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Princípios físico-

químicos laboratoriais

Profª Ma. Brenda Godoy


• Biossegurança é um conjunto de ações que visa prevenir e
Biossegurança minimizar riscos inerentes às atividades de pesquisa,
produção, ensino que, somadas às atitudes éticas, tendem a
conservar a saúde do trabalhador e de todos a sua volta.
RISCO
• Risco é a probabilidade
de ocorrer um dano,
ferimento ou doença.
• Os riscos são divididos
em 5 categorias:
Riscos de
acidentes
• Considera-se risco de acidente qualquer fator
que coloque o trabalhador em situação de perigo
e possa afetar a sua integridade.
• Caracteriza-se por toda ação não programada,
estranha ao andamento normal do trabalho.
• Exemplos: Máquinas e equipamentos sem
proteção, equipamentos de vidro, equipamentos
e instrumentos perfurocortantes, armazenamento
inadequado, cilindros de gases, animais
peçonhentos entre outros.
Riscos
ergonômicos
• Considera-se risco ergonômico qualquer fator que
possa interferir nas características psicofisiológicas
do trabalhador causando desconforto ou afetando a
sua saúde.
• Exemplos: Movimentos repetitivos, postura
inadequada, levantamento e transporte de peso
excessivo, monotonia, mobiliário mal projetado,
ambiente de trabalho desconfortável (ex.: muito
seco, muito frio, muito quente, pouco iluminado,
barulhento), problemas de relações interpessoais
no trabalho etc.
Riscos físicos
• Consideram-se riscos físicos qualquer
forma de energia a que os profissionais
possam estar expostos.
• Exemplos: ruídos, vibrações, pressão,
radiações ionizantes (Raio-X, Iodo 125,
Carbono 14) e não ionizantes (luz
ultravioleta, luz infravermelha, laser, micro-
ondas), temperatura extrema etc.
Riscos
Químicos
• Consideram-se riscos químicos a exposição
a agentes ou substâncias químicas que
possam penetrar no organismo através da
pele, serem inalados ou ingeridos.
• Exemplos: Substâncias irritantes, oxidantes,
corrosivas, inflamáveis, partículas de poeira,
gases, fumo, névoa etc.
Riscos
Biológicos
• Consideram-se riscos biológicos as bactérias,
fungos, vírus, parasitas entre outros.
• Os agentes de riscos biológicos podem ser
distribuídos em 4 classes, de acordo com a
patogenicidade para o homem, virulência, modos
de transmissão, disponibilidade de medidas
profiláticas eficazes e disponibilidade de
tratamento eficaz e endemicidade.
Classe de risco I – Microrganismo com pouca probabilidade
de provocar enfermidades humanas ou veterinárias. Baixo
risco individual ou para comunidade.

Classe de risco II – A exposição ao microrganismo pode

Classes provocar infecção; porém, existem medidas eficazes de


tratamento. Risco individual moderado e risco limitado para a

de risco
comunidade.
Classe de risco III – O microrganismo pode provocar

biológico
enfermidade humana grave e se propagar de uma pessoa
infectada para outra; porém, existe profilaxia eficaz. Risco
individual elevado e baixo risco comunitário.
Classe de risco IV – Microrganismo que representa grande
ameaça humana e animal, com fácil propagação de um
indivíduo para o outro, não existindo profilaxia ou tratamento.
Elevado risco individual e para comunidade.
Nível de contenção
física para manipulação
de agentes biológicos

