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ANGOLA
TERMO DE APROVAÇÃO
EPIGRAF
DIDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha mãe dona Antonica Baião, por ser uma mulher
batalhadora e guerreira, por dar-me a vida e por me ensinar a honestidade, humildade, a
simplicidade, e acima de tudo a correr por trás dos meus sonhos.
AGRADECIMENTO
Ao longo da vida todos nos temos pessoas que nos vão ajudando de alguma
forma a ultrapassar as dificuldades que vão surgindo. Deste forma singela procurei
agradecer aos que me auxiliaram não só na realização do trabalho, mas também a todos
que me ajudaram a lidar com as adversidades da vida no geral... por mais difícil que que
sido a tarefa.
Primeiramente a Deus por me conceder a vida, a força e a cima de tudo a sua graça.
A minha mãe por dar-me a luz e a coragem de continuar a lutar por aquilo que quero
conquistar.
A minha gratidão vai também para o meu tutor professor José Bartolomeu por ser uma
personalidade culta e atenciosa e muito carismática.
Ao meu pai na fé, Pastor Bleze Diassonama palas orientações dadas, em ser persistente
em meus objectivos e acima de tudo a crer em Deus que tudo é possível.
A minha mulher Maria Bessa por ser uma motivação para que este trabalho se tornasse
uma realidade.
1.1. PROBLEMÁTICA...................................................................................5
1.2. Objectivos.................................................................................................6
1.3. Hipótese....................................................................................................6
1.4. Justificativa...............................................................................................6
2. REFERENCIAL TEORICO........................................................................7
2.1. História.....................................................................................................7
2.6. Diagnóstico.............................................................................................11
3. METODOLOGIA..............................................................................................13
3.3. População................................................................................................13
3.3.1 Amostra................................................................................................13
REFERENCIAS BIBIOGRAFICAS.....................................................................17
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho, tem como título: Frequência da hepatite B, em dadores de sangue no
Hospital municipal do Cazenga, II semestre de 2020.
Falando de hepatite, O termo significa inflamação no fígado e que pode ter várias
causas, tais como uso excessivo de álcool, medicamentos, chás, distúrbios imunológicos.
Além disso, algumas doenças infecciosas (dengue, febre amarela, leptospirose, malária,
citomegalovírus) e doenças autoimunes também podem causar inflamação no fígado.1,3
As hepatites causadas por vírus são hoje doenças bem conhecidas pelos profissionais de
saúde. São provocadas por vírus que têm tropismo pelas células do fígado, definidos pelas
letras do alfabeto A, B, C, D e E.1
As hepatites, podem ser divididas em dois grupos, o das hepatites A e E, que possuem
transmissão oral-fecal e evolução clínica aguda, e das hepatites B, C e D, que possuem
transmissão sexual ou por contacto com sangue e outros fluidos contaminado e possuem
potencial de cronificação.2
O primeiro relato de uma doença hepática de transmissão parenteral ocorreu por volta
de 1883, com a definição do termo hepatite B em 1947, por MacCallum, sendo adotado este
pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1973. No ano de 1965, foi identificado o
antígeno de superfície do VHB, denominado antígeno Austrália, atualmente, designado como
HBsAg.
1.1. PROBLEMÁTICA
Como no nosso pais há uma escassez de dadores voluntários e nos hospitais nem
sempre têm o sangue disponível, equivalente a demanda da população de pacientes que
precisam deste sangue para o seu tratamento. Daí a necessidade de muitas vezes os técnicos
de saúde chamarem os familiares dos pacientes a reporem o sangue, sem mesmo eles saberem
que doença transportam.
1.2. Objectivos
Objectivos específicos:
1.3. Hipótese
1.4. Justificativa
Os dadores são as pessoas que doam o seu sangue para salvar a vida de outra. No
entanto estes dadores podem ser: Voluntários ou de reposição etc .
