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Tópicos em Biossegurança

THAYSA PASCHOALIN – DIVISÃO DE BIOSSEGURANÇA


DEPARTAMENTO DE GESTÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL

27/03/2023
Risco biológico

Princípios básicos de biossegurança


Sobre o que
vamos
conversar... Gerenciamento de resíduos potencialmente
infectantes (Grupo A)

Gerenciamento de resíduos perfurocortantes


(Grupo E)
Risco químico

Risco físico

Tipos de risco Risco biológico

Risco ergonômicos

Riscos de acidentes
Decorrentes da exposição aos agentes biológicos e
seus subprodutos, na forma de aerossóis, poeiras,
Risco Biológico
alimentos, instrumentos de laboratório, água,
cultura, amostras biológicas (sangue, urina, escarro,
secreções), entre outros. O risco biológico é
subdividido em categorias (classes de risco), por
ordem crescente, de acordo com a periculosidade
do organismo manipulado.
Vias de
exposição

BRASIL. Norma Regulamentadora 32. Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.


Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr32.htm>.
A Biossegurança é um conjunto de
procedimentos, ações, técnicas, metodologias,
equipamentos e dispositivos capazes de eliminar
ou minimizar riscos inerentes às atividades de
O que é
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento
Biossegurança?
tecnológico e prestação de serviços, que podem
comprometer a saúde do homem, dos animais, do
meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos
desenvolvidos.
A Biossegurança é um conjunto de
procedimentos, ações, técnicas, metodologias,
equipamentos e dispositivos capazes de eliminar
ou minimizar riscos inerentes às atividades de
O que é
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento
Biossegurança?
tecnológico e prestação de serviços, que podem
comprometer a saúde do homem, dos animais, do
meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos
desenvolvidos.
1- Boas práticas e técnicas
laboratoriais

2- Equipamentos de segurança
Contenção (Barreiras primárias)

3- Projetos e construção das


instalações adequados (Barreiras
secundárias)
Legislação
Biossegurança legal x Biossegurança praticada
Normas regulamentadoras do Ministério do
Lei de Biossegurança Trabalho e Emprego (MTE), Ministério da Saúde,
Resoluções da Agência Nacional de Vigilância
no. 11.105/2005 em Saúde (ANVISA) e do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (CONAMA), Organização Mundial
da Saúde
OGM, células tronco e clonagem
Riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e
humana de acidentes encontrados nos ambientes
laborais.
Agentes Biológicos
Culturas
Fungos
celulares
Vírus
Parasitas
Príons
Bactérias
Toxinas
Amostras
biológicas OGM
Classes de risco dos
agentes biológicos
◦ Classe de Risco I
◦ Classe de Risco II
◦ Classe de Risco III
◦ Classe de Risco IV
Classes de risco dos
agentes biológicos
Critérios para avaliação de risco
◦ Virulência
◦ Modo de transmissão
◦ Estabilidade
◦ Concentração e volume
◦ Natureza e Origem do agente
◦ Disponibilidade de medidas profiláticas e tratamento
◦ Dose infectante
◦ Manipulação do agente
◦ Eliminação do agente
◦ Descobertas científicas
Classes de risco dos
agentes biológicos
• Classe de risco I (nenhum ou baixo risco
individual e coletivo): inclui os agentes
biológicos com pouca probabilidade de
causar doenças no homem ou nos
animais.
Classe de risco I
Exemplos: Bactérias

Lactobacillus sp. Bacillus subtilis


Classe de risco I
Exemplos: Fungos

Agaricus bisphorus Saccharomyces cerevisiae


Classes de risco dos
agentes biológicos
• Classe de risco II (moderado risco
individual e baixo risco coletivo): inclui os
agentes biológicos que provocam
infecções no homem ou nos animais,
porém dispõem-se de medidas
terapêuticas e profiláticas eficazes, sendo
limitado o potencial de propagação na
comunidade e de disseminação no meio
ambiente.
Classe de risco II
Exemplos: Vírus

