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A associação de substâncias controladas em formulações

magistrais de emagrecimento é permitida?

• Não.

• A RDC nº 58/2007, em seu artigo 3º, informa que a associação de


substâncias anorexígenas entre si, com ansiolíticos, antidepressivos,
diuréticos, hormônios ou extratos hormonais e laxantes,
simpatolíticos ou parassimpatolíticos, bem como quaisquer
substâncias com ação medicamentosa, seja na mesma preparação ou
em preparações distintas, não é permitida com a finalidade de
tratamento exclusivo para obesidade.
A autoprescrição de medicamentos
controlados é proibida?

• A legislação não veda a autoprescrição de medicamentos


sujeitos a controle especial por profissionais habilitados.
Notificação de Receita B2 (Azul)
• A ANVISA publicou, em 2014, a RDC nº 50, que dispõe sobre as medidas de
comercialização, prescrição e dispensação de medicamentos que contenham
substâncias psicotrópicas anorexígenas, estando sujeitas dessa forma à
Notificação de Receita B2.
Notificação de Receita B2 (Azul)
• Complementarmente, foi publicada a RDC nº 133/2016, que veta a prescrição e
dispensação de medicamentos que contenham as substâncias descritas abaixo, em
quantidade superior às doses diárias recomendadas:

Além disso, a prescrição dessas substâncias deverá ser acompanhada, obrigatoriamente, do Termo de Responsabilidade do Prescritor, sendo este
preenchido em três vias (RDC nº 50/2014 art. 6), devendo a 1ª via ser arquivada no prontuário do paciente, a 2ª via ser arquivada junto à receita
na farmácia ou drogaria dispensadora e a 3ª via ser entregue ao paciente.
Validade por um período de
30 (trinta) dias

Máximo
5 ampolas
30 dias tratamento

As notificações possuem validade em


todo o território nacional, independente
do estado em que tenham sido emitidas
(Lei nº 13.732/2018).
Notificação de Receita Especial de Retinoides
Sistêmicos
• Para realizar a dispensação de medicamentos de uso sistêmico à base de substâncias constantes
da lista C2, as farmácias e drogarias deverão ser devidamente cadastradas nos órgãos de
vigilância sanitária.
• É importante ressaltar que é proibida a manipulação em farmácias das substâncias constantes da
lista C2, na preparação de medicamentos de uso sistêmico.
• Em relação à preparação de medicamentos de uso tópico, somente poderá ser realizada por
farmácias que sejam certificadas em Boas Práticas de Manipulação (BPM), com exceção da
isotretinoína, que não pode ser manipulada.
• Além disso, esses medicamentos ficam sujeitos a venda sob prescrição médica sem a retenção de
receita.
Riscos dos Retinoides Sistêmicos

• Termo de Consentimento Informado – deve ser preenchido e assinado por todos os pacientes, de
ambos os sexos, sempre que for prescrito retinoide sistêmico;
• Termo de Conhecimento de Risco e Consentimento – deve ser preenchido e assinado pelas
pacientes em idade fértil (para menores de 18 anos, deverá ser assinado pelo seu responsável),
sempre que for iniciado tratamento e quando for revalidada a receita do medicamento.

• Ambos os termos devem ser preenchidos e assinados pelo paciente e pelo médico e impressos em três vias,
sendo que:

• 1ª via – será devolvida ao paciente;


• 2ª via – será retida pelo médico;
• 3ª via – será retida no estabelecimento farmacêutico que dispensou o medicamento,
devendo ser repassada ao laboratório fabricante.
DA RECEITA
Art. 52 O formulário da Receita de Controle Especial (ANEXO XVII), válido em todo o
Território Nacional, deverá ser preenchido em 2 (duas) vias, manuscrito,
datilografado ou informatizado, apresentando, obrigatoriamente, em destaque em
cada uma das vias os dizeres: "1ª via - Retenção da Farmácia ou Drogaria" e "2ª via
- Orientação ao Paciente".
Art. 52 O formulário da Receita de Controle Especial
(ANEXO XVII), válido em todo o Território Nacional,
deverá ser preenchido em 2 (duas) vias, manuscrito,
datilografado ou informatizado, apresentando,
obrigatoriamente, em destaque em cada uma das
vias os dizeres: "1ª via - Retenção da Farmácia ou
Drogaria" e "2ª via - Orientação ao Paciente".
C1 (outras substâncias
sujeitas a controle especial)

5 ampolas ou
tratamento para 60 dias.

