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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Modulo: PI

Qualificação: CV3 Laboratório

Tema: Estudo dos meios de Diagnostico de Parasitas na


Urina

Formando: Beatriz Antônio Tsucana

Formador: Eduardo António Jovo

Maputo, Março de 2022

i
INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE EDUCAÇÃO E
TECNOLOGIA
Qualificação: Técnico de Laboratório

Tipo de Projecto: Trabalho Prático

Código do projecto:

Tema: Estudo dos meios de Diagnostico de Parasitas na Urina

Trabalho de culminação do nível


CV3, na qualificação de técnico de
Laboratório, ministrado no Instituto
Médio Politécnico de Educação e
Tecnologia

Formando: Formador:

________________________ _________________________

Maputo, Março 2022

ii
DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaro que este trabalho de fim do nível CV3, na qualificação em Técnico de Laboratório,
é resultado da investigação pessoal, que todas as fontes estão devidamente referenciadas, e
que nunca foi apresentado para a obter qualquer grau neste Instituto, ou em qualquer outra
instituição.”

Assinatura

____________________________________

(Nome do Formando)

Data: ____/______/______

iii
FOLHA DE AVALIAÇÃO

Beatriz Antônio Tsucana

TÍTULO DO TRABALHO: SUBTÍTULO (SE HOUVER)

Projecto, avaliada como requisito para obtenção do nível CV3, na qualificação de Técnico
de Laboratório pelo Instituto Médio Politécnico de Educação e Tecnologia.

Maputo,____/Março/2022

Grau e Nome do Avaliador Rúbrica


____________________________ ___________________________
Grau e Nome do Verificador Interno Rúbrica
____________________________ _________________________
Grau e Nome do Verificador Externo Rúbrica
____________________________
________________________

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Índice
DECLARAÇÃO DE HONRA .................................................................................... iii
FOLHA DE AVALIAÇÃO ............................................................................................. iv
1. Introdução.................................................................................................................. 2
1.1. Objectivos .............................................................................................................. 2
1.1.1 Objectivo Geral.................................................................................................... 2
1.1.2. Objectivos específicos ........................................................................................ 2
1.3. Metodologia ........................................................................................................... 3
2. Revisão Teórica ........................................................................................................ 4
2.1. Urina ...................................................................................................................... 4
2.1.1. PARASITOLÓGICO – EPF............................................................................... 4
2.2. Os exames microbiológicos, parasitológicos e a urinálise .................................... 5
2.2.1. Urinálise ............................................................................................................. 5
2.2.2. Microbiologia ..................................................................................................... 5
2.2.3. Parasitologia ....................................................................................................... 6
2.3. Urocultura .............................................................................................................. 6
2.3.1. Função do exame de urocultura .......................................................................... 7
2.3.2. Como é feito o exame ......................................................................................... 8
2.3.3. Urocultura em bebês ........................................................................................... 8
2.3.4. Percepção do resultado da urocultura ................................................................. 9
Contraindicações .......................................................................................................... 9
2.4. Outros exames para detectar infecção urinária ...................................................... 9
2.5. Recomendações pós-exame ................................................................................. 10
2.6. Periodicidade do exame ....................................................................................... 10
2.7. Riscos .................................................................................................................. 11
2.8. Resultados dos exames ........................................................................................ 11
2.9. Orçamento ........................................................................................................... 12
2.10. Cronograma de Actividades .............................................................................. 12
3. DESCRIÇÃO DO PROJECTO............................................................................... 13
3.1. Modelo do Projecto Integrado: ....................................................................... 13
3.2. Nome da qualificação Profissional: ................................................................ 13
3.3. Número de referência do projecto: ................................................................. 13
3.4. Objectivo do Projecto Integrado ..................................................................... 13
3.5. Justificativa do Projecto Integrado .................................................................. 13
3.6. Módulos de coberturas ..................................................................................... 13
4. Conclusão ............................................................................................................... 16
5. Referências Bibliográficas .......................................................................................... 17
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1. Introdução
A observação da urina com finalidade diagnóstica faz parte da história da medicina, desde
Hipócrates no séculoV aC., posteriormente surgiram classificações (Tratado de
Uroscopia, Magnus Theophilus, século VI), mas a introdução da microscopia (Pierre
Rayer, Paris, 1830) e o emprego de câmaras de contagem pelo médico escocês Thomas
Addis destacaram sua importância como ferramenta diagnóstica.

