, ;:rov<>Cfil:do a atuaçã o da proteção especifica para
esta situacão.

1.25 Sistema Aterrado com Baixa Imp edância

Nesse tipo de classe de aterramento, com baixa impedância.


no defeito 1$-
terra a corrente de curto-<:rrcruto é da o rdem de 50 a 600A.
Nessa faixa de corren te
é possível reconhecer, mas não com precis ão, o local da
ocorrência do defeito. O
reconhecimento do local ou zona do defeito é impor
tante para caracterizar a
seletividade da proteção.
Seletiv idade é a propriedade que os dispositivos da proteç
ão têm de isolar
somente a área com defeito, de modo a deixar o menor
número posslvel de
consumirores sem energia. Portan to, esta detenn inada
área ou zona, do sistema
elétrico. deve ser selecionada para a atuação de uma função
de proteção especifica.
Se, para um defeito numa zona selecionada, o utra proteç
ão atua, diz-se que houve
perda da seletividade. Gemlm ente a perda da seletividade
ocorre devido a:
® Ajuste errado da proteção:
® Defeito no relé:
® Deferto no disjun tor;
® Aruaçào do religador de distribuição; que em sua operação norma
l.
para defeito no rnmal após o elo fusi\le l ou scccio
nalizador, produ z
perda momentânea da seletiv idade.
Nos tipos de sistemas aterrad os com baixa imped ância
tem-se correnh.!~
diferentes de curto-c ircuito , sendo , assim. possível, mesm
o sem muita precisão.
delinear os trechos com defeito s e assim selecio nar as
70nas para a atuação da
pro1cção, de modo instantâneo ou temporizado .
Nesse nh·el de corrente de curto-circui to pode-s e usar os
scguinies tipos de
aterramento:

a) Reato r ou resisto r con ectudo no neutr o do ger a


dor incron o.
A figura J.25.1 mostra um reator conec tado no neutro da
estrela do gerado r
sincro no.
Proteção de Gerad ores Síncro nos
81

Figura 1.25. 1 - Reator de Aterra mento n o Gerad


or Síncrono
b) Reato r ou resistor conectado DO neutr o do trans form ador de aterr amen to
Y-6 .

A fig ura 1.25.2 mostra um resistor conec tado


no neuu o da estrela do
transf orma dor de aterra mento .

50/SlGS

50/51GS

Figura 1.25.2 - Resistor no Ne utro do Trans fomla


dDr de Aterra mento Y A
c) Reat or ou rcsist or conec tado DO neutr o do tran form ador de aternLmeot o
zig-z ag.

A figura 1.25.3 mostra um res1stor conec tado


no neutro da estre la do
traosformador de aterra mento cm zig.-zag.
82
Capitu lo 1
l

50151GS

g
Figura 1.253 - Resis1o r no Neutro do Transformador Zig-Za
a proteção de
Essa. proteção de sobrecorrente, pode ser aplicada para
as elétricos em que estejam
geradores síncro nos. bem como para trechos de sistem
os mostra dos nas figuras
instalados transfo nnadores de aterra.meatos . como
anteriores.
complementar a
Essa proteção de sobrecorrente pode ser uma proteção
instala da no referido setor,
outras proteções. Por exemp lo, a proteçilo de linha
em 0,5s). Se a proteç ão de linha
poderá ser insr.nntânea ou temporizado (geralmente ão do
5 1GS ( Gro1111d Senso r) da proteç
falhar, então após 0.8s atua o relé
transformador do atcrramento.
Exem plo J .15. t : Dado o diagrama uni fiJar da figura 1.25.4.
B
••.•----.. A T
:' Sistema~:
i Elétrico '. >--t-- 1
~. Equivalent~\
·.•_____.---· A~
600MV A Ll
de Curto- JOMVA XR
circuito 138113 ,BkV
X=10%

Figura 1.15.4 - D iagram a Unilila r


J

83
Prmcção de Geradores Sincronos

em pu, na base do trans form ador ?


a) Qual a reatâ ncia equivalente do sistem~
600M
scunut 1 =- - = 20pu
"" 30M
l 1
Xs = = 20 = 0,05pu
· sª"""P"'
Hirc uito 3f na barr a A '!
b) Qual o valor , em pu, da correTite de curt<
l
JCCl+A = - - =20pU (
o.os (
c) Qua l a corre nte de curt<>-t:ircuito 34> na
barr a B? (

}<'C:JiO = O,OS}+QJ 6,666pU r

30M 1255 ,lA t


l -
hate - .J3 X J3,8k
(

lcrns = 6,66 6x 1255,l = 8367 ,3A


(
d) Qual a corre nte de curto-cir cuito l ..
terra na barr a B, cons idera ndo QU<.• o
ado?
Y do trans form ador está solid amen te aterr
ência estão cone ctados em
Para esse cuno -c1rcui10 os mode los de seqü
série. como mostra a figura L.25.S .
IL 90° = j(0,0 5+0 ,1+ 0,05 +O.l + O.J)i. 1

IL 90° = j0.4i 11 (

i, =3 x 2,5 =7,5pu =94 l 3,2A


ame nto da conexão Y. para que o
e) Calc ular o reato r a ser cone ctado no aterr
JOOA.
curto-<ircuito Jqrte rra, na barr a B. sej a de
reator inser ido na seqüência
O circuito é o mesmo da figuru 1..25.S. com o
zero, como mostra a figura 1.15. 6.
84
Capítulo 1

jo,10 r,.,
SeqOência Positiva

j0,05 j0,10 i,1


Seqüência Negativa

ªo bo
jXTo j0.1 0 t..o
SeqOéncia Zero

Fif:,'1JTB 1.25.5 - Mode los de Sequencia cm Série

a,
j0.10 i aJ = ~
Seqüência Positiva 3

j 0.05
Seqüê ncia Negativa

JXTO
SeQüência Zero

Figura 1.25.6 - Seqiiência zero com o Reato


r
Pro1eção de Geradores Siocronos
85

Í 1
=3i11 = 300A
. . 100
11 1 = IOOA .. 111 = - - pu
r.,_
IL90° = j(0,4 +3X) ;oo
~

2
X = 4 05 u = 4 05 (l3,Sk ) 25,7 m
' p ' 30M
f) Subst ituir o reator do item "e" por um resisto
r para que a corren te de
curto- circujto l~terra, na barra B, seja de JOOA.
O circui to é o mesm o da figura 1.25.6 , com a substituição
do reator pelo
resistor. A corrente elétrica que passa por R tem um defasa
:mento descoabecído e
pode ser representada por

i, 1 = i,.2 =i.0 = IOOL a [AJ


. . . JOOLa
111 = f 12 = 110 = pu =0,07967 L a pu
1255,1
lL90° = U0,4 + JR )0,07967 Lo.

3 R + º04 = IL 90º
J ' 0,079 67 L o.
JR + j0,4 = 12,55 17 L (90° - a)
(3R ):: +{0,4 ) i = (12,55 17f
R = 4,1 8 lpu = 26,540
Observação: Como o valor do rcsistor R, no neutro
. é muito superi or ao da
impedância interna do gerador síncrono, pode-s e obter,
aproximadamente o seu
vnlor pelo emprego da expressão

R= Yu 13.8k
26550
..J3 X l tunn J3x3 00
Pam o cálcul o exato deve-se usar compo nentes de seqOén
c1a ou considerar
a queda de tensão na bobina do gerado r síncrono.
Capitulo 1
86

1.26 Sistema Aterrado

Conforme definido no item 1.1 7 e na tabela l.l 7. 1, as impedânc ias de


seqüência do sistema aterrado devem salisfazer as relações
'(-, - R
-un e ~~ l
x, x,
Nesses casos o neutro está ligado diretamente à terra ou aterrado por meio
de uma impedânc ia de valor reduzido. Nesse tipo de sistema, as correntes de cuno-
circuito 14!-terra, dependendo do local de defeito, podem ser elevadas e inclusive
superiore s as correntes de curto-circuito triJãsica. O nlvel de curto-<:irc uito pode
variar, dependendo do local do defeito, cuja corrente de defeito depende:
+ Da configuração do sistema elétrico projetado ;
+ Dos parâmetros dos equipamentos e componen tes da instalação ;
? Do local do defeito:
? Da resistência de contato no local do defeito.
Esse sis tema alen-ado é utilizado no sistema. de transmiss ão.
sub transmissão e d istribuiçã o.

1.27 Proteção de Máquina Sincrona com Aterramento Sólido

Para os defeitos ã carcaça, alêm da proteção diforenciaJ 87. pode também


ser utilizado o esquema de proteção da figura l .27 .1.

Figura 1.27. 1 - Proteção Função 64


r 87
Proreção de Geradores Síncronos

Síncrona com
1.28 Proteção Diferencial da Máq uina
Aterramento por uma Impedância
ional começa a ser
Nesse caso, como a proteção diferencial tradic
~rote ç"n e_.~ da!, r 0c..':,eciita corno
;:rÇ:1dica!ia, pode-se utiE::~:.t· uma •1!1.riante ~ l.
a. mostr ada oa figura l.28.
proteção à terra restringjdn ou terra restrit

Q •

...o
-g
]
"'
~ 1o
1
1
(

\.

~
(

(
l
(

(.)
z
~ .
·"-J

ngida
Figura 1.28.1 - Proteção Diferencio! de Terra Restri
88
Capitulo 1

1.29 Proteção de M áqu ina Sínc rona pela 3ª Har


môni.ca
Com a utilização da 3ª harmônica é possível a
proteção de 100% dos
enrolamentos do ~stato r de um gerador síncrono. Verif
ica-se que quando a máqu ina
sincTc~.o opera l'emp re há a produção, ao longo do enrol
amen t<> da hobina cio
c~tator, de icabàc ~lémca ua freqüência de 180
Hertz. isfu e. de 3í bannôni~ e de
outra s componentes de menor importância. Salie
nta-se , ainda, que as comp onentes
de seqüê ncia zero e as h armônicas impares múlti
plas de 3 estão todas em fase.
Porta nto, essa carac ter!st icaju stific a a freqüente
ulilização de transfonnadoT ll - Y
como elemento de acoplamento com o sistem
a elétrico, porque as hannõ oicas
naturalmente geradas pelo gerad or síncrono ficam
confinadas no circui to primário
do trans foana dor e não são injetadas no sistem
a elétri co.
A seguir, analis a-se o comportamento do
t sicuaç-Oes de operação:
gerad or síncrono em três
1
l a) ~rador Síncrono em operação nor mal
• A operação norm al do gerador síncrono comp
reende desde a operação a
vazio até a plena carga. A produção de tensão de 1
3 harmónica (V3 u) em relação a
terra, ao longo de enrolamento do estato r, é Ilustr
ada na figura 1.29. l.

Plena Carga

t
l ; Sem Carga
i

po/o espir as

Bobina do
estato r Term inal da Bobin a da
Armadura
Figura 1.29_J - Produção de Tensão de 3 1 harmô nica
na Operação Norm al
Onde :
V3 H ~ é a tensão da J! harn1ônica ao longo do enrolamen
to da bobina do estato r
em relação à terra.
Ao longo do enrol amento do estato r nota-se as
seguintes situações:
Proteção de Geradores Síncronos
89

../ Tensões de 3' harmôni ca positiva nos terminais do gerador síncrono;


../ Diminuição da tensão de 3! harmônica até o valor zero, com inversão
do sinal na direção do neutro do enrolam ento;
./ No oeutro há invf'; .,ão da tensão de 31 harmônica.
Desde & operação a va.::io até a plena carga, aseensões de 31 barmõní ca
mantém o mesmo comportamento; apenas ocorre um aumento no seu valor.

b) Gerado r síncrono com defeito à terra no neutro


A figura J.29.2 mostra o perfil dn tensão da 31 harmônica ao longo do
enrolam ento do estator, para um defeito monofiisíco à terra no neutro do
gerador
slncrooo.

Plena Carga
'v
! Sem Carga
l
100% p% espiras
..
Bobina do '1
Terminal da Bobina da
estator
Armadur a
Figura 1.29.2- Perfil da Tensão da J 1 Hannõnica para Defeito no Neutro do
Gerador
Síncrono
Como o defeito à terra ocorreu no neutro, a tensão oeste ponto é idêntica à
da terra, ou seja, tem o valor zero; e a componente Vrn, ao longo do enrolam
ento.
cresce em direção ao terminal do gerador síncrono.

e) Gera dor síncrono com defeito a terra no termina l

A figura 129.3 mostra o perfil da tensão da 3ª harmônica (V , ) ao longo


11
do enrolam ento do estator, para um defeito monofásico à terra no terminal
do
gerador síncrono.
Como o defeito à te.rra foi no tenninal do gerador síncrono, a tensão V ,
311
neste ponto, é a mesma dn terra e em direção ao neutro, decrescendo, com
o valor
máximo negativo no neutro.
Capítulo 1
90

Bobin a do
estato r \ ;
4

p% espira s

Sem Carga
Termi nal da Bobin a da
\
Plena Carga Arma dura

o no Terminal do
Figura 1.29.3 - Perfil da Tensão da 3 Hannõnjca. para Defeit
1

Gerador Slncrono
1 n1ca, no neutro e no
Ponan lo, com a utilização da mediç ão da 3 bannô
ão contra defeit os monofãsicos a
terminal, é possível desen vo lver técnicas de proteç
Com o empre go desta técnica.
terra em 100% do enrola mento do gerador síncrono.
desen volveram-se vários esque mas de proteção.
plo. a subrensão de J!!
Um desses esque mas é o que utiliza, por exem
1.29.4 .
harmô nica no neutro. confo rme ilustrado na figura
Tr.msformador
Gerador Sinm>no

l-----

Figura L29.4 - Subtensão da 3 Harmônica no Neutro


1

passa r a componente
O filtro passa -alto apresentado na figum L.29.4 deixa
na freqüência de 1801-!z; is to é, a da Jª harmônica.
mostrado na figura
O esquema func ional em DC, dessa proteção, está
1.29.5 .
91
Proteção de Geradores Sincronos

1
I
59 1
59GS

",r_ T
( R1 1 (~
r
Figura 1.29 .5 -Esq uem a Funciona
'I
l e:m DC da Prolcção de Subtensão
da 31 flao nôo ica no
(

Neutro
oa
.eções 59G S e 27 estã o sint oniz adas
No esqu ema da figura 1.29 .5 as prot
normal.
freq üên cia de l 80Hz e o relé 59 é (
ito, a
sínc rono , isto é. na ausência de defe
Na oper ação normal do gerador de subt ensã o 27
1 a no neu tro man tém o relé
tens ão reve rsa de 3 harmônic (
man tém aberto.
deso pcra do, isto é, o seu con tato se
estator.
mon ofãs icos a terra na bob ina do
A seguir. analisam -se os defe itos
no trec ho que vai de 10% a 100% do (
a) defeitos moo ofásicos a terr a
enro lam ento do esta tor.
de J~
figu ra 1.29 3, a tens ão reversa
Nes te caso , de acor do com a oper ação :
e ocorre a segu inte seqü ênci a de
harm ônica, uo neut ro. é elev ada,
ando o seu contato 59G S;
• A prot eção 59G S ope ra, foch
59GS, ativa-se o tem pori zado r R2;
• Com o fechamento do con tato
é
a o tem pori zado r R2 o seu com aro
• Tran scor rido o tem po ajus tado l
fechado:
86.
do R2, ativ a-se o relé de bloq ueio
• Com o fechamento do con tato
que providen cia;
l:
• Abertura do djsj un tor prin cipa
po;
• Abe rtura do disjuntor de cam
a para da do roto r da
• Aci ona men to do freio. para
mâq uioa s íncr ona:
• Alarme;
de CO~ .
• Se necessán o. o possível disp aro
92 Capimlo 1

b) Defeitos monofisicos a terra no trecho que vai até 10% do enrolamento do


estator.
Neste caso, a tensão de 31 harmônica, no neutro, é naJa ou muito próxima
de z.ero, e a tensão nos terminais do gerador sfn ~no se eleva ou se mantém
próxirr~" da nominal. If'I:>'.: J~s o snficie!lte ~::.;-a ope~;- o 59. A ~eqüêncin de atuaçã~
da proteção se dá como segue:
• Com o decréscimo da tensão de 31 harmônica, o 27 opera (por drop-
out), fechando o seu contato 27;
• A sobretensão ou a tensão nos terminais do gerador síncrono opera o
59, que fecha o seu contato 59;
• Com o fechamento dos contatos 27 e 59 ativa-se o temporizador R 1;
• Transcorrido o tempo ajustado no temporiz.ador RI ativa-se o relé 86,
que dispara e aciona os dispositivos programados.
Outnl variante de proteção de falha à terra em 100% do enrolamento é
conhecida por proteç-ão por "tensão residual de terceiro harmônico", que é
apresentada na figura 1.29.6.
A figura 129.7 mostra o diagrama funcional em DC da proteção
apresentada na figura 1.29.6.

59GS 1 59 1
l J
I R1 ) ( R;J
~e i
Figura 1.29.7 - Esquema Funcional em DC
Outra possibilidade de proteção do gerador é a denominada de ··proteção
de falha à terra por comparação entre tensões de 39 harmônica oa fase e oo neutro".
que utiliza o mesmo esquema apresenrado na figura 1.29.6. Com a difereoça de que
se considera que a proteção 59GS está, também. sintonizada, na freqüência da 3'
l!annônica. A ssim. é feita a comparação das tensões em l 80Hz. isto é

V 311 do rei~ S'IGS - VJH do mie 59 > VJll •J USIC


Proteção de Geradores Síncronos 93

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Filtro
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IO
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... +
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-----
v
co

figura 1.29.6 - Proteção p(lr Tensão Residual de 3ª Hum1õnica


94 Capitulo 1

Se houver defeito à terra no enrolamento, a diferença de tensão terá valor


maior que o ajuste e a proteção operará.
Uma alternativa de proteção, milizada em geradores síncronos de grande
porte, é a estratégia de injeção de sinal de subfreqüência, como ilustra o esquema
da figura_LZ9.8.

Disjuntor

Figura 1.29.8 - ln_jeção de Sinal de Subfreqüência


Proteção de Geradores Síncronos 95

Nesta técnica. utiliza-se a injeção de um sinal de subfreqüência, mais


precisamente wn s inal em freqüência suh-bannônica, geralmente de 'A o u !!. da
freqüência fundamental Como mostra a figura 1.29.8, uma fonte de tensão
independente gera um sinal senoidal na freqüência de 20Hz, por exemplo, e através
do transformador, inje';á ~al no neutro do gerador sincrono.
Na operação normal, isto é, sem defeito monofásico à terra na bobina do
q
estator, não haverá corrente de 2013.z passando pelo TC da proteção 5 1.
No caso da ocorrência de um defeito monofásico à terra na bobina do Q
estator, haverá um caminho fechado para a circulação da corrente em 20 Hz, que t1
será detectada pelo 5 1, cuja atuação ocorrerá de acordo como o esquema íuncional
emDC da figura 1.29.9. li
d
I R2 +

ll
u
n
1
li
Fig11ra 1.29.9 - Esquema Funcional em DC da Pro~ por Injeção de Sinal em Freqüência
Sub-hannônica
u
11
A proteção baseada na técnica da inj ~ão de sinal sub-ham1ônico tem as
seguintes vantagens: 11

© Protege 100% do enrolamento do estator; li


© É menos sensível a influência das capacitâncias parasitas do circuito do li
gerador, devido ao aumento da reatância capacitiva decorrente da baixa
freqüência do sinal injetado; li
t-i
© Aumenta a corrente de defeito em freqüência de sub-hannônjca,
devido a diminuição da reatância indutiva, decorrente da baixa
freqüência do sinal injetado;
© É independente das influências da freqüência em 60Hz e.. portanto. esta
proteção está sempre ativa durante o procedimenro de partida e parada
do gerador sincrono.
A desvanlagem e a necessidade da utilização e manutenção dos
equipamentos para gerar o s inal de injeção cm sub-harmônica.
96
Capítulo 1

1.30 Prote ção de Defeitos à Terra no Rotor

O circuito de excitação da máquina síncrona, que é


compo sto pela
excitatriz, cablagem. escovas (se tiver) e enrolam ento de campo
, opera isolado d11
terra. Deste modo. a ocorrên cia do prim!:il'O defeito
à te!""3 nãC' caracteri~.• 'C'""m_
curio-<.1.Ccuito e, ponant o, a máquina contin ua a operar
normal mente. Se este
defeito não for corrigi do pela manute nção há o perigo da
ocorrê ncia do segund o
defeito. Este segundo defeito pode ocorre r aleator iamente
em qualqu er lugar do
circuit o de excitação. Depen dendo da posiçã o dos 2 defeito
s a corren te de curto-
circuico pode ser elevad a, danificando severa mente o
gerado r síncrono. Em
conseqilência, os trabalhos de manutenção serão prolon gados
e o gerado r síncrono
ficará inclisponivel por um tempo longo.
Os 2 defeito s podem causar:
® Vibraç ão acentuada, prejudicando espiras e mancais da máquina;
® Geração de fluxos magnéticos desbalanceados no entreferro
das
cabeças polares da máquina;
® Geração de correntes de seqllência negativa. com produç ão acentu
ada
de calor, compr ometen do a isolaçã o e a estrutura armada do
gerado r.
® Variação na tensão gerada e na impedãncia interna, produz
indo
penurbaç-ão no sistema elétric o.
Para evitar a possibilidade de ocorrê ncia do segund o defeito
. deve-se
promo ver ações efetiva s no momen to do aparec imento do primei
ro defeito. Assim,
deve-se émplementar técnicas para a detecç ão do primeiro defeito
e proced er como
inclicado a seguir.
• Aciona r a equipe de manute nção. para análise do defeito ,
que pode.
depend endo da gravida de, deflag rar ou não a parada
da máquina
sincrona:
• Desligamento automã úco e parada da máquina slnc:rona.
Existem vários méLOdos de detecç ão do primeiro defeito ã terra
no circuito
de excitação, que são:

a) Métod o d~ Divisã o de Tensão

O esquem a representativo deste método é o da figura 1.30.1.


Proteção de Geradores Sincronos 97

Figura 130.1 - Método da Divisão de Tensão


Usa-se uma proteção de corrente, com sensibilidade acentuada ã variação
da corrente, a qual está conectada dividindo a resistênci a à terra em duas partes
iguais (figura 1.30.1). Portanto, a conexão à terra é feita pela resistência em série
com o circuito da excitatriz do gerador sincrono.
Ocorrendo um defeito à carcaça, por exemplo, em F da figura 1.30.2 a
corrente de defeito à terra circula pelo relé, que atua ativando o ala11T1e ou
disparando o disjuntor.

~
I

----
Figura 130.2 - Defeito a Terra em F
fu1a proteção não é scnstvel ao defeito à carcaça no meio do enrolamento
de campo.

b) Método da Injeção de CA

Consiste, como mostra a figura 13 03, cm injetar permanen temente. tens.'io


elétrica alternada no circuito do rotor. Ocorrendo um de feito, aparecerá tensão no
relé de tensão 64R.
98 Capitulo 1

Capacitor

] C§>ronte CA

~
Figura 1.30.3 - Método dn lnjcção de sinal CA
e) M étodo de injeção de sinal cm DC
O esquema representativo deste método está na figura 130.4.

L:§FonteCA

Figura 1 30.4 - Método da Injeção de Sinal DC

1.31 Energização Acid ental do Ger ador Síncrono

Antes do it1icio da p:utidn de um gerador síncrono é feita a verilicação e a


•1 O processo de
adequação de lodos os equipamentos necessário ao processo.
i partida é feito passo a passo e pode ser:
Proteção de Geradore s Sincronos
99 (

• Manual; (
• Automat izado, feito por dispositi vos elétricos convencionais ou por (
CLP (Control ador Lógico Program ável).
(
O procedim ento para a partida normal do gerador síncrono é sumari'7:zfo
nos seguinte s passos: · • (

./ Disjunto r do gerador aberto; (

./ Aumento da rotação do rotor do gerador síncrono até a (


velocida de nonunal; (
./ Aumento da excitação are atingir a tensão nominal ;
./ Sincroni zação do gerador com a barra do sistema eléu-ico; (
./ Fechame nto do disjunto r. (
O gerador síncrono acopla-se na rede elétrica em estado de flutuação , isto (
ê, sem carga.
A energi7.açào acidental (inadver tida) do gerador síncrono pode ocorrer
por: l
® Erro do operador.
® Defeito no circuito de controle de par11da:
® Fechamento indevido do disjunto r de modo mono, bi ou (
tripolar: (
® Surgime nto de arcos elêtncos entre os pólos do disjunto r. (_
quando aberto.
(
A proteção mais simples é feita por uma função de sobrecor remc
supervisionado por um relé de subtensão. como moslra a fig ura 1.3 1. l. (

Transformador

,__.....--...---------'( ,! ~ l

~ -
Disjuntor
aberto

Figura l .J 1. 1 - Proteção contra Energizaç ào Acidenml do Gerador Síncrono


100
Capitulo 1
Sup or. inicialmente que o gera dor
sínc rono este ja para do. Nes sa situ
sua velo cida de angu lar e a tens ação
ão nos seus term inais são nulas
l subtensão 27 já está oper ada (contato e a prot eção de
fechado). Se, ness e mom ento, oco
t ener giza ção acid ental. O gera dor
siste ma elétTico. Ass im. em rela
sínc rono será con ecta do indevida
rrer uma
mente- ao
ção ao sisterna ~l~ico , a mâqui!!!
C.'lm~;::a :::omc um mot or l sinc roaa se
ptlr...ÍO, e, .;ui cons~ uC:u\;ia,
tem valo r el~v?.{io, p:-OvX<lndo a 1,;e:"!"t:Jlte i:nil.;.!: •t..re•.;..
ü atua ção da prot eção de
acordo com o esqu ema func ional, sobrecorre11te 50, que de
em DC, da figura 1.3 1.2, atua rá o
con seqü ente abertura do disj unto r. relé 86, com a

+ so l
21I

Figura 1.3 1.2 - Esq uem aFu ncio

Nor malmente o ajus te da prot eção


~
naJcmOCdaProt
eçãoda Figura 1.31 .1
de subt ensão 27 é
V~,a.JllSle = 80%V... mma1
Dep ende nte do port e do gera dor
sínc rono e do siste ma. a energiz~
inad vert ida poderá prov ocar uma ção
corr eruc de até 4 I oom iual: port am
prot eção de sobrecorrcnt e 50, pod o, o ajus te da
e ser
l so~"'"' =(0,8 a 1,3) 1
llOml aal
Dur ante a ope raçã o nom1al do gera
dor sínc rono a tens ão nom inal apli
no relé 27 bloqueia a atua ção da prot cada
eção de sobrecorrente 50.

1.32 Pro teção de Retaguarda do


Ge rad or Sín crono
A freqGênci a de falh as cm gera
dore s síncrono s é baix a, mas os
prodUZJdos prov ocam indi spon ibili dan os
dade. Na oco rrên cia de um defe ito.
da atuação da proteção dep end e a seqü ênci a
do loca l da ano mal ia e do tipo de
geral a proteção dev e: dan o, mas no

~ Abr ir o disj unto r prin cipa l (52) :


Proteção de Geradores Slncronos
101

á> Abri r o disjuntor do camp o (4 1):


á> Cort ar o fluxo de água/vapor/gá s;
~ Apli car freios;
á> lnjet ar CO·.
Depe nden do de t!pc de defoim a equip
e de manu tençã o deve proceder a
uma visto ria minuciosa. para a re.st.auraçã
o da máquina síncr ona.
Apre senta -se, na tabela l .32.1 , uma estat
ística de falhas dos comp onen tes
dos gera dores na Suécia.

Gerador Síncrono
Elemento Taxa de Falha
Estator 14,3%
Estator falha à terra 28.6%
Rotor 14,3%
Roto r falha à t.erra 7,1%
Perda dn excitação 35,7%
Tabe la 1.32.1 - Falhas dos Componentes
do Gerador Síncr ono [51]

1.33 Pro teção de Mínima Imp edância

Este ripo de proteção é feito com a funç


ão de impedânc ia (21), a qual visa
prote ger o \!nrolamento do estator. Esta
proteção é com plem entar às pro teçõe s
principais do gera dor síncr ono.
Insta la-se uma prote ção 2 1. com o uma
prote ção adici onal do estat or e
parte do trans fomm dor, como indicado no
diag rama uni filar da figur a 1.33. L

Figura 1.33. I - Proteção do Gerador Síncrono


pela Proteção 21
Capít ulo 1
102

2 zona s de atuação, cujo s ajustes


Geralmente a prote ção 2 1 é cons tituíd a de
utiliz ados são:
dânc ia do trans form ador elevador. Esta
l" zona: O ajuste deve ser de 70% da impe
de alcan çar as linha.. de transmissão
folga de 30% é para não have r risco . a atuaç ão
coc~tadas 3 barra t!~ latio de
alta t.,.r:.; to do transfüTT"'::.:n.. N,...;;i zona
ter uma pequ ena temporiza ção de, por
da proteção 21 é insta ntân ea ou pode
exem plo, O,OSs.
de 100% da impe dânc ia do trans form ador
2" zona : O ajuste dess a zona deve ser a
ia da linha de transmissão conectada
elev ador mais 500/o da men or impedânc filos ofia da empr esa
e J s, dependendo da
barra. Essa zona é tempori7.ada entre 0.5s
e da proteção das linha s de trans miss ão.
e caso , com o o gera dor síncrono está
1• wna para disju ntor aber to: Ness
preo cupa ção dl.! alcance das linhas de
desa copl ado do siste ma elétrico, não há
ajust e do segu indo mod o:
transmissão a jusan te, podendo- se fazer o

(1.33. 1)

para gara ntir a total


Utiliza~se 120% da impe dânc ia de maio r valo r
que se o gera dor síncr ono estiv er em
cobertura do enro lame nto do estat or. Note a
ma elétrico, e le também estar á sujeito
func iona mento. mas dcsa copl ado do siste o de atuaç ão pode
para esse caso . O temp
defe itos, e essa filosofia conf ere prote ção
ser insta ntâneo ou temp oriza do em 0,05 s.
\•ersi 1s R, com as impe dãnc ias
dos
A figura 1.33. 2 most ra o di3grama jX
ção 21 .
elem ento s e as zona s cobe rtas pela prote
de impe dànc ia com carac teríStica
Na figura 1.33.2, apre senta -se a proteção
(qrndriJatcraJ). Nota -se que o centr o das
conv encional e do tipo paralelog ramo
zona s. isto é, o pont o de impe dânc ia zero.
é o l.ocaJ da instalação do T P, porq ue o
de
o sobre o relé 2 1 a z.cro. A prote ção
curto-cin: uito neste ponto, leva a tensã 2 1 pode cobr ir
l: portanto, a l ª mna do
impedância 2 1 utiliz.ada não é direciona dor s íncro no. e a 2•
ia do estat or do gera
totalmente ou parc ialm ente a impedãnc
20nn produzindo a cobe rtura comp leta.
atuam instantane amen te e com o
Como o gera dor tem outras proteções que
ebida a título complementar, sua anrnção
a prote ção de mínima impe dânc ia é conc
pode ser instantânea ou temporizada.
lt
103
t
Proleção de Geradores Sincronos 1
jX 1
1
2' zona 1
r- --=- 1

l
=

l
lªzon
t- R
1
1
,!
1
On adot
L-~-f+-~-.~
!i l
j
wn~ .._,. ._
1
1 1
1~-~~--~~~~I
(

da proteção
Figura l.33.2 - Diag rnma JX versus R

Dep ende ndo da filosofia da emp resa


é com um dotá -la de uma pequ ena
re1iz ar os temp os de ama çào dos reles
, para
temporiza rão, com o objetivo de disc itand o a análise du oscil ogra fia
defin ida. facil
que a seqü ênci a de even tos fique bem
(
temp oriza ção adot ada de 0.05 s não
a
nos estu dos pós-defeito_ Note -se que (
a coor dena ção das prote ções envo lvidas: pona ndo. ambas as proteções
poss ibili ta
reta no tempo.
atua m no relé 86. mas com atuações disc
A 2ª zona tem sua temporização em:
ção instantânea da linha de
"l> 0.4 ou O.Ss: coordenada com a prote
da men or linha cone ctada à
transmissão. para defeitos em até 50º'o
barra do lado de alta tensão.
só atua em caso de fafüa das
"l> Is: valor adotado porq ue esta zona
1.0m1 da impedfincia cClbe na
do
pro1e ções especificas exis tente s e a itos são mais
cm que os defe
gerador síncrono encontra-se em local
e são de pequ enas mtcn sidadcs. portanto de menores
dific eis de ocor rer
dano à máquina . (
ibil izada por: oscilação de potência
Essa proteção. 1amb ém, pode ser sens \
indevida.
no siste ma. perda de excitação e partida
de
a 1.33 .3, um esqu ema de uma unidade
Exemplo 1.33 . 1: Apresenta-se. na figur
ma impedância.
gera ção dotada de proteção contra míni
104
Capitulo 1

.
zLT1=84L 79on
T . o
E T @,i;Jl 3 z Ln =9 SL 79 n

L-.@ -6 Yi 1--10-----~-
. - - -
Zrn = 4 Ll 8L8 loD
Figuro l .33_J - Digrama UnifiJar
Dad os:

Ge rado r Sínc rono : 60M VA, 13,S kV,


X~ = 0,18 pu = 0,57 130
Tra nsfo rma dor: 60M V A, 13,8 /230k
V. XT = 0, l pu
TC: 3000/5
TP: 13 ,8kV/ l 15V
Linh a de Tra nsm issã o J: ZLTI =84L 79°n
Linh a de Tra nsm issã o 2: Zm = 248
L7 lon
Lln ba de Tra nsm issã o 3: Zu , = 4
L,18L &t0 Q
Reso lução:
A impedân cia, em Ohm, do transfor
mad or no lado de BT é

XTtR n= O,l x
(13,8k) 2
= 0,3174Q
60M
A impedância na men or LT, referida
ao lado de BT do transfor mad or é

i. LTllB = (l3,&k )~ 4L1 8L 81 1' =0.1 482 L 81°n


TI 230 k
~ Ajus te da 1ª zona;

300 0
Z11 ,,... 1 = 0,7x 0,3174- 115
- x - - = l,11 JO
5 13800
z llumal = l,11 Ln
Tem poriz.ação = 0,05s
Proteção de Gera dores Síncronos
105
Obs etva çào: Este ajus te cobr e 55,5 6%
do enro lame nto do estator, no sent ido
term inais ao neut ro. dos

~ Ajus te da 2ª zona:
lmPo~i:mcia vista a~ 500/o da i... f 3
. .
Z.iB o-;tn = J0,3 174 +0, 5x0,l482L 81 u = 0.3907 L88,3on
3000 115
z21ZIOtlll, =0, 390 7x- -xr noo =l, 953 5n
5
=1,9530
z l(mna )

Temporização =0,5s
Obse rvaç ão: .Este ajus te cobr e 68.3 8%
do enro lame nto do estator. no sent ido
term inais ao neut ro. Nest e trech o as tensõ dos
es no material isolante são maio res e
sujei tas a defe itos. mais

~ Ajus te da l 1 zona, com o disju ntor aben


o:
O ajuste é

- o ' {0,5 7l3Q }


Z IZOtU( dlSJUnl(ll" abm\o ) - 120 Yo max 0,3174Q

z,1.011a(disjur11arabono) =l,2x 0,5713x -3000 11 5


5- x 13800

z lmnal cfisjuilK'f ai)(rtI>} =3,42 780


Temporização = 0,05s
Obs en·ação: Este ajus te cobre 100% do
enro lame nto do estator.
A proteção apre sent ada ante riorm ente
é a m ais utilizada, mas pode -se usar
as allcmativaJ> mais sfo1plcs descritas
a seguir.
Por exem plo. pode -se utilizar a prot
eção do enrolamento do gera dor
síncr ono, utili zand o uma proteção de
distância 2 1, do tipo admitânc ia. direc
re\er sam ente , isto é, dos terminais para iona da
dent ro da máq uina , com o mos tra a figu
1.33.4. ra
Capítulo 1
106

E @ n; Jl 3
L@ ~Yi ~

nto do Gerador Síncrono


Figura 1.33.4 - Proleção Reversa do Enrolame
do enrolamento.
O ajuste pode ser de 120% da impedância
nto do gerador síncrono e do
Outra alternativa é a proteção do enro lame
ção 21 , do tipo admitãncia, direcionada
trans fonn adoc, com a utilização da prote
5.
reve rsamente, como mostra a figura 133.
T

• E@JI 3~
~Yi
.-
Síncrono e do Trans fonn adllr
Figura 1J3.5 - Prote ção Rc\ ersa do Gerador
O ajuste. nesse caso. é:
z.JU$1" i1 = l,2(Z Ocndnt + Zrnmr~)

1.34 Pro teção de Sobrecorrente


Ijgação do aterramcnto do ncut m
A proteção de sobre corrente utilizado nri
a considerável ao seu neutro, apres enta
do gerador síncrono, que tem uma resistênci
os seguintes prob lemas:
do a diminuição das
® na sensibilidade no relé de sobre corrente devi
corremes de de fe ito:
seus múltiplos de orde m
® das corre ntes de terceira hann ônicas e de
or síncrono.
lmpares, geradas normalmente pelo gerad
atuaç ão indevida da proteção
Pona nto. essas harmômcas podem provocar
o gera dor opera com alguma saturação na
de sobrecorreate, principalmeme quan do
ira de cont ornar esse problema é a
alimentação de carga pesada. Uma mane
107
Proteção de Geradores Síncronos

ai,"<a para não


uúliz.ação da proteçã o 59 (função 64), conecta da a filtro passa-b
mostra a figura 1.34.1 .
permiti r a passagem da terceira harmõnica {ITH), como

Figura 1.34.1 - Filtros de Terceira Hannôoi c:a


cias
O filtro passa-b aixa bloquei a a passage m de corrente s com freqüên
a passage m de corrente s elétrica s na
superio res a 90Hz. Portanto . é bloqueada
80Hz). deixand o entrar no relé praticam ente só
freqüên cia de terceiro hannôDica ( l
l (60Hz) . Assim. a proteção de sobrete nsão 59
as correntes de freqüência nomina
pode distingu ir somente as tensões geradas pelos defeitos.

