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Antonia Morgana Medeiros Mesquita - morganamedeiros@sobral.ce.gov.br - IP: 201.20.127.

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AUDIODESCRIÇÃO

AD)) Foto de uma mulher jovem, branca de cabelos lisos escuros e blusa branca, falando em um microfone de
estúdio. Ao fundo se veem painéis de áudio e dois monitores grandes.

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SUMÁRIO
1. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AUDIODESCRIÇÃO

2. A HISTÓRIA DA AD NO MUNDO

3. A HISTÓRIA DA AD NO BRASIL

4. TERMINOLOGIA DA AD

5. TIPOS DE AD E OBJETOS AUDIODESCRITOS

6. CONSULTORIA EM AD

7. REFERÊNCIAS E LEITURAS SUGERIDAS

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1. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AUDIODESCRIÇÃO

Como em toda atividade 2. Relevância: guia as escolhas do

profissional, a AD se baseia em que será audiodescrito e define o

princípios norteadores, que que pode ser ignorado.

orientam e sistematizam a prática.


3. Clareza: aperfeiçoa o texto

A seguir, apresentamos os mais audiodescrito tornando-o conciso e

recorrentes na maioria das sem que fique muito simples e nem

diretrizes. rebuscado.

1. Objetividade: molda as escolhas Sabemos que neutralidade não

dos termos empregados, sempre existe, a clareza deve ser nosso

tendo em mente as diretrizes e o objetivo, sempre criando frases com

diálogo entre roteirista e conteúdo descritivo, sem explicar,

consultor(a). sem contar e sem julgar.

2. A HISTÓRIA DA AD NO MUNDO

1974: Gregory Frazier (EUA): dissertação “Televisão para cegos”.

1940 e 1950: Radio Nacional de España - apresentações "sonoras" de filmes de


cinema, com descrições

1982-1983: Reino Unido e Japão - primeiras apresentações de AD em programas


de TV

1990-1995: RP International (Califórnia, EUA) oferece AD com a marca


TheatreVision, sendo Forrest Gump (1994) um dos primeiros filmes.

1991: Espanha - sistema Sonocine (AD por um canal de rádio)

1997: Estados Unidos - Individuals with Disabilities Education Act (IDEA) - fundos
para AD e LSE (SDH)

2005: "So What the Fuss" (Stevie Wonder) - primeiro vídeo clipe com AD.

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3. A HISTÓRIA DA AD NO BRASIL

2000: Lei da Acessibilidade

2003: festival Assim Vivemos, primeiro evento com AD ao vivo

2005: “Irmãos de Fé” (Padre Marcelo) primeiro filme com audiodescrição

2007: “O Andaime” (Teatro Vivo) primeira peça comercial com audiodescrição

2020: Em parceria com a Organização Nacional dos Cegos do Brasil (ONCB) e

Rádio ONCB, a empresa Tradusound realiza a audiodescrição remota, ao vivo,

em tempo real de shows musicais.

4. TERMINOLOGIA DA AD

AUDIODESCRIÇÃO

Audiodescrever é converter imagens em palavras, sejam elas para serem lidas

por uma voz humana ou por um programa de leitura de tela. Um conceito

aparentemente tão simples, pode levar as pessoas a pensarem que “vejo, logo

descrevo”.

É importante entender que a audiodescrição é uma profissão, e assim, temos

que ter em mente que ela requer estudo, treino, reflexão... estudo, treino,

reflexão e, depois, mais um pouco de estudo, treino e muita reflexão.

Segundo a Prof. Dra. Eliana Franco (UFBA, hoje, em Portugal):

"A audiodescrição é um recurso de tecnologia assistiva (..,.) consiste

na tradução de imagens em palavras. É, portanto, também definido

como um modo de tradução audiovisual intersemiótico, onde o signo

visual é transposto para o signo verbal. Essa transposição caracteriza-

se pela descrição objetiva de imagens que, paralelamente e em

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conjunto com as falas originais, permite a compreensão integral da

narrativa audiovisual. Como o próprio nome diz, um conteúdo

audiovisual é formado pelo som e pela imagem, que se completam."

E completa o Prof. Francisco Lima, da Universidade Federal de Pernambuco:

“(...) a audiodescrição não é uma descrição qualquer, despretensiosa,

sem regras, aleatória. Trata-se de uma descrição regrada, adequada a

construir entendimento, onde antes não existia, ou era impreciso;

uma descrição plena de sentidos e que mantém os atributos de

ambos os elementos, do áudio e da descrição, com qualidade e

independência." (Francisco Lima - UFPE)

Como é possível perceber, o que a princípio parece simples, orgânico e intuitivo,

na realidade é mais complexo e precisa seguir regras, diretrizes e princípios pré-

estabelecidos e em constante atualização.

PÚBLICO-ALVO

A quem se destina uma obra audiodescrita? Ao contrário do que pensa a

maioria das pessoas, a AD não é especificamente para pessoas cegas e com

baixa visão. Além das pessoas com deficiência visual, a AD se destina aos idosos,

estrangeiros, pessoas com alterações cognitivas, crianças com hiperatividade, e

a todos que estejam, ainda que temporariamente, privados da visão.

• Roteiro: Texto audiodescrito constituído de tempos iniciais e finais das

descrições orais das cenas e das rubricas. O roteiro audiodescrito dá

ênfase justamente à informação fornecida pelo canal visual, para que a

pessoa com deficiência visual tenha a mesma experiência do da pessoa

com acuidade visual normal ou corrigida (denominada "vidente" ou

“enxergante”).

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• Audiodescritor Consultor: Uma pessoa com deficiência visual e

treinamento especializado, que revisa, complementa, analisa e confere

validação e qualidade ao roteiro audiodescrito.

• Audiodescritor Roteirista: Audiodescritor que escreve o roteiro da

audiodescrição a partir da descrição das imagens. O audiodescritor

roteirista precisa de um bom conhecimento do léxico, familiaridade com a

elaboração de textos e técnicas de síntese para a criação do roteiro.

• Audiodescritor Narrador: Audiodescritor que narra as falas que estão

escritas no texto audiodescrito através da técnica da locução.

Termos que devem ser usados/ adotados/ divulgados: o termo

oficial, definido pela Convenção das Nações Unidas sobre o

Direito das Pessoas com Deficiência é PDV (Pessoa com

Deficiência Visual), também pode-se dizer pessoa cega.

