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Conceitos de Oratória e Retórica
Sumário
Fundamentos da Qualidade e Produtividade 3
A Questão da Qualidade 3
Conceitos de Clientes 8
Processos e Controles 9
Qualidade Total 11
Características do Serviço 21
Componentes do Serviço 23
Referências Bibliográficas 31
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forma, também passará mensagens disso- deu exatamente o que eu lhe disse?” e ainda
nantes a todas as outras pessoas que pre- “Certo, então vamos rever o que entendeu”.
tende comunicar.
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1. Proximidade excessiva do interlocutor, deixan- 7. Atenção corporal não genuína, quando deve-
do-o desconfortável: geralmente mantemos ria mostrar uma postura de escuta atenta. Por
uma distância ao redor de um metro quando exemplo: cantarolar e fazer ruído de voz ou
falamos com as pessoas, espaço que é menor fala durante uma conversa ou apresentação;
quando somos íntimos do outro; forçar uma não desviar o texto de uma leitura enquanto
distância maior pode inibir o outro, colocando- alguém lhe dirige a palavra, mesmo que diga
-o em uma situação constrangedora. que você ouve com os ouvidos e não com os
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olhos; falar com o garçom mantendo o olhar gregas, onde se fazia mercado e se reuniam
no cardápio, com a cabeça baixa e não se di- as assembleias do povo para discutir ques-
rigindo ao interlocutor; afastar o corpo para tões relativas aos interesses da cidade.
trás ou virar o rosto enquanto se fala.
Os primeiros dados históricos concernen- Por volta de 466 a.C. a democracia, forma
tes à oratória têm sua origem na Grécia, de governo em que os próprios cidadãos se
nas cidades-estado. A cidade de Atenas foi pronunciavam sobre seus destinos e o destino
o maior centro de estudos de oratória, tan- da nação, foi instaurada na Grécia. Para Halli-
to em retórica quanto em eloquência. Desde day (1990), muitas pessoas, que na época
essa época, por volta de cinco séculos antes da tirania haviam sido exiladas, começaram
de Cristo, os homens se reuniam para ou- a retornar à sua terra natal. Como ainda não
vir discursos veementes em local apropriado, existiam documentos escritos que comprova-
na “ágora”, praça central das antigas cidades vam a posse de suas antigas propriedades, o
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filósofo, considerado como o maior da anti- ótica do ouvinte. Já o terceiro e último livro
guidade, mas também metafísico, moralista contém dezenove capítulos e é destinado à
e político, discorrendo sobre quase todas as compreensão da mensagem. Refere-se ao
matérias que, em sua época, eram objeto estilo e à disposição das partes do discurso.
de meditação dos grandes pensadores. Foi o
primeiro a deixar o legado escrito a respeito
da oratória e da retórica, apesar dos esfor-
ços de alguns teóricos anteriores em estudar
o discurso e suas partes. Aristóteles buscou
embasamento filosófico nos ensinamentos
de Platão, discípulo de Sócrates, e um dos
maiores filósofos gregos, que ensinavam
oralmente seus seguidores.
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ter a capacidade de despertar compaixão, postula que a estrutura vocal básica, pura-
simpatia ou até medo, dependendo do objeti- mente individual e natural, constitui algo que
vo do orador. não pode ser desfeito, mas que deve ser re-
velado nas estruturas sociais e individuais.
Logos é última e terceira base de elemen- Segundo o autor, a comunicação é o verda-
tos e se refere à lógica do discurso. São os deiro objeto do discurso e ela só se efetua
argumentos que o orador deve escolher e de maneira eficiente quando as percepções
sequenciar para que seu discurso seja trans- auditivas de quem ouve são vertidas para
mitido e faça sentido para quem ouve. Para uma série apropriada de imagens, de pensa-
Aristóteles, essa é a parte mais importante do mentos, ou dos dois combinados.
discurso, mas precisa estar conectada às de-
mais, porque sozinha não tem valor algum.
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São muitos os profissionais que utilizam a Além desses fatores, existem os que são
voz como instrumento de trabalho. Podemos inerentes ao próprio sujeito e que são, por
citar como exemplos os cantores, atores, sua vez, também considerados como inimi-
professores, jornalistas, radialistas, advoga- gos da voz. Temos como exemplos as alte-
dos, leiloeiros, entre tantos outros. rações advindas com a idade, alergias, infec-
ções de vias aéreas superiores, influências
Os professores são, da categoria dos pro- hormonais, medicações, etilismo, tabagismo
fissionais da voz falada, os que mais apresen- e falta de hidratação (Boone, 1992).
tam quadros de disfonia, ou seja, apresen-
tam alguma alteração vocal que comprometa A disfonia, além de ser causada pelo uso
a eficiência da comunicação. inadequado e abusivo da voz, também pode
ser causada por fatores psicológicos/ emo-
Muitos deles são acometidos de ansiedade cionais. No caso dos professores, tais fatores
e angústia, uma vez que devido a essas al- seriam a frustração profissional advinda da
terações, constantemente são afastados de baixa remuneração e pouco reconhecimen-
suas funções laborais e isso afeta não só a to profissional. Muitas vezes, por não sabe-
sua vida profissional, como a pessoal tam- rem lidar com esses fatores estressantes, re-
bém. correm ao uso excessivo de medicamentos
como anfetaminas e tranquilizantes.
