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ADMINISTRAÇÃO EM
SAÚDE BUCAL
Não se discute que num mundo competitivo, é preciso ter competência técnica, saber
desempenhar bem as funções, mas essa qualidade ganha mais destaque quando está aliada à
competência comportamental e emocional, que inclui a capacidade de manter relações
interpessoais mais produtivas. Afinal, todo indivíduo ou grupo quer transmitir suas ideias
de forma clara, gosta de ser ouvido com interesse e com respeito, quer ser aceito no
ambiente em que desempenha suas atividades e convive com pessoas.
Quando nos comunicamos e somos entendidos mostramos ao outro quem e como somos,
esse processo contribui para mostrar o lado mais autêntico de cada um. O processo
comunicativo é uma necessidade do ser humano. Através da comunicação imprimimos
nossa marca e deixamos claro nosso lugar nas relações interpessoais, na comunidade, na
vida. Comunicar-se é estar disponível ao contato social.
A EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
O termo comunicação vem do latim “comunicare” que quer dizer tornar comum e que,
portanto, pressupõe o entendimento das partes envolvidas. Sabe-se que, em primeiro lugar, o
homem fez uso dos símbolos e dos sinais, para comunicar-se. Depois, usou a fala e a
linguagem e, em seguida, a escrita e a impressão. Hoje, na era digital, nos comunicamos via
satélite e usamos a internet, então velocidade e distância não são mais obstáculos.
✓Solução alcançada de tal forma que as pessoas envolvidas continuem trabalhando juntas
tão eficientemente, pelo menos, como quando começaram a resolver seus problemas.
Podemos entender percepção como sendo o processo pelo qual o indivíduo toma conhecimento
do mundo externo. Perceber é trazer à consciência, o que acontece a nossa volta e dentro de
nós, mas muitas vezes deixamos de perceber devido ao automatismo das nossas ações e aos
preconceitos, aquilo que nos faz definir as coisas antes de realmente vê-las e senti-las.
Perceber é interpretar a realidade a partir dos próprios referenciais internos. Cada um percebe o
que é mais significante para si, de acordo com suas experiências, valores. O que é evidente para
um, poderá não ser para outro. O mesmo estímulo provoca percepções e reações diferentes nas
pessoas. O processo de percepção inclui os sentidos (audição, visão, tato, olfato e paladar)
dirigidos ao mundo externo fatos, pessoas e objetos. A auto percepção é a maneira como
acreditamos que seja nossa expressão verbal, corporal, nossa fisionomia, nosso modo de andar.
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A comunicação entre quem emite a mensagem informa (emissor) e quem recebe a informação
ou mensagem (receptor), caracteriza-se pelo ato de comungar ideias, ou seja, pelo
estabelecimento de um diálogo entre duas pessoas. É pelo diálogo que a comunicação
realmente se efetiva.
Ao ser transferida, a informação precisa ser compreendida pela pessoa que a recebe. A
informação está contida no processo da comunicação, comunicar-se então, é ter uma ponte de
compreensão entre quem comunica e quem recebe a informação, de forma que possam
compartilhar sentimentos e informações. É através dessa ponte que o indivíduo transmite suas
ideias, fatos, pensamentos, sentimentos e valores ás outras pessoas.
O processo de comunicação deixou de ser composto apenas por um emissor, uma mensagem e
um receptor. Atualmente, ele apresenta mais um ponto básico, que é o meio, o veículo ou a
mídia, que transmite a mensagem. Portanto, o processo comunicacional é composto pela:
Mensagem – que é a expressão da ideia que se quer transmitir; Fonte – que é o emissor dessa
ideia; Meio ou mídia - é o que leva a ideia, o veículo e o Receptor – que é aquele que recebe a
ideia.
Embora em tempos atuais tenhamos a nossa disposição uma maior
quantidade de canais de comunicação, a qualidade dos
relacionamentos sofre uma queda significativa.
Muitas vezes indivíduos que trabalham numa mesma sala preferem enviar um e-mail
do que ir até a mesa do colega para conversar sobre determinado assunto.
O gesto e até mesmo o silêncio são pontos, dentre outros, considerados como parte do
processo comunicacional. O gesto, a mímica e a atitude podem mudar ou valorizar a
mensagem. Exemplo: uma demora numa resposta pode passar a ideia de descaso, desatenção.
Se respondermos a um convite para um aniversário com "infelizmente não vou poder
comparecer", esta mesma mensagem carrega um significado se for transmitida logo após o
convite, e outro, se for passada na véspera do evento.
Marchiori (1999), afirma que o silêncio, além do popular "quem cala,
consente", pode também significar desprezo, esperteza. Tudo isso é parte
do processo de comunicação.
Na maioria das vezes quem cala não concorda e não consente e ainda pode sabotar alguns
processos. Alguns gestores tomam o silêncio como concordância e correm sérios riscos de
comprometer projetos e metas. É necessário ter sensibilidade e disposição para ouvir
efetivamente a equipe e oportunizar espaço para participação, o que implica em ter
competência.
Fatores como o estado físico e/ou emocional, palavras de duplo sentido, escolha
inadequada do meio, dificuldade de expressão, timidez, nível de interesse pelo que está
sendo transmitido, excesso de intermediários, presença de preconceitos, medo de expressar
opiniões, interferem diretamente no processo de comunicação. O estado psicológico da
pessoa que fala ou da que escuta é também relevante para o processo.
Nesta perspectiva quanto maior o autoconhecimento maior a possibilidade de compreender e
minimizar essas interferências. No processo de comunicação interpessoal, todos nós
transitamos no papel de emissores e receptores de informações, estar em ambos os papéis
forma a dinâmica do diálogo. Através do comportamento e das palavras podemos identificar
as pessoas, ela nos dá sinais verbais e não verbais. A comunicação e o comportamento
humano estão em três categorias básicas: passividade, agressividade e assertividade.
✓Agressividade: não leva em conta os objetivos das pessoas nem seus sentimentos, gera
amargura e frustração e, em consequência, a resistência.
A maioria das pessoas acredita que a palavra pronunciada constitui o principal aspecto da
comunicação frente a frente. É indiscutível que a comunicação oral é o meio mais eficiente de
compartilhar informações, no entanto, isto depende da habilidade do emissor em expressar-se
de forma clara e precisa e do receptor em ouvir de modo eficiente.
De acordo com pesquisas, o impacto de uma mensagem sobre o ouvinte está relacionado com:
Como já mencionamos a comunicação não verbal tem um papel importante nas relações e
nos resultados. Muitas vezes nos surpreendemos quando alguém nos diz que fomos
agressivos, por exemplo, isso ocorre porque temos uma tendência a não perceber o que
evidenciamos.
No quadro abaixo algumas informações que podem servir de referência para reflexões de
como cada um se manifesta frente às outras pessoas. A forma como você se comunica
estabelece o tipo de relação que será estabelecida com o outro, portanto você é 50%
responsável pela continuidade de uma determinada postura.
Para isto a comunicação informativa deve ser formulada e transmitida com exatidão da
mensagem para não contaminar os fatos com opiniões pessoais, ou suprimi-los, influenciando
respostas. Deve ter objetividade, clareza e simplicidade, de forma a permitir igual compreensão
da mensagem por receptores diferentes, manter o interesse dos receptores, adaptando-se às suas
necessidades e motivações, adequar a mensagem à vivência dos receptores, à sua experiência de
vida.
Consistência – Se o líder algumas vezes foge dos seus compromissos, não haverá no futuro
"reservas" de confiança para serem usadas em tempos difíceis.
Enfim, toda relação de confiança começa com compromissos que são claramente
definidos e comunicados. Confiança, também, significa a lealdade que o líder pode
encorajar através dos atos de cuidar. E, finalmente, os verdadeiros líderes vivem o que
eles falam, e se eles se apresentam como honestos e justos e então, são flagrados em
uma mentira, não tenha dúvidas, a confiança desaparece. Coerência entre discurso e
ação.
