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INTRODUÇÃO

O conteúdo apresentado nesta sebenta serve para os alunos da 13ª classe dos cursos
técnicos de saúde ministrados na Escola de Formação dos Técnicos de Saúde de Luanda e para
os alunos das escolas particulares adstritas a esta escola técnica.
A disciplina de Projecto Tecnológico visa à realização de projectos concretos por parte
dos alunos com o fim de:
 Desenvolver nestes uma visão integradora do saber;
 Promover a sua orientação escolar e profissional,
 Integrar e articular as aprendizagens adquiridas, nomeadamente, nas disciplinas da
formação técnica, tecnológica e prática.
 Facilitar a sua aproximação ao mundo do trabalho;
Tanto a ciência como a tecnologia partem do mesmo tipo de pensamento racional
baseado na observação empírica, ou seja, da realidade que nos circunda, e no conhecimento das
causas naturais (comprováveis que se podem demonstrar objetivamente, na prática).
Entretanto a tecnologia, que é a base de nossos cursos, não busca a verdade absoluta, a
explicação final sobre factos, mas, sim, a sua utilidade prática na solução de problemas do
cotidiano do trabalho: enquanto a ciência busca o saber, modelos acadêmicos de pensamento e
investigação, paradigmas e referências universais, a tecnologia busca o controle de fenômenos
e processos para viabilizar soluções no trabalho prático de empresas e organizações de acordo
com a realidade específica de cada contexto em que elas se inserem.
É por isso que o saber e o fazer de um tecnólogo são orientados por procedimentos
(métodos) científicos. A tecnologia se volta mais para a praticidade, escolhendo dentre os
procedimentos científicos aqueles que possam resultar em alguma utilidade, mudança de
realidade, resolução de problemas, criação de soluções e alternativas, etc. que possam
promover a melhoria contínua ou a inovação nas organizações, serviços e comunidades.
Conhecer técnicas básicas de pesquisa científica para saber identificar e delimitar o foco
de seu trabalho (para ele não perder o senso de aplicabilidade), definir com clareza seus
objectivos e procedimentos de embasamento teórico (tais como a elaboração do referencial
bibliográfico, que é sucinto no Projecto Tecnológico, mas confere legitimidade ao trabalho,
caso contrário ele não seria numa produção de cunho acadêmico/profissional, e, sim, apenas a
expressão de sua percepção pessoal).

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O conteúdo desta sebenta está dividido em cinco capítulos.:
O primeiro capítulo é destinado a conceitos, objectivos da pesquisa científica e os tipos
de pesquisa.
O segundo capítulo é centrado no Projecto de Pesquisa. Assim, são abordados os passos
a seguir na elaboração de um projecto de pesquisa científica e a estruturação do mesmo.
No terceiro capítulo aborda-se o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que é a
materialização do projecto que consiste na elaboração de um trabalho com o mínimo de 30
páginas. A estrutura do TCC para o curso técnico adoptado em consenso na EFTSL está no
Capítulo IV.
O quarto capítulo é dedicado à formatação de trabalho que consiste na adequação do texto
às normas da (ABNT, ...) ou da Instituição de Ensino.
O quinto capítulo é dedicado à Apresentação dos Resultados (Defesa) que consiste na
apresentação, análise e interpretação dos resultados do trabalho de pesquisa, perante um júri.
A principal tarefa de quem elabora um projecto é de aplicar o conhecimento científico
para solucionar um problema e depois optimizar esta solução, utilizando os materiais
disponíveis e respeitando as restrições tecnológicas e econômicas.

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CAPITULO I
1. CONCEITOS
1.1. Problema
Problema é uma questão que se propõe para ser resolvido. Dúvida.
Na interpretação científica, problema é qualquer situação não resolvida e que é objecto
de dicussão, em qualquer domínio do conhecimento.

Quando se trata de conceituar o que é um problema de pesquisa, é preciso levar em


conta de antemão que nem todo problema é passível de tratamento científico. Isto significa que,
para realizar uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar, verificar se o problema cogitado se
enquadra na categoria de científico (KAISER,K.1968-p.72. Publicação atualizada da original
de 25 de Março de 2009)

1.2. Projecto
O termo projecto é utilizado desde o século XV, porém somente em meados do século
XX que o termo obteve consenso em diversos países, sendo definido pelo Project Management
Body of Knowledge (PMBOK, 2004, p.5) como: “Um projeto é um esforço temporário
empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo”. (PEREIRA, 1997, apud
BITTENCOURT, 2003, p.3).
É um conjunto de actividades planificadas com vista a alcançar um determinado
objectivo através da utilização de recursos disponíveis. “ (SILVA & MIRANDA, 1990, p.21)
Um projecto é um trabalho de pesquisa que tem como objectivo, resolver um problema
que se nos apresenta. No projecto, tratamos de situações concretas. O projecto é algo que nos
atira para o futuro, isto é, algo que pretendemos construir, a partir de uma ideia mais ou menos
definida. (Miudo,Wilson)

De acordo com Miranda (2008, p.4), "uma das características que distingue o conceito
de projecto o de mera actividade isolada, automática ou imposta, é o seu carácter intencional e
gerador, pois o projecto pode ser pensado como projectus, algo «lançado para a frente»".
1.3. Plano de Projecto
Define como o projecto será executado, monitorado, controlado e encerrado, para
alcançar os objectivos para os quais o projecto foi concebido.

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1.4. Ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis,
obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objectos de uma
mesma natureza. “(Ander-Egg, 1978:15)”.
1.5. Pesquisa
É uma forma de procurar conhecimento para inquietações emergidas, com a finalidade
de diversas naturezas.
1.6. Pesquisa Científica
É um processo racional e sistemático de investigação de um problema, de qualquer
natureza, que procura descrever, compreender, explicar alguma coisa. É um procedimento que
gera novo conhecimento, corrobora ou refuta algum conhecimento pré-existente, trazendo
aprendizagem, tanto para o indivíduo que realiza a pesquisa como para a sociedade na qual ela
se desenvolve.
A investigação em saúde em um processo sistemático de descoberta de novos
conhecimentos em saúde, uma abordagem crítica dos factores que afectam a saúde, um
instrumento para ultrapassar os obstáculos ao desenvolvimento sanitário (THEOPHILE, 2004).
2. OBJECTIVOS DE PESQUISA CIENTÍFICA
Os objectivos fundamentais da Pesquisa Científica são:
- Tentar conhecer e explicar os fenómenos que ocorrem no mundo existencial
(TRUJILLO, 1982)
- Produzir conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades que permitam descobrir
respostas para questões, mediante a aplicação de métodos científicos (SELLTIZ, 1974).
3. TIPOS DE PESQUISA
Os tipos de pesquisa classificam-se quanto aos objectivos e quanto aos procedimentos
técnicos. Gil (2008)
a) Quanto aos objectivos. Gil (2008)
1. Pesquisa exploratória: proporcionar maior familiaridade com o problema (expilicitá-lo).
Pode envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes no problema
pesquisado.
2. Pesquisa descritiva: descrever as características de determinadas populações ou fenómenos.
Uma das suas especificidades está na utilização de técnicas de coleta de dados, tais como o
questionário e a observação. Ex.: Pesquisa referente à idade, sexo, procedência, eleição, etc…
3. Pesquisa explicativa: identificar os factores que determinam ou que contribuem para a
ocorrência dos fenômenos. É o tipo que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque
explica a razão, o porquê das coisas.

