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CURSO INTRODUTÓRIO À BIOSSEGURANÇA BÁSICA.

O curso em biossegurança básica foi elaborado com o objetivo de fornecer informações


iniciais gerais sobre os procedimentos necessários para o desenvolvimento seguro de
atividades de prática nos laboratórios de ensino das Faculdades INTA.
As orientações apresentadas neste curso são de extrema importância para a
identificação e minimização dos riscos existentes durante a realização das aulas
práticas.

OBJETIVO
 Prover informações que auxiliem a prevenir, minimizar e, se possível, eliminar a
exposição aos riscos presentes nos laboratórios relacionados às atividades práticas.
 Evitar acidentes e preservar a saúde dos alunos e funcionários, comunidade e
do meio ambiente.

APRESENTAÇÃO

A segurança nas atividades laboratoriais, a preservação da saúde e a proteção do meio


ambiente são essenciais na conduta prática do laboratório, sejam elas de pesquisa e/ou
ensino.
A prevenção ou a redução do risco de desenvolver doenças por exposição a diversos
agentes presentes no ambiente de laboratório podem ser alcançadas pelo uso de boas
práticas.
CONCEITOS BÁSICOS:

Para efeito deste curso, são adotadas as seguintes definições de acordo com a
Fundação Osvaldo Cruz - FIOCRUZ:

1. Biossegurança
“Conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços, tendo por finalidade a saúde do homem e animais, preservação
do meio ambiente e qualidade dos resultados”.

2. Risco:
É uma função da probabilidade de ocorrência de efeitos adversos, bem como da
severidade desse efeito.

3. Tipos de Riscos:
Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos de Riscos:
 Riscos Físicos: Está relacionado às diversas formas de energia, como pressões
anormais, temperaturas extremas, ruído, vibrações, radiações ionizantes (Raio X, iodo
125, Carbono 14), ultrassom, radiações não ionizantes (luz Infravermelha, luz
Ultravioleta, laser, micro-ondas), a que podem estar expostos os trabalhadores.
 Riscos Biológicos: Referem-se a materiais provenientes de seres vivos como
plantas, animais, bactérias, fungos e entre outros.
 Riscos Químicos: Referem-se as substâncias químicas dos gases, líquidos e
sólidos, bem como solventes combustíveis, explosivos, irritantes, voláteis, cáusticos,
corrosivos e tóxicos. Eles devem ser manipulados de forma adequada em locais que
assegurem a segurança do estudante, dos profissionais e do meio ambiente.
 Riscos Ergonômicos: Qualquer fator que possa interferir na integridade física ou
mental do estudante, proporcionando-lhe desconforto ou doença, assim gerando
distúrbios psicológicos e fisiológicos do estudante, ocasionando desconforto ou
afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento de peso, ritmo
excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho e etc.
Em geral, devem-se preocupar com as distâncias em relação à altura dos balcões,
cadeiras, prateleiras, capelas, circulação e obstrução de áreas de trabalho. O termo
criado para esse tipo de risco ergonômicos foi o LER (Lesões causadas por esforços
repetitivos), que atualmente, se denomina de DORT (Doenças Osteomusculares
Relacionadas com o Trabalho). As manifestações comuns das lesões podem ser
facilmente localizadas por calor localizado, choques, dores dormências, formigamentos,
inchaços, pele avermelhada e perda de força muscular.
 Riscos de Acidentes: Qualquer fator que coloque o estudante em situação
vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem-estar físico e psíquico. São
exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção,
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento
inadequado, etc.

