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INTELECTUAL E
O AUTISMO
ESTRATÉGIAS PARA CRIANÇAS
QUE TEM DIFICULDADES NA
TOMADA DE DECISÃO
Dani Freitas
1 DEFINIÇÃO DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
4. Níveis de Gravidade:
O DSM-5 categoriza a deficiência intelectual em quatro níveis de gravidade: leve,
moderado, grave e profundo.
Cada nível de gravidade é baseado no grau de suporte necessário e no impacto
nas atividades diárias do indivíduo.
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Avaliação e Intervenção:
A avaliação abrangente, incluindo a avaliação do funcionamento intelectual e
adaptativo, é crucial para o diagnóstico preciso da deficiência intelectual. Uma vez
diagnosticado, o indivíduo pode se beneficiar de intervenções educacionais,
terapêuticas e de suporte adaptadas às suas necessidades específicas. O objetivo é
maximizar a independência e a qualidade de vida do indivíduo, promovendo o
desenvolvimento de habilidades adaptativas e reduzindo barreiras ambientais.
ANOTAÇÕES
@DANI.ACF
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2 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E O AUTISMO
1. Definição e Diagnóstico:
Autismo: O TEA é caracterizado por déficits persistentes na comunicação social
e na interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento,
interesses ou atividades.
Deficiência Intelectual: A DI é caracterizada por limitações significativas no
funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, manifestando-se
antes dos 18 anos de idade.
2. Prevalência de Comorbidade:
A comorbidade entre TEA e DI é frequente, com muitos indivíduos com autismo
também apresentando algum grau de deficiência intelectual.
3. Prejuízos Associados:
Comunicação e Socialização: Indivíduos com ambas as condições
frequentemente experimentam prejuízos significativos na comunicação e nas
habilidades de socialização, o que pode agravar os desafios já presentes em
cada condição isoladamente.
Comportamento Adaptativo: A presença concomitante de DI pode intensificar os
déficits em comportamento adaptativo em indivíduos com autismo, impactando
habilidades diárias e independência.
4. Avaliação e Intervenção:
A avaliação cuidadosa é crucial para identificar ambas as condições e entender
o perfil único de cada indivíduo.
Intervenções devem ser personalizadas para abordar as necessidades
específicas relacionadas ao autismo e à deficiência intelectual, focando em
promover habilidades sociais, comunicação, e comportamento adaptativo.
5. Desafios Adicionais:
A comorbidade pode resultar em desafios adicionais no aprendizado e no
desenvolvimento de habilidades de vida diária, necessitando de suporte
educacional e terapêutico intensivo e prolongado.
6. Estigma e Preconceito:
Indivíduos com comorbidade entre TEA e DI podem enfrentar estigma e
discriminação, sendo essencial promover a conscientização e a inclusão para
mitigar os prejuízos sociais e emocionais associados.
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CID 11, AUTISMO E DEFICIENCIA INTELECTUAL
A nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados
à Saúde (CID – 11) entrou em vigor em janeiro de 2022 e coloca o autismo com um
código próprio, o 6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O TEA está
contido nesta classificação, pois é um transtorno persuasivo de
neurodesenvolvimento.
CID 10 CID 11
TRONCO F84 – Transtornos globais do desenvolvimento (TGD) 6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
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O código 6A02 possui quatro subcategorias no diagnóstico: distúrbio do
desenvolvimento intelectual, linguagem funcional prejudicada, outro TEA
especificado, TEA não especificado.
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CID 11
Transtorno do Espectro
do Autismo sem Todos os requisitos de definição para transtorno do espectro do autismo são atendidos, o
deficiência intelectual funcionamento intelectual e o comportamento adaptativo estão pelo menos dentro da faixa média
6A02.0 (DI) e com (aproximadamente maior que o Percentil 2,3)Existe apenas leve ou nenhum comprometimento na
comprometimento leve capacidade do indivíduo de usar a linguagem funcional (falada ou sinalizada) para fins instrumentais,
ou ausente da linguagem como expressar necessidades e desejos pessoais.
funcional
Transtorno do Espectro
do Autismo com
Todos os requisitos de definição para transtorno do espectro do autismo e transtorno do
deficiência intelectual
desenvolvimento intelectual são atendidos Existe apenas leve ou nenhum comprometimento na
6A02.1 (DI) e com
capacidade do indivíduo de usar o funcional linguagem (falada ou sinalizada) para fins instrumentais,
comprometimento leve
como para expressar necessidades e desejos pessoais.
ou ausente da linguagem
funcional;
Transtorno do Espectro Todos requisitos de definição para transtorno do espectro do autismo e transtorno do
do Autismo com desenvolvimento intelectual são atendidosExiste prejuízo acentuado na linguagem funcional (falada
6A02.3 deficiência intelectual ou sinalizada) em relação à idade do indivíduo, com o indivíduo incapaz de usar mais do que palavras
(DI) e com linguagem isoladas ou frases simples para fins instrumentais, como para expressar necessidades e desejos
funcional prejudicada pessoais.