♦Empatia - A escuta ativa exige uma certa sensibilidade às pessoas com quem estamos
tentando nos comunicar, suas atitudes, emoções e sentimentos.
➢Não julgue
➢Seja oportuno, dê o feedback logo após a ação ocorrer, se não for possível, não deixe
passar muito tempo para retomar o assunto
➢Ao receber feedback, não faça comentários como: “veja lá o que você falar hem! ”,
isso inibe o outro e sinaliza que você não está pronto para ouvir.
➢Evite reações emocionais intensas, tanto ao dar quanto ao receber feedback.
✓Ao dar feedback, aprenda a ser hábil, sem conotações emocionais intensas.
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO HUMANO
O ser humano é único em sua essência. Ele tem personalidade própria, necessidades que o
motivam e o medo das mudanças repentinas. E é justamente isso que nos faz tão diferentes
um do outro e com uma visão de mundo totalmente diversificada que atrai o desejo de
desvendá-lo, de conhecê-lo.
AUTOCONCEITO
Quem não entende seus verdadeiros sentimentos estaria à mercê deles; quem os
entende, seria um melhor piloto de sua própria vida, optando conscientemente sobre
com quem se casar ou que emprego aceitar.
COMPONENTES DO AUTOCONCEITO
Indivíduos diferentes reagem à mesma situação com diferentes graus de estresse. Uma variedade
de reações ao estresse pode ser observada, inclusive ansiedade, frustração, raiva, inabilidade
para se ajustar a uma situação, dificuldade em tomar decisões e tensão. A percepção que um
indivíduo tem do estresse é um fator importante que influencia a reação.
Uma crise é uma experiência de desequilíbrio que ocorre quando uma pessoa não consegue
separar obstáculo por meio dos métodos usuais de resolução de problemas e adaptação.
Durante uma crise de autoconceito, geralmente são necessários recursos de apoio para
ajudar o indivíduo a aprender novas maneiras de reagir e enfrentar a situação.
Exemplos de comportamentos associados à alteração do autoconceito:
• Autoestima baixa
• Utiliza mecanismo de fuga (por exemplo: drogas, álcool e exercícios físicos extenuantes).
Despersonalização
Segundo Gardner, todos nascem com o potencial das várias inteligências. A partir das
relações com o ambiente, aspectos culturais, algumas são mais desenvolvidas ao passo
que deixamos de aprimorar outras.
Nos anos 90, Daniel Goleman, acrescentou mais duas inteligências às citadas por
Gardner:
Inteligência Pictográfica: habilidade que a pessoa tem de transmitir uma mensagem pelo
desenho que faz.
Na equipe existe uma transparência muito grande entre todos. Ninguém esconde o
jogo. Cada um sabe o que o outro pensa e sente sobre os assuntos do trabalho, mas
tudo de forma muito construtiva! Além disso, o nível de mútua colaboração é
ótimo, trabalha-se, realmente, em um time. Cada um pode contar com o outro que
espontânea e prazerosamente se dispõe a dar o apoio e ajuda, quando necessário.
Nesse ambiente tão bom não quer dizer que não existam conflitos, eles fazem parte do
relacionamento humano e se tornam até fator de crescimento se forem trabalhados
através do debate conduzido da maneira e na hora certas. É isto que acontece na equipe,
as lideranças não são distantes, atuam próximas e em conjunto com todos os seus
membros que participam ativamente numa rica interação entre todos, favorecendo
assim a criatividade e aumentando o comprometimento mútuo.
Sabe-se que está no caminho certo e próximo de possuir uma equipe quando:
▪. Todos passam meses sem pisar na bola (faltas desnecessárias, saídas sem motivo,
etc.).
▪Os pacientes se sentem até constrangidos por faltar a uma consulta prejudicando a rotina
da clínica e da equipe toda.
▪. Os fornecedores (dental, protéticos) sempre entregam tudo em dia sem muitas cobranças
(e observe que de certa forma eles também fazem parte do time).
▪A rotina da clínica ou consultório é mantida sob controle mesmo sem o CD por perto.
Por isso, cada indivíduo em um grupo precisa estar motivado a participar dele.
Muitos estudos vêm demonstrando que indivíduos com bom relacionamento
interpessoal são mais produtivos no âmbito do trabalho. O desempenho em
diversas áreas profissionais, cuja atuação se dá por meio de relações
interpessoais, depende de um conjunto de competências pessoais e de habilidades
de relacionamento.
Quando socialmente habilidosos, os profissionais contribuem significativamente para a
melhoria do clima organizacional bem como para a qualidade das relações com a equipe
de trabalho, com fornecedores, clientes e público em geral.
Devemos interpretar as pessoas pelo que elas são e não pelo o que
desejaríamos que fossem.
Segundo os estudos, a ocorrência das diferenças individuais seria interpretada como uma
decisiva influência ambiental sobre o desenvolvimento da personalidade humana. A
personalidade determina as maneiras do indivíduo se relacionar com o mundo com seu
temperamento, seus traços afetivos etc., portanto, desvendar a personalidade das pessoas que
nos cercam é cada vez mais importante, pois nos ajuda a entender seu comportamento, bem
como a prever as atitudes que delas podemos esperar e também nos ajuda a precavermo-nos de
certas situações embaraçosas que surgem no convívio social.
O indivíduo tem o direito de ser ele mesmo, que respeitem todo o conteúdo de suas
experiências pessoais, as suas ideologias, e as suas crenças. O indivíduo tem direito de
viver a vida de acordo com suas escolhas, razão pela qual, a personalidade tem a proteção
integral, porque é o elemento da essência que torna o ser humano único. Mas o
envolvimento de pessoas de culturas diferentes na realização de um trabalho colaborativo,
sempre será um grande desafio para liderança na busca por soluções integradoras.
Normalmente quanto mais heterogênea for a cultura de um grupo, mais difícil e mais
tempo se leva para formar uma equipe com um bom desempenho. Uma das principais
atitudes para solucionar um possível conflito que pode ocorrer por conta dessa
heterogeneidade é saber lidar com as diferenças de personalidade no ambiente de
trabalho.
As mudanças estão presentes em toda parte: na tecnologia, na ciência, no ambiente de
trabalho, nas estruturas organizacionais, nos valores e costumes sociais etc. E, as
pressões do mercado têm feito com que as empresas mudem constantemente de
estratégias promovendo ajustes nos seus processos ou mesmo acelerando seu
crescimento por meio de fusões ou aquisições para que tenham condições de competir
com suas concorrentes e se manterem viva e produtiva nesse ambiente. Mas cada
indivíduo reage diferente a todo esse processo que pode causar estresse, sentimento de
instabilidade, perda, medo do desconhecido, exigência de adaptações rápidas.
ORGANOGRAMA
Radial (solar, circular) - o seu objetivo é mostrar o macro sistema das empresas
componentes de um grande grupo empresarial.
Lambda - apresentam, apenas, grupos de órgãos que possuam características comuns.
Bandeira - apresentam grupos de órgãos que possuem uma missão específica e bem definida
na estrutura organizacional, normalmente em quatro níveis.
Dial de Wyllie - na forma de um disco separado por círculos concêntricos conforme o grau
hierárquico e, dentro de tais sessões, órgãos representados por círculos menores, cuja posição
relativa aos órgãos representados em sessões mais próximas ao centro indicam sua
subordinação hierárquica. O organograma Dial de Wyllie tem por objetivo representar
organizações de hierarquia dinâmica, com vinculações variando conforme o
desenvolvimento de novos projetos interdepartamentais.
