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IPEDE

DISCIPLNA: BIOSSEGURANÇA
PROFESSOR(A): FABIANO

ALUNO(A): ANA CLARA DO NASCIMENTO VIANA


TURMA:

RISCO BIOLÓGICO E RISCO QUÍMICO

URBANO SANTOS - MA
2022
INTRODUÇÃO

Riscos Biológicos. São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas,


protozoários, fungos e bacilos. Os riscos biológicos ocorrem por meio de
microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras
doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos.

O risco químico é a probabilidade de sofrer agravo a que determinado indivíduo está


exposto ao manipular produtos químicos que podem causar-lhe danos físicos ou
prejudicar lhe a saúde.

Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos


que possam penetrar no organismo do trabalhador principalmente pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, nevoas ou vapores, ou
pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo
organismo através da pele ou por ingestão....

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RISCO QUÍMICO E RISCO BIOLÓGICO

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CONCLUSÃO

Acidentes com materiais perfurocortantes representam os acidentes biológicos mais


importantes das exposições, apesar das precauções padrão recomendarem o uso de
EPI e o não reencape de agulhas, essas práticas não têm sido adotadas plenamente
nas atividades diárias dos profissionais de enfermagem, propiciando maior risco de
acidentes e agravos à saúde do trabalhador. Os acidentes identificados envolveram
em sua grande maioria os auxiliares e técnicos de enfermagem, com relação direta
ao tempo de profissão e em situações cotidianas como punção vascular e
administração de medicamentos. Os resultados apresentados revelam ser
importante a revisão do processo de trabalho, com destaque para o uso de EPI e
adoção de práticas seguras. Bem como, a implementação de um programa de
educação permanente é relevante não somente para fomentar a aquisição de
conhecimento, mas também para incentivar os profissionais a refletirem sobre sua
prática e responsabilidade social.

microorganismos incluem-se: tuberculose, brucelose, malária, febre amarela.

Para que essas doenças possam ser consideradas doenças profissionais, é preciso
que haja exposição do funcionário a estes microorganismos.

São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e


segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.

Os riscos biológicos em laboratórios podem estar relacionados com a manipulação


de:

- Agentes patogênicos selvagens;

- Agentes patogênicos atenuados;

- Agentes patogênicos que sofreram processo de recombinação;

- Amostras biológicas;

- Culturas e manipulações celulares (transfecção, infecção);

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- Animais.

Todos os itens citados acima podem tornar-se fonte de contaminação para os


manipuladores. As principais vias envolvidas num processo de contaminação
biológica são a via cutânea ou percutânea (com ou sem lesões - por acidente com
agulhas e vidraria, na experimentação animal - arranhões e mordidas), a via
respiratória (aerossóis), a via conjuntiva e a via oral.

Há uma classificação dos agentes patogênicos selvagens que leva em consideração


os riscos para o manipulador, para a comunidade e para o meio ambiente. Esses
riscos são avaliados em função do poder patogênico do agente infeccioso, da sua
resistência no meio ambiente, do modo de contaminação, da importância da
contaminação (dose), do estado de imunidade do manipulador e da possibilidade de
tratamento preventivo e curativo eficazes.

As classificações existentes (OMS, CEE, CDC-NIH) são bastante similares, dividindo


os agentes em quatro classes:

- Classe 1 - onde se classificam os agentes que não apresentam riscos para o


manipulador, nem para a comunidade (ex.: E. coli, B. subtilis);

Classes 2 - apresentam risco moderado para o manipulador e fraco para a


comunidade e há sempre um tratamento preventivo (ex.: bactérias - Clostridium
tetani, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus; vírus - EBV, herpes; fungos -
Candida albicans; parasitas - Plasmodium, Schistosoma);

Classe 3 - são os agentes que apresentam risco grave para o manipulador e


moderado para a comunidade, sendo que as lesões ou sinais clínicos são graves e
nem sempre há tratamento (ex.: bactérias - Bacillus anthracis, Brucella, Chlamydia
psittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus - hepatites B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre
amarela, dengue; fungos - Blastomyces dermatiolis, Histoplasma; parasitos -
Echinococcus, Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi);

Classe 4 - os agentes desta classe apresentam risco grave para o manipulador e


para a comunidade, não existe tratamento e os riscos em caso de propagação são
bastante graves (ex.: vírus de febres hemorrágicas).

