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UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

LICENCIATURA DE MEDICINA

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO MÉDICA


TEMA: HIV/SIDA

Grupo: 7
Turma: MED 13
Turno: Manhã

Professor Doutor

__________________

António Armando

Luanda, 2023

1
TEMA: HIV/SIDA

TÍTULO: NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS MORADORES DO


BAIRRO DANGEREUX DOS 18 AOS 70 ANOS DE IDADE SOBRE
AS MEDIDAS DE TRANSMISSÃO E DE PREVENÇÃO DO
HIV/SIDA,NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2023

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO MÉDICA

Nº de Estudante Nome Resultado


1023026 Amélia João

1023060 Denise Dos Santos

1023001 Marinela Lombundo

1023072 Viviane Benjamim

1023061 Júlia Nguinamau

1022303 Claudete Cabaça

2
SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ................................................................................. 6

AGRADECIMENTO ......................................................................... 7

RESUMO ............................................................................................ 8

ABSTRACT ........................................................................................ 9

1 - INTRODUÇÃO ........................................................................... 10

1.1 - Formulação do Problema ........................................................................... 12

1.2 - Justificativa .................................................................................................. 12

1.3 - OBJECTIVOS ............................................................................................. 13

1.4 - Geral ............................................................................................................. 13

1.5 - Específicos .................................................................................................... 13

2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................. 14

2.1 - Epidemiologia .............................................................................................. 15

2.1 - Fisiopatologia ............................................................................................... 17

2.3 - Formas de transmissão do HIV.................................................................. 18

2.4 - Sinais e sintomas .......................................................................................... 19

2.4.1 - Sintomas Iniciais .............................................................. 19

2.4.2 - Sintomas Avançados ........................................................ 19

2.5 - Complicações ............................................................................................... 20

2.5.1 - Infecções Oportunistas .................................................... 20

2.5.2 - Neoplasias Associadas ao HIV/SIDA ............................. 20

3
2.5.3 - Doenças Cardiovasculares e Metabólicas ...................... 20

2.6 - Diagnóstico ................................................................................................... 22

2.6.1 - Testes de HIV ................................................................... 22

2.6.2 - Testes de carga viral ........................................................ 22

2.7 - Tratamento .................................................................................................. 23

2.8 - Prevenção ..................................................................................................... 24

2.8.1 - Prevenção no contato sexual ........................................... 24

2.8.2 - Prevenção na utilização de materiais perfuro-


cortantes ................................................................................................. 24

2.8.3 - Prevenção no uso de drogas injetáveis ........................... 24

2.8.4 - Prevenção em transfusão de sangue ............................... 25

3 - METODOLOGIA ....................................................................... 26

3.1 - Tipo de estudo ..................................................................... 26

3.2 - Local de Estudo ................................................................... 26

3.3 - Universo e Amostra ............................................................ 26

3.4 - Critérios de inclusão e exclusão ......................................... 26

3.5 - Métodos de recolha de dados ............................................. 26

3.6 - Procedimentos éticos........................................................... 26

3.7 - Tratamento, Interpretação e Apresentação dos Resultados


................................................................................................................. 26

3.8 - Variáveis em estudo ............................................................ 26

4 - APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS


4
RESULTADOS ........................................................................................... 27

5 - CONCLUSÃO ............................................................................. 34

6 - REFERÊNCIAS .......................................................................... 36

5
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho à Universidade Privada de Angola, ao Magno Doutor


António Armando que diretamente contribuiu para a realização do nosso trabalho e todos
àqueles a quem o conhecimento providenciado pelo mesmo beneficie.

6
AGRADECIMENTO

Primeiramente queremos agradecer a Deus por nos conceber o dom magnífico que é a
vida.

Agradecemos aos nossos pais e educadores pela contribuição multifatorial que nos
trouxe até o presente nível académico.

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RESUMO

Introdução: HIV/SIDA (Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da


Imunodeficiência Adquirida) é um vírus que ataca o sistema imunológico do corpo,
especificamente as células CD4. É transmitido por meio de relações sexuais
desprotegidas, partilha de agulhas ou seringas contaminadas, de mãe para filho durante a
gravidez, parto ou amamentação. A terapia antirretroviral (TARV), uma combinação de
medicamentos que suprime a replicação do vírus, fez do HIV de uma sentença de morte
em uma condição crônica gerenciável. Objectivo: Avaliar o nível de conhecimento da
população do Dangereux dos 18 aos 70 anos de idade sobre as medidas de prevenção do
HIV/SIDA, no primeiro semestre de 2023. Metodologia: Tratou-se de um estudo
observacional, descritivo e transversal com enfoque quali-quantitativo para avaliação do
conhecimento dos moradores do bairro Dangereux acerca do HIV Sida no 1° semestre de
2023. No universo dos moradores do bairro Dangereux foi retirada uma amostra retirada
de forma intencional de 25 moradores de uma forma não probabilística. Foram incluídos
todos que que aceitaram participar no nosso estudo, e que assinaram o termo de
consentimento livre e esclarecido, onde informamos aos sujeitos da pesquisa de maneira
que eles tomaram a sua decisão de forma justa e sem constrangimento sobre a sua
participação ou não. Os dados foram analisados e processados no programa Microsoft
Excel, digitalizados em Microsoft Word e apresentado no Microsoft PowerPoint 2016 em
forma de tabelas. Apresentação dos resultados: Os objectivos traçados pelo grupo foram
alcançados, obtendo os seguintes resultados: 58.33% dos moradores são da faixa etária
dos 18 aos 24 anos e 16.67% da faixa etária dos 32 aos 38 anos; 62,50% dos moradores
são do género masculino, e 37,50% do género femino; 41.67% dos moradores possuem
um nível de escolaridade indefinido e 4.17% têm um nível de escolaridade até a 8ª classe;
66.67% responderam vírus da imunodeficiência humana ao significado de HIV e 8.33%
respondeu vírus de influenza humano; 62.50% respondeu vírus da imunodeficiência
humana sobre a causa da SIDA e 8.33% respondeu adenovírus; 54.17% respondeu Mãe
grávida para bebé, parto sem corte transversal, contacto com objectos
cortantes/perfurantes sobre a transmissão do HIV e 16.67% respondeu Pai para filho,
contacto com objectos esterelizados, relações sexuais com cônjuge; 37.50% respondeu
Neurónios sobre a fisiologia do HIV e 29.17% respondeu hemácias; 37.50 respondeu A
SIDA destrói maior parte do sistema imunitário deixando o portador mais vulnerável e
susceptível a outras doenças sobre a fisiologia da SIDA e 29.17% respondeu A SIDA
destrói maior parte do sistema urinário deixando o portador mais vulnerável e susceptível
a outras doenças; 79.17% respondeu Preservativo e ou abstinência sexual sobre a
precenção da SIDA e 8.37% responderam uso de medicamentos antes do ato sexual;
69.67% respondeu Pessoas sexualmente ativas com múltiplos parceiros sobre os grupos
de risco da SIDA e 4.17% respondeu idosos com antecedentes de DST’s; 91.67%
respondeu a cada 3 meses sobre a regularidade do teste de HIV e 4.17% respondeu a cada
5 meses e a cada 9 meses; Conclusão: De acordo aos resultados obtidos, concluímos que
os moradores do bairro dangereux dos 18 aos 70 anos de idade têm conhecimento sobre
as medidas de transmissão e prevenção do VIH/SIDA.

