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CURSO DE

ENSAIOS ELÉTRICOS
EM SUBESTAÇÃO DE
ALTA TENSÃO

TERESINA (PI), OUTUBRO/2019

ENGEMAXIMO ENGENHARIA LTDA


Rua Artur Silveira, Nº 4103, Bairro Ininga, Teresina-PI, CEP: 64048-170 FONE/FAX: (86) 3237-1163.
CNPJ 06.975.845/0001-89, IE 19.455.135-0, CMC 090.961-0 E-mail: contatos@engemaximo.com.br
ÍNDICE

MANUTENÇÃO..................................................................................................... 6
COMISSIONAMENTO........................................................................................... 7

CLASSIFICAÇÃO DAS SUBESTAÇÕES ............................................................. 9

TRANSFORMADOR DE CORRENTE ................................................................ 19


TRANSFORMADORES DE POTENCIAL........................................................... 31
PÁRA-RAIOS ....................................................................................................... 38
SECCIONADOR................................................................................................... 42
DISJUNTOR ......................................................................................................... 55
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA.................................................................. 63
REATOR............................................................................................................... 77
BANCO DE CAPACITOR.................................................................................... 83
RESISTOR DE ATERRAMENTO........................................................................ 85
MALHA DE ATERRAMENTO ........................................................................ 87

MEGÔHMETRO................................................................................................... 89
MICROHMÍMETRO............................................................................................. 89
TTR....................................................................................................................... 90
MEDIDOR DE FATOR DE POTÊNCIA DO ISOLAMENTO .............................. 91
OSCILÓGRAFO ................................................................................................... 91
HI-POT.................................................................................................................. 92
TERRÔMETRO .................................................................................................... 92
INDICADOR DE CURVA DE SATURAÇÃO ..................................................... 93
MULTÍMETRO .................................................................................................... 94
ALICATE AMPERIMETRO ............................................................................. 94
CAPACÍMETRO ............................................................................................... 95
CALIBRADOR DE TEMPERATURA .............................................................. 95
TERMOHIGRÔMETRO.................................................................................... 96
FASÍMETRO..................................................................................................... 96
MALA DE CORRENTE .................................................................................... 96
VARIAC ............................................................................................................ 97

DIAGRAMA UNIFILAR ...................................................................................... 98


DIAGRAMA FUNCIONAL................................................................................ 100
DIAGRAMA DE INTERLIGAÇÃO ................................................................... 107

RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO.................................................................... 112


PERDAS DIELÉTRICAS.................................................................................... 112
ÍNDICES DE POLARIZAÇÃO E DE ABSORÇÃO DIELÉTRICA.................... 112
APLICANDO TENSÃO CONTÍNUA NO ISOLAMENTO ................................ 113
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APLICANDO TENSÃO ALTERNADA NO ISOLAMENTO............................. 115

RELAÇÃO DE ENSAIOS................................................................................... 117


RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS ............................................. 117
CADASTRO ....................................................................................................... 118
INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL............................................................... 119
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC ........................................ 120
ENSAIO DE ISOLAMENTO CA OU DE FATOR DE POTÊNCIA DO
ISOLAMENTO ............................................................................................................. 127
ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS..................... 133
ENSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO ........................................... 139
ENSAIO DE CURVA DE SATURAÇÃO ........................................................... 145
ENSAIO DE CARGA IMPOSTA .................................................................... 148
ENSAIO DE INJEÇÃO DE CORRENTE PRIMÁRIA .................................... 149

RELAÇÃO DE ENSAIOS................................................................................... 151


RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS ............................................. 151
CADASTRO ....................................................................................................... 152
INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL............................................................... 153
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC ........................................ 154
ENSAIO DE ISOLAMENTO CA OU FATOR DE POTÊNCIA DO ISOLAMENTO
160
ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS..................... 168
ENSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO ........................................... 173
ENSAIO DE CARGA IMPOSTA........................................................................ 179
ENSAIO DE INJEÇÃO DE TENSÃO PRIMÁRIA ......................................... 181

RELAÇÃO DE ENSAIOS................................................................................... 183


RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS ............................................. 183
CADASTRO ....................................................................................................... 183
INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL............................................................... 185
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC ........................................ 185
ENSAIO DE PERDAS CA .................................................................................. 188
ENSAIO DE CORRENTE DE FUGA ................................................................. 191

RELAÇÃO DE ENSAIOS ............................................................................... 193


RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS ......................................... 194
CADASTRO .................................................................................................... 194
INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL ........................................................... 195
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DOS ISOLADORES ... 196
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DOS MOTORES......... 199
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE CONTATO ................................................. 202
ENSAIO DE ATUAÇÃO FUNCIONAL ......................................................... 204

RELAÇÃO DE ENSAIOS ............................................................................... 211


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RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS ......................................... 211
CADASTRO .................................................................................................... 211
INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL ........................................................... 213
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO DC..................................... 213
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DOS MOTORES......... 219
ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA DO ISOLAMENTO ............................ 222
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE CONTATO ................................................. 227
ENSAIO DE VERIFICAÇÃO DOS TEMPOS DE OPERAÇÃO EM
DISJUNTORES ............................................................................................................. 231
ENSAIO DE ATUAÇÃO FUNCIONAL ......................................................... 236

RELAÇÃO DE ENSAIOS ............................................................................... 245


RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS ......................................... 245
CADASTRO .................................................................................................... 246
INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL ........................................................... 248
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC..................................... 249
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DOS
MOTORVENTILADORES ........................................................................................... 260
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DOS TC´S DE BUCHA
263
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DO NÚCLEO.............. 266
ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA DO ISOLAMENTO E OU FATOR DE
DISSIPAÇÃO................................................................................................................ 270
ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA DE ISOLAMENTO EM BUCHAS ..... 285
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DOS ÔHMICA ENROLAMENTOS ................. 287
ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS DOS TC´S DE
BUCHA291
ENSAIO RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO .............................................. 293
ENSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO TC´S DE BUCHA .......... 301
ENSAIO DE CALIBRAÇÃO DE TEMPERATURA ....................................... 305
ENSAIO DE CALIBRAÇÃO DE IMAGEM TÉRMICA ................................. 307
CORRENTE DE EXCITAÇÃO COM TENSÃO REDUZIDA......................... 309
ENSAIO DE ATUAÇÃO FUNCIONAL ......................................................... 312

RELAÇÃO DE ENSAIOS ............................................................................... 317


RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS ......................................... 317
CADASTRO .................................................................................................... 318
INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL ........................................................... 320
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC..................................... 320
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DOS TC´S DE BUCHA
325
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DO NÚCLEO.............. 327
ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA DO ISOLAMENTO E OU FATOR DE
DISSIPAÇÃO................................................................................................................ 330
ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA DE ISOLAMENTO EM BUCHAS ..... 334
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DOS ÔHMICA ENROLAMENTOS ................. 336
ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS DOS TC´S DE
BUCHA339
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ENSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO TC´S DE BUCHA .......... 341
ENSAIO DE CALIBRAÇÃO DE TEMPERATURA ....................................... 345
ENSAIO DE CALIBRAÇÃO DE IMAGEM TÉRMICA ................................. 347
ENSAIO DE ATUAÇÃO FUNCIONAL ......................................................... 349

RELAÇÃO DE ENSAIOS ............................................................................... 352


RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS ......................................... 352
CADASTRO .................................................................................................... 352
INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL ........................................................... 353
ENSAIO DE VERIFICAÇÃO DA SEQUÊNCIA DE FASE ............................ 353
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC..................................... 355
ENSAIO DE TENSÃO APLICADA ................................................................ 357

RELAÇÃO DE ENSAIOS ............................................................................... 360


RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS ......................................... 360
CADASTRO .................................................................................................... 360
INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL ........................................................... 362
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC..................................... 362
ENSAIO DE MEDIÇÃO DE CAPACITÂNCIA.............................................. 366

RELAÇÃO DE ENSAIOS ............................................................................... 368


RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS ......................................... 368
CADASTRO .................................................................................................... 368
INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL ........................................................... 369
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC..................................... 370
ENSAIO DE MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA .................................................. 373

RELAÇÃO DE ENSAIOS ............................................................................... 374


RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS ......................................... 375
CADASTRO .................................................................................................... 375
INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL ........................................................... 375
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO....................................... 376
ENSAIO DE MEDIÇÃO DE TENSÃO DE PASSO E TOQUE ....................... 380

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INTRODUÇÃO

Os ensaios elétricos, nos equipamentos de uma subestação, servem para


determinação do comportamento dos materiais isolantes e condutores em suas mais
diversas utilizações com o propósito de otimizar o rendimento dos equipamentos.
Verificações precisas sobre suas propriedades são realizadas com o
propósito de determinar não apenas características elétricas e térmicas, mas
também químicas e mecânicas, são imprescindíveis para definir certas
características de operação, como o funcionamento dos mesmos sob correntes e
tensões normais e anormais (baixas ou elevadas).
Esses ensaios são realizados em diferentes tipos de equipamentos elétricos
instalados em Subestações de Energia de Alta, Média e Baixa Tensão, porém,
quando realizados isoladamente, não confirmam um problema, contudo o
diagnóstico é feito em um conjunto de diferentes tipos de ensaios no mesmo
equipamento, dessa forma é possível apontar o tipo de problema e o grau de
confiabilidade para a energização, ou não, do mesmo.
Os ensaios elétricos, nos equipamentos de uma subestação, estão
presentes nas etapas de Manutenção e de Comissionamento.

MANUTENÇÃO

A manutenção é a combinação de todas as ações técnicas e administrativas,


incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado
no qual possa desempenhar uma função requerida.
A prática da manutenção tem os seguintes objetivos:
1) Redução de custos: por intermédio da Manutenção Preventiva, pode-se
reduzir defeitos, impactando em menos ações corretivas, as quais têm
valor de custo mais elevado que as ações de prevenção;
2) Maior qualidade de produtos: equipamentos em estado perfeito de
funcionamento garantem a qualidade dos produtos finais;
3) Maior segurança: setor produtivo limpo e em boas condições de operação
propicia maior segurança, confiança e motivação aos trabalhadores;

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4) Melhor ambiente de trabalho: ambiente de trabalho limpo, seguro e
organizado mediante atividades de manutenção, melhoram o nível de
trabalho dos funcionários;
5) Maior vida útil dos equipamentos: o programa objetiva o aumento da vida
útil dos equipamentos, por meio de ações de prevenção e melhorias
específicas nos equipamentos;
6) Maior confiabilidade dos equipamentos: equipamentos bem cuidados têm
intervalos de tempo maiores entre uma falha e outra, o que resulta em
maior disponibilidade e velocidade de produção;
7) Maior valorização das instalações de produção: instalações bem mantidas
têm maior valor de mercado.
Os ensaios elétricos estão presentes na manutenção dos equipamentos de
uma subestação e é de extrema importância, pois a partir dos ensaios é que se
define a frequência necessária das manutenções preventivas, que costumam ser
realizadas uma vez ao ano, como também o estado atual de funcionamento dos
equipamentos.

COMISSIONAMENTO

Comissionamento é uma etapa do conjunto de atividades desenvolvidas para


colocar uma instalação em operação, portanto, é realizada antes da entrada em
regime de operação normal. Consiste em fazer verificações e executar ensaios que
permitam comprovar que todos os equipamentos e instalações estão de acordo com
o projeto e funcionando dentro das garantias contratuais e especificações técnicas.
Em melhores detalhes, comissionamento consiste em:
1) Fazer verificações e executar ensaios que demonstrem que os
equipamentos e as instalações estão conectados ao sistema para
operação normal, em condições de manter o nível de confiabilidade,
continuidade e segurança exigidos no projeto bem como funcionar dentro
das especificações e garantias contratuais;
2) Registrar valores iniciais dos parâmetros de cada equipamento a fim de
permitir o início do controle de manutenção;
3) Verificar os desenhos e propiciar a elaboração do "como construído";

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4) Garantir a segurança do pessoal e dos equipamentos envolvidos;
5) Garantir a segurança da energização inicial;
6) Fazer verificações e executar os ensaios que demonstrem a
funcionalidade do projeto.
7) Verificar possíveis anormalidades de montagem e fixação dos
equipamentos ou componentes do sistema de proteção;
8) Verificar o estado geral, condições de limpeza, chaves e disjuntores
ligados ou desligados, sinalizações, fixação, pintura, aquecimento,
climatização, iluminação, amarração da cabeação e fiação.
9) Verificar a identificação de toda a cabeação e fiação dos equipamentos e
componentes do sistema de proteção, medição, comando, controle,
alimentação CA/CC e serviços auxiliares, confrontando-as com suas
correspondentes listas de cabos de controle e projetos elétricos
(esquemáticos, unifilares e trifilares).
10)Verificar as ligações das RTCs e RTPs segundo o estudo do sistema de
proteção;
11)Garantir que os terminais secundários dos TCs não utilizados estejam
curtocircuitados;
12)Verificar o aperto das conexões, tracionando-se manualmente a fiação e
seus respectivos terminais.

SUBESTAÇÃO

Subestação é um conjunto de equipamentos industriais interligados entre si


com os objetivos de controlar o fluxo de potência, modificar tensões e alterar a
natureza da corrente elétrica assim como garantir a proteção do sistema elétrico.
Funciona como ponto de controle e transferência em um sistema de
transmissão elétrica, direcionando e controlando o fluxo energético, transformando
os níveis de tensão e funcionando como pontos de entrega para consumidores
industriais.
Durante o percurso entre as usinas e as cidades, a eletricidade passa por
diversas subestações, onde os transformadores aumentam ou diminuem a sua
tensão. Ao elevar a tensão elétrica no início da transmissão, os transformadores
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evitam a perda excessiva de energia ao longo do caminho. Já, ao rebaixarem a
tensão elétrica perto dos centros urbanos, permitem a distribuição da energia por
toda a cidade.

Figura 1 – Ilustração do processo de distribuição de energia

CLASSIFICAÇÃO DAS SUBESTAÇÕES

Em termos gerais, as subestações podem ser classificadas de acordo tensão


de operação, com a sua função, instalação.

QUANTO AO NÍVEL DE TENSÃO

Podem ser classificadas em: Baixa tensão, Média tensão, Alta tensão ou
Extra-Alta tensão.

BAIXA TENSÃO

Classificação utilizada para subestações de níveis de tensão de até 1 kV


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Figura 2 – Exemplo de uma SE baixa tensão

MÉDIA TENSÃO

Classificação utilizada para subestações com níveis de tensão entre 1 kV a


34,5 kV (tensões típicas: 6,6 kV; 13,8 kV; 23 kV e 34,5 kV).

Figura 3 – Subestação de média tensão 13,8 kV

ALTA TENSÃO

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Utilizado para níveis entre 34,5 kV a 230 kV (tensões típicas: 69 kV; 138 kV;
230 kV).

Figura 4 – Subestação de alta tensão 230 kV

EXTRA-ALTA TENSÃO

Utilizado para níveis maiores que 230 kV (tensões típicas: 345 kV; 440 kV; 500
kV; 750 kV).

Figura 5 – Subestação extra-alta tensão 500 kV

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QUANTO A RELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE TENSÃO DE
ENTRADA E SAÍDA

Podem ser classificadas em: de manobra, elevadora ou abaixadora.

SUBESTAÇÃO DE MANOBRA

Subestação de manobra é aquela que interliga circuitos de suprimento sob o


mesmo nível de tensão, possibilitando sua multiplicação. É também adotada para
possibilitar o secionamento de circuitos, permitindo sua energização em trechos
sucessivos de menores comprimentos.

Figura 6 – Subestação de manobra 230kV da Mina de Conceição no Município de


Itabira/MG

SUBESTAÇÃO ELEVADORA

Subestação elevadora normalmente é localizada na saída das usinas


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geradoras. Elevam as tensões para níveis de transmissão e subtransmissão,
visando diminuir a corrente e, consequentemente, a espessura dos condutores e as
perdas. Esta elevação de nível tensão é comumente utilizada para facilitar o
transporte da energia, diminuição das perdas do sistema e melhorias no processo de
isolamento dos condutores.

Figura 7 – Subestação elevadora 500 kV da Usina Hidroelétrica de Tucuruí

SUBESTAÇÃO ABAIXADORA

Subestação abaixadora normalmente localizada nas periferias dos centros


consumidores. Diminuem os níveis de tensão, para que essa aproxima dos centros
urbanos a para evitar inconvenientes para a população (rádio interferência, campos
magnéticos intensos e faixas de servidão muito grandes).

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Figura 8 – Subestação abaixadora 69/13,8 kV

QUANTO À FUNÇÃO AO SISTEMA ELÉTRICO GLOBAL

Esta é uma classificação em que, na verdade, o que importa é a potência que


passa por ela, não sendo associada à tensão.

Podem ser classificadas em: de transmissão, de subtransmissão ou de


distribuição.

TRANSMISSÃO

É a subestação conectada a linha principal (tronco), a energia sai do gerador


e segue para a subestação de transmissão ou usina elétrica. Utiliza grandes
transformadores para elevar a tensão do gerador até tensões extremamente altas,
para transmissão de longa distância através de rede de transmissão.

SUBTRANSMISSÃO

Há derivações, anéis, diversas linhas e circuitos. Estão ligadas as linhas de


subtransmissão, destinada a transporte de energia elétrica das subestações de
transmissão para as subestações de ramificações.
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DISTRIBUIÇÃO

A potência é levada diretamente ao consumidor (cargas). A subestação


recebe energia das linhas de subtransmissão e as transporta para as redes de
distribuição, geralmente com abaixamento de tensão.

QUANTO AO TIPO DE INSTALAÇÃO

Podem ser classificadas em: externas (céu aberto) ou internas.

EXTERNAS OU A CÉU ABERTO

São subestações construídas em locais amplos ao ar livre. Requerem


emprego de aparelhos e máquinas próprios para funcionamento em condições
atmosféricas adversas (chuva, vento, poluição etc.), que desgastam os materiais
componentes, exigindo, portanto, manutenção mais frequente e reduzindo a eficácia
dos isolamentos.

Figura 9 – Exemplo de subestação externa

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INTERNAS

São subestações construídas em locais abrigados. Os equipamentos são


instalados no interior de construções não estando sujeitos às intempéries. Os
abrigos podem ser uma edificação ou uma câmara subterrânea.

Figura 10 – Exemplo de subestação abrigada

QUANTO AO TIPO CONSTRUTIVO DE EQUIPAMENTOS

Podem ser classificadas em convencionais, em cabine metálica ou blindadas.


São diferenciadas de acordo com sua potência instalada, configuração construtiva e
função no sistema.

CONVENCIONAIS

Foram as primeiras subestações a serem utilizadas e são usadas com maior


incidência. As subestações convencionais são instaladas a céu aberto e têm o ar
como meio isolante entre os diversos equipamentos. Por isso, ocupam grande
espaço físico. Com o passar dos anos e em decorrência do crescimento das
aglomerações urbanas, detectou-se a necessidade de criar subestações menores e
mais compactas.

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Figura 11 – Exemplo de subestação convencional

CABINE METÁLICA OU BLINDADA

Nesse caso, com um meio isolante diferente do ar, a melhor alternativa


encontrada foi o gás hexafluoreto de enxofre (SF6). Nasciam as subestações
blindadas, onde o isolamento com SF6 é feito em ambiente fechado e blindado, o
que permite compactar a instalação.

A vantagem da subestação blindada é o espaço reduzido (podendo chegar a


até 10% de uma subestação convencional). Além disso, há baixa manutenção e a
operação é segura (inteiramente contidas em invólucros metálicos). Também está
disponível em níveis de tensão de até 500 kV. Já a desvantagem está no fato de
necessita de instrumentos e equipamentos especiais para manusear o SF6, pessoal
com treinamento especializado bem como as operações de chaveamento e manobra
não podem ser visualizadas (apenas supervisionadas por indicadores).

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Figura 12 – Exemplo de subestação blindada

QUANTO À MODALIDADE DE COMANDO

Podem ser classificadas como: com operador, semiautomatizadas e


automatizadas.

SUBESTAÇÕES COM OPERADOR

Exigem alto nível de treinamento de pessoal e uso de computadores na


supervisão e operação. Só se justificam para instalações de maior porte.

SEMIAUTOMATIZADAS

Possuem computadores ou Intertravamentos eletromecânicos que impedem


operações indevidas por parte do operador local.

AUTOMATIZADAS

São supervisionadas à distância por intermédio de computadores


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(telecomandadas), sem a necessidade de recurso humano para operação e
supervisão.

EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

Uma subestação é composta por diversos equipamentos, dentre eles se


destacam os transformadores de corrente, transformadores de potencial, para-raios,
disjuntores, chaves secionadoras, transformadores de potência, reatores,
transformadores de serviços auxiliares, banco de capacitores, resistor de
aterramento, malha de aterramento, entre outros.

Figura 13 - Equipamento de uma subestação

TRANSFORMADOR DE CORRENTE

Devido ao grande desenvolvimento das tecnologias de geração e distribuição


de energia, em conjunto com grande aumento de consumo, são necessárias
informações sobre os valores de corrente e tensão cada vez mais precisas.
Para isso, temos os transformadores de instrumentos (corrente e tensão), que
são equipamentos que fornecem valores de corrente e tensão, que se adéquam e
respeitam os limites máximos dos demais instrumentos utilizados na subestação,
como os de medição e de proteção.

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Os transformadores de corrente possuem a função de suprir de corrente os
medidores e os equipamentos de medição e proteção com valores proporcionais aos
dos circuitos de potência, entretanto, respeitando seus limites de isolamento.

Figura 14 – Esquema básico do transformador de corrente

Possuem o enrolamento primário ligado em série a um circuito elétrico e o


secundário se limita a alimentar bobinas de corrente dos instrumentos da
subestação.
Apresentam impedância, vista pelo lado primário (lado ligado em série com o
circuito de alta tensão) desprezível, se comparada com o lado que está instalado,
mesmo que se leve em consideração a carga que se liga ao seu secundário.

Como principais objetivos desse equipamento, podem-se citar:


 A alimentação dos sistemas de proteção e medição da subestação, com
valores proporcionais, porém que respeitem os limites de isolamento dos
equipamentos.
 Compatibilizar isolamento e segurança entre o circuito de alta tensão,
que estão sendo medidos e os instrumentos da subestação.

TIPOS DE TRANSFORMADORES DE CORRENTE

Os transformadores de corrente têm dois tipos principais de serviços: medição


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e proteção. Com isso, temos dois tipos principais de classificação.

TRANSFORMADOR DE CORRENTE PARA SERVIÇO


DE MEDIÇÃO

Utilizados para medição de correntes em uma subestação, possuem


características de boa precisão (0,3% a 0,6% de erro de medição) e baixa corrente
de saturação (4 vezes a corrente nominal).
É um equipamento que necessita de uma alta precisão na transformação da
corrente secundária, pois alimenta medidores, muitas vezes de faturamento.

TRANSFORMADOR DE CORRENTE PARA SERVIÇO


DE PROTEÇÃO

Utilizados para suprir os equipamentos de proteção da subestação e também


isolarem o circuito primário do secundário. Requerem uma característica linear até a
tensão secundaria que corresponda à máxima corrente de defeito que circula na
carga conectada.
Utilizados para proteção de circuitos de alta tensão, são caracterizados por
não precisarem de alta precisão (10% a 20% de erro de medição) e pela elevada
corrente de saturação, da ordem de 20 vezes a corrente nominal.
A figura abaixo mostra as curvas típicas de saturação dos transformadores de
corrente de proteção e medição.

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Figura 15 – Curva de típica de um transformador de corrente

TIPO DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA

De acordo com a ABNT e a ANSI, os transformadores de corrente são


classificados quanto ao tipo de construção mecânica.

TIPO PRIMÁRIO ENROLADO

Transformador de corrente que possui os enrolamentos primários e


secundários isolados e permanentemente montados no núcleo. Para esse tipo de
transformador, o primário é normalmente constituído por várias espiras, porém em
alguns casos, pode ser formada por uma única espira.
O tipo primário enrolado é mais usualmente utilizado para serviços de
medição, mas pode também ser usado para serviços de proteção onde pequenas
relações são requeridas.

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Figura 16 – TC tipo Enrolado

TIPO BARRA

Nesse caso o transformador tem o secundário completamente isolado e


permanentemente montado no núcleo, porém, não possui enrolamento primário.

Figura 17 – TC tipo barra

TIPO JANELA

Assim como no tipo barra, não possui o primário, e é constituído de uma


abertura através do núcleo, por onde passa o condutor que seria do primário.

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Figura 18 – TC tipo janela

TIPO BUCHA

É uma derivação especial do transformador do tipo janela. É feito para se


instalar na bucha de um equipamento elétrico. Por isso pode ser considerado como
uma parte integrante do equipamento que contém a bucha.
Seu circuito magnético é maior do que nos demais tipos, sendo mais precisos
para corrente altas, possuindo menor saturação e, para menores correntes, são
menos precisos também, em virtude das maiores correntes de excitação.
Devido a essa menor saturação, e menores correntes, esses transformadores
de corrente não são usados para efeitos de medição.

Figura 19 – TC tipo bucha

TIPO NÚCLEO DIVIDIDO

Tem o enrolamento secundário completamente isolado e permanentemente


montado no núcleo, mas também não possui o primário.
Nesse transformador, uma parte de seu núcleo é separável ou pode ser
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articulada para permitir um enlaçamento do condutor primário.
Esses transformadores costumam ser usados em circuitos onde o se tem um
condutor complemente isolado.
Um tipo muito difundido de instrumento com núcleo dividido é o alicate
amperímetro. Ele é uma variedade desse transformador de corrente que é utilizado
para medidas sem interrupção do circuito elétrico.

Figura 20 – TC tipo núcleo dividido

TIPO POSIÇÃO LIVRE

São indicados para tensões e correntes mais elevadas. É usado para os


casos em que há necessidade de recombinação para obtenção de outras relações
de transformação.
Os transformadores de corrente do tipo posição livre, podem ser subdivididos
em alguns grupos ainda, como:

TIPO PEDESTAL

Possuem sua massa concentrada (núcleo e isolamento líquido) na base do


equipamento, de forma a proporcionar maior estabilidade mecânica, buscando
compensar a altura elevada da bucha.
O enrolamento primário é reforçado de forma a suportar os esforços
mecânicos oriundos de corrente de curto-circuito.

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Figura 21 – TC tipo pedestal

TIPO INVERTIDO

O enrolamento primário consiste em uma barra estacionária que é envolvida


pelo secundário em forma de um toróide. É normalmente usado para altos valores
de correntes e de tensões.
Nesse caso os enrolamentos primários e secundários são montados dentro
de um compartimento metálico.
O isolamento principal é colocado nos espaços do toróide, que envolve as
partes secundárias e a expansão tubular. Os terminais do secundário estão
disponíveis em uma caixa de terminais.

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Figura 22 – TC tipo pedestal

TIPO DE VÁRIOS ENROLAMENTOS PRIMÁRIOS

Nesse caso de transformador de corrente, os vários enrolamentos primários


que constituem esse transformador, possuem os isolamentos individualizados e
diferenciados.

Figura 23 - TC tipo vários enrolamentos primários

TIPO VÁRIOS NÚCLEOS

Possuí vários enrolamentos secundários isolados separadamente e montados


cada um em seu próprio núcleo, formando um conjunto com um enrolamento

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primário cujas espiras enlaçam todos os secundários.

Figura 24 - TC tipo vários núcleos

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS TRANSFORMADORES DE


CORRENTE

CORRENTE SECUNDÁRIA NOMINAL

As correntes primárias nominais e as relações nominais são padronizadas por


normas, sendo comum a corrente de secundário ter um valor de 5 A.

CORRENTE PRIMÁRIA NOMINAL

Representa o valor nominal que o transformador pode suportar em regime


normal de operação. Sua especificação deve considerar a corrente máxima do
circuito em que o transformador está presente e os valores de curto-circuito do
sistema.

CLASSE DE EXATIDÃO

Caracteriza o maior valor de erro que o transformador de corrente pode


apresentar ao fornecer a corrente proporcional do sistema de alta tensão aos
equipamentos elétricos da subestação. Esse valor é expresso em percentual.

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TC para medição TC para proteção
ABNT 0,3; 0,6; 1,2; 3,0 5; 10
ANSI 0,3; 0,6; 1,2 10
Tabela 1 – Classe de exatidão dos transformadores de corrente

Para os transformadores de corrente com a finalidade de medição,


normalmente o valor da classe de exatidão deve ser de 0,3 %.

CARGA NOMINAL

A carga que pode ser aplicada no secundário do TC, normalmente expresso


em VA ou em Ohms.

Potência Fator
Designação Resistência Reatância Impedância
Aparente de
Carga (Ω) (Ω) (Ω)
(VA) Potência
C 2,5 0,09 0,0436 2,5 0,90 0,1
C 5,0 0,18 0,0872 5,0 0,90 0,2
C 12,5 0,45 0,2180 12,5 0,90 0,5
C 25,0 0,50 0,8661 25,0 0,90 1,0
C 50,0 1,00 1,7321 50,0 0,90 2,0
C 100,0 2,00 3,4642 100,0 0,90 4,0
C 200,0 4,00 6,9283 200,0 0,90 8,0
Tabela 2 - Cargas nominais para TC de 5A de corrente secundária pela ABNT

FATOR TÉRMICO

Razão entre a máxima corrente primária que o transformador de corrente é


capaz de conduzir em regime permanente, sob frequência nominal, sem exceder os
limites de elevação de temperatura especificados e sem sair de sua classe de
exatidão, pela corrente primária nominal do mesmo.

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NÍVEL DE ISOLAMENTO

O nível de isolamento é definido pela máxima tensão do circuito ao qual o


transformador de corrente vai ser conectado e é padronizado, quanto às condições
que deve satisfazer a sua isolação em termos de tensões suportáveis.

CORRENTE TÉRMICA NOMINAL

Representa a maior corrente primária que um transformador é capaz de


suportar durante 1 segundo, sem exceder, em nenhum dos enrolamentos, a
temperatura máxima especificada em sua classe de isolamento, e com o
enrolamento secundário curto-circuitado.

CORRENTE DINÂMICA NOMINAL

Valor de crista da corrente primária que um transformador de corrente é


capaz de suportar durante o primeiro meio ciclo com o enrolamento secundário
curto-circuitado, sem danos devido às forças eletromagnéticas resultantes. É igual a
2,5 vezes o valor da corrente térmica nominal.

POLARIDADE

Os transformadores de corrente são identificados nos terminais de ligação


primário e secundário por letras que indicam a polaridade para a qual foram
construídos e que pode ser positiva ou negativa.
São empregados as letras com seus índices, P1, P2 e S1, S2. Diz-se que o
transformador de corrente tem polaridade subtrativa, por exemplo, quando a onda de
corrente, num determinado instante, percorre o circuito primário de P1 para P2 e a
onda de corrente correspondente no secundário assume a trajetória de S1 para S2.
Caso contrário, diz-se que o TC tem polaridade aditiva. A maioria dos
transformadores de corrente tem polaridade subtrativa, sendo inclusive indicado pela
NBR6856, que por definição prioriza sua fabricação. Somente sob encomenda são
fabricados transformadores de corrente com polaridade aditiva.

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TRANSFORMADORES DE POTENCIAL

Os transformadores de potencial têm a função de possibilitar a medição de


tensão em sistemas com tensão acima de 600 V. Eles possuem uma filosofia de
funcionamento análogo ao dos transformadores de corrente, fornecendo uma tensão
proporcional aos circuitos de alta tensão que estão sendo medidos.
Para exercer sua função, os transformadores de potencial devem ter as
seguintes características:
 Erro mínimo na relação de transformação e no ângulo de fase.
 A queda de potencial a partir do regime em vazio até a plena carga,
deve ser muito pequena.
 Isolar o circuito de baixa tensão do circuito de alta tensão.
 Reproduzir os efeitos transitórios e de regime do circuito de alta tensão
para o circuito de baixa o mais fielmente possível.
Esses transformadores de potencial também possuem a mesma metodologia
dos transformadores de potência ou força. A potência, porém, neste caso, é menor e
tem origem de instrumentos de medição e proteção, e são construídos de forma a
atender os requisitos necessários.
No seu dimensionamento não há a necessidade de se considerar todos os
fatores observados no dimensionamento dos transformadores de corrente, pois, sua
ligação em paralelo com a rede faz com que a corrente de curto não tenha a mesma
influência como no TC’s.
Como resultado dessa ligação em paralelo, resulta uma construção onde
menores precauções são necessárias e o fato que, para fins de medição, a precisão
deve ser mantida em todas as leituras. Esta condição é bem mais fácil de ser
satisfeita no caso da medição de tensão, pois a sua faixa de variação é bem menor
do que no caso da medição de corrente, já que, a corrente varia conjuntamente com
a oscilação da carga e a variação da tensão com a carga, é bem menor.
O transformador de potencial é um transformador para instrumentos cujo
enrolamento primário é ligado em derivação a um circuito elétrico e cujo o
enrolamento secundário se destina a alimentar bobinas de potencial de instrumentos
elétricos de medição e proteção ou controle.

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Figura 25 – Esquema básico do transformador de potencial

O transformador é construído com N1>N2.

TIPO DE TRANSFORMADORES DE POTENCIAL

Existem duas formas construtivas básicas, utilizadas usualmente em distintos


níveis de operação: Transformador de potencial indutivo – TPI, normalmente
utilizado em equipamentos de até 138kV e transformador potencial capacitivos –
TPC, utilizado para níveis de tensão acima de 138kV, ou em sistemas com
necessidade de comunicação.

TRANSFORMADOR DE POTENCIAL INDUTIVO (TPI)

Para níveis de até 138kV, TPs do tipo indutivo possuem custo de produção
inferior ao capacitivo. Eles são compostos por um enrolamento primário que envolve
um núcleo de ferrosilício, sendo este comum ao secundário

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Figura 26 – Transformador de potencial indutivo

TRANSFORMADOR DE POTENCIAL CAPACITIVO


(TPC)

Transformadores capacitivos são formados basicamente por dois conjuntos


de capacitores, com o objetivo de criar um divisor de tensão, além de permitir
comunicação através de sistemas carrier. São usualmente construídos para classes
de tensão a partir de 138kV.

Figura 27 – Transformador de potencial capacitivo


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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS TRANSFORMADORES DE
POTENCIAL

TENSÃO PRIMÁRIA NOMINAL

A tensão primária do transformador de potencial vai ser a mesma da tensão


do circuito ao qual seu primário está ligado.

TENSÃO SECUNDÁRIA NOMINAL

A tensão secundária é padronizada em 115 V ou 115/√3 V.

CLASSE DE EXATIDÃO

Representa o valor máximo do erro que o transformador de potencial poderá


apresentar para os instrumentos da subestação. Esse valor é representado em
percentual.

