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Proteção digital dos sistemas elétricos de

potência: dos relés eletromecânicos aos


microprocessados inteligentes

Introdução à Proteção dos Sistemas Elétricos

Prof. Titular Denis Vinicius Coury, coury@sc.usp.br


Prof. Dr. Daniel Barbosa, daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Prof. Juliano Coêlho Miranda, doutorando juliano.coelhomiranda@usp.br
Prof. Lázaro Eduardo da Silva, doutorando lazaro@usp.br
Universidade de São Paulo - USP
Escola de Engenharia de São Carlos – EESC
Departamento de Engenharia Elétrica
Laboratório de Sistemas de Energia Elétrica - LSEE

Docentes
• Prof. Titular Denis Vinicius Coury (coury@sc.usp.br)
• Prof. Dr. Daniel Barbosa (daniel.barbosa@pro.unifacs.br )
• Prof. Juliano Coêlho Miranda (doutorando juliano.coelhomiranda@usp.br)
• Prof. Lázaro Eduardo da Silva (doutorando lazaro@usp.br)

Goiânia, Junho de 2012.


SUMÁRIO
Proteção Digital dos Sistemas Elétricos de Potência: dos relés eletromecânicos aos
microprocessados inteligentes

Este minicurso apresenta o desenvolvimento histórico dos relés de proteção, iniciando com os
relés eletromecânicos e culminando em pesquisa realizada na implementação de relés
digitais inteligentes. Também fazem parte do seu conteúdo uma revisão geral das principais
filosofias de proteção, bem como a teoria matemática dos algoritmos dedicados a proteção
digital de linhas de transmissão, transformadores, máquinas rotativas e barramentos. Ênfase
também será dada a novas tecnologias aplicadas à proteção, incluindo o uso de ferramentas
inteligentes tais como Redes Neurais Artificiais e Algoritmos Genéticos. Assuntos correlatos
tais como mídia de comunicação para os relés digitais, o uso do protocolo IEC 61850 e
simulação digital de sistemas faltosos também são abordados.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
1 – Proteção Digital de Sistemas Elétricos de Potência: 4 – Digital Protection for Power Systems**
dos Relés Eletromecânicos aos Microprocessados A. T. Johns and S. K. Salman
Inteligentes** Peter Peregrinus Ltd – IEE
D.V Coury, M. Oleskovicz, R. Giovanini ISBN 0 86341 195 9
Universidade de São Paulo, 378p., 2007
ISBN: 978-85-85205-78-2 5 – Protective Relays - Application Guide, GEC
Measurements
2- Computer Relaying for Power Systems**
A. G. Phadke and J. S. Thorp 6 – Power System Relaying
John Wiley & Sons Inc A. G. Phadke and S. H. Horowitz
ISBN 0 471 92063 0 Research Studies Press Ltd
ISBN 0 863 801 854
3 – Power System Protection**
Volume 4: Digital Protection and Signalling 7 – Protection Techniques in Electrical Energy Systems
Edited by Electricity Training Association – IEE H. Ungrad, W. Winkler and A. Wiszniewski
ISBN 85296 838 8 Marcel Dekker, Inc.
ISBN 0 8247 9660 8
Desenvolvimento dos relés computadorizados

1.1 – Desenvolvimento dos relés computadorizados

Inicio das investigações em 1960.

Programas CC, fluxo de carga, estabilidade já estavam

implementados – proteção seria o próximo campo promissor.

Velocidade + Preço = Problema


Desenvolvimento dos relés computadorizados

1.2 – “Background histórico”


Idéia inicial: proteção manipulada por um único computador. Iniciou-se,
portanto estudos de algorítmicos encarando as complexidades da área.
Área de maior interesse: proteção de linhas de transmissão.
Era esperado um desempenho, no mínimo, igual ao dos relés convencionais.
Na década de 1970 houve um avanço significativo no hardware
computacional. Houve uma diminuição do tamanho, do consumo e do custo
dos relés bem como um aumento na sua velocidade de processamento.
Comprovando a possibilidade de implementação dos relés computadorizados.
Desenvolvimento dos relés computadorizados
1.3 – Benefícios esperados com o uso da proteção computadorizada

Custo: Inicialmente o relé computadorizado era de 10 a 20 vezes mais caro que o relé convencional.
Atualmente o preço de um relé digital sofisticado (incluindo o software) é praticamente igual ao preço
de um relé convencional.
Auto-checagem e confiabilidade: O relé pode ser programado para monitorar seu próprio software e
hardware, aumentando a sua confiabilidade.
Integração do sistema e ambiente digital: Tendência geral, sistemas de medição, comunicação de
dados, telemetria e controle serem computadorizados. Crescente utilização dos cabos OPGW.
Flexibilidade: dispositivo programável, podendo mudar suas características. Execução de diversas
funções: medição, monitoramento, localização de faltas, característica adapatativa.
Possibilidade de Implementação de Técnicas Inteligentes: RNA, Fuzzy, AGs e Agentes.

* Alguns Problemas: adaptação da tecnologia, mudanças no hardware, linguagem, ambiente hostil para o equipamento, etc.
Desenvolvimento dos relés computadorizados
Disjuntor
1.4 – Arquitetura do relé computadorizado
TC TP Linha de
Transmissão

TPs e TCs - transdutores corrente tensão


Módulos de interface Módulo de Interface
(Transformadores +
Sample and Hold filtros passa-baixa)

Multiplexador
Conversores analógico/digital Sample and Hold
+
Processador. Multiplexador

Conversores
* O suprimento de energia é geralmente fornecido
Analógico/Digital
por baterias

Microprocessador
(para algoritmo de
localização de faltas)
Organização do processo de amostragem:

a) Multiplexador de alta velocidade b) Uso do S/H

A/D entrada S/H A/D


MUX analógica
Sampling S/H MUX
clock
S/H
c) A/D individual (mais caro)

Sampling
A/D
clock
A/D Buffer

A/D

Sampling
clock
Elementos básicos da proteção digital

Arranjo da conversão analógica/digital do relé


1
2
3
va Princípio de um Entrada 4
S/H Multiplexador do sinal
5 Saída
vb 6 do
S/H sinal
7
vc S/H
MUX CAD Data Bus
ia S/H
Controle do sinal
ib S/H Microprocessador
Start Conversion
ic S/H
End of Conversion

MUX Address
Sample/Hold
Elementos básicos da proteção digital

Elementos básicos da proteção digital

Unidade auxiliar
de transformação Unidade Digital do Relé

va Filt S/H
CPU
vb Filt S/H
Sinal
vc Filt S/H A/D I Memória
M de
U D Trip
ia Filt S/H B
X D/I
ib Filt S/H
D/O
ic Filt S/H CLK

i0 Filt S/H Tap


Compensação devido a não simultaneidade dos sinais:
Para fasores:

x(t) amostra
 
no tempo
tx Os dois fasores vão diferir de um ângulo: 


  tx  t y .  2T (rad )
y(t) amostra
 
no tempo
ty
Onde T é a frequência fundamental do sinal.

Assim, os sinais podem ser colocados na mesma referência compensando-se o  .

Interpolação:
x(t) xk = { x1, x2, ... , xn}
tk = { t1, t2, ... , tn}
t’k ?
T
x’k será?
x’k = xk + ( xk+1 - xk) . T / (tk+1 - tk )
t
Desenvolvimento dos relés computadorizados

1.5 – A conversão analógica digital


Número de bits do conversor: Quanto maior o número de bits do conversor, menor é o
erro de quantização.

Máximo erro introduzido:


± ½ x nível de quantização (erro de quantização).

Taxa amostral: outro parâmetro importante.

Conversor N bits  2N valores a serem representados


Exemplo: N = 3  23 = 8 (8 níveis de quantização)
Desenvolvimento dos relés computadorizados

1.5 – A conversão analógica digital

Convertendo um sinal analógico em um código


binário
Conversão analógica/digital
Amostragem de um sinal analógico
Conversão analógica/digital
Conversão digital/analógica
Conversão analógica/digital
Efeito aliasing em um sinal amostrado.
Frequência < 0,5 fs
Teorema da amostragem:

1.6 – Filtros “anti-aliasing”


Para que uma determinada frequência f1 do sinal analógico seja ou
possa ser completamente reconstituída, a taxa amostral, no processo
de digitalização, deve ser no mínimo igual a 2xf1.

f1 = Frequência de Nyquist

• Para que não ocorra o fenômeno conhecido como sobreposição de


espectros (aliasing), filtros anti-aliasing devem ser usados.
Teorema da amostragem:

Ganho

fc
frequência

* A linha contínua mostra a característica ideal do filtro para uma frequência de


corte fc. O gráfico pontilhado mostra a característica real do filtro.
Comparação entre diferentes filtros para uma
frequência de corte igual a 360 Hz:
1.6 – Filtros “anti-aliasing”
Filtro RC – resposta em frequência e tempo
1.26K 2.52K

0.1f 0.1f * Filtro RC com frequência


de corte de 360 Hz

Ganho Saída
1.0 1.0
0.7

360 720
Tempo (ms)
Frequência (Hz)
Comparação entre diferentes filtros para uma
frequência de corte igual a 360 Hz:
1.6 – Filtros “anti-aliasing”
Comparação entre o filtro Butterworth e Chebyshev.
Relé Digital Diferencial L90
• Relé diferencial com disponibilidade
de comunicação (via UCA 2.0) de alta
velocidade via rede Intranet.
• Software resgata oscilografia e
eventos para rápido diagnóstico de
falta.
• Bastante flexível quanto ao uso.
• Característica modular – pode ser
atualizado em campo com módulos
substituíveis.
• Possibilidade de sincronização de
dados via GPS (Global Positioning
System).
Tendências Modernas na Proteção de Sistemas

• A Comunicação de Dados e as Fibras Ópticas: Processo de


compartilhamento e trocas de informação. Cabos OPGW (Optical
Ground Wire)

• O uso do GPS e dos PMUs (Phasor Measurements Units): Permitem


as concessionárias de energia a determinação de fasores de tensão e
corrente com relação a uma referência fixa.

• O uso da Transformada Wavelet e Ferramentas Inteligentes.

• A Aplicação de Tecnologias Intranet.