CONFLITOS
Conflito latente: não é declarado e não há, mesmo por parte dos elementos
envolvidos, uma clara consciência de sua existência. Eventualmente não precisam
ser trabalhados;
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Conflito percebido: os elementos envolvidos percebem, racionalmente, a existência
do conflito, embora não haja ainda manifestações abertas do mesmo;
Conflitos tradicionais: pertencem à história e são aqueles que reúnem indivíduos ao redor
dos mesmos interesses, fortalecendo sua solidariedade
Os conflitos aparecem por três razões principais: pela competição entre as pessoas, por
recursos disponíveis, mas escassos; pela divergência de alvos entre as partes; e pelas tentativas
de autonomia ou libertação de uma pessoa em relação a outra.
Podem ser entendidos como fontes de conflito: direitos não atendidos ou não conquistados;
mudanças externas acompanhadas por tensões, ansiedades e medo; luta pelo poder;
necessidade de status; desejo de êxito econômico; exploração de terceiros (manipulação);
necessidades individuais não atendidas; expectativas não atendidas; carências de informação,
tempo e tecnologia; escassez de recursos; marcadas diferenças culturais e individuais;
divergência de metas; tentativa de autonomia; emoções não expressas/inadequadas;
obrigatoriedade de consenso; meio-a obrigatoriedade de consenso; meio-ambiente adverso e
preconceitos.
CONFLITOS INTERPESSOAIS NAS
ORGANIZAÇÕES
Tais conflitos se dão entre duas ou mais pessoas e podem ocorrer por vários motivos:
diferenças de idade, sexo, valores, crenças, por falta de recursos materiais, financeiros, por
diferenças de papéis, podendo ser divididos em dois tipos:
Pessoais: dizem respeito ao indivíduo, à sua maneira de ser, agir, falar e tomar decisões. As
rixas pessoais fazem com que as pessoas não se entendam e, portanto, não se falem. Em geral
esses conflitos surgem a partir de pequenas coisas ou situações nunca abordadas entre os
interessados. O resultado é um confronto tácito que reduz em muito a eficiência das relações.
CONSEQUÊNCIAS DO CONFLITO
Entre os vários aspectos do conflito, alguns podem ser considerados como negativos e
aparecem com frequência dentro das organizações. Os mais visíveis podem ser
identificados nas seguintes situações:
Quando tornam a vida uma eterna derrota para os grupos de perdedores habituais,
interferindo na sua percepção e na socialização daqueles que entram na organização;
Quando favorecem a percepção estereotipada a respeito dos envolvidos, como ocorre
frequentemente em organizações. Se por um lado existem os estereótipos genéricos
referentes às categorias profissionais, dentro de cada organização, além dos tipos que
fazem parte de sua cultura individual, como seus heróis, mitos, tipos ideais, começam a
surgir seus perdedores, ganhadores, culpados e inimigos.
Sejam eles positivos ou negativos, os conflitos podem ser considerados úteis pelo papel
que desempenham na vida das pessoas. O chamado comportamento político na
organização, também inevitável, tem uma forte vinculação com o conflito pois sua relação
é direta, ou seja, quanto mais conflito mais comportamento político. Assim, quando há
dúvidas sobre a sobrevivência da organização, sobre sua resposta às necessidades
organizacionais, sobre aspectos sucessórios, mais voltada para a formação de alianças e
para negociações será a atuação de seus membros.
Lidar com o conflito implica trabalhar com grupos e tentar romper alguns dos
estereótipos vigentes na organização, sabendo que essas mesmas estratégias deverão
ser repetidas periodicamente.
Criar tarefas a serem executadas em conjunto por grupos diferentes é uma forma de
garantir que seu cumprimento seja reconhecido pela potencialização do trabalho dos
grupos. Quaisquer estratégias de confronto podem ser utilizadas caso o conflito já seja
franco, desde que exista entre as partes alguém que desempenhe um papel moderador.
COMO ADMINISTRAR OS
CONFLITOS
Para uma eficaz resolução dos conflitos é preciso compatibilizar alguns passos a serem
seguidos, conhecer e aplicar alguns saberes e também, definir o estilo a ser adotado.
✓Esclarecer as percepções;
Para que a negociação possa ocorrer, é necessário que ambas as partes tenham as
seguintes capacidades:
Saber comunicar: sem diálogo não há comunicação nem solução possível para os
problemas; a maioria dos erros, omissões, irritações, atrasos e conflitos é causada
por uma comunicação inadequada.
Saber ouvir: ouvir ativamente, pois metas e intenções não compreendidas levam
sempre a uma resolução sem sucesso; demonstrar interesse genuíno pela pessoa que
fala e pelo assunto; evitar criticar ou tentar dirigir a conversa; adotar uma posição
afirmativa, mostrando respeito pela outra pessoa.
Saber perguntar: é uma outra faceta do ouvir ativamente, pois quem pergunta conduz
a conversa. Quanto ao estilo a ser adotado, é recomendável adotar um estilo que
leve à solução do conflito da forma mais pacífica possível. O que vai definir seu
atual estilo de administrar conflitos está diretamente ligado a duas importantes
características de comportamento: assertividade e cooperação.
ESTILOS DE CONFLITO
Competição: busca satisfação dos interesses, independentemente do impacto que isto possa
causar na outra parte envolvida; tenta convencer a outra parte de que sua conclusão está
correta e a dela está equivocada; leva a outra parte a aceitar a culpa por um problema
qualquer.
Evitação: trata-se de estilo considerado não assertivo e não cooperativo: evita todo e qualquer
envolvimento com o conflito, chegando a negar sua existência e o contato com as pessoas que
podem causá-lo.
Acomodação: trata-se de estilo considerado não assertivo e cooperativo; a parte que utiliza
este estilo tende a apaziguar a situação, chegando a colocar as necessidades e interesses da
outra parte acima dos seus.
Esta concepção de saúde e doença está ancorada no paradigma da história natural das
doenças, proposto por Leavell e Clark que assumem a definição de saúde preconizada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta organização internacional, em 1946, adota o
conceito global e multicausal de saúde que a define como o estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade. As práticas de saúde passam
a ser reorientadas no sentido da obtenção de um estado ‘global’ de saúde com a prevenção
das doenças e a recuperação ‘integral’ do paciente.
No que se refere ao modelo de causalidade do processo saúde-doença, a medicina
preventiva liberta-se da uni causalidade, fundamentada na bacteriologia, pois se tornara
insustentável explicar a doença como o efeito da atuação de um agente patogênico, e adota
o modelo da multicausalidade. (Facchini, 1993)
Assim, a ideia de equipe de saúde aparece respaldada principalmente pela noção de atenção
integral ao paciente, tendo em conta os aspectos preventivos, curativos e de reabilitação
que deveriam ser contemplados a partir dos conceitos de processo saúde doença, de
história natural das doenças e da estratégia de integração. Porém, mantém-se a
centralidade do trabalho médico, em torno do qual outros trabalhos especializados se
agregam.
Também na área de enfermagem a proposta do ‘trabalho em equipe surge na década de
1950, nos EUA, através de experiências realizadas no Teacher´s College da Universidade
de Columbia, que preconizam a organização do serviço de enfermagem com base em
equipes lideradas por médicos. Esse modelo de organização do trabalho de enfermagem
expressa tanto uma crítica ao modelo funcional, centrado na tarefa em detrimento do
paciente, bem como a busca de solução para a escassez de pessoal de enfermagem nos
anos pós Segunda Guerra Mundial (Almeida & Rocha, 1986; Peduzzi & Ciampone, 2005).
Por outro lado, essa extensão requer uma nova estruturação dos elementos que compõem
a prática médica, sobretudo uma forma distinta de utilização do trabalho médico, o que se
fará através da incorporação do trabalho auxiliar de outras categorias profissionais,
configurando uma prática complementar e interdependente entre os distintos
trabalhadores de saúde.