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b) Quanto aos procedimentos técnicos. Gil (2008)
1. Pesquisa bibliográfica
É desenvolvida com base em material já elaborado, constituido principalmente de livros
e artigos científicos; actualmente com material publicado na Internet, apesar de não ser
recomendável.
2. Pesquisa documental
Quando é elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico. É
muito parecida com a bibliográfica. A diferença está na natureza das fontes, pois esta forma
vale-se de materiais que não foram submetidos numa análise cautelosa e dedutiva. Por
exemplo, manuscritos, processos do pacientes nos pacientes, registos sonoros, registos
audiovisuais, correspondências pessoais, fotografias, etc…
3. Pesquisa experimental: quando se determina um objecto de estudo, selecciona-se as
variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, define-se as formas de controle e de observação
dos efeitos que a variável produz no objecto. Portanto é toda pesquisa que envolve um
experimento. Ex.: Pinga-se um ácido numa placa de metal para se observar o resultado.
4. Levantamento
É a interrogação directa das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer Procede-se
à solicitação de informações a um grupo de pessoas acerca do problema estudado para, em
seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se os resultados correspondentes aos dados
colhidos.
5. Estudo de caso
Consiste em uma pesquisa descritiva, que visa estudar um caso particular ou um sistema
determinado, buscando o entendimento ou compreensão do funcionamento ou da evolução
deste caso ou sistema, sem visar a generalização deste entendimento para outros casos ou
sistemas. O estudo de caso é geralmente realizado com um indivíduo único. Ex. um paciente,
uma figura histórica para uma biografia; ou, com alguns poucos indivíduos que são estudados
um a um. Ex. alguns casos de transexuais.

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CAPITULO II
2.1. PROJECTO DE PESQUISA
O projecto de pesquisa é o planejamento de uma pesquisa, ou seja, a definição dos
caminhos para abordar certa realidade. Deve oferecer respostas do tipo: O que
pesquisar?(problema) Por que pesquisar? (Justificativa) Para que pesquisar? (Objetivos) Como
pesquisar? (Metodologia) Quando pesquisar? (Cronograma) Por quem?(grupo alvo). Barreto;
Honorato (1998, p.59)
Projecto de Pesquisa é um texto que define e mostra, com detalhes, o planejamento do
caminho a ser seguido na construção de um trabalho científico de pesquisa (MARTINS, G.A.,
2000)
A pesquisa científica precisa ser bem planejada. O planejamento não assegurará, por si
só, o sucesso da monografia, mas, com certeza, é um bom caminho para uma monografia de
qualidade.
2.1.1. PASSOS DA ELABORAÇÃO DE UM PROJECTO DE PESQUISA CIENTÍFICA

2.1.1.1. Identificar o problema para a pesquisa

Para a selecção do problema deve se ter em conta nos critérios seguintes: a relevância,
fuga à duplicação, exequibilidade, aceitação política, considerações éticas.

- Relevância: O tema a escolher deve ser um problema prioritário.

- Fuga à duplicação: Antes de se decidir levar a cabo um estudo, é importante saber se o tema
sugerido já foi investigado.

-Exequibilidade: Em primeiro lugar, devem pensar nos recursos humanos, tempo, equipamento
e o orçamento disponíveis localmente.

- Aceitação política: Em geral, é aconselhável pesquisar um tema que tenha o interesse e apoio
das autoridades. Isto aumentará a possibilidade do resultado do estudo a ser implementado.

- Considerações éticas: Deve-se considerar sempre a possibilidade de causar dano a outros


enquanto desenvolvemos a pesquisa. Pode assegurar-se um consentimento consciente de forma
a efectuar-se o estudo.

Além disso, para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta
atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado.

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Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de
tortura e sofrimento.
2.1.1.2. Revisão bibliográfica

É importante rever-se a informação disponível quando se prepara um projecto de


investigação porque:

- Evita a duplicação de um trabalho já publicado

- Ajuda a descobrir o que os outros relataram em relação ao problema que se pretende estudar.
Isto permitirá melhorar a definição do problema

2.1.1.3. Formulação dos objectivos

Os objectivos de um projecto de pesquisa resumem-se o que deverá ser alcançado com o


estudo.

O Objectivo geral de um estudo expõe o que se espera realizar em termos gerais com o
mesmo. Aconselha-se dividir o objectivo geral em partes menores, logicamente relacionadas.
Estas denominam-se objectivos específicos.

2.1.1.4. Metodologia de pesquisa

É o conjunto de estratégias consideradas adequadas para alcançar um propósito definido.


Também conhecida como procedimentos metodológicos.

Nesta etapa abordam-se os procedimentos (métodos) e as técnicas (materiais) a serem


utilizados na pesquisa respondendo entreoutros, aos questionamentos Como? Onde? Com
quem? Quantos? Dessa forma aborda os itens: tipo do estudo; local do estudo; sujeitos;
natureza da amostra; procedimento de coleta de dados; estratégia de análise dos dados; aspectos
éticos.

2.1.1.5. Plano de pesquisa

O plano de pesquisa ou plano de estudo consiste na elaboração de um cronograma de


tarefas (vide APÊNDICE A) que devem ser levadas a cabo, fazer a lista de quem deve ser
envolvido e fazer a estimativa do tempo para as diferentes partes do estudoe a estimativa das
necessidades financeiras ou melhor, o orçamento (vide APÊNDICE B).

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Deve-se elaborar o plano de pesquisa por que:

 Terá uma ideia clara das tarefas a serem efectuadas, quem as fará e a sua duração.

 Poderá organizar os recursos humanos e materiais para a recolha de dados de forma


mais eficiente.

 Poderá minimizar os erros e atrasos que podem resultar de uma falta de planificação.
Ex. população não estar disponível.

O plano para a administração para o projecto é importante porque:

- Permite uma compra ordeira e exacta de material, pagamento de contas e preparação de


relatórios financeiros.

- Permite ao pesquisador identificar os fundos necessários e fazer pedidos atempados para


evitar paragens inoportunas durante a implementação do projecto.

Observação: O pesquisador será responsável pelas despesas necessárias no desenvolvimento


deste projecto de pesquisa.
1.6. Finalização e revisão do projecto de pesquisa
Neste item, consiste em compor a Estrutura do Projecto de Pesquisa que será concluído com a
apresentação do mesmo (projecto).
2.2. ESTRUTURA DO PROJECTO DE PESQUISA PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DO
CURSO.
2.2.1. Elementos pré-textuais
2.2.1.1. A Capa
2.2.1.2. A Folha do Rosto
2.2.1.3. Sumário
2.2.2. Elementos textuais
2.2.2.1. INTRODUÇÃO
2.2.2.1.1. Formulação do problema
2.2.2.1.2. Justificativa
2.2.2.1.3.. Objectivos
2.2.2.3. DESENVOLVIMENTO
2.2.2.3.1. Fundamentação teórica
2.2.2.3.2. Metodologia

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2.2.3. Elementos pós-textuais
2.2.3.1. Referências
2.2.3.2. Glossário
2.2.3.3. Apêndice
2.2.3.4. Anexos.
A realização do Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) é antecidida por elaboração de
Projecto de Pesquisa que deve ser submetido à uma revisão e aprovação.

Depois de se aprovar o Projecto de Pesquisa em si, para que a recollha de dados seja
autorizada, é necessário constituir o Protocolo de Pesquisa que também está sujeita à
aprovação.

2.3. PROTOCOLO DE PESQUISA


Protocolo de pesquisa é o conjunto de documentos que são encaminhados ao Comitê de Ética
em Pesquisa (CEP) ou outro órgão análogo, visando sua análise e parecer.
Compõem o Protocolo de Pesquisa, os seguintes documentos:
1. Projecto de Pesquisa para TCC,
2. Ficha de inquérito,
3. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE),
4. Cronograma de execução do projecto,
5. Orçamento
6. Solicitação de autorização de pesquisa.
No cronograma de pesquisa deve se descrever as etapas do desenvolvimento do projecto
e os prazos que serão cumpridos para que o trabalho seja realizado em tempo estipulado.

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CAPITULO III
3.1. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

O TCC é um trabalho acadêmico de carácter obrigatório e instrumento de avaliação


final de um curso.

Em geral, a aprovação do TCC é um critério para o aluno obter o diploma do curso de


graduação. O "Trabalho de Conclusão de Curso" também é requisito obrigatório para outros
cursos que não sejam de graduação, como, por exemplo, cursos de pós-graduação, cursos
técnicos, entre outros.