AD)) Quadro verde claro com um símbolo de “correto” em preto à esquerda e texto à direita.

Termos que devem ser evitados/ abandonados/

desaconselhados: portador de deficiência, deficiente, pessoa

deficiente, Portador de Necessidades Especiais (PNE).

AD)) Quadro laranja claro com um símbolo de “incorreto” em preto à esquerda e texto à direita.

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5. TIPOS DE AD E OBJETOS AUDIODESCRITOS

● Os objetos audiodescritos dividem-se, por questões didáticas, em:

o Estáticos

▪ Bidimensionais – exemplos: fotografias, pinturas


▪ Tridimensionais – exemplos: esculturas

o Dinâmicos

▪ Gravados – exemplos: filmes de cinema, vídeo clipes, vídeo aulas

▪ Ao vivo, ensaiados/roteirizados – exemplos: peças de teatro,


números circenses, óperas, dança

▪ Ao vivo, planejados – exemplos: casamentos, desfiles de moda,


debates

▪ Ao vivo, espontâneos – exemplos: competições esportivas, festas


populares, concursos de diferentes tipos

● Via de regra, a descrição todos os objetos, sejam estáticos ou dinâmicos,

deve ser roteirizada e passar por consultoria.

● A audiodescrição pode ser feita ao vivo, gravada ou somente digitada,

para ser lida por leitores de tela, por exemplo.

● Em geral, os programas gravados têm AD gravada. Uma das exceções

mais frequentes são os festivais de cinema onde, por uma série de

motivos, a AD é feita ao vivo.

Uma regra de ouro é “espetáculo ao vivo, AD ao vivo”, por diversos motivos,

entre eles os imprevistos que podem surgir durante a encenação, realçando

a importância do narrador como informante dos eventos que ocorrem além

do espetáculo em si (sons inesperados, tumultos, reações da plateia,

recursos cênicos que possam atingir as pessoas, como água, papel picado,

bolhas de sabão, etc).

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6. CONSULTORIA EM AD

Embora ser uma pessoa cega ou com baixa visão seja um requisito importante e

indispensável para ser consultora, não basta. É preciso fazer treinamentos,

cursos e estudar para solucionar dúvidas, fazer sugestões e propor alterações.

A consultoria pode acontecer antes mesmo de se começar o roteiro, pode

ocorrer após a versão inicial do roteiro estar finalizada, concomitante ou após a

apresentação de um espetáculo ao vivo (quando é chamada de “póstuma”).

A pessoa consultora:

● deve preservar a conduta ética, deve tratar a todos da equipe com

polidez e respeito mútuo, da mesma forma que deverá ser tratado pelos

demais colegas da equipe.

● Deve estar sempre se atualizando, fazendo cursos, oficinas, leituras e

participando tanto de eventos acadêmicos quanto de eventos com

audiodescrição, mesmo se não tiverem sido feitas por ele.

● Não deve corrigir, pois o roteiro pertence ao roteirista, pode sugerir

mudanças, fazer comentários, apontar inconsistências.

● Deve sempre preservar o sigilo do conteúdo e do objeto, e geralmente

também irá assinar os mesmos contratos que o roteirista e o narrador

(NDA, etc).

● jamais “corrige” ou comenta o trabalho que foi feito por outro colega, seja

consultor, narrador ou roteirista.

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7. REFERÊNCIAS E LEITURAS SUGERIDAS

Livros

Ao Vivo e A Cores: relatos de casos de audiodescrição de eventos ao vivo,

Perrotti-Garcia, AJ e Brahemcha, F (orgs), https://www.amazon.com.br/Ao-Vivo-

Cores-relatos-audiodescri%C3%A7%C3%A3o-ebook/dp/B094R95MBM/

Construindo imagens com palavras: manual de treinamento abrangente e guia

sobre a história e aplicações da audiodescrição, Joel Snyder, em inglês,

disponível em

https://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/1457527227/audiodescriin-20

Pesquisas Teóricas Aplicadas em Audiodescrição, Aderaldo, Marisa et cols.

https://www.ufrgs.br/comacesso/wp-content/uploads/2019/01/Pesquisas-

Teo%CC%81ricas-e-Aplicadas-em-Audiodescric%CC%A7a%CC%83o.pdf

Transformando imagens em palavras (Motta e Romeu, orgs., disponível em

http://www.vercompalavras.com.br/livro)

Vídeos

O que são barreiras atitudinais, de Flavia Albani, Rondônia, disponível em

https://www.youtube.com/watch?v=NvYRnm4nWq8

7 Barreiras da Acessibilidade, canal Projeto Entra na Roda, disponível em

https://www.youtube.com/watch?v=N88OI1-qRMo

4 importantes definições sobre audiodescrição,

https://www.youtube.com/watch?v=NyCXLj3Io6s&t=1s

Possibilidades da inserção da audiodescrição na educação, Azimuth e-Learning,

https://www.youtube.com/watch?v=evvmJ2zJWDY

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Qual é a equipe ideal para fazer audiodescrição?, Azimuth e-Learning

https://www.youtube.com/watch?v=pyG2oNS80Nc

Onde eu vou trabalhar com audiodescrição?, Azimuth e-Learning

https://www.youtube.com/watch?v=c3Skh79RWqY

Audiodescrição ao vivo e a cores

https://www.youtube.com/channel/UCD3zcqVAVoMwe8NG-cAtSiw

AUDIODESCRIÇÃO: mercado de trabalho e princípios éticos como conciliar?