O processo de divisão de trabalho por meio do qual se dá essa distribuição de tarefas
ocorre no interior de um processo social de mudanças da concepção de saúde e doença,
já referida anteriormente, que é acompanhado de alterações introduzidas nos processos
de trabalho e no modelo assistencial.
Uma equipe tem como essência a colaboração mútua e integrada. A palavra colaboração
vem da frase em latim cum laborare, que significa "trabalhar junto". "Junto" é a palavra-
chave, entretanto ela por si só não define equipe, visto que uma equipe não é apenas um
grupo que trabalha em conjunto. Comitês, conselhos e forças tarefas não são,
necessariamente, uma equipe. Grupos não podem se tornar uma equipe, simplesmente,
porque são chamados assim. Tornar-se necessário, então, distinguir equipes, ou times, de
outros tipos de trabalho em grupo.
Segundo Lane, uma equipe "é uma relação significativa entre duas ou mais pessoas que se
processa através de ações encadeadas". Esta interação ocorre em função de necessidades
materiais e/ou psicossociais e visa a produção de suas satisfações. A produção do grupo se
realiza em função de metas que são distintas de metas meramente individuais e que
implicam, necessariamente, cooperação entre os membros. Ou seja, a interdependência é
realmente um fator determinante para a definição de equipe.
A extensão dessa supervisão é determinada pelas competências e maturidade tanto dos líderes
quanto dos demais membros. Esta é a estrutura mais complexa do trabalho em equipe e requer
um grande investimento em treinamento e experiência. Nas pesquisas de Lane (1984) foi
difícil encontrar um grupo onde todos os seus participantes possuíssem a consciência de sua
condição de membro de grupo. Ou seja, identificaram-se pessoas em processo de
conscientização, enquanto outras resistiam a mudanças e, quando eventuais conflitos entre
estes dois tipos de membros ocorriam, a tendência era sempre de o grupo se desfazer, "seja
pela separação física, seja pela reorganização de tarefas de forma a torna-las independentes
entre si, fazendo com que o produto final fosse apenas a somatória de produtos individuais,
ou seja, uma reorganização que é a própria negação do grupo".
Essa negação, confrontada com observação de grupos onde tarefas eram sempre individuais,
leva à categoria de não grupo. Observe o quadro abaixo para melhor entendimento do
conceito.
Portanto, a essência de uma equipe, como dito anteriormente, é a colaboração mútua, o
compromisso comum, a coordenação e integração. Sem isso, grupos desempenham como
individuais. Com colaboração, equipes tornam se poderosas unidades de desempenho
coletivo. Assim, segundo Easton (1993), equipe, por definição, é um grupo de
trabalhadores que
·conjuntamente compartilham um objetivo e possuem a habilidade de monitorar seu
próprio
desempenho através de um feedback contínuo. Além disso, cada membro sabe como cada
um afeta o resultado final do outro e o objetivo da equipe e, também sabe qual foi a forma
utilizada pelos demais para conseguirem realizar as suas tarefas. Uma equipe ainda é
capaz de atingir seu objetivo com um mínimo de supervisão
Acessar: http://www.youtube.com/watch?v=C6x6IqB_GHY&feature=related
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE
PLANEJAMENTO,
ADMINISTRAÇÃO E
GERENCIAMENTO
O autor menciona uma visão contemporânea do que é administrar, sendo que a esta é
muito aceita no cotidiano corporativo pelo fato de mencionar que administrar é buscar
objetivos por meio de pessoas, e estas precisam compatibilizar os seus objetivos
pessoais aos da empresa, pois desta forma gera-se comprometimento e satisfação
pessoal.
Faz-se necessário conceituar e diferenciar gestão e empresariamento: Gestão é o ato de
gerir, gerenciar, gestionar, administrar, mediar uma empresa ou uma unidade
departamental. O ato de gestão sempre envolve pessoas (recursos humanos), processos
(atividades ou funções) e recursos pertinentes diversos. (Rezende & Abreu, 2000)
A gestão baseada no improviso e no “achismo” precisa dar espaço para uma gestão
profissionalizada e baseada em conhecimentos teóricos aplicados à realidade de
todos os tipos de organização.
ADMINISTRAÇÃO: CIÊNCIA OU ARTE?
Este questionamento sempre é feito pelo fato da administração de empresas ser uma ciência
tão multidisciplinar. Ela está baseada em conceitos da matemática, engenharia, sociologia,
psicologia e tantas outras áreas do conhecimento que emprestam seus conceitos à ciência de
administrar uma organização.
Porém ao mesmo tempo, o elemento humano presente neste contexto precisa de habilidades
de um artista, como a criatividade, capacidade de adaptação, improviso, visão holística,
paixão pelo que faz, capacidade de inovação e tantas outras habilidades que os artistas nos
mostram ser importantes.
Assim os gestores compatibilizam ciência e arte para fazer com que a administração
maximize resultados aos acionistas, obtenha uma imagem positiva no mercado, proporcione
um ambiente ético de trabalho aos seus funcionários e ainda mantenha uma relação benéfica
com todos os envolvidos no negócio da empresa.
Isto faz com que a administração de empresas seja uma área do conhecimento tão
sedutora para profissionais das mais variadas áreas, já que médicos, dentistas,
fisioterapeutas precisarão de conhecimentos administrativos para fazer o seu negócio
prosperar.
As empresas são organizações que são instituídas intencionalmente para alcançar certos
objetivos, constituídas por pessoas, processos, máquinas, conhecimento, fluxo de
capital e insumos, sendo necessárias para a vida em sociedade, já que nós precisamos
delas para nascer, viver e morrer.
Assim podemos perceber que os principais recursos que formam estas organizações são
os seguintes:
• Recursos Humanos
É necessário que os empresários percebam que os operários que foram substituídos por
máquinas devem ser aproveitados na operação desta tecnologia, com toda certeza vários
operários darão lugar a um operador da máquina, mas não devemos esquecer que as
mecanizações dos processos produtivos geram o aumento da produtividade, assim dando a
oportunidade que os empregos eliminados sejam gerados em outras frentes.
Os empresários também precisam perceber que nesta nova sociedade o capital humano é o
maior patrimônio e que é necessário oferecer capacitação e prover os recursos humanos de
habilidades para que o trabalho seja desempenhado da melhor forma na sua organização,
gerando lucros sustentáveis aos investidores.
• Recursos Materiais
Os recursos materiais ainda são considerados por muitos gestores como um dos principais
recursos da empresa. Não podemos negar que são vitais, porém devemos notar que este
panorama em nossa economia altamente globalizada tem mudado consideravelmente.
Recursos materiais são caracterizados por máquinas, edificações, espaço físico, matéria
prima, estoques, aparato ferramental e demais itens apoio para a fabricação dos produtos
ou para a prestação dos serviços de uma organização.
Considera-se que atualmente não é tão importante quanto os recursos humanos, pelo fato
de que a fábrica não é tão importante quanto o conhecimento agregado na fabricação do
seu produto e esse conhecimento é intangível, e de nada adiantaria uma bela fábrica que
produz algo que não traz consigo o valor agregado que permite a diferenciação no
mercado.
Vale ressaltar que os administradores precisam gerir seus recursos materiais com base nas
modernas ferramentas administrativas disponíveis.
• Recursos Tecnológicos
Neste exemplo percebemos que a tecnologia utilizada não são os apartamentos, camas,
banheiros, mas sim todo o conhecimento organizado no ato da prestação do serviço
que permite ao hotel cobrar por seus serviços pelo padrão de serviços que oferecem.
• Recursos Financeiros
Por isso a gestão financeira é fundamental, pois a razão da existência de uma empresa é a
geração de lucros aos seus proprietários. “Entende-se por recursos financeiros todas as
entradas e saídas de valores na empresa, o que é caracterizado pelo fluxo de caixa; sendo
assim, será a relação entre quanto se produzir e vender e os recursos investidos que
determinará o lucro ou, caso contrário, o prejuízo de um empreendimento. ” STADLER
(2004.)
