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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO TÉNCINCO DE SAÚDE DO BENGO


SUBDIRECÇÃO PEDAGÓGICA
CURSO DE ENFEMAGEM

PSICOLOGIA

A malária

GRUPO Nº 03
CLASSE: 10ª

O DOCENTE

_________________________

BENGO, 2023
SUBDIRECÇÃO PEDAGÓGICA
CURSO DE ENFEMAGEM

A MALÁRIA
 Causa
 Objectivo
 Consequências
 O que é a malária
 Como devemos nos prevenir

GRUPO Nº
CLASSE: 10
SALA: 10
TURMA: C
PERÍODO: Manhã

INTEGRANTES DO GRUPO

Nº NOME CLASSFICAÇÃO
1. Jorgina João
2. Maria Delgado Filgueira Paulo
3. Maria dos Santos Cabanda
ÍNDICE
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................................2
A malária....................................................................................................................................2
Como a malária é transmitida e como é o ciclo de vida do Plasmodium?..............................2
Os sintomas da malária..............................................................................................................2
Como a malária é diagnosticada...............................................................................................3
Fisiopatologia..............................................................................................................................3
Resistência genética....................................................................................................................4
Insuficiência hepática.................................................................................................................5
Como é feito o tratamento da malária......................................................................................5
Como prevenir a malária...........................................................................................................5
CONCLUSÃO............................................................................................................................6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................7
INTRODUÇÃO
A malária é uma doença causada por protozoário que é transmitida principalmente pela
picada da fêmea de algumas espécies de mosquitos do gênero Anopheles, os quais são
chamados popularmente de mosquito-prego, carapanã, bicuda, entre outros. Como
sintomas da doença, podemos citar febre alta, calafrios e sudorese, sintomas esses que
aparecem geralmente em padrões cíclicos. A doença, se não tratada adequadamente,
pode levar a pessoa à morte, sendo considerada um grave problema de saúde pública.
Entretanto, é importante lembrar que o tratamento é eficaz.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A malária
A malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por um protozoário. As
espécies que podem causar malária nos seres humanos são Plasmodium falciparum, P.
vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi. No Brasil, somente três dessas espécies
causam malária em humanos: P. falciparum, P. vivax e P. malariae. De acordo com o
Ministério da Saúde, no nosso país, a maioria dos casos da doença concentra-se na
região amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão,
Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Como a malária é transmitida e como é o ciclo de vida do Plasmodium?
A malária é uma doença transmitida geralmente pela picada de alguns mosquitos do
gênero Anopheles contaminados com o protozoário do gênero Plasmodium. Apenas a
fêmea do mosquito Anopheles pica o ser humano e, durante a picada, ocorre a
inoculação dos parasitos no corpo humano em uma fase em que eles são conhecidos
como esporozoítos. Estes invadem os hepatócitos (células do fígado) e multiplicam-se,
dando origem aos merozoítos, que rompem os hepatócitos e caem na corrente
sanguínea, onde invadem as hemácias.
Nas hemácias, os merozoítos passam por mudanças e formam trofozoítos, que dão
origem a novos merozoítos, os quais rompem hemácias e invadem outras hemácias.
Com isso, há ciclos repetitivos de multiplicação. No caso do Plasmodium falciparum e
P. vivax, o ciclo repete-se a cada 48 horas. Quando as hemácias rompem-se, o indivíduo
apresenta sintomas da doença, como febre.
É importante salientar que, no interior das hemácias, podem desenvolver-se formas
sexuadas, denominadas de gametócitos, que são ingeridas pelo mosquito quando este
pica um doente e são fundamentais para a continuação do ciclo. No corpo dos
mosquitos, essas formas sexuadas formam esporozoítos, que contaminarão uma nova
pessoa quando ela for picada.
Além da picada pelo mosquito, a malária pode ser transmitida de outras formas, tais
como transfusão sanguínea, compartilhamento de agulhas contaminadas e da mãe para o
filho. Essas formas de transmissão, no entanto, são raras.
Os sintomas da malária
A malária apresenta um período de incubação de 7 a 14 dias, porém isso varia de acordo
com o agente causador, podendo chegar a meses. O paciente com malária apresenta
sintomas como calafrios, sudorese e febre, que pode atingir valores superiores a 40 ºC.

