Você está na página 1de 8

Neuropsicopedagogia e o auxílio às crianças com prejuízos na

leitura e escrita

Ana Maria Formentini Possamai[1]


Ana Lucia Hennemann[2]

Resumo: O presente trabalho tem por objetivo entender as dificuldades de aprendizagem


direcionadas basicamente na leitura e escrita e também no desenvolvimento dos
indivíduos no processo de ensino e aprendizagem. Além disso, foi ressaltada a
importância do profissional de Neuropsicopedagogia Institucional no âmbito escolar
envolvendo escolas particulares, públicas e terceiro setor. Foi possível considerar que há
uma grande diferença nas dificuldades de aprendizagem e nos obstáculos apresentados
durante o processo de ensino e conhecimento de cada ser. O profissional de
Neuropsicopedagogia Institucional é de suma importância no processamento da aquisição
do procedimento educacional, na avaliação e na intervenção em grandes e pequenos
grupos ou mesmo individualmente dependendo da necessidade de cada indivíduo. Assim
a aprendizagem em seres com dificuldades na codificação da leitura e escrita se refere às
relações que envolvem o profissional a compreensão de cada um.
Palavras-chave: Aprendizagem. Leitura. Escrita. Desenvolvimento. Transtorno.

1 INTRODUÇÃO
  
A Neuropsicopedagogia é uma ciência que compreende a educação de forma
plural, buscando dar uma resposta ao método tradicional de ensino, dividindo e ampliando
os processos da educação. Também entendesse como ser fundamentada nos
conhecimentos da neurociência aplicada à educação, com enfoques na Pedagogia e
Psicologia Cognitiva com a finalidade de estudar o sistema nervoso central e a
aprendizagem humana.
A Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp), trás de modo geral, ser
uma ciência que estuda o sistema nervoso central e sua atuação no comportamento
humano, dispondo como aspecto principal a aprendizagem. A Neuropsicopedagogia
procura ligação entre os estudos da neurociência com os conhecimentos da psicologia
cognitiva e da pedagogia.
O Neuropsicopedagogo Institucional da Educação Especial Inclusiva, atua
necessariamente em ambiente coletivo, tal como em contexto escolar e/ou terceiro setor.
Os profissionais envolvidos fazem com que suas características sejam de forma ética,
técnica e profissional.   O mesmo é considerado essencial para a evolução da educação
nas escolas e terceiro setor, tendo conhecimento em sua área e proporcionando soluções
eficazes para a transformação do ensino para os seres humanos.
A necessidade de incluir este profissional no ensino privado, público e em terceiro
setor, visa atender a demanda de crianças com transtornos relacionados às áreas da
aprendizagem, e não emocionais. O Neuropsicopedagogo atuará com responsabilidade
social, comprometendo-se com o desenvolvimento das potencialidades humanas,
daqueles aos quais presta serviços.
A atividade do Neuropsicopedagogo Institucional deve descrever princípios
fundamentais para a aprendizagem das crianças direcionadas a dificuldade que a mesma
apresenta. Realizar investigações com base nas queixas de professores ou outras equipes
presentes nas escolas, programar instrumentos próprios ou que estejam de acordo com o
Código de Ética. Através de instrumentos próprios, sondar a triagem acadêmica das
crianças com transtornos de aprendizagem direcionados a leitura e escrita. A partir de
dados coletados planejar planos de intervenção, em pequenos grupos, classes inteiras ou
mesmo individualmente observando a dificuldade presente em cada criança. 
O processo de aprendizagem depende de cada criança. O Neuropsicopedagogo
busca compreender a necessidade de cada indivíduo, buscando práticas inovadoras para
novos conhecimentos relacionados à Neurociência.
Por meio de todas as considerações relativas ao profissional da
Neuropsicopedagogia, este poderá auxiliar efetivamente e consideravelmente no
desempenho das habilidades e competências de alunos com transtornos específicos de
aprendizagem voltados principalmente para a área de leitura e escrita.

