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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3
2 BIOSSEGURANÇA ........................................................................................ 4
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao
da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno
se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para
que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a
pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual,
é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida
e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 BIOSSEGURANÇA
Fonte: br.linkedin.com
• Como módulo, porque não tem identidade própria, não sendo, portanto, uma
ciência, mas sim, uma interdisciplinaridade que se expressa nas matrizes
curriculares dos seus cursos e programas, e esses conhecimentos diversos
oferecem à biossegurança uma diversidade de opções pedagógicas, que a
tornam extremamente atrativa;
• Como processo, porque é uma ação educativa, representada por um sistema de
ensino-aprendizagem, uma atividade que foca a aquisição de conteúdos e
habilidades, com o objetivo de preservação da saúde do Homem, das plantas,
dos animais e do meio ambiente;
• Como conduta, como um somatório de conhecimentos, hábitos, comportamentos
e sentimentos, que devem ser incorporados ao homem, para que este
desenvolva, de maneira segura, sua atividade, estando incorporado à
comunicação e à percepção do risco nos diversos segmentos sociais;
A partir do enfoque interdisciplinar, da sua atração curricular e do seu poder de
mídia/imagem, a biossegurança passou a ter interfaces no gerenciamento de riscos e
controle de infecções com os ambientes ocupacionais antes apenas monitorados pela
engenharia de segurança, medicina do trabalho, saúde do trabalhador e, até mesmo, da
infecção relacionada à assistência à saúde/comissões de controle de infecções
relacionadas à assistência à saúde/infecções hospitalares atuando de modo conjunto, e,
em muitos casos, incorporando essas outras atividades.
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O ambiente hospitalar é considerado complexo, sendo composto por pessoas,
soluções, equipamentos, material contaminado com variados microrganismos, papéis, o
que favorece a ocorrência de acidentes. Para o perfeito funcionamento destes
ambientes, é necessário ter disciplina, ética, adesão às normas e legislação, pois a
ausência desses fatores em um ambiente extremamente hostil, tornam-se vulneráveis
aos riscos que o permeia.
A avaliação de risco incorpora ações que objetivam o reconhecimento ou a
identificação dos agentes biológicos e a probabilidade do dano proveniente destes, por
vários critérios, que dizem respeito não só ao agente biológico manipulado, mas também
ao tipo de ensaio realizado e ao próprio trabalhador. Assim, os agentes biológicos que
afetam o homem, os animais e as plantas são distribuídos em classes de risco, que são
definidos como o grau de risco associado ao agente biológico manipulado
(STAPENHORST, 2018).
De acordo com as Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material
Biológico, elaborado em 2004 pela Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS), do
Ministério da Saúde, os tipos de agentes biológicos são classificados em 5 classes,
sendo elas:
Classe de risco 1: (baixo risco individual e para a coletividade): inclui os agentes
biológicos conhecidos por não causarem doenças em pessoas ou animais adultos
sadios. Exemplo: Lactobacillus sp.
Classe de risco 2: (moderado risco individual e limitado risco para a
comunidade): inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos
animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio
ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes.
Exemplo: Schistosoma mansoni.
Classe de risco 3: (alto risco individual e moderado risco para a comunidade):
inclui os agentes biológicos que têm capacidade de transmissão por via respiratória e
causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para as quais existem,
medidas de tratamento e/ou de prevenção. Representam risco se disseminados na
comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa para pessoa.
Exemplo: Bacillus anthracis.
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Classe de risco 4: (alto risco individual e para a comunidade): inclui os agentes
biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão
desconhecida. Até o momento, não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz
contra infecções ocasionadas por estes. Causam doenças humanas e animais de alta
gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente.
Essa classe inclui, principalmente, os vírus. Exemplo: Vírus Ebola.
Classe de risco especial: Classe de risco especial (alto risco de causar doença
animal grave e de disseminação no meio ambiente): inclui agentes biológicos de doença
animal não existente no país e que, embora não sejam obrigatoriamente patógenos de
importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas e/ou na produção
de alimentos. Exemplo: Achatina (caramujo-gigante-africano trazido para o Brasil para
produção e comercialização de escargot).