Nos nossos hospitais existe uma grande escassez de sangue por falta de dadores
voluntários, por vezes os familiares são chamados a doarem o sangue, para repor a bolsa de
sangue que foi transfundida, no seu parente. Mesmo sem saber o seu estado de saúde e que
doença transporta, estes familiares são chamados a repor o sangue.
Para garantir a segurança do sangue doado, faz-se um conjunto de exames com
objectivo de dectetar algumas, Doenças Infecciosas Transmissíveis por Transfusões (DITT)
como no caso da hepatite B.
2.1. História
As primeiras descrições das hepatites foram feitas na Grécia antiga, mas somente a
partir de 1939, com o advento da biopsia hepática, associou-se a doença hepatite a alterações
inflamatórias dos hepatócitos. A primeira descrição clara de hepatite transmitida por soro
humano foi em 1885, quando ocorreu uma epidemia de icterícia após a vacinação
antivariólica de trabalhadores em estaleiros alemães. Esta epidemia foi estudada por Lüdman
que publicou em 1885 o relato da primeira epidemia por hepatite B no Mundo11,12 .
Hoje a hepatite B é uma doença bem conhecida do ponto de vista clínico, laboratorial e
epidemiológico.
A transmissão do HBV se faz por via parenteral e, sobretudo, pela via sexual, sendo a
hepatite B considerada uma IST (Infeções Transmissível Sexualmente). Dessa forma, o
HBV pode ser transmitido por solução de continuidade (pele e mucosa), relações sexuais
desprotegidas e por via parenteral (compartilhamento de agulhas e seringas, tatuagens,
piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos, etc.). Outros líquidos orgânicos, como
sêmen, secreção vaginal e leite materno podem igualmente conter o vírus e constituir fontes
de infecção. A transmissão vertical (de mãe para filho) também é causa frequente de
disseminação do HBV em regiões de alta endemicidade. De maneira semelhante às outras
hepatites, as infecções causadas pelo HBV são habitualmente anictéricas. A cronificação da
doença, ou seja, a persistência do vírus por mais de seis meses, ocorre em, aproximadamente,
5% a 10% dos indivíduos adultos infectados. Caso a infecção ocorra por transmissão vertical,
o risco de cronificação dos recém-nascidos de gestantes com evidências de replicação viral
(HBeAg reagente e/ou HBV DNA > 10 ) é de cerca de 70% a 90%, e entre 10 a 40% nos
casos sem evidências de replicação do vírus. Cerca de 70% a 90% das infecções ocorridas em
menores de cinco anos se cronificam, e 20% a 25% dos casos crônicos com evidências de
replicação viral evoluem para doença hepática avançada (cirrose e hepatocarcinoma).21
2.5.1. Imunoensaios
2.6. Diagnóstico
Os primeiros marcadores virais detectados no soro são o DNA viral, seguido logo
depois pelo HBsAg e HBeAg. O HBsAg pode ser detectado já entre a 1ª e a 2ª
Mesmo após a completa resolução da infecção pelo HBV, o AgHBs continua sendo
detectado no soro por um período variável de tempo, antes mesmo da soroconversão para
anti-HBs. Tal fato ocorre em decorrência do excesso de proteínas circulantes. O AgHBe é
detectado no soro e sua presença está associada a intensa replicação viral, podendo persistir
por 10 semanas na fase aguda. Em pacientes crônicos esse marcador é associado a um mau
prognóstico, refletindo a persistência da infecção viral e maior taxa de transmissão27.