 2 TRANSTORNO ESPECÍFICO DE APRENDIZAGEM COM PREJUÍZO NA LEITURA E


ESCRITA

Há muitos anos vem surgindo à preocupação com a dificuldade escolar


presente. São altos os índices de repetência e muitos dos casos são encaminhados para
médicos, os quais indicam alguma medicação a fim de controlá-los. Além da dificuldade
escolar - dificuldade esta de compreender o conteúdo do modo como é trabalhado, não se
adaptando à metodologia utilizada pelo professor – transtornos de aprendizagem também
vêm sendo investigados por prejudicarem a aquisição, o desenvolvimento de habilidades
necessárias para a aprendizagem e a prática da leitura e da escrita.
Saber diferenciar o que é dificuldade de aprendizagem e o que é transtorno de
aprendizagem é uma tarefa difícil. A dificuldade de aprendizagem é uma condição
passageira, pode ser causada por motivos emocionais, problemas no espaço de
aprendizagem e também na falta de habilidade do educador. O transtorno de
aprendizagem é uma condição neurológica que afeta a aquisição e o processamento de
informações. Diferente da dificuldade de aprendizagem, o transtorno de aprendizagem é
permanente.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-
V), o transtorno específico da aprendizagem é:
O transtorno específico da aprendizagem é um transtorno do neurodesenvolvimento com uma
origem biológica que é à base das anormalidades no nível cognitivo as quais são associadas
com as manifestações comportamentais. A origem biológica inclui uma interação de fatores
genéticos, epigenéticos e ambientais que influenciam a capacidade do cérebro para perceber
ou processar informações verbais ou não verbais com eficiência e exatidão. (DSM-V, 2014, pg
68).   

Segundo pesquisas realizadas, o transtorno de aprendizagem – dislexia- ocorre em


todos os lugares do planeta. Cerca de 6% dos alunos de escolas públicas têm transtorno
de aprendizagem, dos quais 80% desses teriam dislexia. No entanto, também é possível
perceber que muitos professores não têm o devido conhecimento sobre esse tipo de
transtorno, desconhecem os sinais que apontam para a dislexia e as dificuldades
causadas no desenvolvimento do aluno.
Para um conceito amplo deste transtorno de aprendizagem, foi pesquisada sua
definição na Associação Internacional de Dislexia, que o define como:

 Dislexia é uma incapacidade específica de aprendizagem, de origem neurobiológica. É


caracterizada por dificuldades na correção e/ou fluência na leitura de palavras e por baixa
competência leitora e ortográfica. Estas dificuldades resultam de um Défice Fonológico,
inesperado, em relação às outras capacidades cognitivas e às condições educativas.
Secundariamente podem surgir dificuldades de compreensão leitora, experiência de leitura
reduzida que pode impedir o desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos
gerais.”( Associação Internacional de Dislexia, 2013).

Por isso, pode-se dizer que a dislexia é uma dificuldade na capacidade de


transcrever sons, letras e de compreender o que lê, apesar de ter inteligência, visão e
audição normais. Como tem origem neurobiológica, as dificuldades de uma criança com
dislexia não estariam nos olhos, mas no funcionamento de áreas de linguagem no cérebro.
Para Paula Teles (2004),
“[...] a dislexia é uma perturbação parcialmente herdada, com manifestações clínicas
complexas, incluindo défices na leitura, no processamento fonológico, na memória de trabalho,
na capacidade de nomeação rápida, na coordenação sensório-motora, na automatização, e no
processamento sensorial precoce.” (TELES,2004).