Transtorno do Espectro
Todos os requisitos de definição para transtorno do espectro do autismo e transtorno do
do Autismo com
desenvolvimento intelectual são atendidos Existe ausência completa, ou quase completa, de
6A02.5 deficiência intelectual
capacidade em relação à idade do indivíduo para usar linguagem funcional (falada ou sinalizada) para
(DI) e com ausência de
fins instrumentais, como para expressar necessidades e desejos pessoais
linguagem funcional
Outro Transtorno do
6A02.Y Espectro do Autismo
especificado
Transtorno do Espectro
6A02.Z do Autismo, não
especificado
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APRENDIZADO E OS TRANSTORNOS DE
3 NEURODESENVOLVIMENTO
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Contudo, nos transtornos de neurodesenvolvimento temos diversas alterações
cognitivas, as principais são: aquisição, retenção e aplicação de habilidades.
HUMOR**
8%
TA*
42%
TDAH
81%
TOD
* Transtorno de ansiedade 46%
** Qualquer transtorno de humor
Fonte: Luc Lecavalier Courtney E. McCracken, Michael G. Aman, et al. An exploration of concomitant psychiatric disorders in children with
autism spectrum disorder. Comprehensive Psychiatry,2019; 88: 57-64
Atenção
Concentração
Memória de
trabalho
Controle inibitório
Ideação
IMPACTAM NA Planificação
Antecipação
Flexibilização
Tomada de
decisão
Execução
Percepção
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TOMADA DE DECISÃO | Aspectos cognitivos,
4 comportamentais e neurológicos
Mecanismos Cognitivos
1. Processamento de Informação:
A tomada de decisão envolve a coleta e avaliação de informações. O cérebro
processa as informações recebidas, avalia as opções disponíveis e seleciona uma
resposta adequada.
2. Memória:
A memória desempenha um papel crucial na tomada de decisão, pois permite o
acesso a experiências passadas que podem informar escolhas futuras.
3. Atenção:
A atenção seletiva é vital para filtrar informações irrelevantes e focar nos detalhes
pertinentes ao tomar uma decisão.
4. Heurísticas e Viéses:
Indivíduos frequentemente empregam heurísticas, ou atalhos mentais, para
simplificar o processo de tomada de decisão. No entanto, essas heurísticas podem
levar a viéses e erros de julgamento.
Mecanismos Comportamentais
1. Reforço e Punição:
Comportamentos que são reforçados tendem a ser repetidos, enquanto aqueles
que são punidos tendem a ser evitados. Este princípio comportamental influencia as
escolhas e decisões que as pessoas fazem.
2. Aprendizagem:
Permitir a adução de novos comportamentos e adaptação para novas situações
através de resolução de problemas
Bases Neurológicas
1. Córtex Pré-frontal:
Esta área do cérebro está fortemente envolvida no planejamento, raciocínio e
tomada de decisão. Lesões nesta área podem prejudicar a capacidade de tomar
decisões racionais e bem informadas.
2. Sistema Límbico:
O sistema límbico, envolvido na regulação das emoções, também influencia a
tomada de decisão, especialmente em situações carregadas emocionalmente.
3. Amígdala:
A amígdala desempenha um papel crucial na avaliação de riscos e recompensas e
na modulação das respostas emocionais que podem influenciar as decisões.
@DANI.ACF
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A tomada de decisão é um processo multifacetado que envolve uma interação
complexa de mecanismos cognitivos, comportamentais e neurológicos. A
compreensão desses mecanismos pode proporcionar insights valiosos sobre como
as decisões são feitas e como podem ser influenciadas ou melhoradas.
ANOTAÇÕES
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ORGANOGRAMA DA TOMADA DE DECISÃO
3. Processamento Cognitivo:
Processamento Cognitivo O córtex pré-frontal é responsável pelo
raciocínio, planejamento e tomada de
(Córtex Pré-frontal) decisão.
4. Emoções e Memória:
Emoções e Memória A amígdala e o hipocampo são
responsáveis pelo processamento das
(Amígdala e Hipocampo) emoções e memória, respectivamente.
5. Avaliação e Julgamento:
O córtex orbitofrontal está envolvido na
Avaliação e Julgamento avaliação de recompensas e punições e na
(Córtex Orbitofrontal) tomada de decisões baseadas em valores.
6. Decisão:
Decisão Finalmente, o córtex motor é ativado para
executar a ação decidida.