Dessa forma, para a manipulação dos microrganismos pertencentes a cada uma
das classes, devem ser atendidos os requisitos de segurança, conforme o nível de
contenção necessário, denominados Níveis de Biossegurança. Assim, de acordo com
suas características e sua capacitação para manipular microrganismos de risco 1, 2, 3
ou 4, os laboratórios são designados como nível 1 de biossegurança ou proteção básica
(P1), nível 2 de biossegurança básica (P2), nível 3 de biossegurança de contenção (P3)
e nível 4 de biossegurança de contenção máxima (P4), respectivamente Os quatro níveis
de biossegurança (NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4) estão em ordem crescente conforme o
maior grau de contenção e complexidade do nível de proteção (BRANDALISE, 2019).
Nível de Biossegurança 1
Requer procedimentos para o trabalho com microrganismos (classe de risco 1),
que, normalmente, não causam doenças em seres humanos ou em animais de
laboratório:
➢ trabalho que envolva agentes bem caracterizados e conhecidos por não
provocarem doenças;
➢ trabalho em bancadas abertas;
➢ o laboratório não fica separado das demais dependências do edifício;
➢ é necessário o uso de EPIs (equipamento de proteção individual): jaleco, óculos
e luvas.
Nível de Biossegurança 2
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Requer procedimentos para o trabalho com microrganismos (classe de risco 2)
que sejam capazes de causar doenças em seres humanos ou em animais de laboratório,
sem apresentar risco grave aos trabalhadores, à comunidade ou ao ambiente. Trata-se
de agentes não transmissíveis pelo ar. Há tratamento efetivo e medidas preventivas
disponíveis, dessa forma, o risco de contaminação é pequeno. Especificações
estabelecidas para o NB-1 e mais:
➢ fazer uso de autoclave;
➢ trabalhar em cabine de segurança biológica;
➢ restringir o acesso ao laboratório, pois este deve ser limitado durante os
procedimentos operacionais;
➢ usar proteção facial, aventais e luvas.
Nível de Biossegurança 3
Requer procedimentos para o trabalho com microrganismos (classe de risco 3)
que na maioria das vezes causam doenças em seres humanos, ou em animais, e podem
representar risco se forem disseminados na comunidade, mas, usualmente, existem
medidas de tratamento e prevenção:
➢ necessário que haja contenção para impedir a transmissão pelo ar;
➢ toda manipulação deverá ser realizada em cabine de segurança;
➢ todos os resíduos e outros materiais devem ser descontaminados ou
autoclavados antes de sair do laboratório;
➢ o acesso ao espaço é controlado;
➢ é importante ter sistemas de ventilação.
Nível de Biossegurança 4
Requer procedimentos para o trabalho com microrganismos (classe de risco 4)
que causam doenças graves ou letais para seres humanos e animais, que são de fácil
transmissão por contato individual casual. Não existem medidas preventivas e de
tratamento para esses agentes:
➢ deve haver nível máximo de segurança;
➢ a instalação precisa ser construída em um prédio separado ou em uma
zona completamente isolada;
➢ ter cabines de segurança biológica ou com um macacão individual
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suprido com pressão de ar positivo;
➢ controlar, de forma rigorosa, o acesso ao local;
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O órgão regulador dessa lei é a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança
(CTNBio), integrada por profissionais de diversos ministérios e indústrias
biotecnológicas. Exemplo típico de discussão legal da biossegurança são os alimentos
transgênicos, produtos da engenharia genética, uma poderosa ferramenta para a
manipulação de genes, nascida em 1970 com Stanley Cohen e Herbert Boyer, que
introduziram um gene de sapo no DNA de uma bactéria. A partir daí, a humanidade
começou a presenciar o nascimento de uma tecnologia fantástica, principalmente pela
sua capacidade infinita de criação de novas formas de vida e bens de consumo.
No Brasil, essa lei vem sendo bastante discutida entre aqueles que a defendem e
aqueles que a rejeitam, embora sejam os argumentos de ambos os lados. Seus
defensores apregoam que a ciência não pode ser cerceada, que esses novos produtos
podem ser a salvação de muitas populações miseráveis no mundo e que alguns países,
como EUA, Espanha, Argentina, entre outros, já os vêm consumindo há algum tempo,
e, até o momento, nenhum agravo à saúde foi observado. Já os seus críticos apresentam
possíveis efeitos adversos dessa manipulação genética, como processos alergênicos,
resistência a antibióticos, agravos à biodiversidade planetária, entre outros. Essa mesma
corrente defende a rotulagem desses alimentos como um instrumento de proteção ao
consumidor (HINRICHSEN, 2018).