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Em relação às manipulações genéticas, não existem regras pré-determinadas, mas
sabe-se que pesquisadores foram capazes de induzir a produção de anticorpos
contra o vírus da imunodeficiência simiana em macacos que foram inoculados com o
DNA proviral inserido num bacteriófago. Assim, é importante que medidas gerais de
segurança sejam adotadas na manipulação de DNA recombinante, principalmente
quando se tratar de vetores virais (adenovírus, retrovírus, vaccínia). Os plasmídeos
bacterianos apresentam menor risco que os vetores virais, embora seja importante
considerar os genes inseridos nesses vetores (em especial, quando se manipula
oncogenes).

De maneira geral, as medidas de segurança para os riscos biológicos envolvem:

Conhecimento da Legislação Brasileira de Biossegurança, especialmente das


Normas de Biossegurança emitidas pela Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança;

- O conhecimento dos riscos pelo manipulador;

- A formação e informação das pessoas envolvidas, principalmente no que se refere


à maneira como essa contaminação pode ocorrer, o que implica no conhecimento
amplo do microrganismo ou vetor com o qual se trabalha;

- O respeito das Regras Gerais de Segurança e ainda a realização das medidas de


proteção individual;

- Uso do avental, luvas descartáveis (e/ou lavagem das mãos antes e após a
manipulação), máscara e óculos de proteção (para evitar aerossóis ou projeções nos
olhos) e demais Equipamentos de Proteção Individual necessários,

- Utilização da capela de fluxo laminar corretamente, mantendo-a limpa após o uso;

- Autoclavagem de material biológico patogênico, antes de eliminá-lo no lixo comum;

- Utilização de desinfetante apropriado para inativação de um agente específico...

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É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos
químicos que podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar-lhe a saúde. Os danos
físicos relacionados à exposição química inclui, desde irritação na pele e olhos,
passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado
por incêndio ou explosão. Os danos à saúde pode advir de exposição de curta e/ou
longa duração, relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e
olhos, bem como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias
crônicas, doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo
alguns tipos de câncer.

Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos


que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas
de poeiras, fumos gases, neblinas, nevoas ou vapores, ou que seja, pela natureza
da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo
através da pele ou por ingestão.

Barreira de contenção para agentes químicos

São dispositivos ou sistemas que protegem o operador do contato com substâncias


químicas irritantes, nocivas, tóxicas, corrosivas, líquidos inflamáveis, substâncias
produtoras de fogo, agentes oxidantes e substâncias explosivas

Ponto de Auto-Ignição

É a temperatura mínima em que ocorre uma combustão, independente de uma fonte


de calor.

Ponto de Combustão
É a menor temperatura em que vapores de um líquido, após inflamarem-se pela
passagem de uma chama piloto, continuam a arder por 5 segundos, no mínimo.

Ponto de Fulgor
É a menor temperatura em que um líquido libera suficiente quantidade de vapor para
formar uma mistura com o ar passível de inflamação, pela passagem de uma chama
piloto. A chama dura no máximo 1 segundo.

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Incompatibilidade
Condição sobre a qual determinadas substâncias se tornam perigosas quando
manipuladas ou colocadas próximas a outras, com as quais poderão reagir criando
situações de risco.
Os Primeiros Cuidados a Serem Tomados

Ao lidarmos com produtos químicos é necessário ter ciência da importância de


estarmos verificando a cada etapa dos procedimentos, os seguintes requisitos:

1. Recebimento dos proutos químicos:

O recebimento constitui a primeira etapa da manipulação destes produtos.

- Identificação
- Registro
- Controle de entrada

A. Produtos sólidos e líquidos

- Verificação do estado da embalagem quanto a danos ou ausência de rótulos


- Dados do rótulo - observar estes dados devem oferecer informações claras a
respeito das características físico-químicas do produto, nível de toxicidade, cuidados
específicos, neutralizantes a serem utilizados em caso de rompimentos,
derramamento ou outro acidente
- Verificação do prazo de validade
- Presença da ficha de segurança

B. Gases comprimidos

Verificação do estado dos cilindros, garrafas e botijões - devem ser recusados caso
apresentem qualquer dano aparente
- Verificação do prazo de validade
- Inspeção das válvulas quanto à vedação
- Verificação das cores do capacete quanto ao cumprimento das normas da ABNT.
Por exemplo no caso do nitrogênio - parte superior preto e parte inferior cinza
- Verificação da existência das etiquetas de identificação fixados no produto

2. Identificação dos produtos químicos

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Ao lidar com produtos químicos, a primeira providência é ler as instruções do rótulo,
no recipiente ou na embalagem, observando a classificação quanto ao risco à saúde
(R) que ele oferece e à medidas de segurança para o trabalho (S). Por exemplo: um
produto químico X tem R-34 e S-10, isto significa que ele é um produto que provoca
queimaduras e que deve ser mantido úmido. Portanto, conhecer a classificação,
torna-se possível obter-se informações quanto a forma correta de manipular, estocar,
transportar e descartar os resíduos do produto. Referente ao transporte, observar,
também, a forma como foi acondicionado e embalado e adotar os mesmos cuidados
para realizá-lo com segurança.