TP Alimentando Medidores
Instrumentos Indicadores
Recomendada 0,3 0,6
Aceitável 0,6 1,2
Tabela 3 - Classe de exatidão dos transformadores de Potencial

CARGA NOMINAL

A carga secundária nominal de um instrumento são as impedâncias ligadas


aos seus terminais. No caso do transformador de potencial são considerados como
carga todos os aparelhos da subestação ligados aos seus terminais.
As cargas nominais estabelecidas pela norma ANSI são as mesmas que as
estabelecidas pela norma da ABNT. A única diferença entre elas é na classificação,
enquanto um é formado pela concatenação da letra ‘P’ com potência aparente da
carga, a outra é pelas letras ‘W, X, M, Y, Z e ZZ’.
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Designação Designação
ABNT ANSI
P12,5 W
P25 X
P35 M
P75 Y
P200 Z
P400 ZZ
Tabela 4 - Cargas nominais dos transformadores de potencial

Designação Potência Fator de Resistência Reatância Impedância


ABNT Aparente Potência (Ω) Indutiva (Ω)
(VA) (Ω)
P 12,5 12,5 0,10 115,2 1146,2 1152
P 25 25 0,70 403,2 411,3 576
P35 3,5 0,20 82,5 402,7 411
P 75 75 0,85 163,2 101,1 192
P200 200 0,85 61,2 37,9 72
P400 400 0,85 30,6 19,0 36
Tabela 5 - Características a 60Hz e 120V dos transformadores de potência

POTÊNCIA TÉRMICA NOMINAL

Maior potência aparente que um transformador de potencial pode fornecer em


regime permanente de sobtensão e frequência nominais, sem exceder os limites de
temperatura permitidos pela sua classe de isolamento.

NÍVEL DE ISOLAMENTO

Define a especificação do transformador quanto à sua isolação em termos de


tensão suportável. O nível de isolamento é definido pela máxima tensão do circuito
ao qual o transformador de potencial vai ser conectado e é padronizado.

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Figura 28 - Níveis de isolamento de transformador de potencial até 242 kV (NBR-6855)

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GRUPOS DE LIGAÇÃO

De acordo com a ABNT, os transformadores podem ser classificados em três


grupos:

GRUPO 1

Transformador de Potencial projetados para ligação entre fases. Tipo utilizado


em sistemas de até 34,5kV, devendo suportar continuamente até 10% de
sobrecarga.

Figura 29 – Transformador de potencial grupo 1

GRUPO 2

O transformador de Potencial é projetado para ligações entre fase e neutro


dos sistemas diretamente aterrados.

GRUPO 3

O transformador de potencial é projetado para ligações entre fase e neutro de


sistema onde não se garanta a eficácia do aterramento.

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Figura 30 – Representação do transformador de potencial grupo 1 e 2

PÁRA-RAIOS

Um para-raios funciona de forma similar a uma válvula de segurança. Quando


a diferença de potencial com relação a terra superar um determinado valor, o para-
raios produz uma descarga para terra, de forma a manter a tensão dentro de um
limite determinado.

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DOS PÁRA-RAIOS

Atualmente, são de uso comum dois tipos de para-raios: convencional e o de


óxido de zinco (ZnO).

PÁRA-RAIOS DO TIPO CONVENCIONAL

Dependendo da tensão nominal os para-raios poderão ser montados em uma,


duas ou mais unidade superpostas. A coluna ativa é centralizada por meio de
elementos apropriados e comprimida através de molas. Nos flanges, superior e
inferior, são montados dispositivos de alivio de sobrepressão e, eventualmente,
poderão vir acompanhados de indicador de operações.

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Os para-raios são expedidos de fábrica com uma carga de nitrogênio seco a
determinada pressão, para evitar a penetração de umidade e, consequentemente, a
oxidação de elementos internos, que alterariam as características elétricas e
dielétricas.
A coluna ativa é construída por: resistores não lineares, resistores ou
capacitores distribuidores de potencial, centelhadores. Os resistores não lineares, ou
de descarga, são os elementos mais importantes. Se constituem de um aglomerado
de pó carbureto de silício e aditivos aglomerados de forma cilíndrica, obtida sob
pressão. A característica fundamental dos resistores e a variação da resistividade de
forma inversa à tensão. Os centelhadores permitem a atuação dos para-raios
quando determinados níveis de tensão são alcançados. As resistências de controle
ou capacitores são distribuídas de forma a obter uma homogeneidade do campo
elétrico ao longo da coluna ativa do para-raios. Quando acontece uma descarga
interna, forma-se uma quantidade elevada de gases ionizados, para evitar a
explosão da porcelana, o diafragma de alivio de sobrepressão atua e permite a
saída dos gases.

Figura 31 – Para-raios convencional

PÁRA-RAIOS DE ÓXIDO DE ZINCO

Os para-raios de óxido de zinco se diferenciam dos convencionais por não ter


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centelhadores. A parte ativa é composta de um único elemento, óxido de zinco
(ZnO), de forma que o projeto final resulta muito simples. O sistema de vedação e a
válvula de sobrepressão funcionam de forma similar ao convencional.
Quando submetidos a tensão nominal de operação permitem escoar apenas
algumas dezenas de micro amperes, ao contrário dos de carbureto de silício que
permitem o escoamento de centenas de amperes. A corrente subsequente ao ciclo
de operação é desprezível, eliminando, por tanto, a necessidade de absorção da
energia dissipada por ela, a causa maior das falhas dos para-raios convencionais,
com centelhadores em série. Os para-raios de ZnO não são afetados pela sujeira
superficial, no que se refere a distribuição do campo elétrico, ao contrário dos
convencionais. Dessa forma, é possível a lavagem dos para-raios mesmo
submetidos a tensão.
Modernamente a porcelana está sendo substituída por isoladores poliméricos,
com grandes vantagens: não quebram nem racham, não explodem, reduzindo o
risco de acidentes tanto humanos como de outros equipamentos vizinhos; não tem
espações vazios e, consequentemente, não existe o risco de entrada de umidade.

Figura 32 – Para-raios de ZnO

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PÁRA-RAIOS

TENSÃO NOMINAL

É a tensão eficaz permanente, a determinada frequência, que pode ser


aplicada e seus terminais e operar corretamente. A determinação da tensão nominal
se faz em função da tensão máxima entre fases do sistema e do fator de
aterramento no qual o para-raios está instalado. De forma geral, o fator de
aterramento pode ser considerado 0,8, quando o neutro está solidamente aterrado,
isto é, sem resistor de aterramento; para sistemas com neutro isolado considera-se
o fator 1,0.

TENSÃO DISRUPTIVA A FREQUÊNCIA INDUSTRIAL

Define-se como o menor valor de tensão eficaz que aplicada aos terminais de
um para-raios, sob frequência industrial, produz descargas nos centelhadores.

TENSÃO DISRUPTIVA SOB IMPULSO

Maior valor de tensão atingida antes dos centelhamento do para-raios,


quando uma onda de tensão de impulso, sob forma de polaridade dada, é aplicada a
seus terminais.

TENSÃO RESIDUAL

Caracteriza-se pela tensão que aparece nos terminais do para-raios, quando


por ele circula a corrente de descarga.

CORRENTE NOMINAL DE DESCARGA

É o valor eficaz de corrente sob forma de onda de 8/20 ms que o para-raios


deve suportar sem sofrer alterações em suas características originais.

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SECCIONADOR
São dispositivos destinados a fechar, abrir ou transferir as ligações de um
circuito em que o meio isolante é o ar. Essa operação é prevista para acontecer
após a abertura do circuito por outro dispositivo, no caso um disjuntor. Tais
operações devem atender aos requisitos de manobra, que são:
 Na posição fechada não deve oferecer resistência à corrente que
circula (nominal ou de defeito);
 Na posição aberta deve suportar com segurança as tensões que se
estabelecem;
 Todas as partes que em qualquer condição de operação possam ficar
em sobtensão, devem ser isoladas (para terra e entre fases)
 Somente operam em circuitos sem passagem de corrente. Os
secionadores podem interromper correntes pequenas, tais como:
correntes de magnetização de transformadores, ou correntes em vazio
de linhas de transmissão.

FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELAS CHAVES NAS REDES


ELÉTRICAS

Na seleção e na utilização adequada das chaves em sistemas de alta tensão,


devem ser observadas as características do sistema em que elas serão aplicadas e
a função que devem desempenhar.
Entre as características do sistema, estão as de natureza térmica, elétrica
(capacidade de condução de correntes nominal e de curto-circuito, suportabilidade
as solicitações dielétricas etc.) e as de natureza mecânica (esforços devidos às
correntes de curto-circuito, ventos, entre outros fatores) e se a instalação será feita
em uma subestação interna ou externa.
As chaves podem desempenhar nas subestações diversas funções, sendo a
mais comum à de secionamento de circuitos por necessidade operativa, ou por
necessidade de isolar componentes do sistema (equipamentos, barras, vão ou
linhas) para a realização de manutenção, por exemplo. Neste último caso, as chaves
abertas que isolam o componente em manutenção devem ter uma suportabilidade,
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entre terminais, às solicitações dielétricas de modo que o pessoal de campo possa
executar o serviço de manutenção em condições adequadas de segurança.

SECIONADORAS

A característica básica das secionadoras é o compromisso de operação em


níveis de tensão insignificantes entre os seus terminais, ou no caso de
restabelecimento e de interrupção de baixas correntes.
Tem como principais funções o by pass, onde executa um desvio em
equipamentos que necessitam de manutenção ou por alguma imposição de
operação do sistema; isolamento de qualquer componente do sistema elétrico
quando necessário; e por fim para manobras de circuito no sistema.

CHAVES DE TERRA OU CHAVE DE ATERRAMENTO

As chaves de terra ou de aterramento são necessárias devido a diversos


componentes do sistema elétrico não serem aterrados, como por exemplo, banco de
capacitores em derivação, barramentos ou linhas de transmissão.
A função principal é aterrar componentes do equipamento em manutenção. A
existência de componentes não aterrados (bancos de capacitores em derivação,
barramentos ou linhas de transmissão, por exemplo) no sistema, torna necessário o
uso desta chave, pois ela possibilita o aterramento do equipamento em manutenção.
Quando uma chave de terra está acoplada diretamente a uma secionadora
comum, esta assume a denominação de lâmina de terra ou lâmina do aterramento.

CHAVES DE ATERRAMENTO RÁPIDO

São chaves raramente utilizadas por se tratarem de chaves empregadas em


situações de emergência. Entretanto, quando exigidas, são extremamente rápidas,
necessitando às vezes de acionamento por meio de explosivos.
São dispositivos dotados de um sistema de acionamento rápido, preparados
para atuar em situações de emergência, capazes de suportar por um período
especificado de tempo, correntes em condições anormais, como correntes de curto-
circuito, mas não são capazes de suportar de forma contínua a corrente nominal.
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Dentre suas funções estão em aterrar componentes energizados do sistema,
em caso de defeitos não manobráveis, como linhas de transmissão sem esquema
de proteção com transferência de disparo; linhas de transmissão terminadas por
transformador sem disjuntor no terminal da linha e proteção de geradores contra
sobre tensões e auto excitação.
Também aterra automaticamente um circuito energizado criando um curto
circuito intencional a fim de provocar o desligamento do disjuntor instalado em outra
estação. Evita-se, assim, o uso do disjuntor no local ou a instalação de um sistema
de comando a distância. Pode ser unipolar ou tripolar conforme as necessidades do
sistema. Normalmente uma mola é utilizada como forma de armazenar energia
necessária para imprimir velocidade à faca, que deve operar em alguns ciclos. O
disparo é feito por dispositivo eletromagnético que recebe o impulso de comando e
faz saltar o engate da mola.

Figura 33 – Circuito de uma chave de aterramento rápido

CHAVES DE OPERAÇÃO EM CARGA

Tem a capacidade de desligar certos circuitos em carga, tais como: reatores,


capacitores e geradores.
São utilizadas para substituir disjuntores no chaveamento de banco de
capacitores, reatores e filtros harmônicos em subestações conversoras de CA-CC.
Além dos elementos comuns, possuem um dispositivo de interrupção de
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corrente (câmara de extinção de arco) e, eventualmente, com dispositivo de
limitação de corrente (resistores) no fechamento. A câmara de extinção tem a
capacidade de envolver e confinar os contatos onde são formados os arcos e
extingui-los.

QUANTO AO TIPO DE ABERTURA

ABERTURA VERTICAL (ANSI TIPO A / ABNT TIPO AV)

É a que apresenta melhor desempenho, e também é classificada como uma


das mais caras.
A chave é composta por três colunas de isoladores fixados sobre uma única
base. O movimento de abertura ou fechamento do contato móvel é feito em um
plano que contém o eixo longitudinal da base e é perpendicular ao plano de
montagem da mesma. Devido a essa forma construtiva, a distância entre fases pode
ser reduzida ao mínimo permitido. Podendo ser utilizada em correntes muito altas
(4000 A).
As chaves de abertura vertical podem ter montagem horizontal, vertical ou
invertida, sendo aplicadas para isolar equipamentos e circuitos, para desvio (by-
pass) ou como chave seletora.
Atende a todos os níveis de tensão e correntes, em uso atualmente. Também
apresenta boa resistência a curto-circuito, pois a lâmina fica apoiada nos dois
extremos, não existindo riscos de abrir sobre a ação de arcos.

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Figura 34 – Chave seccionadora de abertura vertical

DUPLA ABERTURA LATERAL (ANSI TIPO B / ABNT


TIPO DA)

É composta por três colunas de isoladores fixadas sobe uma base única,
sendo a coluna central equidistante das duas colunas externas. Com essa distância
disruptiva é geralmente equivalente à distância entre as fases, ocupando assim
pouco espaço horizontal.
O movimento de abertura ou fechamento do contato móvel é feito em um
plano paralelo ao plano de montagem da base, através da rotação da coluna central.
Seu movimento de operação é suave, pois a lâmina é perfeitamente equilibrada.
Podem ter montagem horizontal, vertical ou invertida, sendo aplicadas para
isolar equipamentos e circuitos, para desvio (by-pass) ou como chave seletora.
Também possui uma resistência de curto-circuito elevada, pois a lâmina fica
solidamente apoiada nesses três pontos.

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Figura 35 – Chave seccionadora de dupla abertura

BASCULANTE (ANSI TIPO C)

A chave é composta por três colunas de isoladores ligadas a uma base única,
sendo as duas colunas extremas fixas suportando os terminais e o interior móvel.
Esta última apresenta movimento de rotação em torno do ponto de fixação à base, e
carrega o contato móvel em seu topo.
Essa chave apresenta grande esforço para operação devido ao peso do
isolador ao deslocar.
Também podem ter montagem horizontal, vertical ou invertida, sendo
aplicadas para isolar equipamentos e circuitos, para desvio (by-pass) ou como chave
seletora.
Ao contrário das anteriores, essa chave apresenta uma pequena resistência a
curtos-circuitos.

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Figura 36 – Chave seccionadora tipo basculante

ABERTURA LATERAL (ANSI TIPO D / ABNT TIPO AL)

A chave é composta por duas colunas de isoladores ligadas a uma única


base, sendo o contato fixo suportado por uma coluna fixa e o contato móvel por uma
coluna rotativa.
Normalmente usada em tensões de até 69 kV, esta chave apresenta algumas
desvantagens.
O movimento de abertura e de fechamento da lâmina dá-se em um plano
paralelo ao de montagem da chave, onde um dos terminais se apoia na coluna
rotativa, o que exige uma articulação especial para não introduzir esforços sobre a
linha.
As chaves de abertura lateral podem ter montagem horizontal, vertical ou
invertida, sendo aplicadas para isolar equipamentos e circuitos, para desvios ou
como chave seletora.

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Figura 37 – Chave seccionadora abertura lateral

ABERTURA CENTRAL (ANSI TIPO E / ABNT TIPO AC)

A chave secionadora com abertura central é composta por duas colunas de


isoladores, ambas rotativas e ligadas a uma única base. O movimento de abertura e
fechamento da lâmina é secionado em duas partes fixadas ao topo das colunas
rotativas, ficando o contato macho na extremidade de uma das partes da lâmina e a
fêmea, na outra. Essa chave tem uma maior distância entre os polos, se comparada
com o tipo A.
Esse tipo de chave tem montagem horizontal ou vertical, sendo aplicada para
equipamentos e circuitos, para desvio ou como chave seletora.
Uma desvantagem dessas chaves, é que pelo fato de os terminais se
apoiarem nas colunas rotativas, exige as articulações para não introduzir esforços
nas linhas.

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Figura 38 – Chave seccionadora abertura central

ABERTURA SIMPLIFICADA (ANSI TIPO F)

Esta é composta por duas colunas de isoladores ligadas a uma única base,
sendo uma delas fixa e outro móvel. Sendo usada somente em redes de
distribuição, seu movimento da coluna móvel é de rotação ao redor do ponto de
fixação à base.

Figura 39 – Chave seccionadora abertura simplificada

ATERRAMENTO (ANSI TIPO G / ABNT TIPO LT)

A chave de aterramento é composta por uma coluna de isoladores fixa.

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Possui contatos fixos e sua lâmina fecha paralela aos isoladores. Pode ter
montagem horizontal, vertical ou invertida.

Figura 40 – Chave de aterramento

OPERAÇÃO COM VARA DE MANOBRA (ANSI TIPO H)

A chave é composta por duas colunas de isoladores fixos. A abertura ou


fechamento da lâmina dá-se através de engate da vara de manobra a um gancho ou
olhal apropriado. Sua montagem pode ser vertical ou invertida.

Figura 41– Chave de operação com vara de manobra

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FECHAMENTO OU ALCANCE VERTICAL (ANSI TIPO J /
ABNT TIPO VR)

Também chamado de chave vertical reserva, este tipo de chave é composto,


por duas ou três colunas de isoladores. O movimento de abertura ou fechamento da
lâmina é feito em um plano perpendicular ao plano de montagem da base, na qual
estão fixadas as duas colunas de isoladores, uma rotativa e a outra fixa.
Normalmente o suporte do contato superior é apoiado no isolador suporte.
Permite separar a subestação em dois planos bem definidos, o que facilita a
manutenção e aumenta a segurança. Também ocupa pouco espaço, tornando este
arranjo bastante compacto.

Figura 42 – Chave seccionadora de fechamento ou alcance vertical

Existem duas possibilidades de montagem dos contatos fixos: em coluna de


isoladores invertida ou diretamente no barramento.

SEMI-PANTOGRÁFICA (EUROPÉIA)

A lâmina é articulada para um lado, dobrando-se sobre si mesma.


Esta chave apresenta as mesmas vantagens da fechamento vertical com
relação ao arranjo e a economia de espaço.
As articulações intermediárias diminuem a resistência aos esforços do curto-

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circuito.

Figura 43 – Chave seccionadora semi-pantográfica

TIPOS DE OPERAÇÃO E COMANDO

CHAVES DE ACIONAMENTO MANUAL

CHAVES DE ACIONAMENTO DIRETO

São chaves de operação individual, por meio de vara de manobra, onde cada
polo é formado por duas colunas de isoladores fixos e uma lâmina articulada em
uma das colunas de isoladores.
Essas chaves não são apropriadas para operação em carga, já que a
velocidade de abertura é um fator importante neste tipo de operação, e por ser
manual, está ligada a subjetividade do operador.
São as mais econômicas pela ausência de mecanismos e pela simplicidade.
São indicadas para baixas e média tensões, pois para tensões mais elevadas ficaria
extremamente grande e pesada.

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Figura 44 – Chave de acionamento manual direto

CHAVES DE ACIONAMENTO MANUAL EM GRUPO

Neste tipo de chave o esforço do operador é transmitido por meio de uma


haste rígida articulada. De acordo com o movimento destas hastes, temos os
mecanismos de movimento alternativo rotativo. Acionamento alternativo,
normalmente é utilizada nas chaves basculantes.
O acionamento rotativo utiliza mancais auxiliares e juntas especiais. É
utilizado na maioria das chaves de montagem horizontal.

Figura 45 – Chave de acionamento manual em grupo

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CHAVES DE ACIONAMENTO AUTOMÁTICO

Neste caso o esforço é transmitido por um meio qualquer que não seja
manual.

OPERADOR ELÉTRICO

A força de acionamento é gerada por motores elétricos de corrente alternada


ou contínua. Este motor se encontra acoplado ao mecanismo de acionamento
rotativo.

OPERADOR PNEUMÁTICO

A força necessária ao acionamento é gerada por ar comprimido.

OPERADOR HIDRÁULICO

Os operadores pneumáticos e hidráulicos são de construção relativamente


mais simples e econômica que a elétrica. No entanto, sua utilização só é
compensadora quando já existe fonte de fluido pressurizado.

OPERADO POR ENERGIA ACUMULADA

É utilizado em casos especiais quando é necessária a operação automática


da chave. Quando há falta de energia utiliza capacitores para fornecer a energia
necessária para o disparo que são comandadas pelos relés.

DISJUNTOR

Os disjuntores são os principais equipamentos de segurança da subestação,


além de serem os mais eficientes dispositivos de manobra em uso nas redes
elétricas. São capazes de conduzir, interromper e estabelecer correntes normais e
anormais especificadas dos sistemas. São usados para controlar circuitos, ligando e
desligando em qualquer condição, conduzindo corrente de carga e proporcionando

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uma supervisão automática das condições do sistema e sua operação.
Devem ser sempre instalados acompanhados dos respectivos relés, que são
os elementos responsáveis pela detecção das correntes elétricas do circuito, e que
tomam a decisão de acionamento ou não do disjuntor. O disjuntor sem o
acompanhamento dos seus relés torna-se apenas uma chave de manobra, sem
qualquer característica de proteção.

PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS DISJUNTORES

 Interromper rápido e sucessivamente a corrente de curto circuito (Icc);


 Capacidade de interromper, estabelecer e conduzir correntes nominais
de carga dos circuitos por longo tempo, correntes de magnetização de
transformadores e reatores e as correntes capacitivas de banco de
capacitores e linhas em vazio;
 Suportar a tensão do circuito em que está instalada como os contatos
abertos;
 Ser capaz de fechar um circuito em curto imediatamente após abrir (ou
reabrir) para eliminar este curto circuito (tripfree);
 Suportar os efeitos do arco elétrico, bem como os efeitos
eletromagnéticos e mecânicos do primeiro meio-ciclo da corrente de
curto circuito (Icc) e os efeitos térmicos da corrente estabelecida
(corrente suportável nominal de curta duração);
 Abrir em tempos tão curtos quanto 2 ciclos mesmo tendo permanecido
na posição fechado por vários meses;
 Posição fechada: o equipamento deverá estar apto a interromper a
corrente especificada, em qualquer instante e sem causar
sobretensões elevadas: Com o disjuntor na posição fechado Z = 0
Impedância “zero” (desprezível)
 Na posição aberta: o equipamento deverá estar apto a fechar em
qualquer instante, possivelmente sob curto circuito, sem causar dano
aos contatos: Com o DJ aberto Z = ∞ Impedância “infinita”
A abertura do disjuntor depende do sucesso da “corrida” energética (liberação

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x absorção de energia) e dielétrica (tensão de restabelecimento x suportabilidade
dielétrica)
O disjuntor opera continuamente, sobtensão e corrente de carga, muitas
vezes em ambientes de condições severas de temperatura, umidade e poeira.
Mesmo sob essas severas condições ambientais somados aos longos períodos de
tempo sem ser acionado o disjuntor deve estar apto a operar quando for solicitado.

TIPOS DE DISJUNTORES EM FUNÇÃO DA EXTINÇÃO DO ARCO

DISJUNTORES A ÓLEO

Os disjuntores a óleo estão, basicamente, divididos em: disjuntores de grande


volume de óleo (GVO) e de pequeno volume de óleo (PVO).
No caso dos disjuntores a grande volume, com menor capacidade, as fases
ficam imersas em um único recipiente contendo óleo, que é usado tanto para a
interrupção das correntes quanto para prover o isolamento. Nos disjuntores de maior
capacidade, o encapsulamento é monofásico.
Nos disjuntores de pequeno volume, foi projetada uma câmara de extinção
com fluxo forçado sobre o arco, aumentando a eficiência do processo de interrupção
da corrente, diminuindo drasticamente o volume de óleo do disjuntor.
A maior vantagem dos disjuntores de grande volume de óleo sobre os de
pequeno volume é a grande capacidade de ruptura em curto circuito. Mesmo assim
este tipo de disjuntor está caindo em desuso.
O princípio de extinção do arco nos disjuntores a óleo é baseando na
decomposição das moléculas de óleo pela altíssima temperatura do arco. No
movimento de abertura dos contatos, pouco antes de se separarem, a densidade de
corrente aumenta pela diminuição da área de contato entre eles. Dessa forma, a
temperatura na região aumenta, provocando o aquecimento do óleo e a ionização do
meio. A vaporização pode começar a ocorrer já neste estágio, no entanto,
normalmente se dá início somente após a separação dos contatos principais.
Como o meio em que os contatos estão mergulhados já se encontra ionizado,
assim que eles se separam estabelece-se o arco elétrico, elevando ainda mais a
temperatura no meio e provocando de forma definitiva a vaporização do óleo. O
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princípio de extinção do arco em aparelhos deste tipo é, então, utilizar os gases
provenientes da decomposição do óleo para resfriá-lo, uma vez que a maioria deles
possui um acentuado efeito refrigerante, e para aumentar a pressão em torno do
arco, elevando o gradiente de tensão necessário para manutenção.

Figura 46 – Disjuntor com pequeno volume de óleo (PVO)

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Figura 47 – Disjuntor com grande volume de óleo (GVO)

DISJUNTORES A AR COMPRIMIDO

Os disjuntores a ar comprimido são aqueles que utilizam ar comprimido como


meio de extinção de arco elétrico e na maioria das vezes para isolamento e
acionamento dos contatos móveis.
Esses disjuntores utilizam um princípio de extinção bastante simples. A partir
de uma fonte de ar pressurizada, o método baseia-se simplesmente em criar um
fluxo de ar sobre o arco suficiente para resfriar a região entre os contatos ao mesmo
tempo em que expulsa o gás ionizado que ali se encontra.
Esse sopro é realizado através das câmaras de ar comprimido, armazenadas
num reservatório pressurizado, que sopram sobre a região entre os contatos,
determinando o resfriamento do arco e sua compressão. A reignição do arco em
seguida à ocorrência de um zero de corrente é prevenida pela exaustão dos
produtos ionizados do arco da região entre os contatos pelo sopro de ar comprimido.
A intensidade e a rapidez do sopro de ar garantem o sucesso dos disjuntores nas
corridas energéticas (liberação x absorção de energia) e dielétrica (tensão de
restabelecimento x suportabilidade dielétrica).

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O sopro de ar renova o dielétrico e ajuda a diminuir a temperatura na região
do arco. O aumento da densidade do ar melhora a sua rigidez dielétrica e a sua
capacidade térmica, nestas condições a dissipação de calor e a recombinação de
elétrons e íons se realizam mais rapidamente (a constante de tempo de
desionização é menor). A desionização é tão forte que o arco se extingue logo que
passa pelo zero de corrente.
A velocidade do ar no bocal do contato do disjuntor é igual à velocidade do
som, quando a relação entre a pressão do ar no reservatório de ar comprimido e do
ar ambiente for igual ou maior que 2. Portanto o ar comprimido é soprado
longitudinalmente contra o arco, oferecendo condições adequadas para extinção.
Os tipos originais de disjuntor a ar comprimido possuíam uma chave isoladora
em série com as câmaras de interrupção. Após um tempo pré-determinado, para
permitir a extinção do arco, a chave isoladora era aberta, o interruptor fechava pela
pressão das molas. O fechamento do circuito era sempre feito pela chave isoladora,
com os contatos das câmaras de interrupção fechados. A posição aberta ou fechada
dos disjuntores era facilmente reconhecível a partir da observação da posição da
chave isoladora.
Os disjuntores a ar comprimido podem ser utilizados em ultra-altas tensões
(800 kV) e com correntes nominais de muito altas (6.300 A) podendo interromper
correntes de até 80 kA.
A desvantagem do disjuntor a ar comprimido é a necessidade de se instalar
uma fonte de fluido (unidade compressora) o que encarece a instalação e requer
uma supervisão continua para garantir funcionamento normal da unidade.

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Figura 48 – Disjuntor a ar comprimido

DISJUNTORES A SF6

Os disjuntores que utilizam o SF6 como meio de extinção de arco obedecem


ao mesmo princípio dos disjuntores a ar comprimido, sendo, o arco neste caso
soprado por SF6 e não por ar.
O processo de extinção do arco nos disjuntores a SF6 inicia-se com a
formação do arco entre os contatos principais. De fato quando o valor da corrente
estiver bem próximo ao zero natural, o arco fica reduzido a uma coluna cilíndrica
com elevada temperatura, onde ao redor da qual existe uma massa gasosa não
condutora de eletricidade e cuja temperatura é relativamente baixa, facilitando a
rápida recomposição da rigidez dielétrica no espaço entre os contatos, eliminando o
arco e impedindo que o arco reacenda devido às sobtensões que venham a surgir.
Essas propriedades térmicas e elétricas do SF6 permitem a interrupção de
correntes com tensões de restabelecimento com elevadas taxas de crescimento,
sem a necessidade de resistores de inserção.

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Figura 49 – Disjuntor a ar SF6

DISJUNTORES A VÁCUO

São disjuntores utilizados em tensões de 2 a 145 kV. Nestes disjuntores


utilizam-se câmaras de extinção a vácuo, pelo fato do vácuo oferecer alta rigidez
dielétrica (cerca de 200 kV/cm). No entanto essa rigidez cresce muito pouco com a
distância, e isso limita a tensão que pode ser aplicada entre os contatos.
Nos disjuntores a vácuo o arco que se forma entre os contatos é diferente dos
arcos em outros disjuntores, sendo basicamente mantido por íons de material
metálico vaporizado proveniente dos contatos (catodo). A intensidade da formação
desses vapores metálicos é diretamente proporcional à intensidade da corrente, e
consequentemente, o plasma diminui quando esta decresce e se aproxima do zero.
Atingindo o zero de corrente, o espaço entre os contatos é rapidamente desionizado
pela condensação dos vapores metálicos sobre os eletrodos. A ausência de íons
após a interrupção dá aos disjuntores a vácuo as características quase ideais de
suportabilidade dielétrica.
Apesar das suas vantagens, o desenvolvimento dos disjuntores a vácuo para
altas tensões permanece na dependência de avanços tecnológicos que permitam
compatibilizar, em termos econômicos, o aumento das tensões e correntes nominal
das câmaras a vácuo e a redução de seus volumes e pesos.

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Figura 50 – Disjuntor a vácuo

TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Transformadores de potência são equipamentos cujo princípio básico de
funcionamento se dá a partir da conversão de diferentes níveis de tensão entre a
fonte, ligada ao primário, e a carga alimentada, ligada ao secundário.
Podem ser trifásicos ou monofásicos, dependendo das necessidades
específicas de cada instalação.

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Figura 51 – Transformador de potência

No sistema elétrico há diferentes tipos de transformadores que possuem


características específicas quanto à classe de tensão e potência.

Figura 52 - Transformadores no sistema elétrico

Vistos externamente os transformadores são formados por buchas de alta e


baixa tensão, radiadores ou trocadores de calor, tanque principal, tanque de
expansão, painéis de controle e outros dispositivos.
Essencialmente são equipamentos mais complexos, dependendo da
interação de diversos componentes para o seu perfeito funcionamento.

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Figura 53 – Principais componentes do transformador de potência

PRINCIPAIS COMPONENTES DO TRANSFORMADOR DE


POTÊNCIA

Apesar do fato de que os componentes que serão descritos se aplicam a


qualquer tipo de transformador, cada equipamento, dependendo da aplicação a que
se destina e de padrões definidos pelo comprador, possui características
construtivas específicas, não havendo, a menos daqueles fabricados na mesma
série, transformadores idênticos.

NÚCLEO

É constituído em lâminas para minimizar o efeito denominado por Foucault,


no qual a indução de campo magnético alternado sobre o núcleo magnético tende a
dar origem a correntes elétricas parasitas que ficam circulando e assim gerando
perdas e aquecimento localizado. Corrente de Foucault, ou corrente parasita, é o
nome dado à corrente induzida em um condutor quando há variação do fluxo
magnético que o percorre. Em alguns casos a corrente de Foucault pode produzir
resultados indesejáveis, como perdas em decorrência de dissipação de energia por
efeito Joule, fazendo com que a temperatura do material aumente. Para evitar a
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dissipação por efeito Joule, os materiais sujeitos a campos magnéticos variáveis são
frequentemente laminados ou construídos com placas muito finas isoladas umas das
outras. Esse arranjo aumenta a resistência no trajeto da corrente que atravessa o
material, resultando em menor geração de calor e consequentemente menores
perdas. O núcleo ferromagnético é configurado em colunas verticais, sendo que as
principais abrigam blocos de bobinas e as colunas periféricas, denominadas de
retorno, são para fechamento do circuito magnético.

Figura 54 – Transformadores monofásicos com duas colunas principais, uma ou duas


colunas principais e duas de retorno

Figura 55 – Transformador trifásico com três colunas principais

Figura 56 - – Transformador trifásico com três colunas principais e duas de retorno

ENROLAMENTOS

São bobinas cilíndricas formadas por condutores de cobre retangular

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convencionais ou transpostos, podendo ser isolados com papel ou envernizados. As
bobinas apresentam um arranjo físico que pode ser do tipo helicoidal, em camadas,
discos contínuos ou discos entrelaçados. A relação entre o número de espiras dos
diversos enrolamentos do transformador define seus níveis de tensão de operação,
havendo a possibilidade de se fazer bobinas com terminais intermediários,
denominados por taps, que podem ser comutados, com a limitação de que o
transformador esteja sem tensão ou até mesmo com o transformador operando sob
carga mediante a utilização de chaves comutadoras de características especiais
(comutador sob carga).

TANQUE PRINCIPAL

Trata-se do tanque de aço preenchido com óleo isolante, onde a parte ativa,
conjunto formado pelas bobinas e o núcleo, é imerso. O tanque pode ser dotado de
blindagens nas paredes internas, no sentido de minimizar o aumento da temperatura
do aço por conta da circulação de correntes parasitas, resultantes do fluxo de
dispersão gerado na parte ativa.
Já o óleo isolante tem dupla função:
- Ser absorvido (impregnado) pelo papel isolante de forma a conferir
características dielétricas especiais ao sistema isolante do transformador;
- Circular através dos enrolamentos e núcleo, superficialmente e através de
reentrâncias, canais feitos especialmente com essa finalidade, de forma a permitir a
remoção do calor gerado no funcionamento normal, dissipando assim as perdas nos
enrolamentos e no núcleo.

TANQUE DE EXPANSÃO

Permite a expansão do volume de óleo do transformador por conta das


variações de temperatura a que o equipamento é submetido. Normalmente ó tanque
é provido de uma bolsa de borracha que auxilia no sistema de selagem do
transformador.

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BUCHAS

São dispositivos de porcelana que têm a finalidade de isolar os terminais das


bobinas do tanque do transformador. Normalmente as buchas com classe de tensão
superior a 13,8kV são do tipo condensivas, onde, no interior do corpo de porcelana,
há uma envoltória de papel e filme metálico imersos em óleo isolante, formando um
capacitor.

COMUTADOR SOB CARGA

Dispositivo eletromecânico que propicia a variação dos níveis de tensão


através da mudança dos terminais dos enrolamentos de regulação, sem que o
transformador seja desligado.

ACIONAMENTO DO COMUTADOR SOB CARGA

Conjunto de mecanismos eletromecânicos que fazem a mudança da posição


do comutador de acordo com os níveis de tensão desejados.