As decisões financeiras envolvem todos os demais setores, sendo necessária uma grande
sincronia desta função com todas as demais. A viabilidade econômica para uma organização é
condição chave para o andamento de projetos de curto, médio e longo prazo em quaisquer
departamentos. Os recursos financeiros além de abranger as entradas e saídas de capital,
também são responsáveis pelos financiamentos, empréstimos, ações e demais espécies de
transação financeira.
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
O organograma é o desenho de uma empresa, a sua divisão formal formada por cargos unidos
por linhas formais de comunicação dentro de uma hierarquia de autoridade previamente
estabelecida. Existem várias formas de representar um organograma, depende da sua estrutura,
tipo de organização hierárquica ou estilo de gestão, tais fatores definem a forma do
organograma, um modelo bastante comum (de estrutura linear) é representado abaixo:
Em toda a organização formal existe uma hierarquia que divide a organização em camadas ou
níveis de autoridade. Na medida em que se sobe na escala hierárquica, aumenta o volume de
autoridade do administrador. ” (CHIAVENATO, 2000 p. 181). Este formato nos permite
observar a distribuição de autoridade por meio dos níveis hierárquicos e desta forma
concluímos que: Quanto mais se sobe na escala hierárquica, maior é a concentração da
atividade administrativa, da mesma forma, quanto mais se desce na escala hierárquica, maior é
a concentração de atividades operacionais.
Vale ressaltar que as decisões de caráter estratégico estão concentradas no topo da hierarquia,
as decisões gerenciais, que são responsáveis por transformar as estratégias em planos táticos e
operacionais estão concentradas nos níveis intermediários, sendo que estes níveis podem
variar de tamanho e complexidade, dependendo da estrutura, porte e setor onde a organização
atua. E finalmente os níveis operacionais, que é são as bases da empresa se incumbem de
realizar os objetivos estratégicos e táticos da empresa.
Tendo em vista o organograma, como uma divisão formal de cargos em uma organização, a
departamentalização é uma forma de ordenação dos processos produtivos, utilizando uma
divisão lógica que venha ao encontro das necessidades da empresa e da sua estratégia de
produção, para tanto a departamentalização.
Faz-se necessário ressaltar que existem dois tipos de departamentalização, a vertical e
horizontal.
Centralização quando a autoridade para tomar as decisões fica concentrada nos níveis
hierárquicos mais elevados de uma organização, quando as decisões de grande e média
complexidade ficam restritas a poucas pessoas, dependendo da sua aprovação para que a
tarefa tenha andamento.
A centralização é uma característica da Teoria Clássica da Administração proposta por
Fayol, em especial quando é abordado o princípio da “unidade de comando” que prevê
as ordens nas mãos de apenas um gestor. Este modelo organizacional é bastante útil para
empresas simples e em estágios iniciais, geralmente em formato piramidal em um
ambiente estável e pouco complexo.
Ainda que não haja tradução para língua portuguesa que defina seu significado, tem sido
chamado de empoderamento, que significa basicamente a delegação de responsabilidade
ou a transferência de poder, que nas empresas tradicionais se concentrariam na alta
cúpula, para a organização e seus membros em escalões inferiores, para que desta forma
se busque a eficácia e o comprometimento dos mesmos.
Seu principal benefício é que as decisões sejam tomadas somente pelas pessoas que irão
utilizar o seu resultado, sendo que para que se possa estabelecer quaisquer outros
processos de reestruturação organizacional a delegação de autoridade é necessária.
FUNÇÃO GERENCIAL
Os três níveis mais citados pelos autores da área de administração são: executivo (nível
estratégico) gerencial (nível tático) técnico (nível operacional) significa que cada um destes
gestores é responsável por áreas diferentes, porém altamente ligadas umas às outras.
De acordo com Chiavenato (2008), Coelho (2008) e Maximiano (2000), para cada um dos
três níveis hierárquicos básicos, são exigidos graus diferenciados de habilidades nas três
áreas de atribuições administrativas: Habilidade Conceitual: é a habilidade pertencente aos
administradores em nível estratégico da organização, de modo especial aos membros da
diretoria, presidência, acionistas ou proprietários de empresas de qualquer porte. Estas
habilidades representam a visão administrativa do negócio, as filosofias que regem o
andamento da empresa, permitindo compreender a complexidade, as contingências e os
dilemas que envolvem a gestão daquele negócio.
Esta habilidade é a condição que permite aos gestores elaborar estratégias, redirecionar o
andamento da empresa, prospectar novos nichos de mercado, implantar e implementar
projetos relevantes para a organização.
Habilidade Técnica: costumeiramente se fala “é preciso saber fazer para saber mandar...”. Este
ditado popular é a base para esta habilidade, já que um bom supervisor será aquele que sabe
desempenhar tecnicamente o seu trabalho. As habilidades técnicas são fundamentais para o
nível dos supervisores, e menos importantes para os níveis mais elevados, já que quanto mais
eleva-se na escala hierárquica menor é a incidência das atividades operacionais.
O conhecimento técnico também não é garantia de que o melhor operário será o melhor
supervisor. Muitos bons operários não possuem habilidades humanas, e isso impede que o
trabalho como gestor obtenha o sucesso esperado.
Um fato que não se pode desprezar é que os bons administradores são aqueles que conseguem
ao longo de sua carreira, desenvolver paralelamente estas habilidades. O operário se aperfeiçoa
tecnicamente, busca conhecimentos humanos para crescer na hierarquia. Os supervisores e
gerentes aperfeiçoam-se na questão conceitual para ocupar cargos executivos, ao passo que os
executivos devem ampliar sempre seus conhecimentos para acompanhar a evolução.
Abaixo segue a representação das competências e habilidades gerenciais dispostas nos níveis
hierárquicos.
Vivemos numa sociedade do conhecimento, desta forma, falar que é necessária a busca
constante pelo conhecimento é redundante, porém o conhecimento a que me refiro não é
somente àqueles dos livros, mas sim cultura, vivências, histórias de vida, crenças, enfim
tudo aquilo de que alguma forma gere um conhecimento relevante e que possa ser
aplicado no cotidiano pessoal e profissional.
A habilidade significa saber fazer algo, ou seja, aquilo que já possuímos e pode ser
aperfeiçoado, assim destaca-se a habilidade humana com todos os stakeholders envolvidos
no negócio da organização.
O PROCESSO ADMINISTRATIVO
O primeiro modelo de processo administrativo foi proposto por Fayol na Teoria Clássica da
Administração, sendo que abordava os processos de previsão, organização, comando,
coordenação e controle. Posteriormente na teoria neoclássica da administração, onde Peter
Drucker foi um dos precursores, passou-se a admitir que o processo administrativo é
formado pelos processos de planejar, organizar, dirigir e Controlar todos os recursos
organizacionais, compostos por pessoas, finanças, tecnologias, matéria-prima, maquinários,
processos de trabalho, objetivando o alcance dos resultados organizacionais.
Sua função é básica para o cotidiano do administrador, já que se faz necessário planejar a
todo o momento, diversos processos paralelamente, desta forma trazendo grande
importância para que se planeje algo desafiador, realizável e facilmente mensurável.
Por isso pode-se concluir que o planejamento é etapa que está apenas em projeto, antes da
sua operacionalização, por isso torna-se um grande diferencial para os profissionais que
possuem habilidades com planejamento em qualquer nível da organização.
ORGANIZAÇÃO
A garantia de que esta etapa proporcione os resultados esperados depende do líder e das
pessoas envolvidas no ato da organização, já que o trabalho em equipe neste momento fará a
diferença.