A leitura e a escrita são formas do processamento linguístico, saber ler é uma das
aprendizagens mais importantes, pois leva as crianças a todos os outros saberes. De
acordo com a genética, existem fortes evidenciais para a transmissão familiar da dislexia,
uma vez que as mesmas compartilham seus genes e seu ambiente, influenciando sua
hereditariedade.
As inconformidades apresentadas pelas crianças com dislexia dificultam a
aprendizagem desses docentes acarretando no uso de suas habilidades acadêmicas.
Essas dificuldades devem ter indicativos presentes que persistam pelo menos por seis
meses e pelo apresentando um dos sintomas principais. Apesar do fornecimento de ações
coordenadas relacionadas a essas dificuldades, sobre isto o DSM-V nos traz:
1.          Leitura de palavras de forma imprecisa ou lenta e com esforço;
2.          Dificuldades para compreender o sentido do que é lido;
3.          Dificuldades para ortografar;
4.          Dificuldades com a expressão escrita;
5.          Dificuldades para dominar o senso numérico, fatos numéricos ou cálculo;
Dificuldades no raciocínio.

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-5, trouxe


inúmeras mudanças para os transtornos do neurodesenvolvimento, com enfoque
reservado para os transtornos de aprendizagem, como a dislexia.
A dislexia, no entanto, é um dos vários tipos dos transtornos de aprendizagem,
tratando-se de uma dificuldade especifica na linguagem e no impedimento de decifrar
palavras. A dislexia é manifestada por dificuldades linguísticas diferenciadas, normalmente
acarretando a leitura, mas podendo adquirir problemas na escrita e na soletração.
Considerada um transtorno da aprendizagem, a dislexia e também um transtorno do
neurodesenvolvimento e pode estar associada a vários níveis de ansiedade, depressão,
genéticas, biológicos, cognitivos, emocionais, familiares, ambientais, socioeconômicos e
pedagógicos. Este transtorno específico da aprendizagem se não tratado desde muito
cedo, pode acarretar dificuldades e prejuízos que poderão ser vivenciados durante toda
infância, juventude e vida adulta.  
A fluência da leitura é um dos aspectos de maior importância para o diagnostico
preciso de crianças que estão relacionadas ao transtorno de aprendizagem-dislexia-,
enquanto, crianças que estão fora da área de risco o reconhecimento de palavras é
atingido precocemente por escolares sem dificuldades. A exigência escolar sempre
apresenta crescimentos significativos em relação à alfabetização dos alunos, a escrita,
mas principalmente a leitura, demanda condições cada vez mais cedo em relação a
palavras, frases e textos. 
Especificando a gravidade atual, o DSM-5 nos diz:
Leve: Alguma dificuldade em aprender habilidades em um ou dois domínios acadêmicos, mas
com gravidade suficientemente leve que permita ao individuo ser capaz de compensar ou
funcionar bem quando lhe são propiciados adaptações ou serviços de apoio adequados,
especialmente durante os anos escolares.
Moderada: Dificuldades acentuadas em aprender habilidades em um ou mais domínios
acadêmicos, de modo que é improvável que o individuo se torne proficiente sem alguns
intervalos de ensino intensivo e especializado durante os anos escolares. Algumas adaptações
ou serviços de apoio por pelo menos parte do dia na escola, no trabalho ou em casa podem ser
necessários para completar as atividades de forma precisa e eficiente.
Grave: Dificuldades graves em aprender habilidades afetando vários domínios acadêmicos, de
modo que é improvável que o individuo aprenda essas habilidades sem um ensino
individualizado e especializado continuo durante a maior parte dos anos escolares. Mesmo com
um conjunto de adaptações ou serviços de apoio adequados em casa, na escola ou no
trabalho, o individuo pode não ser capaz de completar as atividades de forma eficiente. (DSM-
5, 2014,p. 67 e 68).

