Existem diferentes tipos de prescrição médica que os
profissionais habilitados podem utilizar para receitar medicamentos aos seus pacientes.
Dependendo de fatores como a composição química do
medicamento e a ação dele no organismo, o papel utilizado para prescrever o medicamento e as informações inseridas no receituário podem mudar. Por se tratar de um documento com validade jurídica e de total responsabilidade do profissional que o emitiu, é fundamental conhecer e ficar atento aos diferentes tipos de prescrição médica. Quais são os tipos de prescrição médica? Receituário simples;
Receita de controle especial;
Receita azul;
Receita amarela;
Receita branca de Talidomida;
Receita branca para Retinóides.
Receituário simples é um tipo de prescrição dedicada para medicamentos que não precisam obrigatoriamente de receita para serem comprados nas farmácias.
No entanto, recomenda-se que eles sejam adquiridos
somente depois que um profissional habilitado tenha recomendado. O receituário simples tem apenas uma via e a cor do papel é branca. Pode ser usado para os medicamentos que não precisam de receita para serem comprados e para medicamentos que não necessitam de retenção de uma via pelas farmácias Basicamente existem três tipos de receita controlada, de acordo com a Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998, que instituiu o Regulamento Técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial:
Receita amarela (tipo A): para entorpecentes e
psicotrópicos Receita azul (tipo B): para psicotrópicos Receita branca (tipo C): para antirretrovirais, imunossupressores e drogas para tratar doenças degenerativas, como os antiparkinsonianos. Receita de controle especial
A receita de controle especial se destina a medicamentos
de uso controlado. Imunossupressores, antibióticos e antirretrovirais são alguns exemplos de medicamentos que se enquadram nesse tipo de prescrição. A receita de controle especial deve ser emitido em duas vias: uma fica com o paciente enquanto a outra fica retida na farmácia. Geralmente, a validade desse tipo de prescrição é de 30 dias. Além disso, o paciente só poderá comprar a quantidade indicada na receita. Receita azul Este tipo de receituário é utilizado na receita médica de psicotrópicos e psicotrópicas anorexígenas. Cada receituário pode conter a prescrição de apenas uma substância, com quantidade necessária para tratamento durante 30 dias - que é, também, o período de validade da receita. O receituário de cor azul recebe uma numeração controlada pelas Vigilâncias Sanitárias regionais. São duas vias: a branca fica com o paciente e a azul fica retida na farmácia. Tipos de medicações 1. Depressores da Atividade do SNC: diminuem a atividade cerebral, deixando o paciente mais “lento” e tranquilo. Medicamentos que combatem a insônia, ansiedade e aliviam a dor são exemplos 2. Estimulantes da Atividade do SNC: aumentam a atividade cerebral, gerando um efeito estimulante e inibidor do sono. É o caso de psicotrópicos anorexígenos, que reduzem o apetite 3. Perturbadores da Atividade do SNC: promovem mudanças significativas no funcionamento do cérebro, fazendo com que fuja ao padrão. Numeração autorizada Nome e dados
Numero da autorização fornecida pelo órgão do
estado Receita amarela Para medicamentos extremamente controlados, como entorpecentes e alguns psicotrópicos, é utilizado o papel amarelo. Cada receituário pode conter a prescrição de apenas uma substância, com quantidade necessária para tratamento durante 30 dias - que é, também, o período de validade da receita. No caso de medicamentos controlados citados acima, todos os receituários médicos devem ser acompanhados de uma notificação de receita para análise da ANVISA. Sigla da Unidade da Federação Identificação numérica Identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional com a sigla da respectiva Unidade da Federação; ou nome da instituição, endereço completo e telefone Identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente Nome do medicamento ou da substância: prescritos sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia Símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinoicos, deverá conter um símbolo de uma mulher grávida, recortada ao meio, com a seguinte advertência: “Risco de graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e no sistema nervoso do feto” Data da emissão Assinatura do prescritor Identificação do comprador: nome completo, número do documento de identificação, endereço completo e telefone Identificação do fornecedor: nome e endereço completo, nome do responsável pela dispensação e data do atendimento Identificação da gráfica: nome, endereço e CNPJ/CGC impressos no rodapé de cada folha do talonário. Deverá constar também a numeração inicial e final concedidas ao profissional ou instituição e o número da Autorização para confecção de talonários emitida pela Vigilância Sanitária local Identificação do registro: anotação da quantidade aviada, no verso, e quando tratar-se de formulações magistrais, o número de registro da receita no livro de receituário. Tipos de medicações
A1: substâncias entorpecentes
A2: substâncias entorpecentes de uso permitido somente
em concentrações especiais
A3: substâncias psicotrópicas.
