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Comunicação na Enfermagem

Seminário
Temas à serem Abordados
• Comunicação na Enfermagem
• Comunicação Verbal
• Comunicação Não Verbal
• Comunicação Terapêutica
Objetivo
• Relacionamento Terapêutica Este portfólio tem como objetivo explanar
de forma clara a dinâmica das comunicações
• Relacionamento Intrapessoal de enfermagem no dia a dia do profissional.

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Comunicação na Enfermagem - Definição
Comunicação é uma palavra derivada do termo latino "communicare", que significa "partilhar, participar
algo, tornar comum". A comunicação é um processo que envolve a troca de informações entre dois ou mais
interlocutores por meio de signos e regras semióticas mutuamente entendíveis. Trata-se de um processo social
primário, que permite criar e interpretar mensagens que provocam uma resposta.

No dia a dia Na Enfermagem


• A comunicação é importante para o crescimento • O ato de comunicação é fundamental para o
humano, faz parte de experiências anteriores e desenvolvimento do trabalho dos enfermeiros
também daquelas adquiridas no dia a dia. Homens junto à equipe e a pacientes atendidos nas
e mulheres são seres de relações e esta instituições e para a transmissão de uma
compreensão incentiva a busca de maiores informação universal, além de exercer influência
entendimentos sobre conceitos, princípios e direta sobre os indivíduos.
habilidades a serem adquiridas no processo
• Na enfermagem contemporânea, a comunicação é
comunicativo
um processo de compreensão, compartilhamento
de mensagens enviadas e recebidas, sendo que as
próprias mensagens e o modo em que se dá seu
intercâmbio exercem influência no comportamento
das pessoas nela envolvidas, a curto, médio ou
longo prazo.
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Tipos de Comunicação
Neste processo, ocorre a emissão, recepção e compreensão das mensagens, que podem ser verbais
(linguagem escrita e falada) e n₢ão-verbais (gestos e símbolos gráficos).₢

Verbal Não Verbal


• A comunicação verbal é realizada através de • A comunicação não-verbal tem por finalidades
palavras expressas tanto através da linguagem básicas: complementar o verbal, substituí-lo,
escrita como da falada, devendo ser clara, a fim de contradizê-lo ou demonstrar sentimentos. Neste
que o outro compreenda a mensagem transmitida. sentido, entende-se a importância de o profissional
Para que esta clareza seja atingida, o enfermeiro atentar para os sinais não-verbais, e tentar
deve utilizar técnicas de comunicação, como: entendê-los, já que estes complementam o que é
verbalizar interesse ao que está sendo proferido expresso verbalmente, oferecendo subsídios para
pelo paciente, permanecer em silêncio quando ele que o enfermeiro compreenda melhor o outro.
se expressa, não interromper os enunciados
frasais produzidos pelo paciente, ouvir
reflexivamente, bem como clarificar e validar as
mensagens que recebe.

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Elementos
A comunicação é fundamental para a nossa existência. Ela pode ocorrer de diversas formas:

Desenhos Estudos sobre comunicação apontam que apenas 7%


dos pensamentos são transmitidos por palavras;
38% por sinais paralinguísticos, tais como entonação
de voz, velocidade com que as palavras são
Escritas e Faladas
enunciadas; e 55% pelos sinais do corpo (fisionomia
tensa, olhar triste, dor etc), ou seja, o corpo fala.

Gestos e Olhares

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Barreiras na Comunicação
Na área de saúde, é fundamental saber lidar com gente. A todo momento, pelos corredores dos hospitais, nos ambulatórios,
salas de emergência e leitos de pacientes, surgem conflitos originados de uma atitude não compreendida ou mesmo de uma
reação inesperada. E isso acontece, porque temos como base em nosso trabalho as relações humanas, sejam elas com o
paciente ou com a equipe multidisciplinar. Portanto não pode-se pensar na ação profissional sem levar em conta a
importância do processo comunicativo nela inserida

Linguísticas Psicológicas
• Trata-se da dificuldade de entendimento de muitas • Elas são as mais difíceis de manejar, pois as
populações a respeito de termos técnicos e influências psicológicas se dão por diversos
palavras não comumente utilizados no seu âmbito fatores. Na verdade, pode-se dizer que essas
sociocultural. influências estão presentes em todas as outras
barreiras, pois a codificação e a decodificação de
uma mensagem estão inteiramente ligadas aos
Ambientais aspectos emocionais, os quais, por sua vez, se
ligam diretamente ao estado psicológico de um
• Essas barreiras podem ser entendidas como os ruídos do ambiente da
saúde. Em ambientes hospitalares fechados, como um centro cirúrgico e
indivíduo. Para tentar melhorar tal situação, deve-
unidades de terapia intensiva, é possível perceber a presença mais marcante se acolher, de forma integral, o cliente e sua
de ruídos ambientais provenientes dos aparelhos de monitorização
constante. Esses utensílios emitem um ruído contínuo que influencia
família. Afinal, nada é melhor do que a empatia
verdadeiramente na comunicação, tornando-se, também, um grande somada à humanização para atenuar barreiras
influenciador para a solidificação de tais barreiras psicológicas.
psicológicas.