DIREÇÃO
Controlar significa verificar se tudo aquilo que foi planejado anteriormente está ocorrendo,
se o resultado encontrado até o momento precisa de melhorias, redirecionamento, ou se é
necessário rever o planejamento e até alterar os objetivos pretendidos.
Ainda segundo MAXIMIANO (2000), caso não seja bem cuidado, pode prejudicar todo o
processo. De nada adianta um profissional basear o seu trabalho no processo
administrativo, se ele não mensura os resultados eficazmente. É fundamental perceber que
devemos ser flexíveis para a mudança e atentos para adaptar os procedimentos da sua
empresa para maior produtividade, sendo assim na etapa do controle é possível esta
reflexão.
São os custos/despesas/gastos necessários para manutenção de uma empresa mesmo quando ela
não “vende” ou não presta nenhum serviço; “Fazem o consultório ter gastos mesmo sem
atender ao cliente”; “É tudo aquilo que você continua pagando mesmo quando está de férias”;
não se alteram diretamente em função da produtividade.
Para facilitar nosso entendimento, seguem alguns exemplos de custos fixos:
1.- Pró-labore
“Salário do dono”, ou seja, quanto sua empresa precisa faturar para pagar suas contas pessoais.
Na rotina de consultório, o que acontece normalmente são retiradas frequentes e diárias de
parte do dinheiro da empresa para ir bancando as contas pessoais do Dentista conforme sua
necessidade. É como consultar o saldo de uma conta corrente e sempre que possível botar
algum na carteira. Esse procedimento é um hábito comum de muitos Dentistas e que colabora
muito para a desorganização financeira nos consultórios e clínicas.
O ideal é você se considerar empregado de seu negócio, definir um valor e um dia do mês para
fazer seu pagamento. Este é um grande desafio, separar finanças pessoais de finanças da
empresa (em muitos casos sugiro duas contas bancárias) é fundamental num protocolo de
organização e diagnóstico da real situação do negócio.
Isto porque, na maioria dos casos de dificuldades financeiras num consultório, uma das
primeiras ações a serem tomadas é conhecer, controlar e reduzir parte das finanças pessoais.
Despesas prediais
Aluguel, condomínio, impostos prediais, conta de luz, água, recolhimento de lixo hospitalar.
Aqui cabe explicar que sua conta de luz, por exemplo, aumenta conforme o número de
atendimentos, porém ela não aumenta na mesma proporção, ou seja, se atendo 1 cliente pago
uma conta de R$ 40,00, se atendo 50 clientes esta conta aumenta, mas obviamente não será de
R$2.000,00 (40,00 x 50).
04 - Outras despesas
Portanto, existem diversas despesas que se somadas de forma mensal vão se traduzir no
valor total que seu consultório custa para funcionar todo mês. Das despesas citadas acima,
vamos mencionar duas de forma mais detalhada: depreciação de equipamentos e
retorno do investimento.
DEPRECIAÇÃO DE EQUIPAMENTO
É uma despesa fixa relacionada a desvalorização de todo equipamento que você colocou
na sua clínica e que anualmente, através do desgaste do uso perde seu valor em 10%. Na
prática um bem que desvaloriza 10% ao ano no final de dez anos passa a não ter mais
nenhum valor. É uma conta que você não paga, mas um dinheiro que você deveria
guardar para no momento de renovação de seus equipamentos tê-lo na mão. Um exemplo
simples para seu entendimento: Imagine que você investiu R$ 48.000,00 (quarenta e oito
mil reais) para montar seu consultório. Dentro do conceito de depreciação, esse
investimento se deprecia/desvaloriza em 10%, ou seja, R$ 4.800,00 por ano ou R$ 400,00
por mês. Se você guardar este valor pensando estrategicamente na depreciação de seu
investimento, certamente você não terá dificuldade em realizar esta renovação tecnológica
em sua empresa. Caros leitores, praticamente nenhum Dentista conhece este conceito ou
tem este cuidado. Outro aspecto importante é que no momento da formação do preço de
seu serviço, a despesa com depreciação deveria compor o preço final e ser cobrado do
cliente.
RETORNO DO INVESTIMENTO
É uma despesa que assim como a depreciação de equipamento não ocorre de forma “real”,
ou seja, você não paga, mas deve também guardar todo mês. Assim como no exemplo
acima, um Dentista que pegou R$ 48.000,00 e investiu num negócio, se tivesse ficado em
casa e deixado o dinheiro aplicado num banco receberia 1,0% (exemplo), ou seja, R$
480,00 por mês sem trabalhar. Este valor exemplo, R$ 480,00, também é considerado um
custo fixo de seu negócio e se sua empresa atende 160 consultas por mês, em cada consulta
você deveria colocar R$ 3,00 (480/160) para formar seu preço por consulta/hora.
Parece complicado entender que tenho custos em minha empresa que não representam
pagamentos efetivamente realizados a terceiros, mas é justamente por esta dificuldade em
reunir todos os custos no negócio que se torna difíceis à formação do preço final de uma
hora ou minuto clínico. Para finalizar a conceituação de custos fixos, é importante conhecer
também esta situação. Em muitos casos, pagar férias e décimo terceiro da secretária,
imposto de renda, CRO, ISS, ou seja, despesas que não ocorrem todos os meses
transformam-se num pesadelo para os Profissionais de Saúde. Cá entre nós, não pagar o
décimo terceiro da secretária por que o cliente não pagou um serviço naquele dia não pode
ser desculpa para o atraso deste compromisso. Não se esqueçam, o maior valor de uma
empresa, segundo Peter Drucker, está nas pessoas, seus colaboradores também conhecidos
como seu Capital Humano.
Mais um exemplo: Sua secretária recebe em dezembro R$ 600,00 de décimo terceiro. Como
proceder: pegue este valor, divida por doze (meses = R$ 50,00) e guarde-o mensalmente para
que, no mês de dezembro esta obrigação não se transforme no pesadelo descrito acima.
Seguindo o mesmo raciocínio das 160 consultas por mês, em cada consulta você deveria
colocar R$ 0,31 (50/160) para formar seu preço por consulta. Dividir despesas sazonais para
achar seu valor mensal deverá ser feito para todos os casos que se encaixam neste exemplo. O
importante é não deixar de calcular o valor mensal e em seguida por consulta destas despesas.
Como você já entendeu, deverá guardar estes valores para no momento da necessidade de pagá-
las, não ser surpreendido e não ter como cumprir estes compromissos financeiros, que no caso
de pagamento de pessoal (13º e férias) pode derrubar a motivação e comprometimento de seus
colaboradores. De forma simbólica, identifique estas despesas, compre um cofre tipo
porquinho, guarde estes valores mensalmente e quebre o porquinho no momento certo. Será
certamente um momento de muita felicidade e aprendizado.
CUSTOS VARIÁVEIS
03 - Comissões
04- Impostos
Recibos/notas. Em média 15% dos recibos que você emite servirão para alimentar o leão.
05 - Ociosidade
Percebam que, existem diversas despesas que se calculadas por cliente atendido vão se traduzir
no valor total que você gasta para realizar cada procedimento.
Das despesas citadas acima, vamos descrever três de forma mais detalhada: Material de
consumo, comissões - estímulo ao capital humano e ociosidade.
MATERIAL DE CONSUMO
Não há impacto praticamente nenhum na formação de preço quando compramos uma caixa
de luvas de procedimento com 50 pares por R$ 20,00 ou R$ 15,00. No primeiro caso
gastamos R$ 0,40 por procedimento, no outro R$ 0,30.
Pensem nisso! O correto é saber o valor de cada material de consumo por procedimento, ou
seja, dividir o valor pago na dental, pelo número de procedimentos que você poderá realizar
com a quantidade comprada. Qual a vantagem em se comprar um pacote de rolinhos de
algodão por R$ 0,42 a menos se pensarmos em seu custo por procedimento. Pensem nisso.