Receita branca de Talidomida A notificação de receita para Talidomida será impressa e distribuída gratuitamente pela autoridade sanitária competente somente aos profissionais médicos devidamente cadastrados. Ela é válida por 20 dias a partir da data de sua emissão e somente dentro da unidade federativa onde foi emitida. A quantidade de Talidomida por prescrição, em cada Notificação de Receita, não poderá ser superior à necessária para o tratamento de 30 dias. Estudos demonstraram, inicialmente, que a Talidomida possui ação ansiolítica, hipnótica, antiemética e adjuvante analgésica, além de apresentar efeito teratogênico. Depois foi demonstrado que ela é altamente eficaz em suprimir o eritema nodoso hansênico. Atualmente a talidomida é produzida somente por laboratório público, conforme programação do Ministério da Saúde, o qual realiza a distribuição para os estados e Distrito Federal. O atendimento das pessoas que necessitam utilizar a talidomida ocorre no âmbito do SUS, em unidades públicas da atenção primária, de média ou alta complexidade. Receita branca para Retinóides A Notificação de Receita Especial para Retinóides de uso sistêmico deve ser impressa pelo médico ou pela instituição em que esteja filiado. Tem validade de 30 dias a partir da emissão e apenas dentro da Unidade Federativa que concedeu a numeração. Os retinoides sistêmicos são uma classe de medicamentos que contêm derivados da vitamina A, conhecidos como retinoides, e são administrados por via oral ou injetável para tratar diversas condições médicas. Esses medicamentos são geralmente prescritos por dermatologistas para tratar doenças da pele, como acne grave, psoríase, queratose pilar, rosácea e outras condições inflamatórias da pele. Os retinoides sistêmicos podem ter efeitos colaterais significativos e, portanto, são geralmente reservados para casos graves de doenças de pele que não respondem a outros tratamentos mais suaves. Alguns efeitos colaterais comuns incluem ressecamento e descamação da pele, lábios rachados, irritação ocular, sensibilidade ao sol, dores musculares e articulares e aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue. 7 orientações de como preencher prescrição médica Considere eficácia, custo, segurança, e aplicabilidade do medicamento antes de receitá-lo; Prescreva com letra legível e seja específico nas indicações de uso; Avise o paciente sobre possíveis efeitos colaterais; Na ausência do carimbo, descreva manualmente seu nome completo e o número de inscrição no conselho regional e assine o documento. Lembre-se de que o carimbo é obrigatório para prescrição de substâncias entorpecentes e psicotrópicos As receitas não devem conter rasuras Não se esqueça de datar as suas receitas. Experimentos que mostram o efeito placebo são estudos em que os participantes recebem um tratamento inerte, como um placebo, mas experimentam melhorias percebidas em seus sintomas devido à crença de que estão recebendo um tratamento efetivo. Aqui estão alguns exemplos de experimentos que demonstram o efeito placebo: Estudos de dor: Muitos estudos sobre o efeito placebo têm se concentrado na dor. Em um experimento clássico, os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo recebeu um analgésico real e o outro grupo recebeu um placebo. Surpreendentemente, alguns participantes que receberam o placebo relataram uma redução significativa na intensidade da dor, mesmo sem a presença de um tratamento ativo. Estudos de depressão: Em estudos com antidepressivos, foi observado que um grupo de participantes que recebeu um placebo experimentou melhorias em seus sintomas de depressão, comparáveis às melhorias observadas nos grupos que receberam o medicamento real. Isso ressalta a importância do efeito placebo no tratamento de doenças mentais. Estudos de Parkinson: Em experimentos com pacientes com doença de Parkinson, foram administrados placebos a um grupo de participantes. Alguns relataram melhorias temporárias nos tremores e na rigidez muscular, embora não tenham recebido nenhum medicamento ativo. Estudos de enxaqueca: Em estudos com enxaquecas, os participantes receberam um placebo sem saber. Alguns relataram redução na frequência e na intensidade das enxaquecas, apesar de não terem recebido um tratamento real.
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)