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Comunicação Verbal

Definição
• A comunicação verbal é realizada através de palavras • Na comunicação verbal, a mensagem transmitida é
expressas tanto através da linguagem escrita como feita por intermédio da fala ou da forma escrita,
da falada, devendo ser clara, a fim de que o outro existindo, portanto, a presença gramatical. Esse tipo
compreenda a mensagem transmitida. Para que esta de comunicação pode ocorrer de duas formas:
clareza seja atingida, o enfermeiro deve utilizar
• Ativa: Está vinculada ao emissor, ou seja, àquele para
técnicas de comunicação, como: verbalizar interesse
o qual se envia uma mensagem.
ao que está sendo proferido pelo paciente,
permanecer em silêncio quando ele se expressa, não • Passiva: Identifica-se o receptor, ou seja, aquele que
interromper os enunciados frasais produzidos pelo recebe a mensagem, e se encontra uma forma de
paciente, ouvir reflexivamente, bem como clarificar e identificação dela (que se dá pela escuta das palavras
validar as mensagens que recebe. ou pela leitura de uma mensagem escrita).

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Comunicação Não Verbal
A comunicação não verbal é aquela que ocorre na interação pessoa-pessoa, exceto as palavras por elas
mesmas. Também pode ser definida como toda informação obtida por meio de gestos, posturas, expressões
faciais, orientações do corpo, singularidades somáticas, naturais ou artificiais, organização dos objetos no
espaço e até pela relação de distância mantida entre os indivíduos.

• O uso da comunicação com o objetivo de criar vínculos


exige que os elementos da linguagem não verbal se
tornem mais evidentes, cadenciando toda uma fala ou
escrita. E ocorre por meio de:
1. Expressões faciais
2. Posturas corpóreas
3. Gestos
4. Sinais
5. Códigos
6. Contato visual

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Classificação Não Verbal
Na área de saúde, é fundamental saber lidar com gente. A todo momento, pelos corredores dos hospitais, nos ambulatórios,
salas de emergência e leitos de pacientes, surgem conflitos originados de uma atitude não compreendida ou mesmo de uma
reação inesperada. E isso acontece, porque temos como base em nosso trabalho as relações humanas, sejam elas com o
paciente ou com a equipe multidisciplinar. Portanto não pode-se pensar na ação profissional sem levar em conta a
importância do processo comunicativo nela inserida

Paralinguagem
• É qualquer som produzido pelo aparelho fonador • A linguagem dos bebês é, em essência,
que não faça parte do sistema sonoro, os sinais uma paralinguagem. Todavia, as pessoas com um
paralinguísticos demonstram sentimentos, maior filtro de identificação dos sons emitidos
características da personalidade, atitudes, formas conseguem diferenciar o choro e entender a
de relacionamento interpessoal e autoconceito da mensagem que eles estão passando.
língua usada. Temos, como exemplo, diferentes
modos de dizer a palavra "não". Esses sinais são
fornecidos pelo ritmo da voz, intensidade,
entonação, grunhidos ("ah", "cr", "uh"), ruídos vocais
de hesitação, tosses provocadas por tensão,
suspiro etc...