Palavra-chave: HIV/SIDA; Prevenção e Transmissão; Nível de Conhecimento.

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ABSTRACT

Introduction: HIV/AIDS (Human Immunodeficiency Virus/Acquired Immunodeficiency


Syndrome) is a virus that attacks the body's immune system, specifically CD4 cells. It is
transmitted through unprotected sex, sharing contaminated needles or syringes, from
mother to child during pregnancy, childbirth or breastfeeding. Antiretroviral therapy
(ART), a combination of drugs that suppresses virus replication, has made HIV a death
sentence in a manageable chronic condition. Objective: To assess the level of knowledge
of the population of Dangereux from 18 to 70 years of age on HIV/AIDS prevention
measures in the first half of 2023. Methodology: This was an observational, descriptive
and cross-sectional study with a qualitative-quantitative approach to assess the knowledge
of the residents of the Dangereux neighborhood about HIV AIDS in the 1st semester of
2023. In the universe of the residents of the Dangereux neighborhood, a sample was taken
intentionally from 25 residents in a non-probabilistic way. We included all those who
agreed to participate in our study, and who signed the free and informed consent term,
where we informed the research subjects so that they made their decision fairly and without
embarrassment about their participation or not. The data were analyzed and processed in
the Microsoft Excel program, scanned in Microsoft Word and presented in Microsoft
PowerPoint 2016 in the form of tables. Presentation of the results: The objectives
outlined by the group were achieved, obtaining the following results: 58.33% of the
residents are in the age group of 18 to 24 years and 16.67% of the age group of 32 to 38
years; 62.50% of the residents are male, and 37.50% female; 41.67% of the residents have
an indefinite level of education and 4.17% have a level of education up to the 8th grade;
66.67% responded to human immunodeficiency virus to the meaning of HIV and 8.33%
answered human influenza virus; 62.50% responded human immunodeficiency virus on
the cause of AIDS and 8.33% answered adenovirus; 54.17% answered Pregnant mother to
baby, delivery without cross-section, contact with sharp/piercing objects about HIV
transmission and 16.67% answered Father to child, contact with sterilized objects, sexual
relations with spouse; 37.50% answered Neurons on the physiology of HIV and 29.17%
answered red blood cells; 37.50 answered AIDS destroys most of the immune system
leaving the carrier more vulnerable and susceptible to other diseases on the physiology of
AIDS and 29.17% answered AIDS destroys most of the urinary system leaving the carrier
more vulnerable and susceptible to other diseases; 79.17% answered Condom and/or
sexual abstinence about the prevalence of AIDS and 8.37% answered the use of
medications before sex; 69.67% answered Sexually active people with multiple partners
about the risk groups of AIDS and 4.17% answered elderly with a history of STDs; 91.67%
answered every 3 months about the regularity of HIV testing and 4.17% answered every 5
months and every 9 months; Conclusion: According to the results obtained, we conclude
that the residents of the dangereux neighborhood from 18 to 70 years of age have
knowledge about the measures of transmission and prevention of HIV/AIDS.

Keyword: HIV/AIDS; Prevention and Transmission; Knowledge Level.

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1 - INTRODUÇÃO

O HIV/SIDA, que significa Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da


Imunodeficiência Adquirida, é uma crise global de saúde que teve um impacto profundo
em indivíduos, comunidades e nações em todo o mundo. Desde a sua identificação no
início dos anos 80, o HIV/SIDA ceifou a vida de milhões de pessoas e continua sendo um
desafio significativo para a saúde pública.

O HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico do corpo, especificamente as


células CD4, um tipo de glóbulo branco crucial para combater infecções. À medida que
o vírus se replica e destrói essas células, o sistema imunológico fica progressivamente
mais fraco, tornando os indivíduos vulneráveis a uma ampla gama de infecções
oportunistas e cânceres. Se não for tratado, o HIV pode progredir para a SIDA, o estágio
mais avançado da infecção, onde o sistema imunológico está gravemente comprometido.