Levando em consideração esses três níveis de dificuldades apresentados nos


obstáculos de aprendizagem dos disléxicos, o processo de leitura varia de individuo para
individuo, dependendo de inúmeros fatores e significados. Cada um dos domínios ou
habilidades registrados pelos disléxicos deve ser codificado, separados e levando em
consideração as competências e impedimentos de cada um. As dificuldades variam em
cada nível, podendo agravar as habilidades de cada indivíduo e dificultando os domínios
acadêmicos dependendo do grau que cada um se encontra. Essas dificuldades de
aprendizagem exigem que os sujeitos tenham acompanhamento de serviços adequados
especialmente durante os anos escolares.
3 COMO O NEUROPSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL PODE AUXILIAR AOS
ALUNOS COM TRANSTORNO ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM VOLTADOS À
LEITURA E ESCRITA.
O Neuropsicopedagogo Institucional é de caráter importantíssimo para o
desenvolvimento da educação nas escolas, focando na aprendizagem humana,
apresentando um trabalho direcionado desde os primeiros anos de vida com um
desempenho claro e definido, no entanto sempre considerando as características da
instituição. Uma das principais funções da escola é preparar o cidadão para se introduzir
na sociedade, viver como habitante e também como profissional em alguma área na
atividade humana. Além de tudo isso o papel da escola é buscar preparar pessoas
transformadoras da sociedade, ajudar a formar agentes independentes de informações e
não comuns acumuladores de dados.
A Neuropsicopedagogia Institucional nos traz subsídios fundamentais para que
essas pessoas tenham estruturas sociais e transferências de saberes suficientes para sua
evolução como cidadão, como profissionais e pessoas transformadoras do meio em que
vivem. A Neuropsicopedagogia é uma ciência que entende a educação de forma plural,
buscando dar uma resposta ao método tradicional de ensino, dividindo e ampliando os
métodos de ensino.
Com isso a SBNPp diz:
A Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, fundamentada nos conhecimentos das
Neurociências aplicada à educação, com interfaces da Pedagogia e Psicologia Cognitiva que
tem como objeto formal de estudo a relação entre funcionamento do sistema nervoso e a
aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal, social e educacional
( SBNPp, 2016,p.3).

Nesse contexto o Neuropsicopedagogo Institucional é chave principal para auxiliar


os alunos principalmente com transtornos específicos de aprendizagem em suas
dificuldades apresentadas desde o início da vida escolar. Dois dos principais transtornos
que afetam a aprendizagem das crianças desde o início da vida escolar é a leitura e a
escrita.
O transtorno da leitura é caracterizado por dificuldades específicas na
compreensão de palavras escritas, e neste caso é um transtorno específico das
competências leitoras. O transtorno da expressão escrita refere-se a ortografia ou
caligrafia, onde há uma dificuldade de compreender e escrever palavras e textos sempre
demonstrando erros gramaticais.
O aprendizado em relação à leitura e escrita envolve muitos fatores, esses podem
ser relacionados com o emocional, familiar, ambiental, socioeconômicos, pedagógicos,
biológicos e também cognitivos. A maior parte das crianças aprende sem maiores
problemas, já outras apresentam dificuldades na aquisição principalmente da leitura e da
escrita e no desenvolvimento dessas habilidades. 
Durante a avaliação é importante observar as áreas do neurodesenvolvimento,
áreas corticais e áreas subcorticais dos alunos podendo se identificar regiões
responsáveis pelas necessidades básicas do ser humano relacionadas ao pensar e
também extensões mais refinadas que faz com que a pessoa pare para pensar e agir.
Traçado a proposta de Intervenção a SBNPp em sua nota técnica de 01/2016 nos
traz:
a) A partir de dados e realidades identificados, elaborar um plano de intervenção junto de
pequenos grupos, em classes inteiras, ou individualmente, em casos específicos,
estabelecendo metas iniciais, intermediárias e finais; b) Utilizar a metodologia de projetos de
trabalhos e oficinas temáticas, oportunizando que os alunos desenvolvam diferentes
habilidades conforme suas individualidades, respeitando a cada um, promovendo a inclusão
através da ação do neuropsicopedagogo; c) Trabalhar com a orientação de pais e professores
embasados nos conhecimentos sobre o processo de aprendizagem e suas dificuldades,
conforme dados obtidos no processo de identificação precoce em grupos e crianças; d) Emitir
parecer neuropsicopedagógico com bases institucionais, indicando como devemos tratar a
individualidade nos processos de aprendizagem, bem como questões coletivas, assegurando o
processo de inclusão, levando ao conhecimento da Equipe Técnica da Escola( professores,
coordenadores, atendimento educacional especializado, entre outros); e) Encaminhamento de
crianças a profissionais de área específica, quando necessário.( SBNPp, 2016)
  