A elaboração do TCC varia de acordo com a instituição e com o curso. Em geral, é um


trabalho individualmente e no último ano do curso. Também pode ser feito em dupla ou em
grupo. Em qualquer um dos casos, sempre deverão ser seguidas as orientações de um professor
responsável.
3.1.1. ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Para iniciar o TCC o aluno deve ter um tema para o trabalho, que deverá ser escolhido
com base em determinados critérios que incluem: afinidade com o tema; relevância para a
comunidade científica e para a sociedade; existência de bibliografia suficiente; inovação,
resposta a uma questão / dúvida que ainda persiste.
Para elaborar o TCC, consiste na implementação do projecto elaborado.Após a
elaboração do projecto de pesquisa, para implementá-lo, segue requere uma outra estrutura
composta por partes definidas que devem obedecer a uma ordenação lógica pre-estabelecida,
sendo algumas dessas partes consideradas obrigatórias e outras opcionais. A mesma
compreende: elementos pré-textuais, os quais que antecedem o texto com informações que
ajudam na identificação e utilização do trabalho; elementos textuais, que constituem a parte do
trabalho em que é exposta a matéria e elementos pós-textuais, que complementam e fornecem
as referências do trabalho.
Observe a estrutura a seguir:
3.1.1.1. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
3.1.1.1.1. Capa
É uma protecção externa do trabalho e sobre a qual se imprimem as informações
indispensáveis para a sua identificação. É um elemento obrigatório e deve conter as seguintes
informações: nome da instituição, nome do curso, título do trabalho, nome do autor, nome da
disciplina, nome da cidade, o mês e o ano.

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REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVINCIA DE LUANDA
GABINETE PROVÍNCIAL DA EDUCAÇÃO/ SAÚDE
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS DE SAÚDE DE LUANDA

PROJECTO TECNOLÓGICO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO MÉDIO DE


ESTOMATOLOGIA

CÁRIE DENTÁRIA

Identificação dos tipos de dentes mais afectados pela cárie dentária em


pacientes atendidos no Laboratório de Estomatologia da Escola de Formação
de Técnicos de Saúde de Luanda de Julho a setembro de 2017.

Luanda-2017

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3.1.1.1.2. FOLHA DO ROSTO

Contém os elementos específicos, mas também essenciais à identificação do trabalho.


Assim como na capa, são incluídos o nome do autor, título do trabalho, cidade e ano de
publicação. Contudo, são incluídas também a finalidade do trabalho e nome do (a) orientador
(a).

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Identificação dos tipos de dentes mais afectados pela cárie dentária em pacientes atendidos no
laboratório de Estomatologia da Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda de Julho a
setembro de 2017.

Trabalho apresentado à Escola de


Formação de Técnicos de Saúde de
Luanda como um dos requisitos para a
obtenção do título de Técnico de
Estomatologia

Integrantes do grupo nº

1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.

O Orientador

_______________________

Formação técnico-profissional do orientador

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3.1.1.1.3. ERRATA
Errata - indicação de erros porventura cometidos e sua respectiva correção,
acompanhados de sua localização no texto. (ex. p. 32, linha 5: onde se lê redaço - Leia-se
redação)
3.1.1.1.4. FOLHA DE APROVAÇÃO
Deve conter a identificação de autoria, título do trabalho, nota explicativa semelhante à
folha de rosto, data de aprovação e o nome completo, titulação e instituições a que pertencem
os membros da banca examinadora, com espaço para a assinatura.
3.1.1.1.5. DEDICATÓRIA
- A dedicatória é uma página opcional onde o(a) autor(a) presta homenagem ou dedica
seu trabalho.
3.1.1.1.6. AGRADECIMENTOS
Os agradecimentos também se configuram como um elemento opcional, cabendo ao
autor a decisão de utilizá-los ou não.
- Devem ser dirigidos às pessoas ou instituições que, realmente contribuíram de maneira
relevante à elaboração do trabalho, restringindo-se ao mínimo necessário.
Devem aparecer em ordem decrescente de importância.
3.1.1.1.7. EPÍGRAFE
Epígrafe - frase, pensamento ou até mesmo versos que são colocados no início de livros,
trabalhos, capítulos. É a citação de um pensamento relacionado com as idéias do que se
pretende na obra.
Ex:”Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o
mar seria menor se lhe faltasse uma gota”. (Madre Teresa de Calcuta).
3.1.1.1.8. RESUMO
- Elemento obrigatório do trabalho, deve ser um texto bastante sintético que inclui as
idéias principais do trabalho, permitindo que tenha uma visão sucinta do todo. Deve apresentar
o objectivo, o método, os resultados e as conclusões do trabalho, de forma que apenas com essa
referência o leitor possa decidir se o estudo lhe é conveniente ou não. Logo abaixo do resumo,
devem ser indicadas as palavras-chave, ou seja, palavras representativas do conteúdo do
trabalho.
Deve ser redigido em parágrafo único.
Dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular.
Evitar o uso de citações bibliográficas. Espaçamento 1 cm.

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3.1.1.1.9. LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Elemento opcional, que deve ser apresentada de acordo com a ordem dos itens no texto,
indicando seu nome específico (se houver) e acompanhado do respectivo número da página.
Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de
ilustração/figura (desenhos, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros,
retratos e outros).
3.1.1.1.10. LISTA DE TABELAS
Da mesma forma que a Lista de Ilustrações, é elaborada segundo a necessidade do
trabalho e de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome
específico, acompanhado do número da página.
3.1.1.1.11. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Elemento opcional que apresenta, em ordem alfabética, as abreviaturas e siglas
utilizadas no trabalho, seguidas das correspondentes palavras ou expressões, por extenso.
Ex.: Ministério da Saúde (MINSA).
3.1.1.1.12. SUMÁRIO (obrigatório)
A finalidade do sumário é dar uma visão geral do trabalho e facilitar a localização dos
assuntos. O Sumário deve conter os indicativos numéricos de cada seção, alinhados à
esquerda, comostítulos das seções alinhados pela margem do título do indicativo mais
extenso e o algarismo relativo à paginação, separados por uma linha pontilhada, todos
alinhados à direita
3.1.1.2. ELEMENTOS TEXTUAIS
Os elementos textuais são o desenvolvimento do conteúdo do trabalho propriamente
dito. Têm três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão.
3.1.1.2.1. INTRODUÇÃO
É na introdução que o pesquisador deve destacar a sua motivação para escolha do tema
proposto; situar o leitor quanto à importânciado tema escolhido. Portanto, nesta parte do
trabalho levanta-se os antecedentes da problemática que se deseja trabalhar, ou melhor, a
evolução histórica do mesmo problema, a epidemiologia (se tratar-se de uma doença); quais
autores já trataram deste tema, mostra-se tanto as controvérsias entre os autores, quanto as
questões similares e actuais sobre o assunto (BASTOS, PAIXÃO, FERNANDES, DELUIZ,
1995). Isto é, faz-se a formulação do problema, a justificativa, bem como o objectivo geral e
seus desdobramentos nos objectivos específicos.