De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/SIDA


(UNSIDA), em 2020, havia aproximadamente 38 milhões de pessoas vivendo com HIV
em todo o mundo. Desde o início da epidemia, estima-se que 79 milhões de pessoas foram
infectadas pelo HIV e mais de 36 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas
à SIDA. O impacto do HIV/SIDA é particularmente devastador na África subsaariana,
onde a maioria das novas infecções e mortes ocorre.

O HIV/SIDA é transmitido principalmente por meio de relações sexuais


desprotegidas, compartilhamento de agulhas ou seringas contaminadas e de mãe para
filho durante a gravidez, parto ou amamentação. No entanto, é importante observar que o
HIV não é transmitido por contato casual, como abraçar, apertar as mãos ou compartilhar
utensílios.

Foram feitos progressos significativos na prevenção e tratamento do HIV/SIDA.


A terapia antirretroviral (TARV), uma combinação de medicamentos que suprime a
replicação do vírus, transformou o HIV de uma sentença de morte em uma condição
crônica gerenciável para muitos indivíduos. Além disso, estratégias de prevenção, como
o uso de preservativos, programas de redução de danos para pessoas que injetam drogas
e profilaxia pré-exposição (PrEP) para indivíduos com alto risco de infecção pelo HIV,

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têm contribuído para a redução de novas infecções.

Os esforços para combater o HIV/SIDA envolvem uma abordagem


multidimensional que abrange educação, campanhas de conscientização, acesso a testes
e tratamento, e o enfrentamento de fatores sociais e econômicos que contribuem para a
propagação do vírus. Organizações internacionais, governos, ONGs e comunidades
continuam a trabalhar juntos para combater a epidemia do HIV/SIDA e buscar uma
geração livre da SIDA.

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1.1 - Formulação do Problema

O HIV/SIDA, que significa Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da


Imunodeficiência Adquirida, é uma crise global de saúde que teve um impacto profundo
em indivíduos, comunidades e nações em todo o mundo. Desde a sua identificação no
início dos anos 80, continua sendo um desafio significativo para a saúde pública. Devido
as diversas formas de discriminação social, o estigma que envolve a doença, a
tradicionalidade e secretismo ou segregação da doença como tópico de debate e ensino, o
HIV em Angola continua sendo tabu em muitas comunidades, o que dificulta a
exterminação de rumores e falsas informações concernentes à correta prevenção e
transmissão da doença. Assim sendo, o grupo teve grande interesse em saber:

Qual é o nível de conhecimento dos moradores do bairro dangeroux dos 18


aos 70 anos de idade sobre as medidas de transmissão e de prevenção do HIV/SIDA,
no primeiro semestre de 2023?

1.2 - Justificativa

O HIV / SIDA é uma doença bastante frequente no nosso país e cidade. Como
futuros quadros da saúde, há a necessidade de não só saber interagir com, como também
compreendermos a população que estará futuramente ao nosso cuidado, e as causas da
prevalência de doenças tão impactantes como esta. Portanto, o grupo realiza este trabalho
com o intuito de não só aprofundar os nossos conhecimentos concernentes à patologia
como os fatores sociais por detrás da sua prevalência na comunidade escolhida,
começando pela informação e educação sobre o tema em questão para a mesma.

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1.3 - OBJECTIVOS

1.4 - Geral

➢ Avaliar o nível de conhecimento da população do Dangereux dos 18 aos 70 anos de


idade sobre as medidas de prevenção do HIV/SIDA, no primeiro semestre de 2023

1.5 - Específicos

➢ Identificar as principais vias de transmissão do HIV/SIDA

➢ Identificar as sintomatologias do HIV/SIDA

➢ Mencionar os métodos de prevenção

➢ Mencionar as complicações do HIV/SIDA

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2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O HIV/SIDA é uma doença devastadora que afetou milhões de pessoas em todo


o mundo desde a sua descoberta. Os primeiros casos de HIV/SIDA em Angola foram
identificados na década de 1980, quando a doença começou a se espalhar pelo país.
Acredita-se que o vírus tenha sido introduzido em Angola através de trabalhadores
migrantes que retornaram de outros países africanos, onde a epidemia já estava presente.
A transmissão do vírus ocorreu principalmente através de relações sexuais desprotegidas
e do compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis.

A epidemia de HIV/SIDA teve um impacto significativo em Angola em várias


frentes. Socialmente, a doença gerou estigma e discriminação contra as pessoas vivendo
com HIV/SIDA, tornando-as frequentemente alvo de exclusão e marginalização.

No campo da saúde, o HIV/SIDA tornou-se uma das principais causas de


morbidade e mortalidade em Angola. A falta de infraestrutura adequada e de recursos
médicos dificultou a resposta eficaz à doença, resultando em altas taxas de infecção e
mortalidade.

Ao longo dos anos, Angola tem se empenhado na luta contra o HIV/SIDA. O


governo angolano, em parceria com organizações internacionais e ONGs locais,
implementou medidas de prevenção e tratamento para conter a propagação do vírus e
fornecer assistência às pessoas afetadas.

As ações de prevenção incluem programas de conscientização sobre o uso de


preservativos, educação sexual nas escolas e a promoção do teste voluntário de HIV.
Foram estabelecidos centros de aconselhamento e testagem para garantir o acesso a
informações e serviços confiáveis.

Em termos de tratamento, Angola expandiu o acesso a medicamentos


antirretrovirais (ARVs) para as pessoas vivendo com a doença. Centros de tratamento
foram estabelecidos em várias regiões do país, visando oferecer atendimento médico e
apoio psicossocial abrangente.

A história do HIV/SIDA em Angola reflete os desafios e as conquistas enfrentadas


pelo país na luta contra essa epidemia devastadora. Embora ainda haja trabalho a ser feito,
o compromisso do governo e das organizações de saúde, juntamente com a
conscientização pública e o acesso ao tratamento, estão gradualmente transformando a

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realidade do HIV/SIDA em Angola.