Agradecimentos

Introdução à Proteção dos Sistemas Elétricos

Prof. Titular Denis Vinicius Coury, coury@sc.usp.br


Prof. Dr. Daniel Barbosa, daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Prof. Juliano Coêlho Miranda, doutorando juliano.coelhomiranda@usp.br
Prof. Lázaro Eduardo da Silva, doutorando lazaro@usp.br
Proteção digital dos sistemas elétricos de
potência: dos relés eletromecânicos aos
microprocessados inteligentes

Proteção de Sistemas Elétricos, Revisão

Prof. Titular Denis Vinicius Coury, coury@sc.usp.br


Prof. Dr. Daniel Barbosa, daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Prof. Juliano Coêlho Miranda, doutorando juliano.coelhomiranda@usp.br
Prof. Lázaro Eduardo da Silva, doutorando lazaro@usp.br
A proteção de sistemas elétricos – revisão

Introdução.

Filosofias básicas da proteção.

Proteção das linhas de transmissão, máquinas, transformadores e

barramentos.

Transformadores de potencial e de corrente.


2.1 Introdução aos sistemas de proteção
Apanhado geral dos princípios operacionais dos relés em funcionamento atualmente.

Entrada {V e I fasoriais}  Saída {on-off - mudança de status}

Razão principal desta revisão: ponto de referência para a proteção microprocessada.


Muitas técnicas digitais utilizam dos mesmos princípios de maneira mais sofisticada.

Histórico:
Os primeiros relés eletromecânicos: robustos mecanicamente, imunes a EMI e
lentos.
Relés de estado sólido (final dos anos 50): componentes eletrônicos, não
necessitavam de manutenção, mais flexíveis e com maior velocidade de atuação.
Relés digitais
Atualmente há uma combinação de eletromecânico + estado sólido + digital nos
SEPs.
2.2 Função da proteção
Proteger os SEPs dos efeitos danosos de uma falta.
Atributos cada vez mais exigidos  crescimento, complexidade e interligamentos
dos SEPs.
Os relés de proteção devem provocar, sem delongas,
o desligamento total do elemento defeituoso.

Prováveis causas dos defeitos: Efeitos indesejáveis dos CC:


Ar: CC por aves, roedores, galhos de arvores, Redução da margem de
TCs, rigidez dielétrica afetada por frio ou estabilidade do sistema.
calor. Danos aos equipamentos
Isoladores de porcelana curto-circuitados ou próximos a falta.
rachados. Explosões.
Isolação de transformadores e geradores Efeito cascata.
afetados pela umidade.
Descargas atmosféricas.
Surtos de chaveamento.
Quadros Estatísticos dos defeitos
Quadros Estatísticos dos defeitos
Subsistemas do Sistema de Proteção

7
Circuito Disjuntor: isola o circuito faltoso interrompendo uma
corrente quando esta esta próxima de zero. É operado por um
disparador energizado pela bateria, que por sua vez, é comandada
pelo relé.
Transdutores: TPs e TCs – reduzem a magnitude da V e I (dentro de
certos limites, reproduzem fielmente os valores observados).
Relés: são os elementos lógicos do sistema de proteção. Normalmente
respondem a V e I acusando a abertura ou não dos disjuntores.
Bateria: fonte reserva do sistema (tem que ser independente do
sistema a ser protegido).
Características Funcionais dos Relés

Sensibilidade

Relé
Confiabilidade De Seletividade
Proteção

Velocidade de
atuação

9
Sensibilidade: capacidade da proteção em responder às anormalidades nas
condições de operação e CC a qual foi projetada, retirando de operação apenas a
parte do sistema que se encontra sob falta, deixando o resto do sistema operando
normalmente.
Seletividade: isolar completamente o elemento defeituoso e desligar a menor
porção possível do sistema, operando os disjuntores adequados a ele associados.
Velocidade de atuação: minimiza o vulto dos defeitos e risco de instabilidade. É o
tempo entre a incidência da falta e o comando de abertura do disjuntor dado pelo
relé.
Confiabilidade: probabilidade de um componente, um equipamento ou um sistema
satisfazer uma função prevista, sob dadas circunstancias e evitar operação
desnecessária durante a operação normal do sistema ou na presença de faltas fora
de sua zona de proteção.
5 M M 5

Zonas de Proteção 3
Estação C

Estação A 3 Estação B

2 3 3 2 3
1
G 4 4
1
G
1
G
4 4
2 2

3 A responsabilidade da proteção
de uma porção dos SEPs é
1 - Proteção de geradores
2 - Proteção de transformadores 4 definida por uma linha
3 - Proteção de barramentos Estação D pontilhada limite chamada zona
4 - Proteção de linhas de transmissão de proteção.
5 - Proteção de motores
2 3

1
D23 P2 D32
D12 D21

P1 Zona 1 4
P1
D24 P2
Zona 2

D42
Zona 3
Tempo de operação

R12
R12 T3 R23
R12 T2 R24

1 2 3 4
Localização da falta
O sistema de proteção: responsável pelas faltas ocorrendo dentro das zonas.
Os disjuntores isolarão o defeito respeitando a zona que a falta incide.
As zonas primárias são definidas pelos disjuntores.
Importante: as zonas de proteção se sobrepõem – para garantir que nenhuma porção
do sistema seja deixada sem proteção primária de alta velocidade (eliminação de
pontos cegos). É desejável manter esta região a menor possível.
Circuito primário duplicado, proteção local e proteção de retaguarda.
Deve ser ressaltada a exigência da proteção de retaguarda caso a
principal não funcione:
Opções:
Duplicação de alguns elementos do sistema como secundário do
TC, disparador do circuito disjuntor, etc.
Função de proteção de Retaguarda Remota e Local (retardo de
tempo de coordenação).
Classificação dos relés
Princípios fundamentais dos principais tipos de relés:
Relés de Magnitude: respondem as mudanças em magnitude; relés de
sobrecorrente.
Relés Direcionais: respondem ao ângulo de fase entre duas entradas
AC: V e I ou I1 e I2.
Relés de Distância: respondem a razão de dois fasores de entrada –
número complexo.
Exemplo: Relé de impedância.
Relés diferenciais: respondem a soma algébrica de correntes entrando
em uma zona de proteção.
Exemplo: Transformadores.
Relés de Fio Piloto: utiliza comunicação da informação da localização
remota como sinais de entrada.
2.3 Proteção de Linhas de Transmissão

Relés de sobrecorrente: respondem a amplitude de sua corrente.


– Pode ser usado para proteger qualquer elemento do sistema: LT,
trafos, geradores, etc.
– Para um sistema radial:

A B
Fonte de
Potência

R
Descrição funcional:

If  Ip disparo

If  Ip bloqueio

Onde:
Ip – corrente do enrolamento
secundário do TC previamente
definida (pickup)
If – corrente da falta
Ajuste do relé

Há normalmente dois tipos de ajustes:


a. Ajuste de corrente: |Ip| através de tapes do enrolamento de
atuação.
b. Ajuste de tempo: característica no tempo pode ser deslocada (½
atuação + rápida, 10 + lenta).

Frequentemente é desejável se obter o tempo operacional


dependente da magnitude da corrente: característica inversa,
muito inversa, extremamente inversa.
A escolha da característica vai depender da aplicação.
Tempo operacional em segundos

Tempo
Time-dial setting

Corrente

a. Temporizado: característica de tempo inversa b. Instantâneo


Curva de tempo-inverso típica de um relé de sobre-corrente comercial.
Relés direcionais

Quando o sistema é não radial, o relé de sobrecorrente pode não prover uma proteção
adequada.
F1
A B
F2

Sistema loop  há fonte geradora em ambos os lados

Dependendo da fonte, a corrente fluindo para a falta F1 (vista pelo relé B) pode ser
menor em módulo do que a fluindo para a falta F2.
No entanto, para faltas em F1, o sentido da corrente de falta vista por B inverte.
O relé direcional dará melhor proteção que o de sobrecorrente.
     0 opera
Descrição funcional:


0     bloqueia

onde:  é o ângulo entre a corrente de falta e a referência (tensão)

IB – Falta Reversa Na realidade, tomando-se a natureza


indutiva das linhas:
EB  /2 para falta em F2 ou condição
normal
 - /2 para falta em F1.
IB – Falta
Relés de distância

Diagrama Unifilar e Diagrama R-X


A F B

V, I

k – distância fracional com relação ao relé.


Considere x, y = a, b, c (fases). Se houver uma falta fase-fase-terra entre as fases x
e y (x ≠ y), pode ser mostrado que:

Ex  E y
 kZ1
Ix  Iy
Z1  impedância de sequência + da linha toda
Similarmente, para uma falta fase-terra, na fase x:

Ex
 kZ1
I x  mI 0

Onde: m=(Z0 – Z1)/Z0


Z0 = impedância de sequência 0
I0 = corrente de sequência 0 B

Relé mho: + comum em relés K


eletromecânicos e de estado sólido.
Quadrilátero: forma mais A R
apropriada – relés digitais.
Tipos de características de relés de distância.
Característica Operacional de um Relé de Distância tipo impedância
Característica Operacional de um Relé de Distância tipo Mho
Característica Operacional de um Relé de Distância tipo Quadrilateral
C
X
C
F2
D
F3 B

D A R

Como os limites do relé não são bem delineados, temos que usar relés de
múltiplas zonas para cobrir a linha toda.
Zona 1: opera instantaneamente
Zona 2: opera temporizado
Linha XY = operação instantânea de ambos os relés.
Fora dela, um relé opera instantaneamente e, o outro, de forma
temporizada (F2 e F3.)
Uma zona adicional 3 é criada para a proteção de retaguarda.
2.4 Proteção de transformadores
Transformadores maiores (2,5 MVA ou mais) são geralmente protegidos
por relés diferenciais percentuais (corrente).
Representação esquemática:

Bloqueio Disparo Bloqueio


2.4 Proteção de transformadores

Corrente efetiva na bobina retenção:


(I1 +I2)/2
Corrente efetiva na bobina operação:
(I1 – I2)

Para uma falta externa (ou corrente de carga):


– Op: (I1 – I2) = 0  plena retenção
– Ret.: (I1 +I2)/2 = I1 = I2
Para uma falta interna : (I2 torna-se negativo)
– Op: (I1 + I2)  fortalecido
– Ret.: (I1 +I2)/2  enfraquecido
Característica do relé diferencial percentual
Esquema de um transformador monofásico, com conexão de relé
de proteção diferencial.
Conexão dos transformadores de corrente (TCs).
N1:N2: RT (primário e o secundário) do transformador principal.
1:n1 e 1:n2: RT entre os ramos e os TCs.
Característica do relé diferencial percentual

Característica operacional de um relé diferencial percentual.