4. Material Biológico
Material que contenha informação genética e seja capaz de auto reprodução ou
de ser reproduzido em um sistema biológico. Inclui os organismos cultiváveis e agentes
(entre eles bactérias, fungos filamentosos, leveduras e protozoários); as células
humanas, animais e vegetais, as partes replicáveis destes organismos e células
(bibliotecas genômicas, plasmídeos, vírus e fragmentos de DNA clonado), príons e os
organismos ainda não cultivados.
Forma de escape – O agente infeccioso pode ser expelido pelos animais por via
natural ou artificial. Excreções do agente pela urina, saliva e fezes ou através de lesões
na pele são exemplos. Há vários mecanismos de escape artificial, como biópsia, coleta
de sangue, tecidos e fluidos corpóreos, necropsia e instrumental cirúrgico contaminado.
Transmissão – A transmissão do agente do animal ou do laboratório pode ocorrer
por várias rotas. A mais frequente envolve agulhas e seringas contaminadas e a
formação de aerossóis e sua fácil disseminação é uma forma comum de transmissão.
Exposição – A inalação, o contato com membranas mucosas e a inoculação
parenteral são as formas de exposição mais frequentes. Os mecanismos mais comuns
de exposição, quando animais de laboratório estão envolvidos, são:
 Inoculação direta por agulhas, contaminação de cortes ou arranhões
preexistentes por instrumentos contaminados e agressão animal;
 Inalação de aerossóis durante o manejo animal e nos procedimentos e
manipulação na experimentação animal;
 Contato das membranas mucosas dos olhos, boca ou narinas por gotículas de
materiais, mãos e superfícies contaminadas;
 Pipetar com a boca, embora esta ingestão seja pouco comum, uma vez que as
Boas Práticas Laboratoriais (BPL) desaprovam esta ação.
4.1. Grau de risco associado ao material biológico manipulado.
Análise de Risco: Processo de levantamento, avaliação, e comunicação dos
riscos, considerando o ambiente e os processos de trabalho, a fim de implementar ações
destinadas à prevenção, controle, redução ou eliminação dos mesmos. O acidente é
compreendido como um acontecimento desagradável, podendo estar relacionado com
os fatores abaixo:
 Falta de treinamento: O treinamento em biossegurança é de suma importância
funcionários e os estudantes conheçam as práticas laboratoriais como também os riscos
presentes. O treinamento evita acidentes e melhora o desempenho.
 Exibicionismo: Devemos respeitar nossos limites, portanto, qualquer atitude ou
comportamento que exceda a nossa atividade são possíveis fontes geradoras de
acidentes.
 Excesso de autoconfiança: Com o passar do tempo o trabalhador adquire
habilidades, sendo às vezes benéficas, porém, e as vezes esta habilidade apresenta o
que chamamos de autoconfiança, ignorando certas medidas de segurança,
indispensáveis às suas atividades, aumentando consideravelmente os riscos de
acidentes.
 Fator pessoal de insegurança: Um fator psicológico presente que se dá pela falta
de concentração por problemas financeiros, de saúde em família, monotonia.

5. Profissional Responsável
O perfil do profissional responsável se dá pelo aspecto de conhecimento, experiência,
formação e treinamento específico para a área de atuação e que exerce a função de
supervisão do trabalho.

6. Contenção:
Tem como objetivo reduzir danos coletivos assegurando a promoção da saúde
da equipe, para isso é necessário fazer uma análise dos riscos, ou seja, analise dos
agentes químicos, físicos e biológicos manipulados. Eles são divididos em:
Barreiras primarias: São equipamentos de proteção primárias que visam a
proteção do estudante (EPI) e do meio ambiente (Coletivo).
Barreiras Secundarias: Infraestrutura laboratorial, ou seja, uma instalação
adequada que está de acordo com o funcionamento do laboratório e com o nível de
biossegurança recomendado para os agentes manipulados no local, atuando também
como uma barreira de contenção secundária. Em relação a manipulação de agentes
biológicos, serão enumerados os seguintes critérios:
 Identificação do nível de Biossegurança e dos microrganismos
 Separação do laboratório do acesso público.
 Laboratório com acesso controlado.
 Local para armazenar EPIs de uso exclusivo no laboratório.
 Paredes, tetos e pisos, impermeáveis e resistentes à desinfecção.
 Autoclave próxima ao laboratório
Em relação aos microrganismos de classe de risco 2 que serão manipulados.
Além dos critérios relacionados no risco 1, são recomendados também:
 Lavatório para as mãos próximo à entrada do laboratório.
 Torneira com acionamento sem uso das mãos ou alavanca.
 Sistema central de ventilação.
 Janelas vedadas.
 Antecâmara.
 Sistema de geração de emergência elétrica.
 Cabine de segurança biológica, caso se aplique.