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3.2.2.1.1 Formulação do problema de pesquisa.
Em geral, o problema se refere a algum obstáculo, a alguma barreira a ser enfrentada,
enfim, a algo que denota sentido negativo. Tratando-se da pesquisa científica, o “problema”
precisa ser concebido como algo que irá auxiliar o pesquisador a ter uma visão mais ampla
daquilo que se dispõe a descobrir, a investigar, podendo, por meio dos “frutos” colhidos, até
obter maior visibilidade junto ao mundo acadêmico.
Dessa forma, como todo problema deve partir sempre de um questionamento. Este
tópico deve determinar a questão de pesquisa, prioritariamente através de uma pergunta.
Exemplo: Se pararmos e pensarmos a respeito da história da infecção e de técnicas de assépsia
no bloco operatório, começaremos com uma pergunta pertinente que já é feita há século: O quê
é os profissionais de saúde devem fazer para prevenir, controlar a infecção e manter a
assépsia com rigor?
3.2.2.1.2. Justificativa
Nesta etapa o pesquisador irá reflectir sobre “o porquê?” da realização do trabalho
procurando identificar as razões da preferência pelo tema escolhido…, as vantagens que o
trabalho pressupõe proporcionar. A justificativa deverá convencer a quem for ler o projecto,
com relação à importância e à relevância do trabalho proposto. Como relatam Marconi e
Lakatos (2008, p.221), a justificativa é uma “exposição sucinta, porém completa, das razões de
ordem teórica e dos motivos de ordem prática que tornam importante a realização do trabalho”.
3.2.2.1.3. Objectivos da pesquisa
A definição dos objectivos determina o que o pesquisador pretende atingir com a
realização do seu trabalho de pesquisa. Objectivo é sinônimo de meta, fim. Alguns autores
subdividem os objectivos em objectivos gerais e objectivos específicos, entretanto, não há regra
a ser cumprida quanto a isto, pois há autores que consideram tal separação desnecessária. Os
objectivos devem iniciar com um verbo no infinitivo. Exemplo: esclarecer tal coisa; definir
tal assunto; procurar aquilo; permitir aquilo outro, demonstrar alguma coisa, etc
 O objectivo geral
O objectivo geral define, em grandes linhas, perspectivas do resultado a alcançar, que
serão depois convertidos em objectivos específicos. Expressa o problema central ou principal
da investigação, sintetizando aquilo o resultado que se pretende atingir em termos de
conhecimento.

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Exemplo:
Conhecer os tipos de dentes mais afectados pela cárie dentária em pacientes atendidos
no laboratório de Estomatologia da Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda em
Julho à Setembro de 2017.
 Os objectivos específicos: Consistem no desdobramento e na operacionalização dos
objectivos gerais. São os objectivos que oferecem um maior suporte e detalhe às
questões da investigação do objectivo geral. Sendo assim, conhecidos e estabelecidos os
focos menores, chega-se a respostas mais convincentes relativas ao problema maior da
investigação.
Exemplo:
1. Caracterizar o perfil sócio demográfico dos pacientes (sexo, idade).
2. Descrever as fases de desenvolvimento da cárie dentária.
3. Identificar o tipo de cárie.
4. Descrever os grupos dentários mais afectados pela cárie dentária.
3.1.1.2.2. DESENVOLVIMENTO
3.1.1.2.2.1. Fundamentação teórica (Revisão da literatura)
A revisão de literatura ou o marco conceitual é um elemento obrigatório em que se
contextualiza teoricamente o problema a ser pesquisado. Demonstra o que tem sido investigado
sobre o tema, esclarecendo os pressupostos teóricos que dão suporte à pesquisa e as
contribuições proporcionadas por outros estudos anteriores realizados.
O “marco conceitual não pode ser constituído apenas por referências ou sínteses dos
estudos feitos, mas por discussão crítica do ‘estado actual da questão” (GIL, 2002, p. 162).
Seu papel é “salientar o que foi estudado até a actualidade, o quanto esses estudos são
adequados e confiáveis e quais as falhas existentes no corpo da pesquisa” (POLIT; BECK;
HUNGLER, 2004, p. 146).
3.1.1.2.2.2. Metodologia
Metodologia é o conjunto de métodos e técnicas utilizadas para a realização de uma
pesquisa. Existem duas abordagens de pesquisa, a qualitativa e a quantitativa.
Método é “o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na
investigação dos factos ou na procura da verdade”
Na metodologia de pesquisa, encontramos meios e técnicas utilizadas para atingir os objectivos
anteriormente apresentados e as perguntas que podemos fazer são: Como? Com quê/quem?
Onde? Quanto? Quando?

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Como fazer? Esta pergunta nos leva a descrever quais métodos e variáveis iremos
utilizar para alcançarmos nossos objectivos. Em seguida: onde fazer? Onde estão as
informações, as pessoas ou mesmo objectos que precisamos investigar?
Se estiverem em material impresso, utilizaremos o método de levantamento
bibliográfico por meio de livros, revistas, jornais, dicionários, internet, atas de reuniões,
documentos, censos etc. trata-se de tipo de estudo exploratória.
Ou será que as informações que desejamos somente serão obtidas por meio de conversa
com pessoas? Neste caso, utilizaremos o método de entrevista em profundidade, por telefone,
on-line, por questionários ou dinâmica de grupo. Trata-se de uma pesquisa descritiva. Se
conseguirmos mensurar estatisticamente os resultados, a pesquisa é descritiva quantitativa; caso
contrário, se tivermos a oportunidade de apenas fazer uma análise interpretativa dos resultados,
a pesquisa será descritiva qualitativa.
Se escolhermos o caminho da observação para concluirmos nossa pesquisa,
encontraremos os seguintes métodos: observação sistemática, estudo de caso, análise de fotos,
filmes, vídeos, fitas e experimentos. Por meio da observação, descrevemos uma situação e uma
pesquisa descritiva provavelmente será qualitativa, considerando-se que, a partir de uma
imagem, filmes ou observação ficará difícil quantificarmos estatisticamente as respostas.

Poderemos, também, em último caso, trabalhar com pesquisa explicativa, pois, através
de experimentos, poderemos fazer uma explicação interpretativa do que o correu durante o
tempo da observação sistemática estipulada.

Com o que fazer? Para colecta de dados e a realização de qualquer um dos métodos
citados acima, precisamos de instrumentos de aplicação da pesquisa, tais como: gravadores,
papeis, laboratórios, filmadores, sons, etc.

Quanto? Dependendo do método utilizado, teremos uma enorme análise estatística ou


interpretativa pela frente e, nesta etapa, devemos nos lembrar das hipóteses, ou seja, como
faremos para testá-las? De que maneira obteremos os dados codificados? Como e quais tabelas
serão utilizadas para representar nossos resultados? Nesta fase da pesquisa, também devemos
ter uma previsão de custos, ou seja, a viabilidade orçamentária de execução do método
escolhido, diante da importância, tempo e validade do problema de pesquisa a ser desvendado.

Quando fazer? Este é o cronograma de execução do projecto, ou seja, é a representação


de uma previsão de tempo (anos, meses, dias) e actividade a serem desenvolvidas durante a
realização definitiva de pesquisa.

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No entanto o pesquisador não pode deixar de se perguntar, o tempo todo, sobre a
relevância do método escolhido para atingir os objectivos a que se propõe porque cada
metodologia contém seus limites.

Os procedimentos metodológicos empregados para o levantamento de dados e sua


utilização no processo de análise devem estar claros no trabalho académico. Esses
procedimentos devem estar adequados ao problema a ser investigado e aos objectivos definidos
pelo pesquisador. Devem ser redigidos de forma clara e objectiva os itens:
2.2.2.1. Tipos de estudo
A escolha do tipo de estudo depende da forma como o autor participa na investigação,
que pode ser passiva, ou seja, como um mero observador ou, uma participação activa, fazendo
alguma intervenção ou experimento.
A classificação geral utilizada para tipos de estudo compõe-se de:
 Estudos observacionais
 Estudos experimentais.
Estudos observacionais
Procuram descrever uma observação, directa ou indirecta, do fenómeno sem a
possibilidade do o investigador interferir no mesmo.
Sua principal característica é que o pesquisador apenas observa o que acontece e não faz
nenhuma intervenção. Podem ser subdivididos em estudos transversais, coorte e caso-controle.
Os estudos transversais (cross-sectional) são aqueles no qual a determinação dos
parâmetros é feita de uma só vez, sem nenhum período de acompanhamento, ou seja, num
ponto determinado do tempo. O pesquisador delimita uma amostra da população e avalia todas
as variáveis dentro dessa amostra. Os estudos transversais são importantes para desenvolver
análises de prevalência de determinada doença ou evento.
Os estudos de coorte (cohort) envolvem o seguimento de grupos de indivíduos
considerando um determinado período de tempo. Os estudos de incidência de doenças estão
nessa categoria, além daqueles que analisam as associações entre factores de risco ou a
exposição e o próprio desfecho estudado. Os estudos de coorte podem ser prospectivos ou
retrospectivos.
Os estudos caso-controle tentam identificar os factores de risco para as doenças. Partem
da doença (casos) ou ausência (controles) de doenças e avaliam retrospectivamente na tentativa
de encontrar associação. Estão indicados principalmente quando a doença é rara estudos
prospectivos, como coorte, seriam caros e não efectivos.