Zika vírus H1N1


Classe de risco II
Exemplos: Bactérias

Bortedella pertussis Salmonella enterica


Classe de risco II
Exemplos: Fungos

Candida albicans Cryptococcus neoformans


Classe de risco II
Exemplos: Protozoários

Trypanosoma cruzi Plasmodium falciparum


Classe de risco II
Exemplos: Helmintos

Taenia solium Schistosoma manzoni


Classes de risco dos
agentes biológicos
• Classe de risco III (alto risco individual e
limitado risco coletivo): inclui os agentes
biológicos que causam patologias graves
nos homens ou animais, potencialmente
letais, para as quais existem usualmente
medidas de profilaxia e/ou tratamento.
Representam risco se disseminados na
comunidade e no meio ambiente,
podendo se propagar de pessoa a pessoa.
Classe de risco III
Exemplos: Bactérias

Bacillus anthracis Mycobacterium tuberculosis


Classe de risco III
Exemplos: Fungos

Histoplasma capsulatum
Classe de risco III
Exemplos: Príons
Encefalopatia Espongiforme Bovina
Classe de risco III
Exemplos: Vírus

HIV Monkeypox virus


Sars-Cov-2
Classes de risco dos
agentes biológicos
• Classe de risco IV (elevado risco individual e
coletivo): inclui os agentes biológicos com
grande poder de transmissibilidade por via
respiratória ou de transmissão desconhecida
e que não há nenhuma medida profilática ou
terapêutica eficaz contra infecções
ocasionadas por estes. Causam doenças
humanas e animais de alta gravidade, com
alta capacidade de disseminação na
comunidade e no meio ambiente.
Classe de risco IV
Exemplos: Vírus

Ebola
Níveis de segurança biológica

Classe de Risco I NB-1

Classe de Risco II NB-2

Classe de Risco III NB-3

Classe de Risco IV NB-4


Níveis de segurança biológica

Classe de Risco I NB-1

Classe de Risco II NB-2 Exposição


deliberada
Classe de Risco III NB-3

Classe de Risco IV NB-4

Exposição não deliberada - CCIH


Princípios gerais

Ministério da Saúde NR-32 OMS


Ministério do Trabalho
Manter as portas dos laboratórios
fechadas;

Princípios gerais
Manter as portas dos laboratórios
fechadas;

Princípios gerais
Restringir o acesso somente a
pessoas autorizadas aos
laboratórios;
Manter as portas dos laboratórios
fechadas;

Restringir o acesso somente a


Princípios gerais pessoas autorizadas aos
laboratórios;

Afixar a sinalização adequada nos


laboratórios, entre elas, incluir o
símbolo internacional de “Risco
Biológico” na entrada dos laboratórios;
Manter as portas dos laboratórios
fechadas;

Princípios gerais Restringir o acesso somente a


pessoas autorizadas aos
laboratórios;

Afixar a sinalização adequada nos


OBRIGATÓRIO A PARTIR DE NB-2 laboratórios, entre elas, incluir o
símbolo internacional de “Risco
Biológico” na entrada dos laboratórios;
Trajar roupas de proteção (aventais, jalecos,
macacões, entre outros) durante as atividades
laboratoriais, inclusive visitantes;

Princípios gerais
Utilizar equipamentos de proteção facial (óculos
de segurança e visores) sempre que houver risco
de respingos de material infectante;
Usar luvas sempre que manusear material
biológico. Retirar adereços que possam interferir
com o uso da luva. Não tocar com as luvas em nada
Princípios gerais que possa ser manipulado sem proteção, como
maçanetas, telefones, interruptores, etc. Descartar
as luvas em recipiente apropriado contendo
símbolo de material infectante;
Princípios gerais - EPI
Lavar as mãos antes e após o trabalho no laboratório. O
uso de luvas não substitui a necessidade da lavagem das
mãos.