7. Classe de Risco:
Os agentes biológicos que afetam o homem, os animais e as plantas são
distribuídos em classes de risco assim definidas de acordo com o Ministério de Saúde
(2006):
Classe de risco 1: Baixo risco individual e para a coletividade, ou seja, inclui os
agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças em pessoas ou animais
adultos sadios. Exemplo: Lactobacillus sp.
Classe de risco 2: Moderado risco individual e limitado risco para a comunidade,
ou seja, inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais,
sendo que seu potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio
ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas
eficazes. Exemplo: Schistosoma mansoni.
Classe de risco 3: Alto risco individual e moderado risco para a comunidade, ou
seja, inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via
respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para
as quais existem usualmente medidas de tratamento e/ou de prevenção. Representam
riscos se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de
pessoa a pessoa. Exemplo: Bacillus anthracis.
Classe de risco 4: Alto risco individual e para a comunidade, ou seja, inclui os
agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de
transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma medida profilática ou
terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes. Causam doenças humanas
e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no
meio ambiente. Esta classe inclui principalmente os vírus. Exemplo: Vírus Ebola.
Classe de risco especial: Alto risco de causar doença animal grave e de
disseminação no meio ambiente, ou seja, inclui agentes biológicos de doença animal
não existentes no País e que, embora não sejam obrigatoriamente patógenos de
importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas e/ou na produção
de alimentos.

8. Patogenicidade
Capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro suscetível.

9. Normas Básicas de Biossegurança


a) Cabelos: Permanentemente presos na sua totalidade. Em áreas de controle
biológico, o uso do gorro é obrigatório.
b) Unhas: devem ser limpas, curtas e bem cuidadas.
c) Calçados: Usar exclusivamente sapatos fechados no laboratório;
d) Lentes de contato: O ideal é não usar lentes de contato no laboratório. Se for
necessário usá-las, não podem ser manuseadas durante o trabalho e necessitam ser
protegidas com o uso de óculos de segurança. Evitar manipular produtos químicos
usando lentes de contato, uma vez que o material das lentes pode ser prejudicado por
vapores ou reter substâncias que possam provocar irritações ou lesões nos olhos;
e) Cosméticos: Não é permitido aplicar cosméticos na área laboratorial;
f) Joias e Adereços: Deve usar o mínimo possível. Não se deve usar anéis que
contenham reentrâncias, tais como incrustações de pequenos brilhantes ou pedras,
assim como não se deve usar pulseiras e colares que possam tocar superfícies de
trabalho e/ou pacientes, vidrarias e etc.
g) Crachás: Quando são usados devem ser presos com cordão em volta do
pescoço, estes devem estar sob o guarda-pó dentro da área analítica

(Fonte: MOLINARO, 2009; MULLER, 2013)


10. Proibições Na Área Analítica
a) Pipetar com a boca;
b) Comer, beber ou fumar;
c) Armazenar alimentos;
d) Utilizar equipamentos da área analítica para aquecer alimentos;
e) Manter objetos pessoais, bolsas ou roupas;
f) Coletar amostras de estudantes;
g) Usar fone de ouvido;
h) Presença de pessoas estranhas ao serviço;
i) Presença de animais e plantas que não estejam relacionados com os trabalhos.
j) Todos os procedimentos técnicos devem ser efetuados de forma a minimizar a
formação de aerossóis e gotículas;
k) A utilização de agulhas e seringas hipodérmicas deve ser limitada;
l) Estas não devem ser utilizadas como substitutos de pipetas ou qualquer outro
fim, além de injeções parentéricas ou aspiração de fluidos de animais de
laboratório;
m) Qualquer derrame, acidente, exposição efetiva ou potencial a materiais
infecciosos deve ser notificado ao supervisor do laboratório. Deve-se manter um
registro escrito de tais acidentes e incidentes;
n) Devem ser elaboradas normas escritas para a limpeza destes derrames e
devidamente aplicadas;
o) Os líquidos contaminados devem ser (química ou fisicamente) desinfetados
antes de serem lançados nos esgotos sanitários. Pode ser necessário um
sistema de tratamento de efluentes, segundo a avaliação de riscos do agente
(ou agentes) manuseado (s);
p) Os documentos escritos susceptíveis de saírem do laboratório precisam ser
protegidos de contaminação dentro do laboratório.

Para se ter uma Boas Práticas Laboratoriais deve se preencher o POP (Procedimentos
Operacionais Padrão):
POP: É um documento de planejamento do trabalho, ou seja, padronizar e
minimizar a ocorrência de desvios na execução das atividades. Um procedimento
operacional padrão tem como meta garantir que a qualidade dos exames seja a mesma
em todas as etapas do processo em qualquer momento.
11. Lavagem das Mãos
Para manipular materiais potencialmente infectantes e substâncias químicas
utilizam-se luvas de proteção. Isto, no entanto, não elimina a necessidade de lavar as
mãos regularmente e de forma correta antes e após o início das atividades.
Na maioria dos casos, lavar bem as mãos com água e sabão neutro é suficiente para a
descontaminação, mas em situações de maior risco é recomendada a utilização de
sabão germicida.
No laboratório, as torneiras são, preferencialmente, acionadas com o pé ou outro tipo
de acionamento automático. Não estando disponíveis estes dispositivos, usa-se papel
toalha para fechar a torneira a fim de evitar a contaminação das mãos lavadas.

