Podemos destacar cinco principais tipos de riscos encontrados em um
ambiente laboratorial. O risco biológico diz respeito ao manuseio e a utilização de materiais biológicos, que podem conter fungos, bactérias, vírus, parasitas, dentre outros. O risco ergonômico está relacionado ao trabalho no laboratório propriamente dito, como postura inadequada frente a bancada, movimentos repetitivos, flexão de matérias pesados. Sobre os riscos físicos podemos atribuir às condições físicas inadequadas como radiações ionizantes e não-iônizantes, ruído, calor, pressões. Os riscos químicos estão ligados a exposição de agentes químicos como poeiras, gazes, névoas de reagentes químicos por exemplo. Riscos acidentais tem relação compossíveis catascatástrofes ou acidentes que podem ocorrer em ambiente laboratorial, explosões, incêndios, queimaduras, perfurações e cortes. Todos estes riscos devem ser evitados a partir de uma cultura de boas práticas instituída dentro dos laboratórios.
2. Para o descarte correto do material biológico inicialmente ele precisa
ser segregado de maneira correta, para isso é preciso separa-lo em 5 categorias: A- resíduo infectante, B- resíduo químico, C- resíduo radioativo, D- resíduo comum e E – resíduo perfuro-cortante. Após a segregação e o armazenamento de maneira adequada, este lixo deve ser levado por empresa especializada para sua destinação final que pode ser a incineração, o aterramento ou a radiação a depender do tipo de lixo biológico. Em caso de erro na etapa de segregação e um elemento perfuro-cortante, por exemplo, for parar em um saco para lixo comum pode ocorrer um acidente com material contaminado com o trabalhador que pode ser o agente de limpeza do próprio laboratório no momento de acondicionamento deste lixo. 3. Sobre os níveis de contenção laboratorial, podemos classifica-los em 4 níveis. O nível de contenção 1 se refere aos laboratórios que trabalham com microrganismos de classe 1, ou seja que o risco para o ser humano é muito baixo ou inexistente, Ex: lactobacilos . Os laboratórios que possuem contenção nível 2, são aqueles que trabalham com microrganismos de classe 2, ou seja aqueles que podem provocar infecções no ser humano porém já existem tratamento para as mesmas, ex: Virus da gripe, neste caso os laboratórios necessitam de barreiras físicas primárias, como a instalação de equipamentos de proteção coletiva e o uso de Equipamentos de proteção individual. Para contenções de classe 3, os laboratórios necessitam manusear microrganismos de classe 3, os quais podem provocar infeções graves, porém possuem tratamento conhecido. Além das barreiras que devem ter nas contenções de nível 2, o nível 3 precisa ser desenhado de maneira especial, respeitando padrões já instituídos pelos órgão de controle, além disso, a equipe precisa ter treinamento específico. O último nível de contenção, o nível 4 diz respeito aos laboratórios que utilizam patógenos de classe 4, que tem alto risco de infecções individuais, alta transmissibilidade para a comunidade e não possui tratamento conhecido, exemplo: Virus do Covid-19. Neste caso segue-se um rígido controle de segurança, além das barreiras citadas nos demais níveis.
4- Os estágios que o laboratório necessita seguir para garantir a qualidade
dos seus processos são: Sistema de qualidade, Garantia d qualidade, Controle de qualidade e Gestão da qualidade total. Exemplo de controle de qualidade: implementar um checklist das ações que devem ser realizadas antes de um procedimento
5. O controle da qualidade interno é feito pelo próprio laboratório,
realizando analises clinicas em amostras controle, registrando os resultados obtidos. Já o controle de qualidade externo o laboratório deve participar de Ensaios de Proficiência, registrando o resultado das analises e tomando providências quando o resultado não corresponder aos parâmetros ideais.
Solicitação e Interpretação de Exames Laboratoriais: Uma visão fundamentada e atualizada sobre a solicitação, interpretação e associação de alterações bioquímicas com o estado nutricional e fisiológico do paciente.