• Nível 1 – Microrganismos de
classe de risco I podem ser
manipulados em laboratórios de
ensino básico com a utilização de
EPIs.
Nível de contenção física para
manipulação de agentes biológicos
• Nível 1
• Limitar o acesso ao laboratório ou restringí-lo somente às pessoas autorizadas pela chefia do
laboratório.
• Lavar as mãos.
• Não comer, beber, fumar, mascar chicletes, manusear lentes de contato, aplicar cosméticos ou
armazenar alimentos para consumo nas áreas de trabalho. As pessoas que usam lentes de
contato em laboratórios devem usar também óculos de proteção ou protetores faciais. Os
alimentos devem ser guardados fora das áreas de trabalho.
• É proibida a pipetagem com a boca; devem ser utilizados dispositivos mecânicos.
• Manter as unhas cortadas.
• Não usar anéis, pulseiras, relógios e cordões longos, durante as atividades laboratoriais.
Nível de contenção física para
manipulação de agentes biológicos
• Nível 1
• Não utilizar a pia do laboratório como lavatório.
• Usar roupa de proteção durante o trabalho. Essas peças de vestuário não devem ser usadas em outros
espaços que não sejam do laboratório (escritório, biblioteca, salas de estar e refeitório).
• As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas ao término da atividades e sempre depois de
qualquer derramamento de material viável.
• Todas as culturas, colônias e outros resíduos devem ser descontaminados antes de serem descartados
através de um método de descontaminação aprovado como, por exemplo, esterilização por calor úmido
(autoclave). Os materiais que forem ser descontaminados fora do laboratório deverão ser colocados em
recipientes inquebráveis, à prova de vazamentos e hermeticamente fechados para serem transportados ao
local desejado.
• Afixar o símbolo internacional de "Risco Biológico" na entrada do laboratório. Neste alerta deve constar
o(s) agente(s) manipulado(s) e o nome e número do telefone do pesquisador responsável.
Nível de contenção
física para manipulação
de agentes biológicos

• Nível 2 – Microrganismos de classe


de risco II podem ser manipulados em
laboratórios clínicos ou hospitalares
com finalidade de diagnóstico e
requer, além dos EPIs necessários,
cabine de segurança biológica.
Nível de contenção
física para manipulação
de agentes biológicos

• Nível 2
• O acesso ao laboratório restrito ou limitado somente às pessoas autorizadas pela chefia.
• Não é permitida a presença de crianças.
• O acesso ao laboratório deverá ser limitado ou restrito de acordo com a definição do chefe do laboratório, quando o trabalho
com agentes infecciosos estiver sendo realizado. Em geral, pessoas susceptíveis às infecções, ou pessoas que quando
infectadas possam apresentar sérias complicações, não são permitidas no laboratório.
• Estabelecimento de normas e de procedimentos com ampla divulgação para todos os trabalhadores sobre o potencial de risco
associado ao trabalho, bem como sobre os requisitos específicos (por exemplo, imunização) para entrada em laboratório.
• O símbolo de "Risco Biológico" deve ser colocado na entrada do laboratório onde agentes etiológicos estiverem sendo
utilizados. Este sinal de alerta deverá conter informações como o(s) nome(s) o(s) agente(s) manipulado(s), o nível de
Biossegurança, as imunizações necessárias, o nome e número do telefone do pesquisador resposável, o tipo de equipamento
de proteção individual que deve ser usado no laboratório e os procedimentos necessários para sair do laboratório.
• O pessoal do laboratório deve estar apropriadamente imunizado ou examinado quanto aos agentes manipulados ou
potencialmente presentes no laboratório (por exemplo, vacina contra a hepatite B ou teste cutâneo para a tuberculose).
Nível de contenção
física para manipulação
de agentes biológicos

• Nível 2
• Os procedimentos de Biossegurança devem ser incorporados aos procedimentos operacionais padrões ou a
um manual de Biossegurança específico do laboratório, adotado ou preparado pelo diretor do laboratório.
Todo pessoal deve ser orientado sobre os riscos e devem ler e seguir as instruções sobre as práticas e
procedimentos requeridos.
• O chefe do laboratório deve assegurar que o laboratório e a equipe de apoio receba um treinamento
apropriado sobre os riscos potenciais associados ao trabalho desenvolvido, as precauções necessárias para
prevenção de exposição e os procedimentos para avaliação das exposições. A equipe de funcionários deve
receber cursos de atualização anuais ou treinamento adicional quando necessário e também no caso de
mudanças de normas ou de procedimentos.
• Deve-se sempre tomar uma enorme precaução em relação a qualquer objeto perfurocortante, incluindo
seringas e agulhas, lâminas, pipetas, tubos capilares e bisturis.
• Agulhas e seringas hipodérmicas ou outros instrumentos perfurocortantes devem ficar restritos ao
laboratório e usados somente quando não houver outra alternativa. Recipientes plásticos devem ser
substituídos por recipientes de vidro sempre que possível.
Nível de contenção
física para manipulação
de agentes biológicos