11.1.Regras básicas para lavar as mãos:


a) Antes de lavar as mãos, retirar anéis e pulseiras;
b) Quando houver lesões nas mãos e antebraços, protegê-las com pequenos
curativos antes de calçar as luvas.
c) Ao iniciar o turno de trabalho;
d) Antes e depois de ir ao banheiro;
e) Antes e após o uso de luvas;
f) Ao final das atividades, antes de deixar o laboratório.

11.2. Sequências das lavagens das mãos:


Figura1: Técnica para Lavagem de Mãos.

Fonte: http://emfermagemfaal2010.blogspot.com.br (2016).


12. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI.

Figura 2: EPI.

Fonte: http://fattoscontabil.com.br (2016).

Os equipamentos de proteção individual (EPI) são todos os dispositivos de uso


individual destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Os EPIs
disponíveis na maioria dos laboratórios de pesquisa, clínico e ensino, são:

Fig. 3: Capacete

Protetores para a cabeça: Capacetes de segurança:


os capacetes são dispositivos rígidos usados para proteger a
cabeça e as partes adjacentes contra impacto, partículas
desprendidas, agentes perfurantes, choques elétricos ou
qualquer combinação desses efeitos.
Fonte: www.ccsaepi.com.br (2016)

Fig. 4: Protetor Facial


Protetores Faciais: Oferecem uma proteção à face do
estudante contra risco de impactos (partículas sólidas, quentes
ou frias), de substâncias nocivas (poeiras, líquidos e vapores),
como também das radiações (raios infravermelho e ultravioleta,
etc.).

Fonte: www.aplequipamentos.com.br(2016)
Fig. 5: Óculos
Óculos de segurança: os óculos de proteção ou de
segurança protegem os olhos contra riscos de impactos,
produtos químicos ou radiações.

Fonte: weldcenter.com.br(2016)

Protetores respiratórios: protetores ou as máscaras respiratórias contem filtros


que protegem o aparelho respiratório. Podem ser filtros: mecânicos para proteção contra
partículas suspensas no ar; químicos, que protegem contra gases e vapores orgânicos;
e combinados (mecânico ou químico). Existem dois tipos de mascaras respiratórias:
semifaciais e de proteção total (são necessárias no caso de uso de gases irritantes como
o cloreto de hidrogênio).

Fig. 6: Protetor Facial Fig.7: Máscara Descartável

Fonte: telbrasrs.com.br(2016) Fonte: www.serinosluvas.com.br(2016)

Proteção auricular: visa proteger os ouvidos contra níveis elevados de ruídos,


que são regidos pela norma brasileira.
Fig. 8: Protetores Auricular

Fonte: globalseg.webnode.com.br(2016)
Fig. 9: Jaleco
Jalecos: São de uso obrigatório para todos que
trabalham nos ambientes laboratoriais onde ocorra a
manipulação de microrganismos patogênicos, manejo de
animais, lavagem de material, esterilização, manipulação de
produtos químicos. Devem ser de mangas compridas, cobrindo
os braços, o dorso, as costas e a parte superior das pernas.

Fonte: www.hqzuniformes.com.br(2016)

Fig.10: Luvas

Luvas – Previnem a contaminação das mãos do


trabalhador ao manipular, por exemplo, material
biológico potencialmente patogênico e produtos
químicos. Além de reduzir a probabilidade de que
os microrganismos presentes nas mãos dos
trabalhadores possam ser transmitidos aos
pacientes durante um atendimento médico-
hospitalar.

Fonte: www.biotecmed.com.br(2016)

As principais operações que requerem o uso de luvas de proteção são:


 Manuseio de solventes e reagentes químicos;
 Manipulação de culturas microbianas e seus metabólitos;
 Operação com vidrarias;
 Montagem de equipamentos;
 Manuseio de produtos químicos;
 Operações com fornos;
 Operações criogênicas;
 Manuseio de materiais biológicos, sangue, tecidos infectados;
 Operação com animais;
 Manipulação de ferramentas e lâminas metálicas;

Fig. 11: Sapatos


Proteção dos membros inferiores: Pés
desprotegidos (sandálias) ou poucos protegidos
(sapatos de pano) acarretam problemas sérios e
podem gerar situações perigosas. O sapato
deverá ser compatível com o tipo de atividade
desenvolvida.