https://www.youtube.com/watch?v=qkGhWTZpXFI

LIVE #13 | Papo sobre Audiodescrição, com Ana Júlia Perrotti Garcia, Victoria

Schechter - Fila Preferencial https://www.youtube.com/watch?v=cpw5t0LlFZE

Vídeos com audiodescrição

Audiodescrição - Cachorro (Campanha - Y&R para Santa Casa)

https://www.youtube.com/watch?v=ZCj-PkeaLGU&t=39s

Campanha eleitora, Silvio Santos (com audiodescrição)

https://www.youtube.com/watch?v=qA-BR0D9BqE

Clipe De Mãos Dadas | UNASP EC | Audiodescrição por Tradusound

https://www.youtube.com/watch?v=hL6N9xqjJaY&t=24s

Coca Cola A Carta - com Áudiodescrição PT - TraduSound

https://www.youtube.com/watch?v=Ajn-cmjQ7nU&t=16s

Coca Cola A Carta - com Áudiodescrição BR - TraduSound

https://www.youtube.com/watch?v=-gs0f4wxW-E

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Copacabana Palace - con Audiodescripción

https://www.youtube.com/watch?v=HrwKoIMvwoo&t=163s

Jasmine do Aladdin Vestido Bege - com audiodescrição

https://www.youtube.com/watch?v=lv9LK5Zp7ZI&t=2s

Making of - Live Marilia Mendonça Todos os Cantos de Casa com

Audiodescrição, https://www.youtube.com/watch?v=TTWVjGTwdDk

Show dos Paralamas do Sucesso e Orquestra Rock com audiodescrição na Rádio

ONCB, https://www.youtube.com/watch?v=CekX-P9vEkg

Si pudieras ver el virus no saldrías de casa - AD Português brasileiro

https://www.youtube.com/watch?v=UoXo-EEwxUM&t=33s

The Book of Dreams Argos – Audiodescrição BR TraduSound

https://www.youtube.com/watch?v=U15VFuKV38M&t=54s

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LINGUAGEM SIMPLES

AD)) Foto de uma mulher branca de cabelos curtos escuros, agachada enquanto mostra algo na página de um
livro a um garotinho de cabelos ruivos, que observa o livro. No fundo, há estantes cheias de livros.

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O QUE É A LINGUAGEM SIMPLES?

Para entendermos melhor sobre o assunto, vamos antes entender o que é

Comunicação e o que é Linguagem.

Ao nascermos, choramos para comunicar nossas necessidades, e com o passar

dos meses e anos, vamos adquirindo competência para elaborar e adequar

nossa linguagem, para sermos bem compreendidos e expressarmos o que

desejamos.

“A comunicação é uma via de mão dupla, e a boa comunicação deve estar

adaptada ao tipo de interlocutor, ao cargo que ele possui e ao papel social que

falante e ouvinte desempenham naquele momento. Nesse caso, você deve

adaptar sua comunicação para traduzir o seu conhecimento de forma agradável

e compreensível.” (Kyrillos, 2015).

A linguagem é um sistema que se relaciona a vários formatos de comunicação,

seja através de sinais, escrita ou outros meios que a pessoa se faça entender, é

tudo que um ser humano pode usar para se comunicar. Trata-se de conteúdo,

de um processo de interação, portanto, se há comunicação, há linguagem.

IMPORTANTE:

- Antes de falar, respire calma e profundamente;

- Observe sua velocidade de fala;

- Tenha atenção em articular bem as palavras que pronuncia;

- Dê ênfase ao que é relevante;

- Seja simples, direto e objetivo.

AD)) Quadro verde claro. À esquerda há um símbolo de interrogação preto, e à direita o título “Importante”, com
cinco tópicos abaixo em preto.

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A partir disso, entendemos que para termos uma linguagem simples,

precisamos ser também, simples no ato de comunicar, e inclusivos, falar de um

modo que todos nos entendam sem que seja necessário explicarmos de várias

formas diferentes. Não é fácil, mas é possível!

Se você fala, e precisa explicar muitas vezes, se você escreve e a pessoa que lê

seu texto, precisa fazê-lo outras vezes para entender melhor, sua linguagem não

atingiu o objetivo que é ser simples.

É necessário bastante treino para executarmos bem o que estamos fazendo, e

se por um acaso, ainda não estamos sendo bem compreendidos, não

esqueçamos que ser gentil e buscar outras maneiras de fazer o ouvinte

compreender melhor as informações que estamos transmitindo, será ainda

uma das soluções. Nesse caso, repetir ou buscar outras palavras, será uma

forma de tornar acessível nossa mensagem, a quem nos escuta e/ou a quem

nos lê.

POR QUE DEVEMOS ADOTAR UMA LINGUAGEM SIMPLES?

“Nunca é tarde para começar a fazer diferente.” (Nelsen, J.)

O Brasil tem dois grandes desafios: o analfabetismo e a desigualdade. Segundo

estudo da ONG Ação Educativa e do Instituto Paulo Montenegro de 2018, 3 em

cada 10 brasileiros e brasileiras entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais.

Ou seja, cerca de 30% da população brasileira economicamente ativa não

consegue compreender textos simples. Por isso é tão importante garantir que

tudo o que o governo faz, oferece e exige da população esteja em uma

Linguagem Simples. Para garantir que a comunicação entre a administração

pública e os cidadãos e cidadãs funcione, facilitando a vida de todas as pessoas.

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Algo a ser pensado e discutido: princípios o “foco na cidadã e no

quanto mais incompreensível se cidadão” e a “linguagem como meio

comunica algo a um pobre, mais para redução das desigualdades e

freamos o desenvolvimento. para promoção do acesso aos

serviços públicos, transparência,


No Brasil, como dissemos, algumas
participação e controle social”. (Setor
normas já mencionavam a
Público)
importância do uso da Linguagem

Simples, seja no atendimento ao Pensemos: existem tutoriais e sites

cidadão e à cidadã, no uso de dados explicando informações sobre

públicos ou inclusão e acesso, preenchimento, onde ir, o

acessibilidade. Mas, a primeira lei a que perguntar, pois a linguagem

tratar especificamente sobre utilizada em alguns setores é tão

Linguagem Simples foi a Lei formal, que apenas pessoas

Municipal Nº 17.316, de 6 de Março específicas entenderão. Mas por que

de 2020, que vale para a cidade de essa linguagem falada e escrita

São Paulo. precisa ser tão dificultada para

quem busca resolver um assunto


A Lei coloca como principais
particular? Percebemos que muitas
objetivos da Política Municipal de
vezes uma má informação realizada
Linguagem Simples, “possibilitar que
dentro de um Posto de Saúde ou em
as pessoas e as empresas consigam
algum ambiente público, fará com
com facilidade localizar, entender e
que muitas pessoas desistam, se
utilizar as informações da Prefeitura”
desanimem ou percam tempo ao
e “promover a transparência e o
solucionar algo que poderia ter sido
acesso à informação pública de
mais simples.
forma clara”. Também coloca como

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Sugestões para melhorar sua audiodescrição