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Nesse contexto, a análise de riscos é um aspecto fundamental da biossegurança,
de forma que, após analisar os riscos que a prática clínica de um estabelecimento pode
oferecer será possível pensar nas medidas de biossegurança que devem ser adotadas.
Os tipos de risco se dividem em biológicos, bioquímicos, químicos, físicos, acidentais e
ergonômicos (STAPENHORST, et al 2018).
Risco de acidente: É quando há um evento negativo e indesejável, causando
lesão pessoal ou dano material. Alguns exemplos são queimaduras, cortes e
perfurações.
Risco ergonômico: Quando há qualquer fator interferente na característica
psicomorfológica do trabalhador, afetando sua saúde. Por exemplo, transporte manual
de peso, movimento repetitivo, postura inadequada que pode gerar doença relacionada
ao trabalho.
Risco físico: Está relacionado a diversas formas de energia que o trabalhador
está submetido, como pressões anormais, temperatura extrema, ruído, vibrações,
radiações ionizantes, ultrassom.
Risco químico: É a exposição a agentes ou substâncias químicas presentes no
ambiente ou processo de trabalho que possam penetrar no organismo por via
respiratória, ser absorvido pela pele ou mesmo por ingestão.
Risco biológico: Está associado ao manuseio ou contato com materiais
biológicos, ou animais infectados com agentes biológicos que possam produzir efeitos
nocivos sobre os seres humanos, animais e meio ambiente.
A partir da identificação dos riscos apresentados no local de trabalho, pode-se
analisar as medidas de biossegurança cabíveis. Entre essas medidas, os equipamentos
de segurança agem como barreiras primárias de contenção de microrganismos,
promovendo uma barreira entre o profissional e o paciente, visando à proteção de
ambos. Esses equipamentos são classificados como equipamentos de proteção
individual (EPI) e coletiva (EPC).
Os EPIs visam à proteção da saúde do trabalhador e sua utilização é indicada
durante o atendimento aos pacientes, enquanto o profissional estiver em seu local de
trabalho. Alguns exemplos de EPIs são: luvas, jalecos, máscaras, toucas, lençóis
descartáveis, propé e óculos de proteção. No caso dos EPCs, temos esterilizadores,
estufas, autoclaves, kit de primeiros socorros, extintor de incêndio, material para
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descarte, incluindo caixas amarelas para perfurocortantes, capelas de exaustão química,
entre outros (STAPENHORST, et al 2018).
No caso da estrutura física do local de trabalho, devem ser seguidas uma série
de normas sobre o ambiente de trabalho, em que a estrutura do estabelecimento deve
ser elaborada com a participação de especialistas, para garantir a segurança dos
trabalhadores e dos pacientes. A Anvisa possui um manual com diversas
recomendações sobre a estrutura de um local de serviços de estética, que abordam as
instalações elétricas e sanitárias, bem como as instalações de água, esgoto e as normas
sobre os diversos ambientes no local (STAPENHORST, et al 2018).
Por fim, a gestão administrativa dos locais de saúde é fundamental para que os
princípios citados acima sejam cumpridos. Esse setor é responsável pelo levantamento
dos agentes químicos e biológicos manipulados no estabelecimento, bem como das
rotinas e técnicas utilizadas, do gerenciamento de resíduos e da infraestrutura do local.
A gestão administrativa também deve identificar os riscos que o serviço apresenta e
avaliar o nível de contenção e as ações de biossegurança que devem ser realizadas.
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➢ Touca: nos ambientes hospitalares e laboratoriais, além de ser recomendado que
os cabelos fiquem presos, conforme o tipo de atividade a ser desenvolvida, os
cabelos necessitam também ser protegidos por toucas. As toucas protegem os
cabelos de possíveis agentes contaminantes que possam existir no local e evitam
que os cabelos contaminem uma área estéril.
Os EPCs têm o propósito de proteger o Meio ambiente, saúde e a integridade dos
indivíduos de determinada área. O seu uso pode ser em rotinas, ou em situações
emergenciais, logo, estes devem ser instalados em locais de fácil acesso e devidamente
sinalizados. Os principais EPCs são:
➢ autoclaves;
➢ cabine de segurança química;
➢ capelas de segurança biológica;
➢ chuveiros de emergência;
➢ estufas;
➢ extintores de incêndio;
➢ kit de primeiros socorros;
➢ lava-olhos.