Ajuste:
– Valor inicial
– Declividade
Característica do relé diferencial percentual

Durante a energização, correntes anormais podem fluir no


enrolamento.
Corrente de magnetização: causada pela saturação do núcleo do trafo
(processo aleatório) – altas correntes. É necessário distinguir entre
faltas e correntes de magnetização.
Uma técnica usada para impedir a atuação sob condições de
magnetização é detectar a segunda harmônica. A corrente de falta é
quase puramente de frequência fundamental.
Isso pode ser feito através de filtros analógicos ou por meio de filtros
digitais (corrente harmônica é usada para fortalecer Iret.).
Outra situação a ser observada é quando o trafo está sobre-excitado.
Neste caso, a corrente de magnetização apresenta um componente de
quinto harmônico significativo (fortalecer o Iret).
Relé diferencial percentual

Fase A
10 Fase B
8
Fase C
Corrente Diferencial (A)

-2

-4

-6

-8

0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10

Tempo (s)

Corrente de magnetização durante a energização de um transformador.


Relé diferencial percentual

Fase A
60 Fase B
Fase C
40
Corrente Diferencial (A)

20

-20

-40

0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10

Tempo (s)

Corrente de falta interna em um transformador.


2.5 Proteção de reatores e geradores
A proteção principal para um reator e ou um gerador é similar a
proteção diferencial de transformadores.
Os transformadores de corrente empregados nos dois terminais de um
enrolamento de um gerador são especialmente “casados”.
Não é necessário nenhum artifício para considerar os erros causados
pelas mudanças dos taps.
Não é preciso se preocupar com a corrente de magnetização.
Usualmente é relacionada ao aquecimento do rotor causado pela
corrente de sequência negativa nos enrolamentos do estator
(correntes desbalanceadas do estator).
A corrente de sequência negativa do relé é testada para a quantidade:
2
 i2  K , abertura ou alarme
 K , não operação
2.6 Proteção de barramento

Por não ser fisicamente longo, o relé diferencial é usado para sua
proteção.
Quando não há falta no barramento: soma algébrica de todas as
correntes deve ser zero (considerando TCs idênticos).
2.6 Proteção de barramento
Problema a ser considerado: saturação do TC para uma falta externa.
Exemplo: corrente no ramo faltoso é alta, o TC corre o risco de se tornar
saturado.
TC saturado não produz corrente de secundário
Solução: relés de alta impedância ( a impedância mais baixa do
secundário do TC saturado bypassa a corrente diferencial do relé).
2.7 Transformadores de corrente e de potencial

Transformadores de corrente – TCs


Existe um erro na corrente
secundária causado pela saturação
do núcleo do TC.
Mesmo quando o núcleo do TC não
está saturado, a corrente
secundária apresenta um erro
devido a corrente de magnetização
(fluxo no núcleo).

Uma aproximação usual do TC e o diagrama fasorial das grandezas envolvidas.


2.7 Transformadores de corrente e de potencial

Transformadores de potencial – TPs


TPs em baixa tensão são muito precisos e, em geral, seus erros de
transformação podem ser ignorados.
Transformadores de potencial – TPs

1/2f (C1+C2) = 2f L: defasamento entre fase de (C1 + C2) é


cancelado pelo atraso de fase da L para todas as correntes de
carga e, a tensão secundária estará, em fase com a tensão
primária.
O erro em regime permanente do TPC é desprezível.
Motivo de preocupação: resposta transitória.
A tensão primária passa rapidamente do seu estado de pré-falta
para valores de pós-falta, a tensão de saída experimentará um
transitório atenuado antes de atingir o seu valor final de regime
permanente.
Transformadores de potencial – TPs
Este transitório atenuado depende dos parâmetros do TPC, impedância da
carga e fator de potência, bem como do ângulo de incidência da falta
primária. A resposta transitória do TPC causa dificuldade nas tarefas de
proteção que requerem entradas de tensão (criam imagens falsas da
tensão nos terminais de entrada do relé.
Agradecimentos

Proteção de Sistemas Elétricos, Revisão

Prof. Titular Denis Vinicius Coury, coury@sc.usp.br


Prof. Dr. Daniel Barbosa, daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Prof. Juliano Coêlho Miranda, doutorando juliano.coelhomiranda@usp.br
Prof. Lázaro Eduardo da Silva, doutorando lazaro@usp.br
Proteção digital dos sistemas elétricos de
potência: dos relés eletromecânicos aos
microprocessados inteligentes

Proteção Digital de Linhas de Transmissão

Prof. Titular Denis Vinicius Coury, coury@sc.usp.br


Prof. Dr. Daniel Barbosa, daniel.barbosa@pro.unifacs.br
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Prof. Lázaro Eduardo da Silva, doutorando lazaro@usp.br
Base matemática para a proteção digital

Introdução

A detecção da falta.

Uso de técnicas dos mínimos quadrados, Fourier, Walsh e Kalman.

A classificação da falta.

Sistema completo de proteção de distância para linhas de

transmissão.

A proteção baseada em ondas viajantes.

A proteção diferencial de linhas com três terminais.


3.1 Introdução

Atrai maior interesse de pesquisa por possuir a maior possibilidade

de melhora de desempenho.

Muitos algoritmos se baseiam no cálculo da impedância (valendo-

se dos processos de filtragem como a TDF ou mínimos quadrados).

Outros tipos de algoritmos são baseados no modelo R-L da linha,

ondas viajantes, lógica diferencial.


3.1 Introdução
• Janela de dados – 3 amostras (quando a nova amostra surge, a
última é abandonada - movimento).

t – tempo entre amostras


t   tempo que o microcomputador tem
para completar os cálculos: processadores
mais potentes ou algoritmos mais simples.
t  precisão

J2 e J3 – contém dados de pré e pós-falta


Os dados tem pouco significado para os algoritmos de
ajuste.
Comprimento da janela de dados

 janela de dados   tempo para a janela passar o ponto de falta


  tempo de decisão

Por outro lado :

 janela de dados   habilidade do algoritmo em rejeitar componentes de


alta freqüência.

Há portanto um compromisso ou relação inversa entre velocidade e precisão.


Fontes de erro

As ondas faltosas de corrente e tensão não são senoides de frequência


fundamental, ou seja, elas são compostas por:

Termo exponencial (componente CC,) que decai exponencialmente com a constante de tempo da
linha.

Sinais de alta freqüência associados com a reflexão das formas de onda.

Erros nos TPs e TCs.

Erros na conversão A/D (quantização e amostras não espaçadas exatamente em t).

Filtros anti-aliasing que reduzem a componente de alta freqüência e introduzem defasagem de
tempo.
Finalmente a própria linha de Pode portanto, ser criada uma família de
transmissão e as condições de falta são curvas (forma de onda) alterando-se:
responsáveis pelo processo aleatório do
ruído presente nas ondas:
ângulo de incidência da falta;

estrutura da rede, tais como

capacidade das fontes;

tipo de falta;

localização da falta ao longo da

linha e

resistência de falta.

* Todos estes parâmetros devem ser levados


em conta no processo de escolha do filtro
digital a ser usado.
Ondas típicas de corrente e tensão para uma falta fase-a-terra com
dados de dados pré e pós-falta.
3.2 A detecção da falta
Primeira Etapa: detecção do defeito, seguida da confirmação do mesmo, verificação
da zona de proteção, etc.

O defeito pode ser detectado de várias formas e é geralmente associado a mudanças no


sinal da tensão e ou corrente.

1o Método:

1. Amostra-se a corrente nos instantes


1, 2, 3, 4 em (a).
2. Faz-se a estimação (predição:
algoritmo) de 1’, 2’, 3’, 4’.
3. Compara-se os valores estimados
com os reais: havendo mudança
substancial, detecta-se a falta.
2º Método:

Os sinais de tensão e corrente são retificados: 1 – para variação positiva


0 – para variação negativa

 Condição normal: senóides – os períodos das variações positivas e das negativas são iguais.
 Condição de defeito: a variação positiva é diferente da negativa e isto é refletido.
3º Método:

As mudanças podem também ser detectadas pela comparação das formas de


onda da V e I com o ciclo anterior correspondente.

k – inicialmente é zero e é incrementado a cada variação significativa da


tensão.
Detecta-se o defeito quando k atingir um certo valor.
3.3 Técnica baseada nos mínimos quadrados
Admite-se uma forma de onda com os componentes descritos anteriormente:
Onde:
k1, k2, ..., kn+1 são os parâmetros incógnitos
N
  [k2 m sen(mt )  k 2 m  1 cos(mt )](*)
t N =número de componentes de harmônicos
k1e  = constante de decaimento
m 1
= freqüência angular

T N
E   {I  (k1e t
  [k2 m sen(mt )  K 2 m  1 cos(mt ))]}2 Onde:
o m 1 I = forma de onda a ser considerada
T = período amostral

 As soluções do procedimento de minimização são os parâmetros incógnitos k: Os parâmetros k


do componente de frequência fundamental são utilizados para calcular a impedância
aparente vista na locação do relé.
 O modelo básico (*) pode ser simplificado eliminando-se os harmônicos e considerando
componentes CC constante.
 A precisão depende do período de amostragem e do número de amostras por ciclo.
Técnica baseada na transformada Fourier
Esta técnica se fundamenta na teoria de transformadas ortogonais:
um par ortogonal de funções bases são correlacionadas com os dados
amostrais para extrair os componentes da função base da forma de
onda de entrada.

TDF  par ortogonal (funções seno e co-


seno)
Para expressões dadas na forma Assim, as expressões podem ser
retangular, para um ciclo de dados convertidas a forma polar, sendo a
a amostra k: expressão para a tensão:

N 1
Vc  2 / N{VT cos[(2 / N )T ]}
1
T 1
V  (Vs2  Vc )
2 2

 z  tan 1 (Vs Vc )
N 1
Vs  2 / N{VT sen[(2 / N )T ]}
 
1
T 1 Z  (Vs2  Vc2 ) /( I s2  I c2 ) 2

 z  tan 1 (V I )

Vi = amostra de tensão
N = número de amostras por ciclo
• Está implícito na análise de Fourier a filtragem dos dados: melhor
precisão quando se utiliza de janela de ciclo completo.

