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DEFICIÊNCIA

INTELECTUAL E
O AUTISMO
ESTRATÉGIAS PARA CRIANÇAS
QUE TEM DIFICULDADES NA
TOMADA DE DECISÃO

Dani Freitas
1 DEFINIÇÃO DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Quinta Edição (DSM-5),


define deficiência intelectual como um transtorno caracterizado por limitações
significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo,
expresso nas habilidades práticas, sociais e conceituais. Este transtorno é
diagnosticado antes dos 18 anos de idade. Aqui estão os critérios principais para o
diagnóstico de deficiência intelectual conforme o DSM-5:

Outra definição é que a aprendizagem é a duração do processo de aprender, ou


seja, o tempo que se leva para aprender. Para as neurociências, a aprendizagem
está relacionada às experiências que têm efeitos duradouros na capacidade do
sistema nervoso central de aprender e armazenar informações.

Para Análise do Comportamento, a aprendizagem depende dos produtos


comportamentais que são mensuráveis ao longo do tempo. O grau de competência
de um indivíduo em uma habilidade passa por diversos estágios no processo de
aprendizagem: aquisição, fluência, manutenção e generalização.

1. Deficiências no Funcionamento Intelectual:


O indivíduo apresenta limitações significativas na inteligência, refletidas por um
QI abaixo de 70 em testes padronizados de inteligência.
As deficiências no funcionamento intelectual impactam a capacidade do
indivíduo de aprender informações novas, resolver problemas e tomar decisões.

2. Deficiências no Comportamento Adaptativo:


O indivíduo enfrenta dificuldades em ajustar seu comportamento a expectativas
sociais e normas culturais.
As limitações são evidentes em habilidades de vida diária, como comunicação,
autocuidado e habilidades sociais.

3. Início durante o Período de Desenvolvimento:


Os sintomas devem estar presentes durante o período de desenvolvimento,
geralmente antes dos 18 anos de idade.
O início precoce é crucial para diferenciar a deficiência intelectual de outros
transtornos mentais que podem causar deficiências cognitivas.

4. Níveis de Gravidade:
O DSM-5 categoriza a deficiência intelectual em quatro níveis de gravidade: leve,
moderado, grave e profundo.
Cada nível de gravidade é baseado no grau de suporte necessário e no impacto
nas atividades diárias do indivíduo.

5. Exclusão de Outros Transtornos:


O diagnóstico de deficiência intelectual é feito após a exclusão de outros
transtornos mentais, neurológicos ou de desenvolvimento que possam explicar
as limitações observadas.

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Avaliação e Intervenção:
A avaliação abrangente, incluindo a avaliação do funcionamento intelectual e
adaptativo, é crucial para o diagnóstico preciso da deficiência intelectual. Uma vez
diagnosticado, o indivíduo pode se beneficiar de intervenções educacionais,
terapêuticas e de suporte adaptadas às suas necessidades específicas. O objetivo é
maximizar a independência e a qualidade de vida do indivíduo, promovendo o
desenvolvimento de habilidades adaptativas e reduzindo barreiras ambientais.

A definição de deficiência intelectual pelo DSM-5 enfatiza as limitações no


funcionamento intelectual e adaptativo com início durante o período de
desenvolvimento. O diagnóstico e a intervenção precoces são fundamentais para
oferecer suporte adequado e melhorar os resultados para indivíduos com
deficiência intelectual.

ANOTAÇÕES

@DANI.ACF
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2 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E O AUTISMO

1. Definição e Diagnóstico:
Autismo: O TEA é caracterizado por déficits persistentes na comunicação social
e na interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento,
interesses ou atividades.
Deficiência Intelectual: A DI é caracterizada por limitações significativas no
funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, manifestando-se
antes dos 18 anos de idade.

2. Prevalência de Comorbidade:
A comorbidade entre TEA e DI é frequente, com muitos indivíduos com autismo
também apresentando algum grau de deficiência intelectual.