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• Emblemáticos
São os gestos vinculados aos fatores socioculturais, assim como ocorre
Classificação Não Verbal com a linguagem verbal. Seus suportes são as várias partes do corpo.A
ênfase se dá no uso de: Mãos, braços, movimentos dos músculos faciais
da cabeça e interação expressiva.
• Ilustradores
Esses tipos de gestos contêm uma forma de ilustrar algo. Tamanhos de
objetos ou até mesmo intencionalidades de ações.
• Reguladores
São os gestos que regulam a comunicação entre duas ou mais pessoas.
Cinésica Ex.: Um movimento com a cabeça de positivo ou negativo.
• É a linguagem do corpo, ou seja, os seus movimentos, • Manifestações afetivas
desde os gestos manuais, movimentos dos membros, Na maior parte das vezes, elas são percebidas como um grupo de
meneios de cabeça, até as expressões mais sutis, manifestações corporais que expressa emoções e afetividade. Suas
como as faciais. Sabe-se que quanto mais encoberto formas de expressão são dependentes de aspectos culturais. Em suma,
as manifestações afetivas são facilmente identificadas por outras
for um sinal, um leve tremor nas mãos, por exemplo pessoas.
mais difícil é ter consciência dele.
• Adaptadores
• Ela revela, inclusive, a personalidade de uma pessoa,
pois a postura com que se senta em uma cadeira Movimentos corporais muitas vezes involuntários, os gestos
adaptadores têm relação direta com as emoções vividas no
demonstra a relação social dela e sua personalidade, momento. Exemplo: Estados de tensão facilmente percebidos
o que difere muitas vezes das posturas adotadas em quando se deparam com pacientes que realizaram algum
festas e reuniões familiares. exame e estão no aguardo do resultado. Pode-se perceber
• Por isso, deve-se ter muito cuidado com as também uma dificuldade de ficar em uma posição ou até
mesmo pelo fato de balançar as pernas enquanto está sentado.
gesticulações, já que elas podem configurar gestos.
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• Duração
Curto, longo.
Classificação Não Verbal • Localização
Certas áreas são mais sensíveis, outras menos. Algumas regiões são mais
protegidas do que outras (áreas próximas do coração e os genitais). É
importante destacar o quanto o ato de colocar u m simples termómetro
na axila pode ser invasivo, pois nos aproximamos do coração da pessoa e
de uma região identificada como sendo "ela".
• Ação
É a velocidade com que nos aproximamos do outro quando vamos tocá-
Tacêsica lo. Com rapidez, é mais fácil provocar uma reação de defesa, pois o
toque é sempre uma intrusão no espaço pessoal do outro. Isso nos faz
• Ela se manifesta ao se tocar o paciente. Essa forma de pensar na reação que podemos provocar ao executar rapidamente os
cuidar está muito presente na prática da procedimentos técnicos.
enfermagem, pois o toque faz parte do cuidado por • Intensidade
conta não apenas dos procedimentos, mas também
Refere-se à pressão que exercemos ao tocar e varia de acordo com a
da acolhida. O contato físico em si não é um sensibilidade do local. Ao fazermos a limpeza da genitália do paciente, é
acontecimento emocional, mas seus elementos necessário u m toque firme, porém muit a pressão tornará esse toque
sensoriais provocam alterações neurais, glandulares, doloroso. O toque na boca, que é u m lugar sensível e sensual, precisa ser
musculares e mentais, as quais chamamos emoções. firme, mas não pode ser bruto.
Por isso, muitas vezes, o tato não é "sentido" como • Frequência
uma sensação, e sim, efetivamente, como emoção. é a quantidade de vezes que se toca, e lembre-se: até podemos
Itens de análise do toque aceitar um toque mais duro se ele não for frequente.
• Resposta
É possível identificar a resposta referente ao toque de acordo com os graus de
conforto ou desconforto gerados.
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Classificação Não Verbal

Pesquisa
• Há também dados mostrando que pacientes
• Ashley Montagu (antropólogo e humanista inglês
gravemente enfermos apresentam expressões
que popularizou relações entre raça, o gênero
faciais positivas quando tocados de forma mais
humano e a sua relação à política e ao
afetiva, e não só para a realização dos
desenvolvimento), cita um estudo em que o toque
procedimentos.
e a proximidade física aparecem como as
maneiras mais importantes de se comunicar com
o paciente e de demonstrar afeto, envolvimento,
segurança e sua valorização como ser humano.
• Assim como com pacientes graves, internados em
UTI , indicam que o toque de familiares,
enfermeiros e médicos altera o ritmo cardíaco,
chegando a diminuir quando os enfermeiros
seguram as suas mãos.