Não se deve arriscar a qualidade de um serviço em implantodontia comprando um implante
ou um componente um pouco mais barato.
Certamente a (s) consulta (s) perdidas em função de um retrabalho jogarão
essa estratégia por água abaixo. No lugar de economizar para gastar menos
dinheiro, invista em qualidade e passe para seu cliente informações sobre
essa qualidade. Nada como no momento da venda de um serviço de
implante, mostrar o site da empresa, seu porte e diferenciais, seu
crescimento no mercado interno e mundial e outras informações que se
traduzam em confiança e credibilidade para seu cliente. Essas informações
compõem a parte tangível de seu serviço e que poderão torná-lo mais
competitivo em termos mercadológicos que seu concorrente.
COMISSÕES - ESTÍMULO AO CAPITAL HUMANO
Confesso a vocês, queridos leitores, que tinha uma secretária que parecia minha “patroa”.
Como ela sabia que receberia uma fatia da arrecadação, até parecia que eu trabalhava para
ela. Ela adorava me entulhar de clientes. Quando um cancelava a consulta, ela já marcava
outro. Ela se sentia parte fundamental da Equipe! Reflitam...
OCIOSIDADE
É quando uma empresa fica parada e não produz um serviço. Hoje uma queixa comum de
alguns Dentistas é a falta de agenda lotada que representa o conceito de ociosidade. Vamos
voltar para o exemplo das 160 consultas por mês. Se este Dentista precisa arrecadar
mensalmente R$ 8.000,00 para bancar seu negócio, mais sua vida pessoal e ele atende as 160
consultas, cada consulta tem o custo médio de R$ 50,00. Por outro lado, se sua clínica ficou
parada, isto é, ociosa em 80 consultas (50% parada), seu custo médio por consulta passou
para R$ 100,00. O Dentista precisará cobrir a hora trabalhada e também a hora ociosa.
Muitos Dentistas já olham e entendem a “cadeira vazia” como um custo em seus
consultórios e que deve ser recuperado e rateado pela arrecadação através da “cadeira
ocupada”. Percebo muitos profissionais pensando estrategicamente sobre a ociosidade e
procurando ações visando melhorar o desempenho de seus consultórios, alugando horários
ou procurando outros dentistas para compartilharem os custos operacionais de seu negócio.
Um consultório que pode atender 160 horas por mês e está com taxa de ocupação de 80 horas
tem uma ociosidade de 50%. Como está a taxa de ocupação de sua empresa/consultório?
Agora que já entendemos a diferença entre custos fixos e variáveis, vamos entender mais dois
conceitos importantes para gestão financeira de seu negócio: margem de contribuição
(mc) e ponto de equilíbrio (peq).
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
É o nome dado à parcela de contribuição financeira que temos a cada serviço prestado. É a
diferença entre preço de venda e o custo/gasto variável; É o valor (pedaço do preço) que
contribui para o pagamento dos custos/gastos fixos. É quanto você tira do preço cobrado para
pagar os custos fixos de seu negócio.
PONTO DE EQUILÍBRIO
É o número de vendas necessárias para cobrir os custos fixos (CF). É o número de consultas e o
tempo necessários para ficar no “zero a zero”, ou seja, não há lucro nem prejuízo. Para
calcularmos o PEQ é fundamental saber a margem de contribuição – MC.
ASPECTOS TÉCNICOS
De preferência, um local com a janela da clínica voltado para Nordeste, para que possa receber
o sol da manhã e cujos raios ultravioletas exercerão uma ação bactericida no ambiente clínico.
Um campo operatório bem iluminado é um fator de grande importância para que o Cirurgião-
Dentista possa exercer um bom trabalho profissional e continuar tendo uma visão sadia por
longo tempo. Para isso, a rede elétrica tem de ser planejada nos mínimos detalhes.
No relógio de entrada da energia elétrica para a clínica deve haver uma chave geral e quadro
de disjuntores individuais para cada seção de funcionamento ou de iluminação do consultório,
que devem ficar perto da entrada. Devem ser utilizados sempre os dois tipos de corrente: 110
v e 220 v (corrente trifásica). Todas as empresas fabricantes de equipamentos odontológicos
possuem um gabarito hidráulico e elétrico para a instalação destes. Antes da reforma iniciada,
é importante adequar o projeto de acordo com o que for planejado e adquirido.
3 - Instalação hidráulica
A instalação do esgoto da clínica deve ser subterrânea e possuir saída e caixa de inspeção em
local de fácil acesso, para eventuais necessidades de manutenção. Para que as cuspideiras e os
sistemas de sucção com descarga direta funcionem com perfeição, a tubulação para drenagem
deve ser executada no diâmetro correto e com inclinação (queda) adequada para cada
consultório. Após a saída do esgoto do equipo, um sifão deve ser instalado, para que não
ocorra retorno de resíduo ou mau cheiro na cuspideira. Os procedimentos odontológicos
exigem, algumas vezes, adequação de espaços, como, por exemplo, uma área de decantação
para os resíduos de gesso na rede de coleta de esgotos, para a retirada do acúmulo diário e
constante, exigindo um projeto voltado aos padrões de biossegurança e higiene.
5.- Instalação de ar comprimido
Em uma clínica nova, com ligações telefônicas em apenas três salas, pode-se utilizar um
sistema simplificado que tem três pontos de ligação: centro, direita e esquerda, sendo cada um
deles para uma determinada sala. Em uma clínica grande, diversos pontos devem ser locados
de acordo com as necessidades presentes e futuras dos profissionais, utilizando-se aparelhos
telefônicos modernos, com diversos ramais e diversos troncos, nos sistemas KS ou PABX ou
DAC, e que são ao mesmo tempo telefone e interfone.
Mais ou menos metade dos recém-formados compra o equipamento odontológico quando está
cursando o último ano da faculdade. Geralmente essa compra é feita a prazo, com pagamento
mensal obrigatório, obrigando o profissional a ter rentabilidade imediata. Um período de
carência negociado com a empresa para o pagamento é o ideal.
Comprar antes ou depois da localização?
O equipamento básico pode ser adquirido em qualquer ocasião, porém determinados itens do
consultório só devem ser comprados após a escolha do local para a instalação deste. Os
armários, por exemplo, devem ser necessariamente individuais, tanto no tamanho como na
altura. A altura será planejada de acordo com a antropometria do profissional que irá utilizá-
lo, e o tamanho dependerá das dimensões da sala onde será instalado, e do projeto
individualizado, respeitadas as passagens de circulação para um fluxograma correto do
ambiente de trabalho.
A sala clínica deve concentrar o paciente nos trabalhos clínicos que serão executados, em
especial no exame clínico inicial. Para isso, a decoração da sala clínica deve limitar-se a tons
frios, para que toda a atenção do paciente esteja voltada ao profissional a fim de lhe dar toda a
colaboração possível. Além do que, o profissional passa oito horas por dia nessa sala e uma cor
quente o deixaria irritado. A cor calmante ideal para as paredes é a verde-clara e suas diversas
tonalidades. Muito usada também é a azul-claro.
São cores calmantes e que permitem mais uniformidade de visão. Neste caso, para evitar
depressão, é conveniente que parte do equipamento e alguns outros detalhes sejam de cores
alegres, como o alaranjado e o amarelo.
Para o ideal em Odontologia, aconselha-se o uso de refletores de 18.000 a 22.000 lux para o
campo operatório.
Para as áreas restritas podem-se utilizar spots: são pequenos refletores de ponto, que servem para
iluminar uma determinada área dentro do campo de trabalho como, por exemplo, atrás ou do lado
da cadeira operatória, para o cirurgião-dentista poder acertar, nas mãos, detalhes de adaptação de
peças protéticas que requeiram boa iluminação, sem o deslocamento do refletor. Esses spots são
sempre acionados pelos pés do profissional e da auxiliar e não se movimenta o refletor principal.