O AgHBc é um antígeno intracelular, que não pode ser detectado no soro. O anti-HBc
se desenvolve em todas as infecções por HBV. Durante a fase aguda da infecção, anticorpos
anti-HBc da classe IgM, seguidos imediatamente da classe IgG, podem ser detectados. Os
anticorpos IgM anti-HBc surgem no início dos sintomas, até 30 dias após o aparecimento do
AgHBs e em geral são detectáveis por cerca de seis meses, enquanto o IgG anti-HBc
permanece detectável por muitos anos, em geral, por toda vida; sua presença marca uma
exposição ao HBV no presente ou no passado. Casos em que o anti-HBc é negativo, porém o
AgHBs é positivo, podem corresponder a indivíduos na fase final do período de incubação ou
a indivíduos imunocomprometidos. O anti-HBc total é considerado um marcador de infecção
pregressa do HBV. O anti-HBc IgM indica uma infecção recente, sendo o melhor marcador
sorológico para uma infecção aguda, enquanto que o IgG anti-HBc representa memória
imunológica23,26,27 .
O risco de desenvolver doença aguda ictérica causada pelo VHB aumenta com a idade,
inversamente à possibilidade de cronificação, a cronicidade da infecção ocorre em
aproximadamente 90% dos neonatos, 20% das crianças e 1 a 5% dos adultos 31.
Entre portadores crônicos, metade não apresenta doença hepática, se apresentando
como portadores assintomáticos, mas alguns mostram sinais de atividade inflamatória no
fígado, de variada intensidade, podendo desenvolver cirrose hepática ou hepatocarcinoma nas
fases tardias, com altas taxas de morbidade e mortalidade 32.
A infecção pelo vírus da hepatite viral crônica B pode causar hepatite aguda ou crônica,
sendo ambas as formas, habitualmente, oligossintomáticas.
O curso natural da hepatite B crônica pode ser dividido em até quatro fases, são elas:
fase de imunotolerância, fase imunoativa ou clareamento imune, fase não replicativa ou
portador inativo e fase de reativação. A progressão para cirrose hepática pode ocorrer tanto da
fase imunoativa quanto da fase de reativação 38.
3.2. Fez-se um estudo descritivo retrospectivo, com abordagem qual-quantitativa, sobre uma
população de 572 dadores do Hospital Municipal do Cazenga(H.M.C) II semestre de 2020 .
3.3. População
A população ou universo foi composto por 572 dadores, dos quais voluntários,
familiares ou de reposição, que frequentaram o hospital municipal do Cazenga no II semestre
de 2020.
3.3.1 Amostra
A amostra foi composta por 38 dadores com resultados positivo para hepatite B, através
dos testes positivos ao marcador HBsAg, no local e período em estudo ( Hospital Municipal
do Cazenga, no II semestre de 2020).
Foram incluídos no estudo todos dadores com resultado positivo a Hepatite B, com
processos completas e documentos de identificação, mas também aqueles dadores que não
tinham referencia de morada e outras variáveis.
Foram excluídos do estudo, dadores com processos incompletos, como a falta de bilhete
de identificação e outros dados importantes que dificultaram a recolha de dados como: a
morada, idade, tipo de dador e outros.
3.6 Procedimento de recolha de dados.
Considerando o tipo de estudo que foi realizado, foram elaboradas fichas e formulários
com base as variáveis selecionadas. Após o preenchimento das fichas e formulários foram
verificadas com fim de identificar as possíveis falhas.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Número Percentagem
600
534
500
400
300
200
93
100
38
7
0
Dadores com HBsAg+ Dadores com HBsAg-
38
P= 572 ×100
P= 7%
Com base nestes resultados, pode-se assim dizer, que a frequência da epatite B em
dadores de sangue atendidos no hospital municipal do Cazenga no II semestre de 2020 , é
caracteriza como intermédia ou média.
Segundo a OMS as regiões de endemicidade alta são aquelas cuja prevalência do HBV
é acima de 8%, e as regiões de endemicidade intermédia, a prevalência do HBV varia de 2-
7%. Taxas de prevalência do HBV inferior a 2% são observadas em regiões de endemicidade
baixa.
Grafico nº 2- Distribuição da amostra segundo o sexo dos dadores atendidos no
Hospital Municipal durante o II semestre de 2020 .