TEXTO ● Use negrito para destacar (título,


● Para quem escrevo? palavra importante)
● Enxugue o texto ● Dois espaços entre parágrafos
● Vá direto ao assunto
● Espaço 1,5 entre frases
● Uma ideia por frase
● Texto alinhado à esquerda,
● Frases curtas e afirmativas (evite não justificar
começar com não)
● Use elementos visuais (bullets
● Use linguagem coloquial
points) ao listar mais de 4 coisas
● Pode repetir a mesma palavra
● Contraste – fundo claro letra
● Evite dividir frases e separar
escura (ou fundo escuro letra
palavras
clara)
● Palavras do dia a dia
● Evite texto em cima de imagens
● Ordem direta, evite voz passiva
IMAGENS
● Evite siglas
● Imagem à esquerda, texto à
● Evite palavras estrangeiras direita
● Evite adjetivos, advérbios e ● Ilustrações claras,
palavras abstratas
descomplicadas, sem muitos
● Evite vírgulas e símbolos %$& detalhes, autoexplicativas
● Faça um glossário ao lado para ● Evite muitos recursos gráficos –
palavras difíceis que precisam isso confunde e distrai a atenção

explicação (coloque em uma ● Prefira imagens e design limpo,


coluna à direita, na mesma não poluído

altura da palavra) VALIDAÇÃO


● Apresente ao seu público-alvo
DIAGRAMAÇÃO
● Ouça dúvidas e sugestões
● Letra sans serif (Arial, Helvetica)
● Revise o texto.
● Corpo grande – tamanho
mínimo 12 (Almeida, P.)

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AD)) Tirinha com três quadros, onde dois homens conversam. No primeiro quadro, o
primeiro homem diz “tudo bem?”, e o segundo responde “tudo”. No segundo quadro, os
homens se observam, sem diálogo. No terceiro quadro, o primeiro homem torna a falar,
dizendo “Acho bom você se informar melhor”.

CÍRCULOS DE COMUNICAÇÃO

“Não é o que você faz, é como você faz.” (Rosemary White)

AD)) Diagrama com 5 círculos coloridos, com letras brancas. No centro, um círculo verde e a palavra
ouvinte. Ao redor dele, 4 círculos azuis com as palavras ‘Próprio ouvinte”, “setor público”, “outras
pessoas” e “falantes”.

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É necessário que o círculo de comunicação seja contínuo, recíproco e construa

iniciativas.

ACESSO À INCLUSÃO SOCIAL

Inclusão: ato ou efeito de incluir-se. (Oxford Languages)

“A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com

as igualdades.” - Paulo Freire

Após entender melhor o contexto do documento, é preciso entender para quem

ele está sendo escrito, ou seja, o seu público-alvo. Saber com quem se fala é

fundamental para escolhermos qual linguagem utilizar. Adequar a linguagem ao

público-alvo significa pensar sobre qual é a melhor forma de se comunicar com

as pessoas.

Podemos nos perguntar, por exemplo, qual o contexto de vida de cada pessoa,

qual o contexto em que a mensagem vai ser lida, como organizar as

informações do documento e como prever possíveis dúvidas. (Setor Público)

✔ Evite usar siglas, termos técnicos e jargões;

✔ Evite termos pejorativos, discriminatórios e palavras estrangeiras;

✔ Não use termos sexistas;

✔ Evite palavras difíceis;

✔ Use verbos que possuam ação direta;

✔ Escreva frases curtas com menos de 20 palavras;

✔ Prefira o uso de frases em ordem direta;

✔ Use elementos visuais para facilitar - tabela, gráfico;

✔ Use marcadores de tópicos para informações importantes.

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QUEM SÃO AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA?

O Estatuto considera pessoa com deficiência “aquela que tem impedimento de

longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em

interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir a sua participação plena e

efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.

Pode-se considerar que o Estatuto da Pessoa com Deficiência possui como foco:

✔ a promoção da autonomia individual;

✔ a promoção da acessibilidade;

✔ a promoção da liberdade.

O CORDÃO DE GIRASSOL

O cordão de girassol é considerado símbolo nacional de identificação das


pessoas com deficiência oculta (não aparente), e especialmente usado por
pessoas com Autismo, TDAH, Esclerose Múltipla, fobias extremas, entre outras.
O uso indica que pessoas que o utilizam precisarão de mais tempo para realizar
algo, ou que precisarão de ajuda.

AD)) 2 fotos de uma pessoa usando um cordão de crachá no pescoço. Ele é verde e há vários
girassóis amarelos de diferentes tamanhos.

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AD)) Ilustração em quatro blocos – 2 acima e 2 abaixo. Acima, se veem os termos Exclusão e Separação,
com pontos vermelhos do lado de fora dos círculos pretos maiores, que abriga alguns pontos verdes.
Abaixo, temos Integração e Inclusão, onde os pontos vermelhos se acomodam junto aos pontos verdes
dentro dos círculos grandes pretos. Na Separação e na Integração, os pontos vermelhos estão contidos
dentro de um círculo menor preto.

- Onde nasce a inclusão do deficiente?

- Como agimos e reagimos diante da Diversidade humana?

- Você convive, conviveu ou conhece alguém com deficiência?

- Quando não domina o assunto, busca falar algo sobre, mesmo sem ter

conhecimento?

Sistema de crenças

- Estar sozinho: solidão ou paz?

- Deficiência: diferente ou incapaz?

- Reação ao que não sai como esperado: frustração ou motivação?

- Poder: em você ou no outro?

- Ajudar: fazer pelo outro ou acompanhar?

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Como se comunicar com pessoas com deficiência?

“De onde tiramos a ideia maluca que para ajudar as crianças a

agirem melhor, primeiro devemos fazê-las se sentirem pior? As

crianças agem melhor quando se sentem melhor.” (Jane Nelsen)

AD)) Quadro amarelo claro, onde à esquerda se vê um ícone de um cadeado de coração aberto, em preto,
e à direita se vê o título “como se comunicar com pessoas com deficiência?” e uma citação de Jane Nelsen.

COMO VOCÊ INTERPRETA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA?

Quando uma criança tem uma deficiência, as limitações associadas a essa

condição (p. ex., atrasos na comunicação, dificuldades com o processamento de

informações de seus vários sentidos, atrasos na cognição etc.) podem levar a

vários níveis de desconforto.

