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TREINAMENTO DE CAPACITAÇÃO PARA BALCONISTAS

Titulo:
Postura profissional na Farmácia

INTRODUÇÃO

A Portaria no 344 de 12 de maio de 1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (SVS/MS) é
a principal legislação nacional sobre o comércio de medicamentos sujeitos a controle especial. Nela, as
substâncias estão distribuídas em listas que determinam a forma como devem ser prescritas e dispensadas .

GUARDA E RESPONSABILIDADE

As substâncias sujeitas a controle especial e os medicamentos que as contêm devem ser guardados sob chave
ou outro dispositivo que ofereça segurança, em local exclusivo para este fim e sob a responsabilidade do
farmacêutico. Sua dispensação deve ser feita por farmacêuticos ou sob a supervisão deste.

ANÁLISE DO RECEITUÁRIO

O farmacêutico é responsável por analisar as prescrições e só pode aviar ou dispensar os medicamentos quando
todos os itens da receita e da Notificação de Receita estiverem devidamente preenchidos. A Receita de Controle
Especial e a Notificação de Receita devem estar preenchidas de forma legível, com a quantidade escrita em
algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura. Também devem estar preenchidos o nome e o
endereço completo do paciente e a data de emissão.

TIPOS DE RECEITUÁRIO

As prescrições de substâncias sujeitas a controle especial devem ser realizadas em Receita de Controle Especial
ou Notificação de Receita.

O receituário é o papel e é utilizada para prescrição de medicamentos.

A receita é a prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso para o paciente,


efetuada por profissional legalmente habilitado; Porém o que vemos comumente é a utilização das
duas terminologias com o mesmo significado.

Receituário simples: é utilizada para prescrição de medicamentos anódinos e de medicamento de


tarja vermelha, com os dizeres venda sob prescrição médica, e segue as regras descritas na Lei
5.991/1973.
Notificações de receita A Notificação de Receita é o documento que é acompanhado de receita e
autoriza a dispensação de medicamentos a base de substâncias constantes das listas “A1” e “A2”
(Entorpecentes), “A3”, “B1” e “B2” (Psicotrópicos) “C2” (Retinóicas para uso sistêmico) “C3”
(Imunossupressoras). A Notificação de receita deverá estar preenchida de forma legível, sendo a
quantidade em algarismos arábicos por extenso, sem emenda ou rasura. A Notificação de receita será
retida pela farmácia ou drogaria e a receita devolvida ao paciente devidamente carimbada, como
comprovante do aviamento ou da dispensação.

Receita Azul ou Receita B – Notificação de Receita B é um impresso, padronizado, na cor azul,


utilizado na prescrição de medicamentos que contenham substâncias psicotrópicas – listas B1 e B2 e
suas atualizações constantes na Portaria 344/98. Terá validade por 30 (trinta) dias, a partir de sua
emissão, e com validade apenas na unidade federativa que concedeu a numeração. Poderá conter
5(cinco) ampolas. Para as demais formas farmacêuticas, o tratamento será correspondente a
60(sessenta) dias.

B1

B2 TEM QUE VIR COM O TERMO


Receita Amarela ou Receita A – A Notificação de Receita A é um impresso, na cor amarela, para a
prescrição dos medicamentos das listas A1 e A2 (entorpecentes) e A3 (psicotrópicos). Poderá conter
somente um produto farmacêutico. Será válida por 30 (trinta) dias, a contar da data de sua emissão,
em todo o território nacional. As notificações de Receita “A”, quando para aquisição em outra unidade
federativa, precisarão que sejam acompanhadas de receita médica com justificativa de uso. E as
farmácias, por sua vez, ficarão obrigadas a apresenta-las, dentro do prazo de 72 (setenta e duas)
horas, à Autoridade Sanitária local, para averiguação e visto.