• Nível 2
• Devem ser usadas somente seringas com agulha fixa ou agulha e seringa em uma unidade única descartável usada para injeção ou
aspiração de materiais infecciosos. As agulhas descartáveis usadas não devem ser dobradas, quebradas, reutilizadas, removidas das
seringas ou manipuladas antes de serem desprezadas. Ao contrário, elas devem ser cuidadosamente colocadas em recipiente
resistente a perfurações localizado convenientemente, utilizado para recolhimento de objetos perfurocortantes descartados. Objetos
perfurocortantes não descartáveis devem ser colocados em um recipiente cuja parede seja bem resistente para o transporte até a
área para descontaminação, de preferência através de uma autoclave.
• Vidros quebrados não devem ser manipulados diretamente com a mão, devem ser removidos através de meios mecânicos como uma
vassoura e uma pá de lixo ou pinças. Os recipientes que contêm agulhas, equipamentos cortantes e vidros quebrados contaminados
devem passar por um processo de descontaminação antes de serem desprezados.
• Os equipamentos laboratoriais com defeitos devem ser descontaminados antes de serem enviados para conserto ou removidos do
local.
• Respingos e acidentes resultantes de uma exposição ao material infeccioso devem ser imediatamente notificados ao chefe do
laboratório. A avaliação médica, a vigilância e o tratamento devem ser providenciados e registros do acidente e das providências
adotadas deverm ser mantidos por escrito.
• É proibida a presença de animais em áreas laboratoriais.
Nível de contenção
física para manipulação
de agentes biológicos

• Nível 3 – Microrganismos de classe de risco


III ou grandes volumes e concentrações de
microrganismo de classe de risco II.
• Além do requerido no nível de risco 2, é
necessário um controle rígido quanto à
inspeção e manutenção das instalações e
equipamentos e treinamento específico para
manipulação desses microrganismos.
Nível de contenção
física para manipulação
de agentes biológicos

• Nível 3
• O acesso ao laboratório é rigorosamente limitado.
• O trabalho no laboratório deve ser executado em dupla.
• Não é permitido o trabalho ou a presença de mulheres grávidas, de pessoas portadoras de ferimentos ou queimaduras,
imunodeficientes ou imunodeprimidas.
• O chefe do laboratório deve estabelecer normas e procedimentos pelos quais só serão admitidas no laboratório que já tiverem
recebido informações sobre o potencial de risco, que atendam todos os requisitos para a entrada no mesmo (por exemplo,
imunização) e que obedeçam a todas as regras para entrada e saída no laboratório.
• O pessoal do laboratório deve ser apropriadamente imunizado ou examinado quanto aos agentes manipulados ou
potencialmente presentes no laboratório (por exemplo, vacina para hepatite B ou teste cutâneo para tuberculose) e exames
periódicos são recomendados.
• Amostras sorológicas de toda a equipe e das pessoas expostas ao risco devem ser coletadas e armazenadas adequadamente
para futura referência. Amostras sorológicas adicionais poderão ser periodicamente coletadas, dependendo dos agentes
manipulados ou do funcionamento do laboratório.
• O chefe do laboratório deve assegurar que antes que o trabalho com os microrganismos classificados com da classe de risco 3
se inicie, toda a equipe do laboratório demonstre estar apto para as práticas e técnicas padrões de segurança e demonstre
habilidade também nas práticas e operações específicas do laboratório.
Nível de contenção
física para manipulação
de agentes biológicos