3. Prejuízos Associados:
Comunicação e Socialização: Indivíduos com ambas as condições
frequentemente experimentam prejuízos significativos na comunicação e nas
habilidades de socialização, o que pode agravar os desafios já presentes em
cada condição isoladamente.
Comportamento Adaptativo: A presença concomitante de DI pode intensificar os
déficits em comportamento adaptativo em indivíduos com autismo, impactando
habilidades diárias e independência.

4. Avaliação e Intervenção:
A avaliação cuidadosa é crucial para identificar ambas as condições e entender
o perfil único de cada indivíduo.
Intervenções devem ser personalizadas para abordar as necessidades
específicas relacionadas ao autismo e à deficiência intelectual, focando em
promover habilidades sociais, comunicação, e comportamento adaptativo.

5. Desafios Adicionais:
A comorbidade pode resultar em desafios adicionais no aprendizado e no
desenvolvimento de habilidades de vida diária, necessitando de suporte
educacional e terapêutico intensivo e prolongado.

6. Estigma e Preconceito:
Indivíduos com comorbidade entre TEA e DI podem enfrentar estigma e
discriminação, sendo essencial promover a conscientização e a inclusão para
mitigar os prejuízos sociais e emocionais associados.

A comorbidade entre deficiência intelectual e autismo no DSM-5 é reconhecida


como uma interseção que pode intensificar os prejuízos associados a cada
condição isoladamente. A identificação e intervenção precoces, juntamente com o
suporte contínuo, são fundamentais para melhorar os resultados para indivíduos
com essas condições concomitantes. A conscientização e a inclusão também são
vitais para reduzir o estigma e promover a aceitação e o entendimento desses
indivíduos na sociedade.

@DANI.ACF
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CID 11, AUTISMO E DEFICIENCIA INTELECTUAL
A nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados
à Saúde (CID – 11) entrou em vigor em janeiro de 2022 e coloca o autismo com um
código próprio, o 6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O TEA está
contido nesta classificação, pois é um transtorno persuasivo de
neurodesenvolvimento.

A CID é uma grande ferramenta utilizada por profissionais da área da saúde e


educação para identificar estatísticas e tendências de saúde em todo o mundo. Em
torno de 55 mil códigos estão contidos no CID, englobando doenças, lesões, e
causas de morte. Vale lembrar que foram quase 32 anos entre a CID 10 e a CID 11.

Na CID 10 o autismo estava dentro do tronco chamado de Transtornos Globais do


Desenvolvimento (TGO). Já na CID 11 o tronco virou o Transtorno do Espectro Autista
conforme o DSM 5 (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).

CID 10 CID 11
TRONCO F84 – Transtornos globais do desenvolvimento (TGD) 6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)

6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem


deficiência intelectual (DI) e com comprometimento
leve ou ausente da linguagem funcional;
F84 –Transtornos globais do desenvolvimento (TGD);

6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autismo com


F84.0 – Autismo infantil;
deficiência intelectual (DI) e com comprometimento
leve ou ausente da linguagem funcional;
F84.1 – Autismo atípico;

6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo sem


F84.2 – Síndrome de Rett;
deficiência intelectual (DI) e com linguagem
funcional prejudicada;
F84.3 – Outro transtorno desintegrativo da infância;

RAMOS 6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com


F84.4 – Transtorno com hipercinesia associada a
deficiência intelectual (DI) e com linguagem
retardo mental e a movimentos estereotipados;
funcional prejudicada;

F84.5 – Síndrome de Asperger;


6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com
deficiência intelectual (DI) e com ausência de
F84.8 – Outros transtornos globais do
linguagem funcional;
desenvolvimento;

6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo


F84.9 – Transtornos globais não especificados do
especificado;
desenvolvimento

6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não


especificado.

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O código 6A02 possui quatro subcategorias no diagnóstico: distúrbio do
desenvolvimento intelectual, linguagem funcional prejudicada, outro TEA
especificado, TEA não especificado.