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Os sintomas geralmente surgem em padrões cíclicos, a depender do agente causador.
Também podem ocorrer dor de cabeça, dor muscular, náusea e vômitos.
A gravidade da doença é variável e depende de fatores como a espécie de protozoário e
a quantidade de parasitas no corpo. Dentre os grupos mais sujeitos às formas graves da
malária, destacam-se gestantes e crianças. Na malária grave, o paciente pode apresentar
anemia, icterícia, hemorragias e coma. A doença pode levar à morte se não tratada
adequadamente.
Como a malária é diagnosticada
Os sintomas da malária podem ser facilmente confundidos com os de doenças como
febre amarela, dengue e leptospirose, uma vez que são muito inespecíficos. Desse
modo, o diagnóstico deve ser feito pela análise dos sintomas e realização de alguns
exames. Um dos exames é o chamado microscopia da gota espessa de sangue, no qual
uma gota de sangue é colhida por punção digital, corada, e a lâmina de sangue é
analisada. Esse é considerado o padrão-ouro para o diagnóstico da doença. Há também
testes rápidos para a detecção da malária, os quais são mais fáceis de executar e
analisar, no entanto apresentam algumas desvantagens, como a incapacidade de
diferenciar P. vivax, P. malariae e P. ovale, não medirem o nível de parasitemia e serem
também mais caros. Outros métodos de diagnóstico são o esfregaço delgado e técnicas
moleculares.
Fisiopatologia
Micrografia de uma placenta de um nado-morto devido a um caso de malária durante a
gravidez. As estruturas mais escuras nos glóbulos vermelhos indicam a presença dos
parasitas.
A infecção de malária desenvolve-se em duas fases: uma que envolve o fígado (fase
exoeritrocítica) e outra que envolve os glóbulos vermelhos, ou eritrócitos (fase
eritrocítica). Quando um mosquito infectado perfura a pele de uma pessoa para se
alimentar de sangue, os esporozoítos presentes na saliva do mosquito penetram na
corrente sanguínea e depositam-se no fígado, onde infectam os hepatócitos,
reproduzindo-se assexualmente e sem haver manifestação de sintomas ao longo de 8-30
dias.
Depois de um período de dormência no fígado, estes organismos diferenciam-se para
produzir milhares de merozoítos, os quais, após romperem as células hospedeiras, se
introduzem na corrente sanguínea e infectam os glóbulos vermelhos, dando início à fase
eritrocítica do ciclo de vida. O parasita é capaz de abandonar o fígado sem ser