O Neuropsicopedagogo em um contexto coletivo obtendo informações suficientes
nas testagens de um determinado grupo, análise dos resultados obtidos e identificando as
crianças que estão nessa situação de risco, poderá fazer uso do R.T.I, fazer uso de
avaliações para identificar os alunos com risco de aprendizagem e também apresentar
propostas temáticas que possam levar esses alunos a ampliação e concretização de sua
aprendizagem.
O R.T.I (resposta à intervenção), modelo de programa para a identificação precoce
direcionada a crianças que estão na escola que apresentam dificuldades de aprendizagem
que precisam de intervenções mais particular. O R.T.I é dividido em três etapas (níveis),
nível I, nível II e nível III. No nível I toda turma participa; no nível II, são atendidos em
grupos os alunos que apresentaram risco; e no nível III, após o término da intervenção, os
alunos que não conseguiram desenvolvimentos significativos são atendidos
individualmente.
Durante o processo de intervenção, para os alunos que são considerados de risco,
o Neuropsicopedagogo cria oficinas temáticas relacionadas às dificuldades que cada
criança apresenta. Jogos e programas relacionados ao processo de ensino e
aprendizagem que cada indivíduo se encaixa.  Para identificar os alunos diagnosticados
com transtornos na leitura e na escrita, o Neuropsicopedagogo deve fazer uso de
avaliações que tenha enfoque nas áreas de aprendizagem afetadas apresentadas pelas
crianças. A avaliação não deve ser constituída somente de teoria, mas sim de processos
educacionais pertencentes à formação e aprendizagem de cada criança. A qualidade de
um processo avaliativo depende do aprimoramento dos instrumentos utilizados pelo
Neuropsicopedagogo e devem ser coerentes e ter as informações necessárias para o
processo de aprendizagem de cada indivíduo.
A compreensão de textos, da leitura, escuta de sons, escrita alfabética, produção
de texto e habilidades de aprendizagem se dá pela avaliação de investigar os níveis de
desempenho e competências acadêmicas de crianças com resultados abaixo do esperado.
Essa avaliação se completa pela utilização de uma avaliação adaptativa, o Coruja
Especialista. É utilizado com crianças do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental,
os resultados podem ser visualizados em um relatório que indica o nível de desempenho
que a criança obteve em cada eixo da leitura e escrita.
A Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia em suas duas Notas Técnicas,
consideram que o Neuropsicopedagogo possui vários instrumentos disponíveis para a
investigação dos diferentes aspectos das funções cognitivas. Modalizar as formas de
apresentação, tarefas envolvidas, critérios de correção e normas disponíveis. A atuação do
profissional tem o objetivo de promover uma educação de qualidade, atendimento
preferencial a Educação Inclusiva e para crianças e jovens com dificuldades de
aprendizagem.
De acordo com o C.B.O.(Código Brasileiro de Ocupações), o Neuropsicopedagogo
Institucional tem a atribuição de programar projetos pedagógicos em execução e avaliar o
desenvolvimento do mesmo. Proporcionar um trabalho coletivo estimulando a integração
entre alunos e equipes de trabalho. Coordenar e elaborar projetos pedagógicos
promovendo uma formação continuada entre os profissionais envolvidos. Realizar uma
boa comunicação, selecionar avaliações de acordo com as dificuldades de aprendizagens
dos alunos demonstrando sempre competências profissionais.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Neuropsicopedagogo, no ambiente educacional, atuando em seus campos