As duas primeiras categorias são combinadas da seguinte forma:


com distúrbio do desenvolvimento intelectual
sem distúrbio do desenvolvimento intelectual
com linguagem funcional prejudicada
sem linguagem funcional prejudicada

Em relação à linguagem funcional prejudica o CID 11 divide em 4 categorias:


sem comprometimento
com leve comprometimento
prejudicada
ausência de linguagem funcional

Estas subdivisões sinalizam aos outros profissionais envolvidos as comorbidades


associadas ao autismo. O médico poderá colocar no laudo apenas o CID tronco
(6A02) caso o indivíduo não tenha outras comorbidades, como também se não é
possível investigá-las.

@DANI.ACF
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CID 11

O transtorno do espectro do autismo é caracterizado por déficits persistentes na capacidade de iniciar


e manter interação social recíproca e comunicação social, e por uma gama de padrões restritos,
repetitivos e inflexíveis de comportamento, interesses ou atividades que são claramente atípico ou
excessivo para a idade e contexto sociocultural do indivíduo. O início do transtorno ocorre durante o
período de desenvolvimento, geralmente na primeira infância, mas os sintomas podem não se
Transtorno do Espectro
6A02 manifestar completamente até mais tarde, quando as demandas sociais excedem as capacidades
do Autismo (TEA)
limitadas. Os déficits são suficientemente graves para causar prejuízo nas áreas pessoais, familiares,
sociais, educacionais, ocupacionais ou outras áreas importantes de funcionamento e geralmente são
uma característica generalizada do funcionamento do indivíduo observável em todos os ambientes,
embora possam variar de acordo com o contexto social, educacional ou outro. Indivíduos ao longo do
espectro exibem uma gama completa de funções intelectuais e habilidades de linguagem.

Transtorno do Espectro
do Autismo sem Todos os requisitos de definição para transtorno do espectro do autismo são atendidos, o
deficiência intelectual funcionamento intelectual e o comportamento adaptativo estão pelo menos dentro da faixa média
6A02.0 (DI) e com (aproximadamente maior que o Percentil 2,3)Existe apenas leve ou nenhum comprometimento na
comprometimento leve capacidade do indivíduo de usar a linguagem funcional (falada ou sinalizada) para fins instrumentais,
ou ausente da linguagem como expressar necessidades e desejos pessoais.
funcional

Transtorno do Espectro
do Autismo com
Todos os requisitos de definição para transtorno do espectro do autismo e transtorno do
deficiência intelectual
desenvolvimento intelectual são atendidos Existe apenas leve ou nenhum comprometimento na
6A02.1 (DI) e com
capacidade do indivíduo de usar o funcional linguagem (falada ou sinalizada) para fins instrumentais,
comprometimento leve
como para expressar necessidades e desejos pessoais.
ou ausente da linguagem
funcional;

Todos os requisitos de definição para transtorno do espectro do autismo são atendidos, o


Transtorno do Espectro
funcionamento intelectual e o comportamento adaptativo estão pelo menos dentro da faixa média
do Autismo sem
(aproximadamente acima do percentil 2,3) Existe acentuado comprometimento da linguagem
6A02.2 deficiência intelectual
funcional (falada ou sinalizada) em relação à idade do indivíduo, sendo que o indivíduo não consegue
(DI) e com linguagem
usar mais do que palavras isoladas ou frases simples para fins instrumentais, como para expressar
funcional prejudicada;
necessidades e desejos pessoais.

Transtorno do Espectro Todos requisitos de definição para transtorno do espectro do autismo e transtorno do
do Autismo com desenvolvimento intelectual são atendidosExiste prejuízo acentuado na linguagem funcional (falada
6A02.3 deficiência intelectual ou sinalizada) em relação à idade do indivíduo, com o indivíduo incapaz de usar mais do que palavras
(DI) e com linguagem isoladas ou frases simples para fins instrumentais, como para expressar necessidades e desejos
funcional prejudicada pessoais.