C2 TEM QUE VIOR COM O TERMO

Notificação de Receita Especial de Retinoides – lista C2 (Retinoides de uso sistêmicos), com


validade por um período de 30 (trinta) dias e somente dentro da unidade federativa que concedeu a
numeração. Poderá conter 05 (cinco) ampolas. Para as demais formas farmacêuticas, a quantidade
para o tratamento corresponderá, no máximo, a 30 (trinta) dias, a partir da sua emissão.
Receituário de Controle Especial – é utilizada para a prescrição de medicamentos à base de
substancias constantes das listas “C1” (outras substâncias sujeitas a controle especial), “C2”(retinoicas
para uso tópico) e “C5”(anabolizantes).O formulário é válido em todo o território nacional, devendo ser
preenchido em 2(duas) vias. Terá validade de 30 (trinta) dias a partir da data de emissão. A prescrição
poderá conter, em cada receita, três substancias da lista “C1” e de suas atualizações. A quantidade
prescrita de cada substância da lista “C1”, “C5” e suas atualizações é de 5 (cinco) ampolas, e, para as
outras formas farmacêuticas, a quantidade refere-se a 60 (sessenta) dias de tratamento Em caso de
emergência, poderá ser aviada ou dispensada a receita de medicamentos à base de substâncias
constantes das listas “C” (outras sujeitas a controle especial) deste Regulamento e de suas
atualizações, em papel não privativo do profissional ou da instituição, contendo obrigatoriamente o
diagnóstico ou a CID, a justificativa do caráter emergencial do atendimento, data, inscrição no
Conselho Regional e assinatura devidamente identificada.
VALIDADE DO RECEITUÁRIO

Prazo:

Excetuando-se as prescrições de medicamentos da lista C3, as demais têm validade por até 30 dias a partir da
data do preenchimento.

QUANTIDADES MÁXIMAS PARA DISPENSAÇÃO

Como regra geral, medicamentos contendo substâncias das listas A, B2 (exceto sibutramina) e C2 podem ser
dispensados em quantidade de até cinco ampolas (no caso de formulações injetáveis) ou quantidades suficientes
para até 30 dias de tratamento (no caso de outras formas farmacêuticas, incluindo as formas líquidas).
Medicamentos contendo substâncias das listas B1, C1 e C5 podem ser dispensados em quantidade de até cinco
ampolas (no caso de formulações injetáveis) ou quantidades suficientes para até 60 dias de tratamento (no caso
de outras formas farmacêuticas, incluindo as formas líquidas). ,

IMPORTANTE Medicamentos antiparkinsonianos e anticonvulsivantes podem ser prescritos em quantidades


suficientes para até seis meses de tratamento.

INTERCAMBIALIDADE

Aplicam-se aos produtos sujeitos a controle especial as mesmas regras de substituição dos demais
medicamentos. Portanto, há intercambialidade entre o medicamento de referência e o genérico e também entre
o medicamento de referência e o similar equivalente (Resolução RDC no 58/2014 da Anvisa). Também devem
ser observadas as as seguintes regras:

• Nas farmácias privadas: A prescrição pode ser realizada pelo nome genérico ou marca comercial.
Medicamentos similares não intercambiáveis podem ser dispensados apenas quando prescritos por sua marca
comercial, não sendo permitida a sua substituição. O farmacêutico deverá indicar a substituição efetuada na
prescrição, apor seu carimbo e nome e número de inscrição no CRF, datar e assinar. As listas de medicamentos
genéricos e de similares intercambiáveis sofrem atualizações perió CARIMBO INFORMATIVO DA QUANTIDADE
DISPENSADA Os estabelecimentos devem possuir carimbo próprio, que será utilizado para anotar no verso da
Receita de Controle Especial retida ou da Notificação de Receita a quantidade dispensada e o número do lote.
No caso de preparações magistrais, também deve ser anotado o número de registro da receita no livro de
receituário. DEVOLUÇÃO DE MEDICAMENTOS Medicamentos sujeitos a controle especial dispensados não
podem ser devolvidos ao estabelecimento, exceto nos casos previstos no Código de Defesa do Consumidor (ex:
produto com defeito).
ANTIMICROBIANOS Com a publicação da Resolução RDC nº 20/2011, os medicamentos contendo substâncias
classificadas como antimicrobianos e sujeitos a prescrição médica passaram a ser dispensados com retenção de
receita pela farmácia. Eles possuem algumas regras diferentes das aplicadas aos medicamentos sujeitos a
controle especial pela Portaria nº 344/1998. Essas diferenças são discutidas a seguir