2.1 - Epidemiologia

Organização Mundial da Saúde (OMS) estima (ver UNSIDA: Global HIV &
SIDA statistics — Fact sheet) que, em 2021, aproximadamente 38 milhões de pessoas em
todo o mundo, incluindo 1,7 milhão de crianças (< 15 anos), viviam com o HIV; 54%
eram mulheres e meninas. Aproximadamente 25,6 milhões (cerca de 67%) de pessoas
desse grupo vivem na África Subsaariana. Em muitos países da África subsaariana, a
incidência de infecção pelo HIV está diminuindo acentuadamente em relação às taxas
muito altas da década de 1990; no entanto, ainda existem lacunas importantes na
estratégia para

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acabar rapidamente com a epidemia de SIDA até 2030 da Organização Mundial da Saúde.
Em 2021, aproximadamente 1,5 milhão de pessoas foram recém- infectadas pelo
HIV, das quais cerca de 860.000 (57%) vivem na África Subsaariana. Entre as pessoas
que viviam com o HIV em 2021, aproximadamente 85% sabiam que eram positivas para
HIV e 75% estavam recebendo tratamento. Em 2021, aproximadamente 650.000 pessoas
morreram de doenças relacionadas à SIDA em todo o mundo, em comparação com 1,9
milhão em 2004 e 1,4 milhão em 2010.
Mas por meio de esforços internacionais, em 2021, cerca de 28,7 milhões vivendo
com HIV tiveram acesso ao tratamento antirretroviral (acima de 7,8 milhões em 2010),
reduzindo drasticamente as mortes e a transmissão em muitos países (ver UNSIDA:
Global HIV & SIDA statistics — Fact sheet).
Nos Estados Unidos, no final de 2019, estimou-se que 1.189.700 pessoas
≥ 13 anos viviam com o HIV, incluindo cerca de 158.500 (13%) pessoas cujas
infecções não foram diagnosticadas. Em 2020, mais de 30.600 pessoas receberam o
diagnóstico de HIV nos Estados Unidos e 20.758 casos foram decorrentes de contato
sexual entre homens; deve-se interpretar os dados de 2020 com cautela em razão do
impacto da pandemia de covid-19 sobre o acesso a testes de HIV, serviços relacionados
com cuidados e atividades de vigilância de casos. (Ver Centers for Disease Control and
Prevention: HIV Statistics Center.)

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2.1 - Fisiopatologia

O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus


compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do
surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso
e supressão do sistema imune.
As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa
célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos
em busca de outros para continuar a infecção.

O HIV geralmente entra no hospedeiro pela mucosa anogenital. A proteína do envelope


viral, a glicoproteína 120 (GP 120), liga-se à molécula CD4 nas células dendríticas. As
células dendríticas intersticiais são encontradas no epitélio cervicovaginal, bem como no
tecido tonsilar e adenoidal, que podem servir como células-alvo iniciais em infecções
transmitidas por sexo genital-oral.
A infecção por HIV recém-adquirida é mais comumente devido à transmissão de vírus
com tropismo para macrófagos do que com tropismo para células T CD4 +.
As células infectadas pelo HIV se fundem com as células T CD4 +, levando à
disseminação do vírus. O HIV é detectável em linfonodos regionais dentro de dois dias
da exposição da mucosa e no plasma dentro de outros três dias. Assim que o vírus entra
no sangue, ocorre uma disseminação generalizada para órgãos como o cérebro, o baço e
os gânglios linfáticos.

Existem dois vírus denominados genericamente HIV que podem causar a sida:
• HIV-1

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• HIV-2

O HIV-1 é o mais frequente em todo o mundo, já o HIV-2 é menos comum e


produz menor quantidade de partículas virais no organismo do que o HIV-1. No entanto,
o HIV- 2 apresenta maior resistência a antirretrovirais do tipo não nucleosídeos, uma
classe de medicamentos utilizada no tratamento da infecção por HIV no Brasil. É
importante destacar que um mesmo indivíduo pode apresentar uma infecção causada pelos
dois tipos de vírus, os quais se replicam simultaneamente no organismo, causando a
chamada infecção conjunta ou superinfeção.

2.3 - Formas de transmissão do HIV

• É transmitido por vários fluídos corporais (sangue, leite, sêmen, secreção


vaginal, líquidos cerebrospinal e amniótico) quando em contato com mucosas
(boca, ânus, vagina)ou pele lesionada.

• Relações sexuais (sexo vaginal, anal, oral sem preservativo)


• Compartilhamento de materiais (seringas ou instrumentos que furam/cortam se

não forem esterilizados)

• Transfusões de sangue contaminado

• De mãe positiva durante gravidez, parto ou amamentação

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2.4 - Sinais e sintomas
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o causador da síndrome da
imunodeficiência adquirida (SIDA), uma doença crônica que afeta o sistema
imunológico. Identificar os sinais e sintomas precoces do HIV/SIDA é crucial para um
diagnóstico e tratamento precoce, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos
pacientes.
2.4.1 - Sintomas Iniciais
Nos estágios iniciais da infecção pelo HIV, algumas pessoas podem apresentar
sintomas semelhantes aos de uma gripe comum. Esses sintomas, conhecidos como
síndrome retroviral aguda, podem ocorrer de duas a quatro semanas após a infecção e
incluem:
• Febre
• Fadiga extrema
• Dores musculares e nas articulações
• Dor de garganta
• Gânglios linfáticos inchados
É importante ressaltar que esses sintomas não são exclusivos do HIV/SIDA e
podem ser confundidos com outras condições médicas. Portanto, é fundamental realizar
testes específicos de HIV/SIDA para um diagnóstico preciso.
2.4.2 - Sintomas Avançados
À medida que o HIV progride e causa danos ao sistema imunológico, os sintomas
podem se tornar mais graves. Esses sintomas geralmente ocorrem anos após a infecção
inicial e são característicos do estágio avançado da SIDA. Alguns dos sinais e sintomas
avançados incluem:
• Perda de peso inexplicável
• Febre prolongada
• Suores noturnos intensos
• Diarreia crônica
• Infeções oportunistas (pneumonia, tuberculose, candidíase e sarcoma de
Kaposi)
Esses sintomas são resultado da deterioração do sistema imunológico do
indivíduo, deixando-o suscetível a infeções graves e doenças oportunistas.