1.35 Proteção de Perda de Potencial


a
A proteçã o de perda de potencial ou de balanço de tensão (60) é utilizad
de potencial de dois ou mais element os. Essa proteçã o .:
corno um compar ador
utilizada para \'erifica r as tensões em TP , figllr.l 135.1.

TP jJ jJ TP
'1 1 () 1" 2
Relés ~ RV
Fibrurn U5 1 - ReltE 60 entre dois T Ps
dos TPs
Se um TP falhar. haverj um dcsbala nço de tensão nos secundários
que será detectad o pela proteçã o 60.
108
Capitulo L

A integridade dos TPs é vital para a qualidade da operaçã o, do controle


e
da proteção. A anomal ia de tensão no secundário do TP pode
prejudic ar o
desempenho de vários equipam entos, e ocorre devido:
® Curto-circuito (defeito ) no TP;
G uefeitv no circuito secundário cio TP;
® Problema de contato no circuito primári o ou secundário do T P;
® Rompimento indevido do elo fusível do TP.
As falhas provocam perdas ou desbaJanço nas tensões secundá
rias do T P,
afetando todos os relês que depend em da tensão para o seu funcion
amento. Por
exemplo, a perda de tensão no secundá rio do T P, mas com a presenç
a da corrente
no circuito do TC, faz operar indevidamente a proteçã o de
distânci a 21 .
Conseq üentemente, a perda ou desbalaoço das tensões no secundá
rio do TP,
podem provoca r atuação indevida da proteçã o, ou impedir a atuação
, quando
necessário. Muitos equipamentos de controle, que dependem da tensão,
também
serão afetados. Geralmente, a atuação da proteçã o 60. bloquei a os
dispositivos de
proteção, tais como: proteção de distância., subexcitação (40). 32,
51V, e muda a
atuação do regulad or de tensão para o modo manual.

1..36 ReJé de Bloqueio

O relé de bloqueio (86) é um eqLúpamento auxiliar. que opera de fonna


extremamente rápida (aproximadamente l 7ms), com a finalidade de
realizar várias
funções. tais como:
© Aciona r a abertura ou fechamento de disjuntores;
© Provocar alarme visual e sonoro:
© lntcrtra var ou habilita r os equipamentos de proh:ção, medição.
comw1icação. manobra ou de controle:
© Etc...
O relé de bloqueio, uma vez acionad o, bloqueia o fcchamenlo do disjunto
r.
e o eu reanne só é possível com a intervenção humana.
Na usina geradora, de acordo com a filosofia de operação e controle
da
empresa, o acionam ento o relé de bloqueio pode ter as seguint es denomi
nações:
Proteção de Geradores Síncronos
109
86PS -+ é acion ado pela proteç ão devid o a defeit
o no sistema elétrico, extern o a
usina . Sua atuaçã o é no sentid o de desac oplar, de
maneira não abrup ta, o gerad or
slncm no do sistem a elétrico. A seqüê ncia de ações
de sua atuação é:
r áJ Agir no regula dor de velocidade (R V), po.ra zerar :i
i>0tência atiVll
gerad a (? =-O) e, -'j)ÓS;
áJ Prom ovei a ulxrlu ra do disJunror principal (52).
Assim. com a abertu ra do disjun tor (52), a máqui
na síncro na contin ua
excitada, girando na sua veloc idade nomin al, mas
desac oplad a do sistem a elétric o.
Como o defeito foi extern o, a máqu ina está pronta
para voltar a operação. Com o o
RV diminuiu a potên cia ativa do gerad or sfncro no
a zero, esse proce dimen to de
desac oplam ento é feito sem perda de carga; també
m denom inado de proce dimen to
sem rejeição de carga . Desse modo , a ação do
86PS não provo ca pertur bação
drásti ca no sistem a elétric o reman escen te.
Obser vação : 86PS significa Parada Sem rejeiç ão de
carga .
86PR -+ é acionado pela proteç ão para defeit
o não severo nos elementos
(dispo süivos) que compõem a unidade de geração.
A atuaçã o do relé de bloqueio
86PR deílag m a segui nte seqüê ncia de acões:
"t> Abert ura do disjuntor principal (52), ou seja. loda
a potên cia ativa do
gerad or é cortada abrup tamen te; isto é, com a conse
qüent e rejeiç ão de
carga.
"t> Abert ura do disjun tor da excita ção (41 ):
~ Ococre um aumen to na veloci dade do
gerad or e imediata atuaçã o do
RV no distrib uidor, para dimin uir adequ adam ente
a vazão de água. de
modo a mante r a máqu ina síncrona girand o na
veloci dade nomin al.
Assim . o gerad or fica girand o na veloci dade nomin
al, com mínima
Va7.ão de água e sem carga (speed no load), que lambe
m. é denom inado
de march a à vazio.
O gerador síncro no girand o na veloc idade nomin
al fica prepa rado para
enlrnr imediatamente em opera ção, após a remoç
ão do defeit o. Note que o defeito
não ocorre u no gerad or. mas sim em aJgum comp ooent
e assoc iado a sua opera ção.
Geralmente os defeitos não sever os, mais comu ns.
silo:
® Falha no regula dor de tensão (RT);
® Perda de excita ção.
C11pllt1lo 1
110

do
O R V tem sua ação no sentido de providenciar o fechamento
r nenhum compon ente e suaviza r
distribu idor, de modo oúmizado, para não danifica
o distribu idor de água da turbina
o golpe de aríete. A figura 1.36.1 mostra
hidráulica, juntamente com o regulador de velocid ade (65).

Distribui dor
- ..:S:- - de Água

•_ _ , ~
Regulad or de

rl
1
Velocidade

Figura 1.36. 1 - Distribuidor de Água e Regulador de Velocidade [59]


Nas hidrelétricas, na seqOência de parada, quando a ,·elocidade diminui
para parar a
abaixo de um certo valor, é acionado um freio (sapata) hidráulico
máquina. Ver figura 1.36.2.

Figura 1.36.2 - Freios (sapaias)


Proteção de Geradores S!ncronos 111

O fechamento total do distribuidor de água pelo RV, não veda totalmente a


vazão de água nas turbinas do gerador. dai a necessidade de atuação do freio, para
garantir a parada a máquina. Nas tennelétricas não há necessidade da utilização de
freios.
Obser -'e\'"o: 86P~, significa P:>•':lda col'T' Riejeiç~~ ·.!~-~g:-
86E --+ é acionado para defeitos elétricos severos na unidade geradora, tais como os
curtos-c ircuitos. Nesse caso, deve-se parar a máquina. Geralmente a ativação do
relé de bloqueio 86E é feita pelas proteções 64S, 87G e 2 1backup.

86M é acionado quando há um defeito de origem mecânica na usina. A


--+
operação é semelhante a do 86PR. Os problemas dessa nature7.a são os que
ocorrem:
~ nos mancais;
~ vibrações anormais;
~ no mecanismo do distribuidor de água;
~ noRV.

86R --+é acionado quando ocorre um defeito mecânico. porém com necessidade de
fechamento das comportas da tomada de ãgua. Geralmcot.e o 86H ê acionado
quando há defeito no RV. no qual fica inoperante para promover o fechamento do
distribuidor de água.

Observação: Pode-se, também. no lugar do relé de bloqueio, utilizar o relé auxiliar


de desligamento (94). Ou seja. as proteções aluam no relé de desligameto 94, que
providenciará a abertura dos disjuntores, e o rele de bloqueio 86 Lerá a função de
não pennitir o fechamento do disjuntor.

1.37 Proteção de Sobrecorr eote com Restrição de Tensão

Este tipo de proteção é. geralmente, usado em pequenos gerador ou como


backup para os ourros geradores. Quando os geradores sincronos tra balham em
plena carga. o seu ponto de operação encontra-se no ~joelho·· da curva de
saturação. Neste ponto, a sua rcarância de operação é a realância saturada, a qua l é
menor do que a reatãncia não saturada (sincrooa). P ortanto, ua ocorrência de um
curto-circuito externo ao gerador, em que haja, por exemplo. fal_ha da proteção de
linha, a tensão decresce e a reatãncia do gerador passa a ser a saturada. Assi~ a
diminuição da corrente e da tensão, prejudica a operação da proteção existente. Daí
11 2
Capítulo l
a necessidade de se utiliz ar à proteção de
sobre corre nte com restrição de tensão
(5 IV). dado que o seu ajust e diminui com a
tensã o, aume ntand o a sensibilidade da
prote ção. Ness e tipo de esqu ema. na opera
ção normal, o relé 27 mantém o relé S1
desat ivado, quan do ocorre um defeito com
qued a de tensão, o relé 27 opera.
ltiva ndo ore: ; 51V. O ::tjuste [52} da prote ção
de sobrc corre nte 51V é
Ajustem , == Ajus te5 x f (V)
1

Gera lmen te o relé 27 é cone ctado entre duas


fases. A proteção do 51V é
próp ria para curtos-circuitos 21j> e 3$.
A prote ção de sobre coren te 51 V fornece, tamb
ém, cobe rtura adici onal para
a falha da prote ção difer encia l do gerador ou
do trans foana dor.
Essa proteção é, tamb ém. utilizada q uand o
a reatãncia do gerad or síncrono
é alta, por exem plo, maio r que l ,05pu.

1.38 Proteção contra Motorização

Os gerad ores síncr onos opera m forne cend


o potência ativa ao sistem a
elétr ico; ou seja. o camp o magnético do rotor
escá com um ceno ângu lo de carga
(a) à frente do camp o giran te criado pelas
corre ntes nas bobin as do estat or que
supre m o sistema elétri co. Nessa situação.
a máqu ina prim ária, que forne ce força
motr iz ao eixo, está supri ndo, atrav és do
gerador síncrono, potên cia ativa ao
siste ma elétri co.
Varias situações (caus as) podem, subit amen
te., modificar as condições de
oper ação do gerad or síncr ono, fazendo com
que o mesm o opere como um moto r.
passa ndo a consu mir potên cia ativa da rede.
Esse proce sso de mudança de gerad or
paro moto r é conh ecido como moto ri7..adío.
Geralmente as anom alias que prov ocam a
motorizar;Io. do gerador
s íncro no, são:
® De feito nos manc ais;
® Defeito no circuito de excit ação;
® Defe ito na turbina:
® Defe ito intem o no gerador,
® Perd a de flux o d 'água iojcrada na turbi na,
causa do por vazament o na
tubul ação força da ou defeito no distr ibuid or
d 'águ~
Proteção de Geradores Síncro
nos
11 3
® Qualquer perda de força mo
triz.
A motorizarão pod e causar
os seguintes pro blemas:
~ prejudica a ti'fbina !-;idrául
ica, devido. principalmente
-"" :~ ....~·Ar
cs .._..,..-
.... c;i,.. , J: , , ao efe ito da
-
-
• as má qui nas a die sel ou gás
podem incendiar e exp lodir;
• nas tur bin as das máquinas
témiicas, a per da de veloci
refrigeração e em conseq dade, red uz a
üência ocorre o supera
palhetas. quecimento nas
A proteção contra mo tori
zarão é feit a pela p roteçã
(32 ) direcionada para den o direcional de potênc ia
tro da máquina e aj ustada
nominal do gerador sio em 3 a 10% da potência
crono. Geralm ent e, a tem
fab ricant e da turb ina. porizay.~o é indica
da pelo
Note que se a motorização
em flutuação no sistema for leve, isto é, com a má
elétrico, o retomo de pot ênc quina girando qua se
não sensibilizando a proteç ia ativa será muito peq uen
ão. o,
A figura J .38. l mo stra o
diagrama do gerador s!ncro
direcional de potência 32. no, com a proteção

E© W l 3
L@ ~ '11
Figuro 138 .1 - Proteção con
Observe que , na motoriza
negatíva (46) não ope ra.
-
tra Motorizarao do Gerador
rão do gerador sincrooo, a
Jsto porque, apesar de hav
Sincro no
proteção de seq üên cia
elé tricas, estas permanec er reversão nas corren tes
em equilibradas, não ger
neg ativa. A proteção 46 and o correntes de seqüên
só operaria se a motoriza cia
desequ ilibrada. ção oco rresse de manei ra

1.39 Proteção dos M an ca


is
1
A máquina sín crona dev
eletromagnéticos, o aqu eci e operar equilibrada isto
mento e dis tribuição de é, os esf orç os
1 idênticos e, ass im. o eixo
gira dentro dns especificaçõe
correntes na três fases são
s técnicas de nonnal idade.

\
,,
Cap ítu lo l
11 4
o:
em problemas nos mancais, tais com
Entretanto. várias siluaçõcs produz
nte DOS man cais;
® Defeito na injeção de óleo lubrifica
1
® Desgas tes dos mancais;
r ~ 'Jpcr~:ç3o -:Jesbalan cea~
da má·:iuin;; ~ f:..~rorw .

iste ma elétrie,,-o;
® Curto-circuito na máquina ou DO s
® Defe ito mec ânico na máquina;
® Sobreve locidade.
calo r
calor no mecanismo do mancal O
Essas anomalias geram vibração e caL
óleo e na área do man
provoca aumento na temperatura do
tura, o
ser feita peJa detecção da tempera
A proteção do man cai (38) pode instalado nas sapatas dos
ico, conven ienteme nte
que é feita por um dispositivo térm
mancais. que pode ser por:
~ Terrnopares;
a
Temperature Detecto r), em que
~ Ten nõmetro RTD (Resist cnc e .
a temperatura
resistência modifica o seu valor com
um
s para operarem em dois estágios,
Os dispositivos téan icos são ajus tado .
1 mcn to do gerador síncrono
para o alanne e outro para o des Liga
1
Geralmente . o ajuste é:
© Alanne em 75ºC:
© Desligamento em 80ºC .
38 é mostrad o na figura 1.39. 1.
O diahrrama de atuação da proteção

38
Proteção do Mancai pe la Proteção
Figu ra 1.39 . 1 - Esquemãtico da
da
tada l0°C acima da referênc ia
Geralm ente a teruperatur.1 é ajus
rempcra turn oorm aLizada
Jl5
PrOLeção de Geradores Síncronos

J .40 Proteção Cont ra Sobrevelocidade


a por:
A sobrcv elocida de no rotor do gerado r síncrono pode ser causad

t- ../' Jntcrruµção bntSca de cargas:


,/' Falha no regulador de velocid ade;

i Defeito no distribuidor d'água das turbinas hidráulicas ou


../'
distrib uidora de vapor, nas pás das turbinas ténnica s.
na válvula

1 A sobrev elocidade afeta mais os gerado res hidráulicos,


onde o rotor do
tem maior diâmet ro e inércia. As turbinas hidráulicas
conjunto gerado r - turbina
elocida de ( 12):
1 podem utiliz.ar os seguin tes métodos para a proteçã o contra sobrev
1 a) Métod o elétrico
Esse método utilíza um pequen o gerado r s incrono, cujo rotor
é constituído
o princip al (figura 1.40.1).
de imã perman ente, acopla do ao eixo do gerado r sincron

de: Sobn:velocidade
Figurc1 1...10.1 - Ocr.idor Síncrono de Ímã Permanente - Protcçiio
o gerado r
Um relé de freqüência 81 é instalado na saida do pequen
nada à freqllên cia
sincron o. A velocid ade rotacional do eixo da 1miqu111 a csui relacio
elêuica no relê 81. por meio da expres são 1.10.1.
120f
N t lXO( Rl'M 1 =- - ( l.4-0.11
p

Onde:
128
Capitulo 2

Defeito na Barra
Tipo e número de defeitos
Causa do defeito Número Totnl de
na barra Desco- total de defeitos
14>-t 24>-t 34>-t 3~ defeitos
nhecido em %
--
' F1&:1(" ."::" 2-.:
1
.,' - . - - 21 21
Defeito no
disjuntor 16 2 2 - - 20 15,5
Defeito nn
seccionadora 19 2 - - 1 21 17
Defeito na
isolação 4 1 l 3 - 9 7
Defeito no TC 3 - - - - 3 2,3
Erro de manobra 8 1 5 1 - 15 11 ,6
Esquecimento do
aterramcnto
temporário usado 6 1 8 - - 15 11 ,6
na manutenção
Contnto acidemaJ 5 - 2 - - 7 5,4
Desmoronamento
ou queda de 4 1 - 1 - 6 4,7
estrutura
Desconhecida 2 1 1 1 5 3,9
TotaJ pi cada tipo
de defeito 87 15 19 6 2 129 -
Percentagem p.
cada tipo de 67.4 11 ,6
defeito
14,7 4,7 1,6 - 100

Tabela 2.2. 1 - Ocorrência de Tipo de Defeito em Barra f51]

2.3 Proteção para Defeito na Barra


Dependendo do grau de importâ ncia da subesta ção, a proteçã o
de barra
pode ser feita pelos seguintes tipos de esquem as:
Proteç~o de Barras 129

a) Nos sistemas elétricos com proleção tradicional, oodc a proteção de


retaguarda ou de 2ª zona dos relés de distância inclui na sua zona de
seletividade a barra da subestação a jusan te. E ssa proteção de
retaguarda a montante é temporizada.
b) Prnt~:.o de distãr..c:a local. a qual pode utilizar um deslocamen to
lrecuo) pa.lit ~:mr a bam ~~ ·>:ai uma 'Z<ln:.i reversa.
e) Proteção diferencial própria para a barra, que é a mais adequada para
barras importantes.

2.4 Proteção de Barras


Dependendo do porte da subeslaç.ã o, os seguintes esquemas podem ser
utilizados para a proteção de barra:
f? Proteção diferencial de barras com relé de sobrecorrent~
(? Proteção diferencial de barras com relé diferencial percentual:
(? Proteção dücrenciaJ de barras de alta impedância:
(? Proteção diferencial de barras com relé de sobrecorren te direcional;
(? Proteção diferencial de barras com acoplares lineares.
Esses métodos são descritos a seguir.

2.5 Proteção Diferencial de Barras com Relé de Sobre-


corrente
Essa proteção de barra se fundamcnt:n na I" lei de Kirchhoff, a qual
estabelece que a soma algébrica das correntes que com ergern a uma barra é nula.
Portanto, na operação nonnal. tem-se que

L '[na l•arn =O
Para de feito na barra, tem-se que

L f naharrn ~Q
A corrente diferencial de' e passar no relé de sobrecorrente, o qual
providenciará a abenura do disjuntor.
Na fi gura 2.5. I mostra-se o diagrnma unifilar de uma barra genérica com
"n" conex ões..
130 Capitulo2

Barra

i,

1....,.
i.
i,
'· '· 1

LT,
LT1 LT" 1

Figura 2.5.1 - Proteção de Barra com Relé de Sobrerorrente


Nessa figura 2.5. l convencionou-se que todas as correntes eslão entrando
na barra Supondo a relação dos TCs de 1: l , a corrente que passa no relé de
sobrecorrente é dada pela expressão 2.5.1 .
• • • • .. .. • n ..
rn:IC 50 =1, + T2+ ll+ 1. + ... + 1j + ... + Jn = 2:'.l; (2.5.1)
1=1

Aplicando-se a 1• lei de Kirchbo(f na barra. obtém-se

"
l1 + i 2 + i 3 +j~+···+ i j +· ·· +T0 =I ij =Ü (2-5..2)
jsl

a qual, substituida na expressão 2.5.1 , fornece

i,e1em =O ~ o relé de sobrecorrenre não atua l


l:.ssa proteção é conhecida como proteção diferencial não percentual, pois
não possui corrente de restrição, mas somente corrente de operação.
Nota-se que. na operação oonnal do sistema elétrico. algumas correntes
entram e outras saem da barra. de modo a atender a expressão 2.5. l .
Note que essa proteção feita por um relé de sobrecorreote
Para um defeito na bana_ como mostro a figuro 2.5.1. todas as correntes
íluem para o curto-circuito.
A corrente de cuno-circujto na barra é dada pela expressão 2.5.3
li

Í di:fcllo ... twn = i, + Í 2 + j 3 + i~ + ·· · +f1+···+ in= 2)J~ 0 (2-5.3)


1= 1
Proleçào de Barras 131

CUf1l>Clrt:uÍlo
Bamo

TC, • • • TC_ 1

i, i, 1, i,

LT, LT2 LT, LT..,

Figura 2.52 - Defeilo na Barra


Portanto. a corrente de curto-circuito oa barra, vista pelo relé de
sobrecorrente, será

Í~1csu = ldd'ciwuabaro > 1 1,..-do~' --> O rclé desobrecorrente atua


A proteção de barra não deve operar para qualquer defeito externo à barra.
A figura 25.3 mostra o caso de um defeilo fom da barra, mas muito próximo do
TCl.

TC, TC,

1,

LT1
LT,

Figura 2.5.J - Defeito no Ponto k fora da Barra


Note que a intensidndc do curto-circuito na barra e na saída de qualquer
T C é a mesma. Portanto, a corrente de cw1.o-circuito em k será
132 Capitulo 2

i CWID em k = t curlo D1 bana= ~)J


i• l
As correntes que chegam na barra, pelas linhas, são as mesmas do curto-
circuito na própria barra. A corrente que flui na linha k, oa!3 o defeito l!'!l k. é a
t.r-Sn:-i': qu:: Gu; j>ela ;.nha paiu o cuno-circuuu na barra, m.a:s t:..,'! ::urreme ~'~ .-
vista pelo TC.._. Na figura 2.5.3 v1:rifica-se que a corrente i~ sai da barra, passa pelo
TC. e vai para o defeito em k. Portanto, aplicando-se a l ª Lei de Kirchhoff no
ponto k, tem-se

"
4 + i'k = L
.FI
j 1 = icuno rui bom

Í~ =icur10 na bomi - Ík
Portanto, a corrente vista pelo TC", para um curto-circuilo em k., é a
corrente tola! de curto-circuito na barra, subtraída da contribuição de corrente da
LT1t.
Assim, a corrente que passa no TC1. é dada pela expressão 2.5.4.

(2.5.4)

A correm.e que passa no relé de sobrecorrente é dada por

jrel'SO = i: j
pi
j - jl - i~ =i:
_r-1
jJ - {ik. + iJ=i:ri j J - t inon• Nirn

jrddO = icurú> '"' ba1111 - i curto na bam

i rdt~ =O --+ para defeito em k (2.5.5)

Ponaato, para um defeito externo à barra. isto é. em k , a proteção


diferencial, feita por meio do relé de sobrecorrente. teoricameote não atua.
Na prática esse esquema de proteção apresenta um inconveniente, que pode
ser analisado pela expressão 2.5.4. isto é, verifica-se que para um cuno-circuito
externo à barra. por exemplo, em k, cada TC estará sujeito a corrente normal de
curto-circuito, com exceção do TCk • que através do qual fluirá a soma de todas as
outras correntes. Portanto. o T C que está próx imo do cuno-circuito ficará
Pr0teç.'io de Barras 133

submetido às contribuições de corrente de todas as conexfies à barra. Isto pode


acarretar a sua saturação e provocar a atuação indevida do relé de sobrecorren te.
Se os TCs foram bem dimensionados, como recomendado no caplrulo 1 da
referência [46], não haverá problema de saruração, porque essas correntes de curto-
circuito atendem o critério de sobreco1Ten le de 20T,,.""'..Mb o qual mante~ ~a classe
de exatidão.N las, na realidade, dev°1do a grande quantidade de TCs empregad o"ª
proteção de barra, o cnteno de L01nD111111ll não é atendido, assim. deve-se prever o
ma ior nível de saturação dos TCs, para compensar no aj uste do relé de
sobrecorrente.
O maior nivel de saturação será alcançado pelo TCk que ultrapassar o
critério de sobrecorren te de 20Inom1naJ e tiver a ma ior relação entre a corrente de
cuno-circuito e a corren te nominal do primário. lsto é, a saturação será mais critica
para o TC~ que tenha

Onde:
j -+ rep resenta o TC, que está com curto-circu ito próximo mas externo à barra;

fl · ( - ·
RJ= {curto n• borro - [J
, sendo que 1J e• a corrente que u1 pe a conexao J para o
l ponw10 dll TCj

curt0-<:ircuito na barra.
A seguir analisa-se o fu ncionamento do T C operando de modo normal e
saturado.
O modelo do circuito equivalente do T C operando normalmente .
apresentado no item 1.8 da referência [46], é novamente mostrado na figuro 2.5.4.
Bana

1
1
1
, ~

,1
,1
1!._
1
1

~
TermlnaJdo
Transformador Secundário
Transformador
1oeat Real

figura 2.5.4 - Circuito Equivalente Completo do TC


134
Capirulo 2

Como o pnmano tem poucas espiras e as perdas no material


ferromagnétjco são pequenas, pode-se simplificar o modelo da fi gura 2.5.4,
tomando-o conform e mostrad o na figura 2.5.5.
Barra

1. .1
,
--- - --- - - -- - - - - ----- - ~

lXs Rs : Is

i +
RTC

1
~-- ----------------------'
Figura 2.5.5 - CircuilO Equivalen te Simplificado do TC
Aplicando-se a J • Lei de Kircbbo ff no nó, obtém-s e
i _P_ = . .
_ Is + lc:
RTC

i =l_- i (2.5.6)
~ RTC 1

Onde
iE ~ representa o erro do T C.
Os três casos seguintes de operação do T C são de Interesse pnitico:
a) Operação normal
Na operação nonnal, isto é, de ntro de sua precisão, pode-se consider ar
iE = O. Assim, a expressão 2.5.6 se toma
.1 -
ip
-s - RTC (2 .5.7)

b) Operaçã o no joelho da saturação


Na operação do TC no '-joelho- da saturaçã o, a corre nte Íe aumenta
consider avelmente. Desse modo a corrente ea\iuda ao secundá rio do TC
estará
Proteção de Barras 135

distorcida, com alto conteúdo de harmônicas. Como na proteção a prioridade é o


rapidez, costuma-se utilizar os TCs com classe de exatidão de até 10%. Esse é o
conteúdo aceitável, mas a partir dai as distorções são mais acentuadas. provocando
graves desvios no desempenh o dos equipamen tos que compõem a proteção.
comprometendo a qualidade desta. Os principais probletPas são a pen!.!! e o
.::istorçãu da -sensibiliãade, seletividaae e coordenaçã o C1aS pro1.:çç~;. podendo,
indevidame nte provocar a atuação ou a não atuação d~tas .
c) Operação dentro da saturação do TC
Quanto mais se avança no joelho da curva de magnetização do T C , menos
corrente será enviada aos relés e mais corrente será exigida para a magnetização do
núcleo do TC. Portanto. operando dentro da saturação do T C, parte da corrente
se:rá enviada para a magnetização (excitação) do núcleo. Assim, com o aumento do
nfvel de saturação do núcleo do TC, rem-se que

i ip
.E ~ RTC
{
15 ~o

Consideran do-se o T C operando complelam ente saturado, o seu circuito


equivalente é o apresentad o na figura 2.5.6.
Barra
t,
i i ~,,. o
RTC
~Curto

Figura 2.5.6 - Circuito Equi' alente do TC Completumenle Saturado


Na saturação, a irupcdá11cia jX'" ~O e. portamo, o nuclco do TC é
representad o por um curto, como está mostrado na figura 2.5.6. Desse modo, a
corrente no secundário do TC é zero. Pode-se, também. desconsider ar a reat~incia
de dispersão do secundário .
Portanto. verifica-se. no circuito equivalente , um curto-circui to na sua
bobina de excitação, de modo que não haverá nenhuma (ou pouca) corrente na
saída do secundário do T C . de modo que os relés não serão sensibilizados pela
Capitulo 2
136

de "recusa ·· de
correnle do defeito, ou seja, a proteçã o não atua. Esse é o caso
a relevân cia do bom dimens ioname nto dos T Cs,
atuação da proteçã o. Isso mostra
para não prejudí car a qualida de do desemp enho da proteçã o.
ente é o
Para análise futura, ccnside rando o T C sarurad o, o circuilo equival
m{H:-itdo na 6 gura 2.5.7.

~------...JV'V'-- ..---- ·

,_ ___________J,,·~·b••
~
Tenninal do
Secundár io

Figura 2.5. 7 - Circuito Equival ente do T C Sacurado


car o
Apresen ta-se, a scgufr, o caso cm que a saturaç ão do T C pode prejudi
ial com relés de sobreco rrenlc. Esse é o caso de
desemp enho da pro teção diferenc
defeito externo à barra, mas próxim o ao T C .
Para
Na figura 2.5.8 apresenta-se um curto-ci rcuito na saida do TCk·
facilitar a análise, na figura 2.5.8, a linha k foi colocad a a direita.