Transtorno do Espectro
Todos os requisitos de definição para transtorno do espectro do autismo e transtorno do
do Autismo com
desenvolvimento intelectual são atendidos Existe ausência completa, ou quase completa, de
6A02.5 deficiência intelectual
capacidade em relação à idade do indivíduo para usar linguagem funcional (falada ou sinalizada) para
(DI) e com ausência de
fins instrumentais, como para expressar necessidades e desejos pessoais
linguagem funcional

Outro Transtorno do
6A02.Y Espectro do Autismo
especificado

Transtorno do Espectro
6A02.Z do Autismo, não
especificado

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APRENDIZADO E OS TRANSTORNOS DE
3 NEURODESENVOLVIMENTO

Várias ciências se propõem a explicar e definir o que é aprendizagem. Em termos


comuns a aprendizagem pode ser vista como um processo, uma ação, efeito ou
consequência de aprender.

Outra definição é que a aprendizagem é a duração do processo de aprender, ou


seja, o tempo que se leva para aprender.

Para as neurociências, a aprendizagem está relacionada às experiências que têm


efeitos duradouros na capacidade do sistema nervoso central de aprender e
armazenar informações.

Para Análise do Comportamento, a aprendizagem depende dos produtos


comportamentais que são mensuráveis ao longo do tempo.

O grau de competência de um indivíduo em uma habilidade passa por diversos


estágios no processo de aprendizagem: aquisição, fluência, manutenção e
generalização.

@DANI.ACF
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Contudo, nos transtornos de neurodesenvolvimento temos diversas alterações
cognitivas, as principais são: aquisição, retenção e aplicação de habilidades.

E precisamos lembrar também que o autismo tem interface com outros


transtornos.

HUMOR**
8%

TA*
42%
TDAH
81%

TOD
* Transtorno de ansiedade 46%
** Qualquer transtorno de humor

Fonte: Luc Lecavalier Courtney E. McCracken, Michael G. Aman, et al. An exploration of concomitant psychiatric disorders in children with
autism spectrum disorder. Comprehensive Psychiatry,2019; 88: 57-64

Atenção
Concentração
Memória de
trabalho
Controle inibitório
Ideação
IMPACTAM NA Planificação
Antecipação
Flexibilização
Tomada de
decisão
Execução
Percepção

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TOMADA DE DECISÃO | Aspectos cognitivos,
4 comportamentais e neurológicos

A tomada de decisão é um processo cognitivo complexo que envolve a seleção de


uma opção entre várias alternativas possíveis. Este processo é influenciado por uma
série de mecanismos cognitivos e comportamentais, muitos dos quais são
mediados por estruturas cerebrais específicas.

Mecanismos Cognitivos

1. Processamento de Informação:
A tomada de decisão envolve a coleta e avaliação de informações. O cérebro
processa as informações recebidas, avalia as opções disponíveis e seleciona uma
resposta adequada.
2. Memória:
A memória desempenha um papel crucial na tomada de decisão, pois permite o
acesso a experiências passadas que podem informar escolhas futuras.
3. Atenção:
A atenção seletiva é vital para filtrar informações irrelevantes e focar nos detalhes
pertinentes ao tomar uma decisão.
4. Heurísticas e Viéses:
Indivíduos frequentemente empregam heurísticas, ou atalhos mentais, para
simplificar o processo de tomada de decisão. No entanto, essas heurísticas podem
levar a viéses e erros de julgamento.

Mecanismos Comportamentais

1. Reforço e Punição:
Comportamentos que são reforçados tendem a ser repetidos, enquanto aqueles
que são punidos tendem a ser evitados. Este princípio comportamental influencia as
escolhas e decisões que as pessoas fazem.
2. Aprendizagem:
Permitir a adução de novos comportamentos e adaptação para novas situações
através de resolução de problemas

Bases Neurológicas

1. Córtex Pré-frontal:
Esta área do cérebro está fortemente envolvida no planejamento, raciocínio e
tomada de decisão. Lesões nesta área podem prejudicar a capacidade de tomar
decisões racionais e bem informadas.
2. Sistema Límbico:
O sistema límbico, envolvido na regulação das emoções, também influencia a
tomada de decisão, especialmente em situações carregadas emocionalmente.
3. Amígdala:
A amígdala desempenha um papel crucial na avaliação de riscos e recompensas e
na modulação das respostas emocionais que podem influenciar as decisões.