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2.5 - Complicações

O HIV (vírus da imunodeficiência humana) e a SIDA (síndrome da


imunodeficiência adquirida) têm um impacto significativo no sistema imunológico e
podem levar a uma série de complicações graves. À medida que a doença progride, o
sistema imunológico enfraquecido torna o indivíduo mais suscetível a infeções
oportunistas e outras condições médicas. Tais como:
2.5.1 - Infecções Oportunistas
Uma das principais complicações do HIV/SIDA é a susceptibilidade aumentada a
infecções oportunistas. Essas infecções são causadas por organismos que normalmente não
representam uma ameaça para pessoas com um sistema imunológico saudável. Exemplos
comuns de infecções oportunistas incluem:
• Tuberculose: uma doença bacteriana que afeta principalmente os pulmões, mas
também pode se espalhar para outros órgãos.
• Pneumonia por Pneumocystis jirovecii: uma infecção fúngica que afeta os pulmões
e pode ser fatal em pessoas com sistema imunológico comprometido.
• Candidíase: uma infecção fúngica que afeta a pele, unhas, boca e órgãos genitais.
• Toxoplasmose: uma infecção parasitária que pode afetar o cérebro, causando
sintomas neurológicos graves.
Essas infecções oportunistas podem ser graves e requerem tratamento médico
adequado.
2.5.2 - Neoplasias Associadas ao HIV/SIDA
Indivíduos com HIV/SIDA têm maior risco de desenvolver certos tipos de câncer.
Esses cânceres podem ser mais agressivos em pessoas com HIV/SIDA e podem exigir
tratamentos especializados. Alguns exemplos incluem:
• Sarcoma de Kaposi: um tipo de câncer que se desenvolve nos vasos sanguíneos
e pode afetar a pele, mucosas e órgãos internos.
• Linfomas: cânceres do sistema linfático, que incluem linfoma de células B e
linfoma de células T.
2.5.3 - Doenças Cardiovasculares e Metabólicas
O HIV/SIDA também está associado a um maior risco de desenvolvimento de
doenças cardiovasculares e metabólicas. Estudos mostraram que pessoas vivendo com
HIV/SIDA têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, como

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doença cardíaca coronária, acidente vascular cerebral e doença arterial periférica. Além
disso, a terapia antirretroviral (TARV) utilizada no tratamento do HIV/SIDA pode estar
relacionada ao aumento do risco de diabetes e dislipidemia.

21
2.6 - Diagnóstico

O diagnóstico precoce do HIV/SIDA é fundamental para o início imediato do


tratamento e o cuidado adequado dos indivíduos afetados. Várias opções de testes estão
disponíveis para detectar a presença do vírus e determinar o estágio da doença.
2.6.1 - Testes de HIV
Os testes de HIV são realizados para detectar a presença do vírus no organismo. Os
métodos mais comuns incluem:
• Testes de anticorpos: esses testes detectam a presença de anticorpos produzidos
pelo sistema imunológico em resposta à infecção pelo HIV. Os testes de
anticorpos são amplamente utilizados e podem ser realizados em amostras de
sangue, saliva ou urina.
• Testes de antígeno e anticorpo: esses testes combinados detectam tanto os
anticorpos quanto os antígenos específicos do HIV. Eles são mais sensíveis e
podem detectar a infecção em estágios iniciais.
• Testes moleculares: como a reação em cadeia da polimerase (PCR), esses testes
detectam o material genético do vírus (RNA ou DNA) no sangue. Os testes
moleculares são altamente sensíveis e podem ser usados para confirmar
resultados positivos em outros testes.
2.6.2 - Testes de carga viral
Os testes de carga viral medem a quantidade de vírus HIV no sangue. Esses testes
são usados para avaliar a progressão da doença, monitorar a eficácia do tratamento
antirretroviral e determinar a transmissibilidade do vírus. A carga viral é expressa em
número de cópias do RNA viral por mililitro de sangue.

22
2.7 - Tratamento

O tratamento do HIV/SIDA tem sido transformado ao longo dos anos, graças ao


desenvolvimento contínuo de medicamentos antirretrovirais eficazes. A terapia
antirretroviral (TARV) é a principal abordagem para o tratamento da infecção pelo HIV,
visando suprimir a replicação viral, preservar a função imunológica e melhorar a qualidade
de vida dos indivíduos afetados. A TARV geralmente consiste em uma combinação de
medicamentos antirretrovirais de diferentes classes, como inibidores de transcriptase
reversa, inibidores de protease e inibidores de entrada viral.
A TARV tem demonstrado ser altamente eficaz na redução da carga viral e no
aumento da sobrevida dos pacientes com HIV/SIDA. Além disso, o tratamento oportuno
com TARV também pode ajudar a prevenir a transmissão do vírus para outras pessoas. A
adesão rigorosa ao regime de medicação é crucial para o sucesso do tratamento, uma vez
que a interrupção ou falha na adesão pode levar ao desenvolvimento de resistência aos
medicamentos antirretrovirais.
É importante ressaltar que o tratamento do HIV/SIDA não se limita apenas à
TARV. Os pacientes também podem receber tratamento para complicações clínicas
relacionadas ao HIV/SIDA, como infecções oportunistas, doenças cardiovasculares e
distúrbios metabólicos. Além disso, o suporte psicossocial, aconselhamento e educação
contínua são componentes essenciais do tratamento, ajudando os pacientes a lidar com os
desafios emocionais e a adotar estilos de vida saudáveis.