TC,

'
>

i,
•.
LT, LT, LT,_1 LT.
Ll, LT, LT,

Figora 2.5.8 - Cuno-circuito em k, na aída do TC"


e, a qual
Para o curto-e ircuilo em k., o T Ck será submeú do â maior corrent
será
137
Proteção de Barras

da, de modo a saturar o TCtc..


Supondo que esta corre nle Í~ seja muito eleva
o circu ito equi"'"J!:Jte será o da :i::,rura 2.5.º.

rc,

i,
LT2 LT1
LT,

do o TCk Saturado
Figura 2.5.9- Circu ito E~ui\.alente. Coasideran
pela expressão 2.5 .8.
Porta nto. a corre nte que passa no relé 87 é dada
· R5 ~ . Rs. .,
(2.5.8 )
l rck87 =R L.. ) j :;:::
R 81 + Rs
lL
87 + R 5 t--1
..1:

2.5.8 é aproximada por


Geralmente R ,.i.: 81 >> R 5 , tal que a expre ssão

i - Rs i· · (2.5.9)
'-ttlé 117 - - - 1:
R R7

o relê 7 ser.i sensibi lizado


Portanto, verifica-se que, dc\ ido à saruração.
fazer a p roteçã o atuar paro um defei to
pela corrente da expre ssão 2.5.9 . podendo
a atuar, para a pior falta exter na á
fora da barrn. Para e\ itar que o relé 87 venha
expre ssão 2.5. '>. isto é
barra. o seu ajusle dc,·e ser super ior ao valor da

(2-5. 10 )

Em decorrênci a do exposto e dos dados extra


ídos de experiência s prátic as
com relés de sobre corre nte,
do esquemu de prote ção diferencial de barra
ntes casos :
recomenda- se a adoçã o desse esquema. nos segui
138
CapituJo 2
@ sistema de pequeno porte;
© barras com pouc as conexões;
@ nív eis de curtos-circuitos não muit os elevados:
© barra não próxima de geração; ,_
© TLs ê0:1 1 ~'"" ~.:i pl~.:isão, de acordo com o fator
dl: soorecorrente;
@ para evita r a influência da comp onen te de.
dor:ar a proteção com uma
pequena temporização. Só utilizado em
caso de barra com alto
conte údo da componente de na corrente
de curto-circu ito, é se o
empr ego da temp orização não causa dano
s em equip amen to da
subestação.

2.6 Pro teçã o Dife ren cial Percentual de Bar


ra
A utilização da proteção diferencia l perce
ntual na barra confe re melh or
qualidade à proteção, principalmente para
os cur1o s-circuitos e levados fora da
barra, isto porque a região de restrição da
proteção confere maior estabilidade,
princ ipalmente para a saturação de algum
TC. Para acentuar ainda mais esta
consideração. pode -se prov er a prote ção
diferencial percentual de entradas
independentes para as correntes de cada TC,
de fonn a a que cada corre nte tenha
sua característica própria de restrição. A prote
ção pode. também, ser dotada de
dois ou mais ajust es de declividade (s/op
e), isto é. declividade baixa para as
corre ntes meno res e declividades aJms para
as corre ntes maiores (na regiã o da
saturação do T C).
A figura 2.6. I mostra a caracteristica de
operação de uma proteção
diferencial percentual. com do is ajust es de decli
vidad e (s/ope).

Região de
Oper ação

ReiJião de
·-------- ~ Restrição

lraatnç.ão
Figura 2.6.1 - Prote ção Diferencial Percentual com
Dois Ajustes de Declividade
Proteção de Ba.rras
139
O estudo e a análise aprofundada da
proteção diferencial percentual está
apresentado na referência [52].
A figura 2.6.2 mostra a conexão de
uma proteção diferencial percentual
barra de uma subestação. de

1
1

Barra
~I 1
1

I 1 - 1

~ ~ l ..
12

li

,,
•I

Figura 2.6.1 - Conexão de uma Prote


ção Diferencial Pe~entual
,,
11

Na operação normal ou para um curto-circ "I


uito externo à bana. tem-se
i, =i2+ ÍJ
Assim. oa prott:ção diferencial perc
entual (87), tem-se
I Opél'Dç:llO Jo S? = 1i1 - i 1 - i,! = zero
ln:.inç:>UooS'i
li.+ Í2+ili
= Valo r elevado
3
Com uma forte restrição e fraca oper ação
(87) não atua. a proteção diferencial percentual

'l
140 Capitulo 2

Para um curto-<:ircuito na barra (fi gura 2.6.3). as correntes T2 e i1


invertem o sentido.

~t i
~1

'
:

~
J~
Barra
)

~
Curto-
circuito

i2

L,
Figura 2.6.3 - Curto-circuito na Barra

1 Na proteção 87, tem-se

l l>ptr'&Ç.\<ld.>X~ =li + Íi +q = Valorele\'ado


1
j

l re$lnç:ió) do 87
li,- i:! - ijl = zero
J
1
i
Desse modo. as restrições das correntes Í: e l3 anulam ou quase anulam a
restrição da corrente i1 • Po rtanto, a proteção 87 fica praucamcnte sem restrição
interna.
A corrente de operação na proteção 87 se lorna igual à soma das correntes;
ou seja, quando ocorre um curto-circuito na barra, a proteção diferencial percentual
Proleçi\o de Barras 141

é submetida a uma elevada corrente de operação e uma reduz.ida corrente de


restrição. Desse modo, tem-se a garantia da atuação da proteção 87.
Para evitar a atuação para um curto-circuito externo, mas próximo à barra,
t= o ajuste da declividade na proteção deve ser maior, para considerar um certo grau
_I_ de saturação do TC da linha de transmissão sob curto-circuito

2. 7 Proteção de Barra de Alta impedância

L Segundo a expressão 2.5. 10 o aumento do valor de R 87 reduz a


sensibilidade de coerente eléuica na proteção, tomando-a menos influenciada pelo
efeito da saturação do TC. Desse modo, essa proteção é chamada de "alta
impedância", e nesse caso, em vez de medir a corrente, passa-se a usar a tensão
como fator de atuação da proteção.
A proteção de barra de aJta impedância utiliza o mesmo esquema da
proteção de barra com relé de sobrecorrente. Essa proteção é usada com o
propósito de contornar o problema da saturação causada pelo TC, durante a
ocorrência do cuno-circuilo fora da barra, mas próximo ao TC. Esse esquema de
proteção é o moStrado na figura 2.7. 1.
a

ReSIStol'
não 1ílear
(Thynte)

Fi,brurn 2.. 7. 1 - Proteção de Barra de Alta lmpcdãnc1a


Na figura 2.7. l , a ll.tnção de proteção 87L é um relé de sobretensão (59).
que está contida num circuito LC sintonizado (ressonante) na freqüência de 60Hz.
Note que quando um T C satura, na entrada " a" e "b" do circuito da fi gura 2.7.1
142 Capitulo 2

aparece uma tensão ( V,b = R87 f 87 ) , que deve ser menor que a do ajuste do relé
87L
Portanto, o relé 87L evita a atuação da proteção para defeito fora da barra, 1

mesmo que algum TC venha a saturar, e previne o efeito da corrente DC existente


nc6 p!'!me!ros ir.stantes do curtc-i'.rircuito. l
O ramo contendo a proteção de sobrecorrente 87H atua para defeitos
francos na barra. Para correntes de curto-circuito elevadas na barra, a tensão "ah"
·-
1
fica elevada, garantindo a atuação do relé de sobretensão 87L. Mas, para agilizar a

~
atuação da proteção, emprega-se, adicionalmente, o relé de sobrecorrente 87H. No
caso de curto-circuito elevado na barra, a tensão ..ab"' é elevada e utiliza-se o
Thyrite (resistor não linear) com o intuito de limitar a tensão sobre o relé 87H.
Portanto, o Thyrite protege o relé de sobrecorrente 87H de sobretensão,
1
principalmente no momento da ocorrência de curto-circuito elevado na barra O
relé de sobrecorrente 87H atua em até 2 ciclos e o relé de sobretensão 87L atua no
período 3 a 6 ciclos elétricos.

2..8 Proteção de Barra por Comparação DirecionaJ


A proteção de barra por comparação dircc ionaJ é feita utilizando-se apenas
relês direcionais de sobrecorrente (67).
No sistema em anel, quando ocorre um defeito (curto-circuito) na barra
todas as coerentes convergem para a barra, e. portanto, pode-se utili7.ar proteções
direcionais voltadas (dirigidos) à barra. A figura 2.8.J mostra. por exemplo, a
utilização de proteções de sobrecorrente direcionais aplicada a urna barra de um
sistema elétrico em anel.

L,

L~

Figura 2.8.1 - Operação Normal do Sistema Elétrico


Proteção de Barras 143

Na opercição nonnal do sistema elétrico tem-se correntes entrando e saindo


da barra. de modo a satisfazer a l" lei de Kirchhoff.. O esquemático em DC do
funcionamento da proteção é mostrado na figura 2.8.2.

+ 1

52b(DJ2) 67L2

52b(DJJ) 67L3

52b(DJ4) 67l4

52b{DJ5) 67l5

l 1

Figura 2.8.2 - Diagrama Funcional da Proteção de Barra com Relês Direcionais


Nesse diagrama. 52b do disjuntor, s ignifica contato auxiliar normalmente
fechado (NF) quando o disjuntor 52 está aberto. Portanto, quando o disjuntor 52
está fechado. o seu contato auxiliar 52b está abcno.
Na figura 2.8. 1, com o sistema em operação nonnal ou com um curto-
circuito fora da barra, sempre haverá algurma corrente saindo da barra. isto é,
contrária à dirncionaladade da proteção 67. Nesse caso esse relé direcional 67
mantém o seu contato aberto, não ocorrendo a atuação da proteção de barrn. Note
que 10dos os contatos das proteções direcionais estão em série.
Caso ocorra um defejto ua burra, todas as correntes terão sentido e m
direção à barra e todas as proteções direcionais operam, fechando os seus contatos
e energizando o relé auxiliar de disparo 9~. que pro,·idcncia a abertura de todos os
disjuntores ligados à barrn.
Esse esquema de proleção de barra. com proteções de sobrccorrente
direcionais pode ser utilizado, principalment<.> em subestllções com poucas
conexões na barra, por exemplo, até 5. O ajuste das proteções de sobrecorrentc s
di recionais deve ser superiores as correntes nominais das liabas correspondentes. A
saturação do TC não é um problema para esse tipo de proteção.
144 Capitulo 2

O inconveniente nesse tipo de arranjo deve-se às seguinte s razões:


® a existência de muitos contatos em série no esquema funcional em DC,
tal que a falha de um deles comprom ete toda a proteção. Portanto , uma
manuten ção rigorosa e efe~va é requerida. de modo a preserva r a
i~~~.;tjdade dos cu"~los do~ relés.

® Para um curto-circuito na barra a tensão cai a zero, prejudicando a


operação da proteção 67. Por isso, é recomendada a tensão de
polariza ção em quadratura [46). Para curto-circuito 3$, há a
necessidade de se emprega r recursos de memorização de tensão pré- l
falta para a energiza ção das bobinas de tensão da proteção 67.
Outro cuidado especial deve-se ter na proteção de barra de um sistema em
barra
1-
anel, que contenha alguma linha radial A figura 2.8.3 mostra o caso de uma
de um sistema em anel, com uma linha radial. 1
Barra ~ Radial 1

~ Proteção de
L, R
Sobtecorre nte
Anel

~ Anel

Figura 2.8J - Sistema em Anel com uma Linha Radial

+ f
O esquema funciona l emDC é o da figura 2.8.4.

•7L1

67L2

Proteção de
Sobrecorr enle

Figura 2.8.4 - Esquema Funcional em DC


Quando da ocorrênc ia de um ddeito na barra haverá corremc de curto-
havera
circuilo em direção à barra pelas linhas de transmis são L 1 e L2, mas não
o relé auxiliar de
contribuição pela linha L3 , porque a mesma é radial. Nesse caso
disparo 94 será ntivado e provoca rá a abertura s dos disjuntor es da barra.
Proteção de Barras l45

Se ocorrer um cuno-circuito na linha radial L), as proteções de


sobrecorrente direcionais da Linha L 1 e L 2 atuamo, mas atuará também o relé de
sobrecorrente da linha radial, que providenciará a abertura do disjuntor 3 e do seu
contato NF, impedindo a atuação da proteção de bnrra.
As proteções '1-: .>vÍ2[el'OrrP.r.!e ti::-r:rõnp11ic da figura 2.8.3 devem ter ajustes
superiores a corrente nominal da Linha radial. No curto-circuito l ~-terra na barra,
poderá haver contribuição de c-0.rrente pela Linha radial, se a mesma esúver
conectada a um transfoanador fr'1:::..
2.9 Proteção de Barra por Acoplador Linear
A proteção tradicional, feita com TC nonnal, isto é, com núcleo de
material ferromagnético, tem corno principal desvantagem a passivei saturação do •1
TC na linha de transmissão com defeito externo. EsLa saturação pode causar a t
operação indevida da proteção de barra.
O acoplador linear, também conhecido corno transdutor Linear, é
constiluido de um secundário enrolado num núcleo de material não magnético.
Como o flux o magnético passa através do ar. o acoplamento magnético com o
secundário é muito fraco. Por esse motivo o secundário do acoplador Linear é
construído com muitas espiras, conferindo a bobina do secundário uma
característica de bobina de potencial, tal que a tensão no secundário é proporcional
à corrente no primário. Portanto, o acoplamento é através de uma impedância
mútua e opera de modo linear sem risco de saturação.
O acoplador linear, representado pela figura 2.9.1. é um transdutor Linear.
construido de mi modo que a tensão no secundário ( V5 ) é proporcional à corrente
do primário ti r), isto é

(2.9. 1)

ou
(2. Q.2)

Onde
V5 -+ e a tensão no secundário do acoplador lmear,

Íp -+ é a corrente no primário do acoplador linear:


X M -+ é a reatância mútua do acoplador !focar.
146 Capltulo 2

Fi ~ra 2.9.1 - Acoplador Linear


Baseado nesta característica do acoplador linear pode-se urilizar um
esquema apropriado para a proteção diferencial de tensão de barra
Por exemplo, a proteção diferencial de tensão de barras, de um sistema
elétrico em anel, com a utilização do transdutor de acoplamento linear, é mostrada
na figura 2 .9.2.
Barra

~
1

1
i
1 L,
1 Figura 2.9.2 - Proteção Diferencial de Tensão de Barras com Acoplado r Linear
A proteção de sobretensão 59, está fazendo a füoçào de proteção
diferencial 87, e a tensão nesse dispositivo é dada po r
s
"~ =vl + vl + v)+ vJ+ v5=2:
k•I
"k (2.9.3)

Considerando todos os transd utores iguais e substituindo a e p ressão 2.9.2


em 2.9.3, obtém -se
s
V87 =jXMÍI + jXMiz + jXMiJ + j XMÍ4 + jX,) ~ =jX,1 ~)~
1.-1
5
Y3, = jXM ~)k (2.9.4)
k -1
Proteção de Barras
147

Porta nto, pela análi se da expr essão 2.9.4


a tensã o sob a prote ção 87 tem a
caracceris tica da Jª lei de Kirc hhof f aplic
ada à barra. Por esse moti vo. esse tipo
prote ção é conh ecida com o prote ção difer de
encia l de tensã o de barra.
s
Note que, na oper ação norm al do sisle
ma elétri ~. 2) . . =O. t:\I que_ a
t k~
tensã o na prote ção 87 é nula.
Desse mod o, ajust a-se um valo r d e tensã
o na prote ção 87 e se houv er um
defe ito na barra, então se

Ve7 > Vaju.~k do rcléS? H a prote ção 87 Opera.


Para que essa análi se fique mais evid ente
a figura 2.9.3 most ra um siste ma
elétr ico nonn nl. em anel, onde se cons
idera que as corre ntes elétr icas entra m
barra pelas linhas de trans miss ão L e L na
1 2 e saem pelas linhas L 1, ~ e~-

Barra

il i1 i, i. i,
L1 L2 ~ L4 Ls
Figura 2.9.3 - Operação Normal do 1stem
a Elétri co
Pode -se verif icar que as tensões de saída
nos 1mnsdutnres linea res das
linhas de trans missão L3 • L~ e y inver tem
as tensõ es. de mod o que a tensã o sob a
prote ção 87 é dada por

v,"1"s~ =V1 + "~ - vJ- V~ - ''s


Vrdix7 =jX"(i 1 + i~ - l 3 - i~- Í 5 ) (2.9.5 )
Aplicando-se a l ª lei de KirchhofT na barra
, tem- se
Capitulo 2
148

i, + t2. =il + i 4+ ~
i 1 + i 2 - Í 3 - Í4 - Ís = O
expressão 2.29.5. tem -se
Substituindo a exp ressão anterior na
v...1u1 =0
.
Por tant o a proteção 87 não atua s de
tra a figura 2.9.5, lodas as corrente
Para um defeito na barra, como mos
linha se dirigem à barra.
Curto-circuito

L.i.
Figuro 2.9..5 - Defeito na Borra
Assim. n tensão na proteção 87 é

v.•1c '17 ==lv, + \!1+ v3+ "~ + vsl =ljx,1 ~)


k- 1
-"I
barra é dnd a por
A corrente de curto-circuito na
s
i CWtl> l14 001111 =i, + i~ + rJ + i4 + Í5 = ~) k

Portanto. a tens ão na prot eção 87 e


Vrdl 81 = X M l 08 h:uro > v
cm1A)
. JU5lt do relt 81
149
Proteção de Barras
é maio r que o seu ajuste, a
Com o a tensão submetida oa proteção 87
disj untor es cone ctados à barra .
prote ção atua, providenc iando a abertura dos
da barra, mas próx imo do
A figura 2.9.6 apres enta um defei to fora
trans dutor linea r.
Barra

Figura 2.9.6 - Defeito na Saída do Transdu1or 1


Ness e caso a tensã o na prote ção 87 sení
Yn =-V,+ Vz+ VJ + Y4 + Ys =jX(- i, + i2+ i) + i, +is)
obtém -se
Pela Iª Lei de Kirchhoff, aplic ada à barra,
f1 =i 2 + Í3 + i~ + T5
- i, + j2 + i, + t4 + ij =o
da prote ção 87, tem-s e
Subs tituindo a equu ção anter ior na expre ssão
=
Y81 O H a proteção R7 não opera .
para a proteção di feren cial de
As vanta gens de se usar o trans dutor linea r,
tensã o de barra, são:
© A usênc ia de satur ação :
© Fácil ajuste;
© Fácil manutençã o;
não se danif ica;
© Em caso de abem1ra do secun dário o trans dutor
© ALI.a rapidez na respo sta;
© Alta confiabilid ade.
150
Capítulo 2

As desvantagens de seu emprego


são:
@ Tod os os transdutores devem
ser igua is:
@ A empresa dev e adquirir e
instalar
os transdutores lineares em todas as
conexões com a barra;
® T eJo s os transdutores lineares dç\' ciü
ser '.ltilh.a\'.lus c>.-:!.i-;i~·1me:ltc
para esse esquema de proteção. l
sto é. esses transdutores não pod em
ser compartilhados com outras funções.
Exemplo 2.9. 1: A figura 2.9.7 apre
senta o diagrama unilllar de uma sube
ond e mostra as correntes para uma stação,
determinada con diçã o de ope raçã
elétrico. O acop lador linear tem uma o do siste ma
relação de acoplamento de 1000 ~v.
Barra

i, :: 11Q8 .59Ll 511 A


i, ::32 0L2 6º A Í 1 =50 0L2 <f A i. = 400A

L~
Figu ra 2.9.7 - Operação Nom1al do
Sistema l:létrico
a) Verificar a tens ão na pro teção
87.
A tensão na prot eçã o 87 é

vf;l = -V~ -\/ -v + v,


1 2

v 5 5
= - - - 4oo - - - so oL 2o º-- 5 5
~ ººº
7

1000 - 320 L26º + - - 11 985 9LI 5º


1 000 l 1000
V~, =-2 -2, 5L 20° -1,6L2 ~ + 6L
l5°
Y87 =zero (Situação no_rmal de operação)
b) Ver ific ar a tensão na pro teçã o
87 par a um c.urto-<:ircuito na bar
corr ente s do defeito estã o mos trad ra, ond e as
as na figu ra 2.9.8.
Proteção de Barras
15 1

i, = 8L 80° k.A

Figura 2.9.8 - Def eito na Bar


ra
A tensão na proteção 87 é

"~ = v,+ v + v + v,
2 1
V11, = 40L 80u + 30L 70° + 25L 90°
+ 30L 75°
'1111 =l 24L 78.39º V (Curto - circ
uilo na barra)
No ta: Basta ajustar a pro teçã
o 87 para o valor de um Lerç
cuno-c ircu ilo na barra. O aju o da tensão obtida sob
ste recomendado na proteção
87 é

.
y. =Vs1 siob llurU.> 114 tmn
1 .,.WC no 31
3
e) Verificar a tensão na pro
teçã o 87 par a um cur to- circ
pró xim o do aco pla dor line ar uito fora da bar ra. mas
da linha L3 • A figu ra 2.9.9
par a esse defeito. mostra as cor ren tes
A ten são na proteção 87 é

V87 =v1 + v2 - v~ + \/~


Vri =40L 80° + 30L 70° - 99,6386L 75,49' 1 + 30L 75°
V87 = zero (a proteção não opera)
Capit ulo 2
152

Dj,
ºh
l~ = 1992 7,72L 75,49° A

L~

Figura 2.9.9 - Defeito Próximo da Barra


deve atuar, porque o defeito
Nota: Como se devia esper ar a proteção não
foi exter no à zona de seletividad e da prote ção.

2.10 Arranjos de Barras de Subestação


s de subestação foram
Várias configurações nos arranjos de barra de se obter
aoos . devido, pónc ipalmente, à neces sidade
desen volvidas ao longo dos
elétrica, em deco rrência de defeitos ou
maio r continuida de de servi ços de energ ia
conju nto pene ncente à barra.
manutençã o na barra ou em equipamentos do
s altern ativas de mano bras
Dependen do da configuração do arranjo, vária
flexibilidade da barra, posstbilitando,
são possíveis, o que carac teriza o grau de
de dos serviços, que é traduzida em
desse modo, a manutenção da continuida
confiabilidade da barra.
Paro cada confi guração de barras adota
da deve-se fazer uma análise
Iodas as manobras, a qual pode ser por.
criter iosa. para que a prote ção possa cobri r
7 Supe rposição de zona s:
acompanhando as nova s
7 Transferência do esque ma de proteção,
configurações;
7 Uso de esquema de proteção cm separado.
manobras faz-se uso de
Para atend er a essas possibilidades de
intertravamcnto, por:
onad oras:
á> Uso de contatos auxil iares dos disju nrorcs e secci
á> Relés intermediários.
153
Proleção de Barras

A seguir, passa-se a descreve r a lguns arranjos tradicionais de barras,


utilizados em subestação.

2.J 1 Barra Simples


Um arranjo com-tmn .. -::~pies e uma .:~:·Úguraçaõde uma subestação com
wna única barra. A figuro 2. 11.1 mostra um arranjo de barra simples.

r~

~ 1 Barra Simples

~ ~ ~
~l l~ J,,
Figura 2.1 l.I Barra Simples
Essa configuração de barro simples não tem possibilidade de manobras
ção em
para manter a continuidade de seniço. caso haja necessidade de manuten
sccciona dora ou a própria
algum compon ente do sistema. tal como: disjunto r,
ade de manuten ção no disjunto r 2,
barra. Por e.xernplo. caso uaja defeito ou necessid
deve-se então seguir o procedimento:
® Desligar o disjuntor 2;
® Abrir as scccionadoras do disjunto r 1.
Nesse caso a linha de LrJnsmissào 2 será desligada durante o tempo da
manutenção do disjuntor 2.
Toda a subestação será des ligada se houver defeito ou necessidade de
manutenção na:
® barra:
154
Capit ulo 2

® em alguma scccionadora ligada à barra:


® ou em qualquer equipamenLo conectado à barra
.
Se houver falha no mecanismo de aben
ura de algum disju ntor, a
sube staçã o devem ser desLigada. Permanece
ndo assim, durante o temp o de
procedirr.::nto !le manobras para abrir as secci
onad oras do disjuntor. de modo a
isolá-lo da bana . e do temp o de fechament
o dos dema is disjuntore s, para a
recomposição das linhas de Lransmissão.
Por esse motivo, essa configuração de
barra simples tem confi abilid ade e flexib
ilidade reduz idas.
A proteção de barra simp les é feita como
mostra o esquema da figura
2.11.2.
L,

Barra Simples
~ 1

L..
Figura 2. 11.2 - Proteção da Barra Simples
Dependendo da necessidade, pode -se dotar
, para alguns disjuntores ou
mesm o para todos. a configuração tipo bypa
ss. A secci onad ora tipo bJpass está
apresentada na figura 2. 11 .3.

bypass

_ __.1__--'-O
-"
-/-·"'·1---
Figura 2.11 .3 - Seccionadorn tipo Bypas.v
Proreção de Barras
155
Se a secc ionadora bypass estjv er fecb
adn deve-se adeq uar o esqu ema de
proteção para transferi r o disp aro
para outr o disjuntor, de mod o a
defe ito. elim inar o

2.12 Bar ra Simples Sec cio nad a


Para aum enta r a confiabil idad e do
esqu ema anterior de barra simples.
pode -se seccionar a barra. O secciona
men to pode ser fe ito de mod o sim
múl tiplo e efemado por seccionadora ples ou
ou por disju ntor.
Por exem plo, a figura 2.12. 1 mos
tra um esquema de secc iona men
simpJes e fetua do por uma secc ionadora to
.

r~ ~r
~
~
Secct0nadora de ~
sec00na~nro ~
Barra A
1 1 1
(tie)
......_
---,----+----1-
l Barra B

~ ~ ~ ~ ~ ~
l~ l~ l~ l~ l~ ~!
Figuro 2.12. I - S~ccionamento Simples
por Scccionadora
Nessa configuração o sistema pode
oper ar com o secc ionacnemo aberto
fechado. A chav e de secciona men to, ou
tam bém é conh ecid a por chave inter
de barras. hgad ora
Nesse esquema aumenta-se a confíabil
idad e, d<!' ido à maio r flexibi lidade
de man obra s para e letua r o isola
mento da barr a com defeito. Qua ndo
ama barra, man tém-se a outru barr do defeito em
a oper ando e. portanto, perd e-se som ente uma
pan e da subestação.
Dependendo da posição da chav e de
secc ionamento e. se houv er defeito.
por exemplo, na barra B, podem ocor
rer os seguintes casos:
156 Capitulo 2

a) Se a subestação opera com as barras em separado, isto é, com a seccionadora do


seccionamento aberta, a proteção de barra B desligará somente a barra com defeito,
sendo que a o utra barra continua a operar normalmente.
b) Se o sistema opera com as duas barras conectadas, a proteção de barra
desconecta toda a subestação. Em seguida, para restaurar a ~ntinuidade ele serviço
.r!a barra A úe'1c-se, ror prO\:esso manual ou automattzaóo, e11::.1:::;- as seguiu1cs
manobras:
• abrir a chave de seccionamento (tie);
• fechar o disjuntor 1, assim a barra A será energizada;
• fechar os disjuntores 3 , 4 e 5, assim as linhas L 3, L,. e ~ serão
conectadas.
Portanto, a barra A da subestação ficará fora de serviço somente durante o
tempo da execução das manobras.
Analisa-se, a segurr, os procedimentos de manobras para a retirada e
restauração de elementos de uma subestação que opera normalmente com a chave
de seccionamemo fechada.
a) Manutenção na barra B
Para isolar a barra B do sistema e létrico, deve-se efetuar as seguintes
manobras:
x abrir os disjuntores 6, 7 e 8;
x abrir o disjuntor 2;
xabrir a seccionadora de seccionamento:
xabrir todas as seccionadoras dos disjuntores que foram abertos
anteriormente.
Assim, a barra B será desconectada com segurança e a barra A é mantida
em operação.
b) Manutenção no disjuntor Z
A manutenção deve ser precedida de estudos para a elaboração da
programação das intervenções. Ponanto. para o desligamento do disjuntor 2 devc-
se ,erificar o quanto da carga da barra B pode ser suprida pela linha L1 • Nesse
caso, por exemplo. supor que a linha L 1 pode assumir, além das cargas das linhas
Li, L e Ls. mais a carga da linha '-6. Ponanto. o procedimento de manobras será:
á> abrir os disjuntores 7 e 8;
á> abrir o disjuntor 2;
Proteção de Barras 157

11> abrir as seccioaadoras do disjuntor 2.


As manobras nos disjuntores e chaves seccionadoras devem ser feitas na
seqüência indicada. O tempo de manobra completa da chave scçcionadora é
relativamente longo, compamdo ao tempo de manobra dos disjuntores. As chaves
seccionadoras podem ser operadas de modo manual ou motoriz.3das. Para
caracterizar e::::::a dis tinção, o Apêndice A, indica. que a:
!7 Seccionadora manual é designada pela função 29;
!7 Seccionadora motorizada ou automatizada é designada pela função 89.
Por segurança, as operações das seccionadoras devem ser confirmadas por
inspeção visual no local.
Apresenta-se.. na figura 2.12.2. a proteção de barras para a barra simples
seccionada por uma seccionadora.
L,

Seccionadora de
secciono menta
(tie)
A e

Figura 1. L!.2 - Pmkção de Barras


Note que, quando a seccioaadora (tie) está aberta, as barras A e B operam
separadamente. Portanto, para um defeito oa barra B, somente essa barra será
desligada e a barra A contínua a operar nonnalmente .
Com a seccioaadora (tie) fechada., as duas barras A e B operam conectadas.
e a proteção de barra desconecta as 2 barras da opernção.
O diagrama esquemático em DC da proteção du fi gura 2.12.1 é aprescnlado
na figura 2. 12.3.
158
Cap(tulo 2

89a(tie) 1 878 1 1
1 - ---.---- -t 89b~t~:tli."i .J~ t!.f"'!"'
Figura 2.12.3 - Esque mático em DC da Proteç ão de
Barras
Nessa figura:
./ 89a(tie) - repres enta o contato auxili ar. nonna
lmente âberto . da cbave
seccio nador a (tie) que tem opera ção motor izada.
A letra " a" significa
que o conta to auxili ar da cbave seccio nador a está
norma lment e aberto
(NA) quand o a seccio nador a está aberta (fora de opera
ção). A letra '·b"
significa que o conta to auxili ar da chave
seccionadora está
normalmente fecha do (NF) quand o a chave está
aberta (fora de
opera ção).
./ 52a - conta to auxili ar, nonna lment e aberto
(NA), do disjun tor que
está aberto (fora de opera ção). O contato 52a acom
panha na opera ção o
estado dos conta tos principais do disjun tor.
De acord o com o esque ma apresentado verifi ca-se a seguin
te atuaçã o da
proteção paro as condi ções abaix o:
a) Seccio nador a (tie) aber ta e ocorre um curto-circu
ito na barra A.
A seqüê ncia da atuaç ão da proteção é:
• A proteção da barra A opera . fecha ndo o conta
to 87A:
• Afiva-se o relé de bloqu eio 86A, que provid
encia a abertura dos
disjun tores 1, 3, 4 e S.
Porta nto a barra B contin ua a opera r nonna lment e.
b ) eccio oador a (tie) recba da e ocorre um curto
-circuito na ba rra A.
A seqüe ncia da atuaç ão da prolcç ão é:
~ A proteç ão da barra A opera , fechando o conta lo 87
A.
~ Ativa m-se os relés de bloqu eio 86A e 86B;
~ Abrem -se os disjum ores 1, 2, 3. 4, 5, 6. 7 e 8.
Nolc que, esse curto- circui to na barra A, foi
considerad o extern o pela
proteç ão da barra B. Porta nto, a proteç ão da barra
B não atua para esse defeito. dai
Proteção de Barras 159

a necessidade da proteção da barra A. também ativar o relé de bloqueio 868. Após


as aberturas dos disjuntores os operadores da subestação deverão abrir a
seccionadora (tie) e recompor a barra B.
Observação: No diagrama esquemático DC da figura 2. 12.3, utilizou-se o relé de
bloqueio (86} i:n.:ito e~npregado na p:-\Jteção com rel~ !!lctro!Tlecâni~~- Mas,
atualmente, dependendo da filosofia da empresa, utiliza-se no lugar do relé de
bloqueio, o relé auxiliar de disparo (94). O relé auxiliar de disparo (desligamento},
uma vez ativado, provoca a abertura do d isjuntor, e o relé de bloqueio (86)
bloqueia a operação de fechamento do disjuntor.
Na figura 2. 12. l o seccionamento da barra foi feito por uma seccionadora,
mas pode-se fazer o seccionamento por um disjuntor, como mostra figura 2.12.4.

Figura 2. 12.4 - Seccionamento por Disjuntor (Tie Breoker)


A van tagem da colocação do disjuntor de seccionamento é que, se houver
defeito em uma barra. a proteção de barra isola esta barra, sem perda da
continuidade de serviço da barra sem defeito. Nesse caso, a proteção de barra abre
todos os disjuntores conectados à barrn com defeito, incluindo o disjuntor de
seccionamento.
Apresenta-se, na figura 2.12.5, a proteção de barra para a configuração
com disjuntor de acoplamento (seccionan1ento).
160 Capítulo 2

L,,
~

A Barra A
r6 r

" Barra B
~ B

L, L,
Figura 2. 12.5 - Proteção de Barra com Disjuntor de Acoplamento (tie)
O esquema funcional é idêntico ao caso an terior, com a vantagem de que
somente a barra sob defeito será desconectada. O esquemático da proteção é o da
figura 2. 12.6.