22
OBS: Prevalência é o número de casos (novos e antigos) de um determinado evento, em um
determinado período de tempo. Incidência é o número de casos novos de um determinado
evento, em um determinado período de tempo.
Metanálise (quantitativo) é o método estatístico utilizado para tornar possível a
integração de vários estudos obtidos com a revisão sistemática em um determinado período de
tempo.
Estudos experimentais
Estudo Intervencional no qual se manipula uma ou mais variáveis.
Empregados para avaliar tratamento, intervenção. O pesquisador aplica um tratamento
(intervenção) e analisa os resultados obtidos. Os estudos do tipo ensaios clínicos randomizados
permitem a diminuição da influência dos factores de confusão, dando a cada sujeito a mesma
chance de participar d um grupo ou outro de tratamento e dos ensaios cegos, eliminando a
possibilidade de os efeitos observados terem sido influenciados por outros factores além do
efeito do tratamento em questão.
Para o nosso caso em particular recomenda-se os “estudos observacionais descritivos”,
sobretudo para cumprimento dos objectivo dos alunos que é a obtenção do grau de Técnicos de
saúde.
Porém a profundidade da nossa abordagem prende-se ao facto de que muitos
professores, coordenadores ou orientadores, poderão realizar outros tipos de estudos que
possam incluir a participação dos alunos. Vide esquema de tipos de estudo no ANEXO A
3.2.2.2.2. Local de estudo
Descrição do espaço (da área) onde foi realizada a pesquisa (o cenário do estudo numa
clínica, laboratório, população em meio livre, etc.)
Exemplo: O estudo será realizado no Hospital Pediátrico David Bernardino. Sita na Rua
Amilcar Cabral, Maianga/Luanda.
3.2.2.2.3. População em estudo: População (ou universo da pesquisa) é a totalidade de
indivíduos ou objectos que possuem características comuns definidas para um determinado
estudo.
Exemplos: Eleitores de Angola,
Estudantes da EFTSL,
Material perfuro-cortante.

23
3.2.2.2.4. Amostra: A amostra é parte da população ou do universo, selecionada de acordo
com uma regra ou plano. Qualquer subconjunto de um universo de população ou de objectos.
Exemplos:
Eleitores da Cidade do Huambo,
Estudantes do curso de radiologia,
Agulhas.
A amostra pode ser probabilística e não-probabilística
- Amostragem Probabilística
A amostragem probabilísticas, ou aleatórias, ou ao acaso, é “aquela em que cada
elemento da população tem uma chance de ser selecionado para compor a amostra.”
(MATTAR, 2001).
- Amostragem não probabilística
“Aquela em que a seleção dos elementos da população para compor a amostra depende
ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou do entrevistador no campo. Não há
nenhuma chance conhecida de que um elemento qualquer da população venha a fazer parte da
amostra” (MATTAR, 2001).
3.2.2.2.5. Critérios de inclusão e de exclusão
Critério de inclusão –Define as principais características da população alvo e acessível. É
importante tomar decisões que: 1) possam ser usadas durante o estudo; 2) possam ser
generalizadas para outras populações; 3) caracterizem geográfica e temporalmente a população
acessível, envolvendo decisões sobre objetivos práticos e científicos.
Critérios de exclusão – Indica o subgrupo de indivíduos que, embora preencha os critérios de
inclusão, também apresenta características ou manifestações que podem interferir na qualidade
dos dados, assim como na interpretação dos resultados. Exemplo: O alcoolismo aumenta a
generabilidade do estudo em hipertensão arterial, mas pode ser mais difícil realizá-lo porque os
pacientes são mais difíceis de seguir e aderir ao tratamento.
Alguns critérios de exclusão são por considerações éticas, outros pela menor propensão
de determinados pacientes em participarem do estudo. Se o número de exclusões se torna
excessivo, a generalização do estudo para a população geral pode ser comprometida.
3.2.2.2.6. Procedimentos éticos
Quando se tratar de pesquisa que envolva seres humanos, deixar claro o respeito às
normas éticas. É necessário contar com o Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) do sujeito
da pesquisa e/ou representante legal. E, prover procedimentos que assegurem a confiabilidade e

24
a utilização de informações sem prejuízo das pessoas. O participante ou o seu responsável
estarão cientes de que poderá desistir a qualquer tempo

É importante ressaltar que o texto do TCLE deve ser elaborado utilizando-se uma
linguagem acessível ao sujeito da pesquisa, e é inserido no projecto como apêndice. (Vide os
modelos no APÊNDICE C).

Também faz parte dos procedimentos éticos, a solicitação que se dirige à(s)
autoridade(s) no sentido de autorizar a recolha dados numa determinada instituição ou
comunidade.

3.2.2.2.7. Procedimentos de recolha de dados. Os procedimentos de recolha de dados Moresi


(2003), consistem na técnica de recolha de dados que é"o conjunto de processos e instrumentos
elaborados para garantir o registo das informações, o controle e a análise dos dados":
Questionário, Entrevista.Vide modelo de Ficha de Inquérito no APÊNDICE D

3.2.2.2.8. Processamento de dados


É o tratamento sistemático de dados, através de computadores ou de outros dispositivos
electrônicos, com o objectivo de ordenar, classificar ou efectuar quaisquer transformações nos
dados, segundo um plano previamente programado, visando a obtenção de um determinado
resultado.
Ex: Após a recolha, os dados serão processados no programa informático Window utilizando o
Microsoft Word para a elaboração do texto, o Microsoft Excel para a elaboração de tabelas e a
Microsoft Power point na elaboração da apresentação. Os resultados serão apresentados em
forma de tabelas.

3.2.2.2.9. Principais variáveis em estudo


Segundo Silva (2008), variável é qualquer atributo de um fenómeno. Assim as variáveis
em estudo consideram-se em variáveis sociodemográficas e em variáveis de estudo.

Variável é a característica de interesse que é medida em cada elemento da amostra ou


população. Como o nome diz, seus valores variam de elemento para elemento. As variáveis
podem ter valores numéricos ou não numéricos.

 Variáveis Quantitativas: são as características que podem ser medidas em uma


escala quantitativa, ou seja, apresentam valores numéricos que fazem sentido. As

25
variáveis quantitativas podem ser discretas ou contínuas
 Variável Discreta.
Uma variável Xi é denominada discreta, quando entre dois de seus valores inteiros não
admitir valores intermediários.
Exemplos:
a) Xi = Número de filhos de um casal.
Xi = 1, 2, 3, 4, 5,...
b) Yi = Número de livros de uma biblioteca.
Yi = 2, 3, 4,... 100,... 1000,...
 Variável Contínua.
Uma variável Xi é denominada continua, quando entre dois de seus valores inteiros
admitirem valores intermediários.
Exemplos.
a) Xi = Temperaturas da Cidade WYZ
Xi = 18o; 18,3o; 18.7o;.......
b) Yi = Capacidade em litros de uma máquina.
Yi = 6l; 6,4l; 6,8l; 6,9; 7l; 7,4l;...
 Variáveis Qualitativas (ou categóricas): são as características que não possuem valores
quantitativos, mas, ao contrário, são definidas por várias categorias, ou seja, -
representam uma classificação dos indivíduos. Podem ser nominais ou ordinais.
 Variáveis nominais: não existe ordenação dentre as categorias. Exemplos: sexo, cor dos
olhos, fumante/não fumante, doente/sadio.
 Variáveis ordinais: existe uma ordenação entre as categorias. Exemplos: escolaridade
(1o, 2o, 3o graus), estágio da doença (inicial, intermediário, terminal), mês de
observação (janeiro, fevereiro,..., dezembro).
Assim, a metodologia apresenta-se na seguinte ordem:
Tipo de estudo;
Local de estudo;
População em estudo;
Amostra;
Critérios de inclusão;
Procedimentos éticos;
Procedimentos de recolha de dados.