• Nível 3
• Deve-se tomar uma extrema precaução, quando objetos cortantes, incluindo seringas e agulhas,
lâminas, pipetas, tubos capilares e bisturis forem manipulados.
• Agulhas e seringas hipodérmicas ou outros instrumentos perfurocortantes devem ficar restritos ao
laboratório e usados somente quando não houver outra alternativa. Recipientes plásticos devem ser
substituídos por recipientes de vidro sempre que possível.
• Devem ser usadas somente seringas com agulha fixa ou agulha e seringa em uma unidade descartável
(por exemplo, quando a agulha é parte integrante da seringa) usada para injeção ou aspiração de
materiais infecciosos. As agulhas descartáveis usadas não devem ser dobradas, quebradas, reutilizadas,
removidas das seringas ou manipuladas antes de serem desprezadas. Elas devem ser cuidadosamente
colocadas em um recipiente de paredes rígidas, resistente a perfurações, localizado próximo à área de
trabalho, utilizado para recolhimento de objetos perfurocortantes desprezados. Estes recipientes
devem ser esterelizados antes de serem removidos da área de biocontenção para o descarte e
disposição final.
Nível de contenção
física para manipulação
de agentes biológicos

• Nível 3
• Vidros quebrados não devem ser manipulados diretamente com a mão, devem ser removidos através
de meios mecânicos como uma vassoura e uma pá de lixo ou pinças.
• Todas as manipulações abertas que envolvam materiais infecciosos devem ser conduzidas no interior
de cabines de segurança biológica ou de outros dispositivos de contenção física dentro de um módulo
de contenção. Nenhum trabalho onde tenhamos que abrir a pele para alcançarmos os vasos deverá ser
conduzido em bancadas abertas. A limpeza deverá ser facilitada através do uso de toalhas absorventes
com uma face de plástico voltada para baixo, recobrindo as superfícies de trabalho não perfuradas das
cabines de segurança biológica.
Nível de contenção
física para manipulação
de agentes biológicos