Figura 2. 12.6- Esquema em DC da Proteção de Barra da Figura 2. 12.5


Pela amilisc dos esquemas das figuras 2. 12.5 e 2.12.6, pode-se verificar as
várias possib il idades de manobras e atuação da proteção. Por exemplo, supondo
defeito na barra B a seqüência de atuação da proteção é a segurote:
(.> A proteção 87B da barra B an1a, fechando o contato 87B:
~ Ativa-se o relé de bloqueio 868 , que fec ha os contatos 868 :
i9 Com o fechamento dos conr.atos 868, ativam-se as bobinas de
abenums (BA), que abrem os disjuntores 2, 6, 7, 8 e ue.
Verifica-se, para esse defeito na barra B, que a barra A continua a operar
sem perda da continuidade de serviço.
Proteção de Barras 161

2.13 Barra em Anel Seccionada


O arranjo de barra simples seccionada pode ser estendido a barra muJti-
seccionada.
A barra :.r..;iti-seccionadi• pode s'! fechar. formando um anel que é
denominado de ~'barra em anêl scccionadã.., co-mo mostra, por exempjo,- a figura
2.13.1.

Figura 2.13.1 - Barra em Anel Seccionada


Se houv er defei to ou necessidade de inlerveução na barra A. deve-se
efetuar os seguintes procedimentos:
0 Desligar os disjuntores 1 e 2;
0 Desligar o dísjuulor de linha da subestação remotn~
0 Abrir as respectivas seccionadoras dos disjuntores 1 e 2 e do disjuntor
remoto;
0 Fechar a seccionadora de aterramento (não mostrada na figura 2.13.1 ).
Com essas manobras a barra A estará segura e liberada para a rcspectha
mtcí\>cnção.
Há várias alternativas de colocação de disjuntores e sccctonadoras nas
linhas de transmissão. Por exemplo, com referência à figura 2. 13.1, poder-se-ia
implementar apenas secciooadoras nas linhas, como apresentado na figura 2.13.2.
162 Capítulo 2

.•

Figura 2.132- Alternativa ele Configuração


Nesse arranjo em anel não há uma proteção de barra especifica, porque a
proteção de barra é feita pela própria proteção da linha de transmissão. A ligura
2. l3.3 evidencia essa proteção.

Figura 2. 1J _l - Proteção em Anel


Na figura 2.13.3, P., P2 , P 3 e P.i representam as proteções adotadas para as
respectivas linhas. Essas proteções têm características direcionais. Por exemplo.
para um defeito em F 1 a proteção P 1, da linha L 1, atua abrindo os disjuntores J e 2,
Proteção de Barras 163

e a proteção remota deve abrir o seu d isjwltor para desligar a linha de transmissão
na outra su bestação.
Se ocorrer um defeito em F 2 as proteções P1 e P4 atuam abrindo os
disjuntores 1, 2 e 4. E, após ét verificação do defeito em Fi, pode-se fechar o
disiu::ror 4, recompondo a linhil 4.
Note-se que nesse esquema utilizam-se 8 TCs e, por razões econômicas, na
prática empregam-se, no esquema. TCs com 2 enrolamentos secundários, como
mostra a figura 2. 13.4.

Fibrurn 2. 13.4 - T Cs com 2 Secundários


No et1qucma da figura 2.13.4 o de fe ito cm F 1 é eliminado pela atuação da
proleçâo P1, desligando os disjUJ1tores 1 e 2.
Na ocorrência de um defeito e m F1 a proteção P1 atua. desligando os
disjuntores 1 e 2. porém o defeito continua a ser alimentado pelas linhas L T~, LT~ e
LT!· Note que ~ a abertura dos d isjuntores l e 2 o defeito em F2 não está
coberto por nenhuma proteção local e, portanto, as proteções das linhas de
transmissão das outras subestações devcdío atuar para eliminar esse defeito. Isto é.
as proteções remotas dessas linhas deverão abrir os seus disjuntores. para eliminar
o defeito em F2 (a subestação locaJ será desligada). Esse é um problema decorrente
de se utilizar TC com 2 secundários. Defeito nesse local é dificil de ocorrer, mas
corno a conseqüência do efeito é dcvaslador. outras providências de proteção
devem ser tomadas para contornar esse problema. Por enmplo. pode-se dotar o
re lé de distância com um pequeno deslocamento reverso (offieJ), ou utilizar a
proteção denominada de bfmd spot. para cobrir esses " ponlOS cegos".
Capítul o 2
164

para cobrir o defeito


A segui r, apresent.a~se a proteção (lógica) blind spot
em F2 (ponto cego). Essa lógica baseia -se na
consid eração de que se. a proteção P1
defeito é do ripo F2. Assim, deve-
atuou e há corrente passa ndo no T C., é porqu e o
o. Coloc a-se um relé de
sc configurar uma lógica com essa consideraçã
DC para a 1{1gica b/i11d spot é a
sobre corrente conec tado no TC1 e o esque ma em
lll!)Stn1da na figura ~.13 .5.

+ l 94(DJ1 ) + 1 +

I "' T1

50 .. -~---
Relé de ~ BA(DJ4)
Temp o

T 52a(DJ4)

Figura 2. 13.5 - Proleção Bimá Spo1


ados, como aprese ntado
Os comandos são feilos em c ircuitos DC em separ
na figura 2.13.5 .
ão blind .~pot é:
Para um defeilO em F2, a seqüê ncia da atuaçã o da proteç
o 94. que abre os
7 A proteç ão P 1 atua, ativan do o relé auxili ar de dispar
disjun tores 1 e 2 ;
recha:
7 Com abertura do disjun tor 1. o seu contato 52b(DJ,)
sobrc corrente ligado
7 Como o defeit o em F2 não é elimin ado, o relé de
no T C 1 opera. fecha ndo o conta to 50;
ar de tempo (T) é
\ 7 Com o fecha mento do conta to 50, o relé aw.ili
ativado;
contato fecha:
;. Trans corrid o o te mpo T 1 no relé de tempo , o seu
a bobin a de abertura do
7 Com o fecha mento do contato T 1• ativa-se
disjun tor 4:
to 52b(DJ~);
7 Com a abertura do disjun tor 4 , fecha-se o seu conta
se o contato T 2;
;. Trans corrid o o tempo T 2 no relé de tempo. fecha-
transmissor de sinal TR.
;. Com o fecha mento do conta to T2, ativa- se o
o direto mo do
que envia um sinal de comu nicação, para o dispar
L+
disjuntor do outro tennin al da linha de transm issão
165
Proteção de Barras

Transferênci a
2.14 Arranjo Barra Principal e de
ncia, apresen tado na figura 2. 14. J, é
O arra njo barra principaJ e de tran sferê o bypass,
a barr a de transferê ncia opera com
um tipo de conf iguração em que r disj1•'ltor da
ncia, em subs tituição a quaJ quc
associada com o disj untor de transferê -
su~ tação.

Barra Principal

Barra de
Transféncia

L,

Figura 2. 14.l - Barra Poncipal e de Tran


sferência
a som ente com a barra principn l. tal
Na operação normal a subestação oper fechados .
dora s e djsjuntore" de linha t!Slâo
que. dest a forma , todas as secciona
pod e estar:
Nessa situação a barra de transferência
onec tada da barra prin cipaL Nesse
../ Sem tensão. isto é, totaJmence desc
aben o. com suas secc ionadoras
caso, o disjuntor de transferê ncia está
fechadas ou abertas.
Com censão, isto é. o disJtmto r de
Lrans ferêncta e suas sccciooadoras
..r
estã o fechados.
sferê ncia está inoperante toda s as
Note que quando a barra de tran
sccc ionadoras ·'f' estão abertas.
166
Capitulo 2
Se hou ver defe ito na barr a prin
cipal ou em qua lqu er sec cion ado
prin cipa l, toda a sub esta ção será ra da bar ra
des ligada pela pro teção.
No esq uem a da figura 2 .14.
1 a alim entação é feita pela
transmissão L 1 e Li e as carg as s linh as de
pela s linh as L3 a L~.
s~ prec isar deslig:i~ o circ
uito. ess~ esqu~ ap~nt:a il
per mit ir reti rar para a man uten flexibilidad ~ de_
ção qualquer disjuntor, por que
transferida para o disj untor a sua função fica
de transferência. A seg uir pas
algu mas Intervenções. sa-se a con side rar
a) M anu ten ção no djsj untor
1.
Para isolar o disjun10r 1 do sist
ema elét rico , deve-se:
~ Fechar as seccionadoras do disjunto
r de tran sferênc ia;
~ Fechar a seccion ado ra de con
exão da bar ra de transfer ênc
disj untor que será des ligado, isto ia do
é, fech ar a sec cionadorn " 1c"";
~ Fec har o disj unt or (tie) de tran
sferência;
~ Abrir o disj unt or l. q11
e sofrerá a manutenção;
~ Abr ir as secc iona dor
as do disjuntor 1, isto é . abri
" Ia" e " ! b". r as sec cion ado ras
Com essa s ope raçõ es o d isju
ntor de tran sferênc ia assu me
disjunto r 1. Portanto. nes sa seq o luga r do
üên cia de man obr as, deve-se,
automático, ope rar a cha ve de de mod o man ual ou
transferência (43). par a que a
atue no disj untor de transfer ênc proteção da linh a L
ia. A cha ve de tran sfer ênc ia (43 1
ser: ) de proteção. pod e
~ de 2 pos içõe s: Normal - Transfe
rênc ia. Na pos ição Nor mal , a
da pro teçã o, abre o disj unto r atu açã o
de linha. Na pos ição Tra nsfe
atua ção da pro teção. abre o disj rência, a
uncor de tran sferência.
~ de 3 pos içõe s: Nor
mal - lntem1ediár ia - Tra nsfe
amerior. só que na pos ição lnte rência. Igual a
rmcd iári ~ a atua ção da pro
os disj unt ore s de ltnh a e de tran teçã o, abre
sferência.
A open1ção da cha ve de transfer
ência pode ser, manual ou auto
con trol e loe<1 l ou remoto. mãt ica. com
Par a a retirada do disj unto r 1
toda s as ope raçõ es de man obr
sem perda da con tinu idad e de a se pro ces sam
serv iço.
b) Ma nut enç ão no dJsj uotor 6.
Parar isol ar o disj unt or 6 do sist
ema elétrico dev e-se:
~ Fec har as sec cion ado
ras do disj unt or de transferênc
ia;
Proteção de Barras
167

~ Fecha r a seccionadora da conex ão da barra


de transferência com a
Linha 4. isto é, fechar a secci onadora "6f';
~ Fecha r o disjuntor de transferência;
~ Abrir o disjuntor 6:
~ Ab:i1 .:s seccío nadoras do é isjunt or 6-. isto é, 1brY:
..as seccia::adorn!:
"'6d.'" e b6e··.
A linha 4 é alimentada pelo disju ntor de transf
erência, pona nto a proteção
dessa linha deve atuar nesse disju ntor.
Se houv er defeit o na barra princ ipal, toda a subes
tação será desligada pela
prote ção.
Pode -se melhorar a flexibilidad e e continuidade
desta subes tação, dotan do
a barra princ ipal de seccionamento por disjuntor ou
chave de seccioname nto.
A prote ção de barra, para o caso de arran
jo de barra princ ipal e de
transferênc ia, é a apresentada no diagr ama unifll
ar da figura 2.14.2.
~ ~

TP
Barra Principal

Barra de
Transfêncla

L. L, L, L.
Figura 2.14.2 - Proteção de Barra do Amlnjo Barra
Principal e de Trans ferênc ia
168 Capitulo 2

O esquemático em DC, para essa proteção de barras, é o da figura 2.14.3.

Figura2.143-Esquema em DC da Proteção de Barra


Com o objetivo de melhorar a qualidade da proteção é adicionado, no
esquema da figura 2.14.2, uma proteção de sobrecorrente direcional 67, com
direcionalidade voltada para a barra de tmnsferência. Sempre que a proteção de
barra 87 atuar e a corrente estiver na direção do 67 apenas o disjumoc de
transíeréacia deverá ser aberto.
Para rnellior caracterizar essas atuações passa-se, a seguir. a analisar as
alternativas de operação do esquema apresentado.

Caso a) Barra principal ativa.


Considera-se, nesse caso, que toda a subestação está operando somente
com a barra principal e, portanto, o disjuntor de transferência pode estar:
~ Aberto: a barra de transferência está sem tensão, isto é, está destigada;

~ Fechado: a barra de transferência está com tensão, mas sem corrente


(sem carga).
Nessa situação podem ter as seguinics ocorrências:
al - No caso de um defeito na barra prind pal, a seqüência da proteção é:
7 a proteção de barra 87 arua, fechando o seu contato 87. Note que a
proteção 67 não atua, porque não passa corrente por ela.
7 Coro o fechamento do contato 87 ativa-se o relé de bloqueio 86. que
abre todos os disj un tores do esquema da figura 2. 14.2. inclusive o
disjuntor de tra.nsforência.
a2 - Se o disjuntor de transferência estiver fechado e ocorrer um defeito na barra de
transferência, a seqüência da aruação da proteção é:
Proteção de Barras 169

x a proteção de barra 87 atua, fechando o seu contato 87 e o relê


direcional 67 atua, fechando o seu contato 67NA e abrindo o contato
67NF;
x. Com os contatos 87 e 67NA fechados ativa-se a bobina de abertura
(BA) d"~isjuntor de trél1!SferêncJ:>_ abrindo-o. Note que só o disjuntor __
de transferencia é aberto, sem pt:ída da coõiiõuidade de serviço.

Caso b) Barra de transferência operando.


Supondo-se, por motivo de necessidade de manutenção, que a barra de
transferência está operando e o disjuntor de transferência está substituíndo um
disjuntor em manutenção. Nessa situação os seguintes casos são analisados:
bl - d isjuntor 2 em manutenção
Nesse caso o disjuntor de transferência está ocupando o lugar do disjuntor
2. Nes-sa condição, podem ocorrer os seguintes defeitos:
• Defeito na barra principal
A seqüência da atuação da prnteçâo é:
,,r Atua a proteção 87, fechando o contato 87. Note que o relé 67 não
atua, porque a c-0rrente está em sentido contrário ao de sua
atuação.
,,r Com o fechamento do contato 87 ativa-se o relé de bloqueio 86,
que abre todos os disjuntores, u1clusive o disj untor de
transferência.
• Defeito na barra de transferência.
A seqüência da atuação é:
,,r Atuam as proteções 87 e 67. fechando os contatos 87 e 67NA e
abrindo o contado 6 7NF:
./ Com o fechamento dos contatos 87 e 67NA ativa-se a bobina de
abertura (BA}, abrindo o disjuntor de transferência. Note que
somente a LT 2 foi desconectada e o restante da subestação
continua em serviço.
Se outro disjuntor estiver em manutenção n proteção atua semelhanterneote
ao caso anterior.
170 Capitulo 2

2.15 Barra Dupla a 4 chaves


Apresenta-se, na figura 215.J , um esquema de arranjos de barra dupla a 4
chaves seccionadoras. muito utilizado nas subestações com níve l de tensão de 138,
230 e345kV.

Diajunlol" de
TransffHênqa
Barra A (tle)

Barra B

Figura 2.15. I - Barra Dupla a 4 Chaves


Pode-se verificar que, no esquema de cada bay. as entradas ou saídas
apresencam um disjuntor associado com 4 seccionadoras. daí a denominação de um
disjuntor a 4 chaves. Para esse caso sempre a barra B será usada como barra de
transferência.
O esquCTIJn de arranjo de barra du:pla pode operar cm várias combinações,
possibilitando uma ile.xibilidade muito boa.
As possibilidades são múltiplas. tais como:
• Operar com somente uma barra. sendo que a outra fica a disposição
para ser utilizada como barra de transferência:
• Operar com as duas barras, possibilitando diversas combi n a~ões.
A confiabilidade i; devida a continuidade pennanente de serviço
para:
© Defeito na barra;
© Defeito em disjuntor;
• (

Proteção de Barras
17 1

(
© Defeito em seccionadora.
Ocorrendo uma fo lha a proteção atua e o s istema será desligado. mas (
sempre hav erá a possibilidade de isolar o equipamen to com defeito e restaurar a (
continuidade total de serviço. C sistema ficará desenergiz ado somente durante o
tem~ -gasto para efel!.!IIT os orocedimen tos de manobras na subestação. _
Por exemplo. supondo que toda a subestação esteja operando somente com (
a barra A e ocorre um defeito nesta barra. Devido a essa ocorrência a proteção da
barra A desliga toda a subestação, abrindo os disjuntores 1, 2, 3, 4 e 5. Após a
análise da ocorrência em que detectou-se o defeito na barra A deve-se seguir uma (
seqüência de manobras pré-definidas, para passar toda a operação da subestação
para a barra B. O procedimen to da seqüência de manobras é:
7 Abrir todas as seccíonadoras "b";
7 Fechar todas as seccionado ras uc";
7 Fechar os disjuntores 1 e 4. (
7 Fechar os disjuntores 2 e J.
(
Se toda a subestação está operando somente com a barra A e caso haja
necessidade de intervenção no disjuntor 2. deve-se fazer as seguintes manobras: (

./ Fechar as seccionadoras do disjuntor de transferência; (


./ Fechar o disjuntor de trans ferência~
./ Fechar a secc1onadora -2d ..; (
./ Abrir o disjuntor 2;
./ Abrir as seccionadoras "2a" e "2b".
(
Note que, no caso ac ima, a barm B foi usada como barra de transferência.
Por isso, esse esquema de barra dupla a 4 chaves, também, é conhecido por barru
priocipnl e principal de transferência (barra P-PT).
Nesse esquema de arranjo de barra dupla sempre ha\'erâ manobras para
tirar qualquer disjuntor de serYiço. Portanto, devido aos graus de ílcxibilidad c e
conliabilidade apresentados. esse esquema de barra dupla é muito utilizado pelas
emp resas de energia elétrica. sendo. porém mais caro. Por csti razão, ele é
empregado nas tensões de 138, 230 e 345kV.
Nesse esquema, existem várias possibiliclndes de operação. Porém, sempre
que se deseja tirar de operação um disjuntor. deve-se passar toda a subesta~io a
operar na barra A. para depois fazer a manobra desejada, usando-se sempre a barra
B como barra de transferência. Isto evidencia um excesso de manobras. que é uma
carncterfstica desse esquema de arranjos de barras.
172 Capitulo 2

O esquema de proteção atua identicamente ao arranjo de barra principal e


de transferência. Como analisado anteriormente, a preferência é de operar sempre
com a barra A como seodo a principal, e a barra B utilizada como transferência,
havendo assim várias combinações de manobras para a utilização desse arranjo.
A proteção de barra é a apresentada na figura 2.15.2.

Disjuntor de
Transte.6ncia TP
Barra A (tll}
'

Figura 2.15.2 - Proleção de Barra


O esquema funcional cm DC é o da figura 2.153.

~l
1
4b

Figura 2.15.3 - Esquema Funcional em DC


A seguir, passa-se a analisar a aluação da proteção para algumas posições
no arranjo.
Proteção de Barras 173

a) Sistema oper ando somente com a ba rra A.


Nesse caso todas as seccionadoras ub" estão fechadas e a barra B pode ou
não estar energizada, mas sem carga.
Se ocorrer um defeito na barra A. a seqü ência de atuação da proteção é:
+ Atua a proteção E7:
+ Ativa-se o relé de bk>queio. que provoca a abe rtura de todos os
d isjuntores, inclusive o de transferência.
b) Disjuntor 2 em m anutenção.
Com o disjuntor 2 em manutenção o circuito da linha Li está sendo
protegido pelo d isjuntor de transferência (tie) e a barra B está sendo utilizada. Note
que, nessa situação, as seccionadoras 2a, 2b e 2c estão abertas e a 2d fechada. As
seguintes ocorrências são posslveis:
• Curto-circuito na barra A.
A pro teção atua na seqü ência:
./ A tna a proteção 87;
./ Ativa-se o relé de bloqueio. que abre todos os disjuntores.
• Cuno circuito na barra B.
A proteção atua na seqüência:
~ Atuam as proteções 87 e 67, isto é, fecham-se os contatos 87 e
67NA e abre-se o contato 67NF;
~ Abre o disjuntor de transferência e o restante do sistema continua a
operar nonnalmente.
Note que neste caso, o defei to oa barra B continua a ser alimentado pe la
linha de transmissão L2 • Esse defeito pode ser e liminado pela 2ª zona da proteção
do outro terminal da linha de transmissão L~. ou pode-se, acionar a transmissão de
disparo d ireto para abrir o disj untor do termjnaJ remoto. Essa ação de transmitir o
sinal de disparo direto só é fe ita com a chave seccionadora tipo bypass fec hada.
que no caso é a chave scccionadora ..2d" bypass do disjuntor 2.
Deve-se considerar que. quando o disjuntor 2 estiver em manutenção, a
chave de transferência 43. migrou toda a ação da proteção da linha de transmissão
LT1 para o disparo do disjuntor de transferência (úe). A chave de transferência 43
pode, também. ativar a lógica de transferência de d isparo direto.
e) Sistemn oper ando com as duas barras.
174 Capitulo 2

Supor o arranjo ativado do seguinte modo:


~ Barra A com as linhas de u-ansmissão L 1 e La~
~ Barra B com as linhas de transmissão L3 e Li;
~ Disjuntor de transferência fechado.
Nessa situação, se ocorrer defeito na barra A, tem-se :1 M!guinte seq.'.:.(?nda
da acuação da proteção:
• A proteção 87 atua;
• Ativa-se o relé 86, que fecha os contatos 86NA e abre o 86NF;
• Como os contatos auxiliares das chaves seccionadoras 1b e 2b estão
fechados, ativam-se as bobinas de abertura BAI e BA2, abrindo-se os
disjuntores 1 e ~ abrindo-se. também. o d isjuntor de transferência.
Note que, devido às chaves 3b e 4b estarem abertas, os circuitos 3 e 4
se mantém em operação.

2.16 Barra Dupla a 5 chaves


Para dotar de maior versatilidade o esquema de barra dupla a 4 chaves, em
que qualquer barra passa ser utilizada como transforência. utiliza-se o esquema de
arranjo de barra dupla com um disjuntor a 5 chaves, como mostra a ligura 2. 16.1.

OisfunlOr de
TrarniforàrlCla
Barra A (tie) 1

Barra B

Figura 2. 16. I - ílarrn Dupla a 5 Chaves


Veri üca-se que, nesse esquema, qualquer barra pode ser usada como barra
de transferência.
(

Proteção de Barras 175

A proteç-Jo de barra, para essa configuração, é a apresentada na figura


2. 16.2.

L, Olsjutada
Trlll1$ferêlida (
(ójt)

Figura 2. 16.2- Proteção para o Arranjo de Barra Dupla a 5 Chaves l


O esquemático em DC é praticamente o mesmo do apresentado na
figura 2.153 com algumas variações. (
Existem várias lógica de esquemã1ico em DC, para a proteção de barras, (
mas, quem identifica em qual barra o c ircuilo está conectado, são os estados das
scccionadoras " a" e "b". l

2.17 Disjuntor e Meio


A configuração de barra de uma subestação, conhecida como arranjo de {
barra tipo ·'disjuntor e meio"', é mostrada na ligura 2 17 .1.
Essa conriguração apresenta elevado grau de flexibiliJade e confiabilidade, l
porque qualquer defeito na barra. chave, disjuntor ou outro equipamento da
configuração. será eliminado pela ação da pro1eção, sem perda da continuidade de
(
serviço. Esse arranjo de um <lisjuntor e meio apresenta custos elevados, sendo, por
esse motivo. empregado em subestações de sistemas de ex1ra alla tensão. tais como
os de 440. 500, 525 e 765kV.
Para melhor caracterizar os graus de fl exibi lidade e de confiabiltdadc
apresentados por esse tipo de arranjo, aoalmsa-se as seguintes contingências:
176 Cnpítulo2

..

Barra.e

Figura 2.17. I - Arranjo de Barra Lipo Disjuntor e Meio


a) Defeito na linha de transmissão L1.
Nesse caso a proteção providenciará a abertura dos disjuntores 1 e 2
desligando a linha de transmissão L 1 da subestaç.ão. O restante da subestação
continua a operar norma lmeote.
b) Defeito na linl1a de transmissão Lt.
Jdem item "a", ou seja. proteção providenciará a abertura dos disjuntores 2
e 3. desligando a Linha de transmissão l.4. O restante da subestação continua a
operar normalmente.
e) Defcito na barra B.
A proteção da barra B abre os disjuntores 3, 6 e 9. sem _perda de qualquer
serviço.
d) Defeito na barra A.
A proteção da barra A abre os disjuntores 1, 4 e 7, sem perda de qualquer
serviço.
Proteção de Barras
177

e) Manutenção em qualquer disjuntor.


B asta efetuar o seguinte procedim ento:
© abrir o disjuntor correspon dente;
© abrir as 11J~,,ectivas seccionadoras.
O Maooteo çio em qualquer barra.
Basta efetuar o seguinte procedimento:
v' abrir os disjuntore s da barra~
v' abrir as respectivas seccionadoras conectadas à barra.
A proteção das barras da subestaçã o com arranjo de disjuntor e meio é feita
em separado nas duas barras, associada com as proteções das linhas de transmiss ão,
como apresentado na figura 2. 17 -2.

Barra A

P1

L. Barre B L,
Figura 2.17.2 - Proteção da Subestação com Arranjo de Otsjuntor e M eio
178 Capitulo2

Note-se que, nesse esquema, os T Cs das proteções de barras e das LTs


estão entrelaçad os nos diajuotore s. de modo a superpor as zonas de proteção. O
esquemát ico em DC está apresentado na figura 2.17.3.

fl
1
Figura 2.17.3 - Esquemático cm OC do Arranjo de Barras de Disjuntor e Meio
Analisa-se. a seguir, as possíveis ocorrênci as na subestação.
a) Defeito na barra A.
A seqüência da atuação da proteção é a seguinte:
? A proteção 87 A de barra atua. fechando o seu contato 87 A:
? Ativa"5e o relé de bloqueio 86A, que fecha o seu contato 86A;
+ Com o fechamento do contato 86A. ativam-se as bobinas de abertura.
abrindo-se os disjuntore s l , 4 e 7.
b) Defeito em f .
A seqüência da atuação da proteção é:
~ Atua a proteção P 1 da LT1 • que fecha o contato P 1;
~ Ativam-se as bobinas de abenura l e 2, abrindo-se os disjuntore
s 1 e 2.
Note que no caso de defeito em F a proteção do outro extremo da L T 1 deve

abrir os disjuntores da subestação remota.


A escratégia de colocação dos TCs na configura ção de arranjo de disjuntor
e meio, da figura 2. 17 .2, é correta do ponto de vista da proteção, mas devido ao
fator t:cooômico. utiliza-se TC com dois secnndári os. como està apresenta do na
figura 2.17.4.
Nesse esquema perde-se um pouco da qualidade da proteção,
principalmente nos defeitos localizados em F 1• F? e F~. como assina lados na figura
2.17.4. Note que cada um desses pontos está coberto pela proteção, mas não está
coberto pelos disjuntores da subestação. Isto é. os disjuntores locais não
consegue m eliminar o curto-circ uito.
P roteção de Barras 179

L, Barra A

Barra B
L,

Figura 2. 17..t T s com Dois Secundarias


l:.ntretanto. deYe-se salientar que o cuno-circuito nes.ses pontos é de
rarissima ocorrência. Esses pontos cegos podem ser cobcnos pela lógica blind spot,
como apresentado na secção 2 13. O ponto cego. também é denominado.
d~pendend o do fabricante do relé, de zona mona ou endfuult.

2. l8 Arranjo Tipo Barra Dupla e Disjuntor Duplo


A configuraçã o de barra de uma subestação, conhecida como "arranjo de
barru dupla e disjuntor duplo'· é a mostrada na ligura 2. 18. 1.
180 Capitulo 2

Barra A

l Barra B

Figura 2.18. I - Barra Dupla e DisjuntoT Duplo


O esquema de proteção para a barra dupla e dísjuntor duplo está mostrado
na figura 2.18.2.
L, Barra A

P1 P3 P4

Barra B la L~

Figura 2.18..2 - Protcção da Subcstaçiio com Arranjo de Barra Dupla e Disjuntor Duplo

Protepo de Barras 181

2.19 Arranjo Tipo Disjuntor e um Terço


A configuração de barra de uma subestação, conhecida como "arranjo de
disjuntor e um Lerço", é a mostrada na figura 2.19.1.
t
T
Barra A

~ ~
'i 'i
t t
~ ~ ~
'i 'i 'i
~ ~ ~
Barra B

Fit,rura.219. 1- D isjun1ore Um Terço


A preleção de barrn adotada para esse arranjo de "disjuntor e um terço''
está apresentada na figura 2. 19.2.
182 Capítulo 2
[
t, Barra A

A 87

P1

P4 PS

B 87

Barra B !.,

Figura :?.19.:? - Protei,.iio de Barra do Arranjo Disjuntor e Um Terço


A proteção segue as mesmas considerações feitas para o arranjo de
subestações com d isjuntor e meio.
183

- (

Capítulo 3
(

(
(
Proteção de Reatores
(

(
(

3.1 Reator de Linha


O reator de linha, também denominado de reator slmnt. é etilizado na linha
de transmissão, para absoiver reativo com o propósito de regular a tensão.
Dependendo do tipo cons trutivo o reator de linha pot.lc ser: l
x Monotãsico;
x Trifasico.

Em função da característica. do custo e da necessidade do sistema elérrico,


o reator pode ser instalado do seguinte modo :
(
t? No início da Linha;
t? No final da ~
t? Em ambos terminais da liuha de transmissão.
E m relação ao grau de manobrabiüdadc do reator, este pode ser:
7 Reator com disjuntor na conexão com a linha de transmissão;
184 Capítulo 3

; Reator com disjuntor no terminal próximo ao neutro da Ligação Y


aterrado;
; Reator com seccionadora na cone.xão com a linha de transmissão:
; Reator diretamente conec"!l!do a linha de transmissão.
Ar.:.!::.?nta-se na fi~. ~ra 3. 1.1 várias conexões de reatores com a linha de
transm issão.

Disjuntor
Reator

Figura 3. 1. 1 - Conexões de Reatores


Na figura 3. 1.1, os reatores apresentados estão conectados em Y aterrada,
mas ao sistema elétrico é mu ito usado a ligação dos reatores em ti ou em Y não
aterrada. Para se ter um controle na quantidade de reativo absorvido, pode-se
adicionar no banco de reatores, um reator no neutro na estrela. conectado a uma
cha"e seccionadora tipo bypass. como mostra a figura 3.1.2.

Disjuntor

Reator

Figura 3. 1.2 Reator no Neulro da Ligação em Y


Proteção de Reatores 185

A figura 3.1.3 apresenta o diagrama unililar da instalação dos reatores em


ambos lado da linha de transmissão.

Figura 3. 1.3 - Reatores lnstalados na Linha de Transmissão


Durante a operação de sistemas elétàcos, na linha de transmissão longa. há
geração acentuada de reativo devido às capacitâncias distribuidas. Essa geração de
reativo acarreta e levação do perfil de tensão ao longo da linha de transmissão. Este
fenômeno de elevação de tensão, denominado de efeito Ferranti, e está apresentado
na figura 3. 1.4.

Efeito Ferranti-- ----- VN + AV


VN ~~~~~================

Figura 3. 1.4 - Efeito Fermnti


Portanto. o reator (ou os reatores) pode ser conectado na linha de
transmissão durante os períodos de carga leve (madrugada), onde a linha gero
muito reativo. Desse modo, o reator consome pane do reatiyo da linha de
transmissão de fonna a controlar a tensão próxima do valor nominal. Em regime
normal de operação do sistema e principalmente na hora de carga pesada (hora da
ponta) o reator deve ficar fora de serviço.
Construtivamente há 2 tipos de reatores. que são:
+ Reator de nucleo de ar;
+ Reator de núcleo de ferromagnético imerso em óleo.
3.2 Reator de Núcleo de A r
O reator com núcleo de ar é coru.irufdo com uma bobina enrolada num
núcleo de material não magnético e é utilizado para sistemas elétricos com ní' eis
de tcn.<;ões baixas (por exemplo, até 35kV). Geralmeote, para controlar o reativo do
lado de alia tensão. esses reatores são instalados vía terciário do transformado r
principal dn subestação.
186 Capítulo 3

As vantagens do reator de núcleo de ar são:


@ baixo peso;
@ baixas perdas;
,... © baixo custr.;
@ ~~ ;:::~ã. _<'! CO!'fen.il!S M inn 1sh na s-,.m eneTgbJtc;l\e;
© possuir uma indutância constante, tendo linc-.iri<lulle fül geração de
fl uxo magnético, não produzindo harmônicas na sua operação.
As principais desvantagens são:
@ limitações de tensão;
@ baixa capacidade de potência;
@ tlUJto magnético livre no ar, produzindo indução de correntes em
metais e interferência e letromagnética em equipamentos vizinhos;
© Exige maior espaço para a sua instalação.