@DANI.ACF
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A tomada de decisão é um processo multifacetado que envolve uma interação
complexa de mecanismos cognitivos, comportamentais e neurológicos. A
compreensão desses mecanismos pode proporcionar insights valiosos sobre como
as decisões são feitas e como podem ser influenciadas ou melhoradas.

ANOTAÇÕES

@DANI.ACF
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ORGANOGRAMA DA TOMADA DE DECISÃO

Estímulo Externo 1. Estímulo Externo:


(Ambiente/Situação) O processo começa com um estímulo
externo que é percebido pelos nossos
sentidos.

Percepção Sensorial 2. Percepção Sensorial:


(Córtex Sensorial) O córtex sensorial processa as
informações recebidas pelos sentidos.

3. Processamento Cognitivo:
Processamento Cognitivo O córtex pré-frontal é responsável pelo
raciocínio, planejamento e tomada de
(Córtex Pré-frontal) decisão.

4. Emoções e Memória:
Emoções e Memória A amígdala e o hipocampo são
responsáveis pelo processamento das
(Amígdala e Hipocampo) emoções e memória, respectivamente.

5. Avaliação e Julgamento:
O córtex orbitofrontal está envolvido na
Avaliação e Julgamento avaliação de recompensas e punições e na
(Córtex Orbitofrontal) tomada de decisões baseadas em valores.

6. Decisão:
Decisão Finalmente, o córtex motor é ativado para
executar a ação decidida.
(Córtex Motor)

Aspectos Comportamentais:
- Experiências Passadas: Influenciam as expectativas e avaliações.
- Motivação e Recompensa: Direcionam a atenção e as ações.
- Aprendizagem: Modifica as conexões neuronais e influencia futuras decisões.
Fontes:
- Bear, M. F., Connors, B. W., & Paradiso, M. A. (2007). Neuroscience: Exploring the Brain. Lippincott Williams & Wilkins.
- Damasio, A. R. (1994). Descartes' Error: Emotion, Reason, and the Human Brain. Putnam Publishing.

ANOTAÇÕES

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5 AS BASES DO ENSINO DA TOMADA DE DECISÃO

Ensinar habilidades de vida diária, como a utilização de tomadas, para pessoas que
possuem Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e Deficiência Intelectual (DI)
como comorbidade, requer estratégias de ensino adaptadas e especializadas para
atender às necessidades únicas desses indivíduos. Aqui estão algumas estratégias
que podem ser empregadas para facilitar o aprendizado:

1. Avaliação Individualizada:
Realizar uma avaliação detalhada das habilidades, necessidades e preferências do
indivíduo para desenvolver um plano de ensino personalizado.
2. Ambiente Estruturado:
Criar um ambiente de aprendizagem estruturado e previsível, com rotinas claras e
consistentes, pode ajudar a minimizar a ansiedade e a maximizar o aprendizado.
3. Ensino Passo a Passo:
Dividir a tarefa em passos menores e ensinar cada passo individualmente,
utilizando técnicas de modelagem e imitação, pode facilitar a compreensão e a
execução da tarefa.
4. Reforço Positivo:
Utilizar reforço positivo, como elogios, recompensas tangíveis ou atividades
preferidas, para motivar e encorajar o aprendizado e a prática de habilidades.
5. Uso de Tecnologia:
Ferramentas tecnológicas, como aplicativos educativos e vídeos, podem ser
recursos úteis para demonstrar e praticar habilidades de maneira interativa e
envolvente.
6. Adaptações e Modificações:
Fazer adaptações no material de ensino e modificar as expectativas com base nas
capacidades do indivíduo pode promover o sucesso no aprendizado.
7. Sistemas de ajudas visuais:
Algumas pessoas com TEA podem ser beneficiadas com o uso de imagens,
diagramas e outras ajudas visuais.
8. Prática e Repetição:
Proporcionar oportunidades frequentes para praticar habilidades em diferentes
contextos e situações pode ajudar na generalização do aprendizado.
9. Segurança:
Ao ensinar o uso de tomadas, é crucial enfatizar a segurança, utilizando protetores
de tomada e supervisão constante para prevenir acidentes.
10. Família e Cuidadores:
Envolvimento da família e cuidadores é fundamental, pois eles podem reforçar o
aprendizado e proporcionar suporte contínuo no ambiente doméstico.