Fonte: rioenfermagem.com
Desde os anos 1970, vários têm sido os manuais para precauções e isolamentos
em hospitais publicados pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC),
com o objetivo de sistematizar práticas assistenciais seguras. As diversas
orientações relacionadas à proteção de pessoas e/ou de ambiente contra
processos infecciosos em unidades de saúde/hospitais variam, inclusive com a
descrição de categorias de isolamentos, identificadas por cores, segundo riscos
nas atividades de assistência (se estrito ou absoluto/blood precautions,
respiratório, protetor, entérico, pele e ferida, efusão e sangue) (HINRICHSEN,
2018).
No fim dos anos 1980 e início dos anos 1990, com a epidemia de vírus da
imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida (HIV/AIDS), foram
publicadas as precauções universais que preconizavam a aplicação de medidas para
sangue e fluidos corporais a todos os pacientes, independente do estado infeccioso, não
sendo, porém, aplicáveis para fezes, secreções nasais, escarro, suor, lágrima, urina ou
vômitos, exceto se estes estivessem contaminados com sangue. Também foi acrescida
a necessidade do uso de equipamento de proteção individual (EPI) pelos PAS em
situação de exposição de mucosa. A higienização das mãos, uma prática antiga e pouco
adotada pelos PAS de modo habitual em todas as situações, também foi recomendada
logo após a retirada de luvas, além das indicações específicas sobre o manuseio de
agulhas e outros dispositivos perfurocortantes, focadas na exposição ocupacional a
patógenos transmitidos pelo sangue nos serviços de saúde (HINRICHSEN, 2018).
PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS
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As PE são medidas adicionais que devem ser aplicadas junto com as PP, e
baseiam-se no modo de transmissão dos agentes etiológicos epidemiologicamente
relevantes. São denominadas segundo as vias de transmissão: por aerossóis, por
gotículas e por contato. Têm como objetivo proteger PAS e pacientes, interrompendo a
transmissão de microrganismos em caso de suspeita e/ou diagnóstico (HINRICHSEN,
2018).
Quando aplicadas as precauções (PP e/ou PE), o uso de EPI é essencial. São
considerados EPI: máscaras, luvas, avental e óculos de proteção, que devem estar junto
à higienização das mãos.
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ou para apanhar materiais que caem no chão. O fechamento do hamper e de cestos de
materiais descartáveis ou lixo com técnica de isolamento tocando no lado externo destes
dispensa o uso de luvas (HINRICHSEN, 2018).
A sequência de colocação dos itens dos EPI consiste em: higienizar as mãos,
vestir o avental; colocar a máscara; colocar os óculos ou protetor facial; higienizar as
mãos; calçar as luvas. A sequência de retirada dos itens dos EPI consiste em: retirar as
luvas; higienizar as mãos; retirar o avental; retirar os óculos; retirar a máscara; higienizar
as mãos (HINRICHSEN, 2018).
GORRO
É importante saber que os cabelos soltos dispersam muitas partículas
carreadoras de bactérias, e a maioria não é espécie patogênica. Entretanto,
Staphylococcus aureus têm sido encontrados nos cabelos de algumas pessoas do staff
cirúrgico, especialmente nos pelos do nariz.
Embora as evidências científicas sobre a efetividade do gorro na prevenção de
infecções sejam poucas, no mínimo previne a queda de cabelos dentro da ferida. Este
equipamento não se usa rotineiramente como parte da paramentação, exceto em
situações que se exigem precauções com sangue e outros fluidos corpóreos, com risco
de esses fluidos atingirem os cabelos do profissional.
Quando indicado o seu uso, o gorro deve cobrir completamente os cabelos e não
deve ser tocado com as mãos contaminadas. Ao ser retirado, é preciso puxá-lo pela
parte superior central e descartá-lo no lixo (HINRICHSEN, 2018).
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O risco de transmissão de microrganismos por meio de roupas usadas é
negligenciável se estas forem transportadas, manuseadas e lavadas de maneira
adequada.