3.3 Reator de Núcleo de Magnético com Gaps Imerso em Óleo


Esse reator é idêntico a um transformador sem o enrolamento secundário.
O seu núcleo de material ferromagnético é constituído de gaps, com o objetivo de
manter uniformidade na sua indutância e reduzir o flu.~o residual (remanente) no
núcleo. Todo o material e o circuito do reator operam imersos em óleo mineral
contido no tanque metálico do reator. O núcleo magnético e o tanque metálico
confinam o fluxo magnético de modo a não interagir com o utros equipamentos da
subestação. Devido a não haver força conlra-magnetomotriz no secundário, que é o
caso de um trans formador comum, a reação magnética do reator está no próprio
flu xo magnético. Desse modo o fl uxo magnético é elevado, com prod ução de
hannônicas e acentuada perdu de calor, necessitando do óleo e de radiadores para o
dissipar o calor gerado e conlrolar a temperatura. Geralmente. os radiadores são
maiores que o próprio reator, que é o caso, por exemplo. o mostrado na fotografia
3.3. 1.
As vantagens do reator com oúcleo magnético imerso no óleo são:
@ Possibilidade de operar com maior potência;
© Fluxo magnético confinado no núcleo;
© Pode ser constituído de urna unidade monofásica ou trifásica:
© Operação com tensão ma is elevada;
@ Ocupa menos espaço na aérea da subestação.
Proteção de Reatores 187

Fo1ogralin 3.3. 1 - Reator Tnf:lsico e seu Radindor


As principais desvantagens são:
® Muito pesado~
® Geração de hannõnicas;
@ Geração de muito calor, ueccss1tando de radiares ou de até refrigeração
forçada:
® Preço ele,ado:
® Manutenção, devido ao maior número de componentes:
® fntensas vibrações dc,·ido aos gop.

3.4 Proteção do Rea tor de Núcleo de Ar


O reator de núcleo de ar é instalado no terciário do tr.msfonnador que
opera como um circuito isolado da terra. essa instalação, os tipos de curto-
c1rcuito que podem ocorrer no reator são:
a) C urto-circuito 3<j> nos terminais de entr.ida ou próximo dos enrolamentos
do reator.
188 Capítulo 3

Esse tipo de curto-circuito é raríssimo de ocorrer, pois, geralmente, os


bancos de reatores são formados por unidades monofâsicas, instaladas em
separados, para garantir o nível de isolamento requeódo pela rede elétrica. O curto-
circuito 3~ produz pouco dano no muor, porque a tensão elétrica cai a zero, tirando
o reator de serviço.
b) Curto-circuito 2' nos terminais de e ntrai!a ou próximu ~(;S êõrolãmt::nto,
õo reator.
Mesmo caso do item '·a".
e) C urto-circuito lcl>-terra
O curto-circuito 1c!>-terra no barramento ou dentro do reator, apesar de ser o
mais comum, pouco dano produz, porque a resistência R inserida no transformado r
de atecramento limita o valor da corrente de curto-circuito. Portanto, em relação ao
curto-circuito. a proteção pode ser constituída de:
./ Proteção de sobrecorrente;
./ Proteção diferencial;
,/ Proteção de seqüência negativa.
Essas proteções já foram apresentadas nas referências [46] e [52).
Descreve-se a seguir a proteção adequada para o c ircuito terciário isolado da lerra e
para defeitos que envolvem a quebra da isoJaçào à carcaça do reator. A proteção do
reator é feiLa indiretamente pelo relé de sobretensão (59) que está conectado no
secundário em ô. aberto do transformado r de atcrramento (5), conforme
apresentado na figura 3.4. l .
Barra Terciâna do Transfomiador
o
e:
"
:;-
º

Função64

Figura 3.4. 1 - Proteção do Reator


Proteção de Reatores 189

Em relação ao esquema da figura 3.4. l , o relé de sobretensão 59 está


fazendo a função de proteção {64). Essa proteção detecta uma sobretensão no re lé
59, quando ocorre um defeito a terra em algum ponto do circuito secundário
isolado. Note que a corrente de defeito a terra, pode ser dclenninada (controlada)
pelo valor da resistência e létrica projetada.
- - Dêvido êstar conectado dentro do t1 aberto, o rele 5'i :;ó é sensível a i~­
de seqüência zero. E como as 3&E harmônicas geradas no reator estão em fase com
as componentes de seqilência zero, deve-se dotar o relé ou o circuito do /1 de filtros
para não deixar passar as 3u harmônicas.
Nesse tipo de esquema de proteção, não se pode localizar o defeito. Por
esse motivo, a atuação da proteção pode alarmar ou desUgar o disjuntor do circuito
terciário. Portanto, após a atuação da proteção, deve-se fazer uma busca do defeito,
o que pode estar localizado em qualquer cquipamemo, inclusive no reator.
O curto-circuito entre espiras na bobina do reator, praticamente não
modifica a corrente de operação. e. portanto é dificil de ser detectado. Uma
proteção que pode ser usada para esse caso, é a baseada no balanço de tensão (60)
nas 3 fases do reator.

3.5 Proteção do Reator a Óleo


As principais falhas que ocorrem no reator imerso em óleo são:
x Falha de fase a terra, que ocorre cm qualquer ponto do circuito interno
do reator ao seu tanque metálico que está aterrado. As falhas podem
ocorrer na bobina interna do reator à sun carcaça. cH: •.. Essas falhas
podem provocar correntes elevadas na fase envol\·idn, dependendo da
distàncin em que se encontra da bucha do reator. Quanto 013is dislanle
da bucha do reator, menor a corrente de defeito.
x Falhas entre espiras resulta numa diminuição da impedância do reator.
e conseqüentemente um pequeno numento na magnitude na corrente da
fase envolvida_ No local da falha ocorre aumento da 1.cmperaturu,
aumento dn pressão do óleo e liberação de gás. Se esse deteilo não por
eliminado os danos no local evoluem para uma falta de maior
gravidade.
x Outras falh as ocorrem no reator, tais como, bnixo nível de óleo
provocado. por exemplo, por vazamento, perda da ventilação. etc...
Por esse motivo o reator com núcleo magnético e imerso em óleo requer
mais dispositivos de proteção.
190 Capitulo 3

Conforme apresentado na seção 3.1. há vários modos de conexão do reator


na linha de transmissão, tal que a aruação da proteção pode ser das seguintes
formas:
a) Reator de linha conectado através de uma seccionadora.
No c~w de "':iJrT<'_f!Ci"' t1e rlt>f'!!tu !:." !'!~<or, a proteção deve des~ar o
disjuntor da linha na subestação local e enviar um sinal de transferência de disparo
direto para o disjuntor remoto da outra extremidade da linha de transmissão. Após
a linha de transmissão ser desligada, abre-se a seccioaadora do reator. Se o sistema
possa operar sem o reator, procede-se a energização da linha de transmissão.
b) Reator com disjuntor próprio.
A proteção do reator abre o seu disjuntor, sem causar interrupção na
continuidade do secviço. A proteção do reator deve estar coordenada com a
proteção da linha de transmissão. ·
Uns dos problemas da utilização do reator shunt com núcleo magnélico é a
possibilidade do mesmo entr.u em ressonância com as capacitãncias slmnt da linha
de transmissão.
Para prevenir a maioria dos defeitos no reator utfüzam-se as seguintes
proleçÕ<...os:
../ Proteção de sobrecorrcnte (50, 51 );
../ Proteção d iferencial (87);
../ P roteção de distância (2 1);
../ Proteção de tempcrutura (26);
-" Proteção de imagem térm.ica (49);
-" Proteção a Gás (63).
Geralmente as manobras com o reator causam perturbações no sistema
elétrico, as quais prejudic:m1 o COrTeto funcionamento da proteção. As principais
perturbações provoc-adas pela abertura ou cncrgizaçào são:
® Componentes DC de longa duração;
® Correntes tronsit6rias de baixa freqüência.
Os eurtos-circunos entre espiras são de dificil detecção pelo!> relés de
proteção. Ger.ilmente é o relé 63 que percebe indiretamente esse defeito. Se houver
sobretensão sustentada, a proteção 59 deve tirar o reator de operação.
As proteções utilizadas no reator já foram apresentadas nas re ferências L46 J
e (521- Portanto a seguir mostra-se. sem entrar em detalhes. os esquemas àc
prot~ção do reator.
Proteção de Reatores 191

a) Proteç.io por sobrecorren te


Geralmente a proteção de sobrecorrente do rea tor utiliza o esquema
mostrado na figura 3.5. I.
(

51/50

=
Figuro 3.5. I - Proteção de Sobrecorrcnte do Reacor
Considerando as correntes no secundário do TC. e m geral. os ajustes do
relé de sobrecorrcnte são:

I .Jll$IC !O = 51N do "'*""

T < 1-.:"" ,..,.,..


aju51e<1N - S

b ) Proteção Diferencial
A protcção d iferencial bem como a de sobrecorrente de terra . util izada na
proteção do reator shunt. está mostr.1da na figura 3.5.2.
Para a proteção de terra, pode-se utilizar a proteção diferencial de terra
como mostra n figura 3.5.3.
192 Capitulo 3

Reator

Figura 3.5.2- Proteção Di íereacial do Re-.itor

Reator

figura 3.5.3 - Proteção Diferencial de Terra do ReatoT


Proteção de Reatores 193

As proteções 26, 49 e 63 funcionam de forma idêntica àquelas apresentadas


para transformadores de subestação [52). Geralmente essas proteções operam em 1
estágios, sendo que o 1° estágio aciona apenas o alanne e o 2º estágio aciona o
desligamento do disjuntor.
Confl .. me CM"i~ntado na secção 3.1 1 da referência [52]. ~e o reator não for
- manohr:lvel. a prut~ J o próprio rator deve oowanciar a abertura dos disjuntores
locais e enviar um sinal de transferéncia de disparo direto para a abcnura ào
disjuntor remoto locaJizado na outra ponta da linha de transmissão. Mostra-se, na
figura 3.5.4, um reator shunt ligado diretamente na linha de transmissão de uma
subestação com arranjo de barras do tipo um disjuntor e meio.

~ ~M~T~ ~ •
( ~~ n~~~~· o,__ __ __._ _..

Figura 3.5.4 - Reator Conect:ido Díret:imente aa Linha de Transmissão


Pelo esquema da ílgura 3.5.4, caso haja defeito no reator a proteção deve
abrir os 2 disjuntores locais indicados e ativar a transferênc ia de disparo direto para
abrir os 2 disjuntores remotos da subestação B. Após a abertura dos 4 disjuntores.
dl!ve-se abrir a chave scccionadora do re.ator. Caso o sistema p<>ssa operar sem o
reator. deve-se recompor a linha de transmissão.
194

Capítulo 4

Proteção de Banco de Capacitores

4.1 lntrodução
No sistema elétrico, envolvendo geração, transmissão. distribuição e cargas
elétricas, os elemenios fLSicos da instalação são compostos pelas impedâncias,
cujas cone~ões são fei tas de acordo com a configuração da rede elétrico . A:s
impedàncias do sistema são formadas pelas resistências e indutâncias dos
elementos que compõem o sistema elétrico. Em relação às indutâncias , que podem
ser indu1ivas ou capacitivas, pode haver predominância de uma delas, dependendo
do local, da carga e do horário.
Os equipamento. e létricos e'listentcs. que constituem as cargas. são
predominantemente indutivos. Ponanto, durante a operação do sistema elétnco. as
cargas indutivas necessitam de energia reativa. Essas potências reativas são
supridas:
7 Pelos geradores síncronos das usinas hidrelétricas e terme létricas:
s Pelos compensadores síncronos;
s Pelas capacitànci as naturais da rede elétrica:
Proteção de Banco de Capacitares 195

$ Pelos capacitores ou bancos de capacitores, estrategicameme instalados


na rede elétrica.
Os bancos de capacitores são instalados para suprir a potêacia reativa dos
elementos indulivos do sistema. A sua instalação deve representar a estratégia mais
e<·•:-oômica para o suprimento de reativo p ara o sistc111a elétrico. A localização mais
adéq.ua<la -deve º5er nos seguintes pontos: -
á> Junto às cargas indutivas;
á> Em poatos da rede elétrica mais adequado para o controle de tensão.
Nas redes de d istribujção, os capacitores são instalados, estrategicamente ,
na rede aérea, para o controle de tensão. No sistema elétrico de maior porte. de (
acordo com a necessidade, os bancos de capacitores são instalados aas subestações.
A fotografia 4 . 1. 1 mostra um grande banco de capacrtores de IOOMVAr e 230kV, (
instalado no pálio da subestação Grnvatai II, ao município de Gravatai - RS. (

l
l
(

Fotogmfia .i. LI - Banco de Capacitorcs na Subestação Gravatai U


Os principais bcneflcios, com a instalação de bancos de capacita res. são:
© Redução de perdas no sistema elétrico;
© Controle do perfil da tensão n o sistema elétrico; L
© Melhoria do fator de potência.;
© Liberação da capac idade de transporte de energia elétrica pelos
alimentadores, transformadores. geradores, etc.
196 Capítulu 4

4.2 Capacitor
O capacilOr é um dispositivo formado, essencialmente, por duas placas
condutoras em paralelo, entre as quais é colocado um dielétrieó. Construtivamente
as placas são constituídas de alumínio ou chumbo e os dielétrico5 si'~ !illlleriais q_ue
sofrera.'1~ mvdificaç-O<;s técnicas ao longo dos anos.
Os dielêtricos mais usados são:
• Papel do tipo Kraft, impregnado C-Om ó leo;
• Papel e plástico impregnado com óleo;
• Filme metalizado;
• filme plástico.
Antigamente, no capae:itor, utilizava-se, o óleo Askarel, que devido ser
cancerígeno e não biodegradável, por segurança humana e da natureza, não é mais
usado.
Os capacitores à base de papel apresentam problemas na uniformidade do
dielétrico. Os pontos irregulares do papel apresentam menor rigidez dielétrica e,
em conseqüência, concentram campos elétricos, propiciando enfraquecimento e
enveJhecimento do material. Nesses pontos afloram mais descargas elétricas
parciais, que evoluem para um curto-circuito entre as placas condutor'dJi. O cuno-
ci_rcuito no papel e óleo libera calor e gases, com o e.stufamento e a possível
explosão da unidade capacitiva.
Atualmente os capacitores utilizam dielétricos plásticos à base de
po lipropíleno e apresentam as seguintes caracteásúcas:
./ Uniformidade na rigidez die létrica;
./ Menor espessLLra do dielétrico;
./ Unidades mais compactas;
./ Maior potência reativa;
./ Menor perda por potência reativa liberada:
./ Menor taxa de falha:
./ Maior confiabilidade;
./ Menor possibilidade de explodir.
Urna característica adicion al. apresentada por esta unidade capacnwa, é
que quando ocorre um defeito, o curto-circuito no local provoca mn arco e létrico
que dissolve o filme plástico, colando as duas placas condutoras. D este modo o
capacitor deixa de existir, evitando-se. assim. a sua explosão.
Proteção de Banco de Caeacitores 197

4.3 Unidades Capacitivas


As unidades capacitivas são as caixas formadas por vários elementos
capacitores associados em paralelo e em série.
As caixas capacitivas pode~ sPr constTUidas:
• Sem elos fusíveis:
-
• Com elos fusiveis inlemos;
• Com e los fusivcis externos.
A figura 4.3.1 mostra uma caixa capacitiva genérica.

Figura 4.3. I - Caixa Capacitn·a [79]


Os itens a seguir mostram detalhes internos construtivos das caixas
capacitivas.

4.4 Caixas sem Elos Fusíveis


A caixa capaciliva sem elos fuslveis é apresentada na fi gura 4.4. 1.
Essa caixa ap resenta poucos elementos capacitivos tcapaciton:s) em paralelo 1:
muitos em série. Os vários capacitores em associação formam um capacitor
equivalente. que gera uma potência reati\a capacitiva (Q) que será entregue ao
sistema e létrico.
T
198 Capítulo 4

Dísposltivo
Caoca ;-- - --VV\r;::: :::t.:s:=---+-..;;de.;:.descarga
Capacitiva
~le
Potência

'v\ J_
<:-->Te~ .
Figura 4.4. 1 -Caixa Capacitiva sem Elos Fuslveis
Quando ocorre um defeito (curto-circuito) em um capacitor interno da
caixa. o filme de poljpropileno queima colando as placas condutoras de alumínio,
elimfoando esse elemento capacitivo com defeito. Assim, todo o grupo de
capacitores em paralelo com o capacitor em defeito ficam inativos. Os capacitores
restm1tes. em série. sofrerão um pequeoo acréscimo de tensão. Esse acréscimo de
tensão nos capacnores remanescentes c-0mpensará parte da potência reativa
suprida. Assim. a caixa capacitiva continua a operar, mas com uma tensão aplicada
maior em cada elemento capacitivo interno. As caixas capacitivas são associadas
com ligação em paralelo e em série, de acordo com o esquema adotado na
instalação elétnca. A resistência apresentada na figura 4.4. J corresponde ao
dispositivo de descarga interna da caixa capacitiva. Isto é, quando a caixa
capacitiva é desati\ ada ( desltgada) a energia armazenada nos capacitores intemos é
descarregada nes!\a refilstência. Um tempo típico de descarga, para reduzir a tensão
ao rnlor igual ou inferior a 50V, é fornecido na tabela 4.4. 1.

Tensão nominal da caixa Tempo de


capacitha descarga

~ 600V l min

> 600V 5mia

Tabela 4..1 .1 - Tempo dt: Descarga após a Desconexão da Caixa Capacifr\a


Proteção de Banco de Dipacitorcs 199

A resistência de descarga não assegura que a tensão caia a zero. daí a


necessidade de se instalar, na saida do banco de capacitores, uma chave
seccionadora de aterrameruo. A chave seccionadora de aterramcnLO devera ficar
fechada quando o banco estiver desligado, assegurando, assim, a descarga
completa do banco de c:macitores. (
A figura 4.42 a seguir mostra, uma Ligação de caixas capacitivas,
fonnando um banco de capacitores conectado em estrela aterrada.
l Fasea l Faseb 1 Fasee
I I I (

I
(
I I (
1' "-~ T
I
T
1
!

I
1
~ ~Caixa

r
Capacitiva
sem Fuslvel Interno

Figura 4-4.2 - Banco de CapacilOres Coneciado em Estrela Aterrada


O banco de capacitores da figura 4.4.2 deverá ter um esquema de proteção
apropriado.

4.5 Caixas Capacitivas com Elos Fusíveis Externos


l
A unidade de capacitar de potência com elo fusivel externo é idêntica à du
(igurn 4.4. 1. mas contendo muitos elementos capacitivos internos em série e
poucos em paralelo. como mostra a figura 4.5. 1.
O curto-circuito no elemento capacitivo interno da caixa queima o filme de
polipropile no (dielétáco). colando as placas condutoras. Assim, o elemento
capaciti\.O (capacitar) fica em cuno-c1rcuito, retirando de operação os elementos
capaciti\os cm paralelo. Quando ocorre defeito nos outros e lementos, a corrente da
caixa aumenta até a abertura do cio fusivel externo. A fusão do elo fusível é um
sinalizador. indicando que a caixa capnci1iva está fora de operação.
200 Capítulo 4

=- r OiSQj}Siti_VQ
Caixa '---J''"''----' ....-~L
I ...::ci:_e- descarga
capacitiva
de
Potência

Figura 4.5. l -Caixa Capacitiva com Elo Fus ível Externo


A fotografia 4.5.2 mostra os elos fusíveis das caixas capacitivas de um
banco de capacitores de instalados cm uma subestação.

f otografia 4.5.2 - E!los Fusiveis das Caixas Capacitivas


Proteção de Banco de Capacitores 201

A mola mantém o elo fusível tencionado. Em caso de ruptura, o elo atuado


é facilmente siTializ.ado, como mostra a fotografia 4.5.3.

Fotografia 4.5.3 - Elo Fuslvel Rompido


No banco de capacitores as caiJ<as capacitivas são usadas em composições
de gt1.1pos cm paralelo e em série, como mostra a figura 4 .5.4.

4.6 Caixas Capacitivas com Elos Fusíveis Internos


São caixas capacitivas formadas por elementos capacitivos internos com
fusívei s, cujos grupos são constimidos por muitos elernemos em paralelo, e com os
g.mpos conectados cm série. A figura 4~ 6 .1 mostra a constituição de uma unidade
capacitiva com cios fusíveis internos.
202 Capírulo4
r

Figuro 4.5.4 - Ligação em 'fÍ

Caixa
Capacitiva
de
Potência

figura 4.6. 1- Caixa Capacitiva com Fusfveis internos


Proteçi\o de Banco de Capacitores 203

Caso ocorra um curto-d rcuito em um e lemento capacitivo interno a


corrente rompe o elo fusível correspondente. Os e lementos capacitivos desse grupo
ficarão submetidos a uma sobretensão, enquanto que nos demais grupos haverá
uma redução de tensão. As caixas capacitivas poderão ser conectadas em várias
combinaçôP..s Por exemplo, ~ figum 4.6.2 mostra um banco de capacitores
conectado em esrrela atiarada.

(
(

<1
(1
1
1 l
1 1
li
1
1
Figura 4.6.2 - Ligação em Estrela A terrada
f
4. 7 Ligações dos Bancos de Capacitores r
1
Apresenta-se, na figura 4.7.1, as ligações comumente empregadas no uso

A y+1
de capacitares cm derivação (shunt).

Y~< Y~<
1
1

=
1

~~ Della
T__
Aterrada
I
Isolada
T Isolada
T
-1
1
1

Figura 4.7.1- Ligações l 1picas


A ligação cm dupla estrela pode também ser aterrada. 1
A figura 4.7.2 apresenta uma conexão em estrela isolada do tipo H.
j
20-t Capitulo 4

HH
'T' T T T
Figura 4.7.2- Ligação em Estreln Isolada Tipo H
A conexão em estrela tipo H pode, também ser aterrada.
Nas figuras 4.7. 1 e 4.72 o capacitor equivalente representa as vàrias
combinações série e paralelo das caixas capacitivas.

4.8 Características dos Capacitores


A caixa capacitiva, ou s implesmente capacitar de potência, é representada
pela figura 4.8.1.

Figura 4.8. I - Capacitor de Potência


As expressões, relatavas ao capacitor. são:
1 l
V=Xc l = - 1= - -r
roC 2n:fC

(4.8.1)

(4.8.2)

Onde:
f ... freqüênc ia, em [Hz), da rede elétrica:
Proteção de Banco de Capacitores 205

C - capacilincia, em [F], do capacitor,


V -+ tensão elétrica. em M. no capacitar,
Xc -+ reatância capacitiva, em [O], do capacitor.
Q -+potência reativa, em [V Ar], do capacitor.
As. unidades (caixas) capácitivas de alta tensão são fabricadas para suprir
potência reativa na ordem de 25; 50; 100; 150; 200; 300 e 400 kVAr, nas tensões
de 2,4; 2,77; 4 , 16; 4,8; 6,64; 7,2; 7,62; 7,96; 8.32; 9,54: 9.96: 11.4: 12.47: 13,28:
13,8; 14.4; 15,125; 19,92; 20,8; 21,6; 22,8; 23,8 e 23,94 kV.
A caixa capacitiva supre a potência nominal. sob tensão nominal. Se a
tensão submetida for diferente da nominal o suprimento de reativo varia e pode ser
calculado pela expressão 4 .8.3.

Q.,,,.-., = Qnommal( VVnaro


nnmmu.1
)2 (4.8.3}

Exemplo 4 .8.1: Uma caixa capacitiva tem a seguinte especificação, na sua placa:
IOOkVAr e 7,96kV. Qual a potência reativa liberada pela unjdade capacitiva na
tensão de 8,5kV?
Solução:
Aplicando-se a expressão 4.8.3, tem-se
2

Q 8 Sl.Y '- )
85k
= LOOk( -7.96k
.
Q85kV = l 14kVAr
Na operação fora da normalidade [75] o capacitor pode:
7 operar com até 135% da potência nominal:
7 operar com 180% da corrente nominal;
7 operar com a tensão, na freqü ência industrial, sujeita aos limites da
tabela 4.8. 1.
Pode-se verificar que em regime pennanen te o capacitor pode operar
10% acima da tensão nominal.
i' A tensão de pico . em qualquer momento, não pode exceder a 20% da
tensão de pico da tensão fundamental em 60Hz. Isso porque.
dependt!Ildo da conexão utilizada no banco de capacitares, as
hannôrucas existentes dcfonnam a tensão original.
206
Capitulo 4

Duração de sobretensllo no capacilo r, na freqOênci:i


industrial

Fator da sobreten são em


Duração pennitid a relação à tensão Mmi'll!.! do
capacito .
6 ciclos 2.20
15 cíclos 2,00
Is 1.10
15s 1,40
lmin 1,30
30min 1.25
pennane ntement e 1,10
Tabela 4.8. 1 - Suportab ilidade de Sobretensão no Capacit ar [66]

4.9 Esque ma (Insta lação) de Grandes Banc os de Capacitores


A figura 4.9.l apresen ta um esquema genéric o de conexõ es de caixas
de
capacit or de potência protegi dos individualmente. por elos fusíveis
, e fonnand o
uma fase de um sistema elétrico trifásico.
Onde:
C..,.;u ~ capacitãncia de uma caixa capacitiva~
Eª ~ tensão de linha a neutro, da fase "a" . do sistema trifásico ,
no qual o banco
está instalad o:
M ~ número de caixas capacitivas em paralelo no grupo;
S ~ número de grupos em série, em uma fase do banco de capacitores.
Na instalação da figura 4.9. I todas as unidade s capaciti vas (caixas)
são
iguais.
O grupo é formado por várias cai'tas capacitivas cm paralelo e
todos os
grupos são iguais. Os grupos são associados em série, para formar
uma fuse do
banco de capacitores do sistemn trifásico.
Proteção de Banco de Capacitores
207

Unha I r_

Grupo 1 !i,~t ~ 11 IF~~ t :_J (

Il'ITfY~ ·r (

~=" Irrrr1:1 1
1 (

T1 T 2T 3r • r sr c- (
1
M
T (
' ! (
1 l l
&u~.IT1TI2TI3TI4TI5TI·C-~. M1
T
(

Neutro I
Figura 4. 9. 1 - Esque ma Genér ico ue Unida des
(
Capacitivas em Paralelo t> em érie. (
Consu luindo uma Fase de um Banco de Capac
itares conec tados em Estrela
A capac itânci a tot:aJ de um grupo é dada por

Cllr"I'<' = MCam (4.9. 1. )


A capac itãnci a. por fase. do banco trifásico é
dada por

C - MC, ..,.ª (
r..., - S 14.9.2 )
(
A tensã o c lé1rica cm cada grupo ou em cada caixa
capaciti..-a é a mesma e é
dada por
(
E
Ecaiu =E grupo =-"
S (4.9.3 )
(

A corren1e elétrica que passa em cada caixa capac


il1' a ~
208 Caphulo4

E . E E
I =~=----=ª--=2 nfC . - •
caiu X J caixa S
caiu S· - - - -
2nf c ..l l l

-
A corrente na fase do banco de cnpacitores é

M
I r..,..
..- = M · I ca1U
. = 2nfCc:u.u
. -s E • (4.9.5)

4.10 Banco de Capacitores Conectado em Estrela Aterrada


No banco de ca:pacilores conectado em estrela aterrada a tensão nn fase se
mantém se uma ou algumas caixas capacitivas saem de operação.
A figura 4.10. 1 apresenta um defeito (curto-drcuito) em uma caixa
capacitiva. Por fac ilidade de exposição, foi considerado o defeito na primeira caixa.
No instante do curto-circuito, os capacitores sem defeito. do mesmo grupo,
vão descarregar sua energia sobre a caixa dcfcnuosa. Neste período o cio fusível
não rompe e. assim, o transitório se extingue.. A caixa defeituosa fica sem tensão e
dren a toda a corrente da fase do banco capacitivo. Note que o defeito em uma
caixa não caracteriza u m curto-circuito no banco, isto porque a corrente elétrica é
limitada pelos capacitares dos grupos remanescentes. Durante o dcfci10 a tensão
elétrica sobre o grupo defeituoso é zero, tal que, momentaneamente, o grupo deixa
de operar no conjunto. A corrente elétrica que passa na ccúxa defeituosa serã toda a
corrente da fase do banco. e é dada por

l. dcfctlD -- M ·Eo
l
(S- 1) -
2rrfCcaiu

M
[ dcfcuo =27t fCcaru - - E. (-U O. I )
S-1
E, S·M
l dcfcitn = 2nfC...;.. - --
S S-l
Comparando-se esta equação com a expressão 4.9.4 , tem-se
r
P!ioteçno de Banco de Capacitores 209

unha

Grupo1

!
i

GL11111 b~~ l
T , T 2 T 3T•1' s T e... MT
Neutro I
Figura 4. 10. 1 - Curto-circuito na Primeira Caixa Capacitjva

S·M
Jdcfci1<1 = S _ l Jcaou (4.10.2)

Essa correnie de defeito deverá romper o elo fusíve l. O elo fusível


adequado devera ser climens1onado de ac-0rdo com a expressão 4. 10.3.
L,..
1 < l elo <~
QWI 1o (4.10.3)

ou
JBaoco
- - < J <I Banco
- --•-
S M
(4 10.4)
M c1o 10 S - 1
Pela expressão 4.10.4, para que o e lo fusível possa se fundir, quando da
ocorrência de um defeito cm uma caixa capacitiva. deve haver um número mínimo
210 Capítulo 4
r
de caixas capacitivas cm paralelo, em um grupo do banco de capacitores. A tabela
4. 10. 1 apresenla essa comdição mínima.

1Número lllÍliÍmO Porcentagem da


1-r'.t!nero (S) de
grapose111
decai~~em
.,ior
par-~:".'
Múltiplo da corrente tensão nominal nas
<li:; uma caixa, para caixas remauésccntes
.
série. por fuse grupo defeito aa caixa do mesmo grupo, ;:pfa
M mimmo a fusão do elo

1
li 1 1
Próprio cuno
li -
2
li 6 1
12,0
1
109%

3
li 8
1
12,0
1
109%

4
li 9
1
12.0
1
109%

5
li 9
1
11,2
1
109,8%

6 9 10,8 109'Yo
1 1
7 10
1
11.7 109.4%
1 1
8
1 10 1
11,4 li 109,5%
1

1 9
li 10
li J 1.2 < 110%

lO
li 10
li I LI < 110%

11
li 10
li 11 ,0 < 110%

12
li 11 li 12.0 < 11 0%

13
li 11 l l,9
l < 110%

14
li 11 11 ,8
li < 110%

15
li li 11 ,8
li < 11 00/o
1
16
li 11 11.7
li < 110%
1
T abela 4. 10.1 - Número Mínimo de Caixas Capacitivas cm Paralelo, no Grupo, de acordo
com a Associação em Série da conexão do Banco em Estrela Aterrada
Proteção de Banco de Capacitores 2Ll

A tabela 4 . 10.1 apresenta a corrente que passa na caixa capacitiva com


defeito e a tensão nos terminais das caixas remanescente s do grupo.
O elo fusível deve romper antes do tempo de ruprura e de explosão da
caixa capacitiva. O fabricante fornece a curva de dano (estufamento e explosão) da
caixa. Assim ~uuos <''i elos fi•c;ht-ici, q••"l tenham curvas de fusão máxima, :?b aiv..!!
da curva de dano da caixa. são possíveis ôe serem instalados. Após a fusão do e lo
fusível as caixas capacitivas do seu gnrpo entram novamente em operação. A
figura 4.10.2 mostra o grupo das caixas capacitas com um elo rompido.

(
( '
1

<'

llllb~'.~. . 1 '
l
Fig.tira 4. 10.2 - Elo Rompido
A t~Jpacitància total dos grupos e sua associação em série. paro uma h'lSc.
são novamente apresentadas na fi gura 4. l0.3 .
(
2U Capítulo 4

Unhal
Grupo 1 I (M-1) ccaíxa .,.
::

GnJpo 2 I MCcelxa
:
!!

Grupo 3 1' MCca!xa E.

Grupo S
1
r MCcaixa
Neutro
Figura 4.103 - Fase do Banco de Capacitores com o Primeiro Grupo sem uma Caixa
Capacitiva
Sem uma caixa capacitiva a tensão submetida no grupo correspondente
cresce e seu valor é dado por

E co{M-l)cca·to E
gnJ(lOdef<iruoso =-1- ( ___1...,._---=---+-=-(S-=-=l=--)- -- - A

(1) M ll'--caixa roMCcaLu


M
Egrupo d" · =
o.cctuoso (_)
S }.-j l + IEa (4. 10.5)

A sobretensão nos capacilores do grupo. de acordo com a tabela 4.8.1 , não


pode ser maior do que 10%.
A expressão 4. 10.5 é asada para a relirada de uma caixa capacitiva, mas
para o caso de N caixas capacitas retiradas, no mesmo grupo, a expressão 4. l 0.6
fornece a tensão submelida aos capacilores remanescentes do gmpo.
M
Egnrpo N remudas ::: S(M _ N)+ N E. t4.10.6l

Note que com a retirada de caixas capacitivas a tensão cresce no grupo


correspondente e se reduz nos OLLtros g rupos ac;sociados em série. Deve-se prever
que, com caixas capacitivas retiradas, a tensão nas caixas remanescentes não
ultrapasse 10% da tensão nominal de uma caixa. Em baoco de capacitares bem
f Proteção de Banco de Capacitares

projetado. geralmente, na terceira ca ixa capacitiva retirada. a sobretensão nas


213

caixas remanescentes do mesmo grupo é maior que 100/o.