RADIADORES

Instalados na parte externa do tanque, fazem a circulação do óleo isolante


através de aletas que, em contato com o ar ambiente, diminuem a temperatura do
óleo. A circulação pode ser do tipo natural (ONAN – óleo natural, ar natural), com ar
forçado através de motoventiladores nos radiadores (ONAF – óleo natural, ar
forçado), com motobombas para aumentar o fluxo de óleo (OFAF – óleo forçado, ar
forçado), com sistema de óleo dirigido nas bobinas (ODAF – óleo dirigido, ar
forçado) ou mesmo com trocadores de calor que utilizam água como meio
refrigerante ao invés do ar ambiente (OFWF – óleo forçado, água forçada).

PAINEL DE CONTROLE

Local onde estão instalados os dispositivos de interface que permitem o


controle e a monitoração do funcionamento do transformador ao centro de operação

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da subestação, como temperatura, corrente, monitoração de gases, descargas
parciais, etc.

SECADOR DE AR

Faz a retirada de umidade do interior do transformador utilizando sílica-gel.

TERMÔMETROS

Medem a temperatura dos enrolamentos e do óleo do transformador.

PRINCIPAIS TIPO DE TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA

A seguir são apresentados os tipos de transformadores comumente


encontrados nos sistemas de geração, transmissão, subtransmissão e distribuição
de energia elétrica.

TRANSFORMADORES ELEVADORES

São transformadores utilizados no sistema de geração para elevar o nível de


tensão produzida pelos geradores, normalmente dotados de dois enrolamentos.

Figura 57 – Esquema de enrolamentos de transformador elevador

A bobina que recebe tensão do gerador, referenciada como baixa tensão, é


montada na parte mais interna do bloco, sendo que bobina que é ligada à carga

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alimentada pelo transformador, referenciada como alta tensão, fica na parte mais
externa.
Esse tipo de transformador opera com sistema de mudança de tap sem
tensão, podendo ser dotado de enrolamento específico para o sistema de regulação
ou através de derivações no enrolamento de alta tensão.
Geralmente são encontrados no sistema elétrico com níveis de tensão
primária de até 20kV e nível secundário até 550kV.

TRANSFORMADORES DE TRANSMISSÃO

São transformadores utilizados em subestações para interligar linhas e


sistemas em diferentes níveis de tensão. Diferentemente de transformadores
elevadores, têm características construtivas mais complexas no que diz respeito ao
sistema de regulação de tensão e quantidade de enrolamentos, sendo dotados de
comutadores sob carga, geralmente na alta tensão, onde a mudança de tap é feita
durante o funcionamento normal do equipamento sem a necessidade de que se faça
o seu desligamento.
Também podem ser utilizados em conjunto com os enrolamentos principais,
enrolamentos menores, montados em outra parte ativa, imersa no mesmo tanque,
que são denominados por transformadores série.
Nesse tipo de transformador, além do sistema de regulação sob carga, há a
possibilidade de utilização de um sistema de regulação a vazio, além de
enrolamento terciário acessível ou não.

Figura 58 – Esquema de enrolamentos de transformador de transmissão

Para esse tipo de aplicação também podem ser utilizados


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autotransformadores, cujas características construtivas se diferenciam de
transformadores a partir do arranjo das bobinas.
Esses transformadores geralmente são encontrados no sistema elétrico com
níveis de tensão primária de até 765kV, nível secundário até 550kV e terciário de
13,8 ou 69kV.

TRANSFORMADORES DE SUBTRANSMISSÃO

São transformadores utilizados para rebaixar os níveis de tensão recebidos


das linhas transmissão para alimentação do sistema de distribuição.
Podem ser dotados de apenas dois enrolamentos (um de alta e um de baixa
tensão) com sistema de comutação a vazio ou, de forma muito similar àquela dos
transformadores de transmissão, com a utilização de comutadores sob carga e até
mesmo enrolamento terciário.
Esses transformadores geralmente são encontrados no sistema elétrico com
níveis de tensão primária de até 138kV, nível secundário até 34,5kV e terciário de
13,8 ou 6,9kV.

TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO

São transformadores de pequeno porte utilizados para rebaixar os níveis de


tensão recebidos das linhas de distribuição para alimentação dos consumidores
finais.
São dotados de apenas dois enrolamentos (um de alta e um de baixa tensão)
com sistema de comutação a vazio no lado de alta tensão.
Esses transformadores geralmente são encontrados no sistema elétrico com
níveis de tensão primária de até 34,5kV e nível secundário até 440V.

PRINCIPAIS CARACTERÍSCAS DO TRANSFORMADOR DE


POTÊNCIA

POTÊNCIA NOMINAL

Entende-se por potência nominal de um transformador, o valor convencional


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de potência aparente. Serve de base ao projeto, aos ensaios e às garantias do
fabricante e determina o valor da corrente nominal que circula, sob tensão nominal.
As potências nominais em kVA, normalizadas pela ABNT (NBR 12454 e NBR
9369), para transformadores de potência, são as seguintes: 225, 300, 500,
750,1000, 1500, 2000, 2500, 3000, 3750, 5000, 7500, 10000, 15000, 25000, 30000.
Quando de transformadores providos de um ou mais estágios de resfriamento
forçado, entende-se como potência nominal o último estágio.
Os transformadores com potências superiores a 40MVA não são
normalizados, e dependem da solicitação do cliente.

TENSÃO NOMINAL

É a tensão para a qual o enrolamento foi projetado.

TENSÃO A VAZIO

É a tensão entre os bornes do secundário do transformador energizado,


porém sem carga.

TENSÃO SOB CARGA

É a tensão entre os bornes do secundário do transformador, estando o


mesmo sob carga, correspondente a sua corrente nominal. Esta tensão é
influenciada pelo fator de potência (cosØ).

REGULAÇÃO

É a variação entre a tensão a vazio e sob carga e sob determinado fator de


potência.

TENSÃO SUPERIOR

É a tensão correspondente à tensão mais alta em um transformador. Pode ser


tanto referida ao primário ou secundário, conforme o transformador seja abaixador

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ou elevador.

TENSÃO INFERIOR

É a tensão correspondente à tensão mais baixa em um transformador. Pode


ser também referida ao primário ou secundário, conforme o transformador seja
elevador ou abaixador.

TENSÃO DE CURTO-CIRCUITO

Comumente chamada de impedância, é a tensão expressa, usualmente, em


porcentagem (referida a 75°C) em relação a uma determinada tensão, que deve ser
ligada aos terminais de um enrolamento para obter a corrente nominal no outro
enrolamento, cujos terminais estão curto- circuitados.
A tensão de curto-circuito medida deve manter-se dentro de ± 7,5% de
tolerância, em relação ao valor declarado pelo fabricante.

CORRENTE NOMINAL

A corrente nominal (In) é a corrente para a qual o enrolamento foi


dimensionado, e cujo valor é obtido dividindo-se, a potência nominal do enrolamento
pela sua tensão nominal e pelo fator de fase aplicável (1 para transformadores
monofásicos e √3 para transformadores trifásicos).

CORRENTE DE EXCITAÇÃO

A corrente de excitação ou a vazio (Io) é a corrente de linha que surge


quando em um dos enrolamentos do transformador é ligada à sua tensão nominal e
frequência nominal, enquanto os terminais do outro enrolamento (secundário) sem
carga, apresentam a tensão nominal.
O valor de Io fornecido pelo fabricante, representa a média das três fases e é
expresso em porcentagem da corrente nominal.

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CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO

Em um curto-circuito no transformador, é preciso distinguir a corrente


permanente (valor efetivo) e a corrente de pico (valor de crista).

CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO PERMANENTE

Quando o transformador, alimentado no primário pela sua tensão e frequência


nominal e o secundário estiver curto-circuitado nas três fases, haverá uma corrente
de curto-circuito permanente.
.
CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO DE PICO

Entende-se como corrente de curto-circuito de pico, o valor máximo


instantâneo da onda de corrente, após a ocorrência do curto-circuito.
Esta corrente provoca esforços mecânicos elevados e é necessário que os
enrolamentos estejam muito bem ancorados por cuidadosa disposição de cabos e
amarrações para tornar o conjunto rígido.
Enquanto a corrente de pico afeta o transformador em sua estrutura
mecânica, a corrente permanente afeta de forma térmica.

CORRENTE DE PARTIDA OU INRUSH

É o valor máximo da corrente de excitação (Io) no momento em que o


transformador é conectado à linha (energizado) ela depende das características
construtivas do mesmo
A corrente de partida é maior quanto maior for a indução usada no núcleo e
maior quanto menor for o transformador. O valor máximo varia em média de 4 a 20
vezes a corrente nominal.

FREQÜÊNCIA NOMINAL

Frequência nominal é a frequência da rede elétrica de alimentação para a


qual o transformador foi projetado.

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NÍVEL DE ISOLAMENTO

É a tensão nominal suportáveis nos enrolamentos do transformador.

Figura 59 - Níveis de Isolamento para Tensão Máxima Igual ou Inferior a 242kV (NBR 5356)

DESLOCAMENTO ANGULAR

Em transformadores trifásicos, os enrolamentos de cada fase são construídos


trazendo intrinsecamente o conceito de polaridade, isto é, isolando-se eletricamente
cada uma das fases. No entanto tal procedimento torna-se pouco prático, além do
mais, não nos informa a maneira como estão interligados os enrolamentos.
Assim uma nova grandeza foi introduzida, o “deslocamento angular” que é o
ângulo que define a posição recíproca entre o triângulo das tensões concatenadas
primárias e o triângulo das tensões concatenadas secundárias e é medido entre
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fases.

Figura 60 – Deslocamento angular dos transformadores

IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS

Junto aos terminais (buchas) encontramos uma identificação, pintada, ou

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marcada em baixo relevo na chapa do tanque, constituída de uma letra e um
algarismo. As letras poderão ser duas, H ou X. Os terminais marcados em H são os
de alta tensão e os marcados com X são de baixa tensão. Os algarismos poderão
ser 0, 1, 2 e 3 correspondendo, respectivamente, ao terminal de neutro e ao das
fases, 1, 2 e 3. Portanto, as combinações possíveis são H0, H1, H2, H3 e X0, X1, X2
X3.

REATOR
Reatores são dispositivos de natureza indutiva inseridos no sistema elétrico
de potência com finalidades específicas. São constituídos basicamente de um
conjunto de bobinas enroladas em um núcleo de ferro silício. As bobinas podem ser
imersas no ar ou em óleo que provém o isolamento e isolação necessária ao
equipamento.
Dependendo da necessidade e da configuração do sistema, os reatores
podem ser conectados em uma das três posições: conectado diretamente ao
barramento (Pos. 1), conectado nos terminais das linhas de transmissão (Pos. 2) ou
conectado no terciário de um transformador de potência (Pos. 3).

Figura 61 –Posições de conexão de reatores shunt

O equipamento pode ser conectado em delta ou em estrela, sendo a ligação


em estrela a configuração mais comum, pois, neste caso, os enrolamentos ficam
submetidos às tensões de fase, requerendo menor isolação e, consequentemente,
menor custo do equipamento. Na ligação em estrela, o aterramento do centro da
estrela pode ser feito através um quarto reator.

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Figura 62 - Reatores conectados em delta e estrela aterrado por um quarto reator

APLICAÇÕES DE REATORES

No sistema elétrico de potência, os reatores são instalados e posicionados no


sistema elétrico para executar alguma função específica, entre as quais estão:
 Limitação de corrente;
 Aterramento do neutro;
 Alisamento;
 Filtro de harmônicos;
 Derivação;
 Compensação estática;
 Limitação da corrente de inrush.

REATOR PARA LIMITAÇÃO DE CORRENTE

REATOR EM SÉRIE COM O SISTEMA ELÉTRICO

Quando inserido no sistema elétrico com a finalidade de limitar corrente, o


reator é instalado em série com a linha de transmissão ou com o alimentador e
funciona como elemento que limita a corrente de falta aos níveis compatíveis com os
equipamentos do sistema. Esta prática é uma solução econômica quando ocorre o
aumento de capacidade de curto-circuito de um sistema, pois elimina a necessidade
de ajustar todos os equipamentos de proteção aos novos níveis de curto-circuito ou
em casos mais críticos substituir todos os equipamentos da instalação.

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Figura 63 - Reatores Limitadores de Corrente

REATOR DE ATERRAMENTO DE NEUTRO

Neste tipo de configuração o reator é utilizado com a finalidade de reduzir a


corrente de curto-circuito monofásica ou fase-terra.

Figura 64 - Reator de Aterramento de neutro

No diagrama é apresentado um reator de aterramento conectado entre o


centro da estrela e o terra do sistema elétrico.

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Figura 65 - Sistema aterrado através de reator

Este tipo configuração é mais simples e apresenta menor custo quando


comparada com os reatores ligados em série com o sistema elétrico. Entretanto, sua
aplicação é específica para reduzir apenas corrente de curto-circuito fase-terra, não
sendo aplicado para limitar correntes trifásicas e bifásicas.

REATOR DE ALISAMENTO

Aplicados em sistema de corrente contínua, estes reatores têm duas funções


básicas: reduzir as tensões harmônicas superpostas à tensão contínua e limitar a
corrente de falta.
Este tipo de reator, mostrado é encontrado em sistemas de transmissão em
corrente contínua HVDC (High Voltage Direct Current) e em aplicações industriais.

Figura 66 - Reator de alisamento


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REATOR PARA FILTRO DE HARMÔNICAS

As frequências harmônicas são inseridas no sistema elétrico de potência


devido à operação de dispositivos de eletrônica de potência e grandes máquinas
indutivas. As harmônicas são responsáveis pelo aumento das perdas, mau
funcionamento de sistemas de controle, elevadas correntes de neutro e problemas
de compatibilidade eletromagnética.
O nível de distorção harmônica do sistema de distribuição brasileiro deve
atender aos limites estabelecidos no Módulo 8 – Qualidade de energia do PRODIST
(Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica) da Aneel e no módulo 2.8 dos
Procedimentos de Redes do ONS. Isso justifica a utilização de reatores que,
juntamente com capacitores ou resistores, formam filtros que removem as
harmônicas da rede.

Figura 67 - Filtro de harmônicas

REATOR EM DERIVAÇÃO (SHUNT)

Os reatores em derivação normalmente são instalados em sistemas elétricos


de alta, mais especificamente sistema com linhas médias e longas. Abaixo é
apresentado o modelo pi nominal de uma linha de transmissão.

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Figura 68 - Circuito Pi de uma Linha de Transmissão

As linhas de transmissão possuem capacitâncias que normalmente causam


elevação nos seus terminais, principalmente no momento de carga leve. O controle
da tensão neste caso pode ser realizado através um sistema de controle res-
ponsável pela entrada e saída de reatores shunt instalados nos barramentos de
acordo com a necessidade. A carga do sistema varia ao logo do dia, devendo os
reatores serem ligados no momento de carga leve.

COMPENSADOR ESTÁTICO

Um compensador estático SVC (Static Var Compensator) é um equipamento


que compensa com resposta rápida a demanda variável de potência reativa. São
utilizados TSR’s (Thyristor Switched Reactor) que fazem compensação dinâmica de
cargas variáveis em sistemas industriais de grande porte e em sistemas de
transmissão. Controlando o ângulo de disparo dos tiristores, é possível injetar na
rede a quantidade de reativos necessária de acordo com a demanda.

Figura 69 - Circuito simplificado de reator controlado por tiristores

LIMITAÇÃO DA CORRENTE INRUSH

Os reatores para limitação de corrente de inrush são encontrados, por


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exemplo, em sistemas de compensação, onde capacitores são conectados em série
com a linha de transmissão para melhorar a regulação de tensão, aumentar
capacidade de transmissão e reduzir perdas elétricas.

Figura 70 - Reator limitador de corrente inrush

BANCO DE CAPACITOR
O capacitor é um dispositivo elétrico que tem a capacidade de armazenar
energia elétrica sob a forma de um campo eletrostático, fato esse denominado
de capacitância de um capacitor.
A construção dos capacitores consiste em um meio dielétrico envolvido por
armaduras metálicas.
Os bancos de capacitores são conjuntos de capacitores, que têm como
principal função a compensação reativa capacitiva, compensando o fator de
potência, e melhorando alguns aspectos no sistema, como aumentar a tensão nos
terminais da carga, reduzir as perdas na transmissão, entre outros.
Os bancos de Capacitores de uma SE podem ser instalados de duas formas,
em Derivação ou em Série.

CAPACITORES EM DERIVAÇÃO

Os capacitores em derivação servem para uma compensação reativa


capacitiva que busca compensar o fator de potência das cargas, aumentando a
tensão entre os terminais de carga, melhorando a regulação de tensão, reduzindo as
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perdas na transmissão e reduz o custo do sistema.

Figura 71 – Banco de capacitores em derivação

CAPACITORES EM SÉRIE

Os capacitores série são utilizados em sistemas de transmissão para diminuir


a reatância série das linhas e, por conseguinte, a distância elétrica entre as barras
terminais. Com eles, há um aumento capacidade de transmissão de potência da
linha, aumento da estabilidade do sistema, melhor divisão de potência entre linhas e
economia nos custos, comparando com alternativas possíveis.

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Figura 72 – Banco de capacitores em derivação

RESISTOR DE ATERRAMENTO

Os resistores de aterramento são utilizados em sistemas elétricos com a


finalidade de limitar a corrente de falta fase-terra a um valor que não danifique os
equipamentos, que não venha a causar acidentes pessoais e ainda permitam que o
fluxo de corrente existente seja capaz de fazer atuar os relés de proteção,
desligando o sistema, limpando a falta.

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Figura 73 – Resistor de aterramento

Nos geradores o neutro é em geral aterrado através de resistores ou bobinas


de indutância. A maioria dos neutros dos transformadores em sistemas de
transmissão acima de 70 kV são solidamente aterrados. Abaixo dessa tensão, os
neutros dos transformadores podem ser ligados diretamente à terra ou através de
resistências ou de reatâncias indutivas.

Figura 74 – Sistema solidamente aterrado

Em subestações industriais, o neutro do transformador é solidamente aterrado


quando seu secundário for o lado de baixa tensão. Entretanto, quando o secundário
for em média tensão (2,4 a 15 kV) é comum aterrar o neutro do transformador
através de resistor de aterramento.

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Figura 75 – Sistema aterrado através de um resistor

MALHA DE ATERRAMENTO

A malha de aterramento é um sistema de cabos horizontais enterrados de


forma interligada por soldagem, são transpassadas por hastes (eletrodos) verticais e
possuem baixa resistência elétrica para servir como referência zero aos
equipamentos.

CARACTERÍSTICA DA MALHA DE ATERRAMENTO

 Possibilitar o escoamento para a terra das correntes devidas às


descargas atmosférica captadas por pontas e cabos para-raios;
 Possibilitar o escoamento para terra das correntes de descargas
através dos equipamentos para-raios e centelhadores;
 Descarregar para o potencial de terra as partes que possam ser
portadoras de corrente, devido a induções ou falta para terra possíveis
de serem tocadas por pessoas;
 Possibilitar um caminho de baixa impedância para a terra das correntes
de falta, das quais depende a operação dos relés de proteção
respectivos;
 Fornecer um caminho de baixa impedância para a terra das correntes
de neutro dos circuitos e equipamentos;
 Proteger pessoas e equipamentos contra potencias perigosos que

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possam se desenvolver na área da subestação.

ELEMENTOS DA MALHA DE ATERRAMETO

ELETRODOS DE TERRA

Também chamados de eletrodos verticais, podem ser constituídos dos


seguintes elementos:

 AÇO GALVANIZADO

Em geral, após um determinado período de tempo, o eletrodo com esse


material sofre corrosão, aumentando, em consequência, a resistência de contato
com o solo.

 AÇO COBREADO

Dada a cobertura da camada de cobre sobre o vergalhão de aço, o eletrodo


adquire uma elava resistência à corrosão, mantendo as suas características originais
ao longo do tempo.

CONDUTOR DE ATERRAMENTO

Normalmente utilizado em subestações um condutor de cobre nu com seção


não inferior a 25 mm2

CONEXÃO EXOTÉRMICA

É um processo de conexão a quente onde ocorre a fusão entre o elemento


metálico de conexão e o condutor.

CONDUTOR DE PROTEÇÃO

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É aquele utilizado para ligação das massas a malha de aterramento.

INSTRUMENTOS DE ENSAIOS ELÉTRICOS

MEGÔHMETRO

É um instrumento usado para medir resistência de isolação, permitindo


detectar, diagnosticar e evitar falhas nos equipamentos elétricos.

Figura 76 – Megôhmetro 5kVcc

O megôhmetro apresenta uma leitura precisa dos valores de resistência


dielétrica do material isolante.

MICROHMÍMETRO

É um instrumento destinado a medir com alta precisão resistências muito


baixas.
Normalmente utiliza o método dos 4 terminais (método de Kelvin) para evitar
erros na medição provocados pelos cabos de prova e suas resistências de contato.

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Figura 77 – Microhmímetro 100A

TTR

É o instrumento utilizado para medir com precisão relação entre espiras de


um transformador. Sendo o transformador uma máquina magnética e que trabalha
com uma proporção entre enrolamentos, podemos pela medição da relação entre os
mesmos avaliar como está à situação dos enrolamentos, analisando a continuidade
deste.

Figura 78 – Medidor de relação de transformação (TTR)

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MEDIDOR DE FATOR DE POTÊNCIA DO ISOLAMENTO

Assim como o megôhmetro, sua finalidade é detectar falhas ocasionais na


isolação com uma maior precisão.
É um instrumento que faz a medição das perdas de energia devido as fugas
de corrente, através do isolamento do equipamento.
Também a medição do fator de potência da isolação e capacitância entre
enrolamentos condutores ou elementos condutores para terra.

Figura 79 – Fator de potência 10 kV

OSCILÓGRAFO

É um instrumento que faz a medição do tempo de fechamento e/ou abertura


simultânea do disjuntor, assim como a avaliação do sincronismo entre os pólos e
valores de corrente circulada nas bobinas durante a manobra.

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Figura 80 – Oscilógrafo

HI-POT

É um instrumento usado para testar a isolação elétrica em aparelhos e


equipamentos. O funcionamento do instrumento consiste em aplicar um elevado
nível de tensão e medir uma corrente de fuga do equipamento sob teste.

Figura 81 – Hi-pot 60 kVcc

TERRÔMETRO

É um instrumento utilizado para medição da resistência de aterramento e


resistividade do solo.

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Figura 82 – Terrômetro

INDICADOR DE CURVA DE SATURAÇÃO

É um instrumento utilizado para fazer o levantamento da curva de saturação


dos TC´s.

Figura 83 – Indicador de curva de saturação

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MULTÍMETRO

É um instrumento utilizado para fazer a medição de grandezas elétricas,


como: resistência elétrica, tensão ou corrente contínua e da tensão ou corrente
alternada, dentre outras.

Figura 84 – Multímetro

ALICATE AMPERIMETRO

É um instrumento utilizado para medição de corrente elétrica.


A principal característica do alicate de amperímetro é sua capacidade de
medir o campo induzido através da corrente que passa em suas pinças, sem ter
contato direto com o circuito.

Figura 85 – Alicate amperímetro

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CAPACÍMETRO

É o instrumento utilizado para medir capacitância.

Figura 86 – Capacímetro

CALIBRADOR DE TEMPERATURA

É um instrumento utilizado para a calibração de instrumentos e sensores de


temperatura.

Figura 87 – Calibrador de temperatura

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TERMOHIGRÔMETRO

É o instrumento utilizado para medir a umidade e a temperatura do ambiente.

Figura 88 – Termohigrômetro

FASÍMETRO
É o instrumento tem por finalidade a verificação da sequência de fases de um
sistema trifásico.

Figura 89 - Fasímetro

MALA DE CORRENTE

É o instrumento utilizado para injeção de corrente.

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Figura 90 - Mala de corrente

VARIAC
É um autotransformador ajustável, onde aplicando uma tensão no primário pode-
se regular o nível da tensão de saída.

Figura 91 - Variac

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DIAGRAMAS

DIAGRAMA UNIFILAR

O diagrama unifilar são desenhos técnicos que representam de forma


simplificada o sistema elétrico da subestação.
No diagrama unifilar, estão identificadas as características elétricas (tensão,
corrente nominal, potência etc.) de transformadores, dispositivos de manobra,
disjuntores, para-raios, entre outros equipamentos.
Outra informação importante no diagrama unifilar é o código de operação dos
equipamentos.

Figura 92 – Diagrama unifilar da SE Suape II 500/230 kV

CÓDIGO OPERACIONAL

Em uma subestação cada equipamento é identificado por um código que


identifica o tipo de equipamento, faixa de tensão, e a posição dentro da subestação.
A nomenclatura mais usual utilizada nos diagramas unifilares, em geral é
constituída de quatro dígitos XYZW. O primeiro dígito X indica o tipo de
equipamento.

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Código Equipamento
0 Equipamento não interruptor
(trafo, reator, linha, gerador, etc.)
1 Disjuntor
2 Religador
3 Chave seccionadora
4 Chave fusível
5 Chave a óleo
6 Chave de aterramento rápido
7 Pára-raio
8 Transformador de potencial (TP)
9 Transformador de corrente (TC)
Tabela 6 – Código dos equipamentos

Segundo dígito Y define a tensão de operação do equipamento, sendo que no


caso de transformadores será considerada a maior tensão de operação. Abaixo as
faixas mais usuais e as cores utilizadas nos diagramas unifilares.

Código Faixa de Tensão Cor


1 1kV a 25 kV (13,8 kV) Laranja
2 51 kV a 75 kV (69 kV) Verde
3 76 kV a 150 kV (138 kV) Preto
4 151 kV a 250 kV (230 kV) Azul
5 251 kV a 550 kV (500 kV) Vermelho
Tabela 7 – Código dos níveis de tensão

O terceiro dígito Z indica o tipo de equipamento, enquanto o quarto dígito W


indica a sequência ou posição do equipamento.

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Código Equipamento Sequência
A Transformador de aterramento A1 a A9
B Barramento B1 a B9
D Equipamento de Transferência D1 a D9
E Reator E1 a E9
G Gerador G1 a G9
K Compensador síncrono K1 a K9
H Banco de capacitor H1 a H9
PO Pára-raios PO-1 a PO-9
R Regulador de tensão R1 a R9
T Transformador de força T1 a T5
T Transformador de serviço auxiliar T6 a T9
X Conjunto de medição X1 a X9
U Transformador de potencial U1 a U9
Z Transformador de corrente Z1 a Z9
W Resistor de aterramento W1 a W9
Tabela 8 – Código dos tipos de equipamento

As letras (C, F, I, J, L, M, N, P, S, V e Y) são normalmente utilizadas para


nomear linhas de transmissão ou de distribuição, guardando, quando possível
associação ao nome da instalação.

DIAGRAMA FUNCIONAL
O diagrama funcional representa-se, individualmente e com mais detalhes,
cada parte do diagrama trifilar, tanto para pátio quanto para casa de comando. Cada
equipamento será mostrado de forma individual, com o objetivo de detalhar-se a
numeração de seus bornes, suas interligações tanto com a linha quanto com outros
equipamentos. Também é vista as caixas de interligações no pátio externo e o painel
de comando. Todos os detalhamentos possuem indicações quanto às ligações que
se darão em continuidade com os de outras folhas do diagrama.
O diagrama funcional trata do projeto elétrico propriamente dito, uma vez que
nele se demonstra toda a subestação em seus mínimos detalhes, justamente por ser
trifilar.

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DIAGRAMA DE INTERLIGAÇÃO

É a representação em desenhos, da fiação de toda a obra, indicando de onde


vem e para onde vai o cabo, com os respectivos números, quantidade e bitola dos
fios.

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CONCEITOS BÁSICO SOBRE ISOLAMENTO DE
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Antes de apresentar os ensaios de comissionamento de equipamentos é
importante conhecer e compreender o comportamento de uma isolação elétrica.

RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO

É a resistência elétrica oferecida à circulação de uma corrente que surge


quando dois condutores são separados por um material isolante e é aplicada entre
eles uma diferença de potencial. Chamamos esta corrente de ‘corrente de fuga’.
Podemos distinguir dois tipos de resistência de isolamento, de acordo com os
percursos que a corrente de fuga, em geral, pode seguir: volumétrica - quando a
corrente de fuga atravessa a massa isolante; e superficial - quando a corrente de
fuga seque pela superfície do corpo isolante.
A resistividade superficial do isolamento depende, dentre outros fatores, da
condutibilidade de uma camada de umidade, por vezes contendo sólidos que se
depositam sobre a superfície isolante. Para os isolantes, a resistividade diminui com
a temperatura, isto é, o coeficiente de temperatura para a resistência é negativo.

PERDAS DIELÉTRICAS

Os dielétricos, especialmente os sólidos, que estão submetidos à diferença de


potencial contínua (CC), apresentam perdas que correspondem, sob forma de
aquecimento, ao efeito Joule, isto é, RI2.
Por sua vez, quando esses dielétricos são submetidos a uma ddp alternada
(CA), apresentam perdas internas, que também geram aquecimento e que são muito
maiores que aquelas correspondentes ao efeito Joule sob uma ddp contínua (CC),
para uma dada resistência de isolamento R, que são denominadas de perdas
dielétricas. Elas aumentam, dentre outros fatores, com a temperatura, a frequência,
o teor de umidade, as impurezas e contaminações do isolante, e com a ddp.

ÍNDICES DE POLARIZAÇÃO E DE ABSORÇÃO DIELÉTRICA

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Os índices de polarização e absorção dielétrica são baseados nas medidas
de resistência de isolamento após 30 segundos, 1 minuto, 10 minutos de teste e
calculados conforme equações:

ܴͳͲ݉ ݅݊
‫ ܲܫ‬ൌ
ܴͳ݉ ݅݊

ܴͳ݉ ݅݊
‫ ܣܫ‬ൌ
ܴ͵Ͳ‫ݏ‬

Onde IP é índice de polarização, IA é o índice de absorção dielétrica, R30s, R1min,


R10min são valores medidos com 30 segundos, 1 minuto, 10 minutos de teste.
Com esses dois valores é possível verificar a condição da isolação do
equipamento em teste. A condição de isolação está relacionada com os índices de
polarização e de absorção dielétrica de acordo com a tabela abaixo:

Condição da isolação Índice de Índice de


sólida polarização Absorção dielétrica
Perigosa Abaixo de 1 Abaixo de 1,1
Fraca 1,0 – 1,1 1,1 – 1,25
Questionável 1,1 – 1,25 1,25 – 1,4
Razoável 1,25 - 2 1,4 – 1,6
Boa Acima de 2 Acima de 1,6
Tabela 9 – Condição da isolação sólida baseado nos índices de polarização e absorção
dielétrica

APLICANDO TENSÃO CONTÍNUA NO ISOLAMENTO

Quando se aplica uma tensão de corrente contínua em um isolante flui sobre


a superfície e através do isolante uma corrente elétrica. Esta corrente é uma
resultante de três componentes.

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Figura 93 – Componentes de corrente em um teste de isolamento com corrente contínua.

CORRENTE DE CARGA CAPACITIVA

É a corrente necessária para carregar a capacitância natural do material em


teste. Esta capacitância depende do tamanho, forma e material isolante a ser
ensaiado.
Esta componente inicia-se num valor máximo, decrescendo a um valor
desprezível num tempo muito curto.

CORRENTE DE ABSORÇÃO DIELÉTRICA

Esta corrente circula através do corpo do isolante e seu valor é variável com o
tempo. Porém esta variação é mais lenta que a componente anterior, podendo
requerer várias horas para atingir um valor desprezível.

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CORRENTE DE CONDUÇÃO (CORRENTE DE FUGA)

É a corrente que flui sobre ou através do isolante, sendo invariável com o


tempo.

APLICANDO TENSÃO ALTERNADA NO ISOLAMENTO

Um sistema de isolação ideal comporta-se como um capacitor sem perdas,


significando que ligado a uma fonte CA, será percorrido por uma corrente IC,
chamada corrente de carga, que está adiantada de 90° em relação à tensão
aplicada. Em um isolante real aparece também uma corrente IR2, em fase com a
tensão, originando perda de potência ativa através de isolação, que se manifesta
produzindo aquecimento devido ao efeito Joule, o que é indesejável para materiais
isolantes.
A Figura abaixo mostra a representação esquemática da isolação elétrica,
onde se observa a corrente da parte resistiva (IR2) e a corrente do ramo capacitivo
(IC = IR1), que tem extrema importância na análise de dielétricos, pois, a razão IR2 / IC
representa o Fator de Perdas Dielétricas ou Fator de Dissipação.

Figura 94 - Representação da isolação elétrica ligado a uma fonte CA

Onde temos:

C – Representa a capacitância da isolação


R1 – Resistência correspondente às perdas dielétricas da isolação
R2 – Resistência de isolamento
IR1 – Corrente de carga que atravessa a resistência R1
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IC - Corrente de carga que atravessa a capacitância C
IR2 – Corrente de fuga da isolação que atravessa a resistência R2
It – Corrente total
V – Tensão aplicada CA

Para um dielétrico ideal, R1 seria nula e R2 seria infinita. Desta forma, quando
aplicada uma tensão alternada, como IR2 seria nula, a relação IR2 / IR1 = 0. No
entanto, nas isolações reais, a resistência R2 não é infinita e IR2 não é nulo.
Quando os dielétricos estão em bom estado, R1 é desprezível e a corrente IC
pode ser considerada totalmente capacitiva, isto é, defasada 90º de V, tendo apenas
IC.

Figura 95 - Representação das correntes na isolação

A grandeza IR / IC é denominada por Fator de Perdas Dielétricas ou Fator de


Dissipação, e de acordo com a Figura acima, tem-se:
 A corrente capacitiva (IC) é defasada de 90º em relação à tensão V e a
corrente resistiva ou de fuga (IR) está em fase (defasada de 0º) com
ela.
 O ângulo entre a tensão V e a corrente total It é φ.
 O ângulo entre a corrente total (It) e a corrente capacitiva (IC) é δ.
Assim, como o ângulo δ será muito pequeno (<5°), podemos afirmar que sen
δ = tg δ = IR / IC que, por definição, é o fator de perdas da isolação.
No entanto, sabemos que o fator de potência de uma instalação elétrica é, por
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definição, cos φ = IC / V. Porém, pela trigonometria, seno de um ângulo é igual a sua
tangente quando o ângulo for muito pequeno (menor que 5º) e que cos φ = sen (90º
- φ) = sen δ. Logo, se conclui que cos φ = sen δ = tg δ.
Portanto, o fator de potência do isolamento (cos φ) é aproximadamente igual
ao fator de perdas da isolação (tg δ). O erro dessa aproximação é muito baixo,
estando na ordem da 5ª ou 6ª casa decimal. A análise desses fatores, por meio de
ensaios, permite verificar a qualidade da isolação e gera informações para realizar
um acompanhamento mais detalhado do equipamento durante sua vida útil, através
das variações ocorridas em seu isolamento.

ENSAIOS ELÉTRICOS EM TRANSFORMADORES DE


CORRENTE

Serão apresentados nesse capítulo os procedimentos para realização de


ensaios elétricos em transformadores de corrente.