A criança pode ter medos plausíveis em relação a aceitação e importância, e

suas maneiras de demonstrar desconforto podem ser incomuns, e até mesmo

assustadoras para as pessoas ao seu redor, fazer barulhos altos, mover o corpo

de maneira atípica.

ADAPTAÇÕES DE COMUNICAÇÃO

Exercício: Sugira formas de como se comunicar com:

• Uma família que possui uma criança com autismo;

• Alguém que sofreu um acidente e usa cadeira de rodas;

• Adulto com Síndrome de Down.

AD)) Quadro azul claro, onde à esquerda se vê o ícone de uma caneta tinteiro escrevendo a letra M, e à
direita se vê texto referente a “adaptações de comunicação”.

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Julgamentos e rótulos

Um julgamento pode tornar as coisas mais frias, e os ânimos se tornarem

equivocados. Rotular alguém pela aparência, comportamento ou qualquer outra

característica nos faz criar um abismo para realizar um acolhimento justo e

adequado a quem precisa.

Alterado – Ansioso – Agitado – Bonzinho – Folgado – Rebelde – Esquecido

Vamos exercitar:

1. Que tipo de mundo queremos criar com nossas ações?

2. Que tipo de pessoa você quer se tornar? De que forma esse

curso te ajudará nesse sentido?

3. O que você costuma aprender de cunho profissional, você

torna hábito para vida pessoal?

AD)) Quadro azul claro, onde à esquerda se vê o ícone de uma caneta tinteiro escrevendo a letra M, e
acima e à direita se vê perguntas de um exercício.

PLANEJAMENTO DE AÇÃO

- Tenha humildade para aprender;

- Trabalho interno de cada um;

- Esforço coletivo respeitoso;

- Linguagem / comunicação adaptada;

- Foco nas necessidades reais.

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EMPATIA

“O que melhora as coisas é a conexão” - Brené Brown

“O cerne da compaixão é mesmo a aceitação. Quanto mais

aceitamos a nós mesmos e os outros, mais compassivos nos

tornamos. O segredo é separar as pessoas de seus

comportamentos – abordar o que elas fazem, não o que elas

são.”

AD)) Quadro amarelo claro, onde à esquerda se vê um ícone de um cadeado de coração aberto, em preto,
e à direita se vê duas citações.

RESILIÊNCIA À VERGONHA

Três coisas que você precisa saber sobre a vergonha:

- Todos a sentimos. A vergonha é universal, além de ser um dos sentimentos

mais primitivos que experimentamos. As únicas pessoas que não se

envergonham são as que não têm capacidade de sentir empatia e de

estabelecer vínculos humanos.

- Todos temos medo de falar da vergonha. Quanto menos falamos da vergonha,

maior é o controle que ela exerce sobre nossa vida.

Vergonha é o sentimento ou experiência intensamente doloroso causado pela

nossa crença de que somos falhos e, portanto, não somos dignos de amor e

pertencimento.

Sentir vergonha é ser humano. (Brown, 2020)

Isso que você leu, faz sentido pra você?

AD)) Quadro amarelo claro, onde à esquerda se vê um ícone de uma cabeça de cor preta, vista de lado, e
uma lâmpada dentro dela. À direita, uma citação de Brown e uma pergunta.

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“O mal é a falta de empatia. O mal são os olhos cegos e os ouvidos moucos. O

mal é a desatenção e o autocentramento. O mal é aquilo que sinceramente não

me ocorre, que realmente não enxerguei, que juro que não ouvi, que não sei

como fui esquecer.”

ENCORAJAMENTO

“Pode ser muito encorajador pensar em um desafio de comportamento como

uma oportunidade para ensinar habilidades sociais e de vida que ajudem sua

criança a crescer como um adulto contribuinte, capaz e feliz. Mantenha os

resultados finais em mente enquanto aproveita o momento com a criança

agora.” (Fernandes, 2021)

BIBLIOGRAFIA

Comunicar para liderar / Mílton Jung e Leny Kyrillos. – São Paulo: 2015.

Disciplina Positiva para crianças com deficiência: como criar e ensinar todas as
crianças a se tornarem resilientes, responsáveis e respeitosas / Jane Nelsen,
Steven Foster, Arlene Raphael; tradução Fernanda Lee, Adriana Silva Fernandes.
1. Ed. – Barueri [SP]: Manole, 2019.

https://masterjuris.com.br

A arte da imperfeição / Brené Brown; tradução de Lúcia Ribeiro da Silva. Rio de


Janeiro: Sextante, 2020.

Apostila do curso Linguagem Simples no Setor Público. Elaborado pela


Prefeitura de São Paulo. Programa Municipal de Linguagem Simples. 2020.

www.brasilescola.com.br

ONU News

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“Toda criança tem dentro dela o potencial para ser uma ótima criança, e é

nosso trabalho criar um mundo onde esse potencial possa florescer.”

(Stanley Greenspan)

AD)) Foto de perfil de um homem careca com camisa xadrez azul e branca, segurando e olhando uma menina
acima da linha de sua cabeça. A criança é loira e usa um implante coclear preto atrás da orelha.

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LIBRAS E SURDEZ

AD)) Foto que mostra uma mulher em ambiente de sala de aula, conversando com uma menina em Libras.
Elas estão sentadas uma de frente para a outra, e à frente de uma mesa.

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AULA 01

RECURSOS ACESSÍVEIS PARA SURDOS (01 HORA):

Ao analisarmos o conceito de Tecnologia Assistiva (de agora em diante T.A.) para

surdos é importante, inicialmente, revermos os conceitos “surdo” e “surdez”.

Deficiência Auditiva Leve: Perdas entre 20 e 40 Db

Deficiência Auditiva Moderada: Perdas entre 40 e 60 dB

Deficiência Auditiva Severa: Perdas entre 60 e 80 dB

Deficiência Auditiva Profunda: Perdas acima de 80 dB

AD)) Quadro amarelo claro, onde à esquerda se vê um ícone de uma orelha com um traço diagonal em
preto, e à direita se vê os níveis de deficiência auditiva em preto.

CAUSAS CONHECIDAS

Fatores de risco e causas pré-natais

• Fatores genéticos e/ou As causas pós-natais são aquelas que

Fatores ambientais: acontecem após o nascimento. De forma

• Má assistência à gestante; geral, incluem causas microbianas,

• Doenças infecciosas na mãe; desnutrição, intoxicações, traumatismos

• Fatores tóxicos na mãe; cranioencefálicos, fatores ambientais,

• Fatores hereditários e/ou familiares e condições socioeconômicas,

cromossômicos acidentes, envelhecimento e infecções.