A corrente elétrica que passa pelo fio de Ligação à terra é dada pela

t ex pressão 4.1O.7.

- t: -l (4. 10.7)
= S{M - N}+ N faseoormal
1 - ou
I NOU!m

l - M·N 1
Naitto - s(M _N) + N airnxma1
(4.10.8)

4.11 Banco de Capacitores Conectado em Estrela Não


Aterrada
Como, inicialmente, a instalação da estrela não ai.errada é feita equilibrada,
na operação nom1al o ponto central desta conexão está no mesmo potencial do
neutro (terra) de um sistema aterrado.
Na operação normal equilibrada a tensão e a corrente são as mesmas
indicadas nas expressões 4.93, 4.9.4 e 4.9.5.
Quando ocorre um defeito em uma cai'<a capacitiva. a corrente de cuno-
circuilo é dada por
3MS
l defe1t0 = JS - 2 l cam (4. 11. I )

Com a fusão do elo fusível a caixa capacitiva com defeito ~ retirada de


operação e a instalação remanescente da estrela isolada opern desequilibrada . A
te nsão nns caixas capacitivas remanescentes do grupo se eleva. Se \árias caixas
capacitivas (N} são retiradas. no mesmo gn1po. a tensão se ele' a e o seu valor é
dado por

E = 3M E (·ti 1.1)
<.nwo ;\ r<1ind1> 3S(M - N) + 2N •

Supondo que N catxas capacitivas são retiradas, ao mesmo grupo, o neutro


da estrela is olada vai se deslocar em relação ao neutro de um sistema equilibrado
ou aterrado. A expressão 4. 11 .3 fornece o valor do deslocamento do neutro.
214 Capitulo 4

E - N E (4. 11 .3)
0ctloauJ-.lc1oN........ - 3S(M - N)+2N •
Para garantir ambos, a fusão do elo fusível e que a tensão não ultrapasse
l0% da tensão nominal, a tabela 4. 1.1 apresenta a quanti<lrlt: mínima de cfilxas
capácitivai em paralelo, para a instalação desejada.

Número mínimo Porcenuigem da


Número (S) de de caixas em MúlLiplo da corrente tensão nominal nas
grupos em paralelo, por de uma caixa, para caixas remanescentes
série. por fusc gmpo defciro na caiu do mesmo grupo. após
f\1-i.,,_ a fusão do elo

1 1
1 4 li 12.0
1
109%
1
2 8
li 12,0 1 109% 1

3 Q li 11 ,6 109.5%

4 10 12.0 109%

5 10 11,5 11 O" o

6 10 11,2 110º1•
1
7 10 11.0 110º··

8 li 1 12,0 109,5%

9 11 11 ,9 < 110%
1
10 11 11.8 < li Oº o
1
li li 11,7 < 11 OU,o
1
12 li 11 .6 < llOºo
1 1
13 li 11.6 <1 IOºo
1 1

14 11
l 11 ,5 < 110%
l
15 11 11 ,5 <11 0%
1 1
Proteção de Banco de Capacitores 215

11 16 li li
li 11,5 li < 1100/o
11
Tabela 4.11. 1 - Número Mínimo de Caixas Capacitivas cm Paralelo, no Grupo, de acordo
com a Associação em Série, para Banco de Capacioores Conectado em Estrela Isolada

4.12 Banco·de Capacitores Conectado em Dupla Estrela Níio


Aterrada
A dupla estrela consiste de dois bancos de capacitores, cada um conectado
em estrela isolada. com os neutros interligados, conectados em panllelo em um
sistema elétrico trifásica. A figura 4.12. 1 mostra este tipo de ligação.
Barra

Figura 4. 12. 1 - Dupla Estrela Isolada


A tensão em cada caixa capac11iva é a mesma obtida pela expressão 4.9.3.
A corrente normal que passa por uma caixa capacitiva é dada pela expressão 4.9.4.
Na ocorrência de um defeito a corrente de cuno-circui10 que passa pela
caixa com defeito é dada pel.a expressão 4 . 12. 1.
216 CapltuJo4

l _ 6MS l
c1er.1io - _ c:aiJ:a (4. 12. I)
68 5
Após a abertura do elo fusível o grupo perderá a caixa capacmva
defeituosa e haverá uma e leva~o de pc:c:ncial nos capacitores desse grupo. A
- expre..são 4.12.2 üá o \>.ilu~ 1a rensau :ioi.' Cªf>õ:;itorcS do grupo, par.: o caso ~e N
caixas retiradas.

E - 6M E (4.12.2)
Grupo N Trt!Ddas - 6S(M - N) + 5N •
Com as N caixas capacitivas retiradas de um mesmo grupo haverá um
des locamento do ponto central dos bancos de capacitores conectados em dupla
estrela. Pelo cabo condutor que conecta os centros da dupla estrela fluirá uma
corrente e létrica. cujo valor é dada pela expressão 4.123.

1 = 3MN I . (4. 12.3)


NCU!rtl 6S(M - N) + .SN Cllll

A tabela 4. 12.1 apresenta o número minimo de unidades que deve conter


cada grupo, para possibilitar a fusão do elo fusfvel e manter a tensão abaixo de
100/o de sobre1ensão nos capacito.res do grupo.

Múltiplo da
Número Porcentagem da
Número (S) tensão nomina 1 corrente de uma
minimo de Múltiplo da caixa, para a
de grupos em cali'Cas cm nas caixas
série, por corrente de uma corrente que
paralelo. por remanescentes
fase. em cada caixa, para passa pelo
grupo defeiLO na caix.a do mesmo
estrela neutro, devido à
grupo. após a
l\lo11111m<> retirada de uma
fusão do elo
unidade

J 2 12.0 109, 1% 0,545


1
2 7 12,0 109,1% 0.272
1
3 8 1 LI 109.9% 0. 183
1
4 9 11.4 109,6% O, l 37
1
5 10 12,0 109.1% 0.109
1
Proteção de Banco de Capacitares 217

6
li 10
li 11 ,6
li 109,4%
li 0,09!
1
1
li 10
li 11 ,4
li 109,7%
li 0,078
1
8
JC 10 IL 11,2 J~9.8% li 0,068 l
li 110%'1 [
'-

9 l[ 10 li 11 ,0 0,06 1

10
li 11 l2,0 109, 1% 0,054

II li 11,9 109,2% 0,049

12 11 11.8 109,2% 0,045

13 11 11 ,8 109,3% 0,042

14 li 11,7 109,3% 0,039


1
15 li 11,6 .109,4% 0,036
1 1
16 11 11 ,6 109,4% 0,034
1 1 1
Tabela 4.12.J - Número Mínimo de Caixas Capac:ilivas em Paralelo, ao Grupo, de acordo
c-0m a Associação em Séãe, para Banco de Capacilores Conectados em Dupla Estrela
Isolada
Esta tabela apresenta, também, a corrente que passa na caixa capacitiva
com defeito e a tensão nos capacitores remanescentes do grupo.

4.13 Banco de Capacitores - Ligação Tipo H


A ligura 4.13.1 mostra um banco de capacitores conectado em estrela

n n n
isolada, onde em cada fase apresenta wna ligação do tipo H.

1-oI lo{ }o{


TT T T T T
Figura 4. 13.l - Ligação Tipo Hem Cada Fase
218 Capitulo4

Na operação nonnal, a corrente não circula pelo T C , e qualquer defeito em


uma unidade capacitiva provoca um desequillbrio, íluindo corrente elétrica no
braço (ponte) contendo o TC da Ligação em H. Assim, o relé seará sensibilizado e,
dependendo da gravidade do defeito, o alarme será ativado ou ocorrerá a abertura_
do disjuntor ou da chave seccionadora (que opera sob carga).
~ ~;if:;;..r.iç!~ !i::: 1::1 frii. i!licialmente, mui;::, utilizad:i rta ~.)pa e na
Austrália; boje é adotada em todo o mundo, inclusive no Brasil.
A conexão de banco de capacitores em estrela. com ligaç.ão tipo H pode,
também ser aterrada. Por exemplo, o banco de capacitores, apresentado na
fotogr.itia 4.1.1, é conectado em estrela aterrada, com ligação tipo H. Esse banco
de capacilores é formado, em cada fase, por 4 caixas capacitivas por grupo, sendo
17 grupos em série, perfazendo no total 204 caixas capacitivas, produzindo
lOOMVArem230 kV.

4.14 Eoergização de uma Unidade Capacitiva


Antes da energização, o capacitar está descarregado, isto é, sem tensão nos
seus terminais. Quando uma unidade capacitiva é energiz.ada, ocorre uma corrente
de elevada magnitude de curta duraç.ão. Essa corrente é conhecjda como corrente
de inrush. Portanto, o capacitor pass-d pelos seguintes estágios, na eaergiz.ação:
• Sem tensão e coerente antes da cnergizaçào;
• Corrente de innish no período da eni:rgização;
• Tensão e corrente de regime pennanente depois da eoergização.
A corrente de inrusli possui freqüências bem maiores que a fundamental. A
amplirude inicial da corrente de i11ru.slr vai depender da característica da rede
elétrica e do v alor instantâneo da lensão oo início da energização. A máxima
amplitude da corrente de inrush ocorre no instante da energi'Zação que tenha o
\alor máximo da tensão elétrica da rede. Desse modo. a fim de s implificar a
obtenção da corrente de i11nJsh máxima. a energização da unidade capacitiv a ocorre
supondo o sistema elétrico composto por uma fonte de tensão contínua. com valor
igual ao de cri.stn da tensão alternada da rede. Com esta consideração o circuito
e létrico de energízação do capacitar é o da figura 4.14.1.

V~ ~
~~ c J vc(l)

Figura 4. 14. 1 - Circuito Equi valt:nte para a Energfaação do Cap acitor


Pro leção de Banco de Capacilores 21 9

Como o propósiLO específico é o da obtenção da corrente máxima de


inrush, pode-se desconsiderar a resistência R do ci:rcuiLO da figura 4.14. 1. porque
seu valor não influi na parte inicial do transitório (posteriormente amortece a onda
de tensão e corrente). Portanto, a resistência R será desconsiderada., para facilitar a
análise e obtenc;-.ãu do valor da corrente ".Íe inmsh. Nesse circuito a indutância L (
representa a iuctutãnci..i ~qnivalc:.n.te ~.1 ;;i.&.=:.m.::. ~létrii:o.
Na figura 4.14. 1 a soma das tensões elétricas no circuito é dada por

- Ldi(:t) + .vc ( t)
VnW<- (4.14. l )
dt
(
A tensão elétrica no capacitar é
r
Yc(t) = _!_ fi{l)·d(l) (4. 14.2 )
e .(
(
Substituindo a expressão 4.14.2 na 4 . 14. 1. tem-se
{
v uM =L cli(t) +..!... J i(t) ·d(r) (4 . 14.3)
dt e
Aplicando a Transformada de Laplace na expressão 4. 14.3, resulta
1 (
Vmáx = LS l(S)- 1(0)+- l(S) (4. 14.4)
s cs (
Sendo 1(0) = O, obtém-se
1 ) 1(S)
v.,.. = (Ls+- (
s cs l
1(s) = V.,,,._e ll.., = V'"º" .- --
LCS- + l L s~ + -1-
LC

Con sidera ndo ü>~ = - 1- . tem-se


LC

l(S) = Vm•x . ., 1 ~
L s- +mc
Aplicando-se a Tr.msfom1ada lnversa de Laplace, o btém-se
220
Capítulo 4

(4. 14.5)

e substicuindo ro 0 na última ex.pressão, obtém


-se

i(l) = vmu. rcsen(-v~


f[ LC
l) {4. 14.ó)

Onde ro0 é a freqüência angular natural do


circuito e a freqü ência natural
da corre nte de inn1sh no perío do transitório
é dada por
1
ro0 =2rl0 = .JLC

1 f = 2nA1 f 1
0 (4. 14.7)

Note que, pela expre ssão 4. 14.6, a corre


nte de inrosh é considerad a
senoidal. Isso se deve pela desconsideração
da resis tência R. Porém. na realidade
essa seno idal de freqü ência f decresce amortecid
0 a pela resistência R.
O valor de crista da corrente de mru.vh é

l ,,_ = Vndli ~
O valor de crista da tensã o e seu valor
efica z são relacionados por
V ma• = J2v,_; e substituindo na expressão anterior. tem- se

(4.. 1-t&)

A expressão 4. 14.8, pode ser ree.scrita como

r =.fi.v,_
m2\ ~
Proteção de Banco de Capacitares
221

Sabendo que Zswm = ~ é conhecida como impedância caracteri.sttca do


circuito de energiza ção do capacitor, tem-se

(4. 14.9)

A expressã o 4.14.9 fornece o valor máximo da corrente de inn1sh para a


energiza ção de urna caixa capacitiv a ou de um banco de capacitores.
Note que as proteções utilizadas não devem atuar durante a energização de
um banco de capacitores.
Observa ção: Nos bancos de capacito res instalado s nas subestações, que
não
possuem bobinas de amortecimentos, a corrente de inrush pode atingir até 15
vezes
a corrente nominal.

4.15 Energização de uma Unidade Capacitiva em Paralelo


O circujto da figura 4.15.1 ilustra a situação em que uma rede eléuica
opera conectada a um banco de capacito res e deseja-se conectar uma nova
unidade
capacitiv a. O circuito equivalente, durnnte a energiz.ação, é mostrado nesta figura.

Figura .u 5 1 - Energiwç ào de uma Nova Unidade C..apac1tiva


Onde:

vmÀ' =.,fivfiosc
L1 ~ indutância equivale nte do circuito da fonte até o banco mstalado
L 1 ~ indutiincia equivalente do circuito entre o banco existente e a umdade
capacitiva energi7.ada
cl ~ capacitâ ncia equivalente do banco de capacitares instalado
C1 ~ capacilància equivalente da unidade capacitiva a '\er energizada
222 Capítulo 4

Identicamente ao apresentado no item anterior, a consideração da fonte de


tensão é a mesma, ou seja. o chaveamento na energizaçào ocorre com o valor
máximo da tensão da rede elétrica.
Note que, pelo esquema apresentado na figura 4. 15. 1, quando do
cbaveamento da unidade capacitiva C 2 ocorrem dois tra;i:;ãtórios distinto~. Um
transitório ocorre entre a fonte e a nova unidade inserida e o outro transitório
ocorre entre os dois capacitores. Dos dois transitórios, o que representa maior
amplitude e freqüência na corrente de innish é o transitório existente entre as duas
unidades capacitivas; portanto, somente este será considerado. Assim, no modelo
do circuito apresenmdo na figura 4.15. 1 não se considera a parte que envolve a
fonte de tensão, e o circuito simplificado fica sendo o da figura 4. 15.2.

(~
V"""'
c,T
Figura 4.15.2 - CircuiLO Simplificado paro a Energizaç.io entre dois Capacitares
Associando as duas unidades capacitivas obtém-se o circuito da figura
4. 15.3.

L~I-1_Te
9
Vmax -
_ __
._ _ _ _ __ __. ai
= e, .C,
e, + e~
f"iguro 4.15.3 - C ircuito Rc<lu ..ddo para a Energizaçào dos dois Dp:icilores
Note que a fonte de tensão do circuito da figura 4.15.J represema o valor
ela condição inicial no capacitor C1 no instante do cha,·eamcnto.
O c ircuito da figura 4. 15.3 tem a mesma configuração do circui to da figura
4.14. 1. portanto as soluções são it.lémicas. Assim. adap1ando as soluções Lem-se. n
partir da expressão 4. 14.6. a nova expressão 4. 15. l para a corrente máxima de
inrush entre duas unidades capacnivas.
223
Proteção de Banco de Capad tores

i(t) =V.,,. &sen(~t)


vÇ LeqCeq
(4. 15 .1)

O valo r máxi mo da corre nte de inrnsh será

1
mJu
=-fi .V
'- L eq
r~
= Jiv,_
Z
(4. 15.2)
IUl'.ID

z llllRl>
=~"e'! "'1

do i11nish é dada por


A freqü ência natural dJl corre nte transitória
(
27t~LeqCrq (
dois capa citores é muito baixa a corr ente
Obse rvaç ão: Com o a indutância entre os (
ir a ocde m de 20 a 250 veze s a corre nte
de innish tem valo r eleva do. pode ndo ating é
ar uma bobi na de amor tecim ento, que
nominal. Portanto, é com um dime nsion de
banc o de capacitor es. Esta bobi na
instalada em série em cada fase do (
lr a valores adeq uado s, prese rvan do
amortccimenco limitará a corrente de inms
iona doras , disjuntore s e, princ ipalm ente,
assim, a integridade das chav es secc
s capa citiv as.
evita ndo a fusão do e lo fusiveJ das caixa
instalação apre sencada na fi gura 4 .15.4. (
Ei:em plo 4.J 5. l: Uma subestaçã o tem a
1.2 MVAr
L. =4m l
E--. l
E
'1i
-+3ralo
IO Disjuntor
13.BkV ..;
H
..J
(
~ =8,5m
..,..;E (
•" DísJuntor 1,2 MVAr {

E--.
~

l
Ls=4m
'1i
Capaci1ores em uma Subestaçã o
Fígura 4.15.4 - Instalação de dois Bancos de


224
Capítulo 4

inicialmente, os dois banco s de capacilores estão deslig


ados. A imped ância
equivalente da barra de 13,8kV é de ZsE 0,429 =
pu (Base: 13,8kV e lOOMV A).
Na subestação, devido ao tipo de estrurura
empregada. o cabea mento tem
0,7021 µH . Devid 9 ;io aspec to const rutivc o banco
m de capac itor apres ema uma
indutância típica de 5 µH.
a) Calcu lar a indut ância equivalente do sis tema
elétrico até a barra da
subestação.
Considerando Zse = XSE =0,429 pu, tem-se
X = 0429 -Z = 0429 · V~ = 0.429 · (n.k)2
SE ' Base • s81L11t IOOM 0,816 90

XSE =2nf LsF


L - XSE - 0,8 169
SE - 27t f - 21t · 60
L 5E = 2166,84 µH
b) Calcular a.s indut âncias equh•aleote s dos cabea
mentos indicados na figura
4.15.4.
L 1 =0,7021 x 8,5 .:6,0 µH
L ! = L3 =0,7021 X2.5 =l,750µH
L 4 = L 5 = 0, 702lx4:2 ,80~tH
c) Calcu lar a capac itância do banco de capacitores
.
Da e,xpressão 4.8.1, tem-se

e1 -_ C 1
_ Q _ Q l,2M
- ruV 2 - 2n fV 2 =2n·6 0(l3.8k}2
C 1 =C2 =16.7 1µ F
d) Calcu lar a corrc nt<' nomi nal do banco de capacitor.
J _ Snomrn .i _ L,2M
nomlo lll - 'Jy
VJ nomm aJ '3 x 13' 8k
V..>
J>roteçl'io de Banco de Capacitores
225

J DOIDJllol =50.2 A
e) Calcular a máxima corrente de inrus/1 para o cbavcameo to do primeiro
banco de capacitores.
Para esse cálculo. deve-:;e..-Utilizar a exprl!s~o 4.14.d, apresentada a seguir

Imh =.J2vr-J f
Onde:

V '-= V'Jr = l ~k=7967,43V


C=C1 = 16,71~lF
L = Lse + L1 + L 2 + L4 + L&nco c1r c.p.citon:s
L = 2166,84 +6,0 + 1,75 + 2.8+ 5.0 =2182,39µH

16 71
1 =.J2 x 7967 43 • µ
mb. ' 2 182,39µ
l max =985,95 A
f = 1 1
0
2nJLC 27t.J2182,39 µxl6 ,7 1µ
f0 =833,42Hz
f) Calcular a mádma corrente de i11ruslr para o chaveamento do segundo
banco de capacitor.
Parn esse cálculo deve-se utifüar a expressão 4.15.!. apresentada a seguir

l nú., = vr::;.
i. Vt~ -
JEcq
Lcq
Onde:

e = e, · C 2 8.35µF
cq e, +e,_
226 Capítulo4

Lcq = 2,80+ l,75 +1,75 + 2,8+~x5,0 = 19, IOµH


~ 5µ
) =li X 7967 43 8191,
llÜJ.
> µ
lm1x -7450A
f - 1 1
2n~LcqCai 2~19,1 µ x 8,35µ
0
-

f0 = 12602,6 liz
Observação: Para diminuir o valor da corrente máxima de inmsh, bem como sua
freqüência naturaJ do Lmnsitório, deve-se projetar, convenientemen te, uma
indutância de amortecimen10 a ser instaJada em série com o banco de capacitores.
A fotografia 4.1. L mostra as 3 bobinas que fonnam a indutância de amortecimento
do banco de capacitores ( 1OOMVAr, 230kV) Lipo H, conectado em estrela aterrada,
da subestação Oravalaf a. Pode-se, também, utilizar outras técnicas, tais como a
pré-inserção de uma resistência R, ou proceder o chaveamenlo na tensão zero.

4.16 Proteção de Banco de Capacitores Conectado em Estrela


Aterrada
A ligação do banco de capacitores e m estrela aterrada ou com neutro
aterrado, foi apresentada na figura 4.7 .1. Mostra-se, a seguir, alguns esquemas de
proteção, aplicados a conexão de banco de capacitores em estrela aterrada.
A figura 4.16. 1 apresenta um ripo de esquema de proteção de um banco de
capacitores em estrela aterrada. acoplado ao barramento de uma subestação.
A proteção de sobrccorrente protege o banco de capacitores no caso de
qualquer defci10 (curto-circuito} do TC até o interior do banco. A proteção de
sobrecorrcnte atua para defeitos graves. promovendo a abertura do disjunto r local
ou do barramento.
Muillls empresas, para banco de capacitores d e pequeno porte, adotam a
p roteção de sobrecorreote antes do barramento. como mostra o diagrama uni filar da
figura -l. 16.2.
Se o defeito for no banco de capacitores a proreção de sobrecorrentc atua,
abrindo o disjuntor do barramento. Imediatamente. deve-se abrir a chave
secciouadora do banco de capacitores e restabelecer as condições operativas do
barramento.
227
Proteção de Banco de Capacitores

Barra

TC

(
(

l
l
(
"'f
g
u

..a.
..
o
'O
l
(
8e
..
ID

(
Filtro (
Aterrnd n
Figura 4. 16. I - Proteçã o d~ Banco de Capac1t-0res cm Estrela
por:
Os defeito s no banco de capaci tores são os que ocorrem (
• Curto-circuito entre caixas capacilivas;
e metáli co do l
• Cuno-circLÜto entre uma caixa capac itirn e o supon (
banco:
instalação do
• Defeitos em qualqu er local do circuito de entrad a da
banco:
• Curto- circui to interno à caixa capacitivtL

l
228 Capitulo 4

SON/
.: /S IN

..
: .'
~
: :
•. i :
D1s1untor +-·-'-·- '
Secionadora
Barra
1

f~h~=:.~!-~~
.___ __e__.

/
AUmentadores . .•59IT

Alarme

Figuro 4. 16.2 - Diagrama Uni filar com a Proteção de Sobrccorrente no Barramen


to
A proteção de sobrecorreme não cobre todos os Lipos de de feitos. Outras
proteções são necessárias. como a de seqüência negativa (46), de sobrecar ga (49),
e
de mínima c-0rrente (37). também conhecida por subcorrente. Atê o moment
o, e
nos livros de proteção (volume 1 e 2). apresentou-se vários tipos de esquema
s de
proteção, portanto , não serão mais descritas as proteções externas do banco
de
capacito rcs. A segufr, apresenta-se as proteçõe s para defeitos em cajxas capacita
vas
mdividuais, associad as aos efei tos com a sua retirada de operação.
Cada caixa capaci ti~va está protegida pelo seu próprio elo fusjvcl. A retirada
da caixa, pelo rompime nto do elo fusível, será detectada pela proteção
de
sobretensão (59), que nessa situação está fazendo a fu nção de proteção 64.
Nesse
1
'
r
1
Proteção de Banco de Capacitores

tipo de ligação. as correntes de 3ª hannônica e seus múltiplos de ord.e m ímpar


fluem do neutro para a terra. Portanto, há necessidade de se utilizar filtros para
229

derivar as harmônicas do relé de sobretensão. Assim, na res istência R circula a


corrente fundamental, relativa à retirada da caixa capacitiva, cuja tensão gerada
será monitorada pela proteção 59. O valor de R é da ordene ct"5 a 25Q. A p:imeira
caixa capac1uva retirada do banco de capacitores deve ser sínat1z...~ através t1e
alarme acionado pela proteção 59. Portanto, o ajuste da proteção 591 (unidade
instantânea), deve ser menor que a tensão gerada pela retirada da primeira caixa.
A corrente que circula na ligação à terra, para N caixas capacitivas
retiradas num mesmo grupo, é dada pela expressão 4.10.7 ou 4.10.8. Considerando
o valor de R o ajuste para provocar o alanne na unidade de proteção 59, para uma
caixa capacitiva retirada, deve ser

(4. 16. 1)

onde:
a = {L,5 para relé eletromecânico
1,1 para relé digital
Para ajuStar a proteção de sobretensão 59T (temporizada), deve-se
cons iderar o número N de caixas retiradas, que produza uma sobretensão acima de
10% nas caixas capacitivas remanescente do mesmo grupo. Ponanto, o ajuste da
proteção 59T é obtido através da inequação
R · 1NeuLrO para N dÚllAi retinid.d (4. 16 .2)
vaju~59T ~ ---~-----
ª
Nessa expressão, l N ttJIJO ""°!'< ai.a• rtunidas é a corrcme relativa às N caixas
retiradas, que prodU7 sobretensão maior que 10% nas caixas capacitivas
remanescentes do mesmo grupo da caixa com defeito. As sobretensões nas cajxas
capacitivas são calculadas pela expressão 4. 10.6. A protéção de sobretensão 59T
tem uma tempori7.ação de 0,5s e sua atuação abre a chave a óleo ou o djsjuntor
local. O defeito cm uma caixa capacitiva ou em N caixas não corresponde a um
cuno-circuito ele\ ado no sistema e, portonto. não há necessidade de se ter um
dispositivo de abenura de e levada capacidade de ruptura como um disjuntor. o que
pem1ite usar uma chave a óleo coro abertura sob carga.
Outro esquema de proteção que também pode ser utilizado é o balanço de
tensão. função 60, que está apresentado numa única fase, na figura 4.16.3.
230
Capítulo 4

TP

Relé
59
Função
60

Figura 4.16.3 - Pro1eção por Balanço de Tensão do Banco de Capaci1ores


em Es1rela
AI errada.
Nesse esquema. quando alguma unidade capaciliva sai do grupo, provoc
a
um desequfübrio de tensão detectado pele proteçã o de balanço de
tensão 60, que
pode acionar um alarme ou desliga r o banco de capacitares. Essa proteçã
o é imune
ao desbalanço de tensão proveniente do sistema elétrico. A desvant
agens é a
necessi dade de 6 TPs para a proteção talai do banco de capacitares.
Outro esquem a. de bala11ço de tensão de seqüência 7.ero. é o apresen
tado na
figura 4. 16-4.
A proteção de sobretensão 59 está conectada no secund ano de 3
TPs ,
fonnan do uma conexã o em ó nbeno. Na operação nonnnl a
proteção 59 é
submetida à soma das 3 tensões, isto é

V 59 =1v.+ V~+ vc[= zero


Se alguma unidade capaciti va é retirada, as tensões nos primári os dos
TPs
se tomam desbala nceadas . O grau de dcsequílfbrio de tensão.
que reOcte a
quantid ade de caixas capacitivas retiradas, é detectado pela proteçã
o 59. Assim,
deve-se ajustar o 59 1 para acionar o alarme. no l 0 estágio, e o 59T
para desliga r o
banco de capacitares. no 2° esuigio.
Proteção dc- Banc-0 de Capacitores 231

Bana

(
...
Ili
.9
ü
CD
Q. (
GI
o
41 (
"O

8
e (
«I
ai

(
(
=
Figura 4. 16.4 - Proceção por Balanço de Tensão (
Se a subestação tem dois bnncos de capaciLores instalados em estrela (
atcrrnda. pode-se utili7.aT am esquema de protcçào de balanço de corrente, como
mostra a figura 4. 16.5.
Na operação normal não circula corrente füodamcntnl no relé de
sobrccorrente. As harmónicas de terceira ordem e seus múltiplos não passam no
relé. devido aos TCs estarem conectados em oposição às suas marcas de
polaridade. Ponanto, esta proteção não necessita de líHro para as harmônicas.
Assim, quando ocorre um defeito em alguma caixa capaciti\'a a corrente ílui pela
ligação à terra e será detectada pela proteção de baJanço de corrente 6 1. Essa
pro teção apresenta as seguintes vantagens:
./ Não é sensível ao desbaJaoço das tensões do sistema elétrico;
./ Não é afetada pelas barmônic.as.
Uma variante desse esquema é a proteção aplicada na ligação tipo H ( tipo
ponte), na conexão estrela aterrada. Esse esquema é apresentado na ligurn 4. 16.6.
232
Capítulo4

i.
u
:
!
Ili

Figura 4. 16.5 - Esq uema da Proteção de Balan


ço de Corrente

! -"'- r--
s.
~
1..'.....1..;;,,_--'
~
§
:

Figura 4.16.6 - Proteção para a Ligaçãrt Tipo


H. para a Estrela Aterrada
Proteção de Banco de Capacitares 233

Qualque r unidade defeituosa (em curto-circuito ou aberta) provoca um


desequillbrio na fase, com a conseqüente circulação de corrente no relé de balanço
6 1.
Outro esquema de proteção de fase dividida . por balanço de corrente , é
a pn-sentado rta fi gura 4.1 6.7.

80L l2d'A
SOA

..
!! 1

-_..- ...
a - ......- -

_
~
a.
~
.: ........... ...
8e
~ -........--.

Figura -1 .16.7 Proteção de Fase Dividida. por Balanço de Corrente


Para o banco de capacitares. operar em estrela aterrada. a chave
seccionadora (g). na fi gura 4.16.7. deveni estar fechada. Cada fase é compost
a por
d ois conjuntos, tal que a corrente da fase é dividida. não circuland o corrente
no relé
de balanço. Este tipo de proteção representa a função de proteção 61 .
Para exemplificar este caso, apresenta-se uma operaçiío de um banco de
capacitores. na qual as corre ntes elétricas estão indicada s na fi gura 4.16. 7.
Para
faci litar a análise. o TC considerado é de relação 1: 1. Em caso de rompime
nto dCl
234
Capítulo 4

ibram,
elo fusível de uma caixa capacitiv a as correntes na mesma fase se desequil
desbalan ço a passar pelo relé 61 . A figura 4.16.8 mostra as
forçando a corrente de
o caso da retirada de uma caixa capacitiv a da fase da esquerda.
corrente s para
Barre

80Ll2o'A
76A
40A

Figura 4. 16.8 - Corrente de Desbalunço no Relé 6 1


Apresenta-se, a seguir, algumas consider ações gerais sobre o banco de
a as
capacit0 res conectado em estrela aterrada. Esse tipo de ligação apresent
seguintes caractcristicas:
© Maior seguranç a ã instalação. devido ao neutro aterrado, as tensões nas
fases se mantêm. a despeito do defeito em alguma unidade capaciliv a
da outra fase;
@ Baixo custo de operação;
@ Pequena área ocupada na subestaç ão;
235 (
Proleçâo de Banco de Capacitares

© Existência de uma corrente passand o pela ligação à terra. em caso de


defeito em alguma unidade capaciti va;
© O banco de capacirores apresen ta um caminh o de baixa impedâ ncia à
terra, para as tensões induzidas por descarg as alIDosfé ricas.
Os principa is inoouve nn:ntes sâti: (
® Se o banco possui soment e um grupo em seoe, por fase, o curto-
no
circuito em uma unidade capaciti va c-0rresponde a um curto-ci rcuito
tando
sistema elétrico. Essa corrent e de curto-ci rcuito é elevada , necessi
r
de um elo fusível de valor muito alto ou até de um elo fusíYel limiLado (
de corrente;
(
® Um desequiHbrio no sistema elétrico, que aliment a o banco de
capacita res, poderá provoc ar a operaçã o indevid a do relé de ne uLro; (
® O banco de capacit ares em estrela aterrada fornece um caminb.o de (
as
escoam ento à terra, para as corrente s de 3ª harmôn ica e suas múltipl
de 3; l
® As correntes de curto-<:ircwto nas unidades capaciti vas são de maiores (
valores , cm relação a outros ti pos de conexões.
l
4.17 Proteção de Banco de Capacitores Conectado em Delta (

sistema s
Bancos de capacita res conecta dos em tl são utilizad os cm
elétrico s com tensão até 2,4 kV. (
relé de
Apresen ta-se. na figura 4.17. 1. um esquem a de proteçã o típica com
sobreco rrente.
cial),
Alternativamente, pode-se adotar wna proteção de balanço (diferen
ares que tenha fase dividida . conform e mostra a (
por fuse. para banco de capacit
figura 4. 17.2. (.
detectar
Essa proteção de fase dividid a é idêntica àquela empregada para
curto-ci rcuito entre as espiras do gcrodor síncron o. descrita na seção 1. 1O. l
em igual
Na operaçã o normal a corrent e numa mesma fase se di vide
capaciti va sai de
amplitude, não circulan do corrente no relé 61. Se nlguma unidade
de desbala nço no
operaçã o. devido à fusão do seu elo fuslvel. surge umn coerente
relé 6 t. l
nda-se
Nos esquem as apresentados nas figuras 4.17. 1 e 4 . 17.2 recome
menos, 2 TPs entre fases, para a medição e a ação dos disposit ivos de
instalar. pelo
um caminh o de
control e no banco de capacito res. Esses TPs constitu em
escoam ento para as descarg as dos capacito res do banco.
236 Capitulo 4

figura 4.17.1 - Proteção com Relé de Sobrecorrente em Banco de Capacitores Conectado


ema

Figura 4. 17.2 - Proteção de Balanço na Fase Dividida


Proteção de Banco de Capacitores 237

Uma das principais vanragens da Ugação de banco de capacitorcs em ~ éa


inexistência de harmônicas. As desvantagens deste tipo de conexão são:
(? Necessidade de elos fusíveis de alta capacidade de ruptura, porque esse
banco de capacitores é muitas vezes utilizado com apenas um grupo
série, por fase.
(? - No caso da adoçã~ da proteção de balanço de corrente, o custo é aJto
devido ao número de TCs requecidos.