A urianálise é um teste laboratorial amplamente utilizado na prática clinica, constituindo


um dos indicadores mais importantes de saúde e doença, e tem como objectivo detectar
enfermidades pré-renais ou sustématicas, renais, e, pós renás ou do trato urinário. Além
de distúrbios hepáticos, diabetes mellitus e degradação muscular também são avaliadas
por meio do exame de urina. (Nobrega, Lima, Fonseca, Tenorio , & Lopes, 2019)

Atualmente, o exame de urina apresenta papel crucial na clínica, baseia-se na análise


físico-química da amostra e na avaliação microscópica do sedimento concentrado por
centrifugação (sedimentoscopia). A avaliação física ou macroscópica classifica a urina
quanto ao volume, cor, aspecto e densidade, enquanto a análise química determina a
presença de proteínas, glicose, corpos cetónicos, hemoglobina, urobilinogênio, nitritos e
o pH urinário (Moiane, Nhavoto, & Casmo, 2022).

O presente trabalho têm como principal objectivo fazer uma abordagem minuciosa acerca
dos meios de diagnóstico de parasitas na Urina.

1.1. Objectivos

1.1.1 Objectivo Geral


 Estudar os meios de diagnóstico de parasitas na urina.

1.1.2. Objectivos específicos


 Apresentar os procedimentos para testagem de parasitas na aurina
 Orientar sobre como garantir a integridade de amostras de urina
 Descrever de forma detalhada os procedimentos para observação de parasitas em
amostras de urina.

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1.2. Justificativa

A análise da urina é um dos métodos mais comuns de diagnóstico médico. A urina é um


material de coleta simples, não invasiva e indolor, e seu exame fornece importantes
informações tanto do sistema urinário como do metabolismo e de outras partes do corpo.
Para a análise clínica da urina, é extremamente importante garantir coleta adequada e
conservação, isto é, a utilização de um método errado de coleta de urina pode afetar os
resultados da análise, portanto é necessário e de estrema importância que se de a conhecer
a metodologia correcta para coleto e diagnóstico da urina, pois cada exame realizado na
urina requer uma série de cuidados especiais.

O presente trabalho é bastante importante porque visa a ensinar-nos sobre como é feito o
exame da urina, quais são os procedimento e os exames que devemos fazer, pois é tão
relevante para o nosso curso e para o nosso futuro.

1.3. Metodologia
Quanto a natureza da pesquisa será qualitativa e quantitativa. Para Gil (1999), o uso da
abordagem qualitativa propicia o aprofundamento da investigação das questões
relacionadas ao fenômeno em estudo e das suas relações, mediante a máxima
valorização do contacto directo com a situação estudada, buscando-se o que era
comum, mas permanecendo, entretanto, aberta para perceber a individualidade e os
significados múltiplos. Uma vez que este método permite a preocupação com o processo
é muito maior que com o produto.

Para a coleta de dados pesquisa a ser usada será do tipo revisão bibliográfica e análise
laboratorial, a revisão bibliográfica abrange toda bibliografia já tornada pública em
relação ao tema estudado, desde publicações, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,
monografias, teses, materiais cartográficos, etc. A sua finalidade é colocar o pesquisador
em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto.

Deste modo o trabalho a ser realizado tem características particulares, reflexivas com base
em fontes teóricas em que buscar-se-á subsídios bibliográficos já publicados. E ainda,
aplicar-se-á técnica de observação, neste caso aplicar-se-á atentamente os sentidos físicos
a um amplo objeto, para dele adquirir um conhecimento claro e preciso.

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2. Revisão Teórica

2.1. Urina
Urina é um subproduto líquido do corpo, tipicamente estéril (na ausência de doenças),
secretada pelos rins, depositada na bexiga e excretado pela uretra. O metabolismo celular
gera vários subprodutos, muitos ricos em nitrogênio, que precisam ser eliminados da
corrente sanguínea.