CAUSAS DESCONHECIDAS

Em vários estudos, é possível notar que as causas desconhecidas representam

aproximadamente 30% dos casos de deficiências. Uma vez que, mesmo com o

avanço da tecnologia dos diagnósticos, os fatores são diversos e não pode

sempre se chegar definitivamente à etiologia (origem da deficiência).

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AD)) Quadro ilustrativo. O título diz: Deficiência igual incapacidade?
Abaixo, se lê Deficiência vezes Barreiras do ambiente igual incapacidade.
Mais abaixo, em um quadro rosa se vê 10 (deficiência) vezes 10 (barreiras do ambiente) igual
a 100 (incapacidade). Abaixo disso, em um quadro azul se vê 10 (deficiência) vezes 0
(barreiras do ambiente) igual a zero (incapacidade). Ou seja, em um ambiente sem barreiras
do ambiente, não há incapacidade só por ser deficiente.

AD)) Quadro ilustrativo separado em quatro blocos.


O título diz: Deficiência versus barreiras do ambiente.
No quadro 1, Deficiência versus incapacidade, uma menina está sentada no chão, isolada
de outras pessoas em pé. No quadro 2 abaixo, Barreiras, ela está separada de um grupo
de pessoas em pé por ser necessário passar por uma escada, enquanto ela está em uma
cadeira de rodas. No quadro 3 à direita, Facilitador, ela consegue se aproximar do grupo de
pessoas em pé usando cadeira de rodas pois não há obstáculos no chão. No quadro 4
abaixo disso, adaptação ao meio, ela consegue se aproximar do grupo de pessoas em pé
por meio de uma rampa de acesso.

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Acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance, percepção

e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de

edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e

elementos. (ABNT NBR 9050 )

AD)) Quadro amarelo claro, onde à esquerda se vê um ícone de três livros um acima do outro, em preto, e
à direita se vê texto.

APARELHOS DE AMPLIFICAÇÃO PRODUTOS


SONORA INDIVIDUAL
• Implante Coclear
• Sinalizadores domésticos de som
• Softwares para reabilitação de
(campainha, telefone despertador
fala
e outros).
• Telefones para surdos (escrita e
• Aparelhos FM para captação de
videofone)
voz em ambientes com
• Materiais com acessibilidade em
interferências acústicas (salas de
Libras. CDs-ROM, DVDs e outros
aula e outros).
formatos digitais.
• Amplificador para uso em
• Notebooks, tablets e celulares que
telefones (para surdez moderada
permitam o acesso às centrais de
ou severa)
intermediação telefônica
• SAP com entrada para fones de
surdo/ouvinte (escrita/fala/Libras),
ouvido com ou sem fio.
às mensagens escritas via celular,
• "Hearing Loop" ou Aro magnético
whatsapp, Zoom, Youtube e
para recepção auditiva em
outros recursos de comunicação
eventos, cinema, teatro (pouco
via Internet (escrita e Libras).
usado no Brasil).

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METODOLOGIAS, ESTRATÉGIAS E • Leitura Labial
PRÁTICAS
• Intérpretes de Libras
• Adaptações do meio-ambiente • Closed caption/Legenda oculta.
(com escrita, recursos visuais etc). • Centrais de intermediação
• Difusão da Libras para a telefónica surdo/ouvinte
sociedade (formação de (escrita/fala/Libras).
professores surdos e ouvintes de • Mensagens escritas via celular.
Libras, capacitação de intérpretes • Whatsapp, Zoom, Youtube,
de Libras e outras ações Instagram, Facebook e outros
correlatas). recursos de comunicação via

Internet (escrita e Libras)


RECURSOS E SERVIÇOS:

• Fonoaudiologia (reabilitação

auditiva e de fala).

AULA 02

TIPOS DE ACESSIBILIDADE PARA SURDOS / A LINGUAGEM E A SURDEZ (01


HORA):

A maior dificuldade que os surdos encontram é a comunicacional. Os surdos do

nosso país têm sua língua materna, a LIBRAS, mas poucas pessoas sabem esta

língua.

Para entender melhor a dificuldade que os surdos enfrentam,

imagine-se visitando um país onde você não conhece a língua e

não consegue se comunicar. É assim que os surdos se sentem,

mas com uma diferença: eles estão no seu próprio país!

AD)) Quadro amarelo claro, onde à esquerda se vê um emoji de uma pessoa confusa, em preto, e à direita
se vê texto.

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Dentre os surdos, existem aqueles que se comunicam através da

língua de sinais e aqueles que são oralizados, ou seja, se

comunicam através da fala oral e da leitura labial/facial. E

existem ainda aqueles que são bimodais, pois se comunicam das

duas formas, dominando o Português e a Libras.

AD)) Quadro amarelo claro, onde à esquerda se vê um ícone de uma orelha com um traço diagonal em
preto, e à direita se vê os níveis de deficiência auditiva em preto.

Tipos de Acessibilidade para Surdos:

• Em espaços públicos – Sinalização adequada;

• Sinalização deve ser clara e intuitiva, fazendo uso de pictogramas;

• No caso de alarmes ou chamada de senhas, precisam ser também visuais

ou vibratórios, não devem ser exclusivamente sonoros;

• Fazer uso das tecnologias através de SMS, Tablets (ipad) e e-mails, por

exemplo, para pedidos em farmácias, pizzarias, restaurantes e solicitação

de serviços em hotéis;

• Para filmes (inclusive nacionais) e programas de televisão, é necessária a

legenda ou closed caption em tamanho de fonte adequado;

• Para vídeos/filmes (por exemplo institucionais e informativos) é

recomendado o intérprete de Libras, além da legenda;

• Folhetos impressos escritos com a programação, instruções e regras

facilitam a comunicação;

• Informações escritas devem ser simples e claras, em português claro, sem

palavras muito difíceis e, se possível, com desenhos ou fotos ilustrativas

(cardápios, por exemplo);

• Para eventos com intérprete de Libras: local adequado para colocação do

intérprete, de modo que o surdo possa visualizar o intérprete e o que está

acontecendo no evento.

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SURDEZ é a redução ou ausência da capacidade de ouvir

determinados sons, em diferentes graus de intensidade.