26
Processamento de dados
Principais varíaveis em estudo.
3.1.1.2.2.3. Apresentação e interpretação dos resultados do trabalho de pesquisa.
Análises e interpretação dos resultados consistem na actividade de organizar um
conjunto de dados com o objectivo de poder verificá-los melhor dando-lhes ao mesmo tempo
uma razão de ser e uma análise racional.
O objectivo é organizar sistematicamente os dados de forma que possibilitem o
fornecimento de respostas ao problema de pesquisa.
3.1.1.2.2. 3.1.. ALGUNS ASPECTOS SOBRE A TABULAÇÃO DOS DADOS
 Distribuição de frequência.
Em estatística, a distribuição de frequência é um arranjo de valores que uma ou mais
variáveis que tomam em uma amostra. Cada entrada na tabela contém a frequência ou a
contagem de ocorrências de valores dentro de um grupo ou intervalo específico, e deste modo,
a tabela resume a distribuição dos valores da amostra.
 Dados Brutos.
São dados brutos (raw data) designamdados/valores recolhidos e estocados tal qual foram
adquiridos, sem terem sofrido o menor tratamento.
A Tabulação é a padronização e codificação das respostas obtidas através dos instrumentos de
coleta de dados. É a maneira ordenada de dispor os resultados numéricos para facilitar a
interpretação e análise.
Exemplo 1: Dados brutos de 85 pacientes atendidos no laboratório de Estomatologia da Escola
de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda segundo o sexo, em Setembro de 2017.
Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Fem Masc Fem
Fem Masc Fem Masc Fem Fem Masc Fem Fem Fem
Masc Fem Masc Fem Masc Masc Fem Fem Fem Masc
Fem Masc Fem Masc Fem Fem Fem Masc Fem Fem
Masc Fem Masc Fem Fem Masc Fem Fem Masc Fem
Fem Masc Fem Masc Fem Masc Masc Fem Fem Masc
Fem Masc Fem Fem Masc Fem Fem Fem Masc Fem
Masc Fem Masc Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc
Fem Masc Fem Fem Masc

27
Dados do exemplo 1 tabulados:

Tabela 1. Distribuição dos pacientes atendidos no laboratório de Estomatologia da Escola de


Formação de Técnicos de Saúde de Luanda na identificação dos tipos de dentes mais afectados
pela cárie dentária, quanto ao sexo. Setembro de 2017.

sexo Fr %
Masculino 35 41
Feminino 50 59
Total 85 100
Fonte: Fichas de inquérito
Interpretação: a tabela acima revela que dos 85 pacientes inquiridos que foram a procura dos
serviços de estomatologia 50(59%) eram do sexo feminino e 35(41%) eram do sexo masculino.

Exemplo 2: Dados brutos de idades (em anos) de 85 pacientes atendidos no laboratório de


Estomatologia da Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda em Setembro de 2017.
23 29 18 37 24 18 64 18 28 22
26 21 33 23 61 24 26 19 37 18
18 21 19 31 18 23 34 22 18 58
32 18 25 22 32 18 24 18 24 18
22 39 26 27 20 24 19 32 18 24
55 20 24 18 32 18 28 23 25 18
18 18 18 41 18 25 30 25 34 26
18 30 35 18 18 23 32 18 36 20
26 18 24 51 25

28
Dados de exemplo 2 tabulados:
Tabela 2. Distribuição dos pacientes atendidos no laboratório de Estomatologia da Escola de
Formação de Técnicos de Saúde de Luanda na identificação dos tipos de dentes mais afectados
pela cárie dentária, quanto à idade. Setembro de 2017.

Faixa etária/anos Fr %
18-24 49 57,6
25-31 17 20
32-38 12 14,1
39-45 2 2,3
46-52 1 1,1
53-59 2 2,3
<60 2 2,3
Total 85 100

Fonte: Fichas de Inquérito

Interpretação: a tabela acima revela que dos 85 pacientes inquiridos que foram a procura dos
serviços de Estomatologia 49 (57,6%) estavam na faixa etária dos 18-24 anos e 1(1,1%)
estavam na faixa dos 46-52 anos.

Classes da tabela e os referidos intervalos limites e frequências (Tabela 2)


Cada um dos intervalos numéricos é chamado de CLASSE;
O menor e o maior valor de cada classe são chamados de LIMITES DE CLASSE;
A quantia de elementos que tem naquela classe é chamada de FREQUÊNCIA DE CLASSE
Exemplos:
A tabela acima apresenta 7 classes.
O intervalo de cada uma das classes é de 6
18 ---24, onde o limite inferior é 18, o limite superior é 24 da 1ª classe
A frequência absoluta da 1a classe é 49.
A frequência relativa da 1ª classe é de 57,6%

29
Tabela 3. Distribuição dos pacientes atendidos no laboratório de Estomatologia da Escola de
Formação de Técnicos de Saúde de Luanda quanto aos grupos dentários mais afectados pela
cárie dentária. Setembro de 2017

Grupos dentários mais afectados Fr %


Incisivos 13 15,2
Caninos 7 8,2
Pré-molares 25 29,2
Molares 40 47
Total 85 100%
Fonte: Ficha de Inquérito

Interpretação: a tabela 3 revela que dos 85(100%) pacientes inquiridos que foram a procura
dos serviços de estomatologia 40 (47%) tinham como grupo dentário mais afectado os molares,
e 7 (8,2%) tinham como o grupo dentario menos afectado os caninos.

30
3.1.1.2.3. CONCLUSÃO
Elemento obrigatório.
Conforme França (1996, p.35), a conclusão constitui resposta à hipótese enunciada na
introdução e nos objectivos (geral e específicos) propostos para o desenvolvimento do trabalho.
É a resenha de apresentação, análise e interpretação dos resultados da pesquisa
científica.
Parte final do texto, onde o conteúdo corresponde com os objectivos ou hipóteses.
Na conclusão deve se fazer referência, se foram concretizados ou não todos os
objectivos, ou, se não foi possível concretizar, explicar o porquê.• Referir a importância para o
conhecimento ou aprofundamento do tema, para o teu crescimento pessoal ou para a sociedade.
Não se permite a inclusão de dados novos nesse capítulo que não sido referenciados nos
objectivos.
3.1.1.2.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As considerações finais representam a oportunidade do autor da pesquisa expor sua
visão do trabalho e suas opiniões.
Aqui, é possível dar sugestões e recomendações de como lidar com o problema
estudado (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007).
3.1.1.3. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
3.2.3.1. Referências

É um elemento obrigatório, que consiste na relação das obras consultadas e citadas no


texto, de maneira que permita a identificação individual de cada uma delas. Tais como, como
livros, revistas científicas, jornais, teses, dissertações, TCCs, vídeos, documentos eletrônicos e
outros.
Os elementos essenciais são: autor, título, edição, local, editora e data de publicação,
mas se for necessário podem-se acrescentar outros elementos.
a) Obras com apenas um autor:
SOBRENOME, Nome. Título da obra: subtítulo (se houver). x. ed. Local: Editora, ano.
Exemplo: GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa Social. 2. ed. São Paulo: Atlas,
1989.
b) Obras com dois a três autores:
Os nomes devem ser separados por ponto-e-vírgula, seguido de espaço e
SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome. Título da obra: subtítulo (se houver). ed. Local:
Editora, ano.
Exemplo1:CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; DA SILVA, Roberto.
Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2007.
Exemplo 2:
PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: matemática, segunda
série, 2, primeiro grau: livro do professor. São Paulo: Scipione, 1995. 136 p.
c) Obras com mais de três autores:
Indica-se apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão “et al”. »
SOBRENOME, Nome et al. Título da obra: subtítulo (se houver).ed. Local: Editora, ano.
Exemplo: URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o
Brasil.Brasília,DF: IPEA, 1994.

