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UNIVERSIDADE PARANAENSE

DIRETORIA EXECUTIVA DE GESTÃO DA PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO


COORDENADORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
MESTRADO EM BIOTECNOLOGIA APLICADA À AGRICULTURA

MANUSEIO, RISCOS DE CONTAMINAÇÃO


DE MICRORGANISMOS POTENCIALMENTE
PATOGÊNICOS, CONTROLE E DESCARTE DE
PRODUTOS BIOLÓGICOS

Discentes: Caroline Zanella Cagnini


Rayane Monique Sete da Cruz
Bruna Caroline
Docente: Dr. Odair Alberton
• Os agentes biológicos podem causar doenças
graves e até fatais, por isso os materiais
relacionados a contaminação biológica devem
ter destinação correta.
Doenças:
São considerados riscos biológicos: vírus,
bactérias, parasitas, protozoários, fungos e
bacilos.
Os riscos biológicos ocorrem por meio de
microrganismos que, em contato com o
homem, podem provocar inúmeras doenças.
Muitas atividades profissionais favorecem o
contato com tais riscos. É o caso dos
laboratórios.
Entre as inúmeras doenças profissionais
provocadas por microrganismos incluem-se:
tuberculose, brucelose, malária, febre amarela.
Para que essas doenças possam ser
consideradas doenças profissionais, é preciso
que haja exposição do funcionário a estes
microrganismos.
Os riscos biológicos em laboratórios podem estar
relacionados com a manipulação de:
- Agentes patogênicos selvagens;
- Agentes patogênicos atenuados;
- Agentes patogênicos que sofreram processo de
recombinação;
- Amostras biológicas;
- Culturas e manipulações celulares (transfecção,
infecção);
- Animais.
• As principais vias envolvidas num processo
de contaminação biológica são a via cutânea
ou percutânea (com ou sem lesões - por
acidente com agulhas e vidraria, na
experimentação animal - arranhões e
mordidas), a via respiratória (aerossóis), a via
conjuntiva e a via oral.
• A biossegurança que tem como objetivo
principal prevenir, minimizar ou
eliminar os riscos ocupacionais nos
ambientes de trabalho, visando sempre
proteger a saúde do profissional e da
população em geral.
• Medidas de biossegurança: uso de EPI,
conhecimento do trabalho a ser realizado,
possuir treinamento, local adequado, etc.
• Classes de risco:

• Classe 1:baixo risco individual me para


coletividade. Ex: Bacillus subtilis.
• Classe 2: risco individual moderado e baixo
para coletividade. Ex. Vírus hepatite.
• Classe 3: risco individual elevado e baixo para
coletividade. Ex: Culturas de hepatite.
• Classe 4: risco individual elevado e para
coletividade. Ex: Ebola.
• Requisitos de segurança:

• Nivel 1: Laboratórios de ensino básico.


• Nivel 2: Laboratórios clínicos ou hospitalares de
nível primário de diagnóstico. São manipulados
microrganismos da classe 2.
• Nivel 3: São manipulados microrganismos
infecciosos que podem causar doenças graves e até
letais.
• Nivel 4: São manipulados microrganismos da classe
4, e além de todos os equipamentos de segurança
o laboratório deve ser isolado e ter segurança
especial.
A estratégia mais utilizada para o gerenciamento
de resíduos perigosos consiste no seu
acompanhamento do local de geração até sua
disposição final.
Etapas a serem seguidas para o efetivo
gerenciamento:
1. caracterização,
2. segregação,
3. acondicionamento,
4. tratamento,
5. armazenamento,
6. transporte e
7. disposição final
1. CARACTERIZAÇÃO
Os resíduos biológicos ou infectantes são
classificados como Grupo A, segundo a RDC nº
306 da ANVISA, de 2004.
• A1:
• A2:
• A3:
• A4:
• A5:
2. SEGREGAÇÃO

Separação, no local de geração de frações


infecciosas e perigosas das não infecciosas e não
perigosas.
3. ACONDICIONAMENTO
Os resíduos segregados devem ser
apropriadamente acondicionados no local de
geração, para o armazenamento temporário até
o tratamento, transporte ou disposição final.
4. TRATAMENTO

Com o objetivo de reduzir os riscos e facilitar a


sua disposição final, os resíduos podem ser
submetidos a processos, técnicas ou métodos
de tratamento.
Os métodos mais utilizados no
tratamento dos resíduos de saúde são:

• A esterilização a gás ou a vapor;


• desinfecção química por adição de peróxido
de hidrogênio, hipocloritos, ácidos, álcoois,
compostos de amônio quaternário ou cetona;
• incineração, após a compactação ou
trituração dos resíduos, se necessário.
• Ou ainda ser tratados por ativação térmica,
irradiação ou por plasma.
5. ARMAZENAMENTO
Os resíduos não tratados
no estabelecimento
gerador devem ser
armazenados para
posterior transporte ao
local de tratamento ou
destino final.
6. TRANSPORTE
Os resíduos, devidamente
armazenados, devem ser transportados
do local de geração até o local de
armazenamento(transporte interno).
• A coleta e o transporte para fora do
estabelecimento, para tratamento ou
disposição final requerem cuidados
específicos e rígido controle sanitário.
7. DISPOSIÇÃO FINAL

A disposição final dos resíduos envolve seu envio para


aterros sanitários, seguindo as exigências técnicas
legais.
• A disposição dos resíduos com risco biológico,
mesmo já tendo sido submetidos a
tratamento, deve ser realizada em vala
séptica. A vala séptica deve ser projetada de
acordo com a NBR 10157/87 - Aterro de
resíduos perigosos.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
• Ministério da Saúde. Biossegurança em laboratórios
biomédicos e de microbiologia. 3ª Edição revista e
atualizada. Série A. Normas e Manuais técnicos. Brasília- DF,
2006
• ALBUQUERQUE, M.B.M. Biossegurança, uma visão da
história da ciência. Biotecnologia, Ciência &
Desenvolvimento, v.3, n.18, p. 42-45, 2001.
• BORÉM, A. Escape genico & transgenicos. Rio Branco:
Suprema, 2001.
• RDC Nº 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004, Dispõe sobre o
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de
serviços de saúde.

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