Infelizmente, nem sempre os professores
têm, em sua formação acadêmica, orienta-
Por também serem responsáveis pela for-
ções específicas quanto à anatomia e fisiolo-
mação de cidadãos de um país, teoricamente
gia da produção da voz, bem como seu uso
os professores necessitam ser bons comuni-
adequado na esfera profissional. Isso faz que
a utilizem de maneira abusiva e os sinais e cadores. Entretanto, esses profissionais atu-
sintomas vocais só são percebidos efetiva- am sem preparação vocal e as condições de
mente por eles quando a voz falha e, desta trabalho não favorecem a saúde de sua voz e
forma, passa a não cumprir mais o seu papel acabam, por vezes, desenvolvendo uma dis-
básico de transmissão das mensagens. fonia. Como a remuneração nem sempre é
satisfatória, são poucos os recursos que têm
Quando isso acontece, ou seja, quando a pra se tratar. Desta forma, ou continuam le-
voz dá sinais de fadiga, muitas vezes já se cionando e piorando suas condições ou re-
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dado. Porém, o mesmo autor salienta que os 4.1. A expressividade e a voz do professor
gestos devem ser apenas indicados, usados
para reforçar o que o professor deseja, ao in- Expressividade refere-se à forma como
vés de usar a voz para tal. Muitos gestos aca- o falante faz uso dos seus recursos comu-
bam por tirar a atenção do aluno ao que está nicativos que podem gerar impressões aos
sendo ensinado. ouvintes, não importando se serão interpre-
tados por esses como positivos ou negativos,
inadequados ou adequados, agradáveis ou
desagradáveis, contextualizados ou fora de
contexto. Para Viola (2006), a fala expressiva
deve transmitir emoções e atitudes de toda
a natureza, tanto positiva, quanto negativa.
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cos. O aluno assume postura passiva e • Estudo de texto: é uma leitura analíti-
o papel do professor é privilegiado. ca de um texto com o objetivo de de-
senvolver no aluno sua capacidade de
compreensão, análise, síntese, crítica,
associação, dedução.
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Ainda sobre as mídias digitais, Melo (2011) ferentemente em seus textos. Atualmente,
comenta que novos recursos tecnológicos e na “nova retórica”, os termos distinguem-se
novos softwares são incorporados cada vez quanto à argumentação.
mais à prática educativa, e os alunos se en-
volvem cada vez mais com o espaço virtual,
criando redes de amigos de acordo com seus
interesses.
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lutamos truculentamente por elas como se Uma das maneiras de cativar uma sala de
fossem nascidas do nosso íntimo. aula e estabelecer empatia com os alunos é
desenvolver uma habilidade conhecida como
rapport. Um dos objetivos do rapport é bus-
car a harmonia entre as pessoas que estão
se comunicando.
Quem fala, questiona ou reivindica algo, Para Grinder; Blander (1984), o “contato”
em geral, espera uma resposta. Ainda que ou rapport/ empatia podem ser construídos
nem sempre esta possa ser dada no mes- à base de comportamentos que combinam.
mo instante da conversa, Guimarães (2012) Discordar de pessoas, falar mais depressa do
aponta para a importância de se dar um re- que os outros possam ouvir ou falar a respei-
torno, ou feedback, não apenas para aumen- to de sentimentos ou sensações quando as
tar a eficácia da comunicação, mas também pessoas estão fazendo imagens visuais não
para manter uma boa manutenção no pro- formará contato.
cesso da contínua construção das relações
interpessoais. Mas, segundo os autores, se conseguirmos
calibrar o andamento de nossa voz pela taxa
Feedback, que significa retroalimentação, da respiração do nosso interlocutor, se pis-
é fundamental, na medida em que se torna carmos na mesma velocidade que os outros
um instrumento indispensável em qualquer piscam, se balançarmos a cabeça afirmativa-
tipo de relação humana, pois ajuda a melho- mente com a mesma velocidade em que eles
rar o desempenho nas organizações; assim, balançam e se dissermos as coisas que na
aumenta e torna mais efetiva a comunicação realidade devam mesmo ser pertinentes, ou
interpessoal, seja familiar, social ou nas rela- as coisas que sentirmos que têm a ver com
ções de trabalho. a situação, estaremos formando o contato.
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