• Com o intuito de melhorar o tempo de resposta do algoritmo,


foram desenvolvidos dois outros métodos baseados na TDF:

– TDF de meio ciclo: alguns erros foram introduzidos devido a


componente CC e altas frequências.

– FFT (Fast Fourier Transform): versão otimizada da TDF no que diz


respeito a eficiência computacional.
Resposta em frequência de uma TDF de um ciclo completo e de meio
ciclo.
Nº Amostras Nº de Operações Nº de Operações
para a TDF para a FFT
16 256 64
32 1024 160
64 4096 384
128 16384 896
256 65536 2048
512 262144 4608

Resposta em frequência de um algoritmo de um ciclo completo e 12 amostras por ciclo.

DFT Método dos Mínimos Quadrados


Técnica baseada da função Walsh
Intimamente relacionada com a Transformada de
Fourier de um ciclo completo. Porém, as funções
ortogonais são ondas quadradas (par e impar).

O cálculo é simplificado: ondas quadradas  ± 1


somente:

 2n 
Yn  1 2   Yk Wn (k)
k 1 
 Um grande número de termos devem ser
incluídos para se obter uma boa estimativa.
 A simplicidade deve ser contrabalançada por
grande número de termos: problema para
proteção digital (tempo excessivo).

Ex: 4 primeiras funções Walsh.

Y1  1 4 Y1  Y2  Y3  Y4 
Y2  1 4  Y1  Y2  Y3  Y4 
Y3  1 4 Y1  Y2  Y3  Y4 
Y4  1 4 Y1  Y2  Y3  Y4 
Técnica baseada no filtro de Kalman

O filtro de Kalman é um estimador ótimo recursivo dos

componentes de frequência fundamental de V e I.

É necessário um conhecimento estatístico das condições

iniciais e o modelo do processo.

É necessário uma precisão do sinal de ruído:

Função de auto-correlação e variância do sinal de ruído

baseada na frequência e ocorrência de diferentes tipos de

faltas.

A probabilidade de distribuição da localização da falta.


Técnica baseada no filtro de Kalman

Muito bem aplicado em processamento digital on-line. Os dados

de entrada ruidosos (medidos) são processados recursivamente:

quando cada amostra se torna disponível em tempo real, ela é

utilizada para atualizar a estimativa prévia. Isto é repetido até

o estado-estável, onde nenhuma melhoria é alcançada.

O resultado possui rápida convergência para 60 Hz e baixo

esforço computacional.

O filtro de Kalman é inicializado com uma estimativa do sinal

e sua covariância com uma do erro.


O sinal de tensão é modelado segundo as equações:

Y  1 0
H k  cos(k) sen(k) Xk   c k   
Ys  0 1 

O sinal da corrente é modelado segundo as Yc  1 0 


equações: X k  Ys   k  0 1 
Y0  0 e  t 

H k  cos(k) sen(k) 1 Onde:

Xk = vetor de estado do processo (nx1) no tempo tK.


O modelo de três estados leva em consideração o k = matriz de transição de estado (n x N)
componente CC.
Hk = matriz que relaciona as medidas e os estados.

Em ambos os casos a covariância do sinal de ruído é:

Rk  Ke  Kt / T
Técnica baseada nos parâmetros RL da linha

A técnica assume a representação do modelo da linha de

transmissão com seus parâmetros concentrados.

Considera o componente CC como parte válida da solução.

Baseada na solução da equação diferencial, modelando o

sistema e não o sinal.

di(t )
V (t )  Ri (t )  L
dt
É então proposta a integração da equação em dois intervalos de
tempo distintos para obtenção de R e L.

V (t )  Ri (t )  L
di(t ) ^
R 
i  i v  v   i  i v  v 
ln ln1 n 1 n2 ln1 l n2 n n 1

i  i i  i  i  i i  i 
dt kr n
rn1 rn2 ln ln1 rn rn1 ln1 l n2

L^
h  ir  ir vn1  vn2   ir  ir vn  vn1 
k ln 
t1 t1

    
n n1 n1 n2
 V (t )dt  R  i(t )dt  L{t (t
t0 t0
1  i (t 0 )
2 irn1  irn2 iln  iln1  irn  irn1 iln1  iln2
t2 t2

 V (t )dt  R  i(t )dt  L{t (t 2  i(t1 )


L R
i(t)
t1 t1

e(t)
3.3 Técnica baseada nos parâmetros RL da linha

Considerando-se 3 amostras de corrente e tensão suficientes para

computar as estimativas, temos (k, k+1 e k+2). A solução é obtida através

da regra trapezoidal.
– Através dos valores de R e L calcula-se Z = R + jL e tem-se o
procedimento idêntico aos outros.
– No entanto, deve ser dito que o modelo anterior não considera
capacitância em paralelo (ou série) associada as linhas de
transmissão.
Assim, um novo modelo proposto acomodará tanto o componente CC como

componentes de alta frequência. A equação básica será:

di(t ) d 2V (t )
V (t )  R(i)  L  LC
dt dt 2
No entanto, o esforço computacional é aumentado consideravelmente.

Outros modelos de linhas foram propostos, incluindo filtros para

compensar o efeito capacitivo das linhas.

L R
i(t)

e(t) C

di(t ) d 2V (t )
V (t )  R(i)  L  LC
dt dt 2
Amostra k
va, vb, vc
3.4 A classificação da falta ia, ib, ic

Uma vez que o tipo de falta não é a priori conhecido, Cálculo da


distância para 1
pode-se calcular a distância supondo 6 diferentes tipos a fase a-b

de falta. b-c 2
Somente alguns dos cálculos apresentará resposta
c-a 3
dentro da zona de proteção do relé, ou outros estarão
a-t 4
fora, dependendo do caso:
– a - b = bloco 1 b-t 5
– a - b - terra = blocos 1, 4, 5
c-t 6
– a - b - c = todos os 6 blocos
Checagem da falta
* Haverá uma considerável diminuição do tempo (zona de proteção)
computacional se houver determinação inicial do
tipo de falta. Saída
Assim, considerando uma sub-rotina para classificação de falta:

Amostra
k

Tipo de Falta

1 2 3 4 5 6

Distância k
Os métodos de classificação de faltas normalmente são implementados

através da comparação entre os componentes superpostos dos fasores

normalizados de Ia, Ib, Ic e I0 . Esses valores são comparados a valores

limites e a classificação da corrente pode ser obtida.

Se a classificação for incerta, a situação deve ser reconhecida pelo

processador e as seis quantidades anteriores devem ser calculadas.


Processo de classificação
de diferentes tipos de
faltas em uma linha de
transmissão.
Sinais Tensão e
3.5 Algoritmo completo de proteção Corrente
de distância
Detecção da
Falta
Filtragem Digital
Filtragem
Digital
Fourier
Amostras Walsh
Kalman Fasores Classificação
MQ da Falta

Imp. aparente
(distância)
Os dados ruidosos são processados para determinar as
quantidades (fasores) requeridas pelo relé.
Decisão
Abertura
3.6 A proteção baseada em ondas viajantes
Possibilita uma extinção extremamente rápida da falta.
Frequências amostrais mais elevadas se fazem necessárias para perfeita representação
do fenômeno transitório.
Faz a estimação da localização da falta através do intervalo de tempo entre a chegada
de uma onda incidente e a correspondente onda refletida pela falta.
3.6 A proteção baseada em ondas viajantes
Os componentes injetados Vf e If podem ser expressos em termos de uma
onda viajante direta (f1) e uma onda viajante reversa (f2) representadas
por:

Onde v e Z0 são a velocidade de propagação e a impedância


característica da linha. x é a distância que a onda viaja do ponto de falta
até o relé.
Na prática, a seguinte função de correlação discreta de valor médio é
usada:

S1 e S 2 são os seus valores médios e Ƭ é o tempo entre as ondas


(indica a distância da falta).
3.7 Proteção digital diferencial de linhas

Princípio básico da proteção diferencial de corrente de linha

A corrente diferencial e de bias são formadas por: D(t) = ix(t) + iy(t) + iz(t)
B(t) = ix(t) - iy(t) - iz(t)
Princípio básico da proteção diferencial de corrente de
linha
Os valores instantâneos das correntes em cada terminal são
modulados em frequência e transmitidos aos outros via microondas.

Construção básica de um
sistema FM de relé.
A figura abaixo mostra a característica básica de um relé diferencial
percentual FM típico.
D(t )  K B B(t )  K S
K S  valor threshold
D(t )  S (t )  K S  K B B(t )

As quantidades modais diferenciais e bias podem ser definidas por:

 
D1 (t )  iax (t )  icx (t )  iay (t )  icy (t )  iaz (t )  icz (t )
B1 (t )  iax (t )  icx (t )  i
ay (t )  icy (t ) i
az (t )  icz (t )

 
D2 (t )  iax (t )  ibx (t )  iay (t )  iby (t )  iaz (t )  ibz (t )
B2 (t )  iax (t )  ibx (t )  i ay (t )  iby (t ) i az (t )  ibz (t )
O ALGORITMO LÓGICO DE DECISÃO:
(a) Forma de onda típica para falta externa.
(b) Forma de onda típica para falta interna.
Agradecimentos

Proteção Digital de Linhas de Transmissão

Prof. Titular Denis Vinicius Coury, coury@sc.usp.br


Prof. Dr. Daniel Barbosa, daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Prof. Juliano Coêlho Miranda, doutorando juliano.coelhomiranda@usp.br
Prof. Lázaro Eduardo da Silva, doutorando lazaro@usp.br
Proteção digital dos sistemas elétricos de
potência: dos relés eletromecânicos aos
microprocessados inteligentes

Proteção Digital de Transformadores,


Máquinas Rotativas e Barramentos
Prof. Titular Denis Vinicius Coury, coury@sc.usp.br
Prof. Dr. Daniel Barbosa, daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Prof. Juliano Coêlho Miranda, doutorando juliano.coelhomiranda@usp.br
Prof. Lázaro Eduardo da Silva, doutorando lazaro@usp.br
Transformadores
(87T)
Linhas de
Motores (87M) Transmissão
(87L)

Proteção
Barramentos
Geradores (87G) Diferencial (87B)
(87)
Proteção Diferencial
• Utiliza a Leis de Kirchhoff
𝑁

𝐼𝑛ó = 𝐼𝑘 ≈ 0
𝑘=1

• Zona de Proteção Seletiva


D

– Limites dos TCs


87

A B

Elemento Protegido
87 87

87

C
Proteção Diferencial
A B

Equivalente
87 Comunicação 87
Equivalente

Ia
+
Ib

I  I a  I b  Ajuste Ia
∆I
Comparação entre Fasores
Ib
ou
Valores momentâneos
Proteção Diferencial: Defeito Externo

A A

Elemento
B B
Protegido

C C

Não passa corrente nas


bobinas de operação
Proteção Diferencial: Defeito Interno
Curto-circuito entre as
fases A e B

A A

Elemento
B B
Protegido

C C
Proteção Diferencial

Tradicional Numérico
• Circuitos galvanicamente • Circuitos dos TCs são
conectados, devendo ser segregados e devem ser
conectados à terra apenas ser aterrados em cada lado
uma vez • Diferentes RTCs são
• Diferentes RTCs precisam ser compensados numericamente
adaptados por TCs aux.