31
d) Autoria desconhecida
TÍTULO. ed. Local: Editora, ano.
Exemplo:
DIAGNÓSTICO do sector editorial brasileiro. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 1993.
64
e) Obras consultadas na internet,
Se a obra for consultada em online, é essencial incluir as informações sobre o endereço
electrônico, colocado entre os sinais <>, precedido da expressão “Disponível em:” e a data de
acesso ao documento, precedida da expressão “Acesso em:” opcionalmente acrescida dos dados
referentes a hora, minutos e segundos.
Exemplo : ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000. Disponível em:
<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/ navionegreiro.htm>.
Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.
f) Fontes da Internet comautor desconhecido.
Escreve o site, a seguir a data em que acessou mesmo site.
Exemplo <http://www.crari.org/investigacacao/>meninos feticeirosangola.pdf. Acesso em
15 de Fevereiro de 2001.
3.2.3.2. Glossário
Elemento opcional. É a relação de palavras ou de expressões, em ordem alfabética, de
uso restrito, empregadas no texto e acompanhadas das respectivas definições.
Exemplos:
AEDES AEGYPT: mosquito transmissor da febre amarela e do dengue.
ANOFELINOS: família de mosquitos transmissores de malária.
DESNUTRIÇÃO: estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de nutrientes.

3.2.3.3. Apêndices
Consiste em um texto ou documento elaborado pelo autor, colocado ao final do texto para não
alongá-lo, com o intuito de complementar sua argumentação, sem prejuízo do trabalho.
São organizados pela ordem em que são citados e referenciados no texto, utilizando-se para isto
letras sequenciais do alfabeto.
Exemplo: APÊNDICE A – Cronograma

APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre Esclarecido

APÊNDICE C – Ficha de Inquérito

3.2.3.4. Anexos

Elemento opcional, que consiste em um texto ou documento não elaborado pelo autor,
que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos são nomeados com letras
maiúsculas em sequência que respeite a ordem alfabética, seguidas de travessão e o título do
mesmo.

32
Exemplo: ANEXO A – Esquema de tipos de estudo

É de observar que ao elaborar o Projecto de Pesquisa deve-se empregar o tempo futuro.


E, ao elaborar o Trabalho de Conclusão do Curso (monografia) deve-se empregar o tempo
pretérito.

Capa

Folha do rosto
Dedicatória

Agradecimentos

Resumo
Sumário
7. Introdução

8. Fundamentação teórica

9. Metodologia
10. Apresentação e interpretação
dos resultados

11. Conclusão

12. Consideraçóes finais

13. Referências
14. Apêndice

15. Anexo

Estrutura de TCC aplicada na EFTSL


Observação: A estrutura do TCC para o curso técnico adoptado em consenso na
EFTSL/014 está no Capítulo 4.1.4

33
CAPITULO IV
4.1. FORMATAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO

4.1.1. CITACÃO

Uma citação expressa uma ideia ou opinião de um texto de um autor em concreto, sendo
que o autor deve sempre ser identificado. Quando não se conhece o autor, normalmente a
expressão "autor desconhecido" é inserida juntamente com a citação.

É de ressaltar que a referência bibliográfica (dados que identificam uma publicação


citada, tais como autor, título, editora) deve aparecer no final do trabalho sob o título de
Referências, pois desta maneira o leitor poderá identificar a obra, facilitando sua localização
em catálogos, índices bibliográficos, bibliotecas, Internet, entre outros.

Primeiramente, para fazer uma citação de acordo com as normas ABNT, precisa-se
saber que existem 3 tipos diferentes de citação. São elas:

 Citação direta
 Citação indireta
 Citação de citação.

Citação directa

A citação direta é a transcrição de um trecho de alguma obra consultada por você, feito
na íntegra, fiel ao conteúdo original. Essa transcrição deve ser feita entre aspas duplas (“), e
pode acontecer das seguintes formas:

Citando e fazendo a referência: quando se dá crédito ao autor da citação ao final dela, é


preciso referenciá-lo entre parênteses ( ), com o sobrenome do autor todo em maiúscula,
seguido do ano em que a obra original foi publicada e do número da página onde o texto
aparece.

Exemplo:

“Obviamente, essa é a função da economia: ela busca desenvolver modelos simples e


facilmente compreensíveis que descrevam os fenômenos do mundo real” (ANDERSON, 2006,
P. 19).

34
Referenciando e, depois, citando: quando se começa uma citação pelo seu autor, a
ABNT determina que o sobrenome dele deva estar apenas com a letra inicial em maiúscula (o
restante em minúsculas).

Em seguida, deve-se colocar ano e página (ambos entre parênteses) de onde se retirou o
texto em questão.

Exemplo:

Segundo Anderson (2006, p. 19) “obviamente, essa é a função da economia: ela busca
desenvolver modelos simples e facilmente compreensíveis que descrevam os fenômenos do
mundo real.”

Algumas particularidades sobre a citação direta, conforme a ABNT

Quando o texto original contém algum tipo de grifo, como um trecho em itálico,
sublinhado ou com negrito, é preciso que isso seja reproduzido fielmente em seu trabalho,
seguido da expressão “grifo do autor”.

Exemplo:

“São velhas e persistentes as teorias que atribuem capacidades específicas inatas a


raças ou a outros grupos humanos” (LARAIA, 1986, p. 17, grifo do autor).

Agora, se é você quem modifica a citação original com alguns grifos, fazendo disso um
recurso para destacar uma palavra ou trecho que colabore ainda mais com a sua análise ou
argumentação, a ABNT determina que a citação deva estar seguida da expressão “grifo nosso”.

Exemplo:

“São velhas e persistentes as teorias que atribuem capacidades específicas inatas a


raças ou a outros grupos humanos” (LARAIA, 1986, p. 17, grifo nosso).

Para citações com mais de 3 linhas, há uma regra específica determinada pelas normas
ABNT: é preciso reduzir o tamanho da fonte (de 10 ou 11 pt.) e dar uma afastadinha no texto,
aplicando recuo de 4 cm em relação à margem esquerda.

35
Exemplo:

A concorrência é algo que acompanha o exercício da atividade mercantil desde seus


primórdios. Trata-se de uma característica inerente à atividade empresarial, que tem o lucro
como seu objetivo maior. Regularmente praticada, beneficia tanto o consumidor, que tende a
adquirir produtos e serviços por preços mais baratos, como o empresário, que poderá
maximizar a oferta de bens e serviços. (PIMENTEL, 2007, p. 58)

Finalizando as recomendações para citações diretas, nos casos em que elas são muito
extensas, e apenas o começo e o fim interessam ao seu trabalho, a ABNT recomenda a
supressão de parte da citação. Para isso, inclua um sinal de colchetes com reticências […] que
representará o trecho não utilizado.

Exemplo:

“ A concorrência é algo que acompanha o exercício da atividade mercantil desde seus


primórdios. […] Regularmente praticada, beneficia o consumidor […].” (PIMENTEL, 2007, p.
58).

Citação indirecta

A citação indireta deve ser feita quando, após pesquisa e leitura do conteúdo de um
autor, você nota ter uma argumentação muito semelhante a dele, mas prefere expressar isso do
seu jeito, com suas próprias palavras, mesmo seguindo a estrutura e linha de raciocínio
originais.

Segundo as normas ABNT, na citação indireta, assim como na citação direta, devem
constar o autor do trecho usado e o ano de publicação da obra original, com o número de
página sendo opcional.

Exemplos:

Soares (2009, p. 16) diz que numa sociedade que se divide em classes, a ideologia que
domina, de acordo com a ideologia marxista, é a ideologia da classe dominante.

Em uma sociedade que se divide em classes, a ideologia que domina, de acordo com a
ideologia marxista, é a ideologia da classe dominante (SOARES, 2009).