Modelo de receita Não existe um modelo específico para o receituário de antimicrobianos. Basta que a receita
seja feita em duas vias, contendo o nome completo, idade e sexo do paciente. Caso o prescritor não informe a
idade e o sexo do paciente, esses dados podem ser preenchidos pelo farmacêutico responsável pela
dispensação. Validade da receita As receitas têm validade em todo o território nacional, mas só podem ser
atendidas em até 10 dias a partir da sua emissão. Portanto, a data de emissão corresponde ao primeiro dia de
validade da receita. Quantidades máximas Diferentemente dos medicamentos controlados pela Portaria nº
344/1998, para os antimicrobianos não há uma quantidade limite para prescrição e também não há um número
máximo de substâncias que podem ser prescritas na mesma receita. Receitas de antimicrobianos podem,
inclusive, conter qualquer outra classe de medicamentos, exceto aqueles controlados pela Portaria nº 344/1998.
Dispensação Sempre que possível o farmacêutico deve dispensar a quantidade exatamente prescrita para o
tratamento, podendo para tanto, utilizar-se de apresentação fracionável. Nos casos em que não for possível a
dispensação da quantidade exata por não haver no mercado apresentação farmacêutica com a quantidade
adequada ao tratamento, a preferência deve ser dada à dispensação de quantidade superior mais próxima ao
prescrito, para promover o tratamento completo ao paciente. No ato de dispensação, o farmacêutico deve reter
a segunda via da receita e anotar nas duas vias a data, quantidade e número do lote do medicamento
dispensado e rubricar. Ao contrário dos medicamentos controlados pela Portaria nº 344/1998, não é necessário
anotar os dados do comprador. Também não é obrigatório estabelecer um número de notificação para a receita
de antimicrobiano em 2 vias.

Aquisição de antimicrobianos em estabelecimentos diferentes Quando houver mais de um antimicrobiano na


receita, o paciente poderá optar por adquirir os medicamentos em estabelecimentos diferentes. Neste caso, o
primeiro atendimento deve ser atestado na parte da frente de ambas as vias, com a descrição dos
medicamentos que foram dispensados. O paciente poderá então procurar outro estabelecimento para adquirir
os produtos restantes, ocasião em que deverá ser feita uma cópia da primeira via para retenção. O novo
atendimento deve ser atestado também nas duas vias. Uso prolongado Em casos de uso prolongado, é possível a
aquisição de antimicrobianos dentro de até 90 dias da emissão da receita. Para isso, ela deverá conter a
indicação “uso prolongado” e a quantidade que será utilizada para ao menos 30 dias. A aquisição poderá ser
feita de forma parcelada para cada 30 dias de tratamento (três atendimentos) ou para todo o período
(atendimento único para até 90 dias). A aquisição mensal poderá ser feita em um mesmo estabelecimento ou
em locais diferentes. No primeiro caso, o farmacêutico deve reter a segunda via no primeiro atendimento e
atestar cada dispensação mensal na parte da frente de ambas as vias. No segundo caso, o farmacêutico deve
conferir se a prescrição é para tratamento prolongado e se já houve uma venda anterior. Ele deve então fazer
uma cópia da via do paciente e atestar o novo atendimento na parte da frente de ambas as vias.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Medicamentos controlados: perguntas frequentes. Disponível


em: . Acesso em 20 nov. 12. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Nota técnica sobre a RDC no
20/2011. Disponível em: . Acesso em 12 fev. 15. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Nota técnica nº
003/2013 - Versão 2.0 SNGPC. Disponível em: . Acesso em 12 fev. 15. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA
SANITÁRIA. Projeto SNGPC para Farmácias e Drogarias. Guia para geração do padrão de transmissão SNGPC.
Versão 2.2. Disponível em: . Acesso em 12 fev. 15. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução
RDC no 16, de 2 de março de 2007. Aprova o regulamento técnico para medicamentos genéricos, Anexo I.
Acompanha esse regulamento o Anexo II, intitulado “Folha de rosto do processo de registro e pós-registro de
medicamentos genéricos”. Diário Oficial da União, Brasília, 5 mar. 07. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Resolução RDC no 17, de 2 de março de 2007. Dispõe sobre o registro de Medicamento Similar e dá
outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 5 mar. 07. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC no 18 de 13 de maio de 2015. Dispõe sobre a atualização do Anexo I, Listas de Substâncias
Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial, da Portaria SVS/MS no 344, de 12 de
maio de 1998 e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 14 mai. 15. BRASIL. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Resolução RDC no 20, de 5 de maio de 2011. Dispõe sobre o controle de medicamentos à
base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. Diário
Oficial da União, Brasília, 9 mai. 11. R
TREINAMENTO APLICADO EM:
ASSINATURAS

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