Princípios gerais
Utilizar cabine de segurança biológica
para manusear material infeccioso. As
cabines de segurança devem ser
colocadas em área de pouco trânsito;
Princípios gerais
Oferecer proteção ao produto
manipulado, ao operador e ao meio
ambiente
Qual cabine devo usar?
NB-1 • NB-2 • NB-3
Não necessariamente
• Classe II A1 • Classe II A2
ou B2

Filtro HEPA
Todos os procedimentos devem ser
Princípios gerais realizados cuidadosamente a fim de
minimizar a criação de aerossóis ou de
respingos.
Providenciar treinamento e
supervisão aos estudantes nos
laboratórios;
Princípios
Gerais
Treinamento anual
Princípios
gerais -
Proibições
Ingestão e/ou preparo de alimentos e bebidas,
fumar, utilização de cosméticos e perfumes,
manipulação de lentes de contato nas áreas de
trabalho do laboratório;

Princípios gerais
- Proibições
Ingestão e/ou preparo de alimentos e bebidas,
fumar, utilização de cosméticos e perfumes,
manipulação de lentes de contato nas áreas de
trabalho do laboratório;

Princípios gerais Armazenar comidas e bebidas nas áreas de


- Proibições trabalho do laboratório;
Ingestão e/ou preparo de alimentos e bebidas,
fumar, utilização de cosméticos e perfumes,
manipulação de lentes de contato nas áreas de
trabalho do laboratório;

Princípios gerais Armazenar comidas e bebidas nas áreas de


- Proibições trabalho do laboratório;

Pipetar com a boca;


Ingestão e/ou preparo de alimentos e bebidas, fumar, utilização de
cosméticos e perfumes, manipulação de lentes de contato nas
áreas de trabalho do laboratório;

Armazenar comidas e bebidas nas áreas de trabalho do


laboratório;

Princípios gerais
Pipetar com a boca;
- Proibições
Utilizar calçados abertos em ambientes laboratoriais;
Ingestão e/ou preparo de alimentos e bebidas, fumar, utilização de
cosméticos e perfumes, manipulação de lentes de contato nas
áreas de trabalho do laboratório;

Armazenar comidas e bebidas nas áreas de trabalho do


laboratório;

Princípios gerais
Pipetar com a boca;
- Proibições
Utilizar calçados abertos em ambientes laboratoriais;

Utilizar vidrarias quebradas ou trincadas;


Descontaminar a superfície de trabalho sempre que
houver contaminação com material infectante e no final
do dia;

Descontaminar todo equipamento antes de qualquer


serviço de manutenção;
Princípios
Descontaminar por processos químicos ou físicos todo
gerais
material com contaminação biológica;

O QUE USAR?
Quais organismos são
manipulados no laboratório?

Princípios gerais Qual o melhor método para


realizar a desinfecção destes
agentes?
Inventário de
agentes O que fazer em caso de
biológicos acidente?

Quais os procedimentos
específicos?
Princípios gerais - POP
Estabelecer normas de Procedimento
Operacional Padrão (POP) em todas as seções
para o manuseio de equipamentos e técnicas
empregadas no laboratório, de modo a
melhorar a qualidade de trabalho dentro do
laboratório;
Desinfecção x Esterilização
Desinfecção é o processo de eliminação de formas
vegetativas, existentes em superfícies inanimadas, por
agentes químicos e/ou físicos. Não elimina esporos
bacterianos, por isso não deve ser confundido com a
esterilização.
Desinfecção x Esterilização

Tudo que não pode ser esterilizado, deve ser desinfetado.


Tudo o que pode ser esterilizado, não deve ser apenas desinfetado
A desinfecção pode ser dividida em três níveis de acordo com o espectro de destruição dos microrganismos:

Desinfecção de alto nível: destroem todas as formas vegetativas de microorganismos, inclusive Mycobacterium tuberculosis, vírus
lipídicos e não lipídicos, fungos e uma parte dos esporos. Exemplos: glutaraldeído 2% (período mínimo de 30 minutos), peróxido
de hidrogênio 3-6%, formaldeído 1-8%, ácido peracético, composto clorado a 10.000 ppm, óxido de etileno

Desinfecção de médio nível:

Desinfecção de baixo nível:

Desinfecção química
A desinfecção química pode ser dividida em três níveis de acordo com o espectro de destruição dos microrganismos:

Desinfecção de alto nível: destroem todas as formas vegetativas de microorganismos, inclusive Mycobacterium tuberculosis, vírus
lipídicos e não lipídicos, fungos e uma parte dos esporos. Exemplos: glutaraldeído 2% (período mínimo de 30 minutos), peróxido
de hidrogênio 3-6%, formaldeído 1-8%, ácido peracético, composto clorado a 10.000 ppm, óxido de etileno

Desinfecção de médio nível: inativa o bacilo da tuberculose, bactérias na forma vegetativa, a maioria dos vírus e fungos, exceto
esporos bacterianos. Exemplos: compostos clorados de 500 a 5000 ppm, álcool 70% (tempo de contato mínimo é de 10 minutos).

Desinfecção de baixo nível:

Desinfecção química
A desinfecção pode ser dividida em três níveis de acordo com o espectro de destruição dos microrganismos:

Desinfecção de alto nível: destroem todas as formas vegetativas de microorganismos, inclusive Mycobacterium tuberculosis, vírus
lipídicos e não lipídicos, fungos e uma parte dos esporos. Exemplos: glutaraldeído 2% (período mínimo de 30 minutos), peróxido
de hidrogênio 3-6%, formaldeído 1-8%, ácido peracético, composto clorado a 10.000 ppm, óxido de etileno

Desinfecção de médio nível: inativa o bacilo da tuberculose, bactérias na forma vegetativa, a maioria dos vírus e fungos, exceto
esporos bacterianos. Exemplos: compostos clorados de 500 a 5000 ppm, álcool 70% (tempo de contato mínimo é de 10 minutos).

Desinfecção de baixo nível: elimina a maioria das bactérias, alguns vírus como o HIV, o da Hepatite B e Hepatite C, fungos. Não
destrói microrganismos resistentes como bacilo da tuberculose e esporos bacterianos. Como exemplo: compostos fenólicos 0,5-
3%, compostos de iodo, quartenários de amônia.

Desinfecção química
Princípios gerais
P RO C ES SOS F Í S I CO S
Uma autoclave deve estar disponível, no
interior ou próximo ao laboratório, dentro
Onde deve ficar da edificação, de modo a permitir a
a autoclave? descontaminação de todos os materiais
utilizados e resíduos gerados, previamente a
sua reutilização ou descarte.
Manter um sistema de manutenção,
Princípios gerais calibração e de certificação dos
equipamentos de contenção e esterilização.
Posso usar dois processos (um químico
e outro físico) para esterilizar um
material de modo mais eficaz?
Acondicionar os resíduos em recipientes
adequados, em condições seguras e encaminhá-los
ao serviço de descartes de resíduos dos
Princípios gerais laboratórios para receberem o seu destino final, de
acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos
da instituição;
Gerenciamento de Resíduos
Potencialmente Infectantes
RDC no. 222
28 de março de
2018
Todos os serviços cujas atividades estejam
relacionadas com a atenção à saúde humana ou
animal, inclusive os serviços de assistência
domiciliar; laboratórios analíticos de produtos para
saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se
realizem atividades de embalsamamento
Geradores de (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de
Resíduos de medicina legal; drogarias e farmácias, inclusive as
Serviços de de manipulação; estabelecimentos de ensino e
pesquisa na área de saúde; centros de controle de
Saúde zoonoses; distribuidores de produtos
farmacêuticos, importadores, distribuidores de
materiais e controles para diagnóstico in vitro;
unidades móveis de atendimento à saúde; serviços
de acupuntura; serviços de piercing e tatuagem,
salões de beleza e estética, dentre outros afins.
Resíduos do Grupo A
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por
suas características, podem apresentar risco de infecção.
Resíduos do Grupo A
Grupo A1 Potencial de infecção alto

Grupo A2 Resíduos de anatomia animal (infectado)

Grupo A3 Resíduos de anatomia humana

Grupo A4 Potencial de infecção baixo

Grupo A5 Resíduos contaminados por príon


Resíduos do Grupo A – Tipo A1
▪Culturas e os estoques de microrganismos; os resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os
de medicamentos hemoderivados; os meios de cultura e os instrumentais utilizados para transferência,
inoculação ou mistura de culturas; e os resíduos de laboratórios de manipulação genética.