4.18 Proteção de Banco de Capacitores em Estrela Isolada


Existem vários esquemas de proteção de bancos de capacitares con ectados
em estrela isolada, sendo apresentados. a seguir. os principais utilizados para esse
tipo de conexão.
Uma das alternativas para a proteção de um banco de capacitares
conectado em estrela isolada é o esquema de proteção da figura 4.18. I.
Barra

Figura 4 .18. l - Proteção de Banco de Capacitores em Estrela Isolada


238 Capitulo 4

A proteção de sobrecorrcnte. na entrada do banco de capacjtores, funciona


do mesmo modo que aquela do item 4. l 6.
Na operação normal. o neutro do banco de capacitores isolado é idêntico ao
neutro de uma instalação aterrada, isto é, não há deslocamento do neutro e o valor
de tensão no r~lê 'i9 será_ zero. Na retirada de algu,ma uniJâd~ capaátiv~ as
- capacitâncias das 3 fases se desequilibram, deslocando o neutro do banco de
capacitares. O deslocamento, que corresponde a uma tensão desviada do neutro
original, será detectado pelo re lé 59. O deslocamento do neutro, detectado pelo relé
59, da retirada de N caixas capacitivas de um mesmo grupo, é calculado pela
expressão 4.11.J, que está novamente reescrita na expressão 4.J 8. 1.

E . - N E (4.18. l )
o.slocamonll) do Nourm - 3S(M - N)+ 2N •
Note que o TP fonna um caminho de escoamento para as descargas
resjduais dos capacitores do banco.
A fotografia 4 . 18.2 mostra 3 TPs-. cujos secw1dários estão coneccados cm D.
aberto, para a ligação do relé 59 do esquema apresentado na figura 4. 18. 1.

Fotografia 4. 18.2 - 3 TPs do Esquema de Protc:ção da Figura 4. 18.l


Outro tipo de proteção, também possível para o banco de capacitares cm
estrela isolada, é o apresentado na figura 4 . 18.3.
Pro1eç110 de Banco de Capacítores 239

Barra

- (

..,
~
g
oCll
o. (
Cll
o
<D (
"'O
o (
o
e
Cll
co
l
(

(
59IT

(
(
Figura 4. 18.J Proteção de Alta Impedância (
Esse esquema util iza um TP de alta impedância. pura manter a (
característica de isolamento à terra do banco. Qualquer retirada de caixa capacitiva
resulta no deslocamento do neutro. na qual a tensão que corresponde ao l
deslocamento será submetida ao tenninal primário do TP. No secundário do TP o
relé de sobretensão 59 poderei acionar o alarme ou desligar o banco de capacita res.
A tens ão de deslocamento do neutro é dada pela expressão 4.18. 1.
Ot! um modo geral. as características e vantagens da instalação de bancos
de capac1to res em estrela isolada são:
• Menor corrente de cuno-circui10 cm uma caixa capacitiva com defeito:
• Necessidade de e lo fuslvel individual de menor capacidade de ruptura:
• Menor sens ibilidade ao desequillbrio de tensão no sistema elétrico;
240
Capítulo 4

• l nexistências de harm ônicas;


• Menor sobretensão nos capac itores remanesce
ntes. em relação aos
outr0s tipos de conexões;
• Ocupação de ,- pouc o espaç o na subes8ção .

As principais desvantagens deste tipo de conexão


são:
~ Necessidad e de uma proteção mais dispendiosa~
~ Necessidade de urna proteção adicional para as desca
rgas atmo sféricas.
A fotografia 4. 18.4 mostra o TP empregado no
esquema de prote ção da
figura 4. 18.3.

Fotografia 4. 18.4 - TP do esquema da figura 4.


18.3
Uma outra alternativa de proteção, que pode ser
utilizada, é a apresentada
na figura 4. 18.5.
O funcionamento desta proteção é idênti co
ao do esque ma mostrado
anteriormente. Neste esquema instala-se um relê
59, de tempo invers o, acoplado a
um d ivisor capacitivo. Na retirada de caixa capac
itiva haverá uma d iferença de
potencial entre o neutro do banco de capacitares
e a terra. Essa tensã o será dividida
entre os capacitores de aterramento associados
em série. O relé de sobretensão 59
poderá acion ar o alarme ou desligar o banco de capac
iLores.
Proteção de Banc o de Capa citores
241

-~i ~ ~
1 ílfJ
! i~--i iyui í* J

-p -
Figura 4 . 18.5 - P roteção com Capacitor
de Aterr amen to
Pode-se. ainda, utiliz ar o esquema de prote
ção na ligação tipo H para a
estrela isolada, conforme ilustra a figura 4.18
.6.

Figura 4. 18.6 - Esquema de Prote ção na


Ligação T ipo H parn a E.~ tre la Isolada
Cap itulo 4
242

ada para a conex ão estrela


Outro esque ma de prote ção, que pode ser utiliz
4.16.7, com a chave seccionadora
isolad a, é o mesmo da configuraç ão da figura
"g'' aberta.
b alanç o de tensã o (funç ão
Um relé digita l pode ser ~do na proteção por
itores em relaç ão ao neutro da rede
60). rio Geutr o da eswia do banco de capac
o na figura 4. 18.7.
eléui ca Este esquema. de prote ção é apres entad

m

"g
• o.

..,o•

.!
.___ _ _ de Balanço
Rlllll Olgltal

1----~
~----- do Ne<rtro

de Neutros
Figura 4. l8.7 - Proteção por Balanço de Tensã o

alado em Dupla
4.19 Proteção de Ban co de Capacitores Inst
Estrela Isolada
de capacitores consiste na
Um esquema de proteção tlpico para o banco
61) conec tado entre os neutro s da
utiliz ação de um relé de sobre corre nte tfunç ào
dupla estrel a, como most ra a figura 4. 19. 1.
A retira da de uma caixa capacitiva provoca
o deseq uilíbr io entre as duas
no cabo de ligação dos dois
estrelas. A corre nte, de deseq uilib rio, que passa
, é dada pela expressão 4. 12.3. que
neutr os. para N caixas reti radas no mesm o grupo
está reescrita a seguir.
243
Proteção de Banco de Capacitares

(
(

(
Fagum 4. 19.l Proteção com Relê de Sobrecorrente para a Dupla Estrela Isolada (

1 = Jl'vfN r (
i.a11ro 6S(M - N)+ 5N CIU&
(
alarme para
O relé de sobrccorrente de,•e ser ajustado de fonna 11 acionar o
capncitores para o caso de
a primeiro caixa defeituosa rei irada e desliga r o banco de
sobrete nsão maior que 10% nas
caius defeituosas extras serem retiradas, com l
caixas remanescentes. (
o princípio
Outro esquema de proteção de banco de e<.1pacitores. que utiliza
tado na figura 4. 19.2.
de dcsbalanço de tensão dos neutros das estrelas. é apresen
das conexões
Para N caixas retiradas o des,;o de tensão entre os neutros
estrela é dado pela expressão 4.19. 1.
(
E 6M E (4. 19. 1)
, 0c;.tocamcr10 oo """"º = 6S(M _ N) + SN •
o de banco
A figura 4. 19.3 apresenta um e.squema alternativo para a proteçã
de capacitores instalad o em dupla estrela isolada .
Cnpítu lo4
244

t
o
:
1

s das Estrel as
Figura 4. 19 .2 - Desbalanço de Tensã o entre os Neutro

i L..~--'
l
~ '-..__....
.~ - ...1....-

..O ....
....

Figura 4. 19.J - Proteç ão com TP de Alw Impedância


Proteção de Banco de Capacitores 245
1 impedância entre 0
Nesse esquema de proteção, conec ta-se um TP de alta
caract erístic a isolada da dupla
neutro da dupla estrela e a terra.. O TP mantém a
estrela.
ensão 59N. Nesse
O desvio do neucro será detectado pelo relé de sobret
e~quema pode-se usar as proteções 59 e 27,
c-0m os seguintes ajustes:
$ ?ruie ção 59N, ajüstado em i 1Uo/o;
~ Proteção 27N, ajustado em 95%.
ção da empresa. a
Note que muitas vezes, dependendo da ülosofia de opera
itores duran te o processo de
proteção 27N desconecta o banco de capac
recomposição do barramento da subestação.
apresenta as seguintes
A ligação de banco de capacitores em d upla estrela
vantagens:
~ Os distúrbios do sistema elétrico não
se transmitem ao circuito de
proteção do banco;
" O sistema de proteção apresenta baixo custo;
~ O sistema de proteção é simples;
~ Não há via de escoamento para as harmô
nicas de terceira ordem e seus
múltiplos.
As desvantagens desse tipo de conexão são:
~ Ocupação de uma área considerável na subestação;
material para as
~ Necessidade de maior barramento e quantidade de
conexões:
o Suportável de
~ Necessidade de isolar o oeulro com a mesma Tensã
Isolamento (TSI) do sistema elétrico.
uma subestação encontra-se
Exem plo 4.19.1 : No barramento de 13,8k V de
em dupla estrel a isolad a. A caix.-i
instalado um banco de capacitares conectado
tem a seguin te espec ificação: 1OOkV Ar e
capacitiva usada na formação do banco
de 3 grupos associados em
2,77kV. Cada fase da conexão estrela é constituída
lo. O esquema de proteção
sêrie. Cada grupo é íonnado por 14 caixas cm parale
adotado é o da figuro 4. 19. l.
tiv.i.
a) Calcu lar a corrente nominal de uma caixa capad
Q oo min•I =Vnominml rnominal
IOOk
J aornin al da cu..a = 2,77k =36J A
246
Capitulo 4

b) Calcul ar a potência rcaUn nomina l do banco de capacit ores


em dupla
estrela.
S=3 e M = l4
Qnommal do B•neo =2 · 3 · S · M ·Onominal da caiu = 2 · 3 · 3 · 14.: lOOk
Q nommal d.->"-" =25,2 MV Af

c) Calcul ar a potência reativa rc,al suprida pelo banco de capacit ores


em dupla
estrela, na tensão do barram ento.

Vr- = l ~k = 7,967kV
A tensão aplicada em cada caixa capaciti va é

V = Vr._ 7,967k = 2655k V


C21U s 3 '
A potência reativa suprida por uma cai"<a capac itiva é dada pela express
ão
4.8.J, isto é
2
Q =1ook(2,6S5k)
állll 2, 77k
QCIDU =9 1,869 kV Ar
A potência suprida pelo banco é
Q""'nd> =2·3 · S · M · Q caiu= 2 ·3· 3· 14 ·91,869k
Q suprida =2J, l 5 MVAr
d) Calcu lar ~' corrent e real na caixa capnciciva.

I _ = Qcai•• = 9 L,869k
C!IU V 2 655k
e:...l'U '

lc•ix• =34,6 A
e) Calcul ar a corrent e na fase de uma esírela do banco.
Ir•.., = M - ICl1 = 14 · 34.6
1_.

Ir- = 484.4A
Pror.eçllo de Banco de Capaci1orcs
247

f) Calctdar a corrente de curto-circ uito que passa por uma caixa capacirfr a
com defeito.
A expressão 4. 12 . 1 fornece

Ido!mu
6MS
=-6~ -- 5 1..,ixa 6 · 14 ·3 x34,6
6 · 3-5
ldereiiu = 670, 7 A
- (
(

g) Dimensi onu o elo fusível d e uma caixa capacitiYa.


Usando a expressão 4.10.3, obtém-se
670,7 A (
34•6 A < l~lo <
10
34,6 A < lc1o < 67,07 A (
De acordo oom a referencia [8], o elo adequado é
(
Elo fus ível = 40K
b) Calcular a tensão nas cains c:apadtivas remanescentes do grupo em que
ocorreu a fusão do elo fusivel e uma cai x,a foi retirada.
Pela expressão 4. 12 .2, tem-se (
E1 . . = 6·l4
7 967k
call<a rc:tirad/I 6 · 3(1 4 - J) + S · J '

E, caoxa ret1ndn =2.8 kV (


A sobretensão nas caixas remanesc entes do grupo é dada por (

so brelensao,
-
ema retlntd• =
(2,8k-2 ,77kJ
2,77k
100 (
.
(
Sobretensão1caixa retirada = 1,08% (
i) Para a retirada de uma caixa capacitiv a, calcular a corrente que pa..'iSa
cabo de ligação dos neutros das estrelas do banco de capacitores.
no l
Usando a exp ressão 4. 12.3, tem-se

1 = 3 . J4 . 1 X 34 6
~ti COWI retirada ! 6 3(14 - 1) + 5 - 1
º '
) 1'c uuo(l C1ru r=-am ' =6,08A
Capitulo 4
248

j) Repetir os itens h e i para 2. 3 e 4 caixa


s capacitivas retira das no mesmo
grupo .
4.19.1.
Os resultados dos cálculos são mostrados oa tabela

--
Caixas retiradas
N
1
Sobre ten~o·no
gni~

1,08%
l N<"llUO

6,08A

2 6,9% 12,86A

3 13,4% 20,46A

4 20% 29,06A

Tabela 4.19.l - Resultados do Cálcu lo


ligação da dupla estrela.
k) Dimension ar o TC a ser instalado no cabo de
ntes de defei to da tabela
Considerando [46] e verificando que as corre
o estará adequado. Uma prática,
4. 19.1 são pequenas, qualquer TC de baixa relaçã
próximo da média obtida pela
geralmente empregada, é escolher o TC mais
expressão.
TC = lNculropon 10% 11el0brctensão + 1 Ncu1roda pr1m.:l!H11ilartúllll.la
2
TC = 20.46 + 6,08 = 13 27
2 •
Adota-se
TC= !Q
5
obrcc orreo te.
1) Calc ular as correntes que passam no r elé de
A corre nte que passa atrnvés do relé é dada
por

I = 1Nwau
n:!é TC
a da tabela -U9.2
As correntes no relé são mostradas na última colun
C:iixas retirad as Sobre~nsão no
( r\~uno 1...1c
N grupo

1 1,08% 6,08A 3.04A

6,9% 12,86A 6.43A


2
249
Prote ção de Banco de Capa cita res

13,4% 20.46 A 10.23A


3
2~o 29.06 A 14.53 A
4
Tabela 4.19.2 - Resultados
o G .rme p::ra a prim eira caixa
m) Ajus tar o r elé 50N p2r• -0füp arar
capa.cltlva retin da.
deve ser
De acor do com (46) o ajuste do relé 50N
I < 1rdé(I caiu ttUrado 1
SON -
a
onde:
a ={1,5 para relé eletromecânico
l.l para relé digital
m I ) Para relé eletr omec ânico , tem- se
3,04 ~ 2,02 A
150N <- l S-
I 30N
-
'
50N estão na faixa de 0.5 a 4 A
Os Taps dispo nlve is no relé eletro mecâ nico
e, portanto, escolhe-se para o ajuste o Tap
= 2A.
Note que no relé eletr omec ânico o fator a - l ,5 visa garn ntir que a
e de aj uste.
operação do relé esteja 50% acim a do Iorqu
m2) Para relé digital. tem- se
l ' ON 2 • 76 A
TSoi- -<3.04
1--l ~
.::;

'
no valo r da corre nte: porta nto,
O ajuste do relé digit al é fo ito com base
pode ser
150N (rdcd1 guol 1 = 2.5A
alacme do relé 50N a equi pe técni ca
Observação: Com o acio namento do
ificar ::i caix a defe ituosa e restaurá-la.
responsável pela subestaçã o deverá ident
o banc o de capa cifor es na retir ada de
n) Aju Lar o relé SJ N p ara de.~li gar
são maio r q ue 10% no gr u po.
caixa s capa citivas que prod uzem sobr eten
3 caixas.. o banco de capa cita res
Pela tabela 4. 19 .1 , no caso da retira da de
deve ser desli gado .
250
Capltu lo4

De acordo com [46] o aj uste do relé 5 lN, em relaçã


o as corren tes no
secundário do T C, deve satisfazer a inequa ção

r <1 <J tUltO{l caius re11raibsl


Neu1m( lcalus rellrWbs) SIN - a
- < 10.23
6' 43 < lllN -
a
nl) Para relé ele1romecãnic o 5 IN

6,43A < Isu~ $ 6,82A


Os Taps dispon íveis do relé 51 N estão na faixa de 4
a 16A e, portan to , o
ajuste é prejudicado. Entretanto, deve-s e adotar o Tap
superi or mais próximo, o
qual é o Tap = 7A Neste caso; I0,2J =1,46. o que corres
ponde a 46% acima do
7
torque de ajuste do relé eletromecânic o. A tempo rizaçã
o do relé 5 1N é de 5s.
n2) Para relé digital 5 1N

6,43A < lm~ $ 9,3A


Portanto, o ajuste do relé 5 IN digital pode ser

l m1tdigua11 == 8A

4.20 Prote ção de Banco de Capa citores Insta lado em


Dupla
Estre la Ater rada
Há vários esquem as de proteç ão para a conexão em
dupla estrela aterra da.
Muito s desses esquem as seguem fil osofias de operação
semel hantes aos dos ilens
anterio res.
A seguir, aprese nta-se, concisamente, uma proteção
semel hante àquela
aplicada à ligação da estrela aterrada, mas que utiliza
dois T Cs e um relé, cujo
esquema é mostrado na figura 4.20.l .
Qualq uer retirada de caixa capacitiva haverá um desequ
ilíbrio entre as duas
estrelas_ A corrente será detectada pela proteção 61 , que
depe-ndendo do grau do
deseq uilíbri o pode aciona r o alanne ou abrir o d isjunto
r ou chave seccio nadora.
Este esquema evita a operação do relé para cuno- circuito
extern o.
Proteção de Banco de Capacilores
25 1

11 1
(

figura 4.20. 1 - Proteç ão para a Dupla Estrela Aterra (


da
U m esquema alternativo, que utiliza um TC
com dois primários é
apresentado na figura 4.20.2.
(

111 111 (
(

(
(
Figura -t20.2 - Prowçào com TC de Duplo Primá
rio
l

(
l
252

Apêndice A

Nomenclatura da Proteção

função exerc ida pelos


A numeração a segui r representa a desig nação da
circuitos elétricos de acord o com
eleme ntos. apare lhos e dispo sitivos utiliza dos nos
lEEE /ANS I (Arne rican Natio nal
a padro nizaçã o da antiga ASA e na atual CJ7-2 da
e simbo licamente representa
Standarts Inslitute). A nume ração é impon ante porqu
amen tos e dispositivos que são
s1mplificadamentc a função dos elementos. equip
unifila res e 1rifilares de esque mas de
utrlizados em manuais. relatórios. diagramas
nalion al Electr otech nical Comm iss1on)
proteção de sistemas e lé tricos. A IBC (lntcr
o modo gráfic o em vez do numé rico para
através da resol ução IEC 60617 utiliL.a
o modo numérico da ANSI e
representar a funçã o exerc ida. A segui r apresenta-se
TEC 60617.
de algumas representaç ões por símbo lo gráficos da
253
Nomencla tura da Proteção

1. E leme nto prin cipa l (ma ster ele1r1eni) ntc


ositi vo inicial que serve, seja direlallle
Elem ento principal ou mest re é o disp por um equi pam ento
admissíveis, para
o u por intea nédio de outros dispositivos
em operação ou fora de serv iço.

frl in.d o (tü:re-dd tiy startillg, ar cJ.using-


. . ~e: : Lle i= ª ~da ou fcch ~ :-ito temp
rela y) o
partida ou fech ame nto. É um dispositiv
Também chamado de relé de temp o de de temp o
que func iona de mod o a prop orcio nar
um retardamento proposital
ser usado dura nte a oper ação , num a
antes ou após quaJquer instante. Pode ção, exce to os
no sistema de relés de prote
seqü ênci a de intervalos de chav es ou
os quan to às funções já consagra das dos números 48,
espe cificamente assinalad
62e 79.
(checkúrg or inter /ocki11g re/a y)
3. Relé de cont role ou lnter bloq ueio
situação de certo núm ero de outros
É um rele que oper a em cons onân cia à
de condições pred eterminadas) num
dispositivos (ou a wn certo número a
imento ou a cessação de uma seqüênci
equipamento, para franquear o prossegu disp ositi vos ou
role de situa ção dess es
operacional, ou poss ibilitar um cont
quer final idad e.
dess as condições, para qual
r)
4. Coo tacto r prin cipa l (m aster conJacto o
ipal ou mes tre é um disp ositivo gera lmen te controlado por outr
Con tactor princ os circu itos de controle
e para ligar
de funç ão 1 ou equivalente, e que serv
os parn pôr em func iona men to um equipamento sob as condiçõe s
necessári
s ou anor malidades.
desejada s e desliga-lo sob outras condiçõe
device)
5. Disp ositi vo d e inte rrup ção (stop ping
ositivo de para lisaç ão, é um dispositivo de controle
Tam bém chamado de disp
um equipamento e mante-lo fora de
utilizado pnncipalml!nte para desativar
ado m::inualm entc ou e letricame nte de
oper ação. Este dispositivo pode ser oper
caso de desligamento anonnaJ, utiliza-se
modo local ou remo to. Em proteção no
a função 86.
it breaker)
6. Disj unto r d e part ida (starting circu su a
cuja funç.fo é de ligar uma máquma ú
Disj unto r de partida e um disp ositivo
fonte de tensão de pani da.
de circ ui1 brea ker)
7. Disj unto r do circ uito anód ico (ano
254
Apêndice A
É um disjuntor emp rega do nos circuitos
anódicos de um retificador de potê ncia
com a finalidade de interromper o ,
circu ito do retificador caso haja um
circu110 ou um arco e létri co de retomo. cun o-

8. Disp ositi vo de d eslig ame nto


d a ener gia de cootr~lr { cont rol
éifrccnn ec!iug .;,nri.:e) po~:::!r
É um dispositivo de desligamento, tal
corn o um inte rrup tor de faca, ou
conj unco de chaves fus{veis, utili zado um
s com a finalidade de, resp ectiv ame
ligar e desli gar a fonte de energia de nte.
cont role do equ ipamento ou das barr
gerais de comando. as

9. Disp osit ivo de reve rsão (revl!rsê


ng devia )
É um dispositi vo empregado com a
finalidade de inve rter o campo de
máquina ou para poss ibilitar quai sque uma
r outras funções de reve rsão.
J O. Chu1e com utad ora de seqiiêocla
das unid ades (un it sequ ence switd 1}
É uma chav e comutad ora utilizada, cm
equi pamento s de unidades múltipla
para mod ificar a seqü ência na qual s.
as unidades poss am ser colocadas em
operação ou desligad as.

1 l. Tra nsfo rma dor de con trole (pot


ênci a)
É o transfonnador utilizado para o c
ircu ito de cont role.
J 2. Disp osit h•o d e sob re,•eloci dade (m
•er-sp ee.d de•·ice)
É um d ispositivo que quan do a velocida
de rotacional ultra pass a um certo valo
ajustado opera, abri ndo ou fccha11do r
wn contato. Por exem plo, é o caso
d ispositivo, tamb ém conh ecid o por do
chav e centrífug a que funciona por
força centrifuga, fech ando ou abri ação da
ndo um conlato. caso a velo cida
máquina ultrapasse urn valo r dete de da
rminado. Pela IEC 60617 esta funç
represenLada pelo símb olo 1 w>i ão é

13. Disp ositivo d e rota ção sínc rona


(syn clrrono11s-sp eed devi ce)
É qual quer dispositivo que opera apro
ximadameme à velo cidade sínc ro na
máquina sfocrona. Por exemplo, tal dn
dispositi vo pode ser:
• um inter rupt or de velocidade cent
rifugo;
• um relé de tensão;
• um relé de mini ma corrente .

14. Oi'ipO ÍIÍ\' O d e subveloc idad e (1mder-s peed device)


Nomenclat ura d.a Proteção
255
É um dispositivo que funci ona quan do a veloc idade
rotac ional de uma máqu ina
cai abaix o de wn valor prede termi nado. Pela JEC
6061 7 é representado pelo
símbo lo [ co< ~
15. Disp ositivo de ajuste ou comoaraç io de veloc
idade !lU freqü ência (.w;.e7i or
- frequ ency- match ing dtnice)
É um dispositivo que tem a finalidade: de alcan çar
e de mant er a veloc idade e ou
a frequência de uma máqu ina ou de um
sistem a e létric o igual à ou
aprox imad amen te igual à, de outra máquina ou
sistem a.

16. Dis positivo de controle de carga parr a bater


ia
Dispo sitivo que tem a finalidade de c-0ntrolar
e mant er a carga da bateria ou
banco de baterias. (
(
17. C h•''e de deriv ação oo de desca rga (shun Jing,
or disch arge, switc h )
É um interr uptor que serve para abrir ou fecha (
r um circu ito deriv ado dos
terminaJs de qualq uer peça ou apare lho
{exceto um resist or), tal com (
enrol amento de induzido de máqu ina, um capac
itar, um reato r, etc.. _
Obse n1ação: Exclu em-se os dispositivos que desem
penha m operações de
l
deriv ações tais que possa m toma-se necessários
no proce sso de panid a de
máqu inas pelos dispo sitivos de função numero
6 ou 42. ou seus equivalente s, e
iambém exclui a função do dispo sitivo número 73, (
que serve para a inserç ão e
desinserçã o de resistores.

18. Dispositivo de acele ração ou d esaceleraç (


ão (accelerati11g or decelerating
device)
É um disposiLivo que tem a função de fechar
ou provo car a mudança de
circuitos uliliz ados para aume ntar ou dimin uir
a veloc idade de uma máqu ina.
(
19. Cont actor d e t ransição de parti da- marc
ha (starl ing-to -ru1111ing tra1uitio11
contactor) l
É um dispositivo que tem a finalidade de dar partid
a e causa r autom nticam ente
suces sivas trans ferências de modo a levar a
máqu ma a sua veloc idade norm al
sob tensão norniL1al da rede détri ca de alime ntaçã
o.
20. Válv ula ope rada eJetricamenle (electrically
operated vafre)
É uma válvula elétri ca, opera da localmtinte ou
remo tamen te, que fechando ou
abrin do, contr ola a passagem do fluxo em
ama tubulação. Esta válvula é
empr egada em;
256 ApéndiceA

• tubulação de vácuo;
• tubulação de ar comprimido:
• tubulação de gãs:
• tubulação de óleo. etc..
~

2L Relé de distância (dista11cé! rtday)


É um relé que opera quando a impedância, admitância ou a reatância. v ista pelo
relé, diminu.i ou aumenta além dos ites redeterminados (ajustados). Pela
IEC 606 17 é representado pelo símbolo Z <

22. Disjuntor equalizador (equalizer circuit break.er) ou disjuntor do circuito


de balanceamento
É um disjuntor que serve para controlar ou ligar e desligar o equalizador ou o
circuito de balanceamento de corrente para o campo de uma máquina, ou para o
equipamento de regulação, numa instalação de unidades múltiplas.

23. Dispositivo de controle de temperatura (ttmperlure control d.esig11)


É um dispositivo regulador da temperatura, ou seja, funciona para elevar ou
abaixar a temperatura de uma máquina e/ou outros aparelhos, ou de qualquer
outro meio. quando a respectiva temperatura e.ai abaixo ou se eleva acima de um
valor predeterminado (ajustado).
ObservaÇ<Jo: Um exemplo deste caso é o termostato que liga um aquecedor de
um ambiente de um quadro elétrico, ou um painel de um conjunto de chaves
elétricas, quando a temperatura cai para um valor determinado: j á nos casos em
que se deseja que o aparelho funcione com uma temperatura bem estabelecida e
ajustada. o dispositivo de controle de temperatura recebe a designação da
função 90T. que. por exemplo, é o caso do termostato da geladeira, do freezer,
de câmaras frigoríficas e dos ambientes climatizados.

24. Disjuntor contactor ou seccionadora de interligação (seccionamento) de


barras ou relé contra sobreexcitação ou Volts por Hertz
Dependendo da função esta numeração pode designar um dos elementos acima.
No caso da proteção contra sobreexcitação em Volts por Hertz, o relé opera
quando a tensão vaj a lém de um valor pré-ajustado maior que a nominal ou
quando a tensão for menor ou igual a nominal a uma freqüência inferior a
nominal. é utilizada principalmente para prevenir excesso de fluxo magnético
no núcleo do transfonnador elevador do gerador síncrono.
1- 257
r Nom encla tura da Proteção

confer ência (com prov ação) de


1 25. Dispositiv o de sincr oniza ção ou de
heck device)
1
sincr onis mo (synclrron it.i11g , or syncliron ism-c
em CA esu verem dentro dos
É um d ispositivo que opera quan do dois circuitos
fase e de ter-5ão, para permitir ou
Limites desejados de freqüência , ângu los de
prov ocar à conexão desses doin circu itos.

eq11ip amai to (tem pera tura do


2ó. Dup<Dili\ ú térmico d e prote ção do
) (apparatus therm al d~·ice or
enrola ment o ou do óleo do transform ador
oven emperature relay )
temperatura exceder um valor
É om d ispositivo que funciona quan do a
do caso quan do a temperatura cair
predeterm inado (ajustado) ou dependendo
técmic-0 de prote ção pode ao m esmo
abaixo de um valor aj ustado. O dispo süivo
ou 3 estágios de atuaç ão.
temp o medi r a temperatura amai e ler de 1, 2
sas aplic ações, tais como:
Estes dispositjvos são ulilizados e m diver
•:• T ecmô metr o do enrol amen to primário do transformador
•:• Term ómet ro do enrol amen to secundário do transform ador
•!• Termômetro do óleo do transformador
or de uma máqu ina
•:• Term ômet ro do enrolamento amor teced
sincrona
~:· Dispositivo ténni co do resistor
de limit ação de carga
•:• Dispositivo térmico de prot:eção de um meio liquid o
qualquer, tanto no aquec imen to como no resfriamen to.
Pela l EC 606 17 é representado pelo símbolo
(E] .

27. Relé d e subtc nsão (und ervoltage relay )


a além de um valor ajust ado.
É um relé que opera quando a tensão elétrica abaix
Pela IEC 60617 é representado pelo símbolo
~

18. Detector de cha mas (/lame detec tor)


uma chama piloto ou cham a
É um djspositivo que sinaliza a presença de
Com aplicação principal.mente em:
principal em aparelho. painé is ou ambiente.
+ Turbina a gás
• Caldeira a vapo r
• Detec tor de fuma ça
• Detector de raios infra vermelho

(iso/atbig co11ta ctor)


29. Coot actor (seccionad ora) de isola mento
é uma chav e utiliz ada para desco necta r um circu ito,
Seccionadora de isolamento
, emergências ou desligamentos
principalmente nos casos de manutenção, testes
258
Apêndice A

prolongados. Nas subestações. estas seccionado


ms, opera m sem ser motoriz.ada
com abertura sem carga, isto é, com proce sso
de abert ura mecânica no local e
totalm ente manual

30. R~lP
:m uncia dor (!! .,nuncü1tor relay )
um dispu.->!~!\lo de rcp0:!1.:on-u11en<v- ~o-automát
f. icG que Wu1t:<:é um certo
núme ro de indicações visua is a respeito do funci
onamento de displll)ltiv~ de
prote ção e que pode também desem penha r (sinal
izar) uma função de coloc ação
fora de operação de um equipamento. Por exem
plo. a bande irola de sioali zação .
31. Dispo sitivo d e excit ação sepa rada (sepa rate
excit ation device)
É um dispositivo que liga um circuito, tal como
o camp o de derivação de um
gerad or de corrente continua para a excitação
do camp o de uma máqu ina
s incro ua. ou que encrgiza os CLrcuitos de
excita ção e de 1gn1ç ào de um
retificador de potencia.

32. ReJ~ direc ional de potên cia (directio11a


l powe r device)
É um relé que opera num valor desejado do fluxo de
en ergia numa dada direç ão,
ou no caso de retificador de potência opera
por efeito de energia reversa
resultante de arco inver so nos circuitos anódicos
ou catódicos. Pela fEC 6061 7 é
representado pelo sjrubo lo ~-
33. Chave de posição (posi tlon .~witcll}
É um interruptor que liga (ativa) ou desliga (desa
tiva) um contato quand o o
dispo sitivo ou peça principal de um apare lho (que
não tiver nume ro de funçã o)
atinge determinada posição.