Amostra de uma urina humana

Estes subprodutos são eventualmente expelidos do corpo em um processo conhecido


como micção, o método primário para excretar do corpo substâncias químicas solúveis
em água. Estas substâncias químicas podem ser analisadas por uranálise. É uma forma de
limpar o organismo liberando gorduras, sais e outros (Pinto , Grisard, & Ishida, 2011).

Nos mamíferos, a urina é um fluido excretório resultante da filtragem do sangue nos rins.
Nas aves e nos répteis é uma excreção sólida ou semi-sólida.

A urina é constituída pela filtração do plasma com posterior reabsorção dos nutrientes
ainda presentes no mesmo, pelo túbulo proximal. A filtração é feita nos néfrons, que
obtém uma parede, um tubo, que é chamado de túbulo, o qual é rodeado de vasos
sanguíneos, que sugam os nutrientes que o organismo precisa, para depois ir para os
ureteres, para a bexiga para ser armazenada, e passada para a uretra para finalmente ser
expelida (Pinto , Grisard, & Ishida, 2011).

2.1.1. PARASITOLÓGICO – EPF


O exame parasitológico (EPF) é um tipo de análise laboratorial usada para investigar se
há parasitas no intestino do paciente. O consumo de alimentos malpassados ou não
higienizados adequadamente, bem como a ingestão de água contaminada, são algumas
das principais portas de entrada para esses hospedeiros — os quais são prejudiciais

4
à saúde humana. Por isso, quem costuma fazer a maioria das refeições fora de casa, reside
em uma região deficiente em saneamento básico ou tem contato com outros fatores de
risco precisa realizar esse tipo de exame com uma certa frequência (Moiane, Nhavoto, &
Casmo, 2022).

Simples e eficiente, o EPF diagnostica não apenas a presença dos parasitas, mas também
determina os tipos de vermes. Siga a leitura para saber como o exame é feito.

2.2. Os exames microbiológicos, parasitológicos e a urinálise


Os exames são frequentes nas rotinas laboratoriais, começando com a coleta dos materiais
a serem analisados pelo técnico e depois são encaminhados para as análises de acordo
com o material, o paciente e o tipo do exame em questão, dentre estes exames destacamos
os exames de urinálise, os microbiológicos e os parasitológicos (Hornink, Kawazone,
Perez, & Galembeck, 2013).

2.2.1. Urinálise
Urinálise: É um tipo de exame não invasivo que avalia a função renal, e o exame de urina
e dividido em três fases:

1. Características físicas da urina: Nesta etapa são analisadas características como


cor, odor, aspecto e volume;
2. Pesquisa química: nesta segunda etapa é usada uma tira de plástico que possuem
reagentes especiais que iram reagir com a urina;
3. Sedimentoscopia: A finalidade da sedimentoscopia é identificas elementos como
as hemácias, leucócitos, bactérias, leveduras e outras substanciam.

2.2.2. Microbiologia
Neste setor vão ser analisados seres como fungos vírus, protozoários e bactérias nas
amostras, neste ramo temos basicamente dois exames principais:

1. Exame direto sem coloração: que é um exame mais rápido e prático, porém a
visualização não é tão nítida quanto no exame abaixo.
2. Exame de coloração de GRAM: Após a coloração é possível uma visualização
mais nítida no microscópio, e possível ate mesmo diferenciar algumas bactérias.

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2.2.3. Parasitologia
Neste setor é realizado estudo de parasitas e doenças causadas por parasitas, à amostra
mais utilizada neste tipo de amostra e a de fezes, os exames utilizados são:

1. Parasitológico de fezes: tem como objetivo identificar os parasitas intestinais,


por meio de visualização principalmente no microscópio, onde segundo Neves
(2005) é possível observar ovos e larvas, cistos, trofozoítos ou oócistos de
protozoários.
2. Pesquisa de sangue oculto: este exame pesquisa hemoglobinas dissolvidas no
material fecal.
3. Cultura de fezes: exame diagnóstico bacteriológico e/ou microbiológico nas
fezes.