▪ Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de indivíduos ou animais,


com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com
relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido.

▪Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má


conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta.

▪Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais


resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
Níveis de Inativação
Local de tratamento
As culturas e os estoques de microrganismos, bem como os meios de cultura e os instrumentais utilizados
para transferência, inoculação ou mistura de culturas contendo microrganismos das classes de risco 1 e 2
podem ser tratados fora da unidade geradora, desde que este tratamento ocorra nas dependências do
serviço de saúde. Aqueles contendo microrganismos das classes de risco 3 e 4 devem ser tratados na
unidade geradora.

Classes 1 e 2 tratados nas dependências do serviço de saúde

Classes 3 e 4 tratados na unidade geradora


Resíduos do Grupo A –
Tipo A1
1. Acondicionados em sacos de autoclave;
2. Acrescentar um pouco de água e manter o saco
parcialmente aberto durante o processo de autoclavagem;
3. Após resfriamento, fechar os sacos, acondicionar em sacos
brancos para resíduos infectantes;
4. Armazenar em recipiente rígido até a coleta.
Resíduos do Grupo A – Tipo A1
As sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos podem ser
descartadas diretamente no sistema de coleta de esgotos, desde que atendam respectivamente
as regras estabelecidas pelos órgãos ambientais e pelos serviços de saneamento competentes.

Caso o tratamento venha a ser realizado fora da unidade geradora ou do serviço, estes RSS
devem ser acondicionados em saco vermelho e transportados em recipiente rígido,
impermeável, resistente à punctura, ruptura, vazamento, com tampa provida de controle de
fechamento e identificado.
Resíduos do Grupo A1 - Acondicionamento
▪ Os sacos de acondicionamento devem ser constituídos de material resistente a ruptura e
vazamento, impermeável, respeitados os limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu
esvaziamento ou reaproveitamento.

▪ Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente a punctura,


ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com
cantos arredondados e ser resistentes ao tombamento.
Resíduos do Grupo A1 - Acondicionamento
▪ Os resíduos que serão destinados à incineração deverão ser acondicionados em sacos brancos
leitosos, contendo em uma de suas faces o símbolo internacional de “SUBSTÂNCIA INFECTANTE”,
e tendo todas as demais características estabelecidas pela NBR 9190 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT – NBR 9.190).
E os líquidos??
1. Acondicionar em recipiente resistente;
2. Preencher até 2/3 da capacidade;
3. Realizar tratamento com Nível III de Inativação (física OU química);
4. Após resfriamento, eliminar no sistema de esgoto ou realizar o descarte apropriado para o
resíduo químico.

NÃO JOGAR NA PIA SEM TRATAMENTO PRÉVIO!!


Resíduos do Grupo A –
Tipo A2
▪ Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
provenientes de animais submetidos a processos de
experimentação com inoculação de micro-organismos, bem
como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de
serem portadores de micro-organismos de relevância
epidemiológica e com risco de disseminação, que foram
submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou
confirmação diagnóstica.
Resíduos do Grupo A2 - Acondicionamento
▪ Carcaças e cadáveres: acondicionados em freezer até o tratamento;
▪ Realizar tratamento com Nível III de Inativação;
▪ Sacos brancos leitosos identificados como “peças anatômicas animais”.
Resíduos do Grupo A – Tipo A3
▪Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com
peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor
que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo
paciente ou seus familiares. .
Resíduos do Grupo A3 - Acondicionamento
1. Devem ser encaminhados para sepultamento, cremação, incineração ou outra destinação
licenciada pelo órgão ambiental competente.