A A A A

Elemento Elemento
B B B B
Protegido Protegido
C C C C

∆I ∆I ∆I
∆I
Proteção Diferencial: Barramento (1)

Zona de Proteção

87

Cargas

Equivalente
Proteção Diferencial: Barramento (2)
Carga Cargas

Zona de Proteção

87B

Carga Cargas
Proteção Diferencial: Barramento (3)

Central de Processamento Zona de


Proteção

Bay Bay Bay Bay Bay Bay


Unit Unit Unit Unit Unit Unit

Cargas

Equivalente
Proteção Diferencial: LT – Comparação de Corrente

• Comparação de Corrente (50/60 Hz) por meio de conexão com par


metálico

A B

Equivalente Equivalente
87
Proteção Diferencial: LT – Comparação Fasorial

• Comparação Fasorial com comunicação digital

A B

Equivalente
87 ... Link dedicado 87
Equivalente
...
Outros Outros
MUX MUX
Serviços Serviços
Fibra Ótica
Microondas
Proteção Diferencial: Máquina Rotativa

Gerador

A A

B B

C C

∆I ∆I ∆I
Proteção Diferencial: Máquina Rotativa

87

87

87
Proteção Diferencial: Transformador

Transformador de Potência

Ip Is

1:n1 1:n2

Np:Ns

ips
iss
ips+iss

Relé diferencial percentual


Proteção Diferencial: Transformador

A A

B B

C C

∆I ∆I ∆I
Relé 87
Proteção Diferencial: Curva característica

Funcionamento
𝑁

𝐼𝑂𝑃 = 𝐼𝑖
𝑖=1

𝐼𝑅𝑇 = 𝑘 𝐼𝑖
𝑖=1
Proteção Diferencial: Falsas Correntes Diferenciais
IDiff
ZONA DE
4
OPERAÇÃO

3 Erro Total

2
Saturação de TC

1 Erro de RTC / TAP

Corrente de Energização
IRest
5 10 15
Proteção 87T: Parametrização da Curva – Tipo 1
Característica Ideal
IOP para os Defeitos Faltas Internas

Instantâneo
Limite
o
2 Slope

Limite
o
1 Slope
2o Slope
I mínimo
1o Slope
IRest
Proteção 87T: Parametrização da Curva – Tipo 2
MÉTODOS DE DETECÇÃO
Proteção 87: Merz & Price – Patente de 1904

a: alimentador i: disjuntores
b: gerador k, l: Contatos fixo e móvel do relé
c: subestação m: circuito
d: Enrolamento Primário do TC n: bateria
e: Enrolamento Secundário do TC o: dispositivo eletromagnético com armadura
f: Terra ou condutor de retorno p.
g: fio piloto
h: enrolamentos do relé
Proteção 87: Relé de Indução Eletromecânico

I1 I2

Elemento Protegido

i1 i2
Proteção 87: Comparador de Diodos e Bobina Móvel
Proteção 87: Relé estático
Proteção 87: Relé Digital – Valores Instantâneos

𝑰𝑨𝒌

A B

Elemento Protegido
87 87

𝑰𝑶𝑷 = ∆𝑰 = 𝑰𝑨𝒌 + 𝑰𝑩𝒌

𝑰𝑹𝒆𝒔𝒕𝒓𝒊çã𝒐 = 𝑰 = 𝑰 𝑨𝒌 + 𝑰 𝑩 𝒌
𝑰𝑩𝒌

*Figura extraída de G. Ziegler, 2005


Proteção 87: Relé Digital – Fasores

𝑰𝑨 𝑰𝑩 j·IAS IA
I
A B

Elemento Protegido
IBC
IAC, IAS
IAC
87 IBC, IBS 87
IB
j·IBS

∆I
trip 𝑰𝑶𝑷 = ∆𝑰 = 𝑰𝑨 + 𝑰𝑩

𝑰𝑹𝒆𝒔𝒕𝒓𝒊çã𝒐 = 𝑰 = 𝑰𝑨 + 𝑰𝑩
Restrição
∆I>
SI
Proteção 87: Relé Digital – Sincronização de Fasores
A B IB(tA3)
Elemento Protegido
a IB(tB3)
IAC, IAS
87 IBC, IBS 87

Faso
re
Corr s de
ente
t B 3  t A3
a  360
...
tA1
tA1 tB1
tA2
tPT1 TP
tB2 tBR
tA3 tD

t B 3  t A3  tTP 2
tB3
tA4 tPT2 e
res d tB4
Faso ente
tAR t Corr
A5 ...
tV tB5
t A1
t B3
t A1  t AR  t D
ttransmissão  t PT 1  t PT 2 
*Figura extraída de G. Ziegler, 2005 2
Proteção 87: Relé Digital – Sincronização de Fasores

Risco do aparecimento
de falsas correntes
diferenciais
Velocidade do canal de
Sincronização por GPS
comunicação é crucial
Tempo de comunicação
entre 0,10 à 0,25 ms
Mais insensibilidade do
relé
Proteção 87: Saturação de TC
A B

Elemento Protegido

87

Falta Interna Falta Externa


Proteção 87: Saturação de TC
Proteção 87: Saturação de TC – Falta Externa

*Figura extraída de G. Ziegler, 2005


Proteção 87: Saturação de TC – Falta Externa

*Figura extraída de G. Ziegler, 2005


Proteção 87: Saturação de TC
Inicio da
Saturação

Aumento da
Restrição IRestrição

IOperação

*Figura extraída de G. Ziegler, 2005


PARALELISMO VS PROTEÇÃO
DIFERENCIAL DE
TRANSFORMADORES
Proteção 87T: Paralelismo

Permite um maior
Aumento do nível Melhoria da Flexibilidade de
carregamento do
de curto circuito confiabilidade manobra
alimentador

Redução da
Ex.: algumas
impedância
indústrias
equivalente
Proteção 87T: Paralelismo – Esquemático (Exemplo)

Paralelismo
Proteção 87T: Paralelismo – Energização solidária

Influenciado pela entrada TR2A


Proteção 87T: Paralelismo – Energização solidária

Envoltória das correntes de energização


Proteção 87T: Paralelismo – Energização solidária

Conteúdo harmônico
das correntes logo
após a energização
de TR2A
Proteção 87T: Paralelismo – Energização solidária – SEP

Ajustes
Restrição Harmônica Slopes Pickup Instantâneo
2ª Harm 5ª Harm 1º Slope 2º Slope
0,3 pu 8 pu
15% 35% 25% 50%
Proteção 87T: Paralelismo – Energização solidária – T1

FI_D_A10B10_ANG330
Proteção 87T: Paralelismo – Energização solidária – T2

FI_D_A80_A50_ANG00
ASPECTOS ESPECÍFICOS DA
PROTEÇÃO 87T
Proteção 87T: Sobreexcitação
Proteção 87T: Sobreexcitação
Proteção 87T: Sobreexcitação

I1 I2

Y
Y Y

87
Proteção 87T: Ajustes
Proteção 87T: Aquisição de dados

1 0  1
Correção 1 
Grupo Vetorial: dY11   1 1 0 
3
 0  1 1 

 I A   2  1  1   I A 
Matriz de    1  I 
I   1  2  1
correção I0:  B  3   B 
 I C    1  1  2  I C 
Proteção 87T: TAP - Compensação da Corrente - Trafo ∆Y
• Enrolamento em ∆ • Enrolamento em Y

Relé 𝐼𝐴1 Relé 𝐼𝐴2 − 𝐼𝐵2


𝐼𝐴1 = 𝐼𝐴2 =
TAP1 TAP2 ∙ 3
Relé 𝐼B1 𝐼𝐵2 − 𝐼C2
𝐼B1 = Relé
𝐼B2 =
TAP1 TAP2 ∙ 3
𝐼𝐶1
Relé
𝐼C1 = Relé 𝐼𝐶2 − 𝐼𝐴2
TAP1 𝐼C2 =
TAP2 ∙ 3

𝑆𝑀𝑉𝐴 ∙ 1000 𝐶 = 1 (𝑇𝐶𝑠 𝑒𝑚 𝑌)


𝑇𝐴𝑃 = ∙𝐶 ∴
𝑘𝑉𝐿𝐿 ∙ 𝑅𝑇𝐶 ∙ 3 𝐶 = 3 (𝑇𝐶𝑠 𝑒𝑚 ∆)
Proteção 87T: Grupo Vetorial
• Refere-se ao defasamento angular entre os dois lados do
transformador

– Transformadores ∆Y

A a a2

C1 A2
a1
c1 b
b1 b2
C2 A1

C B c2
B1 B2
c
Proteção 87T: Grupo Vetorial – Compensação por TCs

A A

B B

C C

Não passa corrente nas


bobinas de operação
Proteção 87T: Grupo Vetorial – Compensação por Matriz
Proteção 87T: Grupo Vetorial (IEEE Std. C37.91)
Proteção 87T: Eliminação 𝑰𝟎
• A eliminação do 𝑰𝒐 é necessária em todos os enrolamentos com
neutro aterrado ou com transformador de aterramento na zona de
proteção
2
– A sensibilidade para faltas à terra é reduzida a !
3
– Indicação incorreta do tipo de defeito!