23
2.8 - Prevenção

2.8.1 - Prevenção no contato sexual


A camisinha ou preservativo continua sendo o método mais eficaz para prevenir
muitas doenças sexualmente transmissíveis, como a SIDA, a sífilis, a gonorreia e alguns
tipos dehepatites em qualquer tipo de relação sexual (anal, oral ou vaginal), seja homem
com mulher, homem com homem ou mulher com mulher (GIV 2020).
Embora o preservativo masculino seja o modelo mais conhecido e de uso mais
disseminado, as mulheres também têm a opção de utilizar a camisinha feminina. Seja qual
for o modelo, a camisinha deve ser usada do começo até o fim de qualquer relação sexuale
nunca utilize o mesmo preservativo mais de uma vez.
2.8.2 - Prevenção na utilização de materiais perfuro-cortantes
Devido a possibilidade de se transmitir o vírus HIV durante o compartilhamento
de objetos perfuro-cortantes, que entrem em contato direto com o sangue, é indicado o
uso de objetos descartáveis. Se os instrumentos não forem descartáveis, como lâmina de
depilação, navalhas e alicates de unha, é recomendável que se faça uma esterilização
simples (fervendo, passando álcool ou água sanitária).
É importante destacar que os objetos cortantes e perfurantes usados em
consultórios de dentista, em estúdios de tatuagem e clínicas de acupuntura também
correm o risco de estarem contaminados. Portanto, exija e certifique-se que os materiais
estão esterilizados e, se são descartáveis, sejam substituídos.
2.8.3 - Prevenção no uso de drogas injetáveis
O uso de drogas injetáveis e o compartilhamento de seringas é uma das principais
formasde transmissão do vírus HIV. Durante o contato do sangue soropositivo, a seringa
é contaminada e a reutilização da seringa por terceiros é também uma forma de contagiodo
vírus, já que pequenas quantidades de sangue ficam na agulha ou seringa após o uso. Se
outra pessoa usar essa agulha ou seringa, esse sangue será injetado na corrente sangüínea
da pessoa.

24
Por isso, os usuários de drogas injetáveis também precisam tomar alguns cuidados:
Ter matérias de uso próprio (seringa, agulha, etc ) e não compartilhá -los com outros
usuários;Não reutilizar as agulhas e seringas; descartar os instrumentos em local seguro,
dentro de uma caixa ou embalagem.

As campanhas para se evitar a contaminação do HIV entre os usuários de


drogasinjetáveis contam com distribuição de seringas e agulhas esterilizadas.
2.8.4 - Prevenção em transfusão de sangue
O contágio de diversas doenças, principalmente do vírus HIV, através da transfusão
de sangue e da doação de órgãos tem contribuído para que as instituições de coleta
selecionem criteriosamente seus doadores e adotem regras rígidas para testar, transportar,
estocar e transfundir o material. Estes procedimentos estão garantindo cada vez mais um
número menor de casos de transmissão de doenças através da transfusão de sangue e da
doação de órgãos.
Atualmente, apenas pessoas saudáveis e que não façam parte dos grupos de risco
para adquirir doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue, como Hepatites B e C, HIV,
Sífilis e Chagas, podem fazer a doação de sangue.
Ainda assim é imprescindível que você, ou seus familiares, se certifiquem, antes
de se submeter a transfusão de sangue, de que o sangue e o material hemoderivado foi
devidamente testado.

25
3 - METODOLOGIA

3.1 - Tipo de estudo


Foi realizado um estudo de carácter observacional, descritivo transversal com
enfoque quali-quantitativo para: avaliação do conhecimento dos moradores do bairro
Dangereux acerca do HIV Sida no 1° semestre de 2023.
3.2 - Local de Estudo
O estudo foi realizado no Município do Talatona, bairro Dangereux.
3.3 - Universo e Amostra
Foi constituída pelo universo de todos moradores do bairro Dangereux, no período
do nosso estudo. Foram retirados 25 moradores do bairro Dangereux de uma forma não
probabilística, que se fizeram presentes no dia da nossa pesquisa.
3.4 - Critérios de inclusão e exclusão
Foram incluídos todos os moradores do bairro Dangereux que aceitaram participar
e estiveram presentes no dia da recolha de dados e excluídos todos que não estiveram
presentes.
3.5 - Métodos de recolha de dados
Os dados foram colhidos por intermédio de um questionário de perguntas
fechadas.
3.6 - Procedimentos éticos
O trabalho foi submetido a aprovação do departamento da coordenação do primeiro
ano do curso de Medicina Geral da Universidade Privada de Angola.
3.7 - Tratamento, Interpretação e Apresentação dos Resultados
Os dados coletados foram registados através do programa Microsoft Word 2012, e
a apresentação foi feita em PowerPoint, onde os resultados finais estruturados em forma
de tabelas, com os seus títulos.
3.8 - Variáveis em estudo
Idade, sexo, estado civil, conceito, as causas, tratamento, diagnóstico, sinais e
sintomas associados ao HIV Sida.

26
4 - APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Tabela n° 1: Distribuição de amostra de 24 moradores do bairro Dangeroux de acordo com a


faixa etária.
Faixa Etária Frequência %
18 - 24
Anos 15 62.50%
25 - 31
Anos 5 20.83%
32 - 38
Anos 4 16.67%
Total 24 100.00%
Fonte: Ficha de inquérito

Interpretação: a tabela acima revela que dos 24 moradores inqueridos de acordo com a faixa
etária, constatamos que foi frequente descrever os moradores da faixa etária dos 18 aos 24 anos
com 58.33%, e foi menos frequente os moradores da faixa etária dos 32 aos 38 anos com 16.67%.

