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Orientações para os

Coordenadores
Pedagógicos
sobre assuntos da
Educação Especial
Andrea Scalon*
A Educação Especial
constitui-se de um
paradigma educacional
fundamentado na
concepção de direitos
humanos, que conjuga
igualdade e diferença como
valores indissociáveis.
Ela é um processo social,
pedagógico, cultural,
filosófico, estético e
político de ações
educativas pedagógicas
e administrativas.
OS SISTEMAS DE ENSINO DEVEM
ORGANIZAR:
-condições de acesso aos
espaços;
-recursos pedagógicos
-formação de professores
visando a promoção da
aprendizagem;
-Valorização das diferenças;
-Atender as necessidades
PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO
ESPECIAL
Alunos que apresentam:
*Deficiências;
*Transtorno Global do
Desenvolvimento;
*Altas
Habilidades/Superdotação
Segundo J. PAZ,” podemos
considerar o problema de
aprendizagem como um sintoma,
no sentido de que o não aprender
não configura um quadro
permanente, mas ingressa numa
constelação peculiar de
comportamentos, nos quais se
destaca como sinal de
O QUE SÃO PROBLEMAS DE
APRENDIZAGEM?
Os problemas de aprendizagem
referem-se às situações
difíceis enfrentadas pela
criança normal e pela criança
com um desvio do quadro
normal mas com expectativa
de aprendizagem a longo
prazo (alunos
Cabe ao educador detectar as
dificuldades de aprendizagem que
aparecem em sala de aula,
principalmente nas escolas mais
carentes, e investigar as causas de
forma mais ampla, que abranja os
aspectos orgânicos, neurológicos,
mentais, psicológicos adicionados
à problemática ambiental em que a
criança vive.
Deve olhar a intensidade
com que se apresentam os
sintomas e
comportamentos, a duração
que eles têm na vida escolar
e a participação do lar e da
escola nos processos
problemáticos
FATORES QUE PODEM DESENCADEAR
UM PROBLEMA OU DISTÚRBIO DE
APRENDIZADO:
#FATORES ORGÂNICOS: saúde física
deficiente, falta de integridade neurológica
(sistema nervoso doentio), alimentação
inadequada, entre outros.
#FATORES PSICOLÓGICOS: inibição,
ansiedade, angústia, inadequação à
realidade, sentimento generalizado de
rejeição, entre outros
#FATORES AMBIENTAIS: o tipo de educação
familiar, o grau de estimulação que a criança
recebeu desde os primeiros anos de vida, a
Muitas crianças são identificadas
como portadoras de problemas de
aprendizagem quando não realizam o
que se espera de uma programação
de ensino. Seja porque ficam presas a
mecanismos que tentam reproduzir
se êxito ou seja porque, apesar de
saberem até mais do que aqueilo que
o professor está ensinando,
faltam-lhe mecanismos para
Quando o ato de aprender se apresenta
como problemático, é preciso uma
avaliação muito mais abrangente e
minuciosa. O professor não pode se
esquecer de que o aluno é um ser social
com cultura, linguagem e valores
específicos aos quais ele deve estar
sempre atento, inclusive para evitar que
seus próprios valores não o impeçam de
auxiliar a criança no seu processo de
aprender. A criança e o adolescente são
um todo e, quando apresentam
FORMAS DE DISTÚRBIOS QUE PODEM
OCORRER NO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM
#Distúrbios condicionados à escola:
1- Os condicionados pelo professor;
2- Os condicionados pela relação entre
professor-aluno;
3- Os condicionados pela relação entre os
alunos;
#Distúrbios de aprendizagem
condicionados pela situação familiar
#Distúrbios de aprendizagem
condicionados por características da
A proposta do sistema
educacional brasileiro é
dar, para cada criança, a
oportunidade de
aprender tanto quanto
sua capacidade permitir.
Essa postura facilita o
encaminhamento da
criança quando necessário,
a um especialista que, ao
tratar da deficiência, tem
condições de orientar o
professor a lidar com os
alunos em salas comuns.
O PROFESSIONAL DE APOIO À INCLUSÃO
NA REDE REGULAR DE ENSINO
Seu papel é subsidiar o professor
regente nas atividades com
TODA a turma em função
especificamente da presença de
estudantes público alvo da
inclusão, este comprovado com
laudo e avaliado pela equipe
acerca da necessidade ou não
ATRIBUIÇÕES:

# Atuar de forma integrada com o


Professor Regente, Professor de
AEE e Coordenador Pedagógico
inteirando-se do planejamento,
subsidiando o Professor Regente nas
adequações necessárias e
específicas de cada estudante,
devendo participar ativamente de
todas as atividades desenvolvidas na
#Auxiliar pedagogicamente o Professor
Regente junto aos estudantes com
limitações motoras, paralisia cerebral, bem
como dificuldades de aprendizagem que
porventura estejam matriculados na sala de
aula.
#Organizar em conjunto com o professor
Regente, Coordenador pedagógico e o
Profesor de AEE as atividades de sala de
aula de modo que o currículo seja acessível a
todos os estudantes;
#Estabelecer junto com a equipe a avaliação
TIPOS DE APOIO CONFORME AS
NECESSIDADES DO ALUNO:
• Intermitente:apoios de curto prazo se fazem
necessários durante as transições da vida,
como por exemplo a fase aguda de uma
doença, esse apoio pode ser de alta ou de baixa
intensidade;
• Limitado: apoio regular durante um período
curto;
• Extensivo: apoio constante, com
comprometimento regular; sem limite de
tempo.
• Generalizado: Apoio constante e de alta
intensidade, possível necessidade de apoio
PODE RETIRAR O EDUCANDO DE SALA
DE AULA?
Retirar o aluno da sala
foge/fere a proposta de
Educação Inclusiva que
prevê que “todos” devem
participar das atividades
em sala de aula.
O bom senso deve estar
QUEM PROPÓE A FLEXIBILIZAÇÃO E OU
ADAPTAÇÃO CURRICULAR PARA O
EDUCANDO?
Não se trata de elaborar um outro currículo
e sim de trabalhar com o que for adotado,
fazendo nele os ajustes necessários (
flexibilização nos objetivos, conteúdos,
metodologia, temporalidade e nas
práticas avaliativas) de modo a oferecer a
todos a verdadeira igualdade de
oportunidades de construir
O profissional de Apoio à Inclusão
junto com o Professor Regente
identificarão as habilidades e
potencialidades do educando e a
partir do seu nível de
desenvolvimento elaborarão o
planejamento de forma a atender
suas necessidades.
Quem é o responsável pela avaliação do
educando? Ambos, mediante o
planejamento proposto.
O Professor Regente é o responsável por
todos os educandos.
A modulação do profissional de apoio à
Inclusão somente acontece mediante a
presença de educandos público alvo da
inclusão na sala de aula.
O profissional de apoio à inclusão como o
próprio termo indica, é o apoio ao
processo, portanto, auxiliando o trabalho
Na ausência do educando, o que o Apoio à
Inclusão deve fazer?
Ficar na sala de aula apoiando o professor
regente nas atividades junto aos demais
educandos ou realizar seu planejamento
na sala dos professores.
Na ausência do professor regente o
profissional de apoio deverá substituí-lo?
Via de regra não. O profissional não é
substituto. Mas o bom senso deve
prevalecer e, de acordo com a
“[...] o respeito à autonomia e a
dignidade de cada um é um
imperativo ético e não um
favor que podemos ou não
conceder uns aos outros”
Paulo Freire (1996,p.59)

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