Em salas de cirurgia, deve-se usar máscara que cubra inteiramente a boca e o
nariz quando der entrada no ambiente, se a cirurgia estiver por começar, em andamento,
ou se houver material cirúrgico exposto. Além disso, deve-se utilizar a máscara durante
toda a cirurgia, gorros que cubram por completo os cabelos da cabeça e face.
É preciso também usar luvas estéreis após a escovação das mãos e dos
antebraços, as quais devem ser colocadas após vestir o capote estéril. Os capotes e as
vestimentas cirúrgicas são barreiras efetivas, caso sejam molhados ou contaminados
(material que resista à penetração de líquidos). Deve-se trocar as vestimentas que se
apresentem sujas, contaminadas por sangue ou material potencialmente contaminante
(HINRICHSEN, 2018).
EQUIPAMENTOS
Todos os equipamentos devem ser processados de acordo com as normas
existentes. Estetoscópios, termômetros e esfigmomanômetros devem ser de uso
exclusivo dos pacientes sob precauções.
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Fonte: hospitalsantalucinda.com.br
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Fonte: realbrasil.com.br
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➢ Estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde;
➢ Centros de controle de zoonoses;
➢ Distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuídores e
➢ produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro;
➢ Unidades móveis de atendimento à saúde;
➢ Serviços de acupuntura;
➢ Serviços de tatuagem, entre outros.
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4.1 Classificação de RSS
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corpóreos ou materiais utilizados na assistência à saúde que contenham sangue
ou líquidos corpóreos.
▪ A2: resíduos de animais submetidos à inoculação de microrganismos ou
portadores de microrganismos de relevância epidemiológica.
▪ A3: peças anatômicas de seres humanos e produto de fecundação sem sinais
vitais com peso inferior a 500g e tamanho menor que 25cm, ou idade gestacional
menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e que não
tenham sido requisitados pelo paciente ou por familiares.
▪ A4: kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, filtros de ar e gases de
área contaminada, sobras de amostras de laboratório contendo fezes, urinas e
secreções de pacientes que não sejam suspeitos de conter agentes de Classe
de Risco 4, nem diferentes microrganismos com relevância epidemiológica,
resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro
tipo de procedimento, materiais de assistência à saúde que não contenham
sangue ou líquidos corpóreos livres, peças anatômicas e diversos resíduos
provenientes de procedimentos cirúrgicos, resíduos de animais não submetidos
à inoculação de microrganismos e bolsas transfusionais vazias.
▪ A5: órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes e demais
materiais de atenção à saúde com suspeita de contaminação por príons.
Grupo B: resíduos com substâncias químicas que podem apresentar risco à
saúde pública ou ao meio ambiente. Esses resíduos dizem respeito a produtos
hormonais e antimicrobianos, citostáticos, antineoplásicos, imunossupressores,
digitálicos, imunomoduladores, antirretrovirais, quando descartados por serviços de
saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos, resíduos
e insumos farmacêuticos, resíduos de sanitizadores e desinfetantes.
Os resíduos contendo metais pesados, reagentes para laboratórios e recipientes
contaminados por eles, efluentes de processadores de imagem, efluentes de
equipamentos automatizados de análises clínicas e demais produtos considerados
perigosos conforme a classificação da Norma Brasileira (NBR) 10.004 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (2004) (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
Grupo C: materiais de atividades que contenham radionuclídeos em quantidades
superiores aos limites especificados pela CNEN e cuja reutilização é imprópria. Entre
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eles, enquadram-se os materiais que contêm radionuclídeos e aqueles resultantes de
laboratórios de ensino e pesquisa da área da saúde, de laboratórios de análises clínicas
e de serviços de medicina nuclear e radioterapia.
Grupo D: resíduos equiparados com resíduos domiciliares, que não apresentam
risco biológico, químico ou radiológico. Nesse grupo, enquadram-se o papel de uso
sanitário, as fraldas, os absorventes higiênicos, os restos alimentares de pacientes, o
material utilizado em assepsia e o equipo de soro, as sobras de alimentos, o resto
alimentar de refeitório, os resíduos das áreas administrativas, os resíduos de varrição,
as flores, as podas e os jardins e também os resíduos de gesso.
Grupo E: materiais perfurocortantes ou escarificantes. São materiais como
lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas,
pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, lâminas
e lamínulas, espátulas, todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas,
tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
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ser reciclado, reutilizado ou reaproveitado, nem mesmo para a alimentação animal
(FRANÇA, 2020).