profissionais e levando as crianças um maior entendimento em suas dificuldades de
aprendizagens, mostra-se como essencial para a evolução da educação nas escolas e
terceiro setor, tendo conhecimento em sua área e proporcionando soluções eficazes para
a transformação do ensino para os seres humanos. A atividade do Neuropsicopedagogo
Institucional deve descrever princípios fundamentais para a aprendizagem das crianças
direcionadas a dificuldade que a mesma apresenta. Muitas dificuldades são detectadas
nos alunos principalmente no início da vida escolar, uma das mais encontradas é a
Dislexia. 
Com isso através de todas as considerações relativas ao profissional da
Neuropsicopedagogia, este poderá auxiliar efetivamente e consideravelmente no
desempenho das habilidades e competências de alunos com transtornos específicos de
aprendizagem voltados principalmente para a área de leitura e escrita. O
Neuropsicopedagogo tem como funcionamentos fundamentais descrever motivos para a
aprendizagem das crianças direcionadas a dificuldade que a mesma apresenta.
Desempenhar análise com base nas queixas das equipes presentes nas escolas e
programar instrumentos próprios ou que estejam de acordo com o Código de Ética. Com o
uso de ferramentas próprias, fazer a sondar da triagem acadêmica das crianças com
transtornos de aprendizagem direcionados principalmente a leitura e a escrita. Baseado
nos dados coletados o Neuropsicopedagogo Institucional planeja planos de intervenção,
em pequenos grupos, classes inteiras ou mesmo individualmente observando a dificuldade
presente em cada criança. 
Deste modo, cabe ressaltar que o tema abordado neste artigo deve ser cada vez
mais de suma importância nos espações educacionais que envolvam seres humanos
caracterizados com algum problema na aprendizagem. É preciso que o
Neuropsicopedagogo Institucional esteja sempre atualizado sobre as dificuldades que seus
alunos podem apresentar e como seria a melhor forma de ajudá-los, auxiliando, inclusive,
a um possível encaminhamento em redes de proteção para atendimentos
necessários. Considerando que quanto mais preparado o profissional estiver, melhor
ajudará seu aluno, programas de orientação nas escolas, incentivo à formação continuada
e a divulgação de pesquisas sobre as dificuldades de aprendizagem que envolva a leitura
e escrita. Viabilizar no meio educacional estímulos que serão oferecidos aos professores e
aos alunos, a fim de que possam sentir-se mais preparados para lidar com essas
situações, visando o melhor método para a aprendizagem dos mesmos.

REFERÊNCIAS

TELES, Paula. Dislexia: como identificar? Como intervir?. Revista Portuguesa de Medicina


Geral e Familiar, [S.l.], v. 20, n. 6, p. 713-30, nov. 2004. ISSN 2182-5173.
DSM-5. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. AMERICAN
PSYCHIATRIC ASSOCIATION. 5 ed. Porto Alegre, 2014.
MINISTÉRIO DO TRABALHO. CBO. Código Brasileiro de Ocupações. 2019.
ROTTA, Newra Tellechea. OHLWEILER, Lygia. RIESGO, Rudimar dos Santos. Transtornos
da Aprendizagem. Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar. 2 ed. Porto Alegre, 2016.

SBNPp. Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia. Conselho Técnico- Profissional. Nota


técnica Nº02/2017. Joinville: SBNPp, 2017.
SBNPp. Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia. Conselho Técnico-Profissional. Nota
técnica Nº 01/2016. Joinville: SBNPp, 2016.
SBNPp. Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia. Código de Ética Técnico-
Profissional. Resolução SBNPp Nº 03/2014. Joinville: SBNPp, 2014.

[1] Curso de pós-graduação de Neuropsicopedagogia Institucional e Educação Especial


Inclusiva - CENSUPEG . E-mail: fpanamaria@hotmail.com
[2] Professor (a) Orientador (a) Ana Lucia Hennemann. E-mail: ana-
_hennemann@hotmail.com

Postado há 30th June 2020 por Ana Lúcia Hennemann


Marcadores: Artigo Escrita e Leitura Neuropsicopedagogia Neuropsicopedagogo

Você também pode gostar