RELAÇÃO DE ENSAIOS

 Cadastro;
 Inspeção visual / final;
 Resistência de isolamento CC;
 Isolamento CA ou Fator de potência do isolamento;
 Resistência ôhmica dos enrolamentos;
 Relação de transformação/polaridade;
 Curva de saturação;
 Carga imposta;
 Injeção de corrente primária.

RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS

 Megôhmetro;
 Medidor do fator de potência do isolamento;
 Micrôhmimetro;
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 TTR;
 Indicador de curva de saturação;
 Mala de corrente;
 Alicate amperímetro;
 Multímetro;
 Termohigrômetro.

CADASTRO
Para o início dos ensaios elétricos é necessário o cadastro do equipamento
através de fotos de todas as placas existentes do mesmo, e preenchimento de todo
formulário específico com as informações apresentadas nas placas.

Figura 96 - Placa de um transformador de corrente 138 kV

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Figura 97 - Placa de um transformador de corrente 230 kV

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL

Ao início e a finalização dos ensaios elétricos nos transformadores de


corrente é necessário uma inspeção visual inicial e final, e necessário anotar
qualquer não-conformidade encontrada em um formulário específico.

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NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC de cada enrolamento
será de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do
transformador de corrente encontre-se estabilizada, e que a mesma seja
determinada do modo mais preciso possível, a fim de que os resultados obtidos
possam ser corretamente corrigidos a uma base comum, para fins comparativos e a
umidade relativa do ar deve se encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas

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MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..);
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para a boa condução dos ensaios os seguintes passos deverão ser seguidos:
 Antes de iniciar os ensaios efetuar uma boa limpeza nas porcelanas.
 Verificar se a carcaça do TC está bem aterrada, através da malha de
terra da subestação.
 O valor da tensão CC de ensaio depende da classe de tensão nominal
do TC, sendo limitado ao valor de pico da tensão nominal CA (2 •
VRMS) do enrolamento, para evitar uma falha do isolamento devido à
aplicação de uma tensão superior a que o isolamento suporta.
 Geralmente utiliza-se tensão de 5kV para enrolamentos de 13,8kV a
500kV e a tensão de 500V para enrolamentos menores que 13,8 kV.
 Os enrolamentos secundários dos TC´S por terem classe de
isolamento para baixa tensão, geralmente são ensaiados com tensão
de 500V.

TRANSFORMADOR DE CORRENTE TIPO PEDESTAL

Antes do ensaio de resistência isolamento CC devem-se curto-circuitar os


terminais de um mesmo enrolamento para obter melhor distribuição do potencial,
como mostrado na Figura abaixo.

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Figura 98 - Preparação para ensaio de resistência de isolamento CC

Os transformadores de corrente são compostos basicamente de três


isolamentos, assim identificados:

 RAT-BT – Isolamento entre os enrolamentos de alta e baixa tensão


 RAT-M – Isolamento entre os enrolamentos de alta tensão e terra.
 RBT-M – Isolamento entre os enrolamentos de baixa tensão e terra.

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Figura 99 - Resistência de isolamento do transformador de corrente

Os ensaios de resistência de isolamento CC em transformadores de corrente


externos são efetuados nas posições indicadas na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

Alta contra baixa com terra em


1 RAT-BT AT BT MASSA 5000 V
GUARD

Alta contra terra com baixa em


2 RAT-M AT MASSA BT 5000 V
GUARD

Baixa contra terra com alta em


3 RBT-M BT MASSA AT 500V
GUARD

Tabela 10 - Ensaio resistência de isolamento CC transformador de corrente tipo pedestal

Podemos visualizar as conexões de ensaio na figura abaixo

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Figura 100 - Conexões para o ensaio de resistência de isolamento CC do Transformador de
Corrente

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TRANSFORMADOR DE CORRENTE TIPO BUCHA

No caso do transformador de corrente tipo bucha, as medições da resistência


de isolamento CC do primário para o secundário ou pontos aterrados são
executadas quando se ensaia o equipamento do qual o transformador de corrente
faz parte, por isso é suficiente medir o isolamento CC do secundário para a terra.
O ensaio de resistência de isolamento CC em transformadores de corrente de
bucha é efetuado na posição indicada na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

1 RBT-M Baixa contra terra BT MASSA - 500V

Tabela 11 - Ensaio resistência de isolamento CC transformador de corrente tipo bucha

Figura 101 - Conexões do ensaio de resistência de isolamento CC do secundário contra


massa do transformador de corrente de bucha

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CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO

Os valores da resistência de isolamento variam sensivelmente dependendo


do projeto do transformador, dos materiais isolantes usados, da temperatura e de
outros fatores. Por uma simples medição sem valores de referência, geralmente só
se pode verificar se existem falhas (curtos entre enrolamentos ou entre um
enrolamento e a massa) no isolamento.
Para se certificar se as partes isolantes absorveram umidade, existem vários
critérios, baseados em fórmulas empíricas ou dados estatísticos. Os critérios e a
interpretação dos valores encontrados variam de acordo com a prática e a
experiência dos usuários. O critério citado em seguida é considerado como
orientação genérica e os valores de referência neles obtidos não representam
valores limites absolutos, mas sim de ordem de grandeza. Valores
consideravelmente mais baixos, desde que estáveis em relação a medidas
anteriores, em condições idênticas, não indicam necessariamente irregularidades no
isolamento, embora seja aconselhável tentar elevar a resistência por secagem do
transformador.
Por outro lado, valores maiores do que os obtidos pelos critérios dados a
seguir, não representam uma garantia quanto ao comportamento do isolamento se
os mesmos forem inferiores aos valores obtidos em medições anteriores em
condições idênticas.
Desta forma, verifica-se que o valor absoluto da resistência de isolamento não
tem muito significado, sendo boa prática a sua medição periódica e a comparação
com resultados anteriores, convertidos sempre a uma mesma temperatura. Se forem
constatadas alterações, é provável que problemas estejam para ocorrer.

Critério I (NBR 7036)

 Para transformadores à temperatura de operação de cerca de 60° C:


Cerca de 1MΩ por kV da classe de isolamento.
 Para transformadores à temperatura de operação de cerca de 30° C:
Cerca de 30MΩ por kV da classe de isolamento.

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RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE ISOLAMENTO CA OU DE FATOR DE POTÊNCIA


DO ISOLAMENTO

CONSIDERAÇÕES

O ensaio de Isolamento CA ou de Fator de Potência do isolamento em


transformador de corrente é uma das formas indiretas de se controlar a rigidez
dielétrica do isolamento, pois não há possibilidade de medir esta rigidez diretamente
sem provocar ou acelerar a destruição do isolamento.
As principais causas de deterioração do isolamento são devido às ações de
contaminantes térmicos, químicos e absorção de unidade.
Os contaminantes térmicos são normalmente originários dos ciclos de
variação de temperatura ou altas temperaturas por períodos longos que podem
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causar o aparecimento de forças mecânicas internas e contribuem para a
deterioração do material isolante, resultando em rachaduras e destruindo a
integridade física do isolamento.
Os contaminantes químicos originam-se das reações químicas que ocorrem
no processo de envelhecimento, tendendo a enfraquecer o isolamento e reduzir a
rigidez mecânica, podendo conduzir a uma falha elétrica.
Quando o isolamento está contaminado ocorre normalmente um aumento da
corrente de condução que ocasionará uma elevação de perdas dielétricas.
Tendo em vista que a contaminação do material isolante pode conduzir a
consequências graves, torna-se importante uma interpretação correta do ensaio
para servir de indicação de deterioração das propriedades dielétricas do isolamento.
O ensaio Isolamento CA ou Fator de potência do isolamento em
transformadores de corrente, consiste em se medir as perdas dielétricas de
isolamento entre o enrolamento primário e secundário e as partes aterradas.
Os enrolamentos secundários não são normalmente ensaiados, pois, a classe
de tensão dos mesmos é da ordem de 1 kV, sendo o isolamento dos enrolamentos
suficientemente elevado para a tensão de serviço.
É realizado o ensaio de Isolamento CA ou Fator de potência do isolamento
em transformadores de corrente de tensão maior ou igual a 69 kV.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do
transformador de corrente encontre-se estabilizada, e que a mesma seja
determinada do modo mais preciso possível, a fim de que os resultados obtidos
possam ser corretamente corrigidos a uma base comum, para fins comparativos e a
umidade relativa do ar deve se encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Medidor do fator de potência do isolamento ou fator de dissipação;

128
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 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Antes da atividade do ensaio elétrico devem-se curto-circuitar os terminais de


um mesmo enrolamento para obter melhor distribuição do potencial, como mostrado
na Figura abaixo.

Figura 102 - Preparação para ensaio de fator de potência do isolamento

Os ensaios de fator de potência/fator de dissipação do isolamento para


transformadores corrente são efetuados nas posições indicadas na tabela abaixo.

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ENSAIO CABO CABO "LV" SWITCH PARTES OU
PROCEDIMENTOS
Nº HV LV POSIÇÃO COMPONENTES

Primário X Secundário
Curto-circuitar o primário e
1 Primário Secundário GROUND na
o secundário
Massa
Curto-circuitar o primário e
2 Primário Secundário GUARD Primário X Massa
o secundário
Tabela 12 - Ensaio fator de potência de isolamento do transformador de corrente

Podemos visualizar as conexões de ensaio na figura abaixo.

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Figura 103 - Conexões ensaio de fator de potência do isolamento do transformador de
corrente

RECOMENDAÇÕES

Para efetuar a análise dos resultados do ensaio de perdas dielétricas, é


importante conhecer a temperatura durante a realização do ensaio. Os valores de
Fator de Potência/fator de dissipação encontrados devem ser corrigidos a uma base
de temperatura de 20ºC, através da equação abaixo:

‫ܲܨ‬ଶ଴ ൌ ‫ ܭ‬ൈ ‫ܲܨ‬௠ ௘ௗ

onde:
FP20 = Fator de Potência/fator de dissipação corrigido a 20ºC;
FPmed = Fator de Potência/fator dissipação medido à temperatura;
K = Fator de correção prescrito na tabela abaixo;

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TRANSFORMADR DE TRANSFORMADR
TEMPERATURA TEMPERATURA
INSTRUMENTOS A DE INSTRUMENTOS
°C °F ÓLEO °C °F A ÓLEO
0 32,0 1,67 25 77,0 0,83
1 33,8 1,64 26 78,8 0,80
2 35,6 1,61 27 80,6 0,77
3 37,4 1,58 28 82,4 0,74
4 39,2 1,55 29 84,2 0,71
5 41,0 1,52 30 86,0 0,69
6 42,8 1,49 31 87,8 0,67
7 44,6 1,46 32 89,6 0,65
8 46,4 1,43 33 91,4 0,62
9 48,2 1,40 34 93,2 0,60
10 50,0 1,37 35 95,0 0,58
11 51,8 1,34 36 96,8 0,56
12 53,6 1,30 37 98,6 0,54
13 55,4 1,27 38 100,4 0,52
14 57,2 1,23 39 102,2 0,50
15 59,0 1,19 40 104,0 0,48
16 60,8 1,16 41 105,8 0,47
17 62,6 1,12 42 107,6 0,45
18 64,4 1,08 43 109,4 0,44
19 66,2 1,04 44 111,2 0,42
20 68,0 1,00 45 113,0 0,41
21 69,8 0,97
22 71,6 0,93
23 73,4 0,90
24 75,2 0,86
Tabela 13 - Fatores de correção para temperatura de 20°C

Em termos de análise, não foram definidos padrões que pudessem avaliar o


estado do isolamento de um transformador para instrumentos com base em
resultados obtidos nos ensaios.
A variação dos resultados de ensaios periódicos é que permite concluir sobre
o grau de deterioração do isolante.
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Se o valor de perdas dielétricas permanece estável ao longo de um
determinado período, o isolamento pode ser classificado “em bom estado”. No caso
de apresentar uma elevação gradativa nas mesmas condições, o isolamento deve
ficar em “observação”.
Se o valor de perdas dielétricas apresentar um acréscimo repentino, o
isolamento é classificado “em mau estado” e deve ser investigado mais
detalhadamente.
Para análise dos valores de perdas dielétricas, em equipamento novo, ou
seja, aquele que ainda não entrou em operação, pode-se tomar para comparação os
valores encontrados nos ensaios de fábrica e valores encontrados nos ensaios
realizados sob condições similares em unidade idênticas.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS

CONSIDERAÇÕES

O critério para seleção do método de medição é feito de acordo com a ordem


de grandeza da resistência a ser medida.
O presente procedimento abrange apenas os métodos utilizados na prática:
Ponte e Queda de tensão. Devido à simplicidade de execução e maior precisão
conseguida o método da Ponte é o mais recomendado para ensaios elétricos no
campo; o método da Queda de tensão deve ser empregado somente no caso em
que não dispuser de uma Ponte Kelvin, ou microhmímetro, ou em se tratando de
algum ensaio especial.
O Método da Ponte utiliza a medição direta da resistência ôhmica utilizando a
Ponte Kelvin ou microhmímetro.
O Método da Queda de tensão (ou da tensão e corrente) utiliza qualquer fonte
de corrente contínua (bateria, gerador, etc) que tenha potência suficiente e forneça
tensão estável.
Esse método corresponde à aplicação de um potencial CC aos terminais de
um enrolamento. São feitas leituras através de instrumentos apropriados, da
corrente que circula no enrolamento a ser medido, e da queda de tensão entre seus
terminais. O valor da resistência ôhmica do enrolamento é obtido pela lei OHM onde:

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ܸ
ܴൌ
‫ܫ‬

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Microhmímetro;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Os ensaios de resistência ôhmica dos enrolamentos exigem um tempo


razoavelmente longo para permitir que o enrolamento sob ensaio seja carregado.
Quando se tratar de enrolamento com derivações, as medições deverão ser
efetuadas em todas as posições.

MÉTODO DA PONTE – (PONTE KELVIN OU


MICROHMÍMETRO DIGITAL)

-Fazer a ligação da ponte aos terminais dos enrolamentos conforme a figura


abaixo e logo após fazer a leitura do valor de resistência.

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Figura 104 - Ensaio elétrico de resistência de enrolamento com método ponte

MÉTODO DE QUEDA DE TENSÃO

Este método é o mais simples e a sua exatidão estará limitada ao uso de


resistor padrão.

SEM USO DE RESISTOR PADRÃO

O esquema previsto para a execução desse ensaio é mostrado na Figura


abaixo, onde:

B – Bateria de 12v ou 24v


R – Reostato
A – Amperímetro CC
V – Voltímetro CC
RX – Resistência do enrolamento a ser medido
AB – Terminais do enrolamento a ser medido
CH – Interruptor monopolar

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Figura 105 - Método queda de tensão

Deverão ser efetuadas de três a cinco medições, com vários valores estáveis
de corrente, atuando-se no reostato R. O valor da resistência é obtido calculando-se
a média aritmética dos valores encontrados e desprezando-se os valores que difiram
de mais de 1% da média.
Para evitar a elevação de temperatura do enrolamento durante a execução do
ensaio, aplicar no máximo uma corrente de 15% da nominal, num tempo máximo de
1 minuto. O valor de R, bem como as escalas do Amperímetro e Voltímetro, deverá
ser escolhido de acordo com os valores esperados, os quais dependem das
características do transformador.
O valor da resistência RX é calculado utilizando-se a fórmula:

ܸ
ܴܺ ൌ
ܸ
‫ܫ‬െ ܴܸ

Onde,
RX = Resistência do enrolamento medido, em OHMS;
V = Diferença de potencial lida no voltímetro V, entre os terminais do
enrolamento medido, em VOLTS;
I = Valor de corrente lida no Amperímetro A, em Ampéres;
RV = Resistência interna do voltímetro V, em OHMS

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COM USO DE RESISTOR PADRÃO

Figura 106 - Método queda de tensão (resistor padrão)

Através da resistência variável R, ajusta-se a corrente lida no amperímetro “A”


a no máximo 15% da corrente nominal do Resistor Padrão RP, ou do enrolamento
RX, usando entre estes dois valores aquele que for menor.
O valor da resistência ôhmica do enrolamento ensaiado RX é dado pela
fórmula:

οܸܺ
ܴܺ ൌ ܴܲ
οܸܴܲ

As quedas de tensão ΔVX e ΔVRP devem ser lidas com o mesmo voltímetro
ou milivoltímetro, utilizando a mesma escala. Utilizar um resistor padrão da mesma
ordem de grandeza da resistência a ser medida.
Deve-se esperar algum tempo até que a leitura no amperímetro A se
estabilize, para então tomar as leituras ΔVX e ΔVRP, tomar 3 leituras para diferentes
valores de corrente, o valor da resistência é obtido pela média aritmética das 3
leituras.
Nunca interromper ou variar a corrente no circuito com o voltímetro conectado
ao enrolamento sob teste, pois isto ocasionará auto-indução, podendo danificar o
voltímetro.

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RECOMENDAÇÕES

Os valores de resistência ôhmica encontrados deverão ser corrigidos à


temperatura de referência do fabricante, normalmente 75ºC, aplicando-se a seguinte
fórmula:

‫ ܭ‬൅ ܶோ௘௙
ܴோ௘௙ ൌ ܴெ ௘ௗ
‫ ܭ‬൅ ܶெ ௘ௗ

RRef = Resistência do enrolamento, corrigida à temperatura de referência TRef,


em OHMS;
RMed = Resistência do enrolamento obtida no ensaio, em OHMS;
TRef = Temperatura de referência, normalmente 75ºC;
TMed = Temperatura do enrolamento quando a resistência for medida, em
graus Celsius;
K = Constante característica do material do enrolamento,
onde:
K=234,5 – cobre puro 100%;
K=242 – cobre à 97,3%;
K=225 – alumínio;

As resistências obtidas devem ser comparadas com resultados anteriores ou


com dados do fabricante, tendo-se o cuidado de utilizar as correções de temperatura
a uma mesma base (normalmente 75 °C).
Em caso de discordâncias maiores que 5%, deve ser pesquisada a existência
de anormalidades tais como: espiras em curto, número incorreto de espiras,
dimensões incorretas do condutor e outros. Neste sentido, é importante que haja o
histórico das medidas efetuadas.

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ENSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO

CONSIDERAÇÕES

A medição da relação de transformação de um transformador é padronizada


como ensaio de rotina e como teste básico em programas de manutenção
preventiva em transformadores, reparados ou submetidos a reformas ou, ainda, no
comissionamento das unidades. A sua importância se prende ao fato de que um
acompanhamento efetivo poderá indicar a presença de problemas.
Os métodos mais frequentemente empregados para a sua obtenção em
transformadores de corrente são o método de relação em corrente (TC’s tipo
pedestal) e o método de relação com tensão (TC’s de tipo bucha e Pedestal).

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Mala de corrente;
 TTR;
 Fonte de tensão CA
 Variac;
 Alicate amperímetro;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

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ATIVIDADE DE ENSAIO

TRANSFORMADOR DE CORRENTE TIPO “PEDESTAL”

MÉTODO DE RELAÇÃO EM CORRENTE

 Ligar a saída da mala de corrente ao primário do transformador de


corrente observando se os cabos desta ligação suportam a corrente a
ser aplicada.
 Aterrar a carcaça da mala de corrente à malha de terra da subestação.
 Ligar o amperímetro entre os terminais secundários do enrolamento a
ser ensaiado;
 Aplicar corrente no enrolamento primário através da fonte de corrente e
realizar três medições com valores diferentes de corrente.
 Medir e anotar os valores de corrente aplicada no primário (ip) e
induzida no secundário (Is).

Figura 107 - Método de relação em corrente

A relação de transformação (RTC) deverá ser calculada pela seguinte


fórmula:
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A média das medições da relação (RTC) encontrada no ensaio deve ser
comparada com o valor de referência do transformador de corrente. Quando é
aplicada a corrente no primário e nenhuma corrente circula no secundário, é
indicação que o circuito está aberto.

MÉTODO TTR

Para medir a relação de transformação com TTR, deve-se conectar os cabos


do instrumento da seguinte forma:
 CABOS DE “H” NO ENROLAMENTO SECUNDÁRIO
 CABOS DE “X” NO ENROLAMENTO PRIMÁRIO

O cálculo da relação é direto, por exemplo, se estamos medindo a relação


250:5A (50:1) o resultado do TTR será próximo de 50:1.

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Figura 108- Teste de relação do transformador de corrente com TTR

TRANSFORMADOR DE CORRENTE TIPO BUCHA

MÉTODO DA RELAÇÃO COM TENSÃO

Realizar a montagem do circuito apresentado na figura abaixo.


Fechar a chave “CH” e elevar gradualmente a tensão com ajuda de um
Variac, observando a leitura no voltímetro “VS”.
Sempre que possível, deve-se procurar aplicar uma tensão secundária
correspondente a 1 volt por espira, desde que esse valor seja inferior a tensão de
saturação do TC. Nesse caso, a leitura da tensão primária será sempre de 1 volt,
uma vez que a relação de transformação de tensão é inversa a de corrente.
Medir com um voltímetro eletrônico de alta impedância a tensão resultante no
primário do TC (V2), ou seja, medir a tensão no enrolamento do transformador onde
se localiza o TC.
A utilização do voltímetro eletrônico justifica-se devido a sua alta impedância,
evitando-se circulação de corrente no primário do TC.
Repetir este procedimento para todas as derivações secundárias.

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Figura 109 - Conexões método da relação com tensão

A relação de transformação é a relação entre as duas tensões medidas.

A relação de transformação em transformadores de corrente de bucha


instalados em disjuntores e religadores podem também ser verificadas utilizando o
mesmo método utilizado em transformador de corrente de pedestal.

MÉTODO TTR

Para medir a relação de transformação do TC´S de bucha com TTR, deve-se


curto-circuitar os terminais do transformador que estão fora da medição, e conectar
os cabos do instrumento da seguinte forma:

 CABOS DE “H” NO ENROLAMENTO SECUNDÁRIO DO TC DE


BUCHA
 CABOS DE “X” NO TERMINAL DO TRANSFORMADOR

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O cálculo da relação é direto, por exemplo, se estamos medindo a relação
250:5A (50:1) o resultado do TTR será próximo de 50:1.

Figura 110 - Método do TTR para transformador de Corrente de bucha

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RECOMENDAÇÕES

A análise do ensaio de Relação de Transformação em transformadores de


corrente baseia-se na comparação das relações medidas com as relações de placa.
A comparação entre as relações poderá ser feita calculando-se o erro percentual
pela seguinte fórmula:

ܴܶ‫ܥ‬ா௡௦௔௜௢ െ ܴܶ‫ܥ‬௉௟௔௖௔
‫ܧ‬Ψ ൌ × 100
ܴܶ‫ܥ‬௉௟௔௖௔

No caso da relação não coincidir com a relação de placa pode ser uma
indicação das seguintes anormalidades:
- Indicação de que o número de espiras não está correto;
- Curto-circuito entre espiras;
- Identificação errada das derivações;

A tolerância do erro percentual para transformador de corrente depende da


classe de precisão do equipamento. Considera-se que um transformador de corrente
está dentro de sua relação nominal, quando o erro encontrado estiver dentro da
exatidão correspondente.

ENSAIO DE CURVA DE SATURAÇÃO

CONSIDERAÇÕES

Este ensaio visa determinar a saturação do transformador de corrente


ocasionada pelas altas correntes de curto-circuito e componente contínua que
aparecem nos sistemas de alta - tensão e extra alta tensão.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

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MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Indicador de curva de saturação;


 Voltímetro;
 Amperímetro;
 Transformador Auxiliar 220:2000 V;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

MÉTODO DO TRANSFORMADOR AUXILIAR

Desconectar o transformador de corrente do barramento primário assim como


todos os cabos do secundário e em seguida conectar um variador de tensão
(VARIAC), um transformador de potencial auxiliar, um amperímetro e um voltímetro,
conforme o esquema abaixo:

Figura 111 - Esquema para o ensaio de saturação método transformador auxiliar

Aplicar ao secundário do transformador de corrente uma tensão variável e


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medir a corrente de excitação correspondente à cada valor de tensão aplicada, com
o primário aberto. A tensão a ser aplicada deverá se controlada por um voltímetro
conectado aos terminais secundários do transformador de corrente e efetuar as
leituras de corrente no amperímetro. Variar a tensão de 50 em 50 V ou mais,
dependendo da grandeza do ponto de inflexão.
No ensaio a variação de tensão deve ser feita sempre no sentido crescente,
não sendo admitido, em nenhuma hipótese o decréscimo da mesma. Quando a
tensão à ser aplicada no transformador de corrente for maior do que a tensão que
consiga dar o VARIAC, devemos utilizar o transformador de potencial auxiliar (TA).
MÉTODO DO INDICADOR DE CURVA DE SATURAÇÃO

Da mesma forma do método do transformador auxiliar deve-se desconectar o


transformador de corrente do barramento primário assim como todos os cabos do
secundário e em seguida conectar o instrumento de indicador de curva de
saturação, conforme o esquema abaixo:

Figura 112 - Esquema para o ensaio de saturação método indicador de curva de saturação

O funcionamento do instrumento é similar o método do transformador auxiliar,


a diferença é que é feita de forma automática.

RECOMENDAÇÕES

Levantar a curva de saturação e comparar com a curva fornecida pelo


fabricante do transformador de corrente.

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ENSAIO DE CARGA IMPOSTA

CONSIDERAÇÕES

Este ensaio visa determinar a potência instalada no secundário do


transformador de corrente.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTUMENTO NECESSÁRIO

 Voltímetro;
 Amperímetro;
 Mala de Corrente;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Desconectar o borne não aterrado do secundário do transformador de


corrente, em seguida conectar ao circuito secundário uma fonte de corrente
alternada, conforme a figura abaixo:

148
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Figura 113 - Esquema atividade de ensaio de carga imposta

Aplicar ao circuito a corrente nominal do secundário do transformador de


corrente (normalmente 5A), medir a tensão no circuito e calcular a carga imposta no
secundário.

ܲ ൌ ܸ‫ܫ‬

RECOMENDAÇÕES

A finalidade deste ensaio é que tendo a corrente e a tensão, calcula-se a


carga imposta e a seguir comparar o valor obtido no ensaio com dados de placa, a
fim de verificar se a carga imposta no secundário não é superior a carga nominal do
transformador de corrente.

ENSAIO DE INJEÇÃO DE CORRENTE PRIMÁRIA

CONSIDERAÇÕES

Este ensaio visa determinar a leitura de corrente nos medidores e nos relés
instalados na subestação.

NÚMERO DE PESSOAS

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2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Amperímetro;
 Mala de Corrente;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Conectar os cabos da Fonte de Corrente no primário do TC, sem a


necessidade de desconectar os terminais, e aplicar corrente para confirmar a leitura
nos medidores e relés na subestação, conforme a figura abaixo:

Figura 114 - Esquema atividade de ensaio de injeção de corrente primária

150
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RECOMENDAÇÕES

O ensaio de Injeção de Corrente Primária é realizado com os cabos que vão


para casa de comando conectados no secundário e barramento no primário do TC.
É necessário 01 (uma) pessoa na sala de comando da subestação para
confirmar a corrente lida nos medidores e relés com a corrente aplicada no primário
através da fonte de corrente.

ENSAIOS ELÉTRICOS EM TRANSFORMADORES DE


POTENCIAL

Serão apresentados nesse capítulo os procedimentos para realização de


ensaios elétricos em transformadores de potencial.

RELAÇÃO DE ENSAIOS

 Cadastro;
 Inspeção visual / final;
 Resistência de isolamento CC;
 Isolamento CA ou Fator de potência do isolamento;
 Resistência ôhmica dos enrolamentos;
 Relação de transformação/polaridade;
 Carga imposta;
 Injeção de corrente primária.

RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS

 Megôhmetro;
 Medidor do fator de potência do isolamento;
 Micrôhmimetro;
 TTR;
 Variac;
 Alicate amperímetro;

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 Multímetro;
 Termohigrômetro.

CADASTRO
Para o início dos ensaios elétricos é necessário o cadastro do equipamento
através de fotos de todas as placas existentes do mesmo, e preenchimento de todo
formulário específico com as informações apresentadas nas placas.

Figura 115 - Placa de um transformador de potencial indutivo 138 kV

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Figura 116 - Placa de um transformador de potencial capacitivo 230 kV

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL

Ao início e a finalização dos ensaios elétricos nos transformadores de


potencial é necessário uma inspeção visual inicial e final, e necessário anotar
qualquer não-conformidade encontrada em um formulário específico.

NÚMERO DE PESSOAS

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01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC de cada enrolamento
será de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do
transformador de corrente encontre-se estabilizada, e que a mesma seja
determinada do modo mais preciso possível, a fim de que os resultados obtidos
possam ser corretamente corrigidos a uma base comum, para fins comparativos e a
umidade relativa do ar deve se encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas

MATERIAL E INTRUMENTOS NECESSÁRIO

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 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para a boa condução dos ensaios os seguintes passos deverão ser seguidos:
 Antes de iniciar os ensaios efetuar uma boa limpeza nas porcelanas;
 Verificar se a carcaça do TP está bem aterrada, através da malha de
terra da subestação.
 O valor da tensão CC de ensaio depende da classe de tensão nominal
do TP, sendo limitado ao valor de pico da tensão nominal CA ( 2 •
VRMS) do enrolamento, para evitar uma falha do isolamento devido a
aplicação de uma tensão superior a que o isolamento suporta.
 Geralmente utiliza-se tensão de 5kV para enrolamentos de 13,8kV a
500kV e a tensão de 500V para enrolamentos menores que 13,8 kV.
 Os enrolamentos secundários dos transformadores de potencial por
terem classe de isolamento para baixa tensão, geralmente são
ensaiados com 500V.
 Antes dos ensaios devem-se curto-circuitar os terminais de um mesmo
enrolamento para obter melhor distribuição do potencial.

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Figura 117 - Preparação para ensaio de resistência de isolamento CC

Os transformadores de potencial são compostos basicamente de três


isolamentos e assim identificados:

 RAT-BT – Isolamento entre os enrolamentos de alta e baixa tensão


 RAT-M – Isolamento entre os enrolamentos de alta tensão e terra.
 RBT-M – Isolamento entre os enrolamentos de baixa tensão e terra.

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Figura 118 - Resistência de isolamento transformadores de potencial

Os ensaios de resistência de isolamento em transformadores de potencial


externos são efetuados nas posições indicadas na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

Alta contra baixa com terra em


1 RAT-BT AT BT MASSA 5000 V
GUARD

Alta contra terra com baixa em


2 RAT-M AT MASSA BT 5000 V
GUARD

Baixa contra terra com alta em


3 RBT-M BT MASSA AT 500V
GUARD

Tabela 14 - Ensaio resistência de isolamento CC transformador de potencial

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Figura 119 - Conexões ensaio resistência de isolamento CC transformador de potencial

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CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO

Os valores da resistência de isolamento variam sensivelmente dependendo


do projeto do transformador, dos materiais isolantes usados, da temperatura e de
outros fatores. Por uma simples medição sem valores de referência, geralmente só
se pode verificar se existem falhas (curtos entre enrolamentos ou entre um
enrolamento e a massa) no isolamento.
Para se certificar se as partes isolantes absorveram umidade, existem vários
critérios, baseados em fórmulas empíricas ou dados estatísticos. Os critérios e a
interpretação dos valores encontrados variam de acordo com a prática e a
experiência dos usuários. O critério citado em seguida é considerado como
orientação genérica e os valores de referência neles obtidos não representam
valores limites absolutos, mas sim de ordem de grandeza. Valores
consideravelmente mais baixos, desde que estáveis em relação a medidas
anteriores, em condições idênticas, não indicam necessariamente irregularidades no
isolamento, embora seja aconselhável tentar elevar a resistência por secagem do
transformador.
Por outro lado, valores maiores do que os obtidos pelos critérios dados a
seguir, não representam uma garantia quanto ao comportamento do isolamento se
os mesmos forem inferiores aos valores obtidos em medições anteriores em
condições idênticas.
Desta forma, verifica-se que o valor absoluto da resistência de isolamento não
tem muito significado, sendo boa prática a sua medição periódica e a comparação
com resultados anteriores, convertidos sempre a uma mesma temperatura. Se forem
constatadas alterações, é provável que problemas estejam para ocorrer.

Critério I (NBR 7036)

 Para transformadores à temperatura de operação de cerca de 60° C:


Cerca de 1MΩ por kV da classe de isolamento.
 Para transformadores à temperatura de operação de cerca de 30° C:
Cerca de 30MΩ por kV da classe de isolamento.

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RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE ISOLAMENTO CA OU FATOR DE POTÊNCIA DO


ISOLAMENTO

CONSIDERAÇÕES

O ensaio de Fator de Dissipação ou de Fator de Potência em transformador


de potencial é uma das formas indiretas de se controlar a rigidez dielétrica do
isolamento, pois não há possibilidade de medir esta rigidez diretamente sem
provocar ou acelerar a destruição do isolamento.
As principais causas de deterioração do isolamento são devidas às ações de
contaminantes térmicos, químicos e absorção de umidade.

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Os contaminantes térmicos são normalmente originários dos ciclos de
variação de temperatura ou altas temperaturas por períodos longos que podem
causar o aparecimento de forças mecânicas internas e contribuem para a
deterioração do material isolante, resultando em rachaduras e destruindo a
integridade física do isolamento.
Os contaminantes químicos originam-se das reações químicas que ocorrem
no processo de envelhecimento, tendendo a enfraquecer o isolamento e reduzir a
rigidez mecânica, podendo conduzir a uma falha elétrica.
Quando o isolamento está contaminado ocorre normalmente um aumento da
corrente de condução que ocasionará uma elevação de perdas dielétricas.
Tendo em vista que a contaminação do material isolante pode conduzir a
consequências graves, torna-se importante uma interpretação correta do ensaio
para servir de indicação de deterioração das propriedades dielétricas do isolamento.
O ensaio de Fator de Dissipação ou Fator de Potência de isolamento em
transformadores de potencial, consiste em se medir as perdas dielétricas de
isolamento entre o enrolamento primário e secundário e as partes aterradas.
Para o ensaio em transformador de potencial do tipo indutivo de uma só
bucha, é necessário que o terminal aterrado (H2) do enrolamento primário seja
desconectado da terra, o que só é possível em transformador de potencial com
terminal de neutro acessível.
Quando a extremidade aterrada não é acessível, desaterrar o tanque e usar
suportes isolantes entre o tanque e a estrutura. Os enrolamentos secundários não
são normalmente ensaiados, pois, a classe de tensão dos mesmos é da ordem de 1
kV. Normalmente, é realizado o ensaio de Fator de Dissipação ou Fator de Potência
em Transformadores de Potencial de tensão maior ou igual a 69 kV.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do
transformador de potencial encontre-se estabilizada, e que a mesma seja
determinada do modo mais preciso possível, a fim de que os resultados obtidos
possam ser corretamente corrigidos a uma base comum, para fins comparativos e a
umidade relativa do ar deve se encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

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2 (duas) pessoas

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Medidor do fator de potência do isolamento;


 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

TRANSFORMADOR DE POTENCIAL INDUTIVO (TPI)

Antes dos ensaios devem-se curto-circuitar os terminais do primário (H1 e H2)


para obter melhor distribuição do potencial, como mostrado na figura abaixo.