34. Chav e d e seqüência-mest re (m"tor-ope


rated seqr1ence witd1 or muste r
seque11ce device)
É um dispositivo tal como uma cha\'C de contatos
mulliplos, ou equivalente, ou
um dispo sitivo de programação, tal como um
computador, que estabelece ou
determina a seqüê ncia operativa dos principais
dispo sitivos num equipamen to,
durante a partida ou parada ou durante outra
s opcm ções de ligaçõ es e
desligamentos em seqüência.

JS. Dispo siti\•o d e m:ino hra das escovas ou


para curto -circ uitar os anéis do
coleto r (br11.sh--operati11g, or slip-r ing- sl1ort -circu
iti11g, de,•ic e)
É um dispositivo uti lizado para mano brar as
escov as. com o objetivo de
levantar. abaixar ou deslocar os anéis colet ores
de uma móquina. ou com o
1
'
Nomenclatura da Proteção
259

objetivo de curto-circuitar seus anéis coletores, ou de engatar ou desenga


tar os
contatos de um retificador mecânico.

36. Dispos ith'o de polarid ade ou polari uçiio (polarity dtniice or


polariz ing
voltage device}
É um dispos1Uvo que opet .. ou pennne e !!;•tn1ção cic ot:tro disposilivv r.omenlc
se estiver de acordo com uma polarid ade predeterminada ou verifica (
a presença
de uma tensão de polarização num equipamento.

37. Relé de míoinua correo1e ou de mlnima potência (underc


urrmt or
urulerp ower relay)
É um relé que opera quando a corrent e ou o fluxo potência decresc e abaixo
de
um valor pré-ajustado. O relé de mínima corrente.. também , é conheci
do por relé
d.e subcorrentc. Pela IEC 60617 são represen Lados respecti vament
e pelos (
simbolos [!;]e ~
(
38. Dispositivo de proteção de sobretc mperat ura de mancai (bearin
device)
g protect. fre r
É um dispositivo que funciona quando a temperatura c!o mancai do
eixo da l
máquin a for excessiva ou sob outras condiçõ es mecânicas anorma is, (
associad as
ao mancai, tais como desgaste indevid o, que resulta em excessi vo
aument o da
tempera tura do mancai.
(
39. SinnUzador de condição mecârtica (m«l1a11icaJ condition monito
r)
É um dispositivo que funciona quando da ocorrên cia de uma c.oodição (
mcdnic a
anorma l (exceto a associada com maocais na forma abrangi da pela {
função 38).
tal como excessiv a vibração. excentricLdadc, expansão, choque
, inclinação ou
falha de vedação. (
(
.tO. Relé d e c.ampo, proteção contra subexc itação ou perda dr campo
(fie/d
relay)
É um relé que opera com a ocorrên cia de falha (curto-circuito) ou com
um valor
anonna lmente baixo da corrente de campo de uma mâquina sincron
a, ou por um
\·ator excessivo da componente rea1iva da correme de armadu ra
da máquina
slncrona. que provoca a subexcitaçfio da máquina no caso
capacíú vo e
superexcitação no caso induti\ o.
O relé 40 é colocado nos terminais da máquina síncrona, em caso
de perda da
excitaçã o, a impedância do enrolam ento da armadura varia e entra
dentro da
zona de atuação do relé de admilân cia (21) direcionado para o
interior da
260 Apêndice A

máquina e com um deslocamento (off sei) de xd·n. Neste caso. o relé 21 com
este posicionamento está fazendo a função 40, ou seja, proteção contra perda da
excitação.

41. Disjuntor ou chave de campo (fie/d circuit breaker)


.1, _ É um dispos!tiyo_que funcbt,r. para 1;gar ou dealig:-.. a C·:m·.:_nle de ""''"tlO de;,
uma máquina sincronn.

42. Disjuntor ou c-have de operação normal (running circuit breaker)


Também conhecido como disjuntor de marcha é um dispositivo c uja principal
função ê o de ligar definitivamente uma máquina ã sua fonte de tensão de
alimentaçã o ou à sua tensão operacional de funcionamento.

43. Disposith'O de transferên cia manual ou seletor (chave comutado ra)


(manual lransfer or sel.ector de,•ice)
É um dispositivo operado manualmen te ou por via computacional (localmente
ou remotamen te) que comuta os circuitos de controle a fim de modificar a ação
do plano de operação do equipamento. Em relação a esta função cita-se, por
exemplo:
../ Operação do disj untor com ou sem religamento automático
../ Regulação de tensão do transfonna dor de modo manual ou
automático
./' VenliJnção forçada do lransfonnador em modo manual ou
automático
../ Bloqueio ou desbloqueio do esquema de rejeição de carga
../ Mudança de disparo para o disjuntor de transferência de barra
proveaiente do sistema de proteção da linha de transmissão que
tem o disjuntor fora de operação.

44. Relé de partida seqüencial de unidade (1111it- sequen ce starting relay}


E um relé que funciona para dar partida a próxima unidade disponivel de um
conjunto de equipamentos de unidades múltiplas. quando da ocorrência de falha
em uma unidade que deveria entrar em Funcionamento.

45. inalizador de condições a tmosfér icas anormais (atmasplreric co11dition


monilor)
É um dispositivo que funciona quando da ocorrência de condições a1mosféricas
anormais, tal como presença de emanações daninhas, misturas explosivas.
fumaça, ou fogo. Por exemplo, a subestação ficou imersa em fumaça decorrente
' Nomencla tura da Proteçllo
261

dispositivo com a função 45 deve rá


de um incêndio na proximidade, assim , o
para o sistem a de supe rvisã o.
provi denc iar a sinal ização local ou remo ta

rio das corre ntes de (ase (reverse-


46. R elé d e inver são de Cases ou deseq uilíb
phase, or phas e- balance, c11rre nt relaJI}
ási8S esthc rem err. ~qüencia de
- ~ i.&.-:1 re!~ue ope.f<i quar1 J" as cor:er: te3 p<.ill'
;i~ fo!"Pm deseq uilib radas ou
fase inversa, ou quan do as corre ntes t-0 lifá:
tivas acim a de um ceno vaJor
conti verem comp onen tes de seqüência nega
ntes insta ntâne as ou temp oriza das
ajust ado. Por exemplo, no caso de sobre corre
do por 50/5 1Q (46). Pela lEC 606 17
de seqü ência negativa, pode ier rerre senta
é repre senta do pelo símb olo h >
se-sequence vo/Jage relay)
47. Relé de tensã o de seqü ência de fase (pha
ncia de fase das tensões
É um relé que funciona quan do o valor da seqüê
ajusta do. Oper a tamb ém quan do
polifásica s ultrapassa um deten ninad o vaJor
perda de fase. Pe la lEC 6061 7 ê
ocorr e inver são de fase. subte nsão ou
repre sentado pelo símb olo ~

te seq~nce relay)
48. Relé d e seqü ência inco mple ta (incomple
Relé de seqüê ncia de opera ção incom pleta é um relé que geralment e faz o
bloqu eand o o funci onam ento se a
equip amen to relOmar a sua posição normal,
e parad a não for adeq uada mente
seqüê ncia normal de partida. marc ha
nado.
completad a dentr o de um tempo prede termi
seja utiliz ado apenas para alarm e. o mesm o poderá ser
Caso esle dispositivo
desig nado por 48A.

49. Relé térm ico de máqu ina ou trans


form ador (macliine, or trans former,
therm al relay)
enrol amento da arma dura, de
É um relé que opem quando a temp eratu ra do
amento ou elem ento da máqu ina, sujei to
à sobre carga de uma
outro enrol
. Ou a temp eratura de um retili cado r
máqu ina, exced e um valor prede termi nado
fonn ador de força , exce der um valor
de potência ou dos enrolamen tos um trans
de carga. No lrans fonn ador de força
prede tenni nado, decorrente de um aume nto
ca. Esta funçã o 49 é própria pam
este relé é conh ecido por relé de imagem ténni
amen to elétrico. P ode ser desig nado
sinal izar o nível de sobrecarga de um equip
por.
de AT do trans íon11ador:
• 49AT - Imagem térmica do enrol amen to
to de MT do lrans fonn ad or;
• 49M T - Imag em ténni ca do enrol amen
to de BT do trans fonn ador.
• 498T - Imagem térmica do enrol amen
262
Apê ndic e A

Pela TEC 60617 é representado pelo


sím bolo [}J.
50. Relé de sob reco rren te instantâ
neo (instantaneous overcu rren t,
rise relay) or rate-of-
É um relé que ope ra instanta nea men
te se a corrente de curt o" ircuill'I
de Jru Jefe iio, no t.istema eléu ico drr0JTe:'.l\e
ou no equ ipam ento, ultr apa ssar
ajuslado. um vaio r pré-
Esta função é explicitada por várias
nom inaç ões, tais com o:
7 50N - relé de sob recorrente inst
antâ neo de neu tro;
7 50G - relé de sobrecorrente inst
antâ neo de terra, tam bém cha mad
50GS (Gr oun d Sensor); o de
7 50BF - relé de proteçã o con tra
falha do disj unto r, também cha
50/62BF (Breaker Failurc); mad o
7 50V - relé de sobrecocrente
inst antâ neo com restrição (con
tensão. O ajus te do relé 50 é vari trol e) de
ável com o valo r da tensão V, pod
ser para sub tens ão ou para sobrete end o
nsão ;
7 50Q - relé de sob recorrente inst
antâ neo de seqOência neg atin,
pode ser nomioado de 46. tam bém
Pela JEC' 60617 é representado pelo
sfmbolo ~
51. Relé de sob rcc orrente tem por
izado em CA (ac time overcu rren
É um relé que atua com um reta t relay)
rdo intencional de tem po, qua ndo
eléu ica alternada em um circuito a corr enre
exc ede r um valo r pré- ajus tado.
tem po do relé 51 pod e ser. O reta rdo de
• de tempo defi nido;
• de tempo inve rso.
Esta funç ão é twnbém explicitada
por várias oom inaç ões, tais com
•!• 5 1N - rele de sob reco rren te o:
tem pori zad o de neutro. pela lEC
606 17 é
repr esen tado pdo sím bolo ~;
•!• 5 lG - relé de sob reco rren te
tem pori zad o de terra. também cba
mad o de
5 1GS, pela TEC 6061 7 é represen
•!• 5 1Q - relé de sob reco rrcn
tado pelo sim bolo ~:
le tem pori znd o de seq üên cia
também pode ser nominado de 46; neg ativ a.
•!• 51 V - relé de sob rcco rren te
tem por izado com rest riçã o (con
tensão. O ajus te do relê 51 é trole) de
vari ável com o valo r da tens
pod end o ser para sub tens ão ou ão V,
para sob rete nsão. Esta restriçã
o pod e
No menc latur a da Proteçllo
263 (

permitir ou não a oper ação do relé 5 1,


pela IEC 60617 é repre senta do

pelo símbolo~;
e
•!• 5 1 -rel é de sobreoorrente temp oriza
do com controle de torque.

símbolo~-
(
l'ela IEC 6U6 i/ é repre sentado pelo

52. Disju ntor de corr ente a ltern ada (ac


circu it brea lur)
É um disju ntor de CA utiliz ado para fecha
r ou abrir um circuito elétrico sob
condições normais ou anor mais. Sob cond
içõe s anor mais, enten dem- se as de
emergências e as de fulbas. princ ipalm
ente as de curtos-circuitos no sistema
elétrico. Por exem plo:
+ 52L - disju ntor de linha;
• 52G -dis junto r do gerad or:
• 528 - disjuntor de barra:
• 52T - disju ntor de transferência de barra (
s.
(
53. Relé excitador ou relé de gera dor CC
(exciJer or de gen erator relay )
É um relé que na sua operação alter a suce l
ssivamente o camp o da excit ação de
uma máquina de corre nte contínua
para que sua partida se dese nvol va
gradualmente.

54. Disj unto r de corrente cont inua de


alta velocidad e (high -spee d de circu it
brea lur)
Ê um disjuntor de corre ate cont ínua dese
nvolvido para que sun oper ação de
abertura e fechamento seja extre mam ente rápid
a.
55. Relé de fator de potê ncia (pmt·er fa<:t (
or relay)
É um relé que atua quando o fator de {
poléncia de um circu ito de correnle
alternada cai abaixo de um valo r pré-ajusta
do. Pela IEC 606 17 é repr esen tado
pelo símbolo 1cos tp > ~

56. Relé de aplic ação de cam po (jiel d appl


icati on relay )
É um relé que com.rola autom atica mente a
aplic ação de cxcilaçào de campo de
um molo r de corrente alternada em um
certo ponto deten ninado no cic lo de
operação .

5 7. Dispositivo de colo caçã o em curt o-cir


cuito ou de ligação a terra (sho rt-
cir c11it i11g or grou ndinK del'ice)
Apêndice A
264

nonnal de um
É um dispositivo que quando em operaç ão comuta a posiçã o
de ligação a terra, o
circuit o para a posiçã o de curte><ircuito. Tendo a função
d ispositivo provoc a o aterram eoto das fases selecio nadas. O coman do desta
local, automã ticl) ou via remota pelo sistem a de
operaç ão pode ser manuaJ no
superv isão e contro!:-;_
f.la fun.yio ligação a terra. i ~ empres;:.: :!.. ~n_~,gi n dlt:ica
, denom1~da de
ento da LT com
sc:t:cionadora de aterram ento de LT, que provid encia o atcmun
os seguin tes objetivos:
• curto-c ircuita r a L T a terra;
ladas:
• descarr egar as possive is cargas elétricas estátic as acumu
• garanti r o potenc ial nulo na LT;
respeit o à
• adequar a LT para os serviço s de manute nção, com
segurança human a.

58. Relé de falha de retlfica çllo (rectification failur~ relay)


dor de força falhar
É um relé que funciona se um ou mais ânodos de um retifica
ou se detecta r um arc:o elétrico de retomo , ou se houver a falha
em acende r-se,
de um diodo em conduz ir ou bloque ar adequa damen te.

59. Relé de sobretensão (ove:rvoltage relay)


previamente
É um relé que opera quando a tensão elétrica u ltrapas sa um valor
estabel ecido (ajusta do).
Esta função pode também ser designada por.
7 59Q- relé de sobrete nsão de seqüên cia negativ a;
nsão de neutro
7 59N - relé de sobrete nsão residua l ou relé de sobrete
64G). Pela IEC 60617 é represe ntado pelo
(t.ambém chama do de
símbolo 1 ul'MJ > ~
Pela IEC 60617 é represe ntado pelo símbol o fü::a.
60. Relé de balanc eamen to de tensão (,·o/tag e balan ce relay)
s ultrapa ssar
É um relê que opera quando a diferença de tensão de dois circuito
é usando princip almenl e para detecta r a p erda
um valor prê-ajustado. Este relé
s de proleçã o ou contro le nlimcn tados por TPs.
do sinal de tensão dos circuito
que podem ser causad os por:
./ queima de elo fusíve t
./ abertura ou problem a de contato no circuito ;
./ falha no enrolam ento do TP.

61. R elé de balançeamento de corren te (c11rren t bala11ce relay)


265
Nome nclatu ra da Proteção

te de entrad a ou saida
É um relé que opera quand o uma dada djfere aça de corren
funçã o é muito
de dois circui tos, ultrap assar um valor pré-aj ustado. Esta
enrola mento s de mesm a fase
utiliza da oa proteç ão de banco de capac itores e em
de gerad ores slncronos.

~ poriza-1 .; ~9·.'':'!-..'êl"J' ~cpp ing, or


62. Relé d e te.:ha wcato ou. oe abert ura
opénh-1g reiay)
sitivo que dá início à
E um relé temporizado que opera em conju nto com o dispo ática
de uma seqüê ncia autom
opera ção de fechamento, parali sação ou abertu ra
de um sistem a de relés de proteç ão. Por exem plo,
a função conju nta 50/62 BF,
curto- circui to com a atuaç ão
denom inada falha do disjun tor, é ativad a por um
o tempo ajusta do no relé 62, o
do relé 50, que energ iza o relé 62, se transc orrido
tabele cida de opera ção de outro s
mesm o opera , deton ando uma seqüê ncia pré-es
ra dos disjun tores do local ou remor o.
relês de proteç ão, objeti vando a abertu
Obser vação : BF é abrev iatura de Break er Failu re.

líquid o ou gás (liqui d or gat


63. R elé de pressão, ou d e nível, ou de fluxo de
pressure. /e11el, or jlow relay)
Por exem plo, o relé de
É um relé que opera de acord o com o seu eleme nto ativo.
uir ou ultrap assar um
pressã o opera quand o a pressã o do líquido ou gãs
dimin
fluxo de gás ou llquido, opera de
valor pré-aj ustado. Já o relé de nível ou de
uma câma ra ou com uma LaXa de tluxo
dois modo s: com acúmu lo de gás em
um valor pré-aj ustado .
passa nte de liquid o ou gás acima de
como relé de gás, é o relé que
O relé Buchh olz, função 63, també m conhe cido
de gãs passa nte accnr uado.
opera com nível de gás acum ulado ou com wn lluxo
ores de poten cia, cuja
É um impor tante relé usado nu proteção de transf ormad
Função vem design ada por:
• 63T - Relé Buchh olz do transf ormad or:
ormad or.
• 63C - Relé Buchh olz do comu tador do transf
encap sulad o e pressu rizado
Já o relé de pressã o 63. usado nos compart11nentos
o a pressã o dimin ui abaix o de
de gás SF6 das subesl.llções blindadas, opera quand
um valor ajusta do.
enta o relé de Válvu la de
No transf ormad or de força a função 63VS, repres
ra quand o a pressão intern a
Segum nça (válvula de alivio de pressã o) que dispa
º·
ultrap assa o valor estabe lecido pela sua mola de retenR
G3T :- .,., '-...J" ' r 11t::N 1r:,,o. JI..
64. Relé de prote ção de terra (grou ud procective
relay)
opera quand o da ocorrê ncia de uma falha do isolam ento contr a a
É um relé que
equip amen to, ou sob efeito de
terra de uma máqu ina, transf ormad or, ou de outro
266
Apêndice A
arco elétrico a terra de uma máq uina
de CC. Estes relés pod em ser por coer
ou por tensã o, para a sua identificação ente
. os diagramas unifilares devem indic
são alimentados por corr ente via TC ar se
ou por tensão via TP.
Observação:
7 Se o relé for alimentado por TC, tamb
ém pod e ser utilizado com o uma
uni~rle-: 1 uu 61.
7 Se o relé for alimentado por TP,
também pod e ser utilizado com o uwa
unidade 59N ou 64G .
7 A função 64, também pod e ser
desi gnad a para prot eção de carc aça.
massa-cuba ou tanque, sendo utilizada
em transfor mad ores de força de
a1é5MVA.
7 A função 64R (ou 64F ) designa
proteção à terra do roto r, ou 64G (ou
64S) designa proteção à terra da
bob ina da ann adu ra da máquina
síncrona.

s(mbolo ~.
Pela rEC 606 17 é representado pelo

65. Reg ulad or (go vem or)


Reg ulador é um conj unto de equi pam
ento s com controle elétr ico ou mec
utilizado para a regu lage m do fluxo ânjco.
de água , vapo r ou outro meio da máq
mot riz para finalidad es de prov er a part uina
ida, a manutenção da velocidade, à
cons tant e ou a para da. carga
Por exemplo, o regu lado r de velocida
de de Wat ts. tem esta função.
66. Oisp os ith'o limilado r do núm ero
de ope rações ou dos ratcrYalos de
em que se efetu am as ope raçõ es (not tem po
clring, or jogg ing d1n1ice)
É um dispositivo contador do núm ero
de oper açõe s com a final idad e de penn
som ente um número de oper açõe s espe itir
cificado no equipamento, ou um núm
especifico de opernç-Oes sucessjva ero
<; dent ro de um inte rval o de
especificado. Tam bém pode ser um tempo
dispositivo que funciona para acionar
circuito pcriodjcamente ou em frações um
de intervalos de tempo específicos
permitir intermitente acel eraç ão para
ou
velocidades, para se obte r o adeq uado
ª'
anço de uma máquina a baixas
posicionamento mec ânic o.
67. Relé de sobrecor rent e direcional
em CA (ac directio1111/ m•erc11rren1
É um relé que opera, som ente quan do, r elay )
a corrente elétrica alternada flui em
dctem1inada direção, com 'alo r mai uma
or do que o seu pré-ajustado. Este
produz diretamente disp aro do disju relé não
ntor, mas apen as monitora a operação
outros relês. de
Esta função 67 rece be várias designaç
ões. tais como:
Nom enclatur a da Prot eç!o
267

•:• 67N - relé d.e sobr ecor rente direc


ional de neut ro (instantâ neo ou
temporizado), pela lEC 6061 7 é repre
•:• 67G - relé de sobr ecorrent.e direc
sentado pelo sfmb olo bt> 1:
ional de terra , (inst antâ neo ou f
temp oéui do);
•:• 67Q - relé de SGbrecor rent e àücc1ú1ia

Pela IEC 60617 é representado pelo símb


1de seqú ência negativa.

olo I' 1\ 1.
' (

68. Relé d e bloq u eio (blo ckin g rela} (


~ (Relé de b loqu eio por osci
potê ncia ) laçio d e
É um relé de dá pani da a um sinal pilot
o para bloq uear o desl igamento em
defoitos externos a U11l3 linha de
transmissão ou em outro aparelho
dete rmin adas condiçõe s. ou coop era sob
com outro s disp ositi vos para bloq uear (
desl igam ento ou bloq uear o relig ame o
nto quan do não há sinc ronismo o u quan
bá oscilaçã o de potência . Por exem plo, do
esta designação pode ser a do relé de (
bloq ueio (68) que ê usad o no esquema
de proteção deno mina do de Siste ma
Bloq ueio com Com paração D irecionaJ
(Blocking). nest e caso , quan do ocor re
de l
um curto-circuito exte rno a LT, o relé (
21 que esr.â direc iona do para fora da LT
vê o defoito e ativa o relé 68, este envi
a através do siste ma de tc leco muni...:aç (
um sinal de bloq ueio para não perm itir ào
a aben ura do disj unto r da barra opo sta
Já, por exem plo. o relé 68P tem a funç
ão de re lé de bloq ueio por osci laçã o
potê ncia, isto é. quando ocor re uma de
rápida oscilação de potê ncia no siste (
elétr ico, o relé de prote ção (por exem ma
plo, o relé 21) pode oper ar iode ' idam
nest e caso o relé 68P bloq ueia a aben ura ente.
do disju ntor.
69. Disp osith10 de con trole per miss h (
•o (per missive co111Tul devi ce)
Tam bém denominado de disp os itivo
de consen so, é gera lmente um com utad
de d uas posi ções . oper á' el man ualm or
ente ou remo tamente e que. num a posi (
pem11te o fechamento de um disj unto ção,
r ou a colo caçã o de um equi pam ento
oper ação e, na outra . evita que o disju em
ntor ou o equi pam ento sejam post os
oper ação. em
l
70. Reo stato eletr icam ente oper ado (
(electrical/y uperated rheos1a1)
É uma resis tência variá vel cujo valo r é
controlado eletricam ente . Este controle
pode se r cont ínuo ou discreto, efetu ado
por cont acta r auxiliar, ou de posição.
de limi te. ou

71. Relé de uive i d e liqui do ou gás (leve


i s witclt)
Apêndice A
268

liquido ou gàs, ou opera por


É um relé que opera por um dado valor do nível do
umo dada taxa de variação deste valor .
ação do oivel do óleo no
A função 71 também é utilizada para a indic
dor de potên cia.
reservatório (tanque de expan são) do transf orma

breaker)
i l. Dfaj unt'li d e COJ •ºi?llte c.onduua (de circuit
É om disju ntor paro sei uúli1.a<lo cm um circu ito de força de corre nte conti nua.

contador)
73. Cont actor de reslst or de carga (load-re.sistor
mina da resist ência, em série ou em
É um conta ctor usado para inseri r uma deter
de varia ção de carga, ou uma detem unad a
paralelo, para produzir um degra u
variação de carga num circu ito de potên cia, ou
para ligar e deslig ar um circuito
ente, ou para acend er ou apaga r
de resistência elétrica de aquec imen to de ambi
uma lâmp ada, ou figar e deslig ar o resist
or de carga regen erativ a de um
retiftcador de potência ou de outra máqu ina. no
seu circu ito ou fora dele.

74. Relé de a larm e (alar m re/ay)


(com o o abran gido pela funçã o
É wn relé d iferente do de um relé anunc iador
e. ou em conju nção com um alarm e visual
30), utiJizndo para opera r direta ment
ou acústico.

75. Meca nism o d e muda n ça de posiç ão (posit


io11 changi11g mecltanism)
muda nça de um dispo sitivo
É um mecanismo empr egado para realiz ar uma
equip amen to. Por exem plo, o
princ ipal de uma posição para outra num
as posiç ões: ligad o, deslig ado,
meca nism o de comutação de um disju ntor para
posição de teste ou remo vível

ut rela)~
76. Relé de sobre corre ntc em CC (de over cuffe
idade da corre nte de um circw to conti nua
É um relé que atua quand o a intens
exced e um rnlor de ajuste .

77. Tran smis snr d e impu lsos (puls e tra11s mitte


r)
gerar e transm itir impulsos via
Trans missor de impul sos é empr egado para
o transf erir o sinal ao apare lho
sistema de te lecomunicação, corno o objct h
recep tor remoto.
d e prote ção fora de fase (pliase
78. Relé de medição d e ângu lo de fase. ou
)
angle meas11ring. or out-()f-step p rotective relay
o o ângul o de fase, entre duas tensõ es o u entre duas
É um re lé que atua quand
valor prcde lern1inado. Esre relé
corre ntes ou entre tensão e corre nte, exced e um
269
Nomenclatu ra da Proteção

de máquina síncrona. No
é utiliza do na proleção de falha de sincronismo
de oscilação de polência
sistema elétrico é utilizado para a prote ção
neste caso o relé 78 provo ca
principalmente em elos de vital importância e que
entado pelo símbo lo ~
,, desligamento do disjuntor. Pela lEC 60617 é repres

·;:;.Relé de religamento em LA (ac reclosing relay)


disjuntor em um circuito de
É um relé temporiz.ado que efellla o religamento do [O:;-jl
símbolo l!::=:=!l.
corrente alternada. Pela IEC 60617 é representado pelo

80. Relé de sobtensão em CC (flow swiJch )


em CC cai abaixo de um
É um relé que opera quando a tensão de um circuito
valor predeterminado.
relé de fluxo de Uquido ou
Observação: A função 80 é também empre gada para
ou gás, ou em dados índices de muda nça
gás, que controla o fluxo de líquido
desses valores.

81. Relé de freqü ência (frequ ency rela)~


desvia da nominal e, se
É um relé que atua quando a freqüência elétrica se
valor predeterminado (por
mantém por certo tempo, aquém ou além de certo
ida taxa de mudança du
exemplo, 8 l o/u (overlunder)) ou por uma preestabelec
freqüência.
O relé desta função pode ser assim denom inado :
é representad o pelo
7 81u - relé de subfreqlíência. pela IEC 60617
símbolo l::[;J.
representad o pelo
7 81 o - relé de sobrefre<1üência, pela 11:.C 606 17 é
símbolo ~.

82. Relé de religa mento em CC (de reclo.ting rehly)


tor em um circui to de
É um relé temponzado que efewa o religa mento do disjun
corrente continua.
ole automático se leti ,~o
83. Relé de trans ferên cia automática ou de contr
(u ucomatic select ive contm l, or trans fe r, relay)
de uma opera ção, de um
É um relé que promove a transferência automát.ica
ático seletivo de algumas
comando ou da proteção, ou efeura o contro le autom
funções pré-estabelecidas.

84. Mecanismo opera cional (operating m ecltan ism)


270
Apêndice A

É urna função que designa um com pleto


mecanism o ou servo -mecanismo
elétrico. inclusive o moto r operacional. os
solen óides . as chaves de posição. etc.
para um comuuidor de derivações, um regu
lador de tensã o, ou qualquer outra
peça ou aparelho similar que, de outra form
a, não possui número de funç ão.
85. P...elé r~qnm· d~ ondã port ador a
o u de fio-piloto (carr ler, or i';:ot-H'ire
recei ver re!aj')
É um relé que é oper ado ou bloqueado por
um sinal de onda portadora emitido
remotamente pelo relé 77 da outra barra.
no caso de relé com fio-p iloto o sinal é
receb ido diretamente pelo circu ito e létric
o tisico cons tituído de um par de
cond utores.

86. Relé de bloqueio de religamento (lock


ing-oa t relay )
É um relé atutil iar que opera no sentido
de desli gar um equi pame mo ou
circuitos. seu rearm e pode ser manual ou
elétrico, mas some nte pela intervenção
humana. O relé de bloqueio é acíoa ado
quan do a prolCçào que atuo u foi
classifica da com o impeditiva, daf a nece
ssidade do rean ne ser cuid adoso.
somente ser feito após a inves tigação do
de feito . A funç ão do relé de bloq ueio
pode ser as!>;m apre senta da:
• 86M - relé de bloqueio mecâ nico
• 86E- relé de bloqueio e létrico
Geralmente o relé de bloqueio , prom ove
a aben ura dos disjuntores. efetu a o
aJan ne, sinal izaçã o e outr.is funç ões. O
relé auxi liar 86, quan do energizad o
opera muito rá pido, ou seja, fecha os
seus contatos em 1 ciclo elétrico
(aproxima dame nte em 17 ms).

87. Relé de p roteção d ü eren cial (dij)'ere11


tial prot eCJive relaJ )
É um relé de prote ção que func iona por uma
perce ntage m ou ângu lo de fase ou
outra diferença quan1ita1i va_ de corre ntes
elétricas ou de outras gran deza s
e létricas.
Podem ler várias desig nações:
./ 87T - relé di ferencial do trans form ado
r de 2 ou 3 enro lame ntos .
../ 87G - relé diferencial do gernd or síncr
ono.
../ 87GT - relé diferencia l do grupo gera
dor- transform ador.
./ 87B - relé d ifere ncial de barras. pode
ser de baixa. média ou alia
impe dância .
./ 87M - relé diferencial de moto res.
pode ser do tipo percenlual ou
autobalanceado.
Pe la lEC 6061 7 é repre senta do pelo símb
olo ~
'ome ndatu ra da ProC epo
271

88. Moto r auxi liar ou moto r gerad or (auxi


lilU) • m otor, or motor gene rator)
São dispositivos empregados como equipamen
to auxiliar. tais como bombas.
ventiladores, excitadores, amplificadores magn
éticos rotativos, etc•..
89. Chav e sepa rado ra ou chave secio nado
ra (line swilch) (
É um inteLruptor do u po chave seccionad ora,
que só é operável sem carga ,
utilizada para poss1bililar manobras com o objet (
ivo de mudança na configuração
do sistema. elétrico. A operação desta seccionad
ora é motorizada com controle
local ou remoto.

90. Dispositiv o de r egula ção (regulating devic


e)
É um dispositivo que funciona para regular uma
quantidade ou quantidades, tais
como tensão, corrente, força. velocidade. freqü
ência temperatura e carg a a um
ceno rnlor o u entre ceno s limites (geralmen
de interligação ou outros aparelhos.
te próximos) para máquinas, linha s e
Exemplo, a função relé 90 efetua no comutador (
o controle de mudanças de taps
do transform ador de potência.
(
91. Relé direciooaJ de ten ão (l•oltage direc l
tiona l reloy)
É um relé que opera quando a tensã o. através
de um disju ntor abcn o. ou
contactor, excede certo valor cm uma dada direç
ão.
(
92. !lclédirecional de tensã o e potência (1•oltag
e atrd powe r direcJiona l relay)
E um relé que permite ou causa a interligaçã
o de dois circuitos quando a
diferença de tensão entre eles exceder um
dado valor numa predetermi nada
direção e faz com que esses dois circuitos sejam
desligados catre si quando o
íllL~O de potência entre eles exced
er um dado valor na direção opos ta.
93. Con tacto r de mud auça de camp o (field
clranging comactor)
É um contactor que funciona no senlido de incre
mentar ou diminuir. de um
passo, o valor do campo de excitação numa máqu
ina.
9-t. Relé de desli gamento, ou de dispa ro livre L
. ou perm issão de desli game nto
(lripping. or trip-f ree reloy)
É um relé au~il iar que funciona para provo
car o disparo de um disjuntor ou de
um conttictor ou equipament0, ou para peml
itir o seu imediato disparo por
outro s dispositjvos. ou evitar o imediato re-fo
chameoto de um interruptor de um
circuito se o mesmo deve ria abrir automatica
mente. mes mo se seu circuito de
fechamento for mantido fechado. O relé de desli
gamento tem geralmente vános
contatos :iuxi liares. e após a operação o mesm
o se reannu automaucamentc
Apêndice A
272

a
(auto resel) para a sua posição normal. Este relé é semelhante ao relé 86, com
relé 94 se auto reanna e o relé 86 só será rearmado com a
diferença que o
intervenção humana.

95. Usados para aplicações especificas em instalações individuais, não cobertos


pcios n•'u.:~rcs anteriores. Por exemi:;!o: A unlizaçao oa medida Votrs/Hertz está
provisonamenLe saindo da função 24 e está sendo utilizada como função 95.

98. Oscllografia
de
Dispositivo oscilógrafo, para possibilitar o diagnóstico pós-perturbação
de defeitos no sistema elétrico. Por exemplo , tem-se o Registra dor
ocorrênc ia
Digital de Penurba ção (RDP).

10 1. Chave de tr ansferên cia


É uma chave seccionadora utilizada especialmente para efetuar as manobras de
transferência, principalmente as de transferência de barras.
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