Tabela n° 2: Distribuição de amostra de 24 moradores do bairro Dangeroux de acordo com o


género.

Género Frequência %
Feminino 9 37.50%
Masculino 15 62.50%
Total 24 100.00%
Fonte: Ficha de inquérito

27
Interpretação: a tabela acima revela que dos 24 moradores inqueridos de acordo com o género
constatamos que foi frequente descrever os moradores do género masculino com 62,50%, e foi
menos frequente os moradores do género feminino com 37,50%.

Tabela n° 3: Distribuição de amostra de 24 moradores do bairro Dangeroux de acordo com o


nível de escolaridade.
Nível de Escolaridade Frequência %

8ª Classe 1 4.17%

9ª Classe 3 12.50%

10ª Classe 5 20.83%

12ª Classe 2 8.33%

1º Ano de
Universidade 3 12.50%

Indefinido 10 41.67%

100.00
Total 24 %
Fonte: Ficha de inquérito

Interpretação: a tabela acima revela que dos 24 moradores inqueridos de acordo com o nível
de escolaridade constatamos que foi frequente descrever moradores com o nível escolar
indefinido com 41.67%, e foi menos frequente moradores com nível de escolaridade até a 8ª
classe com 4.17%.
Tabela n° 4: Distribuição de amostra de 24 moradores do bairro Dangeroux de acordo com o
conhecimento sobre o significado da sigla HIV.

Significado de HIV Frequência %

Virus da imunodeficiência humana 16 66.67%

28
Virus de Influenza Humano 2 8.33%

Bactérias da Imunodeficiência
Humana 6 25.00%

100.00
Total 24 %
Fonte: Ficha de inquérito

Interpretação: a tabela acima revela que dos 24 moradores inqueridos de acordo com o
conhecimento sobre o significado da sigla HIV constatamos que foi frequente descrever que os
moradores responderam vírus da imunodeficiência humana com 66.67%, e foi menos frequente
moradores que responderam vírus de influenza humano com 8.33%.

Tabela n° 5: Distribuição de amostra de 24 moradores do bairro Dangeroux de acordo com o


conhecimento sobre a etiologia da SIDA.

Frequênci
Etiologia da SIDA a %

29.17
Enterovírus 7 %

Vírus da imunodeficiência 62.50


humana 15 %

Adenovírus 2 8.33%

100.0
Total 24 %
Fonte: Ficha de inquérito

Interpretação: a tabela acima revela que dos 24 moradores inqueridos de acordo com o
conhecimento sobre a etiologia do HIV constatamos que foi frequente descrever que os
moradores responderam vírus da imunodeficiência humana com 62.50%, e foi menos frequente
moradores que responderam adenovírus com 8.33%

29
Tabela n° 6: Distribuição de amostra de 24 moradores do bairro Dangeroux de acordo com o
conhecimento sobre a transmissão do HIV.

Transmissão Frequência %

Pai para filho, contacto com objectos esterelizados, relações


sexuais com cônjuge 4 16.67%

Mãe grávida para bebé, parto sem corte transversal,


contacto com objectos cortantes/perfurantes 13 54.17%

Mãe para bebé em concepção, parto sem corte transversal,


contacto com objectos cortantes/perfurantes, relações
amigáveis com pareceiros infectados 7 29.17%

Total 24 100.00%
Fonte: Ficha de inquérito

Interpretação: a tabela acima revela que dos 24 moradores inqueridos de acordo com o
conhecimento sobre a transmissão do HIV constatamos que foi frequente descrever que os
moradores responderam Mãe grávida para bebé, parto sem corte transversal, contacto com
objectos cortantes/perfurantes com 54.17%, e foi menos frequente moradores que
responderam Pai para filho, contacto com objectos esterelizados, relações sexuais com cônjuge
com 16.67%

Tabela n° 7: Distribuição de amostra de 24 moradores do bairro Dangeroux de acordo com o


conhecimento sobre a Fisiologia do HIV.

Fisiologia Frequência %

Linfócitos
T 8 33.33%

Hemácias 7 29.17%

Neurónios 9 37.50%

Total 24 100.0%
Fonte: Ficha de inquérito

30
Interpretação: a tabela acima revela que dos 24 moradores inqueridos de acordo com o
conhecimento sobre a fisiologia do HIV constatamos que foi frequente descrever que os
moradores responderam Neurónios com 37.50%, e foi menos frequente moradores que
responderam Hemácias com 29.17%

Tabela n° 8: Distribuição de amostra de 24 moradores do bairro Dangeroux de acordo com o


conhecimento sobre a Fisiologia da SIDA.

Fisiologia Frequência %

A SIDA destrói maior parte do sistema reprodutor deixando o


portador mais vulnerável e susceptível a outras doenças 8 33.33%

A SIDA destrói maior parte do sistema imunitário deixando o


portador mais vulnerável e susceptível a outras doenças 9 37.50%

A SIDA destrói maior parte do sistema urinário deixando o portador


mais vulnerável e susceptível a outras doenças 7 29.17%

Total 24 100.00%
Fonte: Ficha de inquérito

Interpretação: a tabela acima revela que dos 24 moradores inqueridos de acordo com o
conhecimento sobre a fisiologia da SIDA constatamos que foi frequente descrever que os
moradores responderam A SIDA destrói maior parte do sistema imunitário deixando o portador
mais vulnerável e susceptível a outras doenças com 37.50%, e foi menos frequente moradores
que responderam A SIDA destrói maior parte do sistema urinário deixando o portador mais
vulnerável e susceptível a outras doenças com 29.17%

Tabela n° 9: Distribuição de amostra de 24 moradores do bairro Dangeroux de acordo com o


conhecimento sobre a Prevenção da SIDA.