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Classificação Não Verbal –Tipos de Toques
No entanto, devemos ressaltar os tipos de toque existentes dentro da tacêsica, pois todo toque é um tipo de invasão.
Trata-se, aliás, da invasão do espaço mais pessoal e íntimo de uma pessoa: o seu corpo. O toque pode ser classificado
de três formas:

Toque Instrumental Toque Terapêutico


• Constitui o contato físico deliberado necessário para o • Esse termo passou a ser usado para designar a
desempenho de uma tarefa específica. Por exemplo: imposição das mãos. É uma técnica terapêutica aplicada
verificar a temperatura, fazer u m curativo, injetar uma há muito tempo e suas bases conceituais estão,
medicação. atualmente, no paradigma holístico, segundo o qual o
homem se constitui em u m campo de energia.
• Entre os estudos por ela relatados, verifica-se, após o uso
do toque terapêutico: alívio da dor, diminuição da
Toque Afetivo ansiedade, alteração no nível de hemoglobina do
paciente e aceleração do processo de cicatrização.
• Contato relativamente espontâneo e afetivo, não
necessariamente relacionado auma tarefa específica e
com a finalidade de demonstrar carinho, empatia, apoio,
segurança e proximidade em relação ao paciente.

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Espaço Pessoal
Classificação Não Verbal • O espaço pessoal é aquela zona de segurança de uma
pessoa: seria a chamada “bolha pessoal” que cada um
de nós possui, um espaço que chamamos de íntimo.
Em uma unidade de saúde, o paciente acaba
aflorando intensamente seu espaço pessoal, pois ele
não consegue mais impedir ― pelo menos em sua
totalidade ― o trânsito de pessoas nesse espaço.
Proxêmica Todavia, quando se sente invadido na ótica do espaço
pessoal, ele tende a realizar ações de defesa desse
• Esta comunicação estuda o significado social do ambiente. Exemplo: Desviar o olhar, fingir estar
espaço no campo interacional, sendo determinada a dormindo ou, deitado no leito, cobrir a cabeça com
partir das distâncias e proximidades que as pessoas um lençol, como uma espécie de demonstração de
mantêm umas em relação às outras. É uma forma de que não está à vontade com a presença dessa pessoa
comunicação capaz de produzir reações ou mudanças em seu espaço pessoal.
nos comportamentos, influenciada sobretudo pela • A invasão do espaço pessoal
visão, audição, olfato e tato; radares sensíveis e de alguém provoca reações
perceptíveis ao modo pelo qual as pessoas se como afastamento, mudança
colocam e movem umas em relação às outras, e como na orientação do corpo,
gerenciam e ocupam o espaço. interposição de barreiras com
• Podemos definir dois tipos de espaços: braços e pernas, mudança s
corporais.

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Fatores
Classificação Não Verbal Existem três maneiras de invadir o território ou o
espaço pessoal das pessoas:
• 1. Violaçã: é a invasão com o olhar; no ambiente
hospitalar, isso ocorre com muita frequência. Uma
pessoa está fazendo u m curativo na região mamária
da paciente, por exemplo, chega outra e fica olhando,
sem explicar para a paciente o que está fazendo lá.
Territoriedade
• 2. Invasão: refere-se à invasão do território
• É a área que o indivíduo reivindica como sua, propriamente dito. Por exemplo: quando sentamos
defendendo-a de outros membros da própria espécie. na cama do paciente, sem permissão, ou chegamos
Por exemplo, na situação de internação hospitalar, é com a bandeja de medicação e empurramos todas as
o local onde o paciente coloca suas coisas e o suas coisas da mesa de cabeceira.
profissional de saúde e deve pedir licença para mexer.
E importante destacar que essa área não é fixa: onde • 3. Contaminação: é a invasão com "coisas" nossas.
quer que estejamos, delimitamos um território. São Por exemplo: esquecer o termómetro na axila do
quatro as funções básicas do território: segurança, paciente; deixá-lo com algum material que ele mal
privacidade, autonomia e identidade pessoal. conhece e não se atreverá a mexer, por não saber se
tem esse direito.

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Comunicação Terapêutica
É natural e intrínseco da natureza humana o ato de se comunicar. A linguagem constrói códigos e
possibilidades de compartilhamento de ideias, pensamentos e emoções entre os indivíduos e suas
formatações cognitivas, culturais, psíquicas e afetivas. O que parece ser tão natural, na verdade envolve
um refinado e complexo processo de vivências e aprendizagens, que na área da saúde assume proporções
imprescindíveis na relação entre profissional da saúde e paciente, por definir em grande parte o cuidado
humanizado.

Na prática
• A enfermagem é uma prática profissional de
assistência ao ser humano pela prevenção,
promoção, proteção e recuperação da saúde,
em que a comunicação com o paciente,
familiares e equipes profissionais é
fundamental. Para facilitar este processo, vamos
estudar três estratégias.