Fonte: www.kaseg.tk(2016)
As Botas de seguranças protegem os pés e as pernas de impactos, perfurações,
queimaduras, choques, substancias químicas, calor e frio, perigos elétricos, impactos
de objetos pesados e etc.

(Fonte: HIRATA, M. H; HIRATA, R. D. C; FILHO, J. M. 2012)

13. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC


Os EPC são equipamentos de uso no laboratório que, quando bem especificados
para as finalidades se destinam, permitem executar operações em condições de
salubridade para o estudante e as demais pessoas do laboratório. São utilizados para
minimizar a exposição de riscos, e em caso de acidentes, reduzir suas consequências.
Tem como objetivo um grupo de pessoas enquanto realiza determinada tarefa ou
atividade.

Cabines:
As cabines são importantes para todos os laboratórios e devem sempre
obedecer aos critérios de construção. São de diversos tipos, dependendo do tipo de
trabalho a que se destinam:
a) Cabine ou Capela de segurança de uso geral: também conhecida como capela,
é um EPC importante em qualquer laboratório. Onde se manuseia produtos químicos
ou produtos particulados.
Fig. 12: Cabine ou Capela e Segurança

Fonte: www.unifal-mg.edu.br(2016)

b) A Cabine de Segurança Biológica: É um produto para laboratório utilizado para


manter o ambiente de trabalho e o usuário livre de contaminações biológicas. Desde
que, o material a ser manipulado ofereça baixo ou moderado risco. Dentre os tipos
oferecidos no mercado, há as opções de diversas linhas de fabricação com recirculação
e renovação de ar.

Fig. 13: Cabine de Segurança Biológica

Fonte: www.filterflux.com.br(2016)
Fig. 14: Cobertor anti-chama
Manta ou cobertor: É utilizado para abafar ou envolver a
vítima de incêndio, devendo ser confeccionado em lã ou
algodão grosso, não sendo admitido tecidos com fibras
sintéticas.

Fonte: asalit.com.br(2016)

Fig. 15: Sprinkler

c) Sprinkler: É o sistema de segurança que,


através da elevação de temperatura, produz fortes
borrifos de água no ambiente (borrifador de teto).

Fonte: www.cityfire.com(2016)

Fig. 16: Kit de Primeiros Socorros


d) Kit de primeiros socorros: É composto de
material usualmente indicado, inclusive antídoto
universal contra cianureto e outros antídotos
especiais.

Fonte: saude.ig.com.br(2016)

Fig. 17: Chuveiro

e) Chuveiros: Devem existir nos laboratórios onde existir


manipulação de agentes químicos, e deve ser usado principalmente
em situação de risco.

(Fonte: FIOCRUZ, 2016)

Fonte: useepis.com.br(2016)
14. ORIENTAÇÕES GERAIS
a) É obrigatório a utilização de sapato fechado, jaleco e Equipamento de Proteção
Individual durante a realização de atividades nos laboratórios da instituição. É vedada a
entrada e/ou permanência dentro dos laboratórios qualquer pessoa que esteja trajada
de bermudas, shorts ou saias.
b) Manter o local de trabalho limpo, organizado e livre de materiais não utilizados
na rotina.
c) Dependendo da rotina de trabalho ou aula prática a ser desempenhada no
laboratório ou clínicas, torna-se necessário diferentes tipos de Equipamentos de
Proteção Individual, oriente-se sempre com o responsável pelo setor e/ou professor
responsável antes de iniciar qualquer procedimento.
d) É terminantemente proibido dispensar qualquer resíduo na pia, oriente-se
sempre com o responsável pelo setor e/ou professor responsável antes de iniciar
qualquer procedimento de descarte.
e) Caso ocorra qualquer tipo de incidente ou acidento nos laboratórios o
responsável pelo setor e/ou professor responsável deve ser imediatamente
comunicado.

Cuidados Gerais
a) cuidar no levantamento e transporte de pesos, para não sofrer lesões
osteomusculares;
b) utilizar escada para acessar prateleiras mais altas;
c) colocar os objetos mais pesados em prateleiras mais baixas;
d) não sobrecarregar fichários e não deixar gavetas abertas em área de circulação;
e) não trabalhar sozinho no laboratório.