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Figura 120 - Preparação para ensaio de fator de potência do isolamento no transformador
de potencial indutivo

Não curto-circuitar o secundário, pois na realização do ensaio basta conectar


o cabo de LV em qualquer terminal de um enrolamento no secundário.
Os ensaios de fator de potência/fator de dissipação do isolamento para
transformadores potencial são efetuados nas posições indicadas na abaixo.

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"LV"
ENSAIO CABO PARTES OU
CABO LV SWITCH PROCEDIMENTOS
Nº HV COMPONENTES
POSIÇÃO

Primário Secundário
1 GROUND Primário X Secundário Curto-circuitar o primário
(H1+H2) (X1 ou X2)

Primário Secundário
2 GUARD Primário X Massa Curto-circuitar o primário
(H1+H2) (X1 ou X2)
Tabela 15 - Ensaio fator de potência de isolamento no transformador de potencial indutivo

Podemos visualizar as conexões de ensaio na figura abaixo.

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Figura 121 - Conexões ensaio fator de potência de isolamento do transformador de potencial
indutivo

TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
CAPACITIVO (TPC)

O ensaio de fator de potência de isolamento para transformadores potencial


capacitivo é efetuado na posição indicada na tabela abaixo.

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"LV"
ENSAIO CABO PARTES OU
CABO LV SWITCH PROCEDIMENTOS
Nº HV COMPONENTES
POSIÇÃO
Medição da capacitância
1 H1 HF GROUND Primário X Secundário
equivalente Cn
Tabela 16 - Ensaio fator de potência de isolamento do transformador de potencial capacitivo

Figura 122 - Conexões ensaio fator de potência de isolamento do transformador de potencial


capacitivo

RECOMENDAÇÕES

Para efetuar a análise dos resultados do ensaio de perdas dielétricas, é


importante conhecer a temperatura durante a realização do ensaio. Os valores de
Fator de Potência/fator de dissipação encontrados devem ser corrigidos a uma base
de temperatura de 20ºC, através da equação abaixo:

‫ܲܨ‬ଶ଴ ൌ ‫ ܭ‬ൈ ‫ܲܨ‬௠ ௘ௗ

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onde:
FP20 = Fator de Potência/fator de dissipação corrigido a 20ºC;
FPmed = Fator de Potência/fator dissipação medido à temperatura;
K = Fator de correção prescrito na tabela abaixo;

TRANSFORMADR DE TRANSFORMADR
TEMPERATURA TEMPERATURA
INSTRUMENTOS A DE INSTRUMENTOS
°C °F ÓLEO °C °F A ÓLEO
0 32,0 1,67 25 77,0 0,83
1 33,8 1,64 26 78,8 0,80
2 35,6 1,61 27 80,6 0,77
3 37,4 1,58 28 82,4 0,74
4 39,2 1,55 29 84,2 0,71
5 41,0 1,52 30 86,0 0,69
6 42,8 1,49 31 87,8 0,67
7 44,6 1,46 32 89,6 0,65
8 46,4 1,43 33 91,4 0,62
9 48,2 1,40 34 93,2 0,60
10 50,0 1,37 35 95,0 0,58
11 51,8 1,34 36 96,8 0,56
12 53,6 1,30 37 98,6 0,54
13 55,4 1,27 38 100,4 0,52
14 57,2 1,23 39 102,2 0,50
15 59,0 1,19 40 104,0 0,48
16 60,8 1,16 41 105,8 0,47
17 62,6 1,12 42 107,6 0,45
18 64,4 1,08 43 109,4 0,44
19 66,2 1,04 44 111,2 0,42
20 68,0 1,00 45 113,0 0,41
21 69,8 0,97
22 71,6 0,93
23 73,4 0,90
24 75,2 0,86
Tabela 17 - Fatores de correção para temperatura de 20°C
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Em termos de análise, não foram definidos padrões que pudessem avaliar o
estado do isolamento de um transformador para instrumentos com base em
resultados obtidos nos ensaios.
A variação dos resultados de ensaios periódicos é que permite concluir sobre
o grau de deterioração do isolante.
Se o valor de perdas dielétricas permanece estável ao longo de um
determinado período, o isolamento pode ser classificado “em bom estado”. No caso
de apresentar uma elevação gradativa nas mesmas condições, o isolamento deve
ficar em “observação”.
Se o valor de perdas dielétricas apresentar um acréscimo repentino, o
isolamento é classificado “em mau estado” e deve ser investigado mais
detalhadamente.
Para análise dos valores de perdas dielétricas, em equipamento novo, ou
seja, aquele que ainda não entrou em operação, pode-se tomar para comparação os
valores encontrados nos ensaios de fábrica e valores encontrados nos ensaios
realizados sob condições similares em unidade idênticas.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS

CONSIDERAÇÕES

O critério para seleção do método de medição é feito de acordo com a ordem


de grandeza da resistência a ser medida.
O presente procedimento abrange apenas os métodos utilizados na prática:
Ponte e Queda de tensão. Devido à simplicidade de execução e maior precisão
conseguida o método da Ponte é o mais recomendado para ensaios elétricos no
campo; o método da Queda de tensão deve ser empregado somente no caso em
que não dispuser de uma Ponte Kelvin, ou microhmímetro, ou em se tratando de
algum ensaio especial.
O Método da Ponte utiliza a medição direta da resistência ôhmica utilizando a
Ponte Kelvin ou microhmímetro.
O Método da Queda de tensão (ou da tensão e corrente) utiliza qualquer fonte
de corrente contínua (bateria, gerador, etc) que tenha potência suficiente e forneça
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tensão estável.
Esse método corresponde à aplicação de um potencial CC aos terminais de
um enrolamento. São feitas leituras através de instrumentos apropriados, da
corrente que circula no enrolamento a ser medido, e da queda de tensão entre seus
terminais. O valor da resistência ôhmica do enrolamento é obtido pela lei OHM onde:

ܸ
ܴൌ
‫ܫ‬

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Microhmímetro;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Os ensaios de resistência ôhmica dos enrolamentos exigem um tempo


razoavelmente longo para permitir que o enrolamento sob ensaio seja carregado.
Quando se tratar de enrolamento com derivações, as medições deverão ser
efetuadas em todas as posições.

MÉTODO DA PONTE – (PONTE KELVIN OU


MICROHMÍMETRO DIGITAL)

-Fazer a ligação da ponte aos terminais dos enrolamentos conforme a figura


169
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abaixo e logo após fazer a leitura do valor de resistência.

Figura 123 - Ensaio elétrico de resistência de enrolamento com método ponte

MÉTODO DE QUEDA DE TENSÃO

Este método é o mais simples e a sua exatidão estará limitada ao uso de


resistor padrão.

SEM USO DE RESISTOR PADRÃO

O esquema previsto para a execução desse ensaio é mostrado na Figura


abaixo, onde:

B – Bateria de 12v ou 24v


R – Reostato
A – Amperímetro CC
V – Voltímetro CC
RX – Resistência do enrolamento a ser medido
AB – Terminais do enrolamento a ser medido
CH – Interruptor monopolar

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Figura 124 - Método queda de tensão

Deverão ser efetuadas de três a cinco medições, com vários valores estáveis
de corrente, atuando-se no reostato R. O valor da resistência é obtido calculando-se
a média aritmética dos valores encontrados e desprezando-se os valores que difiram
de mais de 1% da média.
Para evitar a elevação de temperatura do enrolamento durante a execução do
ensaio, aplicar no máximo uma corrente de 15% da nominal, num tempo máximo de
1 minuto. O valor de R, bem como as escalas do Amperímetro e Voltímetro, deverá
ser escolhido de acordo com os valores esperados, os quais dependem das
características do transformador.
O valor da resistência RX é calculado utilizando-se a fórmula:

ܸ
ܴܺ ൌ
ܸ
‫ܫ‬െ ܴܸ

Onde,
RX = Resistência do enrolamento medido, em OHMS;
V = Diferença de potencial lida no voltímetro V, entre os terminais do
enrolamento medido, em VOLTS;
I = Valor de corrente lida no Amperímetro A, em Ampéres;
RV = Resistência interna do voltímetro V, em OHMS

COM USO DE RESISTOR PADRÃO

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Figura 125 - Método queda de tensão (resistor padrão)

Através da resistência variável R, ajusta-se a corrente lida no amperímetro “A”


a no máximo 15% da corrente nominal do Resistor Padrão RP, ou do enrolamento
RX, usando entre estes dois valores aquele que for menor.
O valor da resistência ôhmica do enrolamento ensaiado RX é dado pela
fórmula:

οܸܺ
ܴܺ ൌ ܴܲ
οܸܴܲ

As quedas de tensão ΔVX e ΔVRP devem ser lidas com o mesmo voltímetro
ou milivoltímetro, utilizando a mesma escala. Utilizar um resistor padrão da mesma
ordem de grandeza da resistência a ser medida.
Deve-se esperar algum tempo até que a leitura no amperímetro A se
estabilize, para então tomar as leituras ΔVX e ΔVRP, tomar 3 leituras para diferentes
valores de corrente, o valor da resistência é obtido pela média aritmética das 3
leituras.
Nunca interromper ou variar a corrente no circuito com o voltímetro conectado
ao enrolamento sob teste, pois isto ocasionará auto-indução, podendo danificar o
voltímetro.

RECOMENDAÇÕES

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Os valores de resistência ôhmica encontrados deverão ser corrigidos à
temperatura de referência do fabricante, normalmente 75ºC, aplicando-se a seguinte
fórmula:

‫ ܭ‬൅ ܶோ௘௙
ܴோ௘௙ ൌ ܴெ ௘ௗ
‫ ܭ‬൅ ܶெ ௘ௗ

RRef = Resistência do enrolamento, corrigida à temperatura de referência TRef,


em OHMS;
RMed = Resistência do enrolamento obtida no ensaio, em OHMS;
TRef = Temperatura de referência, normalmente 75ºC;
TMed = Temperatura do enrolamento quando a resistência for medida, em
graus Celsius;
K = Constante característica do material do enrolamento,
onde:
K=234,5 – cobre puro 100%;
K=242 – cobre à 97,3%;
K=225 – alumínio;

As resistências obtidas devem ser comparadas com resultados anteriores ou


com dados do fabricante, tendo-se o cuidado de utilizar as correções de temperatura
a uma mesma base (normalmente 75 °C).
Em caso de discordâncias maiores que 5%, deve ser pesquisada a existência de
anormalidades tais como: espiras em curto, número incorreto de espiras, dimensões
incorretas do condutor e outros. Neste sentido, é importante que haja o histórico das
medidas efetuadas.

ENSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO

CONSIDERAÇÕES

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A medição da relação de transformação de um transformador é padronizada
como ensaio de rotina e como teste básico em programas de manutenção
preventiva em transformadores, reparados ou submetidos a reformas ou, ainda, no
comissionamento das unidades. A sua importância se prende ao fato de que um
acompanhamento efetivo poderá indicar a presença de problemas.
Os métodos mais frequentemente empregados para a sua obtenção são o do
comparativo com o voltímetro e o da medição da relação de espiras através de um
equipamento construído (TTR) especificamente para este fim. É claro que qualquer
um deles deve oferecer valores suficientemente precisos para que sejam válidos
para os propósitos citados.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 TTR;
 Multímetro;
 Fonte de Tensão;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

MÉTODO DO TTR

As medições com o “TTR” podem ser executadas de forma direta ou inversa.


Na medição direta, a excitação é feita pelo envolvimento de tensão mais baixa, dos
dois enrolamentos comparados, sendo que o valor de leitura será sempre maior que
a unidade, aproveitando-se de maneira melhor a exatidão do instrumento.
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Figura 126 - Medição relação de transformação com TTR forma direta

Na medição inversa, a excitação é feita pelo enrolamento de tensão mais alta,


sendo o valor da leitura sempre menor que a unidade. A leitura obtida é igual ao
inverso da relação de transformação. Esta medição deve ser evitada sempre que
possível, pois a exatidão diminui com o decréscimo do valor de relação.

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Figura 127 - Medição relação de transformação com TTR forma indireta

MÉTODO COMPARATIVO

Quando não é possível a utilização do TTR, um outro método para medição


da relação de transformação do transformador de potencial e o comparativo, que é
realizado em duas etapas:
A primeira etapa é a injeção de tensão, normalmente no valor de 10 kV, no
primário do transformador de potencial e realização da medição no secundário com
um voltímetro. Os valores esperados serão em Volts (V) e são calculados de acordo
com a relação de placa do equipamento.

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Figura 128 - Medição de relação pelo o método comparativo - primeira etapa

A segunda etapa é feita a medição do Erro de Relação pelo Método


Comparativo, conforme a figura abaixo:

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Figura 129 - Medição de relação pelo o método comparativo - segunda etapa

Os valores de tensão esperados serão em milivolts (mV)


Vale ressaltar, que para realização do ensaio de relação pelo o método
comparativo é necessário no mínimo dois transformadores de potencial para ser
realizado o erro de relação entre eles.

RECOMENDAÇÕES

A análise do ensaio de Relação de Transformação em transformadores de


potencial baseia-se na comparação das relações medidas com as relações de placa.
A comparação entre as relações poderá ser feita calculando-se o erro percentual
pela seguinte fórmula:

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ܴܶ‫ܥ‬ா௡௦௔௜௢ െ ܴܶ‫ܥ‬௉௟௔௖௔
‫ܧ‬Ψ ൌ × 100
ܴܶ‫ܥ‬௉௟௔௖௔

No caso da relação de transformação não coincidir com a relação de placa


pode ser uma indicação das seguintes anormalidades:
 O ensaio pode não ter sido executado corretamente;
 O transformador pode apresentar algum defeito.
 Quando o ensaio é feito com o instrumento “TTR” e não se consegue
fazer as medições, isto é, não se consegue o balanceamento “TTR”,
pode ser indicação de curto-circuito nos enrolamentos ou circuito
aberto.

ENSAIO DE CARGA IMPOSTA

CONSIDERAÇÕES

Este ensaio visa determinar a potência instalada no secundário do


transformador de potencial.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTUMENTO NECESSÁRIO

 Voltímetro;
 Amperímetro;
 Variac;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)

179
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 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Desconectar os bornes do secundário do transformador de potencial, em


seguida conectar ao circuito secundário um Varic, conforme a figura abaixo:

Figura 130 - Esquema atividade de ensaio de carga imposta no transformador de potencial

Aplicar ao circuito uma tensão de 115 V ou 115/√3 V, de acordo com a bobina


ensaiada, medir a corrente no circuito e calcular a carga imposta no secundário.

ܲ ൌ ܸ‫ܫ‬

RECOMENDAÇÕES

A finalidade deste ensaio é que tendo a corrente e a tensão, calcula-se a


carga imposta e a seguir comparar o valor obtido no ensaio com dados de placa, a
fim de verificar se a carga imposta no secundário não é superior a carga nominal do
transformador de potencial.

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ENSAIO DE INJEÇÃO DE TENSÃO PRIMÁRIA

CONSIDERAÇÕES

Este ensaio visa determinar a leitura de tensão nos medidores e nos relés
instalados na subestação.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Voltímetro;
 Fonte de Tensão;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Conectar os cabos da fonte tensão no primário do transformador de


potencial, e aplicar tensão para confirmar a leitura nos medidores e relés da
subestação, conforme a figura abaixo:

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Figura 131 - Esquema atividade de ensaio de injeção de tensão primária

RECOMENDAÇÕES

O ensaio de Injeção de Tensão Primária é realizado com os cabos que vão


para casa de comando conectados no secundário do transformador de potencial.
É necessário 01 (uma) pessoa na sala de comando da subestação para
confirmar a tensão lida nos medidores e relés com a tensão aplicada no primário
através da fonte de tensão.

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ENSAIOS ELÉTRICOS EM PARA-RAIOS

Serão apresentados nesse capítulo os procedimentos para realização de


ensaios elétricos em para-raios.

RELAÇÃO DE ENSAIOS

 Cadastro;
 Inspeção visual / final;
 Resistência de isolamento cc;
 Fator de potência e perdas ca;
 Corrente de fuga.

RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS

 Megôhmetro;
 Medidor do fator de potência do isolamento;
 Termohigrômetro.

CADASTRO

Para o início dos ensaios elétricos é necessário o cadastro do


equipamento através de fotos de todas as placas existentes do mesmo, e
preenchimento de todo formulário específico com as informações apresentadas nas
placas.

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Figura 132 - Placa do para-raios 138 kV

Figura 133 - Placa do para-raios 230 kV

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

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MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL

Ao início e a finalização dos ensaios elétricos nos para-raios é necessário


uma inspeção visual inicial e final, e necessário anotar qualquer não-conformidade
encontrada em um formulário específico.

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.
.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.

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A duração do ensaio de resistência de isolamento CC é de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do para-raios
se encontre estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo mais preciso
possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente corrigidos a
uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar deve se
encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

Megôhmetro;
Termohigrômetro;
Caixa de Ferramenta;
Escada correspondente à altura do equipamento;
Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para a boa condução do ensaio os seguintes passos deverão ser seguidos:


Antes de iniciar os ensaios efetuar uma boa limpeza nas porcelanas.
Verificar se o para-raios está bem aterrada, através da malha de terra da
subestação.
O valor da tensão CC de ensaio depende da classe de tensão nominal da
chave, sendo limitado ao valor de pico da tensão nominal CA (2 • Vrms) do
enrolamento, para evitar uma falha do isolamento devido a aplicação de uma
tensão superior a que o isolamento suporta. Geralmente utiliza-se tensão de 5
kV para para-raios de tensão maior ou igual de 13,8 kV.

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O ensaio de resistência de isolamento CC em para-raios é efetuados na
posição indicada na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

1 RAT-M Alta contra terra AT MASSA Não conectar 5000 V

Tabela 18 - Ensaio resistência de isolamento para-raios

Podemos visualizar as conexões de ensaio na figura abaixo.

Figura 134 - Conexões ensaio resistência de isolamento CC para-raios

RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
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abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE PERDAS CA

CONSIDERAÇÕES

O ensaio de Perdas CA em para-raios é realizado nas secções individuais e


em sua totalidade.
É realizado o ensaio de Perdas CA em para-raios de tensão maior ou igual a
13,8 kV.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

Medidor do fator de potência do isolamento;


Termohigrômetro;
Caixa de Ferramenta;
Escada correspondente à altura do equipamento;

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Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Os ensaios de fator de Perdas CA, para um exemplo de um para-raios de 2


secções, são efetuados nas posições indicadas na tabela abaixo.

ENSAIO CABO "LV" SWITCH PARTES OU


CABO LV PROCEDIMENTOS
Nº HV POSIÇÃO COMPONENTES

Conectar o cabo HV em A e
1 A B UST Secção AB
o cabo LV em B

Conectar o cabo HV em B e
2 B T GROUND Secção BT
o cabo LV em T
Conectar o cabo HV em A e
3 A T GROUND Secção AT
o cabo LV em T
Tabela 19 - Ensaio de perdas CA do para-raios de 2 secções

Podemos visualizar as conexões de ensaio na figura abaixo.

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Figura 135 - Ensaio de perdas CA do para-raios de 2 secções

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RECOMENDAÇÕES

Em termos de análise, não foram definidos padrões que pudessem avaliar os


resultados obtidos nos ensaios.
A variação dos resultados de ensaios periódicos é que permite concluir sobre
o grau de deterioração equipamento.
Se o valor de perdas CA permanece estável ao longo de um determinado
período, o isolamento pode ser classificado “em bom estado”. No caso de apresentar
uma elevação gradativa nas mesmas condições, o equipamento deve ficar em
“observação”.
Se o valor de perdas CA apresentar um acréscimo repentino, o equipamento
é classificado “em mau estado” e deve ser investigado mais detalhadamente.
Para análise dos valores de perdas CA, em equipamento novo, ou seja,
aquele que ainda não entrou em operação, pode-se tomar para comparação os
valores encontrados nos ensaios de fábrica e valores encontrados nos ensaios
realizados sob condições similares em unidade idênticas.

ENSAIO DE CORRENTE DE FUGA

CONSIDERAÇÕES

O ensaio de Corrente de fuga em para-raios é realizado em sua totalidade.


É realizado o ensaio Corrente de fuga em para-raios de tensão maior ou igual a
13,8 kV.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Medidor do fator de potência do isolamento;


 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
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 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

O ensaio de corrente de fuga, para exemplo de um para-raios de 2 secções, é


efetuado na posição indicada na tabela abaixo.

ENSAIO CABO "LV" SWITCH PARTES OU


CABO LV PROCEDIMENTOS
Nº HV POSIÇÃO COMPONENTES

Conectar o cabo HV em A e
1 A T GROUND Alta x Terra
o cabo LV em T
Tabela 20 - Ensaio de corrente de fuga do para-raios de 2 secções
.

Podemos visualizar a conexão de ensaio na figura abaixo.

Figura 136 - Ensaio de corrente de fuga do para-raios de 2 secções

192
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RECOMENDAÇÕES

Em termos de análise, não foram definidos padrões que pudessem avaliar os


resultados obtidos nos ensaios.
A variação dos resultados de ensaios periódicos é que permite concluir sobre
o grau de deterioração equipamento.
Se o valor de corrente de fuga permanece estável ao longo de um
determinado período, o isolamento pode ser classificado “em bom estado”. No caso
de apresentar uma elevação gradativa nas mesmas condições, o equipamento deve
ficar em “observação”.
Se o valor de corrente de fuga apresentar um acréscimo repentino, o
equipamento é classificado “em mau estado” e deve ser investigado mais
detalhadamente.
Para análise dos valores de corrente de fuga, em equipamento novo, ou seja,
aquele que ainda não entrou em operação, pode-se tomar para comparação os
valores encontrados nos ensaios de fábrica e valores encontrados nos ensaios
realizados sob condições similares em unidade idênticas.

ENSAIOS ELÉTRICOS EM CHAVES


SECCIONADORAS

Serão apresentados nesse capítulo os procedimentos para realização de


ensaios elétricos em chaves seccionadoras.

RELAÇÃO DE ENSAIOS

 Cadastro;
 Inspeção visual / final;
 Resistência de isolamento CC dos isoladores;
 Resistência de isolamento CC dos motores;
 Resistência de contato;
 Atuação funcional.

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RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS

 Megôhmetro;
 Microhmímetro;
 Multímetro;
 Alicate amperímetro;
 Termohigrômetro.

CADASTRO

Para o início dos ensaios elétricos é necessário o cadastro do equipamento


através de fotos de todas as placas existentes do mesmo, e preenchimento de todo
formulário específico com as informações apresentadas nas placas.

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Figura 137 - Chave Seccionadora com mecanismo de operação motorizada 230 kV

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL

Ao início e a finalização dos ensaios elétricos nas chaves seccionadoras é


necessário uma inspeção visual inicial e final, e necessário anotar qualquer não-
conformidade encontrada em um formulário específico.

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NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DOS


ISOLADORES

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC é de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do isolador se
encontre estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo mais preciso
possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente corrigidos a
uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar deve se
encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

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MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para a boa condução do ensaio os seguintes passos deverão ser seguidos:


 Antes de iniciar os ensaios efetuar uma boa limpeza nas porcelanas.
 Verificar se a chave seccionadora está bem aterrada, através da malha de
terra da subestação.
O valor da tensão CC de ensaio depende da classe de tensão nominal da
chave, sendo limitado ao valor de pico da tensão nominal CA (2 • Vrms) do
enrolamento, para evitar uma falha do isolamento devido a aplicação de uma tensão
superior a que o isolamento suporta. Geralmente utiliza-se tensão de 5 kV para
chaves de tensão maior ou igual a 13,8 kV.
Os ensaios de resistência de isolamento em chaves seccionadoras são
efetuados nas posições indicadas na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

1 RAT-M Alta contra terra AT MASSA Não conectar 5000 V

Tabela 21 - Ensaio resistência de isolamento CC de isolador da chave seccionadora

Podemos visualizar as conexões de ensaio na figura abaixo.

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Figura 138 - Conexões ensaio resistência de isolamento CC chaves seccionadoras

RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
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resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DOS


MOTORES

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC é de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do motor se
encontre estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo mais preciso
possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente corrigidos a
uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar deve se
encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;

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 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para a boa condução dos ensaios os seguintes passos deverão ser seguidos:

Desconectar os cabos dos terminais.


Devem-se curto-circuitar os terminais do motor para obter melhor distribuição
do potencial.
O valor da tensão CC de ensaio será de 500 V, sendo limitado ao valor de
pico da tensão nominal CA (2 • Vrms) do enrolamento, para evitar uma falha
do isolamento devido a aplicação de uma tensão superior à que o isolamento
suporta.

O ensaio de resistência de isolamento CC dos motores em chaves


seccionadoras e efetuado na posição indicada na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

1 RAT-M Alta contra massa AT MASSA Não conectar 500 V

Tabela 22 - Ensaio resistência de isolamento CC do motor em chave seccionadora

Podemos visualizar as conexões de ensaio na figura abaixo.

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Figura 139 - Conexões ensaio resistência de isolamento do Motor das Chaves seccionadoras

RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
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resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE CONTATO

CONSIDERAÇÕES

O ensaio de resistência de contato em chaves seccionadoras serve para


diagnóstico do estado de desgaste dos contatos do equipamento, onde são usados
equipamentos para medição direta de resistência da ordem de 1 micro-ohm (µΩ) até
50 ohms (Ω), com uma precisão de aproximadamente 0,045%. (A amplitude da
medição e precisão são características demandadas do equipamento de ensaio, não
do ensaiado. Resistências da ordem de mΩ, já são maléficas ao equipamento,
resistência da ordem de Ω representam degradação muito acentuada dos contatos).
Para execução do ensaio utiliza-se normalmente um medidor de baixa
resistência ou outro instrumento semelhante que possua uma corrente de ensaio
suficientemente alta e escala com valor de resistência baixa (da ordem de micro-
ohms).
O ensaio nos permite uma boa indicação das condições dos contatos e
determina a necessidade de uma troca ou manutenção dos mesmos. Geralmente,
as causas de um alto valor de resistência dos contatos são provocadas pelos
seguintes fatores:
 Material estranho depositado sobre os contatos,
 Contatos desajustados ou gastos,
 Conexões mal apertadas.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

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MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Micrôhmímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

O ensaio é executado na posição com a chave fechada, e os terminais de


tensão e corrente do instrumento conectados em A1 e A2, conforme figura abaixo:

Figura 140 - Ensaio resistência de contato da chave seccionadora

RECOMENDAÇÕES

Os valores admissíveis máximos de resistência de contatos são baseados


nos ensaios de fábrica e normalmente fornecidos pelo fabricante da chave. Em
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função dos valores encontrados é que se decidirá sobre a conveniência ou não de
uma inspeção, limpeza ou possível substituição e/ou regulagem dos contatos.

ENSAIO DE ATUAÇÃO FUNCIONAL

CONSIDERAÇÕES

O ensaio de atuação funcional da chave seccionadora serve para verificar


todo o funcionamento do equipamento.
Para a realização do ensaio é necessário a consulta do diagrama funcional da
chave seccionadora.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Amperímetro;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para realização do ensaio de atuação funcional é verificado os seguintes


itens:

Continuidade das fiações de comando, sinalização e intertravamento;


Funcionamento da resistência de aquecimento, lâmpada, fins de curso;
Nivelamento dos isoladores e alinhamento dos contatos;
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Simultaneidade de fechamento e abertura dos contatos;
Acionamento manual, elétrica e remoto (fechamento/abertura)
Acionamento das proteções;
Sinalização local e remota;
Intertravamentos elétricos e mecânicos;
Contatos auxiliares;
Tempo de fechamento e abertura;
Corrente do motor no fechamento e abertura;
Interligação (conferir reaperto e estado geral dos terminais nas réguas de
bornes).

Logo abaixo, está um diagrama funcional de uma chave seccionadora 230 kV,
utilizado como exemplo.

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RECOMENDAÇÕES

Quaisquer anormalidades encontradas no ensaio de atuação funcional devem


ser identificadas e anotadas para que sejam tomadas as providências necessárias
para devida correção.

ENSAIOS ELÉTRICOS EM DISJUNTORES

Serão apresentados nesse capítulo os procedimentos para realização de


ensaios elétricos em disjuntores.

RELAÇÃO DE ENSAIOS

 Cadastro;
 Inspeção visual / final;
 Resistência de isolamento CC;
 Resistência de isolamento CC dos motores;
 Isolamento CA ou Fator de potência do isolamento;
 Resistência de contato;
 Tempo de operação
 Atuação funcional.

RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS

 Megôhmetro;
 Medidor de fator de potência de isolamento;
 Microhmímetro;
 Oscilógrafo
 Multímetro;
 Alicate amperímetro;
 Termohigrômetro.

CADASTRO

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Para o início dos ensaios elétricos é necessário o cadastro do equipamento
através de fotos de todas as placas existentes do mesmo, e preenchimento de todo
formulário específico com as informações apresentadas nas placas.

Figura 141 - Placas de disjuntor 230 kV

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

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INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL

Ao início e a finalização dos ensaios elétricos nos disjuntores é necessário


uma inspeção visual inicial e final, e necessário anotar qualquer não-conformidade
encontrada em um formulário específico.

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO DC

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC é de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do disjuntor
se encontre estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo mais preciso
possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente corrigidos a
uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar deve se
encontrar abaixo de 70%.

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NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

DISJUNTORES COM CÂMERA ÚNICA

Os ensaios em disjuntores com câmera única são efetuados nas posições


indicadas na Tabela abaixo. Os ensaios devem ser repetidos para as demais fases
do disjuntor. Geralmente utiliza-se tensão de 5 kV para disjuntores de tensão maior
ou igual a 13,8 kV.

Posição do Terminais do Instrumento Isolamento


Ensaio No.
Disjuntor Line Earth Guard Medido

1 Aberto A1 A2 T A1 – A2

2 Aberto A2 T A1 A2 – T

3 Fechado A1 T -- A1 - T

Tabela 23 - Ensaios de resistência de isolamento CC de disjuntores de câmara única

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Figura 142 - Conexões disjuntor cubículo
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Figura 143 - Conexões disjuntor externo câmara única
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DISJUNTORES COM CÂMARA DUPLA

Os ensaios em disjuntores com câmera dupla são efetuados nas posições


indicadas na Tabela abaixo. Os ensaios devem ser repetidos para as demais fases
do disjuntor. Geralmente utiliza-se tensão de 5 kV para disjuntores de tensão maior
ou igual a 13,8 kV.

Posição do Terminais do Instrumento Isolamento


Ensaio No.
Disjuntor Line Earth Guard Medido

1 Aberto A3 A1 A2+T A1 – A3

2 Aberto A3 A2 A1+T A2 – A3

3 Aberto A3 T A1+A2 A3 – T

4 Fechado A1+A2 T - A1+A2 – T

Tabela 24 - Ensaios de resistência de isolamento CC de disjuntores de câmara dupla

217
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Figura 144 - Conexões disjuntor externo câmara dupla

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RECOMENDAÇÕES

Não se conhecem fatores de correção em função da temperatura, para


ensaios de resistência de isolamento em disjuntores. Por esse motivo, deve-se
procurar executá-los nas mesmas condições de temperatura e umidade, ou em
condições relativamente próximas. Todavia, para fins práticos, os ensaios devem ser
comparados independentemente de correções.
Embora os ensaios de resistência de isolamento em disjuntores não forneçam
dados que permitam verificar o comportamento de seu isolamento em relação ao
seu tempo de uso, esses ensaios são recomendados durante o comissionamento e
nas manutenções de rotina. Com efeito, se são encontrados baixos valores em um
ensaio de resistência de isolamento, esses dados podem evidenciar uma
contaminação no meio dielétrico do disjuntor e, nesse caso, as causas deverão ser
pesquisadas através de ensaios adicionais, para que sejam determinadas e
eliminadas.
De um modo geral, baixos valores de resistência de isolamento podem ser
devido ao acúmulo de impurezas nas superfícies externas dos isoladores, ou então
à concentração excessiva de umidade na parte interna. Esse último caso, embora
raro, pode ocorrer nos casos em que o disjuntor é montado completamente no
campo, em condições ambientais adversas, e onde não foram tomados cuidados
especiais no manuseio dos diversos componentes.
Embora não existam valores estatísticos, a partir dos quais se possam
estabelecer limites mínimos de resistência de isolamento, os resultados devem ser
comparados com resultados de ensaios de unidades similares, caso não se
disponha de resultados dos ensaios de fábrica, ou com resultados obtidos em
ensaios anteriores, procurando-se avaliar a velocidade relativa de deterioração do
isolamento.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DOS


MOTORES

CONSIDERAÇÕES

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Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento
recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC é de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do motor se
encontre estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo mais preciso
possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente corrigidos a
uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar deve se
encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para a boa condução dos ensaios os seguintes passos deverão ser seguidos:

Desconectar os cabos dos terminais.


Devem-se curto-circuitar os terminais do motor para obter melhor distribuição
do potencial.
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O valor da tensão CC de ensaio será de 500 V, sendo limitado ao valor de
pico da tensão nominal CA (2 • Vrms) do enrolamento, para evitar uma falha
do isolamento devido a aplicação de uma tensão superior à que o isolamento
suporta.

O ensaio de resistência de isolamento CC dos motores em disjuntores e


efetuado na posição indicada na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

1 RAT-M Alta contra massa AT MASSA Não conectar 500 V

Tabela 25 - Ensaio resistência de isolamento CC do motor em disjuntor

Podemos visualizar as conexões de ensaio na figura abaixo.

Figura 145 - Conexões ensaio resistência de isolamento do motor do disjuntor

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RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA DO ISOLAMENTO

CONSIDERAÇÕES

Um sistema de isolação ideal é aquele que submetido a uma tensão alternada


e percorrido por uma corrente de carga, não sofre perdas da isolação. O ensaio de
fator de potência do isolamento em disjuntores tem por objetivo, medir as perdas
dielétricas da isolação a fim de detectar defeitos causados por aquecimento,
depósitos de materiais estranhos, etc. Através dos valores encontrados podemos
determinar se a isolação encontra-se deteriorada ou em processo de deterioração, a
ponto de apresentar risco para o equipamento.
O ensaio de fator de potência do isolamento fornece as condições da isolação
das câmaras e proporciona também, uma indicação do estado das colunas
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isoladoras, hastes de acionamento, etc. Além de verificar a qualidade da isolação, o
fator de potência do isolamento permitirá o acompanhamento do desempenho do
disjuntor durante o tempo em que o mesmo estiver em serviço, através das
variações ocorridas em sua isolação.
Para se acompanhar o desempenho do equipamento executa-se o ensaio
segundo uma programação periódica. Considerando-se que valores elevados
determinam variações ocorridas na isolação, quanto menor for o fator de potência do
isolamento, melhor será a isolação do disjuntor.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Medidor de Fator de Potência do isolamento;


 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico

ATIVIDADE DE ENSAIO

DISJUNTORES DE CÂMARA ÚNICA

O ensaio de fator de potência do isolamento em disjuntores de câmara única


de tensão maior ou igual a 69kV. Os ensaios em disjuntores de câmara única são
efetuados nas posições indicadas na Tabela abaixo. Os ensaios devem ser
repetidos para as demais fases do disjuntor.