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Comunicação Terapêutica - Estratégias

Grupo de Expressão
• Permanecer em silêncio: conseguir ouvir o outro. Uma escuta ativa e
qualificada presume demonstrar interesse pelo paciente, por suas
preocupações ou as de seus familiares, não interferir ou julgar, controlar
nossos sentimentos e evitar preconceitos.
• Verbalizar aceitação: sinaliza a indicação de estar prestando atenção.
Exemplo: “Eu entendo”, “posso imaginar”.
• Repetir as últimas palavras ditas pelo paciente para checar se estamos
realmente entendendo o que ele quer expressar
• Ouvir reflexivamente: mostrar interesse em saber mais sobre o que está
sendo contado. Exemplo: “E aí? ”, “e depois? ”
• Verbalizar interesse: usar expressões para demonstrar atenção,
tomando cuidado para que a escuta seja empática, ou seja, que
considere o contexto, os sentimentos e a situação do paciente e
familiares. Exemplo: “Que interessante”, “que bom que está se sentindo
melhor”.
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Comunicação Terapêutica - Estratégias

Grupo de Clarificação
• Estimular comparações que possam explicar melhor o que o paciente
está sentindo. Exemplo: “Como se fosse...”
• Devolver as perguntas feitas: ajuda a desenvolver um raciocínio sobre o
assunto. Exemplo: “Em sua opinião...”, “o que você acha? ”
• Solicitar esclarecimentos de termos incomuns e sempre tirar dúvidas:
questionar sem constrangimentos.

Grupo de Validação
• Repetir a mensagem dita: obter feedback se o entendimento está
adequado.
• Pedir para a pessoa repetir o que foi dito.

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Comunicação Terapêutica - Estratégias

Clarificação - Estratégia de Stefanelli, 1993.


• ESTIMULAR COMPARAÇÕES • DEVOLVER A PERGUNTA FEITA
Durante a comunicação enfermeira-paciente, o paciente pode Ao devolver ao paciente a pergunta feita por ele, o enfermeiro
utilizar termos comuns ao seu linguajar de difícil compreensão, tenta mostrar-lhe que o ponto de vista dele é o mais importante
que dão margem a várias interpretações. Quando isso acontece é (STEFANELLI, 1993).
necessário que o enfermeiro peça para esclarecer qual a
significação, para ele do termo ou frase usada (STEFANELLI, • FAZER PERGUNTAS
1993). As perguntas são partes importantes no levantamento de dados.
Para obtermos as respostas que precisamos devemos perguntar
• SOLICITAR QUE ESCLAREÇA TERMOS COMUNS de maneira apropriada, determinando exatamente o que
Essa técnica ajuda o paciente a descobrir semelhanças e desejamos descobrir (KRON & GRAY, 1994).
diferenças entre as experiências vividas por ele (STEFANELLI,
1993), • USAR TERAPEUTICAMENTE O SILÊNCIO

• USO TERAPÊUTICO DO HUMOR • Essa é uma das técnicas mais difíceis de serem praticadas, uma
O humor é uma habilidade vital da comunicação e um mecanismo vez que seu uso requer paciência do terapeuta. Contudo, a
que pode ajudar, pacientes e familiares, a aliviar sentimentos técnica transmite ao paciente a idéia de que o profissional está
como medo, ansiedade, raiva e depressão (BELLERT, 1989, apud atento e pronto para ouvi-lo, demonstrando respeito pela sua
STEFANELLI, 1993) intimidade, bem como, podendo demonstrar, também, que o
silencio é uma forma aceitável de conforto (STEFANELLI, 1993).

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Comunicação Terapêutica - Estratégias

Clarificação - Estratégia de Stefanelli, 1993.


• VERBALIZAR ACEITAÇÃO • OUVIR REFLEXIVAMENTE
• A aceitação é uma das necessidades humanas • Ouvir reflexivamente é uma das técnicas de
básicas, considerada pela enfermagem porque, comunicação terapêutica das mais efetivas, do que
para sentir-se seguro para falar, o paciente precisa decorre seu caráter de instrumento essencial para
sentir-se aceito (STEFANELLI, 1993). Para que esta que o enfermeiro estabeleça o relacionamento
aceitação seja genuína o enfermeiro precisa terapêutico. Kron & Gray (1994) afirmam que ouvir
perceber o paciente como pessoa, só assim, este é um dos principais meios através do qual obtemos
experimentará por meio de sentimento empático, informações, e quando deixamos de ouvir
a sensação de ser aceito. renunciamos a um dos objetivos da comunicação, o
de ficar sabendo sobre a outra pessoa para tentar
• USAR FRASES DESCRITIVAS compreendê-la.
Ao explicar as rotinas da unidade, procedimentos
de enfermagem, orientações, no desempenho da
função de educadora em saúde, o enfermeiro faz
uso de frases descritivas como técnica de
comunicação (STEFANELLI, 1993).