AD)) Quadro amarelo claro, onde à esquerda se vê um ícone de uma lâmpada em preto, e à direita se vê os
níveis de deficiência auditiva em preto.

Dificuldade na comunicação

• Escrita e compreensão de textos em português (pessoas que nascem ou

tornam-se surdas cedo, frequentemente consideram a língua de sinais

como a sua 1ª língua);

• Discursos sem a presença da Língua de Sinais.

AD)) Imagem de placa branca com detalhes em azul escuro. Acima, há o símbolo de intérprete

de Libras e abaixo o texto “acessível em Libras”.

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AULA 03

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS SURDOS E SUA ORGANIZAÇÃO SOCIAL,


CULTURAL E LINGUÍSTICA (02 HORAS)

HISTÓRIA
Na literatura em geral, escola é uma referência na educação

principalmente na antiguidade, os de surdos até os dias atuais. Tem

surdos eram maltratados, como proposta a inclusão dos

humilhados e até mortos. Não alunos surdos, garantindo a

faltava preconceito, discriminação e acessibilidade, por meio da

desprezo na sociedade. educação bilíngue.

No decorrer do tempo, mais Destaca-se o papel de Dom Pedro II,

precisamente no século XVIII, o para a história dos surdos, o qual em

Abade francês Charles-Michel de 1857, trouxe um professor surdo da

L’Épée, desenvolveu um sistema de França, Ernest Huet, que foi peça

sinais para alfabetizar crianças fundamental para se consolidar a

surdas que serviu de base para o educação de surdos no Brasil, e

método usado até hoje. Ele é legitimar o uso da língua de sinais,

conhecido mundialmente como o que teve sua origem francesa.

pai dos surdos.


Surge a oficialização da língua de

O início da história de educação de sinais pelos mais diversos países do

surdos no Brasil aconteceu em 1857, mundo. No Brasil, a Libras (Língua

com a fundação da primeira brasileira de sinais) foi oficializada

instituição federal de ensino para em 2002, pela Lei nº 10.436 de 24 de

surdos - o Instituto Nacional de abril, embora já fosse utilizada pelos

Educação de Surdos - INES. Essa surdos há muitos anos.

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CULTURA SURDA

Cultura Surda é o jeito que o surdo entende o mundo, modicando para que se

torne acessível e habitável, ajustando-os com suas percepções visuais,

contribuindo assim para as Identidades surdas.

Ela é heterogênea, havendo desde os surdos que se posicionam politicamente

em favor dos direitos dos surdos e que vivem e valorizam a cultura surda até os

que se comportam de modo a tentar se apropriar da cultura ouvinte e vivenciá-

la no seu modo de participar do meio.

A construção dessa identidade é influenciada por fatores distintos, como

contexto familiar, contato com a comunidade surda, dentre outros. Existem

cinco tipos de identidades, que são:

Identidade Política: são surdos que Identidade de Transição: a maioria

estão inseridos plenamente na dos surdos são filhos de pais

Comunidade Surda, reconhecendo ouvintes, se adaptam ao mundo

como sendo pertencentes à mesma, ouvinte e uma linguagem oral e

usa apenas a língua de sinais; visual truncada. Entram na

ligados à militância e a defesa comunidade surda tardiamente,

política de sua cultura. precisando, posteriormente,

construir suas percepções.


Identidade Híbrida: surdez

adquirida, inicialmente está no meio Identidade Embaraçada: pessoas

ouvinte, utilizando simultaneamente que não tem suas raízes, nem na

a língua oral e sinalizada para se Cultura Surda e nem de ouvintes.

comunicar. Se reconhece como Tem dificuldades de comunicação,

surdo, participando de associações e suas expressões, por vezes são

comunidades surdas. incompreendidas; não sabem usar

língua de sinais. Perspectivas e

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comportamentos determinados pela aceitar como surdos. Rejeitam e não

cultura ouvinte. lutam pelos direitos da comunidade,

valorizando e seguindo a cultura


Identidade Flutuantes: não foram
ouvinte.
inseridas na comunidade surda, tem

dificuldades de se reconhecer e

AULA 04

COMPREENSÃO E PRODUÇÃO DE SINAIS (02 HORAS)

PARÂMETROS DA LIBRAS

Quando convivemos com a comunidade Surda notamos que os sinais não são

representados apenas pelos movimentos das mãos, mas observamos também

que é uma combinação de movimentos, expressões faciais, corporais e

posicionamento das mãos.

Todos esses componentes formam os cinco parâmetros da Libras, que quando

somados dão um significado ao sinal, então os cincos parâmetros da Libras são:

Configuração de Mãos; Ponto de Articulação; Orientação da Mão; Movimento; e

Expressão Facial/Não-Manual.

A) CONFIGURAÇÃO DE MÃOS: É a forma da mão a qual compõe a estrutura

do sinal. Vale ressaltar que a configuração de mãos da língua de sinais

não coincide com o alfabeto manual. Essas configurações são apenas

uma representação das letras do alfabeto que utilizamos na língua

portuguesa.

• EXEMPLO: O sinal de SÁBADO e LARANJA são sinais idênticos que se

diferenciam apenas pela mudança na forma assumida pela mão no

momento da articulação do sinal.

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B) PONTO DE ARTICULAÇÃO: é a área do corpo na qual o sinal será feito ou
articulado.

• EXEMPLOS: Cabeça, Peito, Braço e Espaço Neutro

ESPAÇO NEUTRO é quando o sinal é feito na frente do corpo,

onde ele pode ser feito na vertical, no meio do tronco até a

cabeça, ou horizontal, posicionado à frente do emissor.

C) ORIENTAÇÃO DA MÃO: é a posição da palma da mão ao executar o sinal,

podendo ser voltada para frente ou para trás que irá dar significado ao sinal.

• EXEMPLO: quando mudamos a orientação da mão ela pode gerar uma

ideia oposta ao que realmente queremos dizer.

D) MOVIMENTO: pode ser definido como parâmetro complexo que pode

envolver uma vasta rede de formas e direções.

• EXEMPLO: o movimento pode se apresentar na parte interna da mão,

dedos, punhos, antebraço e braço. O movimento deve estar em

concordância com a configuração de mão em um determinado ponto,

que pode ser no espaço neutro ou em algum ponto específico do corpo,

de acordo com QUADROS e KARNOPP (2004, p.54).