Ao empregar estratégias de ensino adaptadas e focadas nas necessidades


individuais, é possível promover o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades
de vida diária em pessoas com TEA e DI como comorbidade. O envolvimento e a
colaboração entre educadores, família e profissionais de saúde são essenciais para
criar um ambiente de aprendizagem eficaz, promovendo a autonomia e a qualidade
de vida desses indivíduos.

@DANI.ACF
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AVALIAÇÃO
DA HABILIDADE A SER ENSINA

LIGA AUTISMOS

Dani Freitas
DESCREVENDO A HABILIDADE DE
1 TOMADA DE DECISÃO

2 ANÁLISE DA HABILIDADE

COMO O APENDIZ FAZ COMO DEVERIA FAZER

4
ETAPAS

10

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3 ANALISANDO AS RESPOSTAS
COMO O APENDIZ FAZ COMO DEVERIA FAZER

FEZ
Espontâneo

Mediado

Engajado

Fez para fugir do instrutor

FEZ próximo do correto


Espontâneo

Mediado

Engajado

Fez para fugir do instrutor

Fez próximo do correto, devido a falha:

Atenção e concentração Planificação Execução Tomada de decisão


Memória de trabalho Flexibilização Ideação Controle inibitório
Latência da resposta: Avaliação do movimento
Até 2 segundos Preciso
Até 5 segundos Leve dificuldade
Mais que 5 segundos Muita dificuldade

FEZ errado
Estereotipia concorrente

Controle de estímulo
defeituoso
Engajado

Comportamento disruptivo

Errou, devido a falha:

Atenção e concentração Planificação Execução Tomada de decisão


Memória de trabalho Flexibilização Ideação Controle inibitório
Latência da resposta: Avaliação do movimento
Até 2 segundos Preciso
Até 5 segundos Leve dificuldade
Mais que 5 segundos Muita dificuldade

Fuga/esquiva
16
4 OBJETIVOS DE ENSINO

OBJETIVO A LONGO PRAZO

OBJETIVOS A CURTO PRAZO (OCP)

OCP 1

OCP 2

OCP 1

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17
DESCREVENDO O COMPORTAMENTO
5 QUE SERÁ ENSINADO

ANTECEDENTE Tipo de contingência:


social ambiental

Estímulos
tátil visual auditivo

outro:

RESPOSTA

CONSEQUÊNCIA

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18
http://daniacf.com
PLANO
DA HABILIDADE A SER ENSINA

LIGA AUTISMOS

Dani Freitas
6 PLANO DE ENSINO

HABILIDADE:
CÓDIGO DO PROGRAMA: APRENDIZ:

INÍCIO: / /
INSTRUTORES:
FIM: / /

OBJETIVOS A LONGO PRAZO:


Topografia, análise de tarefas, latência, duração, contagem, pré requisitos

OBJETIVOS A CURTO PRAZO (OCP)


Resumo

OCP 1

DATA:

OCP 2

DATA:

OCP 3

DATA:

OCP 4

DATA:

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20
PROGRAMA
DA HABILIDADE A SER ENSINA

LIGA AUTISMOS

Dani Freitas
7 PROGRAMA DE ENSINO

OCP:

DATA:

INSTRUTOR:

REGISTRO:

APRESENTAÇÃO DE DADOS:

ORIENTAÇÃO PROGRAMADA:

Controle instrucional Forma de ensino

Ambiente de ensino Materiais

POSIÇÃO INSTRUTOR, APRENDIZ, ESTÍMULOS, AMBIENTE ETC AJUDAS E DICAS

RESPOSTA ESPERADA E TOLERADA COMO ACERTO

REFORÇO CORREÇÃO DE ERRO PROCEDIMENTOS CRITÉRIOS


MAIOR MAGNITUDE:

MENOR MAGNITUDE:

QUANDO/COMO:

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Conheça a maior COMUNIDADE
DE AUTISMO DO BRASIL

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