2. Se for encaminhado para incineração, acondicionar em sacos VERMELHOS com a inscrição


“peças anatômicas”.
▪ Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores,
quando descartados.
▪ Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada;
membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de
pesquisa, entre outros similares.
▪ Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes
contendo fezes, urina e secreções, provenientes de
Resíduos do pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de
conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem
Grupo A – Tipo relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou
A4 microrganismo causador de doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de
transmissão seja desconhecido ou com suspeita de
contaminação com príons.
▪ Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração,
lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que
gere este tipo de resíduo.
▪Recipientes e materiais resultantes do processo de
assistência à saúde, que não contenham sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre.
▪ Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos
provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos
Resíduos do anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica.
Grupo A – Tipo ▪ Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
provenientes de animais não submetidos a processos de
A4 experimentação com inoculação de micro-organismos, bem
como suas forrações.
▪ Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-
transfusão.
Resíduos do Grupo A4 - Acondicionamento
Acondicionamento para descarte sem necessidade de tratamento:

lixeiras brancas identificadas com o símbolo de risco biológico

revestidas com sacos brancos leitosos.


- Artigos e materiais utilizados na área de trabalho,
incluindo vestimentas e Equipamento de Proteção
Individual (EPI), desde que não apresentem sinais
ou suspeita de contaminação química, biológica ou
radiológica, podem ter seu manejo realizado como
RSS do Grupo D.
Modificações
importantes na
RDC 222 - Só podem ser destinados para compostagem
forrações de animais de biotérios que não tenham
risco biológico associado, os resíduos de flores,
podas de árvores, jardinagem, sobras de alimentos e
de seu pré-preparo, restos alimentares de refeitórios
e restos alimentares de pacientes que não estejam
em isolamento.
Resíduos do Grupo A – Tipo A5
▪ RDC 306: Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e
demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou
certeza de contaminação com príons.

▪ RDC 222: Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos
suspeitos ou confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de
indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram contato com órgãos, tecidos
e fluidos de alta infectividade para príons.

Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos oficiais
pelos órgãos sanitários competentes.
Referência: World Health Organization, 2010. WHO Tables on Tissue Infectivity Distribution in Transmissible Spongiform Encephalopathies.
Resíduos do Grupo A5 - Acondicionamento

INCINERAÇÃO

Usar saco duplo


Resíduos contaminados ou suspeita de
contaminação por Sars-Cov-2
Todos os resíduos provenientes da assistência a pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo
coronavírus (COVID-19) devem ser enquadrados na categoria A1, conforme Resolução RDC/Anvisa nº 222, de 28
de março de 2018.

Os resíduos devem ser acondicionados, em sacos vermelhos ou na impossibilidade em sacos brancos leitosos,
que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 48 horas,
independentemente do volume e identificados pelo símbolo de substância infectante.

Estes resíduos devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada.

O tratamento pode ser feito dentro ou fora da unidade geradora, desde que respeitadas as condições mínimas de
acondicionamento e transporte destes resíduos.
Resíduos do Grupo E
Materiais perfurocortantes ou escarificantes.
Resíduos do Grupo E
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes,
ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas;
tubos capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios
de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e
outros similares.
Resíduos do Grupo E -
Acondicionamento
▪ Os resíduos perfurocortantes deverão ser
descartados em recipientes que atendam
aos padrões estabelecidos pela NBR 13.853
da ABNT e IPT-NEA-55.
Resíduos do Grupo E - Procedimentos

NÃO
Resíduo perfurocortante

Químico X Infectante
Os RSS do Grupo E, quando contaminados

Químico + por agentes biológicos, químicos e


Infectante + substâncias radioativas, devem ter seu
Radioativo
manejo de acordo com cada classe de risco
associada.
Devem ser respeitados os limites de peso de cada saco,
assim como o limite de 2/3 (dois terços) de sua
capacidade, garantindo-se sua integridade e fechamento.