O exame de urina simples, também chamado de urina 1, parcial de urina ou EAS é o


exame que vai avaliar as células e quais são os componentes presentes. O procedimento
é dividido em três partes, sendo elas: análise das características físicas, características
químicas e do sedimento urinário. De acordo com a especialista Natasha Slhessarenko,
diretora médica de Análises Clínicas do Alta Excelência Diagnóstica, as características
físicas do teste consiste em saber o volume, a descrição da cor, odor e aspecto da urina.
Já a análise química inclui a avaliação de uma série de parâmetros incluindo a densidade
urinária, o pH, glicose, proteína, bilirrubina, urobilinogênio, hemácias, leucócitos, nitrito
e corpos cetônicos. A última parte do exame, que é o sedimento urinário, avalia a presença
de células epiteliais ou outras células, leucócitos, hemácias, cilindros e cristais, além de
muco ou outras substâncias que podem aparecer na urina (Moiane, Nhavoto, & Casmo,
2022).

2.3. Urocultura

A urocultura, também chamada de cultura de urina ou urinocultura, é um exame que tem


como objetivo confirmar a infecção urinária e identificar qual o microrganismo
responsável pela infecção, o que ajuda a determinar o tratamento mais adequado. Para
fazer esse exame, é recomendado que seja coletada a primeira urina da manhã,
dispensando o primeiro jato, no entanto o exame de urocultura pode ser feito a partir de
urina coletado durante o dia (Nobrega, Lima, Fonseca, Tenorio , & Lopes, 2019).

Normalmente, juntamente com a urocultura é solicitada a realização de um antibiograma,


que só é realizado pelo laboratório quando o resultado da urocultura é positivo, o que é

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indicativo de infecção no sistema urinário. Por meio desse exame é possível saber quais
os antibióticos que a bactéria é mais sensível ou resistente, ajudando a definir o melhor
tratamento. Saiba mais sobre a urocultura com antibiograma (Moiane, Nhavoto, &
Casmo, 2022).

2.3.1. Função do exame de urocultura

O exame de urocultura serve para investigar a existência de infecção no sistema urinário,


como cistite, uretrite ou pielonefrite, por exemplo, já que permite identificar o
microrganismo responsável pela infecção. Assim, o exame de urocultura é indicado pelo
médico quando a pessoa apresenta alguns sintomas, como (Pinto , Grisard, & Ishida,
2011):

 Dor e ardor ao urinar;


 Corrimento vaginal ou peniano;
 Urina muito escura;
 Pouca quantidade de urina;
 Sensação de peso na bexiga;
 Coceira e/ ou vermelhidão na região genital;
 Urina com cheiro forte.

Assim, a partir do resultado do exame, é possível verificar o agente infeccioso responsável


pelos sintomas e, assim, ser iniciado o tratamento mais adequado, que pode envolver o
uso de antimicrobianos de acordo com a orientação do médico.

O exame de urocultura pode ser realizado por qualquer pessoa, sendo especialmente
realizado durante a gravidez, uma vez que a infecção urinária não tratada durante esse
período pode aumentar o risco de aborto.

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2.3.2. Como é feito o exame

É importante que a pessoa tenha alguns cuidados no momento da coleta e armazenamento


da amostra, pois assim é possível evitar alterações no resultado do exame. Assim, para
fazer a coleta da urina é necessário seguir o seguinte passo a passo (Moiane, Nhavoto, &
Casmo, 2022):

1. Lavar a região íntima com água e sabão;


2. Afastar os lábios da vagina, na mulher, e retrair o prepúcio, no homem;
3. Rejeitar o primeiro jato de urina;
4. Coletar a restante urina para o recipiente próprio.

A urina pode ficar até 2 horas em temperatura ambiente, no entanto, o recipiente deve ser
entregue o mais rápido possível no laboratório, para que os resultados sejam mais fiáveis.
O recipiente onde se coloca a urina deve ser estéril e pode ser comprado na farmácia,
porém também pode ser fornecido pelo laboratório ou hospital onde será feito o exame e,
de preferência, deve ser rapidamente fechado e levado em pouco tempo para a análise do
laboratório, para evitar contaminações (Moiane, Nhavoto, & Casmo, 2022).

Outra forma de coletar o exame de urocultura pode ser com o uso de sonda, também
chamado de cateterismo vesical, como forma de garantir uma coleta mais livre de
contaminações possível, mas, geralmente, esse tipo de coleta é feita em pessoas que estão
em internamento.

Nos casos em que a urocultura é positiva, ou seja, é verificado crescimento de agente


infecioso, é realizado o antibiograma com o objetivo de identificar os antimicrobianos,
como antifúngicos e antibióticos, que são mais adequados para o tratamento.