Fibra óptica: é um método de iluminação da cavidade oral, que apresenta vantagens sobre a
iluminação tradicional. É um sistema de transmitir luz através de um feixe de mais ou menos
250.000 fibras, cada uma com 5 milésimos de polegada de diâmetro.
3.- Ventilação do consultório odontológico
Quando o profissional não sente sensação de frio ou calor, diz que há conforto térmico.
A eliminação do calor metabólico é normal. As condições recomendáveis de conforto
térmico para o consultório odontológico, em nossas condições, em que nossos corpos
estão adaptados ao calor, são de 20 a 24ºC de temperatura, com umidade relativa do ar
de 40 a 60%, com uma velocidade do ar moderada, da ordem de 0,2 m/s. Para o
organismo adaptado ao frio, essa zona de conforto situa- se entre 18 e 22º C, para a
mesma taxa de umidade e velocidade do vento.
4.- Música no consultório odontológico
Edward Hansck em seu livro, “O Belo da Música”, nos traz uma ideia sucinta do que
representa a música, as aplicações polarizadas, seus triunfais efeitos sobre determinadas
doenças e sua aplicação como meio de suavizar um determinado ambiente de trabalho ou
então de despertar sentimentos nobres em substituição daqueles mais baixos.
A utilização de uma suave música ambiente no consultório odontológico tem por finalidade
gerar tranquilidade e confiança no paciente, servindo também como um método alternativo
para a obtenção de um comportamento cooperativo do paciente infantil, por criar uma
atmosfera de calma e concentração.
Para que um consultório ou clínica possa iniciar suas atividades, é necessário que esteja
devidamente legalizada, ou seja, deverá estar registrada em determinados órgãos nos
âmbitos federal, estadual e municipal. Alguns registros são comuns para todas as
empresas, outros são exigidos apenas para aquelas que realizem determinadas
atividades.
01 - Fiscalização Sanitária
Valor de taxas.
Outros Impostos.
5.- Prefeituras e Regionais Administrativas - a fim de verificar documentação e valores.
Alvará de Funcionamento;
Regularização do IPTU;
Regularização do ISS;
Impostos.
6.- Vigilância Sanitária, a fim de verificar:
Alvará de Raio-X.
7.- Secretaria da Fazenda, a fim de verificar documentação e valores para:
Inscrição Estadual;
Registro no INSS;
Impostos.
METODOLOGIA DOS PRINCÍPIOS
BÁSICOS DE ELABORAÇÃO DE
UM CROQUI
Observe a seguir o ambiente do consultório com apenas uma cadeira e espaço atendendo a
área mínima de 9 m².
LAVATÓRIO – todo consultório deve possuir no mínimo duas pias, uma para lavagem de
mão e outra para a lavagem de material contaminado.
INSTALAÇÕES - hidráulicas e elétricas embutidas ou protegidas por calhas ou canaletas
externas, para que não haja depósitos de sujidades em sua extensão.
➢Sala de Espera: área mínima de 1,2 m² por pessoa; Objetivo: espera para pacientes e
acompanhantes
Não podemos acreditar que uma clínica possa ser feita apenas de consultórios! Seria
maravilhoso para os profissionais de saúde, mas não é real. É preciso lembrar que
consultórios odontológicos vão sempre precisar de ambientes de apoio para funcionar.
Dependendo da quantidade de consultórios e das especialidades, estes ambientes podem ser:
arquivo, esterilização e expurgo, laboratório de apoio, escritório, sala de descanso, copa,
DML e outros. Sem os apoios necessários haverá problemas no dia-a-dia com toda certeza.
Estes problemas costumam gerar estresse em toda a equipe e o trabalho parecerá mais
cansativo. É assim que nascem as clínicas desorganizadas que os clientes tanto criticam.
O Cirurgião Dentista recém-formado deve aprender essas normas e com a ajuda da TSB, deve
procurar nos órgãos competentes a regulamentação para a instalação de um consultório, pois,
o correto funcionamento do estabelecimento odontológico proporcionará um melhor
atendimento ao paciente (cliente) e menores transtornos com os órgãos de vigilância
sanitária, o que resultará em melhores lucros e garantia de um trabalho de qualidade e
respeito ao paciente.
PUBLICIDADE E MARKETING EM ODONTOLOGIA
Nos últimos anos os indivíduos vêm se tornando cada vez mais exigentes, perante um mercado
em que a oferta de serviços é gradativamente maior e com crescente precisão de qualidade.
Diante disso, deve-se refletir que o mundo mudou e os clientes possuem demandas diferentes
daquelas do passado. A arte de encantar e satisfazê-los passa a ser a palavra de ordem.
Quanto ao terceiro fator – implementação –, para cada meta ou objetivo, o profissional deve
planejar atitudes e desenvolver um plano de ação. Ao final tem-se a evolução. A partir dessa
etapa é preciso incluir um orçamento para o ano com um relatório de 4 a 8% de sua renda bruta
anual direcionada ao desenvolvimento do plano de marketing.
Em 1984, nos Estados Unidos, a American Dental Association (ADA) concebeu uma campanha
publicitária milionária para aumentar o tráfego nos consultórios de seus membros. Apesar disso,
muitos cirurgiões-dentistas continuam tendo preconceito em relação à publicidade, embora a
propaganda seja parte vital da vida americana e a maioria das pessoas tome muitas decisões de
compra baseadas nela. Assim, os profissionais devem administrar os consultórios como qualquer
outro negócio e aprender que propaganda informando o público acerca dos seus serviços é um
elemento do armamento odontológico.
Autores como Kelly esclarecem que, além de atrair e manter os pacientes no consultório, o
marketing também serve para conscientizar o público do tratamento odontológico. O autor
destaca as variações do marketing clássico, conhecidas como os quatro Ps: produto (serviço
oferecido), preço (encargos cobrados), posição (localização e instalação do consultório) e
promoção (atividades para ganhar atenção).
A promoção pode ser dividida em interna e externa. A primeira abrange todos os “extras” de que
o profissional lança mão para os seus pacientes saberem que se preocupa com eles. Todos os
membros da equipe têm de ser envolvidos para aumentar a efetividade, utilizando os contatos
com os pacientes como uma oportunidade de promover o trabalho.
Pode-se recorrer a telefonemas, cartas, cartões de aniversário, fotos com o ortodontista para as
crianças, presentes personalizados e decorações no consultório para dias festivos.
Ribeiro, percebendo a necessidade dos pacientes em preencher seu tempo clínico durante o
tratamento odontológico, pela impossibilidade de falar, concluiu que eles precisam que o
cirurgião- dentista desenvolva estímulos auditivos para suprir essa necessidade. Esse passa a ser
o grande momento da conquista destes e de novos pacientes, proporcionando marketing
eficiente e barato, o qual é capaz de ser aprimorado com a prática da leitura, de forma a
proporcionar agilidade de raciocínio e aperfeiçoar, assim, o vocabulário do profissional.
Para Fonseca, “o fim do marketing odontológico é o de simplesmente as pessoas
compreenderem que a saúde bucal é muito importante para sua saúde. O fato de possuírem um
sorriso saudável faz com que aumente a autoestima e preparem-se melhor para a
competitividade social”.
É lícito concluir que a maioria dos autores considera o marketing interno o mais eficaz, pelo
pouco custo, e que tem de ser aceito como um dever para o sucesso profissional. O cirurgião-
dentista é o único responsável pelo uso do marketing e quem avalia, de tempos em tempos, a
efetividade do programa de marketing escolhido e aplicado no consultório.
Embora não haja legislação específica para a utilização do marketing, deve-se ressaltar que este
precisa respeitar a normatização existente, bem como a publicidade e a propaganda têm de
conter os preceitos de veracidade, dignidade e decência.
FIM !