• A eliminação do 𝑰𝒐 fornece alta sensibilidade para defeitos à terra


e indicação correta da fase sob defeito. Todavia, exige um TC de
neutro

• Como uma alternativa, a proteção de terra restrito pode ser usada


para defeitos à terra
Proteção 87T: Eliminação 𝑰𝟎 - Falta Externa

*Figura extraída de G. Ziegler, 2005


Proteção 87T: Eliminação 𝑰𝟎 - Falta Interna

*Figura extraída de G. Ziegler, 2005


Proteção 87T: Falta AT – Trafo solidamente aterrado
Proteção 87T: Falta AT – Trafo aterrado com Impedância

ℎ ∙ 𝑈𝑅
𝐼𝐹 =
𝑅𝐸
2
1 𝑈2𝑛 𝑈𝑅
ℎ ∙ 𝜔2 𝑈2𝑛 𝐼𝐾 = ℎ ∙ ∙ ∙
𝐼𝐾 = ∙ 𝐼𝐹 = ℎ ∙ ∙ 𝐼𝐹 3 𝑈1𝑛 𝑅𝐸
𝜔1 𝑈1𝑛 ∙ 3
Proteção 87T: Falta entre espiras
Proteção 87T: Proteção de Terra Restrito
Proteção 87T: Proteção de Terra Restrito

• Aumento da sensibilidade com faltas à terra próximas ao neutro do


enrolamento Y

– De preferência, utilize essa função em caso de resistência ou


reatância aterramento do neutro

• Sensível aos curtos-circuitos entre espiras


Proteção 87T: Proteção de Terra Restrito

𝑰𝒐
• Comparação de amplitude e fase entre
𝑰𝑵

• Pode ser usada para proteger um reator shunt separado ou


transformador com neutro aterrado em adição a proteção
diferencial

• Não se aplica em autotransformadores!

– O princípio de alta impedância pode ser usado neste caso.


Proteção 87T
Proteção de Terra Restrito
Agradecimentos

Proteção Digital de Transformadores,


Máquinas Rotativas e Barramentos

Prof. Titular Denis Vinicius Coury, coury@sc.usp.br


Prof. Dr. Daniel Barbosa, daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Prof. Juliano Coêlho Miranda, doutorando juliano.coelhomiranda@usp.br
Prof. Lázaro Eduardo da Silva, doutorando lazaro@usp.br
Proteção digital dos sistemas elétricos de
potência: dos relés eletromecânicos aos
microprocessados inteligentes

Ferramentas Inteligentes e Aplicações

Prof. Titular Denis Vinicius Coury, coury@sc.usp.br


Prof. Dr. Daniel Barbosa, daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Prof. Juliano Coêlho Miranda, doutorando juliano.coelhomiranda@usp.br
Prof. Lázaro Eduardo da Silva, doutorando lazaro@usp.br
Novas Ferramentas utilizadas em Proteção

Sistemas
Transformadas
Inteligentes
Sistemas Fuzzy Wavelet
Algoritmos Genéticos
Redes Neurais Artificiais Clarke

Agentes Park
PSO
... ...
Sistemas Inteligentes
• Inspirados na biologia

• Aplicações
– Reconhecimento de padrões

– Otimização

– Tratamento de dados quantitativos

– Etc ...
Algoritmos Genéticos

Adaptação Seleção Evolução


Algoritmos Genéticos Máximo Mínimo
cruzamento
Real
1100101010 avaliação
Binário
1011101110
Híbrido cromossomos 1100101110
1100101110
1100101010 1100101110
codificação 0011001001
1011101110 1100101110
Soluções decodificação
0011011001
1100110001 Soluções
mutação

0011011001
nova cálculo da
população aptidão

0011001001
seleção
roleta

classificação

truncamento

torneio
Algoritmos Genéticos: Resumo

Gênesis
Criação da População Inicial
Associação de cada indivíduo a probabilidade de
Seleção
reprodução, ou seja, valor de aptidão

Cruzamento
“Melhoramento Genético”

Mutação
Proporcionar diversidade a população
Seleciona os indivíduos mais aptos para a próxima
Elitismo
geração
Critério de
Parada Ponto no qual o algoritmo será finalizado
AGs e Estimação da Frequência

𝜕𝑓 ∆𝑆
=−
𝜕𝑡 2𝐻
𝜕𝑓
:variação de frequência no tempo
𝜕𝑡
∆𝑆 : variação de potência (kVA)
𝐻: const. de inércia dos geradores
AGs e Estimação da Frequência
AGs e Estimação da Frequência

• Modelo matemático da forma de onda

𝑣 𝑡 = 𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜 𝑠𝑒𝑛 2𝜋𝑓𝑡 + 𝜑


– 𝑓: frequência do sinal
– φ: ângulo de fase

• Representação do cromossomo

𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜 𝑓 𝜑
AGs e Estimação da Frequência

Função de Avaliação:
e(t) = x(t) - xe(t)
Sinal estimado - xe(t) 1
fa 
Sinal de corrente

m
Sinal amostrado - x(t)
k
e 2

k 1

t m
m: n° de amostras do sinal
t1 t2 t3 t4 ... tm-3 tm-2 tm-1 tm Δ: 0,00001
Tempo

minimizar o vetor de sinal estimado ≈


Algoritmo Genético
erro sinal amostrado
AGs e Estimação da Frequência
• Resultados
– Variação da amplitude

AMPLITUDE
FREQUENCIA
ÂNGULO FASE
0,80
0,6997 Forma de onda a 60 Hz – 0º - ½
0,6994
0,70 ciclo para mostrar a influência da
variação da amplitude na
0,60 estimação dos parâmetros.
0,50
Erro

0,5000
0,40
0,4004
0,30
0,3004
0,20
0,10
0,0015 0,0009 0,0001 0,0019 0,0012
0,00
2,5 5 7,5 10 12,5

Amplitude
AGs e Estimação da Frequência
• Resultados
– Variação da Taxa de Amostragem

Amplitude
Frequencia
Ângulo de fase
1,00
Forma de onda a 60hz – 0º - ½
0,90 ciclo para mostrar a
0,80 influência da taxa de
amostragem na estimação dos
0,70 0,8992
parâmetros.
0,60
Erro

0,5000
0,50
0,5000
0,40
0,2005
0,30
0,20
0,10 0,0002 0,0015 0,0025 0,0002
0,00
2400 1200 800 400
Taxa de Amostragem
AGs e Estimação da Frequência
• Resultados
– Variação da frequência

Amplitude
Frequencia
Ângulo
0,80
Forma de onda a 60 Hz – 0º - ½
0,70 ciclo para mostrar a influência
da variação da frequência na
0,60 estimação dos parâmetros.
0,6994
0,50
Erro

0,40
0,30
0,20
0,1007
0,10
0,0024 0,0019 0,0028 0,0045
0,00
58 60 62

Frequência (Hz)
Redes Neurais Artificias

Informação Experiência Aprendizado


Redes Neurais Artificias

Neurônio Artificial

Neurônio Real
Redes Neurais Artificias

Tipo

• MLP
• Kohonen
• Hopfield
• Art

Topologia

• Camadas

Treinamento

• Supervisionado
• Não Supervisionado

Generalização

• Conjunto de Treinamento
• Conjunto de Teste
RNAs e Saturação de TCs

Saturação transitória
com componente cc

Saturação em regime permanente


com corrente ca
RNAs e Saturação de TCs

RTC 2000:5
13,8kV
RNAs e Saturação de TCs
RNAs e Saturação de TCs
RNAs e Saturação de TCs
RNAs e Proteção de Transformadores

Transformadores de Potência (𝑆𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 ≥ 10𝑀𝑉𝐴)

Proteção diferencial percentual com restrição harmônica como proteção primária

Possíveis erros de detecção de defeito (energização, saturação dos TCs, faltas próximas ao neutro, ..)

Método alternativo utilizando a lógica diferencial associada a RNAs para melhorar o desempenho da proteção
Após a detecção da corrente diferencial, as RNAs farão o reconhecimento dos casos de energização e falta interna. O relé só atuará no
segundo caso.
RNAs e Proteção de Transformadores
i A1
25MVA
wij
i A2
i A3 Transformador 13,8kV/138kV
i A4

Curva de
i B1
Saturação
i B2 wij

i B3
1 ou 0
i B4

i C1
i C2
i C3
wij
i C4

CAMADA DE CAMADA CAMADA


ENTRADA OCULTA DE SAÍDA

Melhor arquitetura de RNA testada Processo de treinamento de uma rede MLP com
Backpropagation. Aproximadamente 400 casos foram
utilizados.
RNAs e Proteção de Transformadores

A rede neural analisada confirmou


Saída da a correta classificação de todos os
RNA padrões testados.

100% de acerto

Amostras
Sistemas Fuzzy

Vou
ao
SBSE!