E) EXPRESSÕES FACIAIS/ NÃO-MANUAIS (ENM): é o movimento da face, olhos,

cabeça e do tronco ao sinalizar (QUADROS; KARNOPP, 2004, P.60).

As ENM que consistem em componentes lexicais, marcas, referências

específicas, referência nominal, partícula negativa, advérbio, aspectos

gramaticais elementares da língua.

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EXEMPLO: As expressões também nos permitem mostrar nossas emoções, tais

como alegria, tristeza, espanto, surpresa entre outros. Por isso é indispensável

combinar esse parâmetro com os demais com o intuito de dar o significado

correto ao que está sendo sinalizado.

Vale ressaltar que a Libras não é composta apenas de sinais, mas

também de expressões, sejam elas faciais ou corporais.

AULA 05

LEGISLAÇÃO / ESTRUTURA GRAMATICAL DA LIBRAS (02 HORAS)

DIREITOS ADQUIRIDOS PELOS SURDOS

• 2002: Sancionada a Lei 10.436, que reconhece a LIBRAS como idioma ou

sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical

própria.

• 2005: O Decreto 5.626 estabelece a LIBRAS como disciplina obrigatória em

cursos de formação de professores para que estes possam educar alunos

com surdez.

• 2007: A Portaria 1.220 determina que as emissoras, produtoras e

programadores de conteúdo audiovisuais transmitam a informação com

tradução simultânea em LIBRAS, conforme as novas técnicas brasileiras

de acessibilidade em comunicação na televisão, durante cinco segundos,

ao início de cada obra, e na metade do tempo de duração de cada parte

do programa, preferencialmente no rodapé da tela.

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LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

AD)) Imagem de material do site planalto.gov.br. Em fundo azul e letras brancas, se lê o título Lei
Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência, e logo abaixo se veem os símbolos usados para
pessoas usuárias de cadeiras de rodas, para usuárias de bengala longa, pessoas cegas, pessoas
com membros amputados e pessoas com deficiência intelectual.

Abaixo dos símbolos, se leem em tópicos algumas iniciativas governamentais de inclusão:


Cadastro de Inclusão, Políticas públicas direcionadas, atendimento prioritário em órgãos públicos,
casas de programas habitacionais acessíveis, 10% das vagas em hotéis com acessibilidade, penas
para quem discriminar pessoas com deficiência, vagas em processos seletivos de ensino superior,
acessibilidade e reforma das calçadas como responsabilidade do poder público, 3 vezes mais
recursos para esportes paralímpicos, plena acessibilidade para pessoas surdas adquirirem CNH,
e pessoas com deficiência intelectual passam a ter mais direitos em decisões apoiadas.

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APÊNDICE
Sinais em LIBRAS

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Alfabeto e Números

AD)) Ilustração com uma montagem mostrando as configurações de mão e movimentos


dos sinais do alfabeto de A a Z à esquerda, e dos números de 0 a 10 à direita.

Cumprimentos

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma
camisa azul escura. Na parte superior da sequência se vê o sinal para Cumprimento, OK e Com
licença. Na parte inferior se veem as fotos dos sinais usados para Sinal, Oi e Nome.

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Cumprimentos

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma camisa
azul escura. Acima se vê o sinal para Bom dia, Boa tarde, Boa noite e Desculpa. Abaixo se veem as
fotos dos sinais usados para De Nada, Tchau e Tudo bem.

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Meses do Ano

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma camisa
azul escura. Na parte superior da sequência se vê o sinal para Meses do Ano, Calendário e Dia.
Na parte inferior se veem as fotos dos sinais usados para Ano, Janeiro e Fevereiro.

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Meses do Ano

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma
camisa azul escura. Acima se vê o sinal para Março, Abril e Maio. Abaixo, se veem as fotos dos
sinais usados para Junho, Julho, Agosto e Setembro.

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Meses do Ano

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma camisa
azul escura. À direita, se vê o sinal de Outubro e Novembro, e à esquerda o sinal para
Dezembro.
Dias da Semana

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma
camisa azul escura. Na porção superior da sequência se vê o sinal para Semana, Segunda e
Terça. Abaixo, se vê os sinais para Quarta, Quinta e Sexta.

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Dias da Semana

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma camisa
azul escura. Na sequência se vê à esquerda o sinal para Sábado, e à direita o sinal para Domingo.

Cores

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma camisa
azul escura. Na sequência se vê à esquerda o sinal para Cinza e Bege, e à direita o sinal para
Marrom e Roxo.

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Cores

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma camisa
azul escuro. Na parte superior da sequência se vê o sinal para Dourado e Prata. Na parte central
se vê os sinais para Preto e Branco, e na parte inferior se vê as fotos dos sinais usados para
Verde e Amarelo.

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Pronomes

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma camisa
azul escuro. Na parte superior da sequência se vê o sinal para Eu, Tu e Nós. Na parte central se
vê os sinais para Nós e Vós. E na parte inferior se vê as fotos do sinal usado para Eles.

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Pronomes Possessivos

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma
camisa azul escura. Acima se vê o sinal para Meu e Seu. Abaixo, se vê o sinal para Nossa.

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Documentos

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma
camisa azul escura. Acima, se vê o sinal para Documento. Abaixo, se vê o sinal para
Comprovante de água ou luz.

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Documentos

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma
camisa azul escura. Acima, se vê os sinais para CPF e RG. Abaixo, se vê o sinal para Carteira de
Trabalho.

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Documentos

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma
camisa azul escura. Acima, se vê os sinais para Carteira de Motorista e Certidão de
Nascimento. Abaixo, se vê o sinal para Certidão de Casamento e Certidão de Divórcio.

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Sinais no contexto da Saúde

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma camisa
azul escuro. Na parte superior da sequência se vê os sinais para Consulta e Exames. Na parte
central se vê os sinais para Resultado de Exames e Médico. E na parte inferior se vê as fotos dos
sinais usados para Farmácia e Comprimido.

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Sinais no contexto da Saúde

AD)) Sequência de fotos de um homem branco de barba e cabelo escuros vestindo uma camisa
azul escuro. Na parte superior da sequência se vê o sinal para Enfermeiro. Na parte central se
vê os sinais para Vacina e Sangue. E na parte inferior se vê as fotos do sinal para Saudável.

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