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Impasses na Comunicação Terapêutica
A comunicação é um processo interativo e dinâmico entre as pessoas. Por isso, pode, muitas vezes, gerar
entendimentos equivocados. Então, por mais que o enfermeiro esteja atento à comunicação no processo de cuidar, é
importante identificar alguns limitadores da comunicação terapêutica e reconhecer como podemos evitar tais
impasses.

Pressuposição da compreensão da mensagem ou


Limitação do emissor ou receptor
receptor
• Quando o enfermeiro pressupõe que o paciente entendeu o que está
• as questões físicas, emocionais ou cognitivas do emissor e, também, sendo transmitido com base nos conhecimentos e entendimento
as dificuldades de ouvir, ver, sentir ou perceber do receptor. próprios, sem se certificar que foi realmente entendido. É importante
estarmos atentos ao nível de compreensão dos pacientes.

Falta de capacidade de concentração da atenção Imposição de esquema de valores


• É importante respeitarmos a cultura do paciente, suas crenças,
• A capacidade de concentração da atenção está relacionada a valores, atitudes e os padrões de comportamento de cada um, sem
questões orgânicas, condições ambientais que dificultam a qualquer tipo de julgamento ou imposição a partir do que nós,
concentração. Por exemplo: Um ambiente com muito barulho; o enfermeiros, acreditamos.
desconhecimento de termos utilizados; uma fala muito rebuscada
com termos técnicos que o receptor não consegue entender e, por
isso, não prende atenção ao que se fala.
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Impasses na Comunicação Terapêutica
A comunicação é um processo interativo e dinâmico entre as pessoas. Por isso, pode, muitas vezes, gerar
entendimentos equivocados. Então, por mais que o enfermeiro esteja atento à comunicação no processo de cuidar, é
importante identificar alguns limitadores da comunicação terapêutica e reconhecer como podemos evitar tais
impasses.

Influência de mecanismos inconscientes


Ausência de linguajar comum
• Às vezes podemos negar, afirmar ou distorcer algo em situações
• Utilizar uma linguagem não comum a todos os envolvidos no perturbadoras, constrangedoras, assumindo uma postura
processo de comunicação pode alterar o significado do que está negativista, mesmo que inconscientemente, e isso pode influenciar o
sendo transmitido e, com isso, prejudicar a comunicação. É processo de comunicação. A comunicação não terapêutica não
importante nos certificarmos de que a comunicação está sendo significa apenas não utilizarmos as estratégias da comunicação
efetiva. terapêutica. Não há padronização para esse processo, pois não foi
elaborado conscientemente para esse fim. Trata-se de situações nas
quais a comunicação humana ocorre de maneira errônea e, por isso,
acarretam prejuízos e impasses para os envolvidos no processo. A
Não saber ouvir seguir, apresentaremos algumas atitudes não terapêuticas que são
• O enfermeiro que está sob influência de sobrecarga de trabalho, barreiras para a efetivação da comunicação terapêutica.
alterações emocionais e de saúde, problemas pessoais ou no próprio •
trabalho pode não estar disponível para a escuta. Mesmo que não
perceba esse fato, isso pode influenciar seu diálogo com o paciente,
assim como o tempo disponibilizado para o ato de ouvir.

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Impasses na Comunicação Terapêutica
A comunicação é um processo interativo e dinâmico entre as pessoas. Por isso, pode, muitas vezes, gerar
entendimentos equivocados. Então, por mais que o enfermeiro esteja atento à comunicação no processo de cuidar, é
importante identificar alguns limitadores da comunicação terapêutica e reconhecer como podemos evitar tais
impasses.

Dar conselhos Falsa tranquilização


• Por vezes, no intuito de deixar o paciente mais calmo e tranquilo, o
• Dizer ao paciente o que fazer ou como se comportar, principalmente enfermeiro utiliza algumas frases prontas, como: “vai ficar tudo
se for por questões pessoais que não dizem respeito aos aspectos bem”, “essa cirurgia será um sucesso, é muito rápida”, “logo, logo
clínicos de cuidado, pode dar a entender que o enfermeiro é o você terá alta”. Essa estratégia não é adequada, pois não temos
detentor do saber e que o paciente não tem capacidade para tomar como prever o que irá acontecer. O mais importante é ser realista
decisões. com a situação apresentada e ter cuidado com o que vamos dizer,
• para que o paciente não fique ainda mais assustado ou preocupado.