2.3.3. Urocultura em bebês


Como apresentam o sistema imunológico em desenvolvimento, assim como o sistema
urinário, é comum que os bebês apresentem infecção urinária com maior frequência, o
que também é influenciado pelo fato dos bebês ficarem em contato com frequência com
a urina ou fezes presente na fralda (Moiane, Nhavoto, & Casmo, 2022).

Assim, a urocultura pode ser também indicada para os bebês, podendo ser feita através
de alguns métodos de acordo com a idade do bebê e estado geral de saúde, como a bolsa

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adesiva perineal, técnica de estimulação vesical ou punção suprapúbica, sendo este
método mais invasivo e doloroso para o bebê.

2.3.4. Percepção do resultado da urocultura


O resultado do exame de urocultura pode ser:

 Negativo ou normal: quando não se observa crescimento de colônias de bactérias na


urina em valores preocupantes;
 Positivo: quando é possível identificar mais que 100.000 colônias de bactérias, sendo
também indicado qual a bactéria identificada no exame.
 Caso tenha sido também solicitado um antibiograma, no resultado positivo, além de
ser indicada a bactéria, é também indicado a quais antibióticos a bactéria mostrou-se
sensível ou resistente.

Em alguns casos, quando a coleta ou o armazenamento da amostra não são feitos de forma
adequada, podem ser verificados outros resultados:

Falso positivo: acontece em situações em que há contaminação da urina por outros


microrganismos, sangue ou medicamentos;

Falso negativo: pode acontecer quando o pH da urina é muito ácido, abaixo de 6, ou


quando se está tomando algum antibiótico ou diurético.

O resultado pode ainda ser duvidoso se o número de colônias estiver inferior a 100.000
ufc/ mL, podendo ser necessário repetir o exame. Normalmente, quando há infecção, é
verificado mais de 1.000.000 ufc/ mL.

Contraindicações
Não há contraindicações, mas vale lembrar que o paciente deve relatar todas as
medicações que está usando para que o médico esteja ciente caso haja alguma alteração
no exame. Alguns medicamentos como antibióticos, vitamina C e anestésicos de vias
urinárias, podem levar a alterações no exame simples de urina.

2.4. Outros exames para detectar infecção urinária


Apesar da urocultura ser o principal exame para diagnosticar a infecção urinária, o exame
de urina comum, também chamado de Urina tipo 1, EAS ou urina rotina, também pode
fornecer alguns indícios de infecção urinária, como a presença de bactérias, leucócitos,
células epiteliais e/ou sangue na urina, nitrito positivo ou presença de hifas, além de

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também poder ser observada alteração na cor e cheiro da urina, por exemplo (Moiane,
Nhavoto, & Casmo, 2022).

Por isso, o médico poderá avaliar o resultado deste exame e observar os sintomas e exame
físico do paciente para identificar a infecção, sem necessariamente solicitar a urocultura,
por ser um exame mais simples e o resultado é mais rápido, já que a urocultura pode
demorar até 3 dias para ficar pronta (Hornink, Kawazone, Perez, & Galembeck, 2013).

No entanto, a urocultura é necessária, principalmente, para avaliar se o antibiótico


utilizado é o mais indicado, para identificar a bactéria em casos de infecções repetidas,
gestantes, idosos, pessoas que passarão por uma cirurgia das vias urinárias, ou quando há
dúvidas de que se trata de uma infecção urinária, por exemplo.

Tempo de duração

A coleta deve respeitar o tempo de guarda da urina, cerca de duas horas, depois disso a
micção no recipiente é rápida. Após esse tempo o resultado costuma ser entregue rápido,
no máximo 24 horas, exceto em exame de cultura da urina.

2.5. Recomendações pós-exame


Não há nenhuma recomendação especial após a coleta. Portanto, o paciente pode realizar
suas atividades habituais logo em seguida. "Quando houver a suspeita de infecção
urinária, como o exame simples já pode dar indícios e, por ficar pronto muito mais rápido
que a cultura de urina, o resultado do exame simples já permite que o médico inicie o
tratamento, desde que a cultura já tenho sido coletada", ressalta a especialista Natasha
Slhessarenko.