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Posição do Cabo Isolamento Parte ou
Ensaio Cabo LV Posição Chave
Disjuntor HV medido componentes

1 Aberto A1 A2 UST CP CÂMARA

2 Aberto A2 T GROUND CC COLUNA SUPORTE


Tabela 26 - Ensaio de fator de potência do isolamento em disjuntores de câmara única

Figura 146 - Conexões fator de potência do isolamento em disjuntores de câmara única

DISJUNTORES DE CÂMARA DUPLA

O ensaio de fator de potência do isolamento em disjuntores de câmara dupla


de tensão maior ou igual a 69kV. Os ensaios em disjuntores de câmara dupla são
efetuados nas posições indicadas na Tabela abaixo. Os ensaios devem ser
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repetidos para as demais fases do disjuntor.

Posição do Cabo Isolamento Parte ou


Ensaio Cabo LV Posição Chave
Disjuntor HV medido componentes

1 Aberto A1 A3 UST CP1 CÂMARA 1

2 Aberto A2 A3 UST CP2 CÂMARA 2


2 Aberto A3 T GROUND CC COLUNA SUPORTE
Tabela 27 - Ensaio de fator de potência do isolamento em disjuntores de câmara dupla

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Figura 147 - Conexões fator de potência do isolamento em disjuntores de câmara dupla

RECOMENDAÇÕES

Não existem até o momento, normas, que nos permitam avaliar, a partir dos
valores encontrados, as condições da isolação de um disjuntor. Em princípio, a
primeira análise deverá ser feita comparando-se os resultados obtidos com os
valores encontrados nas outras fases e/ou valores de fábrica. No caso de serem
encontrados valores duvidosos, entre uma fase e as demais fases ensaiadas,
aconselha-se repetir os ensaios e caso persistam dúvidas, recomenda-se fazer uma
consulta ao fabricante e/ou manutenção M3.
As características elétricas da maioria dos materiais isolantes variam com a
temperatura. O Fator de Potência da isolação de um modo geral cresce com o
aumento da temperatura. Devido este fenômeno, é extremamente importante
sempre que se mencionar o resultado do ensaio, mencionar também a temperatura,
que neste caso pode ser considerada igual à temperatura ambiente. Como
atualmente se desconhecem fatores de correção do Fator de Potência em função da
temperatura para os disjuntores, devem-se evitar quando possível, que os ensaios
sejam realizados em temperaturas diferentes.

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ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE CONTATO

CONSIDERAÇÕES

O ensaio de resistência de contato em disjuntores serve para diagnóstico do


estado de desgaste dos contatos do equipamento, onde são usados equipamentos
para medição direta de resistência da ordem de 1 micro-ohm (µΩ) até 50 ohms (Ω),
com uma precisão de aproximadamente 0,045%. (A amplitude da medição e
precisão são características demandadas do equipamento de ensaio, não do
ensaiado. Resistências da ordem de mΩ, já são maléficas ao equipamento,
resistência da ordem de Ω representam degradação muito acentuada dos contatos).
Para execução do ensaio utiliza-se normalmente um medidor de baixa resistência ou
outro instrumento semelhante que possua uma corrente de ensaio suficientemente
alta e escala com valor de resistência baixa (da ordem de micro-ohms).
O ensaio nos permite uma boa indicação das condições dos contatos e
determina a necessidade de uma troca ou manutenção dos mesmos. Geralmente,
as causas de um alto valor de resistência dos contatos são provocadas pelos
seguintes fatores:
 Material estranho depositado sobre os contatos,
 Contatos desajustados ou gastos,
 Conexões mal apertadas.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Microhmímetro;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
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 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico

ATIVIDADE DE ENSAIO

DISJUNTORES DE CÂMARA ÚNICA

O ensaio de resistência de contato em disjuntores de câmara única é


efetuado na posição indicada na Tabela abaixo. Os ensaios devem ser repetidos
para as demais fases do disjuntor.

Posição do Cabos de corrente Cabos de corrente Resistência de


Ensaio
Disjuntor e tensão 1 e tensão 2 Contato

1 Fechado A1 A2 CÂMARA

Tabela 28 - Ensaio de resistência de contato em disjuntores de câmara única

Figura 148 - Conexão do ensaio resistência de contato disjuntor externo de câmara única

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DISJUNTORES DE CÂMARA DUPLA

O ensaio de resistência de contato em disjuntores de câmara única é


efetuado nas posições indicadas na Tabela abaixo. Os ensaios devem ser repetidos
para as demais fases do disjuntor.

Posição do Cabos de corrente Cabos de corrente Resistência de


Ensaio
Disjuntor e tensão 1 e tensão 2 Contato

1 Fechado A1 A3 CÂMARA 1

2 Fechado A2 A3 CÂMARA 2

3 Fechado A1 A2 TOTAL

Tabela 29 - Ensaio de resistência de contato em disjuntores de câmara dupla

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Figura 149 - Conexão do ensaio resistência de contato disjuntor externo de câmara dupla

RECOMENDAÇÕES

Os valores admissíveis máximos de resistência de contatos são baseados


nos ensaios de fábrica e normalmente fornecidos pelo fabricante do disjuntor. Em
função dos valores encontrados é que se decidirá sobre a conveniência ou não de
uma inspeção, limpeza ou possível substituição dos contatos.
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Os resultados obtidos nos diversos ensaios recomendados nesta instrução,
dependendo do tipo de disjuntor e de sua classe de tensão, serão comparados com
os valores obtidos nos ensaios realizados pelos fabricantes ou recomendados por
eles. Em geral utilizam-se valores menores que 100 µΩ e/ou os valores de cada fase
não devem variar mais que 10% um do outro.

ENSAIO DE VERIFICAÇÃO DOS TEMPOS DE


OPERAÇÃO EM DISJUNTORES

CONSIDERAÇÕES

Este item estabelece os procedimentos a serem adotados para a realização


dos ensaios de verificação dos tempos de operação em disjuntores com o emprego
de um oscilógrafo. Estes ensaios visam determinar se os tempos de operação estão
de acordo com os especificados em normas e / ou garantidos pelo fabricante.
A medida dos tempos de abertura e fechamento dos contatos é importante
quando comparamos com os tempos originais de fábrica, pois fornecem uma visão
geral do estado das molas, juntas, ajustes do núcleo das bobinas, válvulas,
lubrificação, etc. Eventos que devem ser medidos:

Tempo de abertura da câmara principal (TA) – É o tempo compreendido entre


a energização da bobina de abertura e a abertura do primeiro contato (o mais
rápido) da câmara principal. Este ensaio tem por finalidade detectar o perfeito
funcionamento da bobina de abertura (ajuste do núcleo), atrito entre os
componentes móveis, ajuste de pressão da mola e ajuste das válvulas
pneumáticas ou hidráulicas.
Tempo de energização da bobina de abertura (TEA) – É o intervalo de tempo
compreendido entre a energização e a desenergização da bobina de
abertura. Este ensaio tem por finalidade verificar o perfeito funcionamento dos
contatos auxiliares do disjuntor, bem como, assegurar que a bobina não
funcionará por um longo tempo, já que a mesma não é dimensionada para
isto, evitando-se assim a sua queima.
Tempo de fechamento da câmara principal (TF) – É o tempo compreendido

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entre a energização da bobina de fechamento e o fechamento do último
contato (o mais retardado) da câmara principal. Este ensaio tem por finalidade
detectar o perfeito funcionamento da bobina de fechamento (ajuste do
núcleo), atrito, entre os componentes móveis, ajuste de pressão da mola e
ajustes das válvulas pneumáticas ou hidráulicas.
Tempo de energização da bobina de fechamento (TEF) – É o intervalo de
tempo compreendido entre a energização e a desenergização da bobina de
fechamento. Este ensaio tem por finalidade verificar o perfeito funcionamento
dos contatos auxiliares do disjuntor, bem como, assegurar que a bobina não
funcionará por longo tempo.
Simultaneidade dos contatos – É a diferença de tempo de abertura e
fechamento dos contatos do disjuntor (A discordância de tempos de abertura
e fechamento dos contatos do disjuntor não deverá ser maior que meio ciclo,
conforme estabelece a NBR 7118 - 1994).

Esses eventos devem ser verificados na fase de comissionamento e


manutenções periódicas dos disjuntores com as seguintes finalidades:

 Confirmar as características do equipamento;


 Detectar possíveis falhas que possam ocorrer no mecanismo do disjuntor,
devido o transporte e montagem;
 Fornecer dados iniciais para as futuras manutenções.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Oscilógrafo;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;

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 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

DISJUNTOR DE CÂMARA ÚNICA

As conexões do oscilógrafo ao disjuntor de câmara única podem ser


visualizadas na figura abaixo.

Figura 150 - Conexões do oscilógrafo no disjuntor de câmara única

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Figura 151 - Exemplo de uma oscilografia de um disjuntor de câmara única de 138 kV

DISJUNTOR DE CÂMARA DUPLA

As conexões do oscilógrafo ao disjuntor de câmara dupla podem ser


visualizadas na figura abaixo.

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Figura 152 - Conexões do oscilógrafo no disjuntor de câmara dupla

Figura 153 - Exemplo de duas oscilografias de um disjuntor de câmara dupla de 500 kV

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RECOMENDAÇÕES

Os resultados obtidos nos ensaios devem ser comparados com os fornecidos


pelo fabricante. Deve-se também, fazer uma comparação com os valores obtidos
para unidades semelhantes sob condições idênticas (Tensão de ensaio e pressão
de operação). Um disjuntor será considerado aprovado, se os tempos medidos nas
oscilografias, estiverem dentro das tolerâncias pré-estabelecidas.
Se os valores obtidos para um disjuntor não estão de acordo com os
fornecidos pelo fabricante, é necessário que primeiramente se faça uma verificação,
para saber se os valores de tensão e pressão utilizados no ensaio estavam corretos.
Depois, deve-se fazer um novo ensaio para confirmação. Se os valores obtidos não
estiverem de acordo com os especificados, então, devem ser feitas verificações nos
ajustes.

ENSAIO DE ATUAÇÃO FUNCIONAL

CONSIDERAÇÕES

O ensaio de atuação funcional do disjuntor serve para verificar todo o


funcionamento do equipamento.
Para a realização do ensaio é necessário a consulta do diagrama funcional do
disjuntor.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Amperímetro;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;

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 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para realização do ensaio de atuação funcional é verificado os seguintes


itens:

Continuidade das fiações de comando, sinalização e intertravamento;


Funcionamento da resistência de aquecimento, lâmpada, fins de curso;
Acionamento manual, elétrica e remoto (fechamento/abertura)
Acionamento das proteções;
Sinalização local e remota;
Intertravamentos elétricos;
Contatos auxiliares;
Corrente do motor no fechamento e abertura;
Interligação (conferir reaperto e estado geral dos terminais nas réguas de
bornes).

Logo abaixo, está um diagrama funcional de um disjuntor 138 kV, utilizado


como exemplo.

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RECOMENDAÇÕES

Quaisquer anormalidades encontradas no ensaio de atuação funcional devem


ser identificadas e anotadas para que sejam tomadas as providências necessárias
para devida correção.

ENSAIOS ELÉTRICOS EM TRANSFORMADORES


DE POTÊNCIA

Serão apresentados nesse capítulo os procedimentos para realização de


ensaios elétricos em transformadores de potência.

RELAÇÃO DE ENSAIOS

 Cadastro;
 Inspeção visual / final;
 Resistência de isolamento CC;
 Resistência de isolamento CC do núcleo;
 Resistência de isolamento CC dos motorventiladores;
 Resistência de isolamento CC dos TC´s de bucha;
 Isolamento CA ou Fator de potência do isolamento;
 Isolamento CA ou Fator de potência do isolamento da bucha;
 Resistência ôhmica dos enrolamentos (todos os taps);
 Resistência ôhmica dos enrolamentos dos TC´s de bucha;
 Relação de transformação/polaridade (todos os taps);
 Relação de transformação/polaridade dos TC´s de bucha;
 Calibração de temperatura;
 Calibração da imagem térmica;
 Corrente de excitação com tensão reduzida (todos os taps);
 Atuação funcional.

RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS

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 Megôhmetro;
 Medidor do fator de potência do isolamento;
 Micrôhmimetro;
 TTR;
 Variac;
 Alicate amperímetro;
 Multímetro;
 Caixa de corrente;
 Calibrador de temperatura
 Termohigrômetro.

CADASTRO
Para o início dos ensaios elétricos é necessário o cadastro do equipamento
através de fotos de todas as placas existentes do mesmo, e preenchimento de todo
formulário específico com as informações apresentadas nas placas.

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Figura 154 - Placa de um transformador de potência 138/345 kV – 12,5/15 MVA

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Figura 155 - Placa da bucha 138 kV

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL

Ao início e a finalização dos ensaios elétricos nos transformadores de


potência é necessário uma inspeção visual inicial e final, e necessário anotar
qualquer não-conformidade encontrada em um formulário específico.

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

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MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
Geralmente, quando não é disponível um Megôhmetro de 10 kV, é utilizado o
Megôhmetro de 5 kV para testar transformadores e/ou reguladores de tensão maior
ou igual a 13,8 kV.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC de cada enrolamento
será de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do
transformador encontre-se estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo
mais preciso possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente
corrigidos a uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar
deve se encontrar abaixo de 70%.
Se o transformador se encontra em serviço, o ensaio só deve ser iniciado
uma hora após o seu desligamento, tempo necessário para que o transformador se
estabilize termicamente.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas

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MATERIAL E INTRUMENTOS NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Antes dos ensaios deve-se curto-circuitar os terminais de um mesmo


enrolamento para obter melhor distribuição do potencial, como mostrado na figura
abaixo.

Figura 156 - Preparação para ensaio de resistência de isolamento CC no transformador

TRANSFORMADOR DE DOIS ENROLAMENTOS

Os transformadores de dois enrolamentos são compostos basicamente de


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três isolamentos, mostrados na figura abaixo e assim identificados:

 RAT-BT – Isolamento entre os enrolamentos de alta e baixa tensão.


 RAT-M – Isolamento entre os enrolamentos de alta tensão e terra.
 RBT-M – Isolamento entre os enrolamentos de baixa tensão e terra.

Figura 157 - Resistência de isolamento transformadores 2 enrolamentos

Os ensaios de resistência de isolamento em transformadores de potência de


2 enrolamentos são efetuados nas posições indicadas na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES
ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD

1 RAT-BT Alta contra baixa com terra em GUARD AT BT MASSA

2 RAT-M Alta contra terra com baixa em GUARD AT MASSA BT

3 RBT-M Baixa contra terra com alta em GUARD BT MASSA AT

Tabela 30 - Ensaio resistência de isolamento CC transformador 2 enrolamentos

Podemos visualizar as conexões de ensaio na figura abaixo.

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Figura 158 - Conexões ensaio resistência de isolamento CC transformador 2 enrolamentos

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TRANSFORMADOR DE TRÊS ENROLAMENTOS

Os transformadores de três enrolamentos são compostos basicamente de


seis isolamentos, mostrados na figura abaixo e assim identificados:

 RAT-BT – Isolamento entre os enrolamentos de alta e baixa tensão


 RAT-MT – Isolamento entre os enrolamentos de alta tensão e média
tensão
 RMT-BT – Isolamento entre os enrolamentos de média tensão e baixa
tensão
 RAT-M – Isolamento entre o enrolamento de alta tensão e terra
 RBT-M – Isolamento entre o enrolamento de baixa tensão e terra
 RMT-M – Isolamento entre o enrolamento de média tensão e terra

Figura 159 - Resistência de isolamento transformadores 3 enrolamentos

Os ensaios de resistência de isolamento em transformadores de potência de


3 enrolamentos são efetuados nas posições indicadas na tabela abaixo.

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ISOLAMENTO CONEXÕES
ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINEEARTH GUARD

1 RAT-BT Alta contra baixa com média e terra em GUARD AT BT MT+MASSA

2 RAT-MT Alta contra média com baixa e terra em GUARD AT MT BT+MASSA

3 RMT-BT Média contra baixa com alta e terra em GUARD MT BT AT+MASSA

4 RAT-M Alta contra terra com baixa emédia em GUARD AT MASSA MT+BT

5 RBT-M Baixa contra terra com alta e média em GUARD BT MASSA AT+MT

6 RMT-M Média contra terra com alta e baixa em GUARD MT MASSA AT+BT

Tabela 31 - Ensaio resistência de isolamento CC transformador 3 enrolamentos

Podemos visualizar as conexões de ensaio nas figuras abaixo.

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Figura 160 - Conexões ensaios 1, 2 e 3 transformadores 3 enrolamentos

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Figura 161 - Conexões ensaios 4, 5 e 6 transformadores 3 enrolamentos

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REGULADORES TRIFÁSICOS (AUTOTRANSFORMADORES)

Os reguladores trifásicos (autotransformadores) consistem de um


enrolamento com derivação, tendo em alguns casos um enrolamento terciário
independente. Os autotransformadores poderão ser ensaiados por um dos seguintes
métodos:
Caso não haja enrolamento terciário, ou se este não tiver os terminais
acessíveis, o ensaio é feito conectando-se o cabo de alta tensão (LINE) do
instrumento aos terminais curto-circuitados, sendo o cabo de baixa tensão (EARTH)
do instrumento ligado à carcaça aterrada do tanque do transformador.
Caso haja enrolamento terciário com os terminais acessíveis, os ensaios são
efetuados do mesmo modo que um transformador de dois enrolamentos,
considerando que os terminais de carga (L - Load) e fonte (S – Source) deverão ser
curto-circuitados, constituindo um único enrolamento (alta tensão) e o enrolamento
terciário constituindo o outro enrolamento (baixa tensão).
Os reguladores trifásicos (autotransformadores) sem terciário são compostos
basicamente por um isolamento, mostrado na figura abaixo e assim identificados:

 RAT-M – Isolamento entre os enrolamentos de alta tensão e terra.

Figura 162 - Resistência do isolamento reguladores (autotransformadores)

Os ensaios de resistência de isolamento de reguladores


(autotransformadores) são efetuados nas posições indicadas na tabela abaixo.

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ISOLAMENTO CONEXÕES
ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD

1 RAT-M Alta contra terra AT MASSA Não conectar

Tabela 32 - Ensaio resistência de isolamento CC regulador (autotransformador)

Podemos visualizar as conexões de ensaio na abaixo.

Figura 163 - Conexões ensaio resistência de isolamento CC regulador (autotransformador)

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO

Os valores da resistência de isolamento variam sensivelmente dependendo


do projeto do transformador e/ou regulador trifásico (autotransformador), dos
materiais isolantes usados, da temperatura do material da resistência e de outros
fatores. Uma simples medição sem valores de referência, geralmente só identifica se
existem falhas (curtos entre enrolamentos ou entre um enrolamento e a massa) no
isolamento.
Para se certificar se as partes isolantes absorveram umidade, existem vários

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critérios, baseados em fórmulas empíricas ou dados estatísticos. Os critérios e a
interpretação dos valores encontrados variam de acordo com a prática e a
experiência dos usuários. O critério citado em seguida é considerado como
orientação genérica e os valores de referência neles obtidos não representam
valores limites absolutos, mas sim de ordem de grandeza. Valores
consideravelmente mais baixos, desde que estáveis em relação a medidas
anteriores, em condições idênticas, não indicam necessariamente irregularidades no
isolamento, embora seja aconselhável tentar elevar a resistência por secagem do
transformador e/ou regulador trifásico (autotransformador).
Por outro lado, valores maiores do que os obtidos pelos critérios dados a
seguir, não representam uma garantia quanto ao comportamento do isolamento se
os mesmos forem inferiores aos valores obtidos em medições anteriores em
condições idênticas.
Desta forma, verifica-se que o valor absoluto da resistência de isolamento não
tem muito significado, sendo boa prática a sua medição periódica e a comparação
com resultados anteriores, convertidos sempre a uma mesma temperatura. Se forem
constatadas alterações é provável que problemas estejam para ocorrer.

Critério I (NBR 7036)

 Para transformadores e/ou reguladores trifásicos


(autotransformadores) à temperatura de operação de cerca de 60°C:
Cerca de 1MΩ por kV da classe de isolamento.
 Para transformadores e/ou reguladores trifásicos
(autotransformadores) à temperatura de operação de cerca de 30°C:
Cerca de 1MΩ por kV da classe de isolamento.

RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.

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A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DOS


MOTORVENTILADORES

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC é de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do motor se
encontre estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo mais preciso
possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente corrigidos a
uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar deve se
encontrar abaixo de 70%.

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NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para a boa condução dos ensaios os seguintes passos deverão ser seguidos:

Desconectar os cabos dos terminais.


Devem-se curto-circuitar os terminais do motor para obter melhor distribuição
do potencial.
O valor da tensão CC de ensaio será de 500 V, sendo limitado ao valor de
pico da tensão nominal CA (2 • Vrms) do enrolamento, para evitar uma falha
do isolamento devido a aplicação de uma tensão superior à que o isolamento
suporta.
O ensaio de resistência de isolamento CC dos motoresventiladores é
efetuado na posição indicada na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

1 RAT-M Alta contra massa AT MASSA Não conectar 500 V

Tabela 33 - Ensaio resistência de isolamento CC do motor em chave seccionadora

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Podemos visualizar as conexões de ensaio na figura abaixo.

Figura 164 - Conexões ensaio resistência de isolamento dos motorventiladores

RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
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de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DOS


TC´S DE BUCHA

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC é de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do
equipamento se encontre estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo
mais preciso possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente
corrigidos a uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar
deve se encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;

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 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

No caso do transformador de corrente tipo bucha, as medições da resistência


de isolamento CC do primário para o secundário ou pontos aterrados são
executadas quando se ensaia o equipamento do qual o transformador de corrente
faz parte, por isso é suficiente medir o isolamento CC do secundário para a terra.
O ensaio de resistência de isolamento CC em transformadores de corrente de
bucha é efetuado na posição indicada na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

1 RBT-M Baixa contra terra BT MASSA - 500V

Tabela 34 - Ensaio resistência de isolamento CC transformador de corrente tipo bucha

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Figura 165 - Conexões do ensaio de resistência de isolamento CC do secundário contra
massa do transformador de corrente de bucha

RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
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de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DO


NÚCLEO

CONSIDERAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento recomenda-se utilizar,


preferencialmente um Megôhmetro. A duração do ensaio de resistência de
isolamento CC do núcleo é de 1 minuto e a tensão aplicada é de 1000V.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do núcleo se
encontre estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo mais preciso
possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente corrigidos a
uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar deve se
encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

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Neste ensaio será medido a resistência de isolamento do núcleo, armadura e
massa do transformador. O ensaio terá a duração de 1 minuto e é efetuado na
posição indicada na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

1 RN-M Núcleo contra terra N MASSA - 1000V

Núcleo contra Armadura do


2 RN-RARM.AT N ARM.AT ARM.BT 1000V
enrolamento de alta tensão

Núcleo contra Armadura do


3 RN-RAMR.BT N ARM.BT ARM.AT 1000V
enrolamento de baixa tensão

RARMD.AT- Armadura do enrolamento de alta


4 tensão contra Armadura do ARM.AT ARM.BT N 1000V
RARM.BT
enrolamento de baixa tensão
Armadura do enrolamento de alta
5 RARMD.AT-M ARM.AT MASSA - 1000V
tensão contra terra

Armadura do enrolamento de
6 RARM.BT-M ARM.BT MASSA - 1000V
baixa tensão contra terra

Tabela 35 - Ensaio resistência de isolamento CC do núcleo do transformador

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Figura 166 – Ensaios 1, 2 e 3 do núcleo do transformador
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Figura 167 - Ensaios 4, 5 e 6 do núcleo do transformador

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RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA DO ISOLAMENTO E


OU FATOR DE DISSIPAÇÃO

CONSIDERAÇÕES

Um sistema de isolação ideal é aquele que submetido a uma tensão alternada


e percorrido por uma corrente de carga, não sofre perdas da isolação. O ensaio de
Fator de Potência / Fator de Dissipação tem por objetivo, medir as perdas dielétricas
da isolação a fim de detectar defeitos causados por aquecimento, depósitos de
materiais estranhos, etc.
Perdas dielétricas elevadas indicam que o transformador e/ou regulador
trifásico (autotransformador) sofreu uma degradação do isolamento, geralmente
provocada pelos seguintes fatores: esforços mecânicos; alto teor de umidade;
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sobreaquecimento e sobretensões. Além de verificar a qualidade do isolamento,
valores continuamente estáveis de fator de potência indicam um bom desempenho
de equipamento.
Em suas buchas, que podem ocasionar perdas dielétricas acentuadas. Deve
ser realizada, também uma limpeza das buchas do equipamento, com pano
apropriado, seco ou embebido em solvente. Através dos valores encontrados
podemos determinar se a isolação encontra-se deteriorada ou em processo de
deterioração, a ponto de apresentar risco para o equipamento. Considerando-se que
valores elevados determinam variações ocorridas na isolação, quanto menor for o
Fator de Potência / Fator de Dissipação, melhor será a isolação do transformador.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Medidor do fator de potência do isolamento;


 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Antes dos ensaios devem-se curto-circuitar os terminais de um mesmo


enrolamento para obter melhor distribuição do potencial, como mostrado na figura
abaixo.

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Figura 168 - Preparação para ensaio de fator de potência do isolamento

TRANSFORMADOR DE DOIS ENROLAMENTOS

Os transformadores de dois enrolamentos são compostos basicamente de


três isolamentos, mostrados na figura 10 e assim identificados:

 CA – Isolamento entre o enrolamento de alta tensão e terra.


 CB – Isolamento entre o enrolamento de baixa tensão e terra.
 CAB – Isolamento entre os enrolamentos de alta tensão e baixa
tensão.

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Figura 169 - Isolamento Transformador 2 enrolamentos

Embora os isolamentos estejam distribuídos ao longo dos enrolamentos do


transformador, eles são mostrados no esquema em forma de capacitores para
melhor visualização.
Os ensaios de fator de potência / fator de dissipação do isolamento para
transformadores de 2 enrolamentos são efetuados nas posições indicadas na tabela
abaixo.

CONEXÕES CHAVE ISOLAMENTO


ENSAIO
SELETORA MEDIDO
CABO HV CABO LV
1 Alta (AT) Baixa (BT) GROUND CA + CAB
2 Alta (AT) Baixa (BT) GUARD CA
3 Alta (AT) Baixa (BT) UST CAB
4 Baixa (BT) Alta (AT) GROUND CB + CAB
5 Baixa (BT) Alta (AT) GUARD CB
6 Baixa (BT) Alta (AT) UST CAB
Tabela 36 - Ensaio Fator de Potência transformador 2 enrolamentos

Comparação dos valores encontrados para verificação se o ensaio foi


executado corretamente:
 Ensaio 1 – Ensaio 2 = Ensaio 3
 Ensaio 4 – Ensaio 5 = Ensaio 6
 Ensaio 6 = Ensaio 3
Podemos visualizar as conexões de ensaio nas figuras abaixo.
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Figura 170 - Conexões ensaios 1, 2 e 3

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Figura 171 - Conexões ensaios 4, 5 e 6
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TRANSFORMADOR DE TRÊS ENROLAMENTOS

Os transformadores de três enrolamentos são compostos basicamente de


seis isolamentos, mostrados na figura abaixo e assim identificados:

 CA – Isolamento entre o enrolamento de alta tensão e terra


 CM – Isolamento entre o enrolamento de média tensão e terra
 CB – Isolamento entre o enrolamento de baixa tensão e terra
 CAB – Isolamento entre os enrolamentos de alta tensão e baixa tensão
 CAM – Isolamento entre os enrolamentos de alta tensão e média
tensão
 CMB – Isolamento entre os enrolamentos de média tensão e baixa
tensão

Figura 172 - Isolamento Transformador 3 enrolamentos

Os ensaios de fator de potência / fator de dissipação do isolamento para


transformadores de 3 enrolamentos são efetuados nas posições indicadas na tabela
abaixo.

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ENSAIO CONEXÕES POSIÇÃO DA ISOLAMENTO
No CABO HV CABO LV SELETORA MEDIDO

1 Alta (AT) Baixa (BT) GROUND CA+CAB

2 Alta (AT) Baixa (BT) GUARD CA

3 Alta (AT) Baixa (BT) UST CAB

4 Alta (AT) Média (MT) GROUND CA+CAM

5 Alta (AT) Média (MT) GUARD CA

6 Alta (AT) Média (MT) UST CAM

7 Baixa (BT) Alta (AT) GROUND CB+CBA

8 Baixa (BT) Alta (AT) GUARD CB

9 Baixa (BT) Alta (AT) UST CBA

10 Média (MT) Baixa (BT) GROUND CM + CMB

11 Média (MT) Baixa (BT) GUARD CM

12 Média (MT) Baixa (BT) UST CMB


Tabela 37 - Ensaio Fator de Potência transformador 3 enrolamentos

Comparação dos valores encontrados para verificação se o ensaio foi


executado corretamente:

 Ensaio 1 – Ensaio 2 = Ensaio 3


 Ensaio 4 – Ensaio 5 = Ensaio 6
 Ensaio 7 – Ensaio 8 = Ensaio 9
 Ensaio 10 – Ensaio 11 = Ensaio 12
 Ensaio 2 = Ensaio 5
 Ensaio 3 = Ensaio 9

Podemos visualizar as conexões de ensaio nas figuras abaixo.

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Figura 173 - Conexões Fator de Potência ensaios 1, 2 e 3
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Figura 174 - Conexões Fator de Potência ensaios 4, 5 e 6
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Figura 175 - Conexões Fator de Potência ensaios 7, 8 e 9

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Figura 176 - Conexões Fator de Potência ensaios 10,11 e 12

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REGULADORES TRIFÁSICOS (AUTOTRANSFORMADORES)

Os reguladores trifásicos (autotransformadores) consistem de um


enrolamento com derivação, tendo em alguns casos um enrolamento terciário
independente. Os autotransformadores poderão ser ensaiados por um dos seguintes
métodos:
Caso haja enrolamento terciário com os terminais acessíveis, os ensaios são
efetuados do mesmo modo que um transformador de dois enrolamentos,
considerando:

 Os terminais de carga (L - Load) e fonte (S – Source) deverão ser


curto-circuitados, constituindo um único enrolamento (alta tensão);
 O enrolamento terciário constituirá então o outro enrolamento (baixa
tensão).

Os reguladores trifásicos (autotransformadores) sem terciário são compostos


basicamente por um isolamento, mostrados na figura abaixo e assim identificado:

 CA – Isolamento entre os enrolamentos de alta tensão e terra.

Figura 177 - Isolamento regulador trifásico (autotransformador)

Os ensaios de fator de potência/fator de dissipação do isolamento para


reguladores são efetuados nas posições indicadas na tabela abaixo.

CONEXÕES CHAVE ISOLAMENTO


ENSAIO
SELETORA MEDIDO
CABO HV CABO LV
1 Alta - GROUND CA
Tabela 38 - Ensaio Fator de Potência regulador

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Podemos visualizar as conexões de ensaio na figura abaixo.

Figura 178 - Conexões Fator de Potência Regulador

RECOMENDAÇÕES

Para efetuar a análise dos resultados do ensaio de perdas dielétricas, é


importante conhecer a temperatura durante a realização do ensaio. Os valores de
Fator de Potência/fator de dissipação encontrados devem ser corrigidos a uma base
de temperatura de 20ºC, através da equação abaixo:

‫ܲܨ‬ଶ଴ ൌ ‫ ܭ‬ൈ ‫ܲܨ‬௠ ௘ௗ

onde:
FP20 = Fator de Potência/fator de dissipação corrigido a 20ºC;
FPmed = Fator de Potência/fator dissipação medido à temperatura;
K = Fator de correção prescrito na tabela abaixo;

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TRANSFORMADR DE TRANSFORMADR DE
TEMPERATURA TEMPERATURA
INSTRUMENTOS A INSTRUMENTOS A
°C °F ÓLEO °C °F ÓLEO
0 32,0 1,67 25 77,0 0,83
1 33,8 1,64 26 78,8 0,80
2 35,6 1,61 27 80,6 0,77
3 37,4 1,58 28 82,4 0,74
4 39,2 1,55 29 84,2 0,71
5 41,0 1,52 30 86,0 0,69
6 42,8 1,49 31 87,8 0,67
7 44,6 1,46 32 89,6 0,65
8 46,4 1,43 33 91,4 0,62
9 48,2 1,40 34 93,2 0,60
10 50,0 1,37 35 95,0 0,58
11 51,8 1,34 36 96,8 0,56
12 53,6 1,30 37 98,6 0,54
13 55,4 1,27 38 100,4 0,52
14 57,2 1,23 39 102,2 0,50
15 59,0 1,19 40 104,0 0,48
16 60,8 1,16 41 105,8 0,47
17 62,6 1,12 42 107,6 0,45
18 64,4 1,08 43 109,4 0,44
19 66,2 1,04 44 111,2 0,42
20 68,0 1,00 45 113,0 0,41
21 69,8 0,97
22 71,6 0,93
23 73,4 0,90
24 75,2 0,86
Tabela 39 - Fatores de correção para temperatura de 20°C

Não existe até o momento, padrões definidos para classificação do


isolamento de transformadores imersos em óleo, com base no fator de perdas
elétricas. De acordo com pesquisas realizadas por fabricantes de instrumentos para
ensaio de fator de potência, chegou-se à conclusão que transformadores
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apresentando um valor de Fator de Potência / fator de dissipação menor ou igual a
1% à 20ºC, podem ser considerados como funcionamento normal. Entretanto a
melhor referência para a avaliação dos resultados é a comparação com os valores
obtidos nos ensaios similares em condições idênticas.

ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA DE ISOLAMENTO EM


BUCHAS

CONSIDERAÇÕES

O teste de fator de potência / fator de dissipação pode ser considerado o


indicador mais confiável de umidade das buchas. Um aumento de fator de potência /
fator de dissipação evidencia uma mudança das características do dielétrico e essa
mudança, para valores sempre maiores, evidencia uma condição potencial de falha
em evolução.
Valores continuamente estáveis de fator de potência / fator de dissipação
indicam que as partes internas das buchas estão em boas condições.
Como se pretende medir perdas dielétricas do isolamento interno, antes
de iniciar o ensaio, a bucha deve ser limpa, de preferência com um pano apropriado,
seco ou embebido em solvente.
A bucha deve ser previamente inspecionada para se ter certeza da
inexistência de trincas e rachaduras, que ocasionam perdas dielétricas elevadas.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Medidor do fator de potência do isolamentO;


 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
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 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

O ensaio (U.S.T) se aplica às buchas providas de “Tap Capacitivo” ou de


Tap para Fator de Potência. O ensaio consiste na medida das Perdas Dielétricas
entre o condutor central da bucha e o “Tap Capacitivo”.
O resultado deste ensaio indica as condições do isolamento principal da
bucha independente dos enrolamentos do transformador, barramentos, etc..., que
possam estar ligados à bucha durante o ensaio.
Podemos observar a sequência de conexões na tabela abaixo e o
esquema de ligações na figura abaixo.
Aplicar a tensão de ensaio, e em seguida efetuar as leituras de perdas
dielétricas e capacitância (C1).