36
Citação de citação
Quem tem o hábito da pesquisa sabe bem que nem sempre é possível ter acesso a uma
obra original. É comum encontrarmos autores que citam outros autores, e exatamente esses
trechos citados podem ser extremamente relevantes ao nosso trabalho.
Quando isso acontecer, você também pode utilizar em sua pesquisa a citação de citação.
Mesmo não sendo o modelo ideal, já que o recomendado é sempre citar a obra original,
as normas ABNT preveem a citação de citação, que pode ser feita de forma direta ou indireta.
Veja os exemplos:
Exemplo de citação de citação (forma direta):
Segundo Shinzato (1998), citado por Menezes e Paschoarelli (2009, p. 15), “sua origem
é atribuída à China e tem três denominações: Senshi, Sanshi e Kokushi”.
ou“A origem do Kirigami é atribuída à China, e tem três denominações: Senshi, Sanshi e
Kokushi”. .(SHINZATO,1998, apud MENEZES; PASCHOARELLI (2009, p.15)
Exemplo de citação de citação (forma indireta):
Segundo Shinzato (1998), citado por Menezes e Paschoarelli (2009, p. 15), a origem do
Kirigami é atribuída à China, e tem três denominações: Senshi, Sanshi e Kokushi.
ou Para Shinzato (1998, apud MENEZES; PASCHOARELLI, 2009, p. 15), a origem do
Kirigami é atribuída à China, e tem três denominações: Senshi, Sanshi e Kokushi.

4.1.2. MEDIDAS DE FORMATAÇÃO DO TCC EM WORD

As medidas padrões para a formatação de cada lauda do TCC são:


Formato de papel: A4
Tipo de letra: Times New Roman ou Arial
Tamanho de letras:
Se for tipo Times New Roman, 14 na capa e 12 no resto do trabalho.
Se for tipo Arial, 13 na capa e 11 no resto do trabalho.
Espaçamento entre linhas: 1,5.
No resumo o espaçamento entre linhas é de 1.
Margem superior: 3 cm
Margem inferior: 2 cm
Margem direita: 2 cm
Margem esquerda: 3 cm

37
4.1.3. MEDIDAS DE FORMATAÇÃO DO TCC EM POWER POINT
4.1.3.1.. ESTRUTURA DO POWER POINT
No momento da defesa de TCC, a apresentação dos resultados normalmente é feita por
meio do aplicativo informático Power Point com a seguinte estrutura:
1. Título do trabalho
2. Integrantes do grupo (relação nominal)
3. Sumário
4. Introdução
4.1. Formulação do problema
4.2. Justificativa
4.3. Objectivos
5. Fundamentação teórica
6. Metodologia
7. Apresentação e interpretação dos resultados
8. Conclusão
9. Considerações finais
10. Referências.
Ao elaborar o Power Point use pouco texto. Seja o mais conciso possível. De preferência use
fonte Arial ou Tahoma. O tamanho de letras não deve ser inferior a 18; o aconselhável é 24.
4.1.4. ESTRUTURA DE CONSENSO DOS TCC PARA A EFTS-LUANDA
2014(documento Interno)
1. Capa (obrigatório)
2. Folha de rosto (obrigatório)
3. Dedicatória (opcional)
4. Agradecimentos (opcional)
5. Resumo (obrigatório)
6. Sumário (obrigatório)
7. Introdução (evolução histórica, epidemiologia)
7.1.Formulação do problema e
7.2. Justificação)
7. 1. Objectivos(obrigatório)
7.1.1. Objectivo Geral
7.1.2. Objectivos Específicos
8. Fundamentação teórica (obrigatório)

38
9. Metodologia (obrigatório)
9.1. Tipo de estudo;
9.2.Local de estudo;
9.3.1..População em estudo;
9.3.2.. Amostra;
9.4.Critérios de inclusão;
9.5. Critérios de exclusão
9.6. Procedimentos éticos;
9.7. Procedimentos de recolha de dados
9.8. Processamento de dados
9.8. Variáveis em estudo.
10. Apresentação, e interpretação dos resultados. (obrigatório)
11. Conclusão (obrigatório)
12. Considerações finais (opcional)
13. Referências (obrigatório)
14. Glossário (opcional)
15. Apêndices (obrigatório)
16. Anexos. (obrigatório).

39
CAPITULO V
5.1. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS (DEFESA)
A Apresesentação dos Resultados consitste na defesa, perante um júri, do produto de
Trabalho de Conclusão do Curso e/ou do relatório do respectivo trabalho.
A Prova de Aptidão Profissional (PAP) é realizada em áreas técnicas e científicas
compreendidas nas matérias para as quais o curso dá preparação e poderá assumir aspectos de
aplicação técnica ou de desenvolvimento.
O Projecto Tecnológico tem carácter interdisciplinar e como objectivo a realização, pelo
aluno, de um produto ou de uma produção escrita ou de outra natureza, e do respectivo TCC ou
relatório. Nesta área o aluno deverá mobilizar competências desenvolvidas no âmbito das
diferentes disciplinas da área técnica ao longo dos quatro anos de duração do curso.

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REFERÊNCIAS
1. BITTENCOURT, R.M. A função do projeto nos cursos de engenharia: um discurso ou
uma necessidade? In: XXXI Congresso Brasileiro de Engenharia, 2003, Rio de Janeiro-RJ.
Anais do XXXI COBENGE, 2003.

2. CORLIEN M.V. & al. Série de Módulos para Treino em Investigação em Sistemas de
Saúde..Vol. 2. Parte I.

3. FERRARI, A.M.C., Moreira, M.R. e Valderramas, Z.L. Manual de elaboração e


normatização de TCC segundo as normas ABNT e Vancouver. Biblioteca 24 horas. 1ª
edição.SP.Br. 2015

4. FUNARO,V.M.B.O & al. Diretrizes para apresentação de dissertações e teses da USP:


documento electronico e impresso. Parte I(ABNT). 2ª edição. SP. Br. 2009

5. GIL, António Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

6. GONÇALVES, A. P; QUINANGA. I. M. G.; VUNGE, M. B.O et al. CÁRIE DENTÁRIA.


Identificação dos tipos de dentes mais afectados pela cárie dentária em pacientes
atendidos no laboratório de Estomatologia da Escola de Formação de Técnicos de Saúde
de Luanda de Julho a Setembro 2017. Luanda. Angola. 2017.

7. Metodologia de projectotecnologico – como elaborar um. Disponível em


<www.ebah.com.br/content/.../metologia-projecto-tecnologico.>Acesso 22/01/2014.

8. Ministério da Educação. Projecto Tecnológico 12. Reforma do Ensino Tecnico-


Profissional. Editora:Edições REDITEP. 2012. Luanda-Angola

9. O Projecto da Pesquisa – Metodologia científica.


<www.pedagogiaemfoco.pro.br/met05.htm> acesso em 03/02/2014

10. Pesquisa por Levantamento.


<www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Pesquisa...Levantamento/235884.html>

11. POLIT, Denise F. et al. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação


e utilização. 7ª ed.- Porto Alegre. Artmed. 2011.

12. Projeto Tecnológico - o trabalho de conclusão de curso nos CST - Ulbra


<www.ulbra.br/upload/803bdcdaebc8e55f1a32f848c48de3e7.pdf.> Acesso em 16/02/2017

13. SILVA, J.B. Estatística para Ciências Humanas. 3ª Edição. Luanda, Angola: Lito – Tipo,
2012.Luanda-Angola.

14. SWERTS, Mário Sérgio Oliveira .Manual para elaboração de trabalhos científicos.
Alfenas : Unifenas, Br,2010.

15. Teoria dos problemas – Wikipédia, a enciclopédia livre


<pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_problemas>. Acesso 06/02/2014

41
16. THÉOPHILE, Josenando. Elementos da Metodologia de Investigação em Ciências de
Saúde. Luanda-Angola. 2004.

17. UNESP. Modelos de Citação com base nas Normas da ABNT. Br. 2014

18. ZASSALA, C. Iniciação à Pesquisa Científica. Departamento de Ciências de


Educação. UAN. 1996. Luanda Angola.

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