Incerteza Ponderação/Equilibrio Decisão


Sistemas Fuzzy: Estrutura

Regras

Variáveis Medidas Inferência Região de Saída


• Valores Linguísticos • Regras: “Se Então” • Valores Linguísticos

Nível Linguístico
Fuzzificação Defuzzificação
Nível Numérico

Entradas Saídas
Sistemas Fuzzy: Exemplo
Sistemas Fuzzy e Proteção de Transformadores (ProtAGH)

Pré - processamento Sistema Fuzzy

mA1(x)
I’a Harmônicos Corrente
I’b Diferencial Componentes
DFT Harmônicas
Correntes

I’c Primário x secundário


FFT Fuzzificação
Entradas Janeladas

i’a
a
AG 1 . Harm
Saída
Regras
i’b Corrente a
2 . Harm
Normalização de Trip
Relação de Implicação:
i’c Restrição 5a. Harm Mandani
Bloqueio
Inferência
Fluxo
V’a mA1(x)
t
v p , k  v p , k 1   L p i p , k  i p , k 1 
Tensão

Corrente de
Fluxo

V’b 2 Operação
i p , k  is , k   i p , k 1  is , k 1 
V’c centro de área

Defuzzificação

Próxima janela de dados


Sistemas Fuzzy e Proteção de Transformadores (ProtABG)
Componentes
Pré - processamento abg Sistema Fuzzy

Primário mA1(x)
I’a Primário Secundário
I’b I’c i’c
Ref. A

I’c I’a i’a Ref. B


Fuzzificação
Entradas Janeladas

I’b i’b Ref. C


I’a i’a Saída
Regras
Correntes

I’b i’b Secundário


Trip
I’c i’c Relação de Implicação:
Ref. A Mandani
Bloqueio
I’b i’b
Inferência
I’c i’c Ref. B

I’a i’a Ref. C


i’a mA1(x)

i’b Transformada de Clarke Cálculo Diferencial


i’c Primário e Secundário centro de área

Ref. A a
Defuzzificação

Ref. B b

Ref. C g
29

Próxima janela de dados


Sistemas Fuzzy e Proteção de Transformadores (ProtABG)
𝑁
a, b e g
∆𝛼𝑝ℎ = 𝐼∝𝑝ℎ (𝑘) + 𝑖∝𝑝ℎ (𝑘)
1 1
1 − − 𝑘=0
𝐼∝𝑝ℎ 2 2 𝐼𝑝ℎ 𝑁
2 3 3 𝐼
𝐼𝛽𝑝ℎ = ∆𝛽𝑝ℎ = 𝐼𝛽𝑝ℎ (𝑘) + 𝑖𝛽𝑝ℎ (𝑘)
3 0 − 𝑝ℎ+120°
𝐼𝛾𝑝ℎ 2 2 𝐼 𝑘=0
𝑝ℎ−120°
1 1 1 𝑁
2 2 2
∆𝛾𝑝ℎ = 𝐼𝛾𝑝ℎ (𝑘) + 𝑖𝛾𝑝ℎ (𝑘)
𝑘=0

Ic Ia Ib
Referência
Ia Ib Ic Ângular
Ib Ic Ia 30
Sistemas Fuzzy e Proteção de Transformadores (ProtABG)

31
Componentes de Clarke: defeito interno à terra
Sistemas Fuzzy e Proteção de Transformadores (ProtABG)

32
Sistemas Fuzzy e Proteção de Transformadores (ProtAGH e
ProtABG)
Sistemas Fuzzy e Proteção de Transformadores
• Resultados
– Energização
Sistemas Fuzzy e Proteção de Transformadores
• Resultados
– Energização sob defeito AG em 10% no Secundário em Estrela
Sistemas Fuzzy e Proteção de Transformadores
• Resultados
– Defeito bifásico A50%-A5% no Secundário em Estrela
Agentes

Ambiente Mobilidade Individual/Coletivo


Agentes

“Um agente é uma entidade real ou virtual, capaz de agir num


ambiente, de se comunicar com outros agentes, que é movida por um
conjunto de inclinações (sejam objetivos individuais a atingir ou uma
função de satisfação a otimizar), que possui recursos próprios, que é
capaz de perceber seu ambiente, que dispõe (eventualmente) de uma
representação parcial deste ambiente, que possui competência e
oferece serviços, e cujo comportamento tende a atingir seus
objetivos utilizando as competências e os recursos que dispõe,
levando em conta os resultados de suas funções de percepção e
comunicação, bem como suas representações internas.”
Agentes

Agentes humanos
• Agente de viajem; agente de investimentos, etc
• Possuem conhecimentos específicos e contatos para realização de
uma tarefa determinada
• Realizam a tarefa de maneira mais rápida e eficiente

Agentes computacionais
• São programas de computador que possuem algumas características
específicas
• São projetados para realizar tarefas específicas, com eficiência e
baixo custo
• Várias definições foram propostas
Agentes

Reatividade

Autonomia

Orientação a objetivos (ou pró-ativismo)

Continuidade temporal

Comunicabilidade

Inteligência

Mobilidade
Agentes e Proteção de Sistemas Elétricos de Potência

Ambiente
Sensor de Entrada Acionador de Saída
Agentes

Subestação
LAN da
Comunicação
+
Agente Algoritmos de Proteção e Controle
Agentes e Proteção de Linhas de Transmissão (1)
• Sistema 400 kV com 3 terminais simulado (PSCAD/EMTDC) com o
sistema de proteção e a rede Intranet (software NS2)

100km 30km 100km

400 kV T 400kV
10  80km 0,9  8

400kV
1  5
Agentes e Proteção de Linhas de Transmissão (1)

Agente
1a Zona
Agentes Locais de Operação

• monitora a condição operacional de um dado


terminal
Agente de
Agente Estado do Disjuntor Coordenação

• monitora mudanças de topologia do sistema.


Agente
Agente
Estado do
de Operação
Agente de Coordenação Disjuntor

• coleta informações, toma decisões e dissemina


conhecimento aos outros agentes, além de dados comandos
escolher a correta característica a ser usada.

- Interface com o Sistema de Potência -


Linhas 1, 2 e 3
Agentes e Proteção de Linhas de Transmissão (1)

Rede de Comunicação

Agente

Sistema Hierárquico
para Proteção de
Agente
Distância Baseado na
Tecnologia de Agentes
Agente
Microcomputador
Microcomputador
da
da Subestação
Subestação Agentes Locais

Relé Digital Relé Digital


01 02
Agentes e Proteção de Linhas de Transmissão (1)

#1 #2 #4

Proteção não piloto


20km
Esquema Adaptativo: A área
de abertura instantânea
#3 aumentou para 67 km. Zonas
primárias aumentam.

#1 #2 #4

Proteção usando Agentes


67km

#3
Agentes e Proteção de Linhas de Transmissão (1)
• Sistema de Transferência de Abertura: Diminuição considerável no
tempo de extinção da falta, mesmo com condições de tráfego
intenso.
0,35

0,30

0,25

0,20 Não Piloto


ms

0,15 Tráfego 1
Tráfego 2
0,10 Tráfego 3
0,05

0,00
1 2 3
Terminal da Linha de Transmissão
Agentes e Proteção de Linhas de Transmissão (2)

• Sistema 400 kV com 4 barras simulado (ATP) com o sistema de rede


Internet (software NS2)

• Melhorar a cobertura da proteção quadrilateral entre #N e #M

#P #N #M #O

100km 150km 100km


Agentes e Proteção de Linhas de Transmissão (2)
• Metodologia adotada
Curvas
X Adaptativas

Resistência de
falta

Ponto de falta
Simulações de
Curtos-Circuitos
Ângulo de
Inserção Curva Quadrilateral
Tradicional
Potência das
fontes R
Agentes e Proteção de Linhas de Transmissão (2)

#P #N #M #O

100km 150km 100km

Agente de Agente Agente Agente de


Medição Executor Executor Medição

Agente
Servidor
Agentes e Proteção de Linhas de Transmissão (2)
Agente Relé
Servidor Digital 1
Resultados
Relé
Agentes Digital 2
Executores Aumento do alcance da
... proteção instantânea
Agentes (1ª zona) de 80% para
Executores 95%
Relé
Agentes de Digital n
Medição Redução do tempo de
atuação

Servidor de dados
com as curvas Aumento da
adaptativas sensibilidade para até
99% (média de 94%)
Nova condição Seleção das curvas de Envio das novas curvas aos relés de
operativa ajustes no banco de proteção
dados
Agradecimentos

Ferramentas Inteligentes e Aplicações

Prof. Titular Denis Vinicius Coury, coury@sc.usp.br


Prof. Dr. Daniel Barbosa, daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Prof. Juliano Coêlho Miranda, doutorando juliano.coelhomiranda@usp.br
Prof. Lázaro Eduardo da Silva, doutorando lazaro@usp.br
Proteção digital dos sistemas elétricos de
potência: dos relés eletromecânicos aos
microprocessados inteligentes

Comunicação de Dados e IEC-61850

Prof. Titular Denis Vinicius Coury, coury@sc.usp.br


Prof. Dr. Daniel Barbosa, daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Prof. Juliano Coêlho Miranda, doutorando juliano.coelhomiranda@usp.br
Prof. Lázaro Eduardo da Silva, doutorando lazaro@usp.br
Volume de Informações no SEP

• 2.357 empreendimentos de
geração de energia elétrica em
operação;

• Total de 117 GW de potência


gerada;

• 1.397 agentes investindo no


mercado de energia elétrica
brasileiro;

• Elevado número de
informações de monitoramento;

• Várias plataformas de hardware


e software [ANEEL, 2012].
2
Níveis Hierárquicos típicos do Sistema de Automação de
Subestações - SAS

3
Relés de Proteção

Permitir a execução de funções de proteção e controle distribuídos


sobre um Circuito de Comunicação de Dados e Rede Local.
Subsistemas de um Sistema de Proteção

Barramento DJ TC
Circuito Protegido

Circuito de Comando
de abertura do
disjuntor (TRIP)

TP
Alimentação Auxiliar
Banco de Baterias
(Corrente Contínua)

Canal de Comunicação

5
Relé de Proteção
Modelo Genérico de Comunicação

6
Modelo Genérico de Comunicação

ETD – Equipamento Terminal de Dados


7
ECD – Equipamento de Comunicação de Dados
Canal de Comunicação
• Meio físico que é utilizado entre duas estações em conversação;

• Normalmente referenciado como linha:


– Pares de fios;
– Fibra ótica;
– Enlace de rádio ou satélite.

• Cada tipo de canal de comunicação possui características diferentes:


– Físicas;
– Elétricas.

• Traduzindo:
– Qualidade no enlace;
– Com efeito na performance.
Canal de Comunicação - Sistemas Elétricos

• Fio Piloto: conexão por cabos de cobre, entre os terminais de linha


de transmissão, como relés de proteção;

• Carrier: onda portadora sobre linhas de alta tensão – OPLAT;

• Rádio Microondas;

• Fibras óptica;

• Rede de comunicações, pública ou privada, geralmente digital.


Canal de Comunicação – Fio Piloto

Utilizando sinais DC,


sinais AC (60Hz) dos TCs 10
de linha, ou sinais de
áudio frequência.
Utilização Vantagens Desvantagens

Limitada pela atenuação


(elevada) do sinal de
Proteção de linhas comunicação;
curtas, até no máximo 10
a 12 Km;
Índice relativamente alto
de manutenção;
Trata-se de uma
proteção ainda em uso
para linhas curtas em
ambientes controlados. Média confiabilidade
devido a interferências
eletromagnéticas;
Religamento Automático.
Sujeita a fatores externos
(vandalismo e meio
ambiente). 11
Canal de Comunicação – Carrier

Utiliza dos próprios cabos de


energia da Linha de
Transmissão como meio físico
de propagação do sinal.