15. PRIMEIROS SOCORROS:


Vamos enumerar aqui alguns lembretes importantes para auxiliar nos
procedimentos de primeiros socorros:
a) Evitar sempre que possível tocar em ferimentos com as mãos e peças de roupas com
resíduos corpóreos (sangue, vômito, entre outros);
b) Em caso de sinais de desmaio sentar o indivíduo em uma cadeira e abaixar sua
cabeça entre as próprias pernas, numa posição inferior ao nível dos joelhos;
c) No desmaio, deitar o indivíduo de costas elevando os membros inferiores cerca de
30 a 40 cm do chão para facilitar o retorno sanguíneo ao cérebro;
d) Lateralizar a cabeça da vítima para facilitar a respiração e evitar possível asfixia
devido ao risco de vômito;
e) Não oferecer nenhum tipo de bebida ou comida enquanto a vítima estiver descordada;
f) Jamais oferecer para respirar, álcool ou qualquer outro produto com cheiro forte;
g) Não realizar movimentos bruscos com a vítima para acordá-la, pois pode ter alguma
fratura associada à queda e piorar a situação;
h) Em caso de hemorragias, fazer compressão do ferimento durante três a cinco minutos
com gaze ou tecido limpo e dependendo do local do sangramento, esta compressão
poderá ser feita diretamente ou a certa distância e localização do mesmo;
i) Para minimizar a perda de sangue, o local da hemorragia deve ficar em posição
superior ao coração;
j) Se o sangramento for intenso, a vítima deve ser mantida aquecida para evitar que
entre em choque hipovolêmico;
k) Em caso de contato da pele com substâncias químicas promover uma lavagem
abundante do local com água, caso o material seja compatível com a mesma;
l) Em caso de queimaduras por contato ou respingos de produtos químicos, certificar
que o que causou a queimadura tenha sido removido.
m) Remova da vítima todas as roupas ou joias contaminadas;

n) Providenciar a lavagem da área atingida com água corrente fria, por um período de
pelo menos 20 minutos. Proteja a área queimada de pressão ou fricção cobrindo com
gaze estéril se possível ou tecido limpo. Encaminhe em seguida o acidentado ao socorro
médico mais próximo.
o) Se substância química atingir os olhos, oriente a vítima a lavar imediatamente os
olhos com água corrente fria ou soro fisiológico 0,9% por pelos menos 20 minutos.
Depois de uma lavagem rigorosa dos olhos peça para fecha as pálpebras e as cubras
com uma compressa úmida e suave. Procure assistência médica especializada o mais
rápido possível.
p) Nas intoxicações por via inalatória, chamar imediatamente o atendimento de
emergência, remover a vítima do ambiente e iniciar o suporte básico de vida com
respiração assistida e aplicação de oxigênio a 100%.
Referências Bibliográficas

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RMaV_8k/Tl7WmTLOIxI/AAAAAAAAAvs/mdTOcaCNvBw/s1600/m%25C3%25A3os.jp
g>. Acesso em ago. 2016.

2 Disponível em:<http://fattoscontabil.com.br/wp-content/uploads/2016/01/Header_1B-
770x433.png>. Acesso em ago. 2016.

3 Disponível
em:<http://www.ccsaepi.com.br/images/produtos/capacetes/Capacete%20MSA.jpg>.
Acesso em ago. 2016.
4 Disponível em:< http://www.aplequipamentos.com.br/wp-
content/uploads/2011/08/Protetor-Facial-Defender-Fas-Trac.jpg>. Acesso em ago.
2016.

5 Disponível em:<
http://weldcenter.com.br/product_images/l/106/oculos_2__89154_zoom.jpg>. Acesso
em: ago. 2016

6 Disponível em:< http://www.fitassul.com.br/images/produtos/7800.jpg>. Aceso em:


Ago. 2016.
7 Disponível em:< http://www.serinosluvas.com.br/images/portfolios/001-574x340-
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8 Disponivel em:<
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10 Disponível
em:<https://design.jet.com.br/biotecmed/Produto/luva_descartavel_g.jpg>. Acesso em:
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11 Disponível em:<http://www.kaseg.tk/tb1/images/produtos/pernas/thumb--
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12 Disponível em:< http://www.unifal-


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13 Disponível em:< http://www.filterflux.com.br/produtos/SBIIA1_06.jpg>. Acesso em:


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MÜLLER, Marcelo. Modelo de laboratório para recebimento, processamento,
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