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detectado, ao se envolver com a membrana celular da célula hepática do hospedeiro. No
interior dos glóbulos vermelhos, os parasitas reproduzem-se novamente, também de
forma assexuada, rompendo periodicamente as células hospedeiras para infectar novos
glóbulos vermelhos.
Alguns esporozoítos P. vivax não se desenvolvem imediatamente em merozoítos,
produzindo em vez disso hipnozoítos que permanecem adormecidos por intervalos de
tempo que variam entre alguns meses, geralmente 7 a 10 meses, e vários anos. Após o
período de hibernação, os hipnozoítos são reativados e produzem merozoítos. Os
hipnozoítos são responsáveis pelos longos períodos de incubação e recidivas tardias em
infecções por P. vivax, embora se desconheça ainda a sua existência em casos de P.
ovale.
O parasita encontra-se relativamente protegido de ataques do sistema imunitário do
corpo, uma vez que durante a maior parte do seu ciclo de vida humano se encontra no
interior das células do fígado e dos glóbulos vermelhos, sendo por isso relativamente
invisível à vigilância imunitária. No entanto, os glóbulos vermelhos infectados em
circulação são destruídos no baço. Para evitar a sua destruição, o parasita P.
falciparum introduz proteínas adesivas na superfície dos glóbulos vermelhos infectados,
o que faz com que os glóbulos se agarrem às paredes dos vasos sanguíneos mais
pequenos e não tenham que percorrer o sistema circulatório e passar pelo baço. O
bloqueio dos vasos pode provocar malária placentária. Os glóbulos vermelhos
sequestrados podem penetrar na barreira hematoencefálica e provocar malária cerebral.
Resistência genética
De acordo com uma revisão de 2005, os elevados níveis
de letalidade e morbidade provocados pela malária, especialmente pela espécie P.
falciparum, são responsáveis pela maior pressão seletiva sobre o genoma humano da
história recente. Algumas características genéticas proporcionam alguma resistência à
malária, entre os quais a anemia falciforme, talassemia, deficiência em glucose-6-
fosfato desidrogenase e a ausência do antígeno de Duffy nos glóbulos vermelhos.
A anemia falciforme provoca um defeito nas moléculas de hemoglobina do sangue. As
moléculas de hemoglobina S fazem com que os glóbulos vermelhos assumam uma
forma curva semelhante a uma foice (falciforme), em vez da forma bicôncava normal.
Devido a esta deformação, a molécula perde alguma da sua eficácia na absorção e
libertação de oxigénio. A infeção faz com que os glóbulos vermelhos se curvem ainda
mais, sendo por isso removidos de circulação mais cedo, o que por sua vez reduz a

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frequência com que os parasitas completam o seu ciclo de vida na célula. Os
indivíduos homozigóticos (com duas cópias do alelo anormal) desenvolvem anemia
falciforme, enquanto que os heterozigóticos (com um alelo anormal e outro normal)
apresentam resistência à malária.
Insuficiência hepática
É pouco comum a ocorrência de insuficiência hepática provocada por malária, sendo
geralmente o resultado da coexistência com outras condições que afectam o fígado,
como a hepatite viral ou qualquer doença crónica do fígado. A síndrome é por vezes
denominada “hepatite malárica”. Embora a sua ocorrência seja ainda considerada rara, a
hepatopatia malárica tem vindo a aumentar, sobretudo na Índia e no Sudeste Asiático. A
presença de doenças hepáticas em pacientes de malária aumenta a probabilidade de
complicações ou morte.
Como é feito o tratamento da malária
O tratamento da malária é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
e inclui uma série de medicamentos, que visam, por exemplo, interromper a
esquizogonia sanguínea (fase do ciclo em que os sintomas aparecem) e o
desenvolvimento das formas sexuadas. Os medicamentos e respectivas doses para o
tratamento são recomendados pelo médico e dependem do tipo de parasita que infectou
o indivíduo, idade do paciente, gravidade da doença e se o paciente apresenta problemas
de saúde ou é uma mulher grávida.
Como prevenir a malária
Como vimos ao longo do texto, a malária é uma doença transmitida pela picada de um
mosquito, portanto medidas que evitem o contato entre o mosquito e o ser humano são
formas de prevenção. Dentre as medidas de prevenção, podemos citar o uso de telas em
portas e em janelas, mosquiteiros, repelentes e roupas que protejam os braços e as
pernas. Até o momento não existe vacina contra a doença."

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CONCLUSÃO
A malária pode ser contraída mais de uma vez. De acordo com o Ministério da Saúde,
indivíduos que apresentaram vários episódios de malária podem atingir um estado de
imunidade parcial, com quadro oligossintomático, subclínico ou assintomático. Porém,
é importante deixar claro que até o momento não foi comprovado que as infecções
possam provocar uma imunidade para proteger completamente contra a doença.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Malária"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/malaria.htm. Acesso em 25 de fevereiro de
2023.

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