12
Utilização Vantagens Desvantagens

Econômico; Baixa capacidade de


Proteção de linhas, canalização;
geralmente opera sobre
uma faixa de frequência
entre 30 e 300 kHz;
Facilidade de acesso;

Faixa limitada do
espectro de freqüências;
Não necessita de estações
repetidoras para
transmissão a longa
distância; Susceptível a ruídos do
Para pequeno número de
canais e longas distâncias Sistema Elétrico de
A Linha de Transmissão é Potência (gerados por
um suporte físico curtos-circuitos,
confiável. manobras de disjuntores 13
e seccionadoras).
Canal de Comunicação – Fibra Óptica

14
Utilização Vantagens Desvantagens

Baixas perdas de
transmissão e grande Fragilidade das fibras sem
banda passante; encapsulamento;
Proteção e controle de
linhas e sistemas, como
pela da conexão de relés Pequeno tamanho e peso;
de proteção.
Imunidade a Dificuldade de conexão;
interferências;

Isolação elétrica;
Configuração básica ponto
a ponto;
Segurança do sinal;
Religamento Automático.
Matéria-prima abundante;
Curvas podem provocar
Menor taxa de erro de bit perdas.
(10-9). 15
Canal de Comunicação – Cabo OPGW

16
Canal de Comunicação – Microondas

17
Microondas de 3 GHz a
30 GHz.
Utilização Vantagens Desvantagens

São sistemas que exigem


infra-estrutura onerosa;

Proteção e controle de
Serem independentes do
linhas e sistemas, pela
Sistema Elétrico de
conexão de relés de
Potência.
proteção.

São afetados pelas


condições atmosféricas
(sujeito a interrupções
temporárias).

18
Canal de Comunicação – Cabo Metálico (LPCD)

19
Linha Privativa de Comunicação de
Dados (LPCD).
Utilização Vantagens Desvantagens

São afetados pelas


condições atmosféricas
(sujeito a interrupções
temporárias).

Todas as facilidades para


Configuração dos
instalação já existem
Dispositivos de Proteção,
para utilização do
Supervisão e Controle.
sistema telefônico.

Interrupções gerada pelos


operadores do sistema.

20
Interface Digital - Padrões

EIA/TIA
232-E
ITU-T V.28 ITU-T V.24

ITU-T V.35

Padrões de Interface Digital

21
Interface Digital - Localização

22
Interface Digital - Sinalizações

23
Interface Digital - Crossover

24
LAN, WAN, TCP/IP e Intranet em Sistemas de Potência

25
Necessidades da Comunicação Utilizando as Redes de
Computadores

• Comunicação de alta velocidade entre os dispositivos situados nos


níveis de processo, bay e estação;

• Interoperabilidade e intercambialidade entre diferentes fabricantes;

• Comunicação entre redes do SEP;

• Facilidade para manejar amostras de dados de tensão e corrente de


forma local e distribuída (entre os vários IEDs);

• Facilidades de transferência de arquivos;

• Configuração automática;

• Segurança.

26
Rede LAN

• As redes locais, LANs, são redes privativas que apresentam seus


dispositivos instalados em uma área restrita, como a sala de uma
subestação ou o prédio da usina elétrica, permitindo o
compartilhamento de recursos e a troca de informações.

• Dentre diversos aspectos que devem ser considerados na LAN: (1)


Topologias Físicas, (2) Dispositivos de Hardware e, (3) Topologias
Lógicas.

27
Topologia Física, Estrela

28
Topologia Estrela
• As principais vantagens:

– Uma falha no cabo ou dispositivo não paralisa toda a rede, somente aquele
segmento onde está a falha será afetado;

– Facilidade de expansão, pois para acrescentar um dispositivo, basta conectá-lo em


uma entrada do componente centralizador;

– Quando se excede a capacidade de conexão do centralizador, basta trocá-lo por


outro com maior número de portas.

• As principais desvantagens:

– A rede poderá ser paralisada se houver uma falha no dispositivo central;

– Apresenta um custo maior de instalação, devido ao componente centralizador e


maior quantidade de cabos, pois cada dispositivo deve ser conectado diretamente no
dispositivo centralizador.

29
Topologia Física, Anel

30
Topologia Anel
• As principais vantagens:

– Um anel é relativamente fácil de instalar e reconfigurar, pois cada


dispositivo é interligado somente com os vizinhos imediatos;

– Um alerta é gerado se qualquer dispositivo não receber um sinal


dentro de um período de tempo predeterminado, técnica que facilita
o isolamento de uma falha.

• As principais desvantagens:

– Falha de um dispositivo pode afetar o restante da rede;


– Para ampliar a rede é necessária sua paralisação.

31
LAN - Dispositivos de Hardware

32
Placa de Rede

• Preparar dados do dispositivo para o cabo de rede;

• Enviar os dados para outro dispositivo, diretamente, ou através de


um concentrador, como, por exemplo, um hub ou switch;

• Controlar o fluxo de dados entre o dispositivo e o sistema de


cabeamento;

• Receber os dados vindos do cabo e traduzi-los em bytes, para que


sejam entendidos pelo dispositivo.

33
LAN - Switch
Topologia
Lógica:
Ethernet

34
WAN - Dispositivos de Hardware

35
WAN - Dispositivos de Hardware

36
Intranet

37
Protocolos, Ambiente de Substação

DNP3 Fieldbus

Modbus UCA2

Hart LON

ControlNet DeviceNet

60870-5-103 60870-5-101/4

Profibus Profinet

38
Pilares do Padrão

39

Interoperabilidade Intercambialidade
Autonomia, alguns pilares
• Interoperabilidade: troca de informações entre dois ou mais
dispositivos de inteligência similar;

– entender a estrutura de dados (sintaxe);


– também o seu significado (semântica).

• Intercambialidade: efeito de permutação, substituição de


equipamento de um fabricante por outro, sem necessidade de
alterações nos demais equipamentos constituintes do sistema.

40
Característica Parte Descrição

Aspectos do Sistema 1 Introdução e Visão Geral

Composição Básica 2 Glossário

3 Requisitos Gerais

4 Gerenciamento de Sistema e Projeto


Requisitos de Comunicação para Funções e Modelos de
5
Dispositivos
Linguagem de Configuração para IEDs de Subestações Elétricas
Configuração 6
(SCL)
Estrutura de Comunicação
Básica para Equipamentos de 7.1 Princípios e Modelos
Subestações e Alimentadores

7.2 Serviços de Interface de Comunicação Abstrata (ACSI)

7.3 Classe de Dados Comun (CDC)

7.4 Classes de Nós Lógicos e de Dados Compatíveis

Mapeamento de Serviços de Mapeamento para MMS (ISO/IEC 9506 Parte 1 and Parte 2) e para
8.1
Comunicação Específicos ISO/IEC 8802-3
Valores Amostrais sobre Enlace Serial Unidirecional Multidrop
9.1
Ponto-a-Ponto
41
9.2 Valores Amostrais sobre ISO/IEC 8802-3

Ensaios 10 Testes de Conformidade


Noção de Conexão

Diferentes funções (Functions, F) são


implementadas em vários dispositivos
físicos (Physical Devices, PD);

Através da divisão em subfunções, ou


nós lógicos (Logical Nodes, LN);

Os nós lógicos podem trocar


informações necessárias à
implementação das funções através de
conexões lógicas (Logical Connections,
LC) e físicas (Physical Connections,
PC).
Modelo de Dados

• XCBR – Chave Disjuntor;


• XSWI – Chave Seccionadora;
• TCTR – Transformador de corrente;
• RREC – Religamento automático;
• CSWT – Controlador de chaveamento;
• MMXU – Medição operativa e indicativa;
• MMTR – Contador;
• MHAI – Medição de harmônicos e inter-
harmônicos;
• MDIF – Medição Diferencial;
• PDIS – Proteção de Distância.
Exemplo de um Nó lógico (LN), GGIO
Parte
5
• LN genérico GIO (Generic process I/O);
• Grupo indicador G (Generic Function References);
• Dados de indicação geral (Ind) ;
• stVal: valor de estado do dado Ind, responsável por transportar o valor
discreto, 0 ou 1 binário;
• q: qualidade do valor explicito para stVal.

stVal q

Indn
LN GGIOm
44
Estrutura de Linguagem de Configuração da Subestação
(SCL)

SSD (System Specification Description) :


Descreve o diagrama e a funcionalidade da
automação da subestação associado aos nós
lógicos.

SCD (Substation Configuration Description):


Descreve a configuração completa da
subestação incluindo a rede de comunicação
e informações sobre o fluxo de dados de
comunicação.

ICD (IED Capability Description): Descreve as


capacidades e pré-configurações dos IEDs.

CID (Configured IED Description) : Descrição


da configuração de um IED específico, ou
seja, dos dados que serão fornecidos pelos
nós lógicos de cada IED.
Fragmento de um Arquivo SCL
Tipos de Mensagem e Classe de Desempenho
Bay de Distribuição – 10ms
Bay de Transmissão – 3ms

Tipo Classe de Desempenho Serviço


1 Mensagem rápida GOOSE/GSSE
1A Trip GOOSE/GSSE
2 Mensagem de média velocidade Cliente/Servidor
3 Mensagens lentas Cliente/Servidor
4 Dados em rajada (raw data) SV
5 Funções de transferência de arquivo Cliente/Servidor
6 Mensagens de sincronismo de Time Sync
47

tempo
Protocolo

48
.

Pilha Resumida de Protocolos, IEC-61850

49
Circuito Funcional com Cabeamento Metálico
Circuito Funcional com IEC-61850
Tempo Médio de Transmissão das Mensagens
2009 53
54
2012
Agradecimentos

Comunicação de Dados e IEC-61850

Prof. Titular Denis Vinicius Coury, coury@sc.usp.br


Prof. Dr. Daniel Barbosa, daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Prof. Juliano Coêlho Miranda, doutorando juliano.coelhomiranda@usp.br
Prof. Lázaro Eduardo da Silva, doutorando lazaro@usp.br

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