Usar jargões técnicos ou linguagem científica


• Ao usarmos termos técnicos ou científicos precisamos nos certificar
de que o paciente compreendeu a mensagem; logo, quando for
necessário o uso desses termos, precisamos sempre esclarecer seus
significados para que tenhamos um processo de comunicação eficaz.

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Impasses na Comunicação Terapêutica
A comunicação é um processo interativo e dinâmico entre as pessoas. Por isso, pode, muitas vezes, gerar
entendimentos equivocados. Então, por mais que o enfermeiro esteja atento à comunicação no processo de cuidar, é
importante identificar alguns limitadores da comunicação terapêutica e reconhecer como podemos evitar tais
impasses.

Julgar um comportamento Manter-se na defensiva


• É da natureza do ser humano defender-se ao ser criticado; no
• Precisamos sempre relembrar e respeitar a cultura, as crenças e os entanto, é importante manter uma postura profissional de saber
valores de cada sujeito, qualquer que seja a situação. Caso isso não ouvir críticas e fazer uma autoavaliação, antes de reagir.
aconteça, podemos criar uma barreira na comunicação, causando Especificamente na comunicação entre enfermeiro e paciente, na
omissões ou mentiras sobre situações vividas por pacientes, por não qual pode parece existir certa relação hierárquica em termos de
se sentirem acolhidos em suas características. conhecimento, as críticas quanto à maneira de agir do enfermeiro
podem levá-lo a se manter na defensiva. Para amenizar essa
tendência, o enfermeiro precisa iniciar um diálogo esclarecedor que
Pôr o paciente à prova justifique sua conduta, e, até mesmo, aceitar a crítica, colocando-se
mais próximo do paciente.
• Nem sempre o paciente fala a verdade. Nesses casos, é comum que o
enfermeiro conteste seu depoimento e exponha as afirmações
contraditórias com conotação de reprovação. Essa conduta cria uma
distância entre os dois e o enfermeiro perde a oportunidade de
explorar as dificuldades do paciente quanto à adesão às condutas
adequadas ao tratamento e de esclarecer suas dúvidas.
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Impasses na Comunicação Terapêutica
A comunicação é um processo interativo e dinâmico entre as pessoas. Por isso, pode, muitas vezes, gerar
entendimentos equivocados. Então, por mais que o enfermeiro esteja atento à comunicação no processo de cuidar, é
importante identificar alguns limitadores da comunicação terapêutica e reconhecer como podemos evitar tais
impasses.

Mudar de assunto subitamente


Induzir respostas
• Na comunicação entre enfermeiro e paciente, são frequentes
• Determinadas perguntas já vêm com respostas subentendidas e isso situações nas quais o profissional muda de assunto subitamente. Essa
pode fazer com que o paciente responda conforme o esperado ou atitude ocorre em virtude de estímulos externos,
com o que queremos ouvir. É importante fazermos perguntas desconhecimento/despreparo ou tabu sobre o tema que está sendo
abertas, para que a resposta seja ampla. Note a diferença entre as explorado.
duas perguntas: “O senhor está bem? ” Podemos a partir dessa
pergunta levar que o paciente nos responda apenas que está bem ou
não. Note nesta segunda pergunta que abriremos mais possibilidades
do paciente poder falar; “Me explica como foi a sua noite? ” Parece Comunicar-se uniderecionalmente
obvio, mas as perguntas abertas propiciam que o paciente possa se
comunicar mais, expressar seus sentimentos seus pensamentos o • A comunicação unidirecional ocorre quando o enfermeiro toma para
que possibilita uma melhor assistência de enfermagem.
si o direito de falar e nega ao cliente a oportunidade de manifestar
seus pensamentos e sentimentos, muitas vezes, com a ideia
equivocada de controle da comunicação.

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Relacionamento Terapêutico
Constitui-se em uma tecnologia de cuidado de enfermagem que permite o entendimento das experiências de vida do
paciente, o estímulo à sua participação na tomada das decisões terapêuticas e o reconhecimento de paciente e
enfermeiro enquanto seres humanos dotados de saberes próprios, limitações pessoais e potencialidades.

