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São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos.
Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem, podem
provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o
caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios etc.
Risco Biológico se trata da possibilidade de um trabalhador entrar em contato com algum agente
biológico patogênico, se tratando de um tipo de risco ambiental. Portanto, no ambiente de trabalho é
fundamental a avaliação e análise de agentes biológicos considerando critérios e parâmetros que
permitam o reconhecimento, identificação e a probabilidade do impacto ou dano causado na saúde do
trabalhador.
É necessário também determinar a classificação dos agentes biológicos para poder introduzir no
ambiente de trabalho medidas de biossegurança, administrativas, ergonômicas, organizacionais e
relacionadas com a qualificação dos trabalhadores.
Os agentes biológicos que afetam o homem, os animais e as plantas são distribuídos
em classes de risco (PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017) e podem
ser classificados em função do potencial de risco à saúde (Alto, Elevado, Moderado e
Baixo) em relação ao potencial de controle ou contenção com medidas de
biossegurança (Baixo, Moderado, Elevado e Alto), conforme destacado na publicação
do MS que aborda a Classificação de Risco dos Agente Biológicos.
É importante frisar isso pois um cidadão comum também pode ficar exposto a agentes biológicos em
diversas situações, como é o caso da COVID-19. Entretanto devem ser analisadas todas as funções nas
quais os trabalhadores tem contato direto com sangue, vômito, etc., ou utilizam objetos que podem estar
infectados, como agulhas, bisturis e roupas de pacientes.
Nestas funções os trabalhadores estão diariamente expostos a agentes patológicos com um maior risco
de contaminação em comparação com pessoas que não trabalham na área.
E para que as medidas de prevenção sejam mais eficientes, os riscos biológicos são classificados com
base em 3 pontos: o possível dano que a infecção pode causar, se existe tratamento para a infecção
causada pelo agente biológico e se qual o risco de uma propagação coletiva, levando em conta o
vetor deste agente.
Com base nestes 3 pontos, a Anvisa criou uma classificação para o riscos biológicos, publicada pela
PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017, conforme, segue:
• Classe de Risco 1: Agentes biológicos que apresentam pequena ou nenhuma capacidade de gerar danos
ao trabalhador e seu risco de propagação é baixo. Inclui os agentes biológicos conhecidos por não
causarem doenças no homem ou nos animais adultos sadios. Exemplos: Lactobacillus spp. e Bacillus
subtilis.
• Classe de Risco 2: Agentes biológicos que apresentam uma moderada capacidade de gerar danos ao
trabalhador e baixo risco de propagação no ambiente de trabalho ou comunidade como, o vírus da
rubéola e Schistosoma mansoni. São agentes que podem causar doenças em pessoas e animais, mas há
tratamentos.
• Classe de Risco 3: Agentes biológicos que podem causar sérios danos ao trabalhador e têm risco
moderado de propagação e possuem a capacidade de transmissão, pessoa a pessoa, e,
especialmente por via respiratória. Estes agentes biológicos podem transmitir doenças graves e
fatais como, a febre amarela e o HIV.
• Classe de Risco 4: Agentes biológicos de alta periculosidade, sem tratamento eficaz e que
apresentam risco para toda a sociedade, pois, têm alto poder de propagação. Um exemplo, é o
ebola, que não tem um tratamento eficaz, muitas vezes leva ao óbito do paciente, e têm facilidade
de propagação.
A partir desta classificação é possível definir as prioridades dos meios de controle e prevenção dos
riscos biológicos no ambiente de trabalho e manter os trabalhadores seguros independente da classe
do risco ao qual ele está exposto. Além disso, é possível estabelecer uma visão sobre as
características das classes de risco (1 a 4) dos agentes biológicos em relação ao risco individual,
coletivo e das condições terapêuticas
Além disso, essa classificação possibilita a legislatura dos adicionais de insalubridade, dispostos na
NR 15, que no caso de agentes biológicos é caracterizado por avaliações qualitativas.