• Nível 3
• O equipamento laboratorial e as superfícies de trabalho devem ser descontaminadas rotineiramente com
um desinfetante eficaz após a conclusão do trabalho com materiais infecciosos, especialmente no caso de
derramamento, vazamentos ou outras contaminações por materiais infecciosos.
• Vazamentos de materiais infecciosos devem ser descontaminados, contidos e limpos pela equipe do
laboratório equipadas para trabalharem com material infeccioso concentrado. Os procedimentos
operacionais padrões a respeito deste tipo de incidente devem ser desenvolvidos.
• Respingos e acidentes resultantes de uma exposição ao material infeccioso devem ser imediatamente
notificados ao chefe do laboratório. A avaliação médica, a vigilância e o tratamento devem ser
providenciados e registros do acidente e das providências adotadas devem ser mantidos por escrito.
• Os equipamentos laboratoriais com defeitos devem ser descontaminados antes de serem enviados para
conserto ou removidos do local.
Nível de contenção física
para manipulação de
agentes biológicos
• Nível 4 – Microrganismos de classe de risco IV. É
uma unidade funcional independente de outras
áreas e requer, além de todas as contenções
necessárias nos outros níveis, procedimentos
especiais de segurança.
Nível de contenção física para
manipulação de agentes biológicos
• Nível 4
• Somente as pessoas envolvidas na programação e no suporte ao programa a ser desenvolvido e cujas presenças forem solicitadas
no local ou nas salas do laboratório devem ter permissão para entrada no local. O chefe do laboratório deverá ter a
responsabilidade final no controle do acesso. Antes de entrar no laboratório, as pessoas devem ser avisadas sobre o risco
potencial e devem ser instruídas sobre as medidas apropriadas de segurança. As pessoas autorizadas devem cumprir com rigor as
instruções dadas e todos os outros procedimentos aplicáveis para a entrada e saída do laboratório. Deve haver registro de
entrada e de saída de pessoal.
• O chefe do laboratório deve ser o responsável por assegurar que, antes de iniciar o trabalho com microrganismos pertencentes à
classe de risco 4, toda a equipe demonstre uma alta competência em relação às práticas e técnicas de segurança e em práticas e
operações especiais específicas para a execução das atividades do laboratório. Isto poderá incluir uma experiência anterior no
manuseio de patógenos humanos ou culturas de células, ou um treinamento específico fornecido pela chefia do laboratório ou
por outro perito com experiência nestas técnicas e práticas microbiológicas singulares.
• O pessoal do laboratório deve ser apropriadamente imunizado e examinado periodicamente.
• Amostras sorológicas de toda a equipe do laboratório e de outras pessoas expostas a um elevado risco deverão ser coletadas e
armazenadas. Amostras sorológicas adicionais devem ser periodicamente coletadas, dependendo dos agentes manipulados ou do
funcionamento do laboratório. Ao estabelecer um programa de vigilância sorológica deve-se considerar a disponibilidade dos
métodos para a avaliação do anticorpo do(s) agente(s) em questão. O programa para o teste das amostras sorológicas deve ter
um intervalo a cada coleta e o responsável pelo projeto deve comunicar os resultados aos participantes.
Nível de contenção física para
manipulação de agentes biológicos
• Nível 4
• Um manual sobre Biossegurança deve ser preparado e adotado. A equipe deve ser
avisada quanto aos perigos e riscos especiais e deve ler e seguir as instruções sobre as
práticas e procedimentos.
• A equipe do laboratório e a equipe de apoio devem receber treinamento adequado
sobre os perigos e riscos associados ao trabalho, as precauções necessárias para a
prevenção de exposições e os procedimentos de avaliação da exposição. A equipe
também deve participar de cursos de atualização anual ou treinamento adicional quando
necessário em caso de mudanças nos procedimentos.
• A entrada e saída de pessoal do laboratório devem ocorrer somente após uso do
chuveiro e troca de roupas. Os funcionários devem usar o chuveiro de descontaminação
a cada saída do laboratório.
• Todos os materias de entrada devem ser descontaminadas em autoclave de dupla porta,
câmara de fumigação ou sistema de antecâmara pressurizada antes de serem utilizados.
Nível de contenção física para
manipulação de agentes biológicos
• Nível 4
• Deve-se sempre tomar extrema precaução com qualquer objeto perfurocortante contaminado, como seringas e agulhas,
lâminas, pipetas, tubos capilares e bisturi.
• Agulhas e seringas hipodérmicas ou outros instrumentos cortantes são restritos ao laboratório e usados somente
quando não houver outra alternativa para inoculação parenteral, flebotomia ou aspiração de fluídos de animais de
laboratório e de garrafas com diafragma. Recipientes plásticos devem ser substituídos por recipientes de vidro sempre
que possível.
• Devem ser usadas somente seringas com agulhas fixas ou agulha e seringa em uma unidade única e descartável (por
exemplo, quando a agulha é parte integrante da seringa) usada para injeção ou aspiração de materiais infecciosos. As
agulhas descartáveis usadas não devem ser dobradas, quebradas, reutilizadas, removidas das seringas ou manipuladas
antes de serem desprezadas. Ao contrário, elas devem ser cuidadosamente acondicionadas em um recipiente resistente
a perfurações localizado convenientemente, utilizado para recolhimento de objetos cortantes desprezados. Objetos
cortantes não descartáveis devem ser acondicionados em um recipiente cuja parede deverá ser bem resistente para o
transporte até uma área para descontaminação, de preferência através de uma autoclave.
• Vidros quebrados não devem ser manipulados diretamente com a mão, devem ser removidos através de meios
mecânicos como uma vassoura e uma pá de lixo, pinças ou fórceps. Os recipientes que contêm agulhas, equipamentos
cortantes e vidros quebrados contaminados devem passar por esterilização antes de serem incinerados.
Nível de contenção física para
manipulação de agentes biológicos
• Nível 4
• Nenhum material, com exceção do material biológico que deve permanecer intacto ou viável
pode ser removido de um laboratório de nível de Biossegurança 4, sem antes ter sido
autoclavado. Equipamentos ou materiais que não resistam a temperaturas elevadas ou ao vapor
devem ser descontaminados utilizando-se outras metodologias de descontaminação
comprovadas e validadas.
• Um sistema de notificação de acidentes e exposições laboratoriais, absenteísmo de empregados e
doenças associadas ao laboratório deve ser organizado, bem como um sistema de vigilância
médica. Relatos por escrito deverão ser preparados e mantidos. Deve-se ainda, prever uma
unidade de quarentena, isolamento e cuidados médicos para o pessoal contaminado por doenças
conhecidas ou potencialmente associado a laboratório.
• Todos os materiais não relacionados ao experimento que estiver sendo realizado no momento
não devem ser permitidos no laboratório.
Mapa de risco
• O Mapa de risco é uma
representação gráfica de um
conjunto de fatores presentes nos
locais de trabalho capazes de
acarretar prejuízos à saúde dos
servidores, causando
acidentes e doenças do trabalho.
• É utilizado para facilitar a
visualização dos riscos existentes
no local.
BOAS • As Boas Práticas de Laboratório (BPL) são um conjunto de ações
com o objetivo de proporcionar a diminuição dos riscos do
PRÁTICAS DE ambiente laboratorial.