Prevenção Frequência %

Álcool e drogas 3 12.50%

31
Uso de medicamentos antes do ato
sexual 2 8.33%

Preservativo e ou abstinência sexual 19 79.17%

Total 24 100.0%
Fonte: Ficha de inquérito

Interpretação: a tabela acima revela que dos 24 moradores inqueridos de acordo com o
conhecimento sobre a prevenção da SIDA constatamos que foi frequente descrever que os
moradores responderam Preservativo e ou abstinência sexual com 79.17%, e foi menos
frequente moradores que responderam uso de medicamentos antes do ato sexual com 8.37%
Tabela n° 10: Distribuição de amostra de 24 moradores do bairro Dangeroux de acordo com o
conhecimento sobre os grupos de risco da SIDA.

Grupos de Risco Frequência %

Jovens emabstinência sexual 7 29,17%

Idosos com antecedentes de DST's 1 4,17%

Pessoas sexualmente ativas com múltiplos parceiros 16 66,67%

Total 24 100,0%
Fonte: Ficha de inquérito

Interpretação: a tabela acima revela que dos 24 moradores inqueridos de acordo com o
conhecimento sobre os grupos de risco da SIDA constatamos que foi frequente descrever que
os moradores responderam Pessoas sexualmente ativas com múltiplos parceiros com 69.67%, e
foi menos frequente moradores que responderam idosos com antecedentes de DST’s com 4.17%

Tabela n° 11: Distribuição de amostra de 24 moradores do bairro Dangeroux de acordo com o


conhecimento sobre a regularidade do teste de HIV.

Regularidade do Teste Frequência %

A cada 5 meses 1 4,17%

32
A cada 9 meses 1 4,17%

A cada 3 meses 22 91,67%

Total 24 100,00%
Fonte: Ficha de inquérito

Interpretação: a tabela acima revela que dos 24 moradores inqueridos de acordo com o
conhecimento sobre a Regularidade do Teste de HIV constatamos que foi frequente descrever
que os moradores responderam a cada 3 meses com 91.67%%, e foi menos frequente moradores
que responderam a cada 5 meses e a cada 9 meses com 4.17%

33
5 - CONCLUSÃO

Os objectivos traçados pelo grupo foram alcançados, obtendo os seguintes resultados:


58.33% dos moradores são da faixa etária dos 18 aos 24 anos e 16.67% da faixa etária
dos 32 aos 38 anos.

62,50% dos moradores são do género masculino, e 37,50% do género femino.

41.67% dos moradores possuem um nível de escolaridade indefinido e 4.17% têm um


nível de escolaridade até a 8ª classe.

66.67% responderam vírus da imunodeficiência humana ao significado de HIV e 8.33%


respondeu vírus de influenza humano.

62.50% respondeu vírus da imunodeficiência humana sobre a causa da SIDA e 8.33%


respondeu adenovírus

54.17% respondeu Mãe grávida para bebé, parto sem corte transversal, contacto com
objectos cortantes/perfurantes sobre a transmissão do HIV e 16.67% respondeu Pai para filho,
contacto com objectos esterelizados, relações sexuais com cônjuge.

37.50% respondeu Neurónios sobre a fisiologia do HIV e 29.17% respondeu hemácias.

37.50 respondeu A SIDA destrói maior parte do sistema imunitário deixando o portador
mais vulnerável e susceptível a outras doenças sobre a fisiologia da SIDA e 29.17% respondeu
A SIDA destrói maior parte do sistema urinário deixando o portador mais vulnerável e
susceptível a outras doenças.

79.17% respondeu Preservativo e ou abstinência sexual sobre a precenção da SIDA e


8.37% responderam uso de medicamentos antes do ato sexual.

69.67% respondeu Pessoas sexualmente ativas com múltiplos parceiros sobre os grupos
de risco da SIDA e 4.17% respondeu idosos com antecedentes de DST’s.

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91.67% respondeu a cada 3 meses sobre a regularidade do teste de HIV e 4.17%
respondeu a cada 5 meses e a cada 9 meses.

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6 - REFERÊNCIAS

Estudo sobre a percepção dos Angolanos sobre o VIH/SIDA e os seus níveis de Desenvolvimento
Humano, PNUD/UNESCO, 2001
Relatório de pesquisa “Criança, família e VIH/SIDA”, LPV, 2003
Relatório da missão do ACNUR sobre VIH/SIDA e Refugiados, Abril 2003
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/SIDA (UNSIDA). (s.d.). Obtido de
https://www.unSIDA.org/
Centers for Disease Control and Prevention (CDC). (s.d.). HIV/SIDA. Obtido de
https://www.cdc.gov/hiv/default.html
Organização Mundial da Saúde (OMS). (s.d.). HIV/SIDA. Obtido de https://www.who.int/hiv/en/
UNSIDA Angola. (s.d.). Retrieved from
https://www.unSIDA.org/en/regionscountries/countries/angola
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Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). (2021). Sintomas do HIV. Recuperado de
https://www.cdc.gov/hiv/spanish/basics/whatishiv/symptoms.html
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Centers for Disease Control and Prevention (CDC). (2021). HIV/SIDA. Retrieved from
https://www.cdc.gov/hiv/basics/index.html
National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID). (2021). Opportunistic Infections.
Retrieved from https://www.niaid.nih.gov/diseases-conditions/opportunistic-infections
Palella, F. J., Jr., Baker
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World Health Organization (WHO). (2021). HIV/SIDA Treatment and Care. Retrieved from
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36
National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID). (2021). HIV/SIDA Treatment.
Retrieved from https://www.niaid.nih.gov/diseases-conditions/hivSIDA-treatment

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