Rotulagem - Símbolos de Risco

A rotulagem por intermédio de símbolos e textos de avisos são precauções


essenciais de segurança.
Os rótulos ou etiquetas aplicados sobre uma embalagem devem conter em seu texto
as informações que sejam necessárias para que o produto ali contido seja tratado
com toda a segurança possível.
É perigoso reutilizar o frasco de um produto rotulado para guardar qualquer outro
diferente, ou mesmo colocar outra etiqueta sobre a original. Isto pode causar
acidentes.
Quando encontrar uma embalagem sem rótulo, não tente adivinhar o que há em seu
interior. Se não houver possibilidade de identificação, descarte o produto.

Facilmente Inflamável (F)

Classificação:
Determinados peróxidos orgânicos; líquidos com pontos de inflamação inferior a
21oC, substâncias sólidas que são fáceis de inflamar, de continuar queimando por si
só; liberam substâncias facilmente inflamáveis por ação da umidade.

Precaução:
Evitar contato com o ar, a formação de misturas inflamáveis gás-ar e manter
afastadas de fontes de ignição.

Extremamente Inflamável (F+)

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Classificação:
Líquidos com ponto de inflamabilidade inferior a 0o C e o ponto máximo de ebulição
35oC; gases, misturas de gases (que estão presentes em forma líquida) que com o
ar e a pressão normal podem se inflamar facilmente.

Precauções:
Manter longe de chamas abertas e fontes de ignição.

Tóxicos (T)

Classificação:
São agentes químicos que, ao serem introduzidos no organismo por inalação,
absorção ou ingestão, podem causar efeitos graves e/ou mortais.

Precaução:
Evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com
produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.

Muito Tóxico (T+)

Classificação:
A inalação, ingestão ou absorção através da pele, provoca danos à saúde na maior
parte das vezes, muito graves ou mesmo a morte.

Precaução:
Evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com
produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.

Corrosivo ( C )

Classificação:
Estes produtos químicos causam destruição de tecidos vivos e/ou materiais inertes.

Precaução:
Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele, os olhos e vestuário.
Oxidante (O)

Classificação:

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São agentes que desprendem oxigênio e favorecem a combustão. Podem inflamar
substâncias combustíveis ou acelerar a propagação de incêndio.

Precaução:
Evitar qualquer contato com substâncias combustíveis. Perigo de incêndio. O
incêndio pode ser favorecido dificultando a sua extinção.

Nocivo (Xn)

Classificação:
São agentes químicos que por inalação, absorção ou ingestão, produzem efeitos de
menor gravidade.

Precaução:
Evitar qualquer contato com o corpo humano, e observar cuidados especiais com
produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.

Irritante (Xi)

Classificação:
Este símbolo indica substâncias que podem desenvolver uma ação irritante sobre a
pele, os olhos e o trato respiratório.

Precaução:
Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele e os olhos.

Explosivo (E)

Classificação:
São agentes químicos que pela ação de choque, percussão, fricção, produzem
centelhas ou calor suficiente para iniciar um processo destrutivo através de violenta
liberação de energia.

Precaução:
Evitar atrito, choque, fricção, formação de faísca e ação do calor.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar.


Processamento de artigos e superfícies em estabelecimentos de saúde. Brasília,
1994.BRASIL. Ministério da Saude: Biossegurança em laboratórios biomédicos e de
microbiologia. Brasília: MS, 2006.BRASIL. Ministério da Saude: Classificação de
risco dos agentes biológicos. Brasília: MS, 2010.BRASIL. SUS – Secretaria de
Vigilância em Saúde: SISTEMA TELELAB – Educação Permanente - Biossegurança
- Laboratórios de DST, Aids e Hepatites Virais.
http://telelab.aids.gov.br/component/joomdle/course/5-biosseguranca-laboratorios-de
-dst-aids-e-hepatites-virais?Itemid=101. Acesso em: 24/04/2013.

Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Oda, Leila, Ávila, Suzana. Et al.


Brasília. Ministério da Saúde, 1998.

http://www.fundeci.com.br/

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