É proibido o esvaziamento ou reaproveitamento dos


Resíduos do sacos.
Grupo A -
Acondicionamento
Os sacos para acondicionamento de RSS do grupo A
devem ser substituídos ao atingirem o limite de 2/3 (dois
terços) de sua capacidade ou então a cada 24 horas,
independentemente do volume, visando o conforto
ambiental e a segurança dos usuários e profissionais.
O coletor do saco para acondicionamento dos RSS
deve ser de material liso, lavável, resistente à
punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com
tampa provida de sistema de abertura sem contato
manual, com cantos arredondados.

Resíduos do
Grupo A -
Acondicionamento O coletor não necessitará de tampa para fechamento
sempre que ocorrer a substituição imediata do saco
para acondicionamento após a realização de cada
procedimento.
A coleta e o transporte devem atender ao roteiro
previamente definido e devem ser feitos em
horários, sempre que factível, não coincidentes com
a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos,
períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou
de atividades.
Resíduos do Grupo
A – Coleta e
Transporte A coleta deve ser feita separadamente, de acordo
com o grupo de resíduos e em recipientes específicos
a cada grupo de resíduos.
Resíduos do Grupo A – Armazenamento
temporário
▪ Não poderá ser feito armazenamento temporário com
disposição direta dos sacos sobre o piso ou sobrepiso,
sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes
de acondicionamento.
Cuidados necessários ao manusear os
resíduos infectantes - grupo A
▪ A manipulação destes resíduos deverá ser a mínima possível;
▪ Manter os sacos contendo resíduos infectantes em local seguro, previamente a seu manejo
para descarte;
▪ Nunca abrir os sacos contendo estes resíduos com vistas a inspecionar seu conteúdo;
▪ Adotar procedimentos de manuseio que preservem a integridade dos sacos plásticos contendo
resíduos. No caso de rompimento com espalhamento de seu conteúdo, devem-se rever os
procedimentos de manuseio. O uso de sacos duplos, sacos mais resistentes, dispondo-os em
"containers" rígidos, mesmo que de papelão, é prática que pode ser adotada.
▪ Contactar a administração da unidade prestadora de serviços de saúde, se houver,
continuamente, problemas com a integridade dos sacos plásticos;
▪ Instituir o uso, pelo pessoal, de Equipamentos de Proteção Individual para o manuseio, o
trânsito e durante todo o tratamento dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde.
▪ Uniforme - calça comprida e camisa com manga, no mínimo de
tamanho ¾, de tecido resistente, de cor clara, específico para o uso do
funcionário do serviço, de forma a identificá-lo de acordo com a sua
função.
▪ Luvas - de PVC, impermeáveis, com antiderrapantes nas palmas das
mãos, resistentes, de cor clara, preferencialmente branca e de cano
longo (no mínimo ¾).
▪ Botas - de PVC, impermeáveis, resistentes, de cor clara,
preferencialmente branca, com cano ¾ e solado antiderrapante.
EPI que devem ▪ Gorro - de cor branca e de forma a proteger os cabelos.
ser utilizados ▪ Máscara - deve ser respiratória, tipo semifacial e impermeável.
▪ Óculos - deve ter lente panorâmica, incolor, ser de plástico resistente,
com armação em plástico flexível, com proteção lateral e válvulas para
ventilação.
▪ Protetor facial.
▪ Avental - de PVC, impermeável, de comprimento abaixo dos joelhos e
fechado ao longo de todo o seu comprimento.
Resolução no 05, de 5/08/93, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA)
Resíduos Sólidos do grupo A (infectantes) não poderão ser dispostos no meio ambiente sem
tratamento prévio que assegure:

▪ A eliminação das características de periculosidade do resíduo;

▪ A preservação dos recursos naturais e

▪ O atendimento aos padrões de qualidade ambiental e de saúde pública.

Os resíduos sólidos, enquanto matéria, resultará sempre em um rejeito para disposição final no solo e
deverão ser dispostos em aterro sanitário.
Lei de Crimes
Ambientais
Política de Resíduos Sólidos
Responsabilidade compartilhada
Estudante

Chefe do laboratório Técnico responsável

Universidade / Instituto
Obrigada!
Departamento de Gestão e Segurança Ambiental

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◦ Thaysa Paschoalin – Divisão de Biossegurança

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