Observou-se uma maior frequência da HBV, em dadores do sexo masculino, pelo facto
de serem mais os homens a doarem sangue duque as mulheres, bem as relações sexuais com
múltiplos parceiros, o não uso de preservativo entre outros factores.
Segundo Diogo et al. (2012), o maior índice de positividade entre dadores do sexo
masculino pode estar relacionado aos aspectos comportamentais, tais como uso de drogas,
promiscuidade e a não utilização de preservativo.
Esses números também são consequência dos papéis sociais construídos por homens e
mulheres onde esses definem o comportamento de ambos. No que diz respeito à sexualidade,
é imposto à mulher o não pertencimento de seu próprio corpo e domínio de sua própria
sexualidade, cabendo ao homem, considerado pela sociedade sexo forte, a sua propriedade.
Assim, os papéis de gênero, atribuem aos homens a ilusória certeza de poderem desfrutar de
uma sexualidade irreprimível, com ampla variabilidade de parceiras e que sejam ativos nas
relações sexuais.26
Número Percentagem
35
30
30
25
21 21
20 18
15
11 10
10 8 8 7
5 4
0
18-23 anos 23-28 anos 28-33 anos 33-38 anos < ou igual a 38
Em relação a idade, observou-se que os dadores com maior risco de infecção HVB
estão na faixa etária compreendida entre 23 aos 28 anos, com 30%;
Isto quer dizer que a maior parte dos dadores que atendidos no Hospital Municipal do
Cazenga (HMC) durante o segundo semestre de 2020, para doarem o sangue foram jovens. O
quer dizer que esta é a faixa com maior frequência a infecção do HBV.
O elevado número de jovens infectados com HBV, pode estar relacionado com, uma
sexualidade activa, um número elevado de parceiros e a fraca educação sexual nas famílias.
No ano de 2006, o mesmo autor trabalhou com 1792 doadores registrados, dos quais
98% (1759/1792) tinham a idade descriminada, sendo a média de 29 anos e a faixa etária dos
20-29 anos a mais frequente com 42%.
Gráfico nº 4 Distribuição das amostra segundo a proveniência ou morada dos dadores
atendidos no Hospital Municipal do Cazenga durante o II semestre de 2020
Número Percentagem
63
24
18
13
5 7 5
2
Cazenga Cacuaco Viana Sem refência
Isto quer dizer que a maior parte dos dadores de sangue, residem no município do
Cazenga onde o hospital esta localizado. Mas que também o hospital recebe utentes
provenientes dos outros municípios como Viana e Cacuaco, que são os municípios mais
próximos, isto talvez deve-se ao fácil acesso que os utentes de outros município tem ao
hospital do Cazenga.
10
9
8 8 8
6
5 5 5 5
4 4
3 3
2
Quanto a a ocupação, observa-se que 15% dos dadores que frequentaram o Hospital
Municipal do Cazenga, Durante o segundo semestre de 2020, foram estudantes.
61
31
26
12
Número Percentagem
74
28
26
10
De acordo o que constatamos nesta pesquisa, a maior parte dos resultados positivos a
HBsAg, obtidos por testes rápidos no HMC, são confirmados por testes com alto poder de
sensibilidade como os ensaios- inuenzimáticos como os exames de Elisa pelo Instituto
Nacional de Sangue.
Número Percentagem
74
28
26
10
Masculino 36 94,7
Feminino 2 5,3
total 38 100
Tabela 3 - distribuição da amostra por idade dos dadores com hepatite B durante o II
semestre de 2020 no Hospital Municipal do Cazenga.
Quanto a a ocupação, observa-se que 15% dos dadores que frequentaram o Hospital
Municipal do Cazenga, Durante o segundo semestre de 2020, foram estudantes.
Em todos os cenários a frequência de HBV é maior , isso, pelo fato do vírus HBV se
transmitir principalmente pela relação sexual desprotegida que é atualmente o principal meio
de transmissão das hepatites virais. 25 .