(Córtex Motor)
Aspectos Comportamentais:
- Experiências Passadas: Influenciam as expectativas e avaliações.
- Motivação e Recompensa: Direcionam a atenção e as ações.
- Aprendizagem: Modifica as conexões neuronais e influencia futuras decisões.
Fontes:
- Bear, M. F., Connors, B. W., & Paradiso, M. A. (2007). Neuroscience: Exploring the Brain. Lippincott Williams & Wilkins.
- Damasio, A. R. (1994). Descartes' Error: Emotion, Reason, and the Human Brain. Putnam Publishing.
ANOTAÇÕES
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5 AS BASES DO ENSINO DA TOMADA DE DECISÃO
Ensinar habilidades de vida diária, como a utilização de tomadas, para pessoas que
possuem Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e Deficiência Intelectual (DI)
como comorbidade, requer estratégias de ensino adaptadas e especializadas para
atender às necessidades únicas desses indivíduos. Aqui estão algumas estratégias
que podem ser empregadas para facilitar o aprendizado:
1. Avaliação Individualizada:
Realizar uma avaliação detalhada das habilidades, necessidades e preferências do
indivíduo para desenvolver um plano de ensino personalizado.
2. Ambiente Estruturado:
Criar um ambiente de aprendizagem estruturado e previsível, com rotinas claras e
consistentes, pode ajudar a minimizar a ansiedade e a maximizar o aprendizado.
3. Ensino Passo a Passo:
Dividir a tarefa em passos menores e ensinar cada passo individualmente,
utilizando técnicas de modelagem e imitação, pode facilitar a compreensão e a
execução da tarefa.
4. Reforço Positivo:
Utilizar reforço positivo, como elogios, recompensas tangíveis ou atividades
preferidas, para motivar e encorajar o aprendizado e a prática de habilidades.
5. Uso de Tecnologia:
Ferramentas tecnológicas, como aplicativos educativos e vídeos, podem ser
recursos úteis para demonstrar e praticar habilidades de maneira interativa e
envolvente.
6. Adaptações e Modificações:
Fazer adaptações no material de ensino e modificar as expectativas com base nas
capacidades do indivíduo pode promover o sucesso no aprendizado.
7. Sistemas de ajudas visuais:
Algumas pessoas com TEA podem ser beneficiadas com o uso de imagens,
diagramas e outras ajudas visuais.
8. Prática e Repetição:
Proporcionar oportunidades frequentes para praticar habilidades em diferentes
contextos e situações pode ajudar na generalização do aprendizado.
9. Segurança:
Ao ensinar o uso de tomadas, é crucial enfatizar a segurança, utilizando protetores
de tomada e supervisão constante para prevenir acidentes.
10. Família e Cuidadores:
Envolvimento da família e cuidadores é fundamental, pois eles podem reforçar o
aprendizado e proporcionar suporte contínuo no ambiente doméstico.
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AVALIAÇÃO
DA HABILIDADE A SER ENSINA
LIGA AUTISMOS
Dani Freitas
DESCREVENDO A HABILIDADE DE
1 TOMADA DE DECISÃO
2 ANÁLISE DA HABILIDADE
4
ETAPAS
10
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3 ANALISANDO AS RESPOSTAS
COMO O APENDIZ FAZ COMO DEVERIA FAZER
FEZ
Espontâneo
Mediado
Engajado
Mediado
Engajado
FEZ errado
Estereotipia concorrente
Controle de estímulo
defeituoso
Engajado
Comportamento disruptivo
Fuga/esquiva
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4 OBJETIVOS DE ENSINO
OCP 1
OCP 2
OCP 1
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DESCREVENDO O COMPORTAMENTO
5 QUE SERÁ ENSINADO
Estímulos
tátil visual auditivo
outro:
RESPOSTA
CONSEQUÊNCIA
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18
http://daniacf.com
PLANO
DA HABILIDADE A SER ENSINA
LIGA AUTISMOS
Dani Freitas
6 PLANO DE ENSINO
HABILIDADE:
CÓDIGO DO PROGRAMA: APRENDIZ:
INÍCIO: / /
INSTRUTORES:
FIM: / /
OCP 1
DATA:
OCP 2
DATA:
OCP 3
DATA:
OCP 4
DATA:
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20
PROGRAMA
DA HABILIDADE A SER ENSINA
LIGA AUTISMOS
Dani Freitas
7 PROGRAMA DE ENSINO
OCP:
DATA:
INSTRUTOR:
REGISTRO:
APRESENTAÇÃO DE DADOS:
ORIENTAÇÃO PROGRAMADA:
MENOR MAGNITUDE:
QUANDO/COMO:
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Dani Freitas