2.6. Periodicidade do exame


A periodicidade depende para que finalidade está sendo utilizado. Em pacientes saudáveis
aconselha-se a realização do exame com amostra isolada de urina que pode ser feito
semestral ou anualmente. Já em pacientes enfermos, que precisam acompanhar o
tratamento de determinada doença, a periodicidade dependerá das indicações do médico
para aquele caso em específico.

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2.7. Riscos
Não existem complicações, riscos ou efeitos colaterais ao fazer o exame de urina na
imensa maioria dos pacientes. Entretanto, em bebês, crianças ou adultos sem controle
esfincteriano a obtenção da urina pode levar a alguns problemas.

"Dentre os problemas que podem acontecer citamos a lesão da região do períneo nos
bebês que coletam urina através de saco coletor, pois como a pele do bebê é muito
sensível, a troca frequente dos coletores pode provocar irritação da pele. Em pacientes
que necessitam ser sondados para obtenção da urina, pode haver trauma de uretra,
infecções e em casos muito raros, a formação de um falso pertuito", esclarece a diretora
médica de Análises Clínicas, Natasha Slhessarenko (Moiane, Nhavoto, & Casmo, 2022).

Apesar de serem complicações raras, elas podem acontecer. Além disso, segundo a
especialista, as complicações também são raras após a punção suprapúbica - técnica
realizada pelos médicos que consiste na introdução de uma agulha para obter amostra de
urina não contaminada -, podendo causar também hematoma de parede abdominal e
infecções (Moiane, Nhavoto, & Casmo, 2022).

2.8. Resultados dos exames


Quando todos os parâmetros liberados estiverem dentro dos valores de referência que
constam no laudo, o resultado do exame é dado como normal.

A presença de elementos anormais no sedimento urinário deve estar relacionada a algum


tipo de doença do sistema urinário ou doenças sistêmicas. Sendo assim, o exame pode
detectar:

 Desidratação
 Nefrites
 Infecções renais (pielonefrites)
 Infecções urinárias baixas (cistites)
 Tumores
 Diabetes
 Hipertensão arterial
 Doenças por defeitos metabólicos
 Litíase renal (pedras nos rins).

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De acordo com a diretora médica do Frischmann Aisengart, Myrna Campagnoli,
algumas alterações frequentes são:

 Presença de bactérias e/ou elevação de leucócitos: significa uma possível infecção


urinária
 Presença de glicose (açúcar) na urina: significa uma possível diabetes
 Presença de hemácias: significa um possível cálculo renal, infecção urinária ou
inflamação (nefrite)
 Presença de proteínas: significa uma possível doença metabólica (diabetes,
hipertensão) ou síndrome nefrótica.

2.8. O que pode afetar o resultado do teste?

O uso de alguns medicamentos, como antibióticos, vitamina C e anestésicos de vias


urinárias, podem levar a alterações no exame, portanto os especialistas recomendam que
quando o paciente estiver em uso de alguma destas citadas deverá sempre comunicar ao
laboratório no momento do cadastro e/ou agendamento.

2.9. Orçamento
Descrição Quantidade Preço Preço Total
Seringas 20 17.000,00 17.000,00
Agulhas 30 25.000,00 25.000,00
Luvas 40 35.000,00 35.000,00
Injeccao 50 45.000,00 45.000,00
Microscopio 8 110.000,00 110.000,00

2.10. Cronograma de Actividades


Revisão do projecto Outubro Novembro Dezembro
Elaboração do projecto X
Correção e Aprovação do
X X
Projecto
Execução do Projecto X
Conclusão do Projecto X

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3. DESCRIÇÃO DO PROJECTO

3.1. Modelo do Projecto Integrado: ____________________________________

3.2. Nome da qualificação Profissional: _________________________________

3.3. Número de referência do projecto:__________________________________

3.4. Objectivo do Projecto Integrado


O objectivo deste projecto integrado é: fazer uma abordagem minuciosa acerca dos meios
de diagnóstico de parasitas na Urina.

3.5. Justificativa do Projecto Integrado

A escolha do projecto integrado é adequada, pelos seguintes motivos:

a. Visa a demostração dos procedimentos a seguir para a poder proceder com


realização de um exame urina, que vai desde do diagnóstico, recolha de amostras,
exame e analise dos resultados.