Objetivo Componentes Atuantes

• Criar uma série de interações planejadas, com objetivos em curto,


médio e longo prazo, elaborado em conjunto com o paciente e sua • Confiança - as ações coerentes e consistentes/despreparo ou tabu
família, com foco em suas necessidades e singularidades. sobre o tema que está sendo explorado.
• Interesse genuíno – concentração no atendimento e foco no
paciente;
• Aceitação- não julgamentos para as atitudes, condutas e decisões do
outro;
• Auto percepção/ uso terapêutico do eu – compreensão dos próprios
valores, crenças, sentimentos, habilidades, dentre outras e o uso de
forma positiva.

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Relacionamento Intrapessoal
Constitui-se em uma tecnologia de cuidado de enfermagem que permite o entendimento das experiências de vida do
paciente, o estímulo à sua participação na tomada das decisões terapêuticas e o reconhecimento de paciente e
enfermeiro enquanto seres humanos dotados de saberes próprios, limitações pessoais e potencialidades.

Na saúde Componentes Atuantes


• O relacionamento interpessoal da enfermagem pode ser um fator
• A enfermagem é reconhecida como uma prática social caracterizada facilitador ou conturbador do ambiente laboral, de tal forma que
por atividades elaboradas por uma equipe, a qual tem duas noções cause consequências positivas ou negativas tanto nos trabalhadores
distintas: a equipe como agrupamento de agentes, caracterizada pela da saúde, quanto nos doentes. Aceitação- não julgamentos para as
fragmentação e a equipe como integração de trabalhos, atitudes, condutas e decisões do outro.
caracterizada pela articulação consoante à proposta da integralidade
das ações de saúde.
• Um conjunto de indivíduos só funciona com perfeição se seus
integrantes estiverem articulados entre si, assim denominando-os de
equipe. Dentro desse contexto, destacam-se as relações
interpessoais, que, no ambiente de trabalho, devem ser
compreendidas, a fim de aperfeiçoar o vínculo pessoal entre os
membros da equipe, estabelecendo relações éticas e de respeito.

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Relacionamento Intrapessoal –Janela de Johari
A Janela de Johari foi desenvolvida em 1955 por Joseph Luft e Harrington Ingham. Não é a toa que o nome da ferramenta se chama Johari, a junção das
sílabas iniciais “Jo + Hari” dos nomes dos pesquisadores. O objetivo da Janela de Johari é ajudar a compreender melhor a comunicação entre
relacionamentos interpessoais. A ferramenta pode ser aplicada entre duas pessoas, entre uma pessoa e um grupo, ou entre dois grupos.A Janela de
Johari é excepcional para analisar tanto relacionamentos pessoais quanto profissionais. No meio empresarial, pode ser aplicada para analisar o
relacionamento entre os times de trabalho, o que permite melhorar práticas de comunicação e resultados corporativos.

• Eu oculto (3º Quadrante)


• A “zona oculta” reúne todo o conhecimento que é detido apenas
Funcionabilidade pela parte analisada. Ou seja, informações que não são comunicadas
para o(s) outro(s). Quanto mais informações da Janela de Johari
• Eu aberto (1º Quadrante) estão concentradas neste quadrante, mais fechada é a comunicação
e relação entre as partes.
• Também chamada de “zona aberta”, essa área reúne todo o
conhecimento listado pelo(s) outro(s) e que é conhecido pela parte • Importante! Assim como no quadrante “Eu Cego”, deve-se refletir
analisada. Ou seja, quanto mais informações estão na zona aberta, mais sobre cada informação listada neste quadrante.
aberta é a comunicação entre as partes e mais autêntica é a relação.
• Eu Desconhecido (4º Quadrante)
• Eu cego (2º Quadrante)
• A “zona desconhecida” é uma representação de todas as
• No quadrante “Eu cego”, concentra-se todo o conhecimento detido características que existem (ou virão a existir) na pessoa ou grupo
apenas pelos outros. Ou seja, características da qual a parte analisada analisado, mas que ainda não são conhecidas. Essa área permanece
não tinha conhecimento de que comunicava. Quanto mais vazia, apenas como representação de que novas informações podem
características estão neste quadrante, menor é o grau de surgir em uma análise futura.
autoconhecimento da pessoa ou grupo analisado Importante! Para
todo o conhecimento listado nesse quadrante, deve-se refletir sobre a
coerência das informações. “Eu me aproprio dessas informações ou
desconsidero?”
• “
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Componentes do Grupo

Turma 3001
• Alice Vergasta de Jesus Pimenta
• Caio Lessa Bomfim
• Cleber
• Ingrid Sousa
• Julio Cesar Moura
• Rebeca Aquino Sampaio
• Sarah Sousa de Jesus

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