Antiparkinsoniano e
Anticonvulsivante
tratamento para 180 dias

Receituário de Controle
Especial em duas vias

C5 (anabolizantes)

5 ampolas ou
tratamento para 60 dias
Art. 55 As receitas que incluam medicamentos a base de substâncias constantes das listas
"C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial) , "C5" (anabolizantes) e os adendos
das listas "A1" (entorpecentes), "A2" e "B1" (psicotrópicos) deste Regulamento Técnico e de
suas atualizações, somente poderão ser aviadas quando prescritas por profissionais
devidamente habilitados e com os campos descritos abaixo devidamente preenchidos:
IMPORTANTE

• Em determinados casos, uma substância está presente em


determinada lista, porém, é prescrita com receituário
diferente do padrão.
• Isso ocorre quando há previsão nos adendos que constam ao
final de cada lista da Portaria nº 344/98.
• A codeína, por exemplo, pertence à lista A2 e, como regra
geral, deveria ser prescrita através de receita e notificação de
receita A.
• O adendo da lista A2, porém, estabelece que medicamentos
contendo codeína em quantidade que não exceda a 100 mg
por unidade posológica devem ser prescritos em Receita de
Controle Especial de duas vias.
identificação do registro: na receita retida, deverá ser anotado no
verso, a quantidade aviada e, quando tratar-se de formulações
magistrais, também o número do registro da receita no livro
correspondente.

As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos veterinários só


poderão ser feitas quando para uso odontológico e veterinário,
respectivamente.

Emergência
• Papel não privativo do profissional ou da instituição
• O diagnóstico ou CID
• A justificativa do caráter emergencial do atendimento
• Data
• Inscrição no Conselho Regional e assinatura devidamente
identificada
• 72 (setenta e duas) horas, para visto

Nos estabelecimentos hospitalares, clínicas médicas e clínicas veterinárias,


oficiais ou particulares, os medicamentos a base de substâncias constantes das
listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes)
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, poderão ser aviados ou
dispensados a pacientes internados ou em regime de semi-internato, mediante
receita privativa do estabelecimento, subscrita por profissional em exercício no
mesmo.
As receitas de medicamentos contendo substâncias anabolizantes (lista C5), devem trazer além
das informações obrigatórias, como identificação e endereço do prescritor, número de registro
no conselho profissional, Cadastro da Pessoa Física (CPF), o número do Código Internacional de
Doenças (CID), devendo ficar retida na farmácia ou drogaria (Lei nº 9965/2000).
Os Receituários de Controle Especial são válidos em todo o Território Nacional,
porém ao receber uma prescrição proveniente de um Estado diferente da Farmácia ou
Drogaria, a mesma deve ser apresentada à Autoridade Sanitária local dentro de no
máximo 72 (setenta e duas) horas para averiguação e visto (Lei nº 13.732/2018;
Portaria nº 344/1998 art. 52).
Art. 61 As plantas da lista "E" (plantas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas) e as
substâncias da lista "F" (substâncias de uso proscrito no Brasil), deste Regulamento Técnico e de suas
atualizações, não poderão ser objeto de prescrição e manipulação de medicamentos alopáticos e
homeopáticos

§ 1º Excetuam-se do disposto no caput:

I - a prescrição de medicamentos registrados na Anvisa que contenham em sua composição a planta Cannabis
sp., suas partes ou substâncias obtidas a partir dela, incluindo o tetrahidrocannabinol (THC). (Redação dada pela
Resolução – RDC nº 66, de 18 de março de 2016)
II - a prescrição de produtos que possuam as substâncias canabidiol e/ou tetrahidrocannabinol (THC), a serem
importados em caráter de excepcionalidade por pessoa física, para uso próprio, para tratamento de saúde,
mediante prescrição médica. (Redação dada pela Resolução – RDC nº 66, de 18 de março de 2016)

§ 2º Para a importação prevista no inciso II do parágrafo anterior se aplicam os mesmos requisitos estabelecidos
pela Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 17, de 6 de maio de 2015. (Redação dada pela Resolução – RDC
nº 66, de 18 de março de 2016)

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