3.6. Módulos de coberturas


Módulos Genéricos

1. UC HG013001: Relacionar-se Socialmente de Forma Eficaz (RSFE)


2. HG053001: utilizar aplicações computador pessoal para acesso a informação e a
comunicação
3. HG053002: Utilizar aplicações de interface gráfico (GUI) para produção de
documentos e folhas de cálculos simples (UAIGPDFCS)
4. UC HG043001191: Interpretar e produzir enunciados escritos e orais de carácter
informativo-funcional (IPEEOCIF);
5. MO HG043002:Interpretar e produzir textos escritos simples informativos-
funcionais de interesse quotidiano, incluindo linguagem icónicas
(IPTESIFIQILI);

Módulos Vocacionais
6. UC EIP073008: Aplicar práticas de higiene e segurança no laboratório;
7. UC EIP073009: Manter e controlar os stocks de materiais e equipamentos de
laboratório.
3.7. Aspectos aplicados em cada módulo de cobertura

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Módulos Genéricos

a) UC HG013001: Relacionar-se Socialmente de Forma Eficaz (RSFE)


R.A.4-Trabalhar em equipa e lidar em equipas
b) HG053001: utilizar aplicações computador pessoal para acesso a informação e a
comunicação
R.A.3-Consultar e buscar informação da Internet;
c) HG053002: Utilizar aplicações de interface gráfico (GUI) para produção de
documentos e folhas de cálculos simples (UAIGPDFCS)
R.A.1 - Produzir documentos simples usando um processador de texto de interface
gráfico;
R.A.2-.AUtilizar formas simples de formatação de documentos;
d) UC HG043001191: Interpretar e produzir enunciados escritos e orais de carácter
informativo-funcional (IPEEOCIF);
R.A.1-Retirar informação essencial de textos ouvidos ou escritos.
e) MO HG043002:Interpretar e produzir textos escritos simples informativos-
funcionais de interesse quotidiano, incluindo linguagem icónicas (IPTESIFIQILI);
R.A.2-Escrever textos da área vocacional especificas.

Módulos Vocacionais
f) UC EIP073008: Aplicar práticas de higiene e segurança no laboratório
R.A.1: Demonstrar compreensão sobre os contaminantes no laboratório;
R.A.2: Operar em segurança o descarte dos resíduos do laboratório.
g) UC EIP073009: Manter e controlar os stocks de materiais e equipamentos de
laboratório.
R.A.1. Apoiar o acondicionamento de materiais, reagentes, produtos e
equipamentos em boas condições de higiene e segurança.

3.8. Requisitos de Projecto Integrado

1. Recolher informações técnicas sobre a parasitologia de Urina;


2. Fazer o orçamento para elaboração do plano de acção;
3. Verificar formas de rentabilização do plano de acção.

3.9. Fontes de Informação

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Para a obtenção das informações utilizou-se os seguintes meios:

 Contacto directo/entrevistas;
 Uso de internet;
 Livros e artigos científicos.

3.10. Materiais e recursos

Serão necessários os seguintes materiais e recursos:

 Papel para a impressão do trabalho final;


 Acesso à da sala de informática para a digitação do projecto integrado;
 Um grupo de professores para apoio e monitoria do trabalho de projecto integrado;
 Acesso a credencial para poder colher informações nas instituições;
 Cópias de todos os modelos exemplares que lhes guiarão no seu trabalho;
 Papel, esferográficas e demais consumíveis que usarão durante o trabalho.
Financiamento de transporte necessário à recolha de informação.

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4. Conclusão
Apos a elaboração do presente projecto pode-se concluir que o exame da urina é um teste
não invasivo, de ampla disponibilidade e pouco dispendioso, o que contribui para sua
realização de forma rotineira. Realizar o exame de urina é muito importante no nosso
cotidiano, pois nos permite saber o estado da nossa saúde, pois esse exame visa a trazer
melhorias e um bom tratamento para tal, pois devemos nos manter sempre informados
para poder melhor compreender o funcionamento do nosso organismo e nos manter
informado sobre a nossa saúde para melhor fazer as consultas ao medicas com um
conhecimento mais -aprofundado.

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5. Referências Bibliográficas
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