CONEXÕES CHAVE
ENSAIO
SELETORA
CABO HV CABO LV

CONDUTOR CENTRAL DA TAP CAPACITIVO


1 UST
BUCHA OU TAP DE FATOR DE POTÊNCIA

Tabela 40 - Conexões fator de potência Bucha Tap Capacitivo

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Figura 179 - Conexões Fator de Potência da bucha

RECOMENDAÇÕES

Os valores limites admissíveis no ensaio de fator de potência de


isolamento são em função do tipo de bucha e de sua tensão nominal.
Para avaliação dos resultados, os valores encontrados nos ensaios
deverão ser comparados com os valores obtidos em ensaios anteriores, com valores
fornecidos pelo fabricante e com os dados de placa.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DOS ÔHMICA


ENROLAMENTOS

CONSIDERAÇÕES

Devido à simplicidade de execução e maior precisão conseguida o método da


Ponte é o mais recomendado para ensaios no campo.
Os ensaios de resistência ôhmica dos enrolamentos exigem um tempo
razoavelmente longo para permitir que o enrolamento sob ensaio seja carregado.
Quando se tratar de enrolamento com derivações, as medições deverão ser
efetuadas em todas as posições dos taps.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.
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MATERIAL NECESSÁRIO

 Microhmímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Os ensaios de resistência ôhmica dos enrolamentos exigem um tempo


razoavelmente longo para permitir que o enrolamento sob ensaio seja carregado.
Quando a ligação dos enrolamentos for em estrela, com neutro acessível,
conforme figura abaixo, as medições deverão ser executadas em cada fase
separadamente, ou seja, entre os terminais:

 H3 (X3) – H0 (X0)
 H2 (X2) – H0 (X0)
 H1 (X1) – H0 (X0)

Figura 180 - Ligação em estrela com neutro acessível

No caso de enrolamentos ligados em estrela sem neutro acessível, as


medições deverão ser executadas sucessivamente entre cada par de terminais e a
resistência equivalente será obtida do seguinte modo:

288
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R12, R23 e R31 designam respectivamente, as resistências medidas
entre os terminais 1-2, 2-3 e 3-1, conforme figura abaixo.

Figura 181 - Ligação em estrela sem neutro acessível

Para enrolamento em Delta:

 H1 (X1) – H2 (X2)
 H2 (X2) – H3 (X3)
 H1 (X1) – H3 (X3)

Figura 182 - Ligação em Delta

289
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Para realização do ensaio fazer a ligação da ponte aos terminais dos
enrolamentos conforme a figura abaixo e logo após fazer a leitura do valor de
resistência.

Figura 183 - Ensaio elétrico de resistência de enrolamento com método ponte

RECOMENDAÇÕES

Os valores de resistência ôhmica encontrados deverão ser corrigidos à


temperatura de referência do fabricante, normalmente 75ºC, aplicando-se a seguinte
fórmula:

‫ ܭ‬൅ ܶோ௘௙
ܴோ௘௙ ൌ ܴெ ௘ௗ
‫ ܭ‬൅ ܶெ ௘ௗ

RRef = Resistência do enrolamento, corrigida à temperatura de referência TRef,


em OHMS;
RMed = Resistência do enrolamento obtida no ensaio, em OHMS;
TRef = Temperatura de referência, normalmente 75ºC;
TMed = Temperatura do enrolamento quando a resistência for medida, em
graus Celsius;
K = Constante característica do material do enrolamento,
onde:
K=234,5 – cobre puro 100%;

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K=242 – cobre à 97,3%;
K=225 – alumínio;

As resistências obtidas devem ser comparadas com resultados anteriores ou


com dados do fabricante, tendo-se o cuidado de utilizar as correções de temperatura
a uma mesma base (normalmente 75 °C).
Em caso de discordâncias maiores que 5%, deve ser pesquisada a existência de
anormalidades tais como: espiras em curto, número incorreto de espiras, dimensões
incorretas do condutor e outros. Neste sentido, é importante que haja o histórico das
medidas efetuadas.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS


ENROLAMENTOS DOS TC´S DE BUCHA

CONSIDERAÇÕES

Devido à simplicidade de execução e maior precisão conseguida o método da


Ponte é o mais recomendado para ensaios elétricos no campo.
O Método da Ponte utiliza a medição direta da resistência ôhmica utilizando a
Ponte Kelvin ou microhmímetro.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Microhmímetro;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.
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ATIVIDADE DE ENSAIO

Os ensaios de resistência ôhmica dos enrolamentos exigem um tempo


razoavelmente longo para permitir que o enrolamento sob ensaio seja carregado.
Quando se tratar de enrolamento com derivações, as medições deverão ser
efetuadas em todas as posições.

MÉTODO DA PONTE – (PONTE KELVIN OU


MICROHMÍMETRO DIGITAL)

-Fazer a ligação da ponte aos terminais dos enrolamentos conforme a figura


abaixo e logo após fazer a leitura do valor de resistência.

Figura 184 - Ensaio elétrico de resistência de enrolamento com método ponte

RECOMENDAÇÕES

Os valores de resistência ôhmica encontrados deverão ser corrigidos à


temperatura de referência do fabricante, normalmente 75ºC, aplicando-se a seguinte
fórmula:

‫ ܭ‬൅ ܶோ௘௙
ܴோ௘௙ ൌ ܴெ ௘ௗ
‫ ܭ‬൅ ܶெ ௘ௗ

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RRef = Resistência do enrolamento, corrigida à temperatura de referência TRef,
em OHMS;
RMed = Resistência do enrolamento obtida no ensaio, em OHMS;
TRef = Temperatura de referência, normalmente 75ºC;
TMed = Temperatura do enrolamento quando a resistência for medida, em
graus Celsius;
K = Constante característica do material do enrolamento,
onde:
K=234,5 – cobre puro 100%;
K=242 – cobre à 97,3%;
K=225 – alumínio;

As resistências obtidas devem ser comparadas com resultados anteriores ou


com dados do fabricante, tendo-se o cuidado de utilizar as correções de temperatura
a uma mesma base (normalmente 75 °C).
Em caso de discordâncias maiores que 5%, deve ser pesquisada a existência
de anormalidades tais como: espiras em curto, número incorreto de espiras,
dimensões incorretas do condutor e outros. Neste sentido, é importante que haja o
histórico das medidas efetuadas.

ENSAIO RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO

CONSIDERAÇÕES

A medição da relação de transformação de um transformador é padronizada


como ensaio de rotina e como teste básico em programas de manutenção
preventiva em transformadores, reparados ou submetidos a reformas ou, ainda, no
comissionamento das unidades. A sua importância se prende ao fato de que um
acompanhamento efetivo poderá indicar a presença de problemas, bem como, a
adaptabilidade do transformador ao sistema que se insere (por exemplo, na
operação em paralelo).
Os métodos mais frequentemente são empregados para a obtenção da
relação de transformação de um transformador são o do voltímetro e o da medição
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da relação de espiras através de um equipamento construído especificamente para
este fim. É claro que qualquer um deles deve oferecer valores suficientemente
precisos para que sejam válidos para os propósitos citados.
Em ambas as metodologias se verifica que existem erros e incertezas em
seus empregos e resultados. Neste aspecto, o método do voltímetro é restritivo em
muitos casos, principalmente quando são aplicadas tensões reduzidas em relação à
nominal. Por sua vez, a aplicação do medidor de relação de espiras a
transformadores trifásicos apresenta várias nuances que podem levar a enganos.
Em função do exposto e visando a diminuir a taxa de incerteza na utilização
dos dados de ensaio, efetua-se uma análise crítica dos erros inerentes aos métodos
e apresentam-se procedimentos adequados para minimizá-los.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL NECESSÁRIO

 TTR;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

A relação do número de espiras (KN) e a de transformação ou de tensões (K)


nos transformadores monofásicos são iguais numericamente, em termos práticos.
Nos trifásicos, entretanto, podem diferir conforme as conexões dos
enrolamentos envolvidos, como mostrado na tabela abaixo.

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Ligação Dd Dy Dz Yy Yd Yz
3 ‫ܭ‬ √3
‫ܭ‬௡ = ‫ܭ‬ √3‫ܭ‬ ‫ܭ‬ ‫ܭ‬ ‫ܭ‬
2 √3 2
Tabela 41 - Valores de Kn em função de K para as diversas conexões

Portanto, quaisquer medições da relação do número de espiras para se obter


a de transformação nos transformadores trifásicos devem considerar tais valores.
A sigla TTR (iniciais de Transformer Turn Ratio) tornou-se sinônimo de
equipamentos para medição da relação de transformação.
A conexão do equipamento às buchas do transformador a ser testado é
executada através de quatro conectores, sendo:

 Dois conectores, normalmente, denominados “X“, para serem ligados


nos enrolamentos de baixa tensão do transformador sob teste. Um
destes possui a marcação de polaridade e será designado neste texto
por “SP” e, o outro, “SN”. São os terminais de excitação;
 Dois conectores, normalmente, denominados “H” para serem ligados
aos enrolamentos de alta tensão do transformador sob teste. Um deles
possui a marcação de polaridade e será designado neste texto por “JP”
e, o outro, “JN”.

Para que seja feita a medição correta, deve-se conhecer previamente quais
são as bobinas indutoras que serão ligadas aos terminais de excitação do TTR (SP
e SN), e as respectivas bobinas induzidas cujos terminais serão ligados a JP e JN.
Verifica-se, entretanto, que uma mesma conexão admite formas distintas de
ligação (caso das conexões delta e zig-zag), o que pode resultar em diferentes
defasamentos entre as tensões primárias e secundárias.
Tal situação pode levar a valores falsos quando se emprega o TTR,
considerando-se apenas as marcações das buchas, o que é bastante comum.
Mesmo seguindo as instruções dos fabricantes existem casos onde é possível
a obtenção de leituras, porém com a presença de erros inadmissíveis.
A forma mais simples de executar medidas corretas com o TTR é construir os
diagramas fasoriais de tensões do transformador. Com tal diagrama, verificam-se

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quais as buchas de BT e de AT são correspondentes, ligando-se a elas os
conectores “SN - SP” e “JN — JP”, respectivamente, respeitando-se a polaridade.
Ele, normalmente, vem estampado na placa do transformador.
As tabelas e figuras a seguir fornecem os procedimentos para o emprego
correto do equipamento nos transformadores trifásicos.

TRANSFORMADOR COM NEUTRO ACESSÍVEL

Conexão Defas. Ang.-> 0 6


Terminais TTR 1° 2° 3° 1° 2° 3°
SN X0 X0 X0 X0 X0 X0
Yy SP X1 X2 X3 X1 X2 X3
JN H0 H0 H0 H1 H2 H3
JP H1 H2 H3 H0 H0 H0
Defas. Ang.-> 1 11 5 7
Terminais TTR 1° 2° 3° 1° 2° 3° 1° 2° 3° 1° 2° 3°
SN X0 X0 X0 X0 X0 X0 X0 X0 X0 X0 X0 X0
Dy
SP X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3
JN H3 H1 H2 H2 H3 H1 H1 H1 H2 H1 H2 H3
JP H1 H2 H3 H1 H2 H3 H2 H3 H1 H3 H1 H2
Defas. Ang.-> 1 11 5 7
Terminais TTR 1° 2° 3° 1° 2° 3° 1° 2° 3° 1° 2° 3°
SN X2 X3 X1 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X2 X3 X1
Yd
SP X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3
JN H0 H0 H0 H0 H0 H0 H1 H2 H3 H1 H2 H3
JP H1 H2 H3 H1 H2 H3 H0 H0 H0 H0 H0 H0
Tabela 42 - Aplicações dos terminais do TTR às buchas de transformadores com neutro
acessível

A figura abaixo exemplifica o uso da tabela para um transformador Dy1


(Destaque em amarelo).

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Figura 185 - Aplicações dos terminais do TTR às buchas de um transformador Dy1 sob teste

TRANSFORMADORES COM CONEXÃO Dd

Defas. Ang.-> 0 2 10
Terminais TTR 1° 2° 3° 1° 2° 3° 1° 2° 3°
SN X3 X1 X2 X2 X3 X1 X2 X3 X1
SP X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3
JN H3 H1 H2 H3 H1 H2 H2 H3 H1
JP H1 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H2 H3
Defas. Ang.-> 4 6 8
Terminais TTR 1° 2° 3° 1° 2° 3° 1° 2° 3°
SN X3 X1 X2 X3 X1 X2 X2 X3 X1
SP X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3
JN H1 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H2 H3
JP H2 H3 H1 H3 H1 H2 H3 H1 H2
Tabela 43 - Aplicações dos terminais do TTR às buchas de Transformadores Dd

A figura abaixo exemplifica o uso da tabela para um transformador Dd0


(destaque em amarelo).

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Figura 186 - Conexões dos terminais do TTR às buchas de um transformador Dd0 sob teste

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TRANSFORMADOR SEM NEUTRO ACESSÍVEL

Defas.
Conexão 0 6
Ang.->
Terminais
1° 2° 3° 1° 2° 3°
TTR
SN X3 X1 X2 X1 X2 X3
Yy SP X1 X2 X3 X2 X3 X1
JN H2 H3 H1 H2 H3 H1
JP H1 H2 H3 H1 H2 H3
Curto entre X2X3 X1X3 X1X2 X2X3 X1X3 X1X2
Defas.
1 11 5 7
Ang.->
Terminais
1° 2° 3° 1° 2° 3° 1° 2° 3° 1° 2° 3°
TTR
Dy SN X2 X3 X1 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X2 X3 X1
SP X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3
JN H3 H1 H2 H2 H3 H1 H1 H1 H2 H1 H2 H3
JP H1 H2 H3 H1 H2 H3 H2 H3 H1 H3 H1 H2
Curto entre H2H3 H1H3 H1H2 H2H3 H1H3 H1H2 H2H3 H1H3 H1H2 H2H3 H1H3 H1H2
Defas.
1 11 5 7
Ang.->
Terminais
1° 2° 3° 1° 2° 3° 1° 2° 3° 1° 2° 3°
TTR
Yd SN X2 X3 X1 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X2 X3 X1
SP X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3
JN H3 H1 H2 H2 H3 H1 H1 H1 H2 H1 H2 H3
JP H1 H2 H3 H1 H2 H3 H2 H3 H1 H3 H1 H2
Curto entre X2X3 X1X3 X1X2 X2X3 X1X3 X1X2 X2X3 X1X3 X1X2 X2X3 X1X3 X1X2
Tabela 44 - Aplicações dos terminais do TTR às buchas de transformadores sem neutro
acessível

A figura abaixo exemplifica o uso da tabela para um transformador Yd1


(destaque em amarelo).

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Figura 187 - Aplicações dos terminais do TTR às buchas de transformadores sem neutro
acessível

RECOMENDAÇÕES

A análise dos ensaios de relação de transformação em transformadores,


baseia-se na comparação das relações medidas nos diversos taps com as relações
calculadas e também comparações com as relações medidas no ensaio de recepção
em fábrica.
Segundo as Normas ANSI C.57.12.90 e ABNT-EB-91 a tolerância no erro de
relação de transformação não deve exceder a ± 0,5% ou 1/10 do valor medido da
tensão de curto-circuito em porcentagem, devendo-se considerar o menor dos
valores.
Entende-se por tolerância a relação da diferença entre os valores medido e
nominal para o valor normal (valor de placa). O erro percentual deve ser calculado
pela seguinte fórmula:
ܴܶ‫ܥ‬ா௡௦௔௜௢ െ ܴܶ‫ܥ‬௉௟௔௖௔
‫ܧ‬Ψ ൌ × 100
ܴܶ‫ܥ‬௉௟௔௖௔

300
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ENSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO TC´S DE
BUCHA

CONSIDERAÇÕES

A medição da relação de transformação de um transformador é padronizada


como ensaio de rotina e como teste básico em programas de manutenção
preventiva em transformadores, reparados ou submetidos a reformas ou, ainda, no
comissionamento das unidades. A sua importância se prende ao fato de que um
acompanhamento efetivo poderá indicar a presença de problemas.
Os métodos mais frequentemente empregados para a sua obtenção em
transformadores de corrente de bucha são o método de relação com tensão e o
TTR.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 TTR;
 Fonte de tensão CA
 Variac;
 Alicate amperímetro;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

301
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ATIVIDADE DE ENSAIO

MÉTODO DA RELAÇÃO COM TENSÃO

Realizar a montagem do circuito apresentado na figura abaixo.


Fechar a chave “CH” e elevar gradualmente a tensão com ajuda de um
Variac, observando a leitura no voltímetro “VS”.
Sempre que possível, deve-se procurar aplicar uma tensão secundária
correspondente a 1 volt por espira, desde que esse valor seja inferior a tensão de
saturação do TC. Nesse caso, a leitura da tensão primária será sempre de 1 volt,
uma vez que a relação de transformação de tensão é inversa a de corrente.
Medir com um voltímetro eletrônico de alta impedância a tensão resultante no
primário do TC (V2), ou seja, medir a tensão no enrolamento do transformador onde
se localiza o TC.
A utilização do voltímetro eletrônico justifica-se devido a sua alta impedância,
evitando-se circulação de corrente no primário do TC.
Repetir este procedimento para todas as derivações secundárias.

Figura 188 - Conexões método da relação com tensão

A relação de transformação é a relação entre as duas tensões medidas.

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MÉTODO TTR

Para medir a relação de transformação do TC´S de bucha com TTR, deve-se


curto-circuitar os terminais do transformador que estão fora da medição, e conectar
os cabos do instrumento da seguinte forma:

 CABOS DE “H” NO ENROLAMENTO SECUNDÁRIO DO TC DE


BUCHA
 CABOS DE “X” NO TERMINAL DO TRANSFORMADOR

O cálculo da relação é direto, por exemplo, se estamos medindo a relação


250:5A (50:1) o resultado do TTR será próximo de 50:1.

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Figura 189 - Método do TTR para transformador de Corrente de bucha

RECOMENDAÇÕES

A análise do ensaio de Relação de Transformação em transformadores de


corrente baseia-se na comparação das relações medidas com as relações de placa.
A comparação entre as relações poderá ser feita calculando-se o erro percentual
pela seguinte fórmula:

ܴܶ‫ܥ‬ா௡௦௔௜௢ െ ܴܶ‫ܥ‬௉௟௔௖௔
‫ܧ‬Ψ ൌ × 100
ܴܶ‫ܥ‬௉௟௔௖௔

No caso da relação não coincidir com a relação de placa pode ser uma
indicação das seguintes anormalidades:
- Indicação de que o número de espiras não está correto;
- Curto-circuito entre espiras;
- Identificação errada das derivações;

A tolerância do erro percentual para transformador de corrente depende da


classe de precisão do equipamento. Considera-se que um transformador de corrente

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está dentro de sua relação nominal, quando o erro encontrado estiver dentro da
exatidão correspondente.

ENSAIO DE CALIBRAÇÃO DE TEMPERATURA

CONSIDERAÇÕES

Neste ensaio serão verificadas nos monitores de temperatura (TM) as


indicações e as atuações de desligamento e alarme pela elevação de temperatura
no óleo e enrolamentos. Para transformadores e autotransformadores, também será
verificada a atuação dos estágios de ventilação forçada.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Calibrador de temperatura;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Com a utilização de um calibrador de Temperatura (simulador do sensor PT-


100), conectar no monitor de temperatura (TM) e simular um ciclo de aquecimento e
resfriamento do óleo e enrolamentos.

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Figura 190 - Conexão do ensaio de calibração de temperatura

Simular lentamente a elevação da temperatura, iniciando-se da temperatura


ambiente até pelo menos 120 °C. Registrar os valores medidos no monitor de
temperatura (TM), em intervalos de aproximadamente 10 °C.
Durante a elevação da temperatura, deve-se monitorar e registrar os valores
de atuação dos contatos do 1º e 2º estágios da ventilação forçada e os alarmes e
desligamentos associados à temperatura do óleo e enrolamentos.
Ao atingir a temperatura de 120 °C, simular o ciclo de resfriamento de
maneira similar ao de aquecimento.
Durante a diminuição da temperatura, deve-se monitorar e registrar os valores
de abertura dos contatos atuados durante o aquecimento.

RECOMENDAÇÕES

Verificar se o Monitor de temperatura (TM) devidamente parametrizado antes


de iniciar as atividades de ensaio.
Para critérios de aceitação a leitura entre o calibrador de temperatura
(simulador do sensor PT-100) e o monitor de temperatura (TM) deve ser ± 2 °C

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ENSAIO DE CALIBRAÇÃO DE IMAGEM TÉRMICA

CONSIDERAÇÕES

Neste ensaio serão medidos os gradientes de temperatura (GEO) que é


especificado pelo o fabricante e que foram parametrizados no monitor de
temperatura (TM) do transformador.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Mala de corrente;
 Alicate amperímetro
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Desconectar o secundário do TC de bucha que alimenta a imagem térmica no


monitor de temperatura (TM).
Conectar a fonte de corrente AC nos pontos onde estava conectado o
secundário do TC de bucha da imagem térmica e aplicar a corrente especificada.

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Figura 191 - Conexão para o ensaio de calibração de imagem térmica

Monitorar e registrar a corrente aplicada, nos intervalos de tempo indicados 5


minutos até obter duas leituras consecutivas de mesmo valor.
Utilizar a seguinte fórmula para o cálculo do gradiente encontrado.

ΔGEO = Tmedida (FINAL) - Tmedida (INICIAL)

RECOMENDAÇÕES

Verificar se o Monitor de temperatura (TM) devidamente parametrizado antes


de iniciar as atividades de ensaio.
Para critérios de aceitação o a diferença do valor medido do GEO com o valor
do fabricante deve ser ± 2 °C

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CORRENTE DE EXCITAÇÃO COM TENSÃO REDUZIDA

CONSIDERAÇÕES

Neste ensaio serão medidas, em cada tap, as correntes de excitação de cada


enrolamento do transformador.
Se os enrolamentos de média e/ou baixa tensão forem conectados em
estrela, o neutro desses enrolamentos deve permanecer aterrado.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Medidor de fator de potência de isolamento;


 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Utilizar o medidor de fator de potência do isolamento e selecionar o tipo de


medição “UST” no instrumento e aplicar a tensão de 10 kV aos enrolamentos de alta
tensão, conforme as ligações da tabela abaixo.

MONOFÁSICO TRIFÁSICO TRIFÁSICO AUTOTRIFÁSICO


HV LV HV LV ATER. HV LV HV LV
H1 H2 H0 H1 H2 H3 H1 H0 H1 H0 X0
OU OU H2 H3 H1 H2 H0 H2 H0 X0
H2 H0 H1 H3 H1 H2 H3 H0 H3 H0 X0

Tabela 45 - Tipos de ligações para o ensaio de corrente de excitação

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Registrar o valor da corrente de excitação obtida em todos taps.

Figura 192 - Ligação do ensaio de corrente de excitação transformador monofásico

Figura 193 - Ligações do ensaio de corrente de excitação transformador trifásico com o


primário em triângulo

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Figura 194 - Ligações do ensaio de corrente de excitação transformador trifásico com o
primário em estrela

Figura 195 - Ligações do ensaio de corrente de excitação do autotransformador

RECOMENDAÇÕES

Os valores da corrente de excitação devem ser comparados com os valores


do fabricante ou valores obtidos em unidades similares.
Para transformadores com enrolamentos de alta tensão ligados em estrela, as
duas fases externas apresentam correntes de excitação similares, porem maiores
(20% a 40%) do que a fase central.
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ENSAIO DE ATUAÇÃO FUNCIONAL

CONSIDERAÇÕES

O ensaio de atuação funcional do transformador de potência serve para


verificar todo o funcionamento do equipamento.
Para a realização do ensaio é necessário a consulta do diagrama funcional do
transformador.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Amperímetro;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para realização do ensaio de atuação funcional é verificado os seguintes


itens:

Atuação das proteções próprias;


Continuidade das fiações de comando, sinalização, intertravamento, alarme;
Funcionamento da resistência de aquecimento, lâmpada, tomada;
Acionamento local e remoto da ventilação forçada e comutador;
Medição das correntes dos motorventiladores;

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Verificar as sinalizações;
Intertravamentos elétricos;
Verificar o fechamento dos TC´s de bucha;
Interligação (conferir reaperto e estado geral dos terminais nas réguas de
bornes).

Logo abaixo, está um diagrama funcional de um transformador de potência


69/34,5 kV – 48/54/60 MVA, utilizado como exemplo.

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RECOMENDAÇÕES

Quaisquer anormalidades encontradas no ensaio de atuação funcional devem


ser identificadas e anotadas para que sejam tomadas as providências necessárias
para devida correção.

ENSAIOS ELÉTRICOS EM REATOR

Serão apresentados nesse capítulo os procedimentos para realização de


ensaios elétricos em reator.

RELAÇÃO DE ENSAIOS

 Cadastro;
 Inspeção visual / final;
 Resistência de isolamento CC;
 Resistência de isolamento CC do núcleo;
 Resistência de isolamento CC dos TC´s de bucha;
 Isolamento CA ou Fator de potência do isolamento;
 Isolamento CA ou Fator de potência do isolamento da bucha;
 Resistência ôhmica dos enrolamentos;
 Resistência ôhmica dos enrolamentos dos TC´s de bucha;
 Relação de transformação/polaridade dos TC´s de bucha;
 Calibração de temperatura;
 Calibração da imagem térmica;
 Atuação funcional.

RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS

 Megôhmetro;
 Medidor do fator de potência do isolamento;
 Micrôhmimetro;
 TTR;
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 Variac;
 Alicate amperímetro;
 Multímetro;
 Caixa de corrente;
 Calibrador de temperatura
 Termohigrômetro.

CADASTRO
Para o início dos ensaios elétricos é necessário o cadastro do equipamento
através de fotos de todas as placas existentes do mesmo, e preenchimento de todo
formulário específico com as informações apresentadas nas placas.

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Figura 196 - Placa de um Reator trifásico de aterramento 69 kV – 20 MVA

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NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL

Ao início e a finalização dos ensaios elétricos nos transformadores de


potência é necessário uma inspeção visual inicial e final, e necessário anotar
qualquer não-conformidade encontrada em um formulário específico.

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
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imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
Geralmente, quando não é disponível um Megôhmetro de 10 kV, é utilizado o
Megôhmetro de 5 kV para testar transformadores e/ou reguladores de tensão maior
ou igual a 13,8 kV.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC de cada enrolamento
será de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do
transformador encontre-se estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo
mais preciso possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente
corrigidos a uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar
deve se encontrar abaixo de 70%.
Se o reator se encontra em serviço, o ensaio só deve ser iniciado uma hora
após o seu desligamento, tempo necessário para que o transformador se estabilize
termicamente.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas

MATERIAL E INTRUMENTOS NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

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ATIVIDADE DE ENSAIO

Antes dos ensaios deve-se curto-circuitar os terminais do enrolamento do


reator para obter melhor distribuição do potencial.

Os reatores são compostos basicamente por um isolamento, mostrado na


figura abaixo e assim identificados:

 RAT-M – Isolamento entre os enrolamentos de alta tensão e terra.

Figura 197 - Resistência do isolamento reguladores (autotransformadores)

O ensaio de resistência de isolamento CC do reator e efetuado na posição


indicada na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES
ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD

1 RAT-M Alta contra terra AT MASSA Não conectar

Tabela 46 - Ensaio resistência de isolamento CC regulador (autotransformador)

Podemos visualizar as conexões de ensaio na abaixo.

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Figura 198 - Conexões ensaio resistência de isolamento CC reator

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO

Os valores da resistência de isolamento variam sensivelmente dependendo


do projeto do reator, dos materiais isolantes usados, da temperatura do material da
resistência e de outros fatores. Uma simples medição sem valores de referência,
geralmente só identifica se existem falhas (curtos entre enrolamentos ou entre um
enrolamento e a massa) no isolamento.
Para se certificar se as partes isolantes absorveram umidade, existem vários
critérios, baseados em fórmulas empíricas ou dados estatísticos. Os critérios e a
interpretação dos valores encontrados variam de acordo com a prática e a
experiência dos usuários. O critério citado em seguida é considerado como
orientação genérica e os valores de referência neles obtidos não representam
valores limites absolutos, mas sim de ordem de grandeza. Valores
consideravelmente mais baixos, desde que estáveis em relação a medidas
anteriores, em condições idênticas, não indicam necessariamente irregularidades no
isolamento, embora seja aconselhável tentar elevar a resistência por secagem do
reator.

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Por outro lado, valores maiores do que os obtidos pelos critérios dados a
seguir, não representam uma garantia quanto ao comportamento do isolamento se
os mesmos forem inferiores aos valores obtidos em medições anteriores em
condições idênticas.
Desta forma, verifica-se que o valor absoluto da resistência de isolamento não
tem muito significado, sendo boa prática a sua medição periódica e a comparação
com resultados anteriores, convertidos sempre a uma mesma temperatura. Se forem
constatadas alterações é provável que problemas estejam para ocorrer.

Critério I (NBR 7036)

 Para reatores à temperatura de operação de cerca de 60°C: Cerca de


1MΩ por kV da classe de isolamento.
 Para reatores à temperatura de operação de cerca de 30°C: Cerca de
1MΩ por kV da classe de isolamento.

RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em

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comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DOS


TC´S DE BUCHA

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC é de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do
equipamento se encontre estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo
mais preciso possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente
corrigidos a uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar
deve se encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)

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 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

No caso do transformador de corrente tipo bucha, as medições da resistência


de isolamento CC do primário para o secundário ou pontos aterrados são
executadas quando se ensaia o equipamento do qual o transformador de corrente
faz parte, por isso é suficiente medir o isolamento CC do secundário para a terra.
O ensaio de resistência de isolamento CC em transformadores de corrente de
bucha é efetuado na posição indicada na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

1 RBT-M Baixa contra terra BT MASSA - 500V

Tabela 47 - Ensaio resistência de isolamento CC transformador de corrente tipo bucha

Figura 199 - Conexões do ensaio de resistência de isolamento CC do secundário contra


massa do transformador de corrente de bucha

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RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC DO


NÚCLEO

CONSIDERAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento recomenda-se utilizar,


preferencialmente um Megôhmetro. A duração do ensaio de resistência de
isolamento CC do núcleo é de 1 minuto e a tensão aplicada é de 1000V.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do núcleo se
encontre estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo mais preciso
possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente corrigidos a

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uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar deve se
encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Neste ensaio será medido a resistência de isolamento do núcleo, armadura e


massa do transformador. O ensaio terá a duração de 1 minuto e é efetuado na
posição indicada na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

1 RN-M Núcleo contra terra N MASSA - 1000V

Núcleo contra Armadura do


2 RN-RARM.AT N ARM.AT - 1000V
enrolamento de alta tensão

Armadura do enrolamento de alta


3 RARMD.AT-M ARM.AT MASSA - 1000V
tensão contra terra

Tabela 48 - Ensaio resistência de isolamento CC do núcleo do reator


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Figura 200 – Ensaios do núcleo do reator

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RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA DO ISOLAMENTO E


OU FATOR DE DISSIPAÇÃO

CONSIDERAÇÕES

Um sistema de isolação ideal é aquele que submetido a uma tensão alternada


e percorrido por uma corrente de carga, não sofre perdas da isolação. O ensaio de
Fator de Potência / Fator de Dissipação tem por objetivo, medir as perdas dielétricas
da isolação a fim de detectar defeitos causados por aquecimento, depósitos de
materiais estranhos, etc.
Perdas dielétricas elevadas indicam que o reator sofreu uma degradação do

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isolamento, geralmente provocada pelos seguintes fatores: esforços mecânicos; alto
teor de umidade; sobreaquecimento e sobretensões. Além de verificar a qualidade
do isolamento, valores continuamente estáveis de fator de potência indicam um bom
desempenho de equipamento.
Em suas buchas, que podem ocasionar perdas dielétricas acentuadas. Deve
ser realizada, também uma limpeza das buchas do equipamento, com pano
apropriado, seco ou embebido em solvente. Através dos valores encontrados
podemos determinar se a isolação encontra-se deteriorada ou em processo de
deterioração, a ponto de apresentar risco para o equipamento. Considerando-se que
valores elevados determinam variações ocorridas na isolação, quanto menor for o
Fator de Potência / Fator de Dissipação, melhor será a isolação do reator.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Medidor do fator de potência do isolamento;


 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Antes dos ensaios deve-se curto-circuitar os terminais do enrolamento do


reator para obter melhor distribuição do potencial.
Os reatores são compostos basicamente por um isolamento, mostrados na
figura abaixo e assim identificado:

 CA – Isolamento entre os enrolamentos de alta tensão e terra.


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Figura 201 - Isolamento reator

Os ensaios de fator de potência/fator de dissipação do isolamento para


reguladores são efetuados nas posições indicadas na tabela abaixo.

CONEXÕES CHAVE ISOLAMENTO


ENSAIO
SELETORA MEDIDO
CABO HV CABO LV
1 Alta - GROUND CA
Tabela 49 - Ensaio Fator de Potência de isolamento do reator

Podemos visualizar as conexões de ensaio na figura abaixo.

Figura 202 - Conexões Fator de Potência Regulador

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RECOMENDAÇÕES

Para efetuar a análise dos resultados do ensaio de perdas dielétricas, é


importante conhecer a temperatura durante a realização do ensaio. Os valores de
Fator de Potência/fator de dissipação encontrados devem ser corrigidos a uma base
de temperatura de 20ºC, através da equação abaixo:

‫ܲܨ‬ଶ଴ ൌ ‫ ܭ‬ൈ ‫ܲܨ‬௠ ௘ௗ

onde:
FP20 = Fator de Potência/fator de dissipação corrigido a 20ºC;
FPmed = Fator de Potência/fator dissipação medido à temperatura;
K = Fator de correção prescrito na tabela abaixo;

TRANSFORMADR DE TRANSFORMADR DE
TEMPERATURA TEMPERATURA
INSTRUMENTOS A INSTRUMENTOS A
°C °F ÓLEO °C °F ÓLEO
0 32,0 1,67 25 77,0 0,83
1 33,8 1,64 26 78,8 0,80
2 35,6 1,61 27 80,6 0,77
3 37,4 1,58 28 82,4 0,74
4 39,2 1,55 29 84,2 0,71
5 41,0 1,52 30 86,0 0,69
6 42,8 1,49 31 87,8 0,67
7 44,6 1,46 32 89,6 0,65
8 46,4 1,43 33 91,4 0,62
9 48,2 1,40 34 93,2 0,60
10 50,0 1,37 35 95,0 0,58
11 51,8 1,34 36 96,8 0,56
12 53,6 1,30 37 98,6 0,54
13 55,4 1,27 38 100,4 0,52
14 57,2 1,23 39 102,2 0,50
15 59,0 1,19 40 104,0 0,48
16 60,8 1,16 41 105,8 0,47

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17 62,6 1,12 42 107,6 0,45
18 64,4 1,08 43 109,4 0,44
19 66,2 1,04 44 111,2 0,42
20 68,0 1,00 45 113,0 0,41
21 69,8 0,97
22 71,6 0,93
23 73,4 0,90
24 75,2 0,86
Tabela 50 - Fatores de correção para temperatura de 20°C

Não existe até o momento, padrões definidos para classificação do


isolamento de reatores, com base no fator de perdas elétricas. De acordo com
pesquisas realizadas por fabricantes de instrumentos para ensaio de fator de
potência, chegou-se à conclusão que reator apresentando um valor de Fator de
Potência / fator de dissipação menor ou igual a 1% à 20ºC, podem ser considerados
como funcionamento normal. Entretanto a melhor referência para a avaliação dos
resultados é a comparação com os valores obtidos nos ensaios similares em
condições idênticas.

ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA DE ISOLAMENTO EM


BUCHAS

CONSIDERAÇÕES

O teste de fator de potência / fator de dissipação pode ser considerado o


indicador mais confiável de umidade das buchas. Um aumento de fator de potência /
fator de dissipação evidencia uma mudança das características do dielétrico e essa
mudança, para valores sempre maiores, evidencia uma condição potencial de falha
em evolução.
Valores continuamente estáveis de fator de potência / fator de dissipação
indicam que as partes internas das buchas estão em boas condições.
Como se pretende medir perdas dielétricas do isolamento interno, antes
de iniciar o ensaio, a bucha deve ser limpa, de preferência com um pano apropriado,
seco ou embebido em solvente.
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A bucha deve ser previamente inspecionada para se ter certeza da
inexistência de trincas e rachaduras, que ocasionam perdas dielétricas elevadas.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Medidor do fator de potência do isolamentO;


 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

O ensaio (U.S.T) se aplica às buchas providas de “Tap Capacitivo” ou de


Tap para Fator de Potência. O ensaio consiste na medida das Perdas Dielétricas
entre o condutor central da bucha e o “Tap Capacitivo”.
O resultado deste ensaio indica as condições do isolamento principal da
bucha independente dos enrolamentos do transformador, barramentos, etc..., que
possam estar ligados à bucha durante o ensaio.
Podemos observar a sequência de conexões na tabela abaixo e o
esquema de ligações na figura abaixo.
Aplicar a tensão de ensaio, e em seguida efetuar as leituras de perdas
dielétricas e capacitância (C1).

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CONEXÕES CHAVE
ENSAIO
SELETORA
CABO HV CABO LV

CONDUTOR CENTRAL DA TAP CAPACITIVO


1 UST
BUCHA OU TAP DE FATOR DE POTÊNCIA

Tabela 51 - Conexões fator de potência Bucha Tap Capacitivo

Figura 203 - Conexões Fator de Potência da bucha

RECOMENDAÇÕES

Os valores limites admissíveis no ensaio de fator de potência de


isolamento são em função do tipo de bucha e de sua tensão nominal.
Para avaliação dos resultados, os valores encontrados nos ensaios
deverão ser comparados com os valores obtidos em ensaios anteriores, com valores
fornecidos pelo fabricante e com os dados de placa.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DOS ÔHMICA


ENROLAMENTOS

CONSIDERAÇÕES

Devido à simplicidade de execução e maior precisão conseguida o método da


Ponte é o mais recomendado para ensaios no campo.
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Os ensaios de resistência ôhmica dos enrolamentos exigem um tempo
razoavelmente longo para permitir que o enrolamento sob ensaio seja carregado.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Microhmímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Os ensaios de resistência ôhmica dos enrolamentos exigem um tempo


razoavelmente longo para permitir que o enrolamento sob ensaio seja carregado.
Para realização do ensaio fazer a ligação da ponte aos terminais dos
enrolamentos conforme a figura abaixo e logo após fazer a leitura do valor de
resistência.

Figura 204 - Ensaio elétrico de resistência de enrolamento com método ponte

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RECOMENDAÇÕES

Os valores de resistência ôhmica encontrados deverão ser corrigidos à


temperatura de referência do fabricante, normalmente 75ºC, aplicando-se a seguinte
fórmula:

‫ ܭ‬൅ ܶோ௘௙
ܴோ௘௙ ൌ ܴெ ௘ௗ
‫ ܭ‬൅ ܶெ ௘ௗ

RRef = Resistência do enrolamento, corrigida à temperatura de referência TRef,


em OHMS;
RMed = Resistência do enrolamento obtida no ensaio, em OHMS;
TRef = Temperatura de referência, normalmente 75ºC;
TMed = Temperatura do enrolamento quando a resistência for medida, em
graus Celsius;
K = Constante característica do material do enrolamento,
onde:
K=234,5 – cobre puro 100%;
K=242 – cobre à 97,3%;
K=225 – alumínio;

As resistências obtidas devem ser comparadas com resultados anteriores ou


com dados do fabricante, tendo-se o cuidado de utilizar as correções de temperatura
a uma mesma base (normalmente 75 °C).
Em caso de discordâncias maiores que 5%, deve ser pesquisada a existência de
anormalidades tais como: espiras em curto, número incorreto de espiras, dimensões
incorretas do condutor e outros. Neste sentido, é importante que haja o histórico das
medidas efetuadas.

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ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS
ENROLAMENTOS DOS TC´S DE BUCHA

CONSIDERAÇÕES

Devido à simplicidade de execução e maior precisão conseguida o método da


Ponte é o mais recomendado para ensaios elétricos no campo.
O Método da Ponte utiliza a medição direta da resistência ôhmica utilizando a
Ponte Kelvin ou microhmímetro.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Microhmímetro;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Os ensaios de resistência ôhmica dos enrolamentos exigem um tempo


razoavelmente longo para permitir que o enrolamento sob ensaio seja carregado.
Quando se tratar de enrolamento com derivações, as medições deverão ser
efetuadas em todas as posições.

MÉTODO DA PONTE – (PONTE KELVIN OU


MICROHMÍMETRO DIGITAL)

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-Fazer a ligação da ponte aos terminais dos enrolamentos conforme a figura
abaixo e logo após fazer a leitura do valor de resistência.

Figura 205 - Ensaio elétrico de resistência de enrolamento com método ponte

RECOMENDAÇÕES

Os valores de resistência ôhmica encontrados deverão ser corrigidos à


temperatura de referência do fabricante, normalmente 75ºC, aplicando-se a seguinte
fórmula:

‫ ܭ‬൅ ܶோ௘௙
ܴோ௘௙ ൌ ܴெ ௘ௗ
‫ ܭ‬൅ ܶெ ௘ௗ

RRef = Resistência do enrolamento, corrigida à temperatura de referência TRef,


em OHMS;
RMed = Resistência do enrolamento obtida no ensaio, em OHMS;
TRef = Temperatura de referência, normalmente 75ºC;
TMed = Temperatura do enrolamento quando a resistência for medida, em
graus Celsius;
K = Constante característica do material do enrolamento,
onde:
K=234,5 – cobre puro 100%;
K=242 – cobre à 97,3%;

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K=225 – alumínio;

As resistências obtidas devem ser comparadas com resultados anteriores ou


com dados do fabricante, tendo-se o cuidado de utilizar as correções de temperatura
a uma mesma base (normalmente 75 °C).
Em caso de discordâncias maiores que 5%, deve ser pesquisada a existência
de anormalidades tais como: espiras em curto, número incorreto de espiras,
dimensões incorretas do condutor e outros. Neste sentido, é importante que haja o
histórico das medidas efetuadas.

ENSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO TC´S DE


BUCHA

CONSIDERAÇÕES

A medição da relação de transformação de um transformador é padronizada


como ensaio de rotina e como teste básico em programas de manutenção
preventiva em transformadores, reparados ou submetidos a reformas ou, ainda, no
comissionamento das unidades. A sua importância se prende ao fato de que um
acompanhamento efetivo poderá indicar a presença de problemas.
Os métodos mais frequentemente empregados para a sua obtenção em
transformadores de corrente de bucha são o método de relação com tensão e o
TTR.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 TTR;
 Fonte de tensão CA
 Variac;
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 Alicate amperímetro;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

MÉTODO DA RELAÇÃO COM TENSÃO

Realizar a montagem do circuito apresentado na figura abaixo.


Fechar a chave “CH” e elevar gradualmente a tensão com ajuda de um
Variac, observando a leitura no voltímetro “VS”.
Sempre que possível, deve-se procurar aplicar uma tensão secundária
correspondente a 1 volt por espira, desde que esse valor seja inferior a tensão de
saturação do TC. Nesse caso, a leitura da tensão primária será sempre de 1 volt,
uma vez que a relação de transformação de tensão é inversa a de corrente.
Medir com um voltímetro eletrônico de alta impedância a tensão resultante no
primário do TC (V2), ou seja, medir a tensão no enrolamento do transformador onde
se localiza o TC.
A utilização do voltímetro eletrônico justifica-se devido a sua alta impedância,
evitando-se circulação de corrente no primário do TC.
Repetir este procedimento para todas as derivações secundárias.

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Figura 206 - Conexões método da relação com tensão

A relação de transformação é a relação entre as duas tensões medidas.

MÉTODO TTR

Para medir a relação de transformação do TC´S de bucha com TTR, deve-se


curto-circuitar os terminais do transformador que estão fora da medição, e conectar
os cabos do instrumento da seguinte forma:

 CABOS DE “H” NO ENROLAMENTO SECUNDÁRIO DO TC DE


BUCHA
 CABOS DE “X” NO TERMINAL DO TRANSFORMADOR

O cálculo da relação é direto, por exemplo, se estamos medindo a relação


250:5A (50:1) o resultado do TTR será próximo de 50:1.

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Figura 207 - Método do TTR para transformador de Corrente de bucha

RECOMENDAÇÕES

A análise do ensaio de Relação de Transformação em transformadores de


corrente baseia-se na comparação das relações medidas com as relações de placa.

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A comparação entre as relações poderá ser feita calculando-se o erro percentual
pela seguinte fórmula:

ܴܶ‫ܥ‬ா௡௦௔௜௢ െ ܴܶ‫ܥ‬௉௟௔௖௔
‫ܧ‬Ψ ൌ × 100
ܴܶ‫ܥ‬௉௟௔௖௔

No caso da relação não coincidir com a relação de placa pode ser uma
indicação das seguintes anormalidades:
- Indicação de que o número de espiras não está correto;
- Curto-circuito entre espiras;
- Identificação errada das derivações;

A tolerância do erro percentual para transformador de corrente depende da


classe de precisão do equipamento. Considera-se que um transformador de corrente
está dentro de sua relação nominal, quando o erro encontrado estiver dentro da
exatidão correspondente.

ENSAIO DE CALIBRAÇÃO DE TEMPERATURA

CONSIDERAÇÕES

Neste ensaio serão verificadas nos monitores de temperatura (TM) as


indicações e as atuações de desligamento e alarme pela elevação de temperatura
no óleo e enrolamentos.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Calibrador de temperatura;
 Multímetro;
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 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Com a utilização de um calibrador de Temperatura (simulador do sensor PT-


100), conectar no monitor de temperatura (TM) e simular um ciclo de aquecimento e
resfriamento do óleo e enrolamentos.

Figura 208 - Conexão do ensaio de calibração de temperatura

Simular lentamente a elevação da temperatura, iniciando-se da temperatura


ambiente até pelo menos 120 °C. Registrar os valores medidos no monitor de
temperatura (TM), em intervalos de aproximadamente 10 °C.
Durante a elevação da temperatura, deve-se monitorar e registrar os valores
de atuação dos alarmes e desligamentos associados à temperatura do óleo e
enrolamentos.
Ao atingir a temperatura de 120 °C, simular o ciclo de resfriamento de
maneira similar ao de aquecimento.
Durante a diminuição da temperatura, deve-se monitorar e registrar os valores
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de abertura dos contatos atuados durante o aquecimento.

RECOMENDAÇÕES

Verificar se o Monitor de temperatura (TM) devidamente parametrizado antes


de iniciar as atividades de ensaio.
Para critérios de aceitação a leitura entre o calibrador de temperatura
(simulador do sensor PT-100) e o monitor de temperatura (TM) deve ser ± 2 °C

ENSAIO DE CALIBRAÇÃO DE IMAGEM TÉRMICA

CONSIDERAÇÕES

Neste ensaio serão medidos os gradientes de temperatura (GEO) que é


especificado pelo o fabricante e que foram parametrizados no monitor de
temperatura (TM) do transformador.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Mala de corrente;
 Alicate amperímetro
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

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Desconectar o secundário do TC de bucha que alimenta a imagem térmica no
monitor de temperatura (TM).
Conectar a fonte de corrente AC nos pontos onde estava conectado o
secundário do TC de bucha da imagem térmica e aplicar a corrente especificada.

Figura 209 - Conexão para o ensaio de calibração de imagem térmica

Monitorar e registrar a corrente aplicada, nos intervalos de tempo indicados 5


minutos até obter duas leituras consecutivas de mesmo valor.
Utilizar a seguinte fórmula para o cálculo do gradiente encontrado.

ΔGEO = Tmedida (FINAL) - Tmedida (INICIAL)

RECOMENDAÇÕES

Verificar se o Monitor de temperatura (TM) devidamente parametrizado antes

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de iniciar as atividades de ensaio.
Para critérios de aceitação o a diferença do valor medido do GEO com o valor
do fabricante deve ser ± 2 °C

ENSAIO DE ATUAÇÃO FUNCIONAL

CONSIDERAÇÕES

O ensaio de atuação funcional do reator serve para verificar todo o


funcionamento do equipamento.
Para a realização do ensaio é necessário a consulta do diagrama funcional do
reator.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Amperímetro;
 Multímetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para realização do ensaio de atuação funcional é verificado os seguintes


itens:

Atuação das proteções próprias;


Continuidade das fiações de comando, sinalização, intertravamento, alarme;
349
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Funcionamento da resistência de aquecimento, lâmpada, tomada;
Verificar as sinalizações;
Intertravamentos elétricos;
Verificar o fechamento dos TC´s de bucha;
Interligação (conferir reaperto e estado geral dos terminais nas réguas de
bornes).

Logo abaixo, está um diagrama funcional de um reator de aterramento


trifásico 69 kV – 20 MVA, utilizado como exemplo.

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RECOMENDAÇÕES

Quaisquer anormalidades encontradas no ensaio de atuação funcional devem


ser identificadas e anotadas para que sejam tomadas as providências necessárias
para devida correção.

ENSAIOS ELÉTRICOS EM CABOS ISOLADOS DE


MÉDIA TENSÃO

Serão apresentados nesse capítulo os procedimentos para realização de


ensaios elétricos em cabos isolados de média tensão.

RELAÇÃO DE ENSAIOS

 Cadastro;
 Inspeção visual / final;
 Verificação sequência de fase;
 Resistência de isolamento CC;
 Tensão aplicada;

RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS

 Megôhmetro;
 Hi-pot;
 Multímetro;
 Termohigrômetro.

CADASTRO
Para o início dos ensaios é necessário o cadastro dos cabos isolados de
média tensão através dos dados apresentados dos mesmos, e preenchimento de
todo formulário específico.

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NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL

Ao início e a finalização dos ensaios elétricos dos cabos isolados de média


tensão é necessário uma inspeção visual inicial e final, e necessário anotar qualquer
não-conformidade encontrada em um formulário específico.

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ENSAIO DE VERIFICAÇÃO DA SEQUÊNCIA DE FASE

CONSIDERAÇÕES

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Normalmente os ensaios dos cabos isolados de média tensão serão
realizados em sistemas trifásicos sendo necessário a conferência da sequência de
fase.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..);
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Deverá ser verificado visualmente a identificação por cores e testado a


continuidade de cada cabo, curto circuitando o cabo e a malha de blindagem em
uma extremidade e medir na outra extremidade com um multímetro na função de
sinal sonoro (continuidade).

Figura 210 - Conexão para o ensaio de continuidade do cabo

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RECOMENDAÇÕES

Quaisquer anormalidades encontradas no ensaio de verificação da sequência de


fase, devem ser identificadas e anotadas para que sejam tomadas as providências
necessárias para devida correção.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do cabo isolado de média tensão.
Se o Megôhmetro possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não
se aplicar uma tensão superior a que o isolamento suporta.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC de cada enrolamento
será de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do cabo
isolado de média tensão encontre-se estabilizada, e que a mesma seja determinada
do modo mais preciso possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser
corretamente corrigidos a uma base comum, para fins comparativos e a umidade
relativa do ar deve se encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;

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 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..);
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Conectar terminal de linha do megôhmetro no núcleo do cabo, o terminal de


terra conectar na blindagem, conforme a figura abaixo.

Figura 211 - Conexão para o ensaio resistência de isolamento CC do cabo

 Anotar valores da leitura no Formulário Específico;


 Descarregar os cabos a cada leitura;
 Anotar valor da temperatura e umidade do meio no qual o cabo está
inserido;
 Registrar oscilações e anomalias ocorridas durante a medição
(variações bruscas de leituras se houverem)
 Este ensaio deve ser realizado antes e após o ensaio de tensão
aplicada.

RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As

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possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE TENSÃO APLICADA

CONSIDERAÇÕES

É necessário que o ensaio seja feito corretamente, pois não é aconselhável


realizar o ensaio de tensão aplicada no cabo várias vezes, pois mesmo não sendo
considerado um ensaio destrutivo pode comprometer a vida útil do cabo devido ao
nível de tensão aplicada ser superior ao de sua utilização normal.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas.

MATERIAL E INSTRUMENTO NECESSÁRIO

 Hi-pot;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;

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 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para iniciar devemos conectar o hi-pot ao cabo de acordo com a figura


abaixo.

Figura 212 - Conexão para o ensaio de tensão aplicada do cabo

Depois de conectado o cabo ao o hipot é necessário aplicar a tensão de


acordo com a tabela abaixo.

Tensão de teste de Cabos Elétricos com Tensão Contínua (kV)


Tensão Durante a Montagem Manutenção
No
Nominal Antes do Montagem de Suspeita de
Recebimento Preventiva
do Cabo Lançamento Acessórios Defeito
1 8,4 6,3 6,72 5,04 1,0
3 15,6 11,7 12,48 9,36 2,8
6 26,4 19,8 21,12 15,84 5,6
10 36,0 27,0 28,8 21,6 9,3
15 52,8 39,6 42,24 31,68 13,5
20 72,0 54,0 57,6 43,2 18,7
25 90,0 67,5 72,0 54,0 23,3
35 120,0 90,0 96,0 72,0 31,1
Tabela 52 - Tensões de teste, conforme a tensão nominal do cabo ensaiado

A taxa de elevação da tensão deve ser uniforme, de forma que a tensão de


ensaio nominal seja atingida em não menos do que 10 segundos e nem mais do que
60 segundos.
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Ao atingir o valor da tensão de ensaio, o mesmo deve ser mantido durante o
tempo de 10 minutos.
Anotar valores da leitura de corrente de fuga a cada 1 minuto de ensaio no
Formulário Específico.
Após as leituras a taxa de redução de tensão deverá ser uniforme e gradual
até o desligamento do equipamento, porém o cabo deve ser aterrado antes de
manuseá-lo.
Anotar valor da temperatura e umidade do meio no qual o cabo está inserido.
Registrar oscilações e anomalias ocorridas durante a medição (variações
bruscas de leituras se houverem).

RECOMENDAÇÕES

Como resultado do ensaio, não deve ocorrer perfuração total ou parcial do


dielétrico submetido ao ensaio, ou seja, o equipamento não deve desligar por
sobrecorrente.
Não aplicar tensão superior a especificada na tabela – “Tensões de teste,
conforme a tensão nominal do cabo ensaiado”, pois pode causar danos destrutivos
no isolamento dos cabos isolados de média tensão.

ENSAIOS ELÉTRICOS EM BANCO CAPACITOR

Serão apresentados nesse capítulo os procedimentos para realização de


ensaios elétricos em banco capacitor.
Os bancos de capacitores são geralmente constituídos por unidades
capacitivas monofásicas ligadas em associações em série/paralelo formando grupos,
de modo a obter tensões adequadas em cada unidade capacitiva e valores de
potência do banco em kVAR's desejados.
As unidades capacitivas são as principais componentes de um banco de
capacitores e as responsáveis pela função do mesmo, sendo assim, é em uma
dessas unidades que em primeiro plano concentraremos os procedimentos de
ensaios. Variações nas capacitâncias dessas unidades capacitivas indicam curto-

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circuito ou circuito aberto entre os elementos capacitivos, que agrupadas em
associações série/paralelo constituem internamente as duas placas de um capacitor
elementar e seu componente sólido dielétrico.
Outros equipamentos fazem partes de um banco capacitor e já foram
apresentados em capítulos anteriores os procedimentos de realização dos ensaios
elétricos, que são entre eles: chave seccionadora, chave de aterramento,
transformador de corrente, para-raios e etc....

RELAÇÃO DE ENSAIOS

 Cadastro;
 Inspeção visual / final;
 Resistência de isolamento CC;
 Medição de capacitância;

RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS

 Megôhmetro;
 Capacímetro;
 Multímetro;
 Termohigrômetro.

CADASTRO
Para o início dos ensaios elétricos é necessário o cadastro do equipamento
através de fotos de todas as placas existentes do mesmo, e preenchimento de todo
formulário específico com as informações apresentadas nas placas.

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Figura 213 - Placa do banco de capacitor 34,5 kV - 11Mvar

Figura 214 - Placa de uma célula capacitiva

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

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MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL

Ao início e a finalização dos ensaios elétricos nos capacitores é


necessário uma inspeção visual inicial e final, e necessário anotar qualquer não-
conformidade encontrada em um formulário específico.

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC de cada enrolamento

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será de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do capacitor
se encontre estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo mais preciso
possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente corrigidos a
uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar deve se
encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas

MATERIAL E INTRUMENTOS NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para a boa condução dos ensaios os seguintes passos deverão ser seguidos:
 Antes de iniciar os ensaios efetuar uma boa limpeza nas porcelanas;
 Verificar se a carcaça do capacitor está bem aterrada, através da
malha de terra da subestação.
 O valor da tensão CC de ensaio depende da classe de tensão nominal
do capacitor, sendo limitado ao valor de pico da tensão nominal CA ( 2
• VRMS), para evitar uma falha do isolamento devido a aplicação de
uma tensão superior a que o isolamento suporta.

Os ensaios de resistência de isolamento em capacitor são efetuados nas


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posições indicadas na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

A1 contra A2 com terra em


1 RA1-A2 A1 B2 MASSA 2500 V
GUARD

Não
2 RA1+A2-M A1 e A2 contra terra A1 + A2 MASSA 2500 V
Conectar

Tabela 53 - Ensaio resistência de isolamento CC célula capacitiva

Podemos visualizar as conexões de ensaio nas figuras abaixo.

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Figura 215 - Conexões ensaio resistência de isolamento CC célula capacitiva

RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.

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A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em
comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE MEDIÇÃO DE CAPACITÂNCIA

CONSIDERAÇÕES

Antes da realização do ensaio será necessário isolar eletricamente o


capacitor.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas

MATERIAL E INTRUMENTOS NECESSÁRIO

 Capacímetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)

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 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Realizar a medição direta utilizando um medidor de capacitância


(Capacímetro), conforme figura abaixo.

Figura 216 - Medição de capacitância de uma célula capacitiva

RECOMENDAÇÕES

Os valores de capacitância encontrados durante os ensaios de campo devem


ser comparados com aqueles de placa, medidos na fábrica. O valor da capacitância
do capacitor deve estar compreendido entre -5% e +10% da capacitância nominal.
Valor da capacitância acima da tolerância significa curto-circuito em vários
elementos do capacitor. Neste caso o capacitor deve ser substituído. Se o
instrumento de ensaio não indicar leitura pode significar: circuito aberto por
rompimento da interligação entre grupos série do elemento e ou nos rabichos
terminais: curto-circuito franco entre terminais internos do capacitor por falha na
isolação.

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ENSAIOS ELÉTRICOS EM RESISTOR DE
ATERRAMENTO

Serão apresentados nesse capítulo os procedimentos para realização de


ensaios elétricos em resistor de aterramento.

RELAÇÃO DE ENSAIOS

 Cadastro;
 Inspeção visual / final;
 Resistência de isolamento CC;
 Medição de resistência;

RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS

 Megôhmetro;
 Capacímetro;
 Multímetro;
 Termohigrômetro.

CADASTRO

Para o início dos ensaios elétricos é necessário o cadastro do equipamento


através de fotos de todas as placas existentes do mesmo, e preenchimento de todo
formulário específico com as informações apresentadas nas placas.

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Figura 217 - Placa do resistor de aterramento 34,5 kV

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL

Ao início e a finalização dos ensaios elétricos no resistor de


aterramento é necessário uma inspeção visual inicial e final, e necessário anotar
qualquer não-conformidade encontrada em um formulário específico.

NÚMERO DE PESSOAS

369
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01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Formulário Específico.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO CC

CONSIDERAÇÕES

Para aumentar a representatividade do ensaio de resistência de isolamento


recomenda-se utilizar, preferencialmente, um Megôhmetro que forneça uma tensão
imediatamente inferior a tensão de pico nominal do enrolamento. Se o Megôhmetro
possuir chave seletora de tensões, deve-se ter o cuidado de não se aplicar uma
tensão superior a que o isolamento suporta.
A duração do ensaio de resistência de isolamento CC de cada enrolamento
será de 10 minutos.
Para a execução desse ensaio é necessário que a temperatura do resistor de
aterramento se encontre estabilizada, e que a mesma seja determinada do modo
mais preciso possível, a fim de que os resultados obtidos possam ser corretamente
corrigidos a uma base comum, para fins comparativos e a umidade relativa do ar
deve se encontrar abaixo de 70%.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas

MATERIAL E INTRUMENTOS NECESSÁRIO

 Megôhmetro;
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 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Para a boa condução dos ensaios os seguintes passos deverão ser seguidos:
 Antes de iniciar os ensaios efetuar uma boa limpeza nas porcelanas;
 Verificar se a carcaça do resistor de aterramento está bem aterrada,
através da malha de terra da subestação.
 O valor da tensão CC de ensaio depende da classe de tensão nominal
do capacitor, sendo limitado ao valor de pico da tensão nominal CA ( 2
• VRMS), para evitar uma falha do isolamento devido a aplicação de
uma tensão superior a que o isolamento suporta.

O ensaio de resistência de isolamento em resistor de aterramento é efetuado


na posição indicadas na tabela abaixo.

ISOLAMENTO CONEXÕES TENSÃO


ENSAIO IDENTIFICAÇÃO
MEDIDO LINE EARTH GUARD DE ENSAIO

Não
1 RA1+A2 A1 e A2 contra terra A1 + A2 MASSA 5000 V
Conectar

Tabela 54 - Ensaio resistência de isolamento CC resistor de aterramento

Podemos visualizar aa conexão de ensaio na figura abaixo.

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CNPJ 06.975.845/0001-89, IE 19.455.135-0, CMC 090.961-0 E-mail: contatos@engemaximo.com.br
Figura 218 - Conexões ensaio resistência de isolamento CC resistor de aterramento

RECOMENDAÇÕES

O ensaio de resistência de isolamento não pode ser considerado um critério


exato de avaliação das condições do sistema isolante e de sua capacidade
operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação
sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.
A sua degradação pode ser avaliada através de provas ao longo do tempo. As
possíveis causas devem ser investigadas e eliminadas, para que não seja reduzida,
abruptamente, a sua vida útil.
Note-se que, um alto valor de resistência de isolamento, não garante que não
existam imperfeições no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a
energização. É recomendável que, antes da aplicação de um ensaio de alto
potencial ou liberação do equipamento para operação, seja analisado o histórico de
testes para se obter uma noção sobre suas condições operativas e evitar problemas
de maiores proporções.
Para que a análise se mostre eficiente é necessário que o histórico dos
resultados dos ensaios de resistência de isolamento seja registrado e usado em

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comparações futuras, para observação da degradação do isolamento, capacidade
de operação e necessidade de uma intervenção corretiva, caso seja observada uma
redução crítica em seus níveis.

ENSAIO DE MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA

CONSIDERAÇÕES

Antes da realização do ensaio será necessário isolar eletricamente o resistor


de aterramento.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas

MATERIAL E INTRUMENTOS NECESSÁRIO

 Multímetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Escada correspondente à altura do equipamento;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..)
 Formulário Específico.

ATIVIDADE DE ENSAIO

Realizar a medição direta utilizando um medidor de resistência (Multímetro),


conforme figura abaixo.

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Figura 219 - Medição de resistência do resistor de aterramento

RECOMENDAÇÕES

Os valores de resistência encontrado durante o ensaio de campo devem ser


comparados com o de placa e a tolerância deve ser verificado com a especificação
do fabricante.
Se o instrumento de ensaio não indicar leitura pode significar: circuito aberto
na associação dos resistores internos ou curto-circuito franco entre terminais
internos dos resistores.

ENSAIOS ELÉTRICOS DA MALHA DE


ATERRAMENTO

Serão apresentados nesse capítulo os procedimentos para realização de


ensaios elétricos em malha de aterramento.

RELAÇÃO DE ENSAIOS

 Cadastro;
 Inspeção visual / final;
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 Medição da resistência de aterramento;
 Medição de tensão de passo e de toque.

RELAÇÃO DOS INTRUMENTOS UTILIZADOS

 Terrômetro;
 Gerador 50 kVA;
 Alicate amperímetro
 Multímetro;
 Termohigrômetro.

CADASTRO

Para o início dos ensaios elétricos é necessário o cadastro do local de ensaio


e preenchimento de todo formulário específico.

NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Formulário Específico.

INSPEÇÃO VISUAL INICIAL/FINAL

Ao início e a finalização dos ensaios elétricos na malha de aterramento é


necessário uma inspeção visual inicial e final, e necessário anotar qualquer não-
conformidade encontrada em um formulário específico.

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NÚMERO DE PESSOAS

01 (uma) pessoa.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Máquina fotográfica digital;


 Formulário Específico.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO

CONSIDERAÇÕES

Para a execução do ensaio de medição da resistência de aterramento a


instalação da malha de aterramento deve estar concluída.
Para pequenas áreas podemos realizar o ensaio da medição da malha de
aterramento com o método de queda de potencial com uso do terrômetro. Já para
áreas maiores é necessário utilizar o método da injeção de corrente com uso de um
gerador.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas

MATERIAL E INTRUMENTOS NECESSÁRIO

 Terrômetro;
 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Gerador 50 kVA;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..);
 Hastes de aterramento;
 Formulário Específico.
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ATIVIDADE DE ENSAIO

MÉTODO DE QUEDA DE POTENCIAL (TERRÔMETRO)

O método consiste, com o uso de um terrrômetro, fazer circular uma corrente


através da malha de aterramento sob ensaio por intermédio de um eletrodo auxiliar
de corrente e medir a tensão entre a malha de aterramento e a terra de referência
por meio de uma sonda ou eletrodo auxiliar de potencial afim de, conhecendo uma
distância já pré-estudada (2,5x a diagonal malha de aterramento ensaiada),
encontrar a zona de patamar de potencial, da curva de resistência em função da
distância.

Figura 220 - Diagrama do método de queda de potencial para medição de resistência de


aterramento

Os eletrodos auxiliares de corrente e de tensão são constituídos cada um


deles por uma ou mais hastes metálicas interligadas e cravadas no solo, de forma a
garantir a menor resistência de aterramento do conjunto.
A sonda, ou eletrodo auxiliar de tensão (também chamado de eletrodo de
potencial), deve ser deslocada (geralmente em uma reta entre a malha de
aterramento e o eletrodo de corrente) a partir da periferia do sistema de aterramento
sob ensaio em intervalos regulares de medição iguais a 5% da distância “D”
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mostrada na figura abaixo. Dessa forma, é possível obter uma curva (Resistência X
Distância).

Figura 221 - Curva Resistência x Distância

MÉTODO DA INJEÇÃO DE CORRENTE

Este método é, em geral, o mais utilizado e adequado para instalações cujas


correntes parasitas sejam significativas, como é o caso de grandes subestações.
Para a realização do ensaio é necessário a montagem de uma malha de
aterramento auxiliar a em uma distância de 2,5x a diagonal da área da malha de
aterramento da subestação.
Aplica-se uma diferença de potencial (com o uso de um gerador) no circuito
formado pela malha de aterramento principal ensaiada e uma malha de aterramento
auxiliar tal que circule por este circuito uma corrente elétrica aproximada de 50
amperes tornando-se possível a medição da queda de tensão, podendo assim ser
calculado a resistência.

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Figura 222 - Diagrama do método de injeção de corrente para medição de resistência de
aterramento

A sonda, ou eletrodo auxiliar de tensão (também chamado de eletrodo de


potencial), deve ser deslocada (geralmente em uma reta entre a malha de
aterramento e o eletrodo de corrente) a partir da periferia do sistema de aterramento
sob ensaio em intervalos regulares de medição iguais a 5% da distância “D”
mostrada na figura abaixo. Dessa forma, é possível obter uma curva (Resistência X
Distância).

Figura 223 - Curva Resistência x Distância

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RECOMENDAÇÕES

O valor da resistência de aterramento deve ser o menor possível, normalmente


menor que 5 Ω.
O ideal, se possível, é verificar o valor da resistência de aterramento está
conforme o valor de projeto da malha de aterramento.

ENSAIO DE MEDIÇÃO DE TENSÃO DE PASSO E TOQUE

CONSIDERAÇÕES

Tensão de passo é diferença de potencial que surge na superfície do solo


entre dois pontos com uma distância equivalente ao passo de uma pessoa, que em
média é de 1,0 m.
Tensão de toque é a diferença de potencial que surge entre um ponto em
uma estrutura metálica conectada ao sistema de aterramento e um ponto na
superfície do solo com uma distância equivalente ao braço de uma pessoa.
Distância que em média é igual a 1,0 m.

NÚMERO DE PESSOAS

2 (duas) pessoas

MATERIAL E INTRUMENTOS NECESSÁRIO

 Termohigrômetro;
 Caixa de Ferramenta;
 Gerador 50 kVA;
 Material para limpeza (solvente, pano, etc..);
 Hastes de aterramento;
 Eletrodo de 20x20 cm
 Formulário Específico.

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ATIVIDADE DE ENSAIO

Aplica-se uma diferença de potencial (com o uso de um gerador) no circuito


formado pela malha de aterramento principal ensaiada e uma malha de aterramento
auxiliar tal que circule por este circuito uma corrente elétrica aproximada de 50
amperes tornando-se possível a medição das tensões de passo e toque através dos
seus devidos circuitos secundários descritos abaixo.

Figura 224 - Diagrama do método de injeção de corrente para medição de tensão de passo e
toque

CIRCUITO TENSÃO DE PASSO

O Circuito que deve ser construído para medição da tensão de passo deve
ser executado conforme a figura abaixo. Deve-se repousar sobre o solo 02 (dois)
eletrodos acobreados com dimensões aproximadas de 20x20cm, com distância de 1
m entre elas. A medição da tensão deve ser feita entre os terminais dos eletrodos
com um voltímetro como mostrado na figura, fazendo-se os registros dos valores
para posterior análise.

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Figura 225 - Circuito Tensão de passo

CIRCUITO TENSÃO DE TOQUE

O Circuito que deve ser construído para medição da tensão de toque deve ser
executado conforme a figura abaixo. Deve-se repousar sobre o solo um eletrodo
com dimensões aproximadas de 20x20cm com distância de 1 m entre a ele e uma
estrutura metálica que esteja conectada ao sistema de aterramento. A medição deva
ser feita entre a estrutura e o eletrodo com um voltímetro, como mostrado na figura,
fazendo-se os registros dos valores para posterior análise.

Figura 226 - Circuito Tensão de toque

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RECOMENDAÇÕES

Com os resultados medidos das tensões de passo e toque e feito uma


extrapolação desses valores para a corrente de falta do sistema.
Depois é feito uma comparação dos valores obtidos aos valores permissíveis
de acordo com o projeto da malha de aterramento.

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