Os resíduos do Grupo B que apresentarem periculosidade e que não forem
submetidos a processos de reutilização, recuperação ou reciclagem devem ser
submetidos a tratamento e disposição final específicos. Para isso, as características
desses resíduos estão contidas na Ficha de Informações de Segurança de Produtos
Químicos (FISPQ). Esse tipo de resíduo, quando está no estado sólido e quando não é
tratado, deve ser disposto em aterro de resíduos perigosos de Classe I. Já os resíduos
no estado líquido não devem ser encaminhados para disposição final em aterros.
Por outro lado, os resíduos do Grupo B que não apresentam periculosidade não
necessitam de tratamento prévio e, quando estão em estado sólido, podem ter a sua
disposição final em aterro licenciado, enquanto aqueles que estão no estado líquido
podem ser lançados na rede pública de esgoto, desde que concordem com as diretrizes
dos órgãos ambientais, dos gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes
(FRANÇA, 2020).
É importante destacar que os materiais resultantes das atividades geradoras de
RSS que contiverem radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção
da norma CNEN-NE-6.02 são considerados rejeitos radioativos (Grupo C), os quais
devem obedecer às exigências da CNEN. Esses rejeitos só são conhecidos como
resíduos depois de decorrer o tempo de decaimento necessário para atingir o limite de
eliminação. A partir desse momento, esses materiais passam a ser conceituados
resíduos biológicos, químicos ou comuns, e seu manejo deve ser feito conforme essa
categoria.
Os resíduos comuns (Grupo D), quando não forem passíveis de processo de
reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ser encaminhados para o aterro
sanitário de resíduos sólidos urbanos licenciados. Caso contrário, devem atender às
normas legais de higienização e descontaminação e a Resolução CONAMA 275, de
2001.
Por fim, os resíduos do Grupo E precisam ter tratamento específico conforme a
contaminação biológica, química ou radiológica. Eles podem ser acondicionados em
coletores estanques, rígidos e hígidos, resistentes à ruptura, à punctura, ao corte ou à
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escarificação e seu manejo deve ser realizado de acordo com as orientações relativas
ao tipo de contaminação presente (FRANÇA, 2020).
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5 ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO
Fonte: www.ebserh.gov.br
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5.1 Fatores de risco para ocorrência de infecção
Fonte: santacasasorocaba.com.br/acidentes-perfurocortantes/
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de procedimentos que envolvam material pérfurocortante, nunca reencapar, entortar,
quebrar ou desconectar agulhas de seringas. Deve-se proceder sempre com o descarte
de agulhas, scalp, lâminas de bisturi e vidrarias, mesmo que estéreis, em recipientes
rígidos, utilizando EPIs próprios para o procedimento, sapatos fechados de couro ou
material sintético (FILHO, et al 2017).
Fonte: prefeitura.sp.gov.br
Após exposição em pele íntegra, lavar o local com água e sabão ou solução
antisséptica com detergente abundantemente. O contato com pele íntegra minimiza a
situação de risco. Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água
ou solução salina fisiológica, se o acidente for percutâneo, lavar imediatamente o local
com água e sabão ou solução antisséptica com detergente.
A avaliação do acidente deve ser realizada imediatamente após o fato e,
inicialmente, basear-se em uma adequada anamnese, caracterização da paciente fonte,
análise do risco, notificação do acidente e orientação de manejo e medidas de cuidado
com o local exposto.
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A exposição ocupacional a material biológico deve ser avaliada quanto ao
potencial de transmissão de HIV, HBV e HCV com base no tipo de exposição, tipo e
quantidade de fluido e tecido, situação sorológica da fonte, situação sorológica do
acidentado e susceptibilidade do profissional exposto (FILHO, et al 2017).
Sempre que possível, o paciente-fonte deverá ser avaliado quanto à infecção pelo
HIV, Hepatite B e C, no momento da ocorrência do acidente. Caso a fonte seja
conhecida, mas sem informação de seu status sorológico, é necessária realização de
exames diagnósticos. Em caso de recusa ou impossibilidade de realizar os testes,
considerar o diagnóstico médico, sintomas e história de situação de risco para aquisição
de HIV, HBC e HCV.
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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