LABORATÓRIO • Estas medidas são constituídas por atividades organizacionais do


ambiente de trabalho e por procedimentos básicos como a utilização
– BPL de Equipamentos de Proteção Individual
Equipamentos de Proteção Coletivos (EPCs), limpeza e
(EPIs) e

higienização do ambiente laboratorial entre outras.


Recomendações
BPL
• (Disponível na NR-32).
• Higienização e limpeza adequada do ambiente;
• O laboratório deve dispor de um manual de Biossegurança;
• Os produtos químicos tóxicos devem estar devidamente
identificados e armazenados;
• Equipamentos de risco devem ser dispostos em área segura (ex.
autoclave, contêiner de nitrogênio etc.);
• Para sua segurança, procure conhecer os perigos oferecidos
pelos produtos químicos utilizados no seu laboratório;
• O laboratório deve manter uma pasta com as Fichas de
Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) em
local visível e de fácil acesso;
Recomendações
BPL
• Evitar transportar materiais químicos ou
biológicos de um lugar para outro no
laboratório;
• Utilizar armários próprios para guardar objetos
pessoais;
• O ambiente laboratorial deve ser bem
iluminado;
• A sinalização de emergência deve estar
presente nos laboratórios;
• O laboratório deve possuir caixa de primeiros
socorros e pessoal treinado para utilizá-los;
• Os extintores devem estar dentro do prazo de
validade e com pressão dentro dos limites de
normalidade;
Recomendações BPL

• Identificar as tomadas quanto à voltagem;


• O laboratório deve fornecer quantidades
suficientes de EPI e EPC;
• Usar corretamente os equipamentos;
• Manter protocolo de rotina acessível em caso de
acidentes;
• Nunca pipetar com a boca, usar pipetadores
automáticos, manuais ou peras de borracha;
• Não comer, beber, preparar alimentos ou utilizar
cosméticos no laboratório;
• Evitar levar as mãos à boca, nariz, cabelo, olhos
e ouvidos no laboratório;
Recomendações BPL

• Lavar as mãos antes e após os


experimentos;
• Utilizar jaleco apenas dentro do laboratório;
• Utilizar sempre sapato fechado;
• Manter os cabelos presos;
• Manter as unhas curtas e limpas;
• O ideal é não usar lentes de contato no
laboratório mas, caso seja necessário, não
manipulá-las e utilizar óculos de proteção;
• Não usar colar, anéis, pulseiras, brincos e
piercing dentro do laboratório;
Recomendações BPL

• Sempre usar luvas ao manipular materiais


potencialmente infectantes;
• Não manipular objetos de uso coletivo como,
por exemplo, maçanetas e telefone, enquanto
estiver usando luvas;
• Saber onde ficam os EPCs e como utilizá-los;
• Utilizar cabine de segurança biológica sempre
que manipular materiais que precisem de
proteção contra contaminação;
• Não atender celular quando estiver dentro do
laboratório;
• Manter a organização na bancada;
• Evitar trabalhar sozinho no laboratório.
Lavagem
das mãos
• Este procedimento é necessário
antes e depois da manipulação
de materiais dentro do
laboratório.
• Deve-se utilizar água corrente e
sabão, de acordo com a
indicação ao lado.
• O uso de luvas de proteção para
manipulação de materiais
biológicos e químicos não
substitui a lavagem correta das
mãos.
Equipamentos de
Proteção Individual -
EPI

• São elementos de contenção, de


uso individual, utilizados para
proteger o profissional do contato
de agentes biológicos, físicos,
químicos, calor ou frio excessivo
entre outros riscos presentes no
ambiente de trabalho.
Equipamentos
de Proteção
Individual – EPI

• Jaleco: Fornece uma barreira de proteção e reduz a


possibilidade de contaminação por microrganismos.
• Previne a contaminação das roupas e protege a pele da
exposição de sangue e fluídos.
• Deve ser de manga longa, algodão ou fibra sintética (não
inflamável).
• Recomenda-se o uso constante no ambiente laboratorial
e a descontaminação antes da lavagem.
Equipamentos de
Proteção Individual – EPI
• Luvas: devem ser utilizadas para manipulação de materiais
potencialmente infectantes, produtos químicos ou em
condições de temperaturas extremas, de acordo com as
classificações indicadas abaixo:
A) de látex: para procedimentos em geral, para proteção
contra agentes biológicos, ácidos e bases diluídos, exceto
para solventes orgânicos.
B) de cloreto de viníla (PVC) e látex nitrílico: para produtos
químicos, principalmente ácidos, cáusticos e solventes.
C) de fibra de vidro com polietileno reversível: para proteção
contra materiais cortantes.
Equipamentos de
Proteção Individual – EPI
D) de fio de kevlar tricotado: para manuseio de materiais
em temperaturas até 250ºC.
E) térmicas de nylon: para manuseio de materiais em
temperaturas ultrabaixas (Ex. Nitrogênio líquido 195°C).

F) de borracha: para serviços gerais de limpeza e


descontaminação.
Equipamentos de Proteção
Individual – EPI

• Máscara: Protege ou minimiza a inalação de gases,


poeira, névoas e voláteis. Pode ser de tecido, sintética
e com filtro. Os filtros são classificados da seguinte
forma:
- PFF1: poeiras e névoas.
- PFF2: poeiras, névoas, fumos e agentes
biológicos/voláteis.
- PFF3: poeiras, névoas, fumos, radionuclídeos e
preparação de quimioterápicos e citostáticos/ voláteis.
- Obs: PPF = Peças Faciais Filtrantes
Equipamentos de Proteção
Individual – EPI

• Touca: Protege o cabelo do contato com materiais


infectantes e produtos químicos.
• Óculos de proteção e protetor facial: Protege os
olhos e o rosto contra gotas, impacto, borrifo,
salpicos e radiação ultravioleta.
Equipamentos de
Proteção Coletiva – EPC

• São equipamentos de contenção que possibilitam a


proteção dos profissionais no ambiente de trabalho.
A) Chuveiro de emergência: para banhos em caso de
acidentes com produtos químicos e fogo. É instalado
em local de fácil acesso sendo acionado por
alavancas de mão, cotovelos ou joelhos.
B) Lava-olhos: usado em casos de acidentes na mucosa
ocular, promovendo a remoção da substância e
diminuindo os danos.
C) Autoclave: para o processo de esterilização de
materiais ou resíduos produzidos em laboratório,
diminuindo os efeitos contaminantes dos resíduos
sobre o meio ambiente.
Equipamentos de
Proteção Coletiva – EPC

D) Cabines de Segurança Biológica: protege o profissional e


o ambiente laboratorial dos aerossóis potencialmente
infectantes que podem se espalhar durante a manipulação
dos materiais biológicos. Alguns tipos de cabine protegem
também o produto manipulado do contato com o meio
externo, evitando contaminação.

E) Extintores de incêndio: para acidentes envolvendo fogo.


São classificados de acordo com o material envolvido no
incêndio.
F) Kit de derramamento: composto por luvas, vermiculita e
máscara com filtros